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cAcCA - Paranဦ · O objetivo prioritário desta Unidade consiste na apresentação e exposição do projeto junto aos discentes que irão desenvolvê-lo. Julgamos importante

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cAcCA CADERNO PEDAGÓGICO DE CIÊNCIAS

A OLERICULTURA E O PAPEL DA ESCOLA COMO

INDUTORA DE TRANSFORMAÇÕES NOS HÁBITOS

ALIMENTARES DOS EDUCANDOS E SEUS FAMILIARES

VAINEY MARIA BIANCHINI NETTO

CADERNO PEDAGÓGICO DE CIÊNCIAS

A OLERICULTURA E O PAPEL DA ESCOLA COMO INDUTORA DE

TRANSFORMAÇÕES NOS HÁBITOS ALIMENTARES DOS EDUCANDOS E SEUS

FAMILIARES

VAINEY MARIA BIANCHINI NETTO

CADERNO PEDAGÓGICO DE CIÊNCIAS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................... 07

UNIDADE I

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

1 OBJETIVO.......................................................................................................................

2 CONTEÚDOS..................................................................................................................

2.1 APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO..................................................................

2.2 MOTIVAÇÃO................................................................................................................

2.3 HÁBITOS ALIMENTARES..........................................................................................

3 CONVERSANDO SOBRE..............................................................................................

3.1 PROBLEMATIZAÇÃO.................................................................................................

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3.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA............................................................................... 12

3.3 OBJETIVO GERAL....................................................................................................... 12

3.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................................

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: APRESENTAÇÃO DO PROJETO E A

IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.......................................................

4.1.1 Sugestões.....................................................................................................................

4.1.2 Avaliação.....................................................................................................................

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: CONHECENDO NOSSOS HÁBITOS

ALIMENTARES...................................................................................................................

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4.2.1 Sugestões.....................................................................................................................

4.2.2 Avaliação.....................................................................................................................

UNIDADE II

OLERICULTURA: CONSTRUINDO A MINIESTUFA E A SEMENTEIRA

1 OBJETIVO.......................................................................................................................

2 CONTEÚDOS..................................................................................................................

2.1 OLERICULTURA..........................................................................................................

2.2 MINIESTUFA.................................................................................................................

2.3 SEMENTEIRA...............................................................................................................

3 CONVERSANDO SOBRE..............................................................................................

3.1 A OLERICULTURA......................................................................................................

3.2 A MINIESTUFA.............................................................................................................

3.2.1 As sementeiras............................................................................................................

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS..........................................................

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: CONSTRUINDO A MINIESTUFA..........................

4.1.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.1.2 Procedimentos............................................................................................................

4.1.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.1.4 Avaliação.....................................................................................................................

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: CONFECÇÃO DE COPOS DE PAPEL......................

4.2.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.2.2 Procedimentos............................................................................................................

4.2.3 Sugestões.....................................................................................................................

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4.2.4 Avaliação.....................................................................................................................

UNIDADE III

O SOLO E A OLERICULTURA

1 OBJETIVO.......................................................................................................................

2 CONTEÚDOS..................................................................................................................

2.1 O SOLO..........................................................................................................................

2.2 TIPOS DE SOLO............................................................................................................

2.3 A IMPORTÂNCIA DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS....................

3 CONVERSANDO SOBRE..............................................................................................

3.1 SOLO: DEFINIÇÃO E FORMAÇÃO............................................................................

3.2 PRINCIPAIS TIPOS DE SOLO.....................................................................................

3.2.1 Argiloso.......................................................................................................................

3.2.2 Arenoso........................................................................................................................

3.2.3 Humífero.....................................................................................................................

3.2.4 Calcário.......................................................................................................................

3.3. A IMPORTÂNCIA DO SOLO NO CULTIVO DE PLANTAS...................................

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO SOLO....................................

4.1.1 Sugestões.....................................................................................................................

4.1.2 Avaliação.....................................................................................................................

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: AMOSTRAS DE SOLO...............................................

4.2.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.2.2 Procedimentos............................................................................................................

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4.2.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.2.4 Avaliação.....................................................................................................................

4.3 TERCEIRA INTERVENÇÃO: PREPARANDO O SOLO DA SEMENTEIRA...........

4.3.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.3.2 Procedimentos............................................................................................................

4.3.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.3.4 Avaliação.....................................................................................................................

4.4 QUARTA INTERVENÇÃO: PREPARANDO O SOLO DA HORTA.........................

4.4.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.4.2 Procedimentos............................................................................................................

4.4.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.4.4 Avaliação.....................................................................................................................

UNIDADE IV

CONHECENDO AS PLANTAS

1 OBJETIVO.......................................................................................................................

2 CONTEÚDOS..................................................................................................................

2.1 SEMENTE......................................................................................................................

2.2 RAIZ...............................................................................................................................

2.3 CAULE...........................................................................................................................

2.4 FOLHAS.........................................................................................................................

2.5 FRUTO............................................................................................................................

2.6 FLOR...............................................................................................................................

3 CONVERSANDO SOBRE..............................................................................................

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3.1 AS PLANTAS.................................................................................................................

3.2 PARTES DAS PLANTAS..............................................................................................

3.2.1 A raiz...........................................................................................................................

3.2.2 O caule.........................................................................................................................

3.2.3 A folha.........................................................................................................................

3.2.4 O fruto.........................................................................................................................

3.2.5 A flor............................................................................................................................

3.2.6 A semente....................................................................................................................

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: PESQUISANDO SOBRE AS PLANTAS...................

4.1.1 Sugestões.....................................................................................................................

4.1.2 Avaliação.....................................................................................................................

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: A SEMEADURA NA MINIESTUFA.........................

4.2.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.2.2 Procedimentos............................................................................................................

4.2.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.2.4 Avaliação.....................................................................................................................

4.3 TERCEIRA INTERVENÇÃO: TRANSPLANTO DE MUDAS...................................

4.3.1 Materiais necessários.................................................................................................

4.3.2 Procedimentos............................................................................................................

4.3.3 Sugestões.....................................................................................................................

4.3.4 Avaliação.....................................................................................................................

UNIDADE V

O QUE MUDOU?

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1 OBJETIVO.......................................................................................................................

2 CONTEÚDOS..................................................................................................................

2.1 VALOR NUTRITIVO....................................................................................................

2.2 CONSUMO DE HORTALIÇAS....................................................................................

2.3 HIGIENE.........................................................................................................................

2.4 CONSCIENTIZAÇÃO...................................................................................................

3 CONVERSANDO SOBRE..............................................................................................

3.1 O VALOR NUTRITIVO DAS HORTALIÇAS.............................................................

3.2 A IMPORTÂNCIA DAS HORTALIÇAS PARA A SAÚDE HUMANA.....................

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS...........................................................

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: CONVERSANDO COM UM NUTRICIONISTA......

4.1.1 Sugestões........................................................................................................................

4.1.2 Avaliação.......................................................................................................................

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: REVENDO NOSSOS HÁBITOS ALIMENTARES...

4.2.1 Sugestões........................................................................................................................

4.2.2 Avaliação.......................................................................................................................

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO.....................................

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..................................................................................

ANEXO I – CONSUINDO A MINIESTUFA...................................................................

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INTRODUÇÃO

As discussões e debates ocorridos no cenário contemporâneo em torno da alimentação

assumiram proporções globais. Ilustra bem a globalização dessa preocupação os estudos

empreendidos pela FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.

O foco central desses estudos são os países subdesenvolvidos, países nos quais os índices

socioeconômicos, especialmente aqueles relativos à alimentação, apresentam grande déficit,

uma vez que a maioria da população vive em condições precárias de subsistência (FRICK,

2010). De fato, em muitos países africanos, a dieta alimentar de um indivíduo não ultrapassa

60 calorias diárias – o que é muito pouco considerando-se que o ideal estipulado pela ONU é

de 2 240.1

Ademais, enquanto muitos países sofrem com a escassez de alimentos, outros,

desenvolvidos ou subdesenvolvidos, como o Brasil e Estados Unidos, sofrem também com os

maus hábitos alimentares de sua população. No que concerne ao Brasil, de um modo geral,

pode-se afirmar que a família brasileira alimenta-se de forma inapropriada, adotando dietas

alimentares nas quais ficam ausentes elementos básicos como vitaminas e sais minerais,

dando conformação a uma alimentação inadequada. Some-se a isto a ingestão excessiva de

alimentos ricos em gorduras e açúcares, os quais apresentam baixo teor nutritivo.

O conhecimento dessas informações chamou a atenção das autoridades brasileiras, as

quais se voltaram para o problema com intuito de promover melhorias quanto à qualidade da

alimentação da família brasileira. No estado do Paraná, os órgãos públicos manifestaram-se a

este respeito propondo leis que regulamentam a alimentação dos estudantes de escolas

públicas. Considere por exemplo a lei 14.423, de 02 de junho de 2004, que proíbe a venda de

alimentos gordurosos e produzidos com gordura saturada e trans.

Como pode-se depreender do que foi afirmado no parágrafo acima, o espaço escolar

cumpre com um importante e indispensável papel quanto à promoção e o desenvolvimento de

medidas que visem à transformação dos hábitos alimentares dos educandos. Entre estas

medidas destacam-se os programas voltados à merenda escolar, de implantação de hortas

comunitárias e escolares e a educação alimentar e nutricional nas escolas. Reforçando a idéia,

conforme Frick (2001, n/p.),

1 No Brasil, mais de 86 milhões de pessoas consomem menos de 2 240 calorias diárias – um número bastante

expressivo considerando-se que a população brasileira é de aproximadamente 190 milhões de habitantes

(CHAUI; OLIVEIRA, 2009).

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O programa de implantação de hortas escolares e nas comunidades pode

representar uma estratégia de organização comunitária, educação ambiental,

desenvolvimento sustentável e promoção de hábitos saudáveis pelo consumo

dos produtos cultivados. Nas escolas, as atividades envolvidas na horta

permitem trabalhar os conteúdos de alimentação, nutrição e ecologia em

diversas disciplinas (matemática, ciências, geografia, etc). A horta, além de

contribuir para a merenda escolar, proporciona a aquisição de bons hábitos

alimentares, estímulo ao consumo de hortaliças e frutas, bem como resgate de

hábitos regionais e locais.

Ora, este é precisamente o propósito deste Caderno Pedagógico de Ciências, a saber,

propor ações e atividades que possibilitem ao educador avaliar o papel da escola enquanto

indutora de transformações dos hábitos alimentares dos alunos e seus familiares. Para o

desenvolvimento deste programa tomou-se como referencial os alunos da 6ª série do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual João Mazzarotto.

Para a consecução deste propósito, dividimos o presente Caderno Pedagógico em

cinco Unidades distintas. Na UNIDADE I busca-se apresentar à comunidade escolar o projeto

“A olericultura e o papel da escola como indutora de transformações nos hábitos alimentares

dos educandos e seus familiares”, e sua importância para a apreensão de hábitos alimentares

saudáveis.

A UNIDADE II tem como objetivo prioritário construir uma miniestufa e uma

sementeira visando o desenvolvimento da olericultura nos domínios escolares.

A UNIDADE III visa explorar o conceito de solo, sua classificação e sua importância

para o cultivo de alimentos.

Já a UNIDADE IV visa oportunizar aos educandos uma introdução ao estudo das

plantas, focando em suas partes e suas funções.

Por fim, na UNIDADE V, procura-se abordar questões relacionadas ao valor nutritivo

dos alimentos, higiene, bem como uma avaliação dos hábitos alimentares dos alunos e suas

famílias após o desenvolvimento do programa.

Cumpre dizer ainda que cada uma dessas cinco Unidades foram divididas em quatro

subseções, intituladas, Objetivo, Conteúdos, Conversando Sobre e Encaminhamentos

Metodológicos. Na primeira delas visa-se apresentar o objetivo geral da Unidade. Na seção

Conteúdos são apresentados os conceitos e noções centrais da disciplina de Ciências

abordados na Unidade. Já na seção, Conversando Sobre, são fornecidos aos educadores alguns

subsídios teóricos acerca da temática e dos conceitos abrangidos nas Unidades. Enfim, na

seção Encaminhamentos Metodológicos são apresentadas sugestões de atividades para

trabalhar as temáticas abordadas nas Unidades. Nesta seção, aliás, são apresentados: o

objetivo específico da atividade; os materiais necessários à realização da mesma (quando for o

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caso); sugestões, dicas, cuidados ou alternativas para o desenvolvimento adequado das

atividades; e também algumas ferramentas avaliativas.

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UNIDADE I

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

1 OBJETIVO

Apresentar à comunidade escolar o projeto “A olericultura e o papel da escola como

indutora de transformações nos hábitos alimentares dos educandos e seus familiares” e sua

importância para a proposição de hábitos alimentares saudáveis.

2 CONTEÚDOS

2.1 APRESENTAÇÃO GERAL DO PROJETO

Apresentação dos objetivos e finalidades do projeto aos discentes.

Exposição da metodologia de trabalho.

Esclarecimentos sobre a temática abrangida pelo projeto.

2.2 MOTIVAÇÃO

Convite aos discentes para participar do projeto.

Explanação sobre a importância do consumo de alimentos orgânicos (hortaliças)

quanto à proposição de hábitos alimentares saudáveis.

2.3 HÁBITOS ALIMENTARES

Análise do consumo de alimentos orgânicos da parte dos discentes e seus familiares.

Distinção entre alimentos orgânicos e inorgânicos.

Pirâmide alimentar.

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3 CONVERSANDO SOBRE

O objetivo prioritário desta Unidade consiste na apresentação e exposição do projeto

junto aos discentes que irão desenvolvê-lo. Julgamos importante esta etapa como forma de

contextualização do educando, bem como espaço para sanar dúvidas e questionamentos

iniciais que, uma vez não solucionados devidamente, poderiam limitar a participação do

discente no projeto – projeto este que será oportunizado no contra turno.

Tendo isto em vista, busca-se neste primeiro momento (UNIDADE I), tornar do

conhecimento dos educandos os objetivos, as metodologias de trabalho e de avaliação, bem

como maiores esclarecimentos acerca da temática central do projeto.

Neste ínterim, busca-se introduzir, já nesta Unidade, o foco central da intervenção

pedagógica, qual seja, a olericultura e hábitos alimentares saudáveis. Para tanto, busca-se

motivar os alunos mediante exposição sobre a importância do consumo de alimentos

orgânicos em nossas dietas alimentares. Ademais, procede-se a uma análise, por assim dizer,

do consumo desses alimentos por parte dos alunos e seus familiares mediante a aplicação de

um questionário.

Desta forma, a aplicação dessas estratégias conjuntamente possibilita a apresentação

do projeto em termos gerais e sua relevância mediante explanação acerca da importância do

consumo de alimentos orgânicos.

3.1 PROBLEMATIZAÇÃO

A pergunta fulcral deste Caderno Pedagógico é: qual o papel da escola como indutora

de transformações nos hábitos alimentares dos educandos? Dito de outro modo, que medidas

podem ser implementadas no escopo escolar que possibilitem o desenvolvimento de bons

hábitos alimentares nos educandos e em suas respectivas famílias?

Ora, partindo da constatação de que as famílias brasileiras apresentam hábitos

alimentares inadequados, bem como de problemas de saúde causados pela má alimentação

entre os adolescentes (obesidade, diabete, hipertensão, entre outros), este projeto visa criar

oportunidades no âmbito escolar que visem contornar estes problemas mediante o

desenvolvimento de um trabalho com alimentos orgânicos, com vistas a incentivar e motivar a

mudança de hábitos (alimentares) dos alunos, da família e, em termos mais gerais, da

comunidade escolar.

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3.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

O programa será aplicado junto aos alunos da 6ª série do Ensino Fundamental do

Colégio Estadual João Mazzarotto.

A escola não possui, atualmente, um programa voltado à reeducação alimentar. Neste

ínterim, emergiu a ideia de desenvolver na disciplina de ciências um projeto que permitisse

trabalhar os conteúdos pertinentes à disciplina de Ciências, com foco na transformação dos

hábitos alimentares dos alunos e seus familiares.

Por conseguinte, a temática abordada neste Caderno Pedagógico pode ser aplicada

sobremaneira nas escolas que não apresentam programas similares, especialmente voltados à

reeducação alimentar.

3.3 OBJETIVO GERAL

Avaliar o papel da escola enquanto indutora de transformações dos hábitos alimentares

dos alunos da 6ª série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual João Mazzarotto.

3.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Incentivar nos educandos o consumo de hortaliças naturais, as quais propiciam uma

vida mais saudável.

Proporcionar ao educando os recursos bibliográficos e tecnológicos indispensáveis

ao desenvolvimento do projeto.

Conscientizar educandos e familiares quanto à importância da olericultura

doméstica, visando os benefícios à saúde e melhoria do orçamento familiar.

Participar ativamente na construção da miniestufa e no plantio das hortaliças.

Realizar pesquisa de campo para se familiarizar com o plantio de orgânicos em

estufa.

Desenvolver hábitos alimentares para uma vida mais saudável, contribuindo assim

para a formação de sujeitos ativos, reflexivos e participativos na sociedade em que vivem.

Realizar atividades que promovam a interação entre outras disciplinas.

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4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: APRESENTAÇÃO DO PROJETO E A IMPORTÂNCIA

DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

O objetivo desta primeira atividade é contribuir para o entendimento dos educandos

quanto à importância da alimentação saudável, buscando evidenciar o papel central

desempenhado pelas hortaliças. Por conseguinte, permite-se também que os mesmos

percebam a relevância do projeto.

Tendo este objetivo em vista, busca-se nesta primeira atividade realizar uma exposição

do programa mediante aos objetivos (geral e específicos), a problemática abordada e sua

delimitação, alguns aspectos metodológicos que nortearão sua realização, bem como um

debate em torno da alimentação saudável.

A apresentação destes elementos aos educandos dá-se por meio de uma apresentação

eletrônica confeccionada no programa PowerPoint.

Veja-se, apenas a título de ilustração, o modelo de apresentação a seguir.

APRESENTANDO O PROJETO

Fonte: Autora, 2011.

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OBJETIVO

Avaliar o papel da escola enquanto indutora de

transformações dos hábitos alimentares dos alunos

da 6ª série do Ensino Fundamental do Colégio

Estadual João Mazzarotto.

Fonte: Autora, 2011.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Incentivar nos educandos o consumo de hortaliças

naturais, as quais propiciam uma vida mais

saudável.

Conscientizar educandos e familiares quanto à

importância da olericultura doméstica, visando os

benefícios à saúde e melhoria do orçamento

familiar.

Fonte: Autora, 2011.

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Realizar pesquisa de campo para se familiarizar

com o plantio de orgânicos em estufa, bem como

participar ativamente na construção da Miniestufa

e no plantio das hortaliças.

Desenvolver hábitos alimentares para uma vida

mais saudável, contribuindo assim para a formação

de sujeitos ativos, reflexivos e participativos na

sociedade em que vivem.

Realizar atividades que promovam a interação

entre outras disciplinas.

Fonte: Autora, 2011.

METODOLOGIA

O programa conciliará teoria e prática, e será

realizado no contra turno.

Construção de miniestufa nas dependências da

escola.

Desenvolvimento de todas as etapas do projeto

pelos alunos participantes, desde a preparação do

solo à colheita dos alimentos.

Fonte: Autora, 2011.

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O programa oportunizará passeios de estudo

O registro das atividades desenvolvidas por parte

dos alunos será realizado a cada encontro (aula),

visando a elaboração de uma cartilha.

Avaliação do programa por parte dos educandos.

Fonte: Autora, 2011.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Muitas pessoas sacrificam uma alimentação saudável

pensando em obter vantagens estéticas.

Mas esquecem que muitas das dietas “milagrosas”

contrariam os princípios de uma alimentação saudável.

Uma pergunta deve ser respondida: quais são os princípios

da alimentação saudável?

Fonte: Autora, 2011.

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Segundo estudiosos, uma alimentação saudável éaquela que insere todos os grupos de alimentos nadieta diária.

Ou seja: água, carboidratos, proteínas, lipídeos,vitaminas, fibras e minerais.

Estes nutrientes foram organizados no que seconvencionou chamar de Pirâmide Alimentar.

A ideia por trás da Pirâmide Alimentar é que aalimentação adequada é a base para a saúde.

Fonte: Autora, 2011.

PIRÂMIDE ALIMENTAR

A pirâmide alimentar é um instrumento aprovado pelaOMS (Organização Mundial de Saúde) que serve deorientação para uma alimentação saudável.

Antes da década de 1990 foi apresentada uma primeiraversão da pirâmide alimentar, mas logo foi substituída.

Em seu lugar, foi apresentada a atual pirâmidealimentar, desenvolvida pela Universidade de Harvard.

Fonte: Autora, 2011.

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Fonte: Autora, 2011.

Fonte: Autora, 2011.

As questões colocadas ao final da apresentação relativamente aos hábitos alimentares

dos educandos servirão de elo de transição para a próxima atividade, quando será proposto um

questionário para análise dos hábitos dos mesmos e seus familiares.

4.1.1 Sugestões

A discussão em torno da alimentação saudável poderia ser apresentada por um

especialista, ou seja, por um nutricionista ou médico. Uma vez optado por este procedimento,

pode-se eliminar a parte da apresentação de slides sugerida acima pertinente à alimentação,

para a atividade não incorrer em redundância.

Outra sugestão importante consiste em ouvir o que pensam os alunos sobre o projeto,

bem como sobre o assunto abordado pelo mesmo. Dito de outra maneira, deve-se oportunizar

um momento de discussão coletiva onde os alunos possam apresentar suas dúvidas e

contribuições.

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4.1.2 Avaliação

Entre os procedimentos avaliativos, sugere-se:

Produção de texto.

Pesquisa e apresentação.

Cartilha de registro.

A produção de texto pode tomar como foco principal a relação entre a dieta alimentar

dos próprios educandos, seus gostos, alimentos prediletos, e a importância de participar do

projeto, já que este visa instigar hábitos alimentares saudáveis. É interessante oportunizar

espaço para a socialização de alguns textos.

A pesquisa é sempre um recurso interessante, uma vez que incentivará o aluno a

aprofundar algum tema específico. Sugere-se aqui uma pesquisa (internet, livros, revistas,

entre outros) sobre alguns termos técnicos que constam na apresentação e que estão

vinculados ao tema da alimentação saudável, quais sejam: carboidratos, vitaminas, lipídeos,

proteínas, fibras minerais. Outro tema interessante para pesquisa é a OMS (Organização

Mundial da Saúde). Posteriormente, pode-se elaborar um cronograma de apresentação das

pesquisas realizadas. É interessante diversificar os temas para evitar a redundância.

Outra ferramenta avaliativa interessante é a elaboração de uma cartilha ou livrinho de

anotações. Nesta cartilha devem ser registrados todos os assuntos e procedimentos

vivenciados pelo educando durante cada encontro. Desta forma, ao final do programa,

educando e educador, terão acesso a um diário de registro de tudo o que foi experimentado no

durante a execução do projeto.

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: CONHECENDO NOSSOS HÁBITOS ALIMENTARES

O objetivo desta atividade consiste em sondar e analisar de forma mais profunda os

hábitos alimentares dos educandos participantes do programa e seus familiares. Uma

sondagem inicial a este e outros respeitos, ainda que superficial, foi realizada mediante

construção de texto dissertativo, conforme sugerido na atividade anterior.

Na segunda intervenção sugere-se a elaboração de um questionário fechado tendo

como foco prioritário os hábitos alimentares dos educandos, isto é, os alimentos comumente

consumidos, bem como de seus familiares. Faz-se mister investigar os hábitos alimentares da

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20

família do educando haja vista que esta é a principal indutora dos seus hábitos alimentares,

sejam eles bons ou ruins. E uma vez conhecendo os hábitos alimentares do educando e suas

famílias, poder-se-á criar estratégias mais específicas com a finalidade de estimular a

aquisição de hábitos alimentares saudáveis.

A seguir, apresenta-se um modelo de questionário. Conforme salientamos acima, seu

propósito principal consiste em investigar os tipos de alimentos consumidos diariamente pelos

educandos e seus familiares.

DESCOBRINDO NOSSOS HÁBITOS ALIMENTARES

Data do preenchimento do questionário: ________/__________/___________

1 DADOS PESSOAIS

1.1 NOME:____________________________________________________________

1.2 IDADE: ___________________ 1.3 PESO:___________________

1.4 ALTURA:_________________ 1.5 IMC:____________________

1.6 RENDA FAMILIAR:

( ) 01 a 02 salários mínimos.

( ) 03 a 04 salários mínimos.

( ) 05 a 06 salários mínimos.

( ) Acima de dez salários mínimos.

1.7 HABITAÇÃO:

( ) Casa ( ) Apartamento ( ) Outro

Qual____________

1.8 ALIMENTAÇÃO

Assinale com um X o consumo diário ou semanal dos seguintes alimentos:

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21

BEBIDAS 1 a 2 copos

ao dia

3 a 4 copos ao

dia

1 a 2 copos

por semana

3 a 4 copos

por semana Nunca

Leite

Iogurte

Suco

Refrigerantes

Chá

Café

Fonte: Autora, 2011.

PÃO/

MASSAS/

CEREAIS

1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia ou

mais

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Pão francês

Pão Integral

Pão doce

Broas

Biscoitos doces

Biscoitos

salgados

Macarrão

Sopas caseiras

Sopas

industrializadas

Arroz

Feijão

Flocos de

cereais

Fonte: Autora, 2011.

CARNES 1 a 2 porções

ao dia

3 a 4

porções ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Bovina

Suína

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22

Franco

Peixes

Salsichas

Hamburguês

Empanados

Miúdos

Fonte: Autora, 2011.

ÓLEOS E

GORDURAS

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana

1 a 2 porções

por mês

3 a 4

por mês Nunca

Azeite

Óleo de soja

Óleo de milho

Margarina

Manteiga

Maionese

Fonte: Autora, 2011.

HORTALIÇAS/

LEGUMES

1 a 2

Porções ao

dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Alface

Almeirão

Agrião

Abobrinha

Brócolis

Beterraba

Berinjela

Batatinha

Batata doce

Batata salsa

Cenoura

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23

Couve

Couve- flor

Chuchu

Cebola

Espinafre

Milho

Pimentão

Pepino

Rúcula

Rabanete

Tomate

Fonte: Autora, 2011.

FRUTOS 1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Abacaxi

Abacate

Ameixa

Banana

Caqui

Goiaba

Kiwi

Laranja

Limão

Melancia

Maracujá

Mamão

Manga

Melão

Maça

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24

Morango

Pêssego

Pêra

Ponkan

Uva

Fonte: Autora, 2011.

DOCES E

PASTÉIS

1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Chocolate

Chicletes

Balas

Bolo

Doces

Pastéis

Fonte: Autora, 2011.

4.2.1 Sugestões

Se o professor desejar que a atividade caminhe a passos mais largos, o questionário

sugerido poderá ser aplicado em sala de aula. Pode-se, por exemplo, entregar o questionário

impresso aos alunos e assessorá-los em suas respostas, de modo a que todos respondam

simultaneamente.

O professor poderá ampliar ou eliminar alguns itens presentes nas tabelas. Sabemos

que alguns alimentos não são consumidos em algumas regiões do país, bem como outros sim.

Então pode-se adaptar o questionário às peculiaridades vivenciadas no local de aplicação do

mesmo.

4.2.2 Avaliação

Entre as sugestões para avaliação desta atividade, enfatizamos:

Construção de uma estatística.

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Análise global do professor

Um interessante procedimento avaliativo é a construção de uma estatística com as

respostas obtidas nos questionários. Para tanto, pode-se eliminar algumas questões, focando-

se naquelas que possuem maior valor e interesse pedagógico. A ajuda do professor de

matemática torna-se interessante nesse caso, além de possibilitar a articulação com aquela

disciplina.

Outra técnica avaliativa é a apresentação de uma análise global da parte do educador

quanto ao questionário. Nesta análise ou avaliação o educador poderá enfatizar a necessidade

de uma reeducação quanto aos hábitos alimentares dos educandos – o que, sinceramente,

espera-se que os dados do questionário confirmem –, ou, simplesmente, que estes precisam

ser aprimorados – caso os dados demonstrem que os educandos e suas famílias já apresentam

bons hábitos alimentares. Seria importante fazer uma apresentação usando, por exemplo,

gráficos.

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UNIDADE II

OLERICULTURA: CONSTRUINDO A MINIESTUFA E A SEMENTEIRA

1 OBJETIVO

Construir uma miniestufa e uma sementeira visando o desenvolvimento da olericultura

nos domínios escolares.

2 CONTEÚDOS

2.1 OLERICULTURA

Definir olericultura.

Apresentar as diferentes perspectivas da olericultura (atividade agroeconômica,

atividade recreativa, educativa, científica, entre outras).

Expor as principais vantagens da olericultura como agronegócio e como atividade

pedagógica.

Reconsiderar as definições de produtos orgânicos e inorgânicos.

Diferenciar a olericultura em estufa de olericultura hidropônica.

2.2 MINIESTUFA

Definir miniestufa.

Apresentar os componentes de uma miniestufa com o propósito de construí-la

conjuntamente aos educandos.

2.3 SEMENTEIRA

Definir sementeira.

Explorar as finalidades da sementeira.

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Apresentar os componentes de uma sementeira para posterior construção junto aos

educandos.

3 CONVERSANDO SOBRE

O objetivo desta Unidade é, conforme expomos acima, a construção de uma

miniestufa e uma sementeira. Antes, porém, de apresentar os materiais e os procedimentos

necessários a sua concretização, faz necessário introduzir a noção de olericultura. Neste

ínterim, inicialmente, deve-se esclarecer o conceito, bem como fixar sua relação com as

noções de “miniestufa” e “sementeira”.

3.1 A OLERICULTURA

Olericultura é um termo derivado do substantivo latino “olus”, “oleris” – que significa,

precisamente, “hortaliças”, e do verbo latino “colere” – “cultivar”. Assim, em bom português,

o termo é aplicado para designar o cultivo de certas plantas de consistência herbácea,

geralmente de ciclos curtos e tratos culturais intensivos, cujas partes comestíveis são

diretamente utilizadas na alimentação humana, sem exigir industrialização previamente, ou

seja: as hortaliças.

A característica mais marcante da olericultura é o fato de ser uma atividade

agroeconômica altamente intensiva em seus aspectos mais variados, em contraste com outras

atividades agrícolas extensivas. Outras características importantes nos empreendimentos

hortículas são a intensa utilização de tecnologia moderna, em constante mudança, e o

reduzido tamanho da área ocupada, porém, intensivamente utilizada, tanto no espaço quanto

no tempo.

Mais recentemente, acentuou-se a implantação dos sistemas de cultivo protegido em

estufas e a hidroponia. A utilização de estruturas de proteção para mudas, como estufas e

miniestufas, tem duas importantes finalidades: por um lado, em alguns casos de excesso de

chuvas, temperaturas baixas, pragas, entre outros, minimizar os efeitos ambientais negativos à

produção de mudas; por outro, garantir o sucesso dessa fase tão importante no processo

produtivo e assim maximizar a produção e os lucros.

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28

Não obstante isto, a olericultura, conforme o interesse pessoal de quem a ela se dedica,

não necessariamente precisa ser encarada como atividade uma agrícola econômica. Além

disso, ela pode ser vista como ciência aplicada, fonte de alimentos ou mesmo como recreação

educativa.

Neste ínterim, visando à implementação de uma atividade pedagógica na disciplina de

Ciências, optou-se por desenvolver a olericultura em miniestufa.

3.2 A MINIESTUFA

A miniestufa consiste num ambiente restrito que possibilita o controle mais eficiente

dos elementos envolvidos no plantio de hortaliças. A miniestufa é interessante para o

desenvolvimento da olericultura por dois motivos principais: em primeiro lugar, em virtude

dos baixos custos e da sua manutenção. Em segundo lugar, porque garante a uniformidade das

mudas, ao possibilitar boa aeração e, quando possível, temperatura e umidade parcialmente ou

totalmente controlada.

Antes, porém, de a miniestufa abrigar mudas de hortaliças, a miniestufa deverá

comportar as sementeiras.

3.2.1 As sementeiras

As sementeiras, como o próprio termo sugere, encerram locais construídos com a

finalidade de receber as sementes desejadas com a finalidade de que estas possam germinar

em boas condições.

A produção de mudas em miniestufa pode ser realizada em recipientes individuais ou

coletivos. Os recipientes escolhidos para ilustrar este caderno pedagógico foram os copos de

papel e a bandeja coletiva.

O copo de papel, além da simplicidade, tem como vantagens a diminuição do

manuseio das mudas e danos às raízes, comuns nas operações de repicagens e transplanto,

evitando-se a propagação de doenças, a redução do tempo de formação das mudas e o

aumento da precocidade geral da planta.

O sistema de produção de mudas em recipientes coletivos baseia-se em três estruturas

imprescindíveis ao bom desenvolvimento dessa atividade: as estruturas de proteção, os

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substratos e as bandejas coletivas. A escolha depende muitas vezes do tipo de semente que

deseja plantar. Após o enchimento das bandejas, faz-se a marcação dos locais onde são

colocadas as sementes cuja profundidade dependerá do tamanho da semente.

Uma vez preparados os recipientes que irão abrigar as sementes, resta apenas aguardar

sua germinação. Com efeito, após a germinação das sementes, e assim que tiver sido

alcançado o estágio em que as mudas iniciam a formação das folhas definitivas, faz-se o

raleamento. Já o transplanto para os canteiros coletivos da horta deve ser realizado quando as

mudas apresentarem de duas a quatro folhas definitivas, dependendo da espécie. De três a

dois dias antes do transplanto deve se diminuir a irrigação de forma gradual, mas sem

comprometer a qualidade das mudas. Porém, de seis a oito horas antes deve ser realizada uma

irrigação para facilitar a retirada das mudas da bandeja. A irrigação deve ser feita pela manhã

e a temperatura ideal para a água é 21ºC.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: CONSTRUINDO A MINIESTUFA

A atividade tem por finalidade a construção de uma miniestufa. Conforme descrito

acima, a miniestufa apresenta uma série de vantagens para o desenvolvimento da olericultura,

como o controle das condições e o baixo custo.

Estas potencialidades são maximizadas à medida que se considera que esta será

construída no escopo escolar, não com finalidade puramente pedagógica, mas também para a

produção de alimentos que irão complementar a merenda escolar.

4.1.1 Materiais necessários

A construção da miniestufa requer os seguintes materiais:

11 vigas de 5,0 x 10,0cm x 2,50m de comprimento.

60 ripas de 1,0 x 2,5cm x 2,50 de comprimento.

2 metros de plástico transparente de 1,0 x 4,0m de altura.

2 maços de pregos 17 x 27.

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3 dobradiças de 5 x 8 cm.

15 saquinhos de grampos de base reta com 2 furos de 0,5 a 1,5mm.

Rolo pequeno para pintura.

Óleo diesel queimado, para pintar as bases das vigas antes de ser enterradas.

As ferramentas utilizadas na construção são:

Martelo.

Marreta.

Metro.

Trena.

Escada.

4.1.2 Procedimentos

A construção da miniestufa poderá, ou não, contar com a participação dos educandos.

FIGURA 1 – Medidas da miniestufa.

Fonte: Autora, 2011.

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31

Não obstante isto, a atividade aqui sugerida dificilmente poderia ser desenvolvida por

alunos da 6ª série do Ensino Fundamental, devido não apenas à complexidade da atividade,

como também no que diz respeito às dimensões da miniestufa, a saber: 2,50m x 5m x 2m

(veja-se a FIGURA 1).

Sugere-se a contratação de um especialista para a construção da miniestufa, fazendo-se

desnecessário descrever aqui os procedimentos para sua construção. Pode-se visualizar as

etapas de construção da miniestufa no ANEXO I.

Seja como for, nas dimensões postas na página 30, e utilizando-se dos materiais

também já listados, orçou-se o custo dos materiais necessários em R$ 245,00. Já o custo de

mão de obra ficou em torno de R$ 240,00.

4.1.3 Sugestões

Uma rápida pesquisa à internet proverá o interessado com uma variedade muito grande

de modelos de miniestufa. Esta sugestão é bastante válida, sobremaneira, se se pretende

realizar um empreendimento com dimensões bem mais modestas.

Ademais, sugere-se também que a madeira empregada na construção da miniestufa

seja o pinos, devido ao baixo custo.

4.1.4 Avaliação

Importantes ferramentas avaliativas são:

Participação.

Elaboração de cartilha de registro.

Produção de texto (coletivo ou individual).

De fato, um importante elemento avaliativo dos educandos é a participação na

construção da miniestufa. Em geral, este tipo de atividade possibilita uma integração muito

grande entre educador/educando, mas sobremaneira entre os próprios educandos.

Vale destacar ainda como ferramenta avaliativa a cartilha de registro que pode,

conforme salientamos em outro local, acompanhar toda a execução do programa,

possibilitando um registro fiel das atividades desempenhadas pelos educandos.

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Outro mecanismo consiste em pedir aos alunos para produzir um texto, individual ou

em equipe, descrevendo suas experiências na construção da miniestufa, os materiais

utilizados, as etapas desenvolvidas, com ênfase nas dificuldades e facilidades vivenciadas

pelo grupo e seus membros. No caso das dificuldades, ensejar que os mesmos descrevam

como estas foram superadas ou contornadas. Já no que tange às facilidades, refletir o porquê

de assim ter sido.

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: CONFECÇÃO DE COPOS DE PAPEL

O objetivo desta atividade é a confecção de copos de papel com o auxílio da

professora de Artes.

Os copos de papel serão utilizados para abrigar inicialmente as sementes e,

posteriormente, as plantas individuais.

4.2.1 Materiais necessários

A elaboração dos copos de papel requer os seguintes materiais:

Folhas de papel jornal.

1 garrafa pet de 500 ml ou latinha de refrigerante.

Fita adesiva.

4.2.2 Procedimentos

Corta-se uma página do papel jornal entre 4 e 5 tiras, no sentido transversal.

Utilizando a latinha ou a garrafa pet como molde, faz-se uma marca com a fita adesiva a uma

altura de 7 a 10 cm, a partir do fundo do molde utilizado.

A seguir, enrola-se a tira do papel jornal envolta do molde obedecendo-se à altura

marcada, dobrando-se as pontas do papel para dentro, de modo a formar-se o fundo do

copinho, sem adição de cola.

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FIGURA 2 – Ilustração do procedimento de confecção de copo de papel.

Fonte: FILGUEIRA, 2000.

Finalmente, bate-se o fundo do molde sobre a mesa de trabalho, e retira-se o copinho

pronto do molde.

4.2.3 Sugestões

Além dos copos de papel, pode-se utilizar também como sementeira, dependendo do

que se deseja cultivar, copos descartáveis, vasinhos, entre outros.

O professor pode pedir aos educandos que tragam os materiais para confecção dos

copos de suas respectivas residências, chamando atenção para os materiais inutilizados, que

possuem como destinação final o lixo, seja papel, garrafas pet, entre outros.

4.2.4 Avaliação

A avaliação desta atividade poderá ser realizada mediante:

Trabalho em equipe.

Participação.

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Material confeccionado.

A confecção dos copos de papel, conforme sugerimos anteriormente, pode ser

realizada em equipe. Dessa forma, pode-se avaliar a integração da equipe de trabalho, a

distribuição das atividades, enfim, sua interação. Ao mesmo tempo, o professor pode avaliar a

participação dos membros de cada equipe. Ao final, o professor terá uma avaliação coletiva e

individual.

Outro elemento que não poderá ficar de fora da avaliação é o material produzido, isto

é, sua qualidade, estética, funcionalidade, entre outros.

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UNIDADE III

O SOLO E A OLERICULTURA

1 OBJETIVO

Explorar o conceito de solo, sua classificação e sua importância para o cultivo de

alimentos.

2 CONTEÚDOS

2.1 O SOLO

Definir solo.

Explicar o processo de formação do solo.

2.2 TIPOS DE SOLO

Proceder a uma classificação dos principais tipos de solo.

Definir solo argiloso e apresentar suas características principais.

Definir solo arenoso e apresentar suas características principais.

Definir solo humífero e apresentar suas características principais.

Definir solo calcário e apresentar suas características principais.

2.3 A IMPORTÂNCIA DO SOLO PARA O CULTIVO DE HORTALIÇAS

A importância do solo para a produção de alimentos.

Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre os diferentes tipos de solo para o

desenvolvimento da olericultura na escola.

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3 CONVERSANDO SOBRE

O objetivo desta Unidade é oportunizar aos educandos o conhecimento dos diferentes

tipos de solo, suas características principais, com a finalidade de aplicar estes conhecimentos

na produção de hortaliças. Dito de outro modo, o conhecimento dos diferentes tipos de solo e

suas características possibilitará aos educandos conceber o tipo mais adequado de solo para o

cultivo de hortaliças na miniestufa e, posteriormente, na horta.

Para tanto, o primeiro passo consiste, então, em prover aos alunos tais conhecimentos.

A primeira intervenção sugerida mais abaixo visa precisamente isso. Nela sugere-se empregar

um texto junto aos alunos definindo solo, sua classificação e sua importância para a produção

de alimentos.

O auxílio do professor de Geografia é prioritariamente bem vindo para trabalhar as

camadas superficiais da Terra.

No que tange à importância do solo para o cultivo de alimentos, é interessante recorrer

ao professor de História, para que este possa explanar sobre a importância dos solos férteis na

constituição das primeiras civilizações.

3.1 SOLO: DEFINIÇÃO E FORMAÇÃO

Vulgarmente denominado de “terra” ou “chão”, o solo

é a camada mais superficial da crosta terrestre.

O solo é o resultado de anos de trabalho da natureza.

Visto sob esta ótica, encontramos uma formidável explanação

acerca do processo de formação do solo nas palavras de Ma-

riana Aprile (2011, n/p). Em seu texto, intitulado, “Formação

e Tipos de Solo”, ela escreve: “Há milhões de anos, não havia solo, mas sim enormes

solos, mas sim, rochas dos mais variados tamanhos – conhe-

cidas como „rocha – mãe”.. As chuvas, o vento, o calor e o frio, fizeram com

fizeram que o enorme rochedo começasse a ruir.”

Nas pequenas rachaduras, prossegue autora, “[...] ins-

talaram-se os liquens – que produziam uma espécie de ácido capaz de dissolver pequenas

porções de rocha. A “ação desses organismos continuou a desgastar as rochas que se

quebraram em pedaços menores, deixando espaços entre si.” (APRILE, 2011, n/p).

FIGURA 3 – O solo: camada

superficial da crosta terrestre.

Fonte: APRILE, 2011.

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Mais adiante, chegou um momento em que as rochas haviam se quebrado tantas vezes

que se tornaram pequenos grãos! Assim, afirma Aprile (2011, n/p),

Finalmente, esses dividiram-se em partes cada vez menores até tornarem-se

minerais. A partir daí, plantas maiores puderam se desenvolver, e então os

animais - as plantas surgiram antes dos animais.

Restos dos vegetais (lembre-se que plantas são vegetais) e animais mortos ao

entrarem em decomposição enriqueciam o solo em formação, de nutrientes.

Esses, chamados de húmus misturavam-se com os minerais. O solo é o

resultado dessa mistura.

Com o passar do tempo, “[...] a camada de solo depositada sobre a rocha-mãe, estava

mais espessa e continuava a engrossar. Muitos tipos diferentes de solo se formaram, conforme

a quantidade de minerais e nutrientes que predominava em cada ambiente.” (APRILE, 2011,

n/p).

Então, vejamos a seguir, quais os principais tipos de solo e suas principais

características.

3.2 PRINCIPAIS TIPOS DE SOLO

Na crosta terrestre podem ser encontrados diferentes tipos de solos. Cada tipo possui

características próprias, como a densidade, o formato, a cor, a consistência e a formação

química.

Em virtude disso, costuma-se dizer que existem diversas “espécies” diferentes de solo,

e que estas variam conforme a sua composição. Não obstante isto, “[...] alguns elementos

estão presentes em toda a sorte de solo. São eles a argila, areia, húmus, e o calcário

misturados. Conforme variam as quantidades dessas substâncias, o tipo de solo varia

também.” (APRILE, 2011, n/p).

FIGURA 4 – Tipos de solo.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-solo/solo-6.php.

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3.2.1 Argiloso

O solo argiloso apresenta como características principais a consistência fina e ser

impermeável a água.

FIGURA 5 – Solo argiloso.

Fonte: www.unibas.it/desertnet/dis4me/land_uses/land_use_cereals_pt.htm.

De acordo com o site Sua Pesquisa (2011, n/p),

Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada

principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo

de solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de

café. Na região litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor

escura e também muito fértil.

As imagens abaixo ilustram o massapé e a terra roxa.

FIGURA 6 – Solo massapé.

Fonte: www.suapesquisa.com

FIGURA 7 – Solo de terra roxa.

Fonte: www.mundoeducacao.uol.com.br.

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3.2.2 Arenoso

O solo arenoso possui consistência granulosa, por apresentar mais areia em sua

composição. Veja-se a ilustração abaixo.

FIGURA 8 – Solo desértico.

Fonte: Fonte: http://static.hsw.com.br/gif/biomas-desert.jpg.

É um tipo de solo bastante presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável à

água.

3.2.3 Humífero

Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em

decomposição (húmus), o solo humífero é riquíssimo em nutrientes, isto é, fértil, razão pela

qual é utilizado em larga escala para a prática da agricultura.

Segundo Aprile (2011, n/p),

Existem dois tipos de húmus: o vegetal, formado pela decomposição das

plantas, e o de minhoca. Esses bichinhos deixam o solo fértil ao escavarem

galerias arejando a terra. Conforme esses bichinhos cavam seus túneis,

engolem um pouco de terra. Então, os grãos de solo engolidos, passam pelo

corpinho da minhoca e são eliminados com suas fezes, enriquecidos de

nutrientes.

Veja a ilustração abaixo.

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FIGURA 9 – Solo humífero.

Fonte: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo8.php.

3.2.4 Calcário

O solo calcário, “É um tipo de solo formado por partículas de rochas. É um solo seco e

esquenta muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de solo é

muito comum em regiões de deserto.” (SUA PESQUISA.COM, 2011, n/p).

As imagens abaixo ilustram o solo calcário.

FIGURA 10 – Solo calcário.

Fonte: www.drapc.min-agricultura.pt/base/documentos/carta_solos_aveiro.

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3.3. A IMPORTÂNCIA DO SOLO NO CULTIVO DE PLANTAS

O solo é essencial para os vegetais. É interessante notar que as plantas parecem

apresentar predileção por determinados tipos de solo. Por exemplo, não adianta plantar um

cafeeiro em solo humífero, pois a planta não irá se desenvolver adequadamente. Por outro

lado, em solo argiloso ela irá encontrar todos os nutrientes de que necessita para o seu pleno

desenvolvimento. De acordo com Aprile (2011, n/p), “As laranjeiras, se plantadas em solo

calcário, darão frutos mais doces como prêmio. Já as palmeiras crescem melhor em solos

arenosos. O alecrim „gosta‟ muito de solos humíferos assim como as violetas.”

Como pode-se depreender dito acima, a utilização do tipo adequado de solo no cultivo

de plantas é fundamental. Isso acontece porque cada tipo de solo fornece às plantas

quantidades variadas de nutrientes e de água.

FIGURA 11 – Plantação de soja.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=45725.

No caso da olericultura, o tipo de solo mais adequado é o solo argiloso/humífero. As

hortaliças parecem “adorar” este tipo de solo, pois ele lhes fornece todos os nutrientes

necessários ao seu desenvolvimento.

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4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO SOLO

O objetivo desta atividade é possibilitar ao educando entender a importância do solo

para a vida no planeta.

Para tanto, sugere-se que, inicialmente, os educandos tenham acesso ao texto abaixo.

O texto pode ser lido individualmente, coletivamente ou pelo professor.

Uma vez realizada a leitura do texto de Mariana Aprile, pode-se levantar as seguintes

questões provocadoras:

O que é, segundo o texto, o solo?

Quais as outras palavras usadas para falar do solo?

Qual a importância do solo para os seres vivos?

Existe apenas um tipo de solo, ou vários?

Você já pensou sobre o tipo de solo que predomina em nossa cidade?

E em nosso Estado?

“Imagine que você está em um parque deitado sob uma árvore

grande, em cima da grama macia. Nesse gramado, há alguns

arbustos floridos. Ao inspirar, sinta o aroma delicioso dessas

flores, trazido pela brisa que sopra suavemente. Agora, veja-se

em uma praia de mar azul. Imagine-se caminhando pela areia

macia até a beira da água. Tudo isso é muito bonito e

agradável, não é? Mas nada disso existiria sem o solo.

Sem o solo, todas as paisagens seriam iguais e teriam o

aspecto de uma enorme pedreira, assim como uma selva de

pedras. O solo é a camada mais superficial da crosta terrestre, e

em geral, é chamado também de „terra‟ ou „chão‟. Ele é o

resultado de muitos de anos de „trabalho‟ da natureza.”

Mariana Aprile

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43

Depois que os alunos supriram sua curiosidade com as mais variadas respostas, pede-

se aos mesmos que registrem em seu caderno as respostas construídas coletivamente, ou em

sua cartilha.

4.1.1 Sugestões

Além do texto sugerido acima, o professor poderá utilizar também outros textos de sua

preferência, bem como imagens ilustrativas da importância do solo.

No que tange às questões, estas podem igualmente ser trabalhadas, sobremaneira se o

texto empregado for outro de preferência do professor.

4.1.2 Avaliação

Os métodos avaliativos sugeridos são:

Participação.

Cartilha de registro.

Registro no caderno.

Uma vez tendo sido lido e interpretado o texto, o professor poderá avaliar seus alunos

tomando como critério sua participação no debate promovido.

Outro elemento é o registro das informações. Isto pode ser realizado no caderno ou na

cartilha de registro, conforme já mencionado anteriormente.

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: AMOSTRAS DE SOLO

Esta atividade tem por finalidade apresentar aos educandos amostras dos diferentes

tipos de solo.

Ao ofertá-la o professor possibilitará aos educandos não apenas perceber as

características dos diferentes tipos de solo, como também observar, reconhecer e categorizar

amostras de solo com base em suas semelhanças e diferenças. Ademais, se assim o desejar,

poderá testar o comportamento do solo quanto à presença de água e ar.

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4.2.1 Materiais necessários

A atividade proposta irá requerer os seguintes materiais:

Papel craft ou cartolina.

Canetinha hidrocor.

Pacotes plásticos pequenos.

Amostras de solo.

4.2.2 Procedimentos

Após apresentar os objetivos da atividade, o professor pode dividir os participantes da

atividade em equipes.

Em seguida, pede-lhes que tragam para o próximo encontro/aula amostras de solo. É

importante pedir aos alunos que, durante a coleta do material, façam o registro de algumas

informações, como o local onde foi extraído, isto é, sua origem ou procedência (beira do rio,

na horta, na praia, etc.), a cidade, entre outras que achar relevante.

Depois de obtidas as amostras de solo pedem-se que as equipes façam sua análise

com o propósito de obter informações para sua exposição. A primeira coisa que se sabe é seu

local de origem, onde foi coletada. Além disso, a ficha de informação pode também conter

características táteis e aparentes, como cor, aspecto, presença de restos de folhas ou raízes.

Essas informações devem ser registradas numa ficha e colocadas junto à amostra, para que

não sejam misturadas.

FIGURA 12 – Painel de exposição em papel pardo. Fonte: http://www.cienciamao.usp.br/dados/sol/_coletandoearmazenandoamostrasdesolos.1.jpg.

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A seguir, depois de devidamente preparadas as amostras, colocadas em pacotes

plásticos e com suas respectivas fichas de informação, deve-se proceder à socialização dos

resultados. Uma maneira muito interessante de fazer a apresentação dos trabalhos é a criação

de painéis em cartolina ou papel pardo, com pequenas amostras de solo e as fichas de

informação, como mostra a figura acima.

Ao final, pode-se pedir aos alunos que façam uma síntese textual da atividade e das

amostras.

4.2.3 Sugestões

Uma interessante fonte de pesquisa sobre o solo e suas classificações é o site

www.sobiologia.com.br.

Outra dica diz respeito à metodologia de apresentação ou exposição das amostras de

solo coletadas pelos educandos, a saber, dispô-las em bancadas semelhantes àquelas

encontradas em museus.

4.2.4 Avaliação

A atividade pode ser avaliada com base nos seguintes elementos:

Painel de exposição.

Produção de texto.

Participação.

Apresentação e/ou exposição.

Cartilha de registro.

Um elemento de avaliação é sem sombra de dúvida o material produzido pelos

educandos: o painel de exposição contendo as amostras de solo e as fichas de informação.

Avalia-se aqui a organização, a relevância das informações dispostas, a estética, entre outras

coisas.

Pode-se pedir aos alunos que procedam também à produção de uma síntese textual,

individual ou coletiva, sobre os conhecimentos e experiências vivenciadas durante a

realização da atividade.

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Outro elemento avaliativo é a exposição e apresentação dos painéis em sala de aula,

aos demais colegas, ou mesmo à comunidade escola em geral. Ali pode-se avaliar, por

exemplo, a oralidade e a desenvoltura dos alunos no trato do tema, assim como sua síntese das

informações reunidas.

Por fim, outra ferramenta de avaliação indispensável, sobremaneira em atividades

coletivas, é a participação. Esta poderá ser avaliada desde o engajamento na coleta de

amostras de solo, passando pela análise das mesmas, até a confecção do painel e sua

apresentação aos demais colegas.

4.3 TERCEIRA INTERVENÇÃO: PREPARANDO O SOLO DA SEMENTEIRA

O objetivo desta atividade consiste em fazer a transposição dos conhecimentos

teóricos adquiridos sobre os tipos de solo para a prática mediante preparação do solo das

sementeiras.

4.3.1 Material necessário

Os materiais necessários são:

Sementeiras coletivas de isopor.

Sementeiras individuais (copos de papel).

Enxadinha.

Pazinha larga.

Húmus e solo.

4.3.2 Procedimentos

O primeiro passo consiste em providenciar as sementeiras e o solo.

As sementeiras individuais, vale recordar, foram confeccionadas com o auxílio da

professora de Artes: os copos de papel jornal. Já as sementeiras coletivas, podem ser usadas

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aquelas modeladas em isopor, já projetadas para esta finalidade, ou mesmo numa bandeja de

plástico capaz de suportar a semeadura.

FIGURA 13 – Sementeiras coletivas.

Fonte: http://patiosecologicos.blogspot.com/2010_05_01_archive.html.

Depois de obtidas as sementeiras (coletivas e individuais), pede-se aos alunos que,

com o auxílio das ferramentas ideais, as preencham com o solo preparado para o plantio das

sementes. O solo ideal para o cultivo de sementes de hortaliças deve ser acrescido de húmus,

um fertilizante orgânico composto, rico em substâncias orgânicas e minerais facilmente

disponíveis, que estimulam o crescimento e promovem a saúde e o vigor das plantas.

Depois de preenchidas as sementeiras, estas encontram-se prontas para a semeadura.

4.3.3 Sugestões

O húmus pode ser facilmente obtido em casas agropecuárias ou em lojas

especializadas em jardinagem. Seu custo é baixo. Sua mistura ao solo pode ser realizada antes

do preenchimento das sementeiras.

Os alunos podem ser divididos em equipes, buscando promover um rodízio para que

todas as equipes preencham os dois tipos de sementeiras.

4.3.4 Avaliação

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A atividade pode ser avaliada da seguinte forma:

Participação.

Cartilha de registro.

4.4 QUARTA INTERVENÇÃO: PREPARANDO O SOLO DA HORTA

O objetivo desta atividade é preparar o solo da horta para transplanto das mudas

cultivadas na miniestufa.

4.4.1 Materiais necessários

A preparação do solo da horta escolar irá requerer os seguintes materiais:

Ferramentas de jardinagem (enxadinha, pazinha larga, garfo, entre outros).

Enxadas.

Pá grande.

Insumos.

Água.

Mangueira ou regador.

4.4.2 Procedimentos

O solo, conforme já enfatizamos anteriormente, é um elemento crucial para o cultivo

de hortaliças e plantas em geral. Faz-se necessário não apenas escolher o tipo de solo ideal,

mas também o seu preparo adequado e a disposição dos canteiros.

Se o local onde serão construídos os canteiros estiver coberto por ervas daninhas,

sugere-se primeiro a sua limpeza com o auxílio da enxada, procurando remover também lixo e

pedras. Depois de limpo o local onde será construído o canteiro, verifica-se qual a melhor

disposição dos mesmos. Um critério interessante é a luminosidade, já que plantas necessitam

dela para se desenvolver adequadamente.

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Em seguida canteiro, usa-se a pá grande para revolver a terra, equivalentemente ao

arado na agricultura. Sugere-se que a terra seja revolvida até cerca de 30 cm de profundidade.

Se o canteiro não possuir bordas, pode-se usar tijolos, pedras, garrafas pet, entre outros

materiais.2 Caso se verifique nesse estágio que o solo original é muito argiloso, deve-se

colocar um balde de areia para cada 2 m², o que tornará o solo mais adequado ao plantio de

hortaliças.

FIGURA 14 – Canteiros de horta pedagógica. Fonte: http://escolamunicipalipirangadonorte.blogspot.com/2010/05/canteiros-da-horta-pedagogica.html.

Depois de revolvida todo o solo do canteiro, usa-se novamente a enxada, mas agora

para triturar em pedaços minúsculos o solo revolvido, de modo a torná-lo hábil a receber as

frágeis mudas vindas da miniestufa.

Depois de triturado o solo, pode-se acrescentar os insumos que serão utilizados para

enriquecer o solo, tornando-o assim mais produtivo. Um insumo muito utilizado é o adubo

orgânico.

O passo final consiste em fazer o replantio das mudas da miniestufa para o canteiro e,

com o auxílio do regador ou mangueira, irrigar o canteiro.

2 A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,0 metro para facilitar o acesso ao meio para tirar inços ou

colher. O comprimento terá o que desejar, porém canteiros muito longos são cansativos, sobretudo quando é

necessário dar a volta quando se está trabalhando. O ideal é fazer com 3 a 4,0 metros, deixando uma passagem.

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FIGURA 15 – Canteiros de horta pedagógica. Fonte: http://escolamunicipalipirangadonorte.blogspot.com/2010/05/canteiros-da-horta-pedagogica.html.

4.4.3 Sugestões

Lidar com ferramentas de corte requer sempre muita atenção, sobremaneira nas mãos

de crianças e adolescentes. Portanto, ao preparar o solo do canteiro, muito cuidado com as

ferramentas. Se possível, evite que os alunos façam uso da enxada e da pá grande, a menos

que manifestem conhecimento quanto ao seu uso adequado.

4.4.4 Avaliação

A avaliação poderá ser realizada com base nos seguintes critérios:

Participação.

Cooperação.

Cartilha de registro.

Conforme ensejamos acima, a participação é sempre um elemento importante na

avaliação de atividades coletivas. Acrescentamos aqui também a cooperação, uma vez que as

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atividades desenvolvidas no preparo do solo irão requerer muita disponibilidade e força de

vontade, pois o trabalho é duro.

Por fim, chamamos atenção novamente para a cartilha de registro, que recomendamos

como elemento avaliador em todas as atividades realizadas no programa.

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UNIDADE IV

CONHECENDO AS PLANTAS

1 OBJETIVO

Conhecer as partes que compõem uma planta e suas respectivas funções.

2 CONTEÚDOS

2.1 SEMENTE

Anatomia da semente.

Funções das partes das sementes.

Tipos de sementes.

2.2 RAIZ

Regiões da raiz.

Funções.

Tipos especiais de raízes.

2.3 CAULE

Tipos de caule.

Funções: transporte da seiva, proteção, sustentação.

2.4 FOLHAS

Tipos de folhas.

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Funções: fotossíntese, respiração transpiração

2.5 FRUTO

Partes do fruto.

2.6 FLOR

Partes da flor.

3 CONVERSANDO SOBRE

O objetivo desta Unidade consiste em oportunizar uma aprendizagem significativa

sobre as plantas, suas partes principais e suas respectivas funções. Neste ínterim, inicialmente,

abordaremos teoricamente as temáticas. Dito de outra maneira, iniciaremos com uma breve

apresentação e/ou caracterização das plantas e suas partes principais.

Com efeito, conhecer a anatomia vegetal é inequivocamente relevante para o programa

proposto neste Caderno Pedagógico, uma vez que ele tem como temática central a produção

de hortaliças em miniestufa.

Por conseguinte, as atividades aqui propostas visam criar um contexto onde teoria e

prática se complementam – o que, aliás, tem sido lugar comum neste Caderno Pedagógico.

3.1 AS PLANTAS

As plantas, todos devem ter ouvido falar, cumprem com um importante papel na

manutenção da vida no planeta, seja fornecendo o oxigênio que respiramos, o alimento que

necessitamos ou mesmo móveis e utensílios que usamos para o nosso conforto.

As plantas, também denominadas de vegetais, são seres vivos, uma vez que

apresentam um ciclo de vida semelhante ao de qualquer outro ser vivo: nascem, crescem e

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morrem. Ademais, possuem em comum com os demais seres vivos a capacidade de se

reproduzir, isto é, gerar novas plantas. No site Só Biologia (2001, n/p) lemos:

As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são

semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos; entretanto, têm uma

característica que as distingue desses seres - são autotróficas. Como já vimos,

seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo

processo da fotossíntese.

Logo, temos que uma das características distintiva das plantas em relação aos demais

seres vivos é que elas são autótrofas, isto é, produzem o próprio alimento, por meio de um

processo conhecido como fotossíntese.

Além disso, os vegetais apresentam muitas variações. Algumas plantas crescem no

solo (terrestres), outras na água (aquáticas) e outras ainda nas copas ou troncos de outras

plantas, bem como em telhados ou cercas (aéreas).

3.2 PARTES DAS PLANTAS

Não obstante se apresentem sob uma variedade enorme, as plantas apresentam os

seguintes órgãos ou partes principais: raiz, caule, folha, semente, fruto e flor.

FIGURA 16 – As partes das plantas.

Fonte: www.youtube.com/watch?v=jkrLIvbxCiQ.

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A seguir, vejamos separadamente cada uma das partes ilustradas na figura acima.

3.2.1 A raiz

Tipicamente, a raiz é o órgão da planta que se encontra abaixo da superfície do solo.

Suas funções principais são: servir como meio de fixação ao solo e como órgão absorvente de

água, compostos nitrogenados e outras substâncias minerais como potássio e fósforo (matéria

bruta ou inorgânica).

Além de suas funções mecânicas e absorção de nutrientes, a raiz é para os seres vivos,

incluindo o homem, uma riquíssima e importante fonte de alimento. Este é o caso da cenoura,

da beterraba, do nabo, do rabanete e da mandioca, apenas para citar alguns exemplos.

FIGURA 17 – Cenoura.

Fonte: http://www.informacaonutricional.net/nutricao/cenoura-crua-tabela-valor/

Além disso, algumas raízes possuem uso medicinal, como é o caso do ginseng,

Ternstroemia brasiliensis.

3.2.2 O caule

O caule é o órgão responsável pela condução de seivas (seiva bruta e seiva elaborada),

além de responsável pela sustentação da copa das árvores.

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O caule apresenta gemas (apical e axilar) de onde brotam os nós, ramos, folhas e

flores. Outra parte importante do caule é meristema, tecido responsável pelo crescimento do

caule (WIKIPÉDIA, 2011).

FIGURA 18 – Tronco de sequóia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sequoia_and_a_car.jpg.

3.2.3 A folha

As folhas são órgãos das plantas que tem como função prioritária a captação de luz e

trocas gasosas com a atmosfera, para realizar a fotossíntese e respiração.

Em geral, com exceção feita a plantas de climas áridos, as folhas das plantas tendem a

maximizar a superfície em relação ao volume. Esta estratégia visa aumentar, tanto a área da

planta exposta à luz, quanto a área da planta onde as trocas gasosas são possíveis por estar

exposta à atmosfera.

Com efeito, como existem diferentes espécies de plantas, há também folhas diferentes,

e existem vários tipos especializados de folhas, com fins diferentes dos das folhas comuns,

como, por exemplo, as pétalas das flores (WIKIPÉDIA, 2011).

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FIGURA 19 – Folha de uma dicotiledônea.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Leaf_1_web.jpg.

3.2.4 O fruto

O fruto é uma estrutura presente em todas as angiospermas onde as sementes são

protegidas enquanto amadurecem. De forma prática, os frutos são quaisquer estruturas das

Angiospermas que contém sementes.

As partes principais de um fruto são:

Epicarpo ou exocarpo

Mesocarpo

Endocarpo.

O epicarpo ou exocarpo é a camada externa, normalmente uma camada membranácea

e fibrosa; pode ser lisa, rugosa, pilosa ou espinosa, e é popularmente conhecida como casca,

camada mais externa do fruto, se origina da epiderme do carpelo.

O mesocarpo é a camada imediatamente abaixo do epicarpo, suculenta, que pode ou

não armazenar substâncias de reserva. Provém do mesofilo carpelar.

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O endocarpo, por sua vez, é a camada mais interna, normalmente a camada mais rígida

que envolve as sementes. Origina-se da epiderme interna da folha carpelar. Em certos tipos de

frutos, o endocarpo apresenta-se espessado e muito resistente.

FIGURA 20 – Partes do fruto.

Fonte: http://www.alunosonline.com.br/biologia/fruto.html.

A função primordial dos frutos é a proteção da semente em desenvolvimento, e é a

principal razão atribuída pelos estudiosos ao fechamento dos carpelos nas primeiras

Angiospermas.

Ao longo de sua evolução, as plantas com flores e frutos desenvolveram novos tipos

de frutos, e novas estratégias para a dispersão das sementes contidas neles, de forma que nas

espécies atuais há uma variedade imensa de cores, formas, estruturas acessórias e sabores,

cada qual especializada em uma forma diferente de dispersão de sementes.

3.2.5 A flor

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A flor é uma estrutura de crescimento determinado que é composta por folhas

modificadas, quer estrutural quer funcionalmente, com vista à realização das funções de

produção dos gametas e de proteção dos mesmos, através dos antófilos.

FIGURA 21 – Plantação de Girassóis.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Flor.

A função da flor é mediar a união dos esporos masculino (micrósporo) e feminino

(megásporo) num processo denominado polinização. Muitas flores dependem do vento para

transportar o pólen entre flores da mesma espécie. Outras dependem de animais

(especialmente insetos) para realizar este feito (WIKIPÉDIA, 2011).

FIGURA 22– Transporte de pólen pelas abelhas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Flor.

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O período de tempo deste processo (até que a flor esteja totalmente expandida e

funcional) é chamado anthesis.

3.2.6 A semente

A semente é o óvulo maduro e já fecundado das plantas gimnospermas ou

angiospermas. É formada pelas seguintes partes:

Tegumento ou casca

Embrião

Endosperma (que o envolve).

Diferentemente dos animais, as plantas são limitadas em sua habilidade de procurar

condições favoráveis para sua vida e crescimento. Como consequência, elas desenvolveram

muitas maneiras de dispersão e distribuição da sua população através das sementes.

FIGURA 23 – Semente de feijão.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phaseolus_vulgaris_seed.jpg.

A primeira condição a ser satisfeita é encontrar, de alguma forma, um local e lá

permanecer enquanto houver condições favoráveis à germinação e crescimento.

O processo de germinação, como ilustra a figura abaixo, é o processo inicial do

crescimento de uma planta a partir de um corpo em estado de vida latente, que pode ser uma

semente ou um esporo ou de um animal, protista ou bactéria a partir de uma forma enquistada

(WIKIPÉDIA, 2011).

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FIGURA 24 – Processo de germinação.

Fonte: http://dendro.cnptia.embrapa.br/Agencia1/AG01/arvore/AG01_72_309200411814.html.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: PESQUISANDO SOBRE AS PLANTAS

O objetivo desta primeira intervenção consiste em realizar conjuntamente aos alunos

uma pesquisa sobre os principais conceitos abrangidos nesta Unidade.

Para a realização desta atividade, sugere-se o trabalho em equipe. O professor poderá

dividir os alunos em equipe com três ou quatro integrantes. Feito isto, procede-se à

distribuição dos temas. Sugere-se os seguintes conceitos como ponto de partida para a

pesquisa proposta:

A raiz

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O caule

A folha

O fruto

A flor

A semente.

O laboratório de informática é um bom recurso de pesquisa, uma vez que o material

selecionado poderá ser impresso, para os trabalhos que se seguirão em sala de aula.

Depois de retornar para a sala de aula, o professor poderá aos alunos que estudem o

material pesquisado e elaborem uma forma de apresentação dos temas para os demais colegas

da classe.

4.1.1 Sugestões

É interessante que o professor distribua temas diferentes paras equipes. Dessa forma

evita-se a redundância de temas.

Não se esqueça de pedir aos alunos que pesquisem também imagens e ilustrações dos

respectivos temas.

4.1.2 Avaliação

A atividade poderá ser avaliada com base nos seguintes critérios:

Pesquisa.

Participação e cooperação.

Produção.

Apresentação.

O professor poderá avaliar desde a realização da pesquisa. Avaliará o empenho da

equipe, bem como o material pesquisado.

Outra sugestão de avaliação é a participação dos membros da equipe e sua cooperação.

O material produzido pela equipe para apresentação é outro elemento importante a ser

avaliado. Nele estarão colocados os principais conceitos da temática pesquisada, e a

compreensão que os educandos tiveram a respeito dos mesmos.

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Por fim, avalia-se a apresentação do material em sala de aula. Aí temos elementos para

considerar a apreensão de conhecimento por parte dos educandos, bem como sua desenvoltura

e oralidade.

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: A SEMEADURA NA MINIESTUFA

O objetivo desta atividade é desenvolver a semeadura das hortaliças que serão

cultivadas na miniestufa.

4.2.1 Materiais necessários

Para a realização da atividade são necessários os seguintes materiais:

Sementeiras (coletivas e individuais).

Solo adequado.

Sementes de hortaliças.

Ferramentas de jardinagem.

Água.

4.2.2 Procedimentos

As sementeiras, vale recordar, já foram providenciadas na UNIDADE II. Trata-se dos

copos de papel confeccionados nas aulas de Artes, bem como as bandejas de isopor,

confeccionadas especialmente para o cultivo de mudas.

O Solo também já havia sido preparado, conforme orientações fornecidas na

UNIDADE II.

Uma vez estando de posse do solo e das sementeiras, faz-se necessário selecionar as

sementes de hortaliças que serão cultivadas. Um procedimento interessante é analisar a época

de cultivo nas embalagens de hortaliças – as quais podem, aliás, ser facilmente obtidas em

casas agropecuárias.

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Feito isto, já com as sementes selecionadas, procede-se ao plantio das mesmas. Há

plantas que exigirão o plantio em sementeiras individuais; outras, ao contrário, poderão ser

semeadas em bandejas coletivas.

FIGURA 25 – Sementeiras coletivas.

Fonte: http://patiosecologicos.blogspot.com/2010_05_01_archive.html.

Depois de semeadas, molha-se as sementeiras com a finalidade de facilitar a

germinação.

4.2.3 Sugestões

Uma sugestão interessante é que o professor realize a semeadura primeiro, tanto na

sementeira individual, quanto na coletiva. Assim, os alunos poderão repetir o processo com

maior conhecimento de causa.

4.2.4 Avaliação

Sugere-se como procedimentos avaliativos:

Cartilha de registro.

Participação e cooperação.

Produção textual.

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Como a atividade é desenvolvida coletivamente, sugere-se avaliar a participação e

cooperação dos alunos engajados na atividade.

Ademais, como tem sido sugerido ao longo deste Caderno Pedagógico, pede-se aos

alunos que registrem todo o procedimento em sua cartilha.

Outro elemento avaliativo importante é a produção de texto. Ou seja, pede-se aos

alunos que desenvolvam um texto descritivo da atividade que assistiram e desenvolveram

coletivamente.

4.3 TERCEIRA INTERVENÇÃO: TRANSPLANTE DE MUDAS

O objetivo desta atividade consiste em transplantar as mudas cultivadas na miniestufa

para os canteiros.

4.3.1 Materiais necessários

Os materiais necessários ao desenvolvimento da atividade são:

Mudas de hortaliças.

Canteiros.

Ferramentas.

Água.

4.3.2 Procedimentos

Os dois elementos mais importantes para a realização da atividade são as mudas e os

canteiros.

Os canteiros, vale recordar, já foram preparados de acordo com o descrito na

UNIDADE III, quando tratou-se do solo. As mudas foram obtidas na miniestufa, mediante

procedimento descrito na atividade anterior.

Uma vez tendo ambos, procede-se ao transplanto das mudas da miniestufa para os

canteiros.

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A retirada das mudas das sementeiras é um procedimento muito delicado e requer

muito cuidado. No caso das mudas cultivadas em copo de papel é mais fácil, já que as mudas

não precisam ser removidas de seu interior. Dito de outra maneira, deve-se abrir uma cova no

canteiro e depois depositar os copos contendo as mudas, cobrindo-os adequadamente, isto é,

até o caule da muda.

Já as mudas obtidas nas sementeiras coletivas precisam ser removidas das mesmas e

replantadas.

FIGURA 26 – Replantando as mudas.

Fonte: http://www.granexpoes.com.br/2011/noticias.asp?tp=evento&cod=409.

Com o auxílio das ferramentas adequadas, deve-se proceder ao transplanto das

mesmas procurando manter fixado à planta a maior quantidade de solo possível. Depois de

depositar a muda no canteiro, cobre-se a mesma com o solo do canteiro.

FIGURA 26 – Replantando as mudas.

Fonte: http://cultivehortaorganica.blogspot.com/2011_07_01_archive.html.

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Depois de transplantadas todas as mudas, molha-se o canteiro.

4.3.3 Sugestões

Uma sugestão é que o professor efetue, pelo menos, um transplante antes dos alunos,

de modo que os mesmos possam ter um referencial para realizar a atividade.

4.3.4 Avaliação

Sugere-se como critérios avaliativos:

Participação e cooperação.

Cartilha de registro.

A participação, conforme já elucidamos anteriormente, é um elemento avaliativo

indispensável em atividades coletivas. Por isso, deverá estar presente aqui.

Outro elemento avaliativo é a cartilha de registro, onde o educando deverá descrever

todo o procedimento realizado.

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UNIDADE V

O QUE MUDOU?

1 OBJETIVO

Esta Unidade tem por o objetivo principal avaliar os conhecimentos apreendidos

visando mudar os hábitos alimentares dos educandos e seus familiares.

2 CONTEÚDOS

2.1 VALOR NUTRITIVO

O valor nutritivo das hortaliças.

2.2 CONSUMO DE HORTALIÇAS

A importância do consumo de hortaliças para a saúde humana.

2.3 HIGIENE

Conscientização quanto à importância da higiene na manipulação dos alimentos

(hortaliças).

2.4 CONSCIENTIZAÇÃO

Conscientização dos educandos e familiares quanto à importância de se promover a

mudança dos hábitos alimentares.

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3 CONVERSANDO SOBRE

3.1 O VALOR NUTRITIVO DAS HORTALIÇAS

Todos os alimentos tem seu valor nutritivo. No entanto, é de grande importância a

inclusão de verduras e legumes variados em nossa dieta alimentar, pois favorecem o

fornecimento de quantidades apreciáveis de vitaminas, minerais além de aumentarem o

resíduo alimentar no trato digestivo, através das fibras solúveis e insolúveis.

Apenas a título de exemplo, considere-se as verduras verdes e amarelo-alaranjadas,

grandes fontes de pró-vitamina A (caroteno). Outras vitaminas encontradas seriam a C e as

vitaminas do complexo B. Nos minerais, destaca-se o ferro, o cálcio, o potássio e o magnésio.

O valor nutricional de algumas hortaliças pode ser verificado na tabela abaixo.

Procuramos destacar apenas as hortaliças mais conhecidas.

Tabela de Valor Nutricional e Funcional das Hortaliças

PRODUTO VITAMINAS E MINERAIS VALOR FUNCIONAL

Abóbora Vitaminas A e Complexo B, Potássio,

Sódio, Cálcio e Fósforo

Conserva a saúde da pele e da mucosa, boa para a

visão, evita perda de memória e previne as infecções.

Semente excelente vermífugo.

Abobrinha Vitaminas A, E e Complexo B,

Fósforo, Cálcio

Evita fadiga mental, auxilia no bom funcionamento do

intestino e ajuda na formação dos ossos e dentes

Agrião Vitaminas A, C, E e Complexo B,

Iodo, Ferro e Cálcio

Alivia a bronquite ea tosse. É diurético, digestivo.

Evita o envelhecimento precoce das células.

Alface Vitaminas A, B, C, Complexo B,

Cálcio, Fósforro, Ferro

É refrescante, diurética, calmante, reduz a tosse

agindo no aparelho digestivo e nervoso. Atua na

formaçãod dos ossos e dentes e auxilia a boa visão.

Alho

Vitaminas A, B, C, Complexo B,

Cálcio, Fósforo, Ferro, Sódio e

Potássio

Aumenta a resistência imunológica do organismo,

ativa a circulação do sangue e atua no sistema

nervoso.

Batata Doce Vitaminas A, Complexo B, Potássio,

Cálcio, Ferro e Fósforo

Ajuda no crescimento, na boa visão e saúde da pele.

Auxilia no tratamento da anemia e digestão.

Batata Inglesa Vitamina A, C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo, Ferro, Potássio e Sódio Fornece boas fontes de energia para o organismo,

ajuda na formação dos ossos e dentes, evita câimbras,

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combate as infecções, estimulante, estimulante do

apetite e essencial para o crescimento.

Berinjela Vitaminas do Complexo B, Ferro,

Cálcio e Fósforo

É diurética. Recomenda-se nos casos de inflamação de

rins, bexiga e uretra, problemas de artrite, gota,

reumatismo e inflamação da pele.

Beterraba Vitamina C e Complexo B, Potássio,

Cálcio, Fósforo e Ferro

Tem efeito diurético, refrescante e tônico. Auxilia no

combate da anemia.

Cebola Vitaminas do Complexo B, Cálcio,

Ferro e Fósforo

Fortalece ossos e dentes, é diurética, facilita a

expectoração de catarro, boa para infecções e

calmante.

Cebolinha Vitaminas do Complexo B, Cálcio e

Fósforo

Ajuda na formação de ossos e dentes, estimula o

apetite, mantém a saúde da pele e promove o

crescimento.

Cenoura Vitaminas A, C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo, Potássio, Ferro e Sódio

Boa para cabelos, olhos e dentes, fortalece dentes e

ossos e estimula a digestão

Chuchu Vitamina C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo, Sódio e Potássio

Ajuda na formação dos ossos, dentes e sangue.

Promove o crescimento e contribui para a saúde da

pele.

Couve-Flor Vitamina C e Complexo B, Ferro,

Cálcio e Fósforo

Colabora na formação e manutenção óssea. Indicada

contra prisão de ventre. Suas folhas combatem

anemia.

Ervilha Vitaminas A, C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo, Potássio e Ferro

Tem ação diurética, auxilia e fortificar ossos. É

essencial para funções cerebrais.

Espinafre Vitaminas A, C e Complexo B, Ferro,

Cálcio e Fósforro

Combate a anemia, prisão de ventre, fortalece o

sistema imunológico e auxilia a renovação celular

Mandioca Vitamina C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo e Ferro

Estimula o apetite, promove o crescimento, participa

na formação dos ossos, dentes e sangue.

Milho Verde Vitamina E, Complexo B, Fósforo,

Ferro, Iodo e Fibras

Ajuda a regularizar o sistema nervoso e o aparelho

digestivo. Atua no crescimento.

Palmito Vitaminas do Complexo B, Cálcio e

Fósforo Ajuda na formação dos dentes, ossos e crescimento.

Pepino Vitamina C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo e Ferro

É diurético, laxante, indicado para doenças dos rins,

coração, prisão do ventre e diabete.

Pimentão Vitamina A, C e Complexo B, Fósforo,

Age contra as infecções, faz bem para os vasos

sangüíneos, ossos e dentes. Conserva a saúde da pele,

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Cálcio e Ferro mucosa e visão.

Repolho Vitamina C e Complexo B, Cálcio,

Fósforo, Potássio e Ferro

Favorece as defesas do organismo, protegendo contra

as infecções, hemorragias e anemia. Ajuda a estimular

o intestino. Favorece a pele, olhos, unhas e cabelos.

Tomate Vitamina A, B, C e E, Fósforo, Cálcio,

Potássio e Ferro

Ajuda o organismo a combater infecções,

antioxidante. Protege contra as doenças cancerígenas

(presença licopeno), da resistência aos vasos

sangüíneos e evita a fragilidade óssea.

Fonte: http://www.bancazeebia.com.br/tabela.htm.

3.2 A IMPORTÂNCIA DAS HORTALIÇAS PARA A SAÚDE HUMANA

O consumo de hortaliças é de vital importância para a saúde, pois elas são ótima fonte

de fibras, vitaminas e sais minerais. As fibras alimentares são fundamentais para o bom

funcionamento do organismo. Já as vitaminas e minerais realizam papeis importantes em

nosso corpo, como por exemplo, desempenhar ação antioxidante.

Algumas hortaliças fornecem fitoquímicos que têm ação benéfica para a saúde na

prevenção de doenças e auxílio na recuperação de pessoas com enfermidades. Entre os

benefícios do fitoquímicos estão a prevenção de câncer e doenças cardiovasculares e melhora

do sistema imunológico.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO: CONVERSANDO COM UM NUTRICIONISTA

O objetivo desta atividade é aprender sobre o valor nutritivo das hortaliças e sua

importância para a promoção da saúde humana mediante palestra com um nutricionista (ou

outro profissional devidamente qualificado).

4.1.1 Sugestões

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É sobremaneira importante estender o convite para participar da palestra a toda a

comunidade escolar.

Deve-se sugerir ao palestrante que use de um espaço de tempo não muito longo, para

evitar a dispersão da platéia. E também que o mesmo use de recurso didático, como o data

show.

4.1.2 Avaliação

A avaliação desta atividade pode ser realizada mediante:

Produção de texto.

Cartilha de registro.

Participação.

Pode-se pedir aos educandos que procedam à confecção de um texto relatando o que

julgaram mais importante na comunicação do palestrante.

Outra ferramenta avaliativa é a cartilha de registro, que acompanhou o educando desde

o início do programa.

Por fim, sugere-se que se avalie também a participação do educando e seus familiares

na palestra.

4.2 SEGUNDA INTERVENÇÃO: REVENDO NOSSOS HÁBITOS ALIMENTARES

O objetivo desta atividade consiste em reapresentar o questionário sobre os hábitos

alimentares dos educandos e seus familiares.

O questionário supracitado, vale recordar, foi apresentado primeiramente na

UNIDADE I. Seu propósito consistia em verificar os hábitos alimentares dos educandos e

suas famílias com a finalidade de ensejar a reeducação alimentar.

O mesmo questionário, depois de realizado todo o programa, poderá ser reapresentado

ou readaptado para avaliar as mudanças ocorridas nos hábitos alimentares dos educandos e

suas respectivas famílias.

Apresentamos abaixo uma adaptação do mesmo questionário.

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O QUE MUDOU EM NOSSOS HÁBITOS ALIMENTARES

Data do preenchimento do questionário: ________/__________/___________

1 DADOS PESSOAIS

1.1 NOME:____________________________________________________________

1.2 IDADE: ___________________ 1.3 PESO:____________________

1.3 ALTURA:__________________ 1.4 IMC:_____________________

1.5 ALIMENTAÇÃO

Assinale com um X o consumo diário ou semanal dos seguintes alimentos:

BEBIDAS 1 a 2 copos

ao dia

3 a 4 copos ao

dia

1 a 2 copos

por semana

3 a 4 copos

por semana Nunca

Leite

Iogurte

Suco

Refrigerantes

Chá

Café

Fonte: Autora, 2011.

PÃO/

MASSAS/

CEREAIS

1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia ou

mais

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Pão francês

Pão Integral

Pão doce

Broas

Biscoitos doces

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Biscoitos

salgados

Macarrão

Sopas caseiras

Sopas

industrializadas

Arroz

Feijão

Flocos de

cereais

Fonte: Autora, 2011.

CARNES 1 a 2 porções

ao dia

3 a 4

porções ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Bovina

Suína

Franco

Peixes

Salsichas

Hamburguês

Empanados

Miúdos

Fonte: Autora, 2011.

ÓLEOS E

GORDURAS

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana

1 a 2 porções

por mês

3 a 4

por mês Nunca

Azeite

Óleo de soja

Óleo de milho

Margarina

Manteiga

Maionese

Fonte: Autora, 2011.

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HORTALIÇAS/

LEGUMES

1 a 2

Porções ao

dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Alface

Almeirão

Agrião

Abobrinha

Brócolis

Beterraba

Berinjela

Batatinha

Batata doce

Batata salsa

Cenoura

Couve

Couve- flor

Chuchu

Cebola

Espinafre

Milho

Pimentão

Pepino

Rúcula

Rabanete

Tomate

Fonte: Autora, 2011.

FRUTOS 1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Abacaxi

Abacate

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Ameixa

Banana

Caqui

Goiaba

Kiwi

Laranja

Limão

Melancia

Maracujá

Mamão

Manga

Melão

Maça

Morango

Pêssego

Pêra

Ponkan

Uva

Fonte: Autora, 2011.

DOCES E

PASTÉIS

1 a 2 porções

ao dia

3 a 4 porções

ao dia

1 a 2 porções

por semana

3 a 4 porções

por semana Nunca

Chocolate

Chicletes

Balas

Bolo

Doces

Pastéis

Fonte: Autora, 2011.

4.2.1 Sugestões

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77

O professor poderá também incluir algumas questões abertas, indagando, por exemplo,

sobre as mudanças ocorridas nos hábitos alimentares dos educandos e suas famílias.

Para a construção da estatística, a ajuda do professor de matemática é sempre bem

vinda.

4.2.2 Avaliação

A avaliação desta atividade poderá contar com os seguintes elementos avaliativos:

Construção de uma estatística.

Comparativo.

Cartilha de registro.

A construção de uma estatística sobre os dados obtidos irá facilitar o comparativo com

os dados obtidos antes do início do programa, tornando mais perceptível aos educandos e

leitores as semelhanças e discrepâncias de dados.

A cartilha de registro, agora que se alcançou o final do programa, poderá ser avaliada

em sua totalidade.

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PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO CADERNO PEDAGÓGICO

Este Caderno Pedagógico tem por finalidade avaliar o papel da Escola enquanto

indutora de transformações dos hábitos alimentares dos educandos e seus familiares. Tendo

isto em vista, tomando como escopo a disciplina de Ciências, buscou-se neste Caderno

apresentar aos educadores propostas pedagógicas de como desenvolver junto aos educandos a

olericultura mediante cultivo em miniestufa.

Ao longo de sua confecção, procurou-se seguir o mesmo padrão em todas as Unidades

que este Caderno engloba. Nele são apresentadas temáticas, atividades, metodologias e

procedimentos avaliativos, além de sugestões e materiais eventualmente necessários. Buscou-

se, desta forma, aproximar teoria e prática mediante uma aprendizagem significativa.

Nesta proposta de avaliação do Caderno Pedagógico, conclamamos alguns instantes de

sua atenção com a finalidade de avaliar o material que se tem em mãos. Para tanto, responda

as questões abaixo:

1 As atividades sugeridas no Caderno Pedagógico são relevantes ao ensino e à

aprendizagem significativa dos adolescentes? Justifique sua resposta.

2 O Caderno Pedagógico consegue aproximar significativamente teoria e prática

com o propósito de maximizar o processo de ensino e aprendizagem? Justifique

sua resposta.

3 Ao ler as Unidades Temáticas que compõem este Caderno Pedagógico, o que você

acrescentaria e o que você retiraria dele? Exemplifique.

4 Os temas abordados nas Unidades Temáticas são compatíveis com os conteúdos

relativos e pertinentes a uma turma de 6ª Série do Ensino Fundamental? Justifique

sua resposta.

5 As atividades propostas no Caderno Pedagógico possibilitam a aproximação do

educador ao educando? Justifique sua resposta.

6 Faça um comentário genérico sobre o Caderno Pedagógico.

Todas e quaisquer sugestões, reclamações e elogios referentes ao presente Caderno

Pedagógico poderão ser encaminhadas via e-mail para a professora PDE 2011 VAINEY

MARIA BIANCHINI NETTO.

[email protected]

Obrigado e bom trabalho!

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79

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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http://educacao.uol.com.br/ciencias/solo-formacao-e-tipos-de-solo.jhtm. Acesso em:

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Acesso em 10/03/2011.

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CHAUI, M.; OLIVEIRA, P. S. de. Filosofia e Sociologia. São Paulo: ABDR, 2009.

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EMBRAPA- Paraná – Produção de Mudas de Hortaliças em Recepientes – junho mde

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FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das Ciências. 3. ed.

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FRICK, P. R.. Horta na Escola. Disponível em:

http://www.webartigos.com/articles/11959/1/Horta-na-Escola/pagina1.html>. Acesso em

10/03/2011.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar. São Paulo:

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MANCINI, M. C. Noções fundamentais. Diagnóstico e Classificação da Obesidade. In

JÚNIOR, A. B. G. (Editor). Cirurgia da Obesidade. São Paulo: Atheneu, 2003.

MARANDINO, M. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de

ciência. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Fiocruz, Rio de Janeiro, v.12, p.161-181,

2005.

OLIVEIRA, C. L.; VEIGA, G. V. da. Obesidade na Infância e Adolescência e sua Associação

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Obesidade na Infância e Adolescência. São Paulo: Atheneu, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Ciências. Curitiba Superintendência da Educação, 2008.

PASSADOR, C.S. Programa Gestão Pública e Cidadania: Projeto Escola no Campo.

Disponível em: http://inovando.fgvsp.br/ conteúdo/ documentos. Acesso em 10/02/2011.

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80

PASSOS, E; MAGALHÃES, N. P; GONÇALVES, N. M. E. F; MOURA, V. H. V; SILVA,

E. B. da. Alimentação saudável nas escolas. Brasília. V. 43, n. 170 abr/jun 2006.

SCHMITZ, B. A. S. et al. A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis: uma

proposta metodológica de capacitação para educadores e donos de cantina escolar.

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v24s2/16.pdf. Acesso em 10/02/2011.

Sites

http://static.hsw.com.br/gif/biomas-desert.jpg.

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=45725.

http://www.cienciamao.usp.br/tudo/sol.php?cod=_coletandoearmazenandoamostrasdesolos.

http://escolamunicipalipirangadonorte.blogspot.com/2010/05/canteiros-da-horta-pedagogica.

http://pt.wikipedia.org.

http://web.educom.pt.

http://cultivehortaorganica.blogspot.com

www.suapesquisa.com.

www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-solo/solo-6.php.

www.mundoeducacao.uol.com.br.

www.unibas.it/desertnet/dis4me/land_uses/land_use_cereals_pt.htm.

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ANEXO I

CONSTRUINDO A MINIESTUFA

Fonte: Autora, 2011.

Fonte: Autora, 2011.

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82

Fonte: Autora, 2011.

Fonte: Autora, 2011.

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83

Fonte: Autora, 2011.

Fonte: Autora, 2011.

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84

Fonte: Autora, 2011.

Fonte: Autora, 2011.

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Fonte: Autora, 2011.