Caderno de Apoio Noticia

Realização

Comunicação e Cultura

Rua Castro e Silva, 121 - 60030.010 - Fortaleza

(85) 3455.2150 - [email protected]

www.jornalescolar.org.br

www.comcultura.org.br

Parceria

Secretaria de Educação Básica - Ministério da Educação

Instituto C&A

Comunicação e Cultura

Edição

Daniel Raviolo

Conteúdos

Daniel Raviolo, Marina Mesquita, Silene Silvino, IsabelLima Conceição e Isabelle Câmara

Projeto gráfico

Carlos Machado

Capa e contracapa

Gil Dicelli

Revisão de textos

Rafael Rodrigues da Costa, Vânia Monteiro Soares Riose Ana Karla Dubiela

Imagens

Arquivos Comunicação e Cultura

Fortaleza

2011

MAIS EDUCAÇÃO

Ministério daEducação

Caderno de Apoio ao Educador

NOTÍCIA

(Inclui Sequência Didática, com planos de aula)

CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - NOTÍCIA | 5

5

Parceria firmada entre a Secretaria de Educação Básica do Ministério

da Educação, o Instituto C&A e a ONG Comunicação e Cultura

viabiliza o apoio aos professores e monitores do Programa Mais

Educação engajados na publicação de jornais escolares.

A estratégia contempla a distribuição de materiais pedagógicos, a

criação de sequências didáticas e o acompanhamento e formação a

distância. Há, ainda, suporte nas áreas de programação visual,

diagramação eletrônica e impressão.

I n fo r m a çõ es a t ravé s d o p o r ta l w w w. j o r n a l es c o l a r. o rg . b r o u

escrevendo para [email protected]

6 | CADERNO DE APOIO AO EDUCADOR - NOTÍCIA

6

Introdução ................................................................................................... 007

Notícia ......................................................................................................... 008

Mercado e Notícia ....................................................................................... 008

Notícia e Objetividade .................................................................................. 009

Segmentação do Mercado Editorial ............................................................. 010

Como se escreve uma Notícia ..................................................................... 010

Fontes de Informação .................................................................................. 111

Outros Gêneros Jornalísticos Informativos ................................................... 012

O desafio da Ética ....................................................................................... 013

Código de Ética do Jornalismo Escolar ....................................................... 013

Sequência Didática Notícia ......................................................................... 014

Roteiro da Sequência .................................................................................. 015

Oficina 1 ...................................................................................................... 017

Oficina 2 ...................................................................................................... 019

Oficina 3 ...................................................................................................... 022

Oficina 4 ...................................................................................................... 025

Oficina 5 ...................................................................................................... 027

Oficina 6 ...................................................................................................... 029

Oficina 7 ...................................................................................................... 030

Oficina 8 ...................................................................................................... 032

Oficina 9 ...................................................................................................... 034

Oficina 10 .................................................................................................... 037

Oficina de pré-diagramação ......................................................................... 039

Oficina flutuante A ...................................................................................... 043

Oficina flutuante B ....................................................................................... 045

Material Didático .......................................................................................... 047

Sumário


7

Introdução

O jornalismo encontra sua legitimidade na transmissão de informações desconhecidas pelopúblico. Compramos jornais e revistas - ou acessamos na internet - ouvimos e assistimos aosnoticiários, porque estamos interessados em saber o que acontece no mundo. A notícia é oprincipal gênero textual utilizado pela mídia para esse fim.

As pessoas têm, em geral, duas expectativas sobre a informação transmitida pelos meios decomunicação: a) que seja investigativa, ou seja, que vá além do superficial, que informerealmente; b) que seja objetiva ao relatar os fatos, deixando o público tirar suas própriasconclusões. Se a primeira expectativa nem sempre é exequível, pois precisa de meios técnicos,recursos e mesmo vontade, que muitas vezes faltam; a segunda é pouco razoável, uma vez quea mídia é essencialmente opinativa.

A "opinião" que a mídia emite sobre os bairros populares, mesmo quando utiliza gêneros textuaisinformativos (notícia, reportagem, entrevista) é que nessas comunidades os fatos relevantesestão sempre, ou quase sempre, relacionados com acontecimentos espetaculares, violentosou catastróficos. Não, raramente, os próprios moradores acabam interiorizando essa imagem.

O fato de a escola publicar um jornal é uma oportunidade para se construir outra lógicainformativa, explorando as inúmeras notícias produzidas na comunidade pelos agenteseconômicos, culturais e sociais que interagem nesse espaço.

Neste Caderno de Apoio apresentamos elementos conceituais do gênero textual notícia, paraorientação e formação do educador, junto com uma sequência didática com 10 planos de aula,para trabalhar a produção desse tipo de texto.

Também consta o roteiro de duas oficinas - chamadas de "flutuantes" - que acontecem quandoo jornal produzido anteriormente retorna da gráfica. Os alunos avaliam a publicação e preparama coleta de opiniões dos leitores sobre o jornal (são inseridas na nova edição que está sendoelaborada).

O Caderno de Apoio traz, ainda, o exemplar do educador do material didático a ser utilizadonas oficinas.

Para participar do acompanhamento a distância, trocar idéias com outros educadores do MaisEducação e receber apoio, inscreva-se no portal www.jornalescolar.org.br ou escreva [email protected].

Boa leitura e bom trabalho!


8

NotíciaA notícia é um gênero textual jornalístico que trata de um acontecimento ou fato desconhecido dopúblico.

No contexto de uma sociedade ávida por informação, como a nossa, que está em contato constan-te com os meios de comunicação, a notícia é um fato acontecido há bem pouco tempo, apenas oque se demora na edição da informação e na impressão dos jornais para chegar ao público. Nainternet, onde as informações são atualizadas minuto a minuto, e, em menor medida, na TV e norádio, os acontecimentos viram notícia mais rapidamente ainda.

Mas nem sempre foi assim. Quando não existia rádio ou televisão, para os moradores das cida-des afastadas, as informações dos jornais das grandes cidades eram notícias, mesmo se demo-rassem semanas para chegar até eles.

Essa reflexão sobre o que é notícia "nova" ou "velha" é importante no contexto comunitário, ondeacontecem muitas coisas que os meios de comunicação não consideram relevantes. Assim, umainiciativa da Associação de Moradores, acontecida há algumas semanas (encaminhar uma reclamaçãoao prefeito, por exemplo), continua sendo uma notícia, desde que não tenha sido ainda divulgada.

Por outro lado, nem toda informação, mesmo desconhecida do público, é notícia. A tabela com oshorários de saída dos ônibus, por exemplo, não é uma notícia. Notícia seria a alteração dos horários.O mesmo acontece com uma informação científica sobre os primeiros habitantes do Brasil. Anotícia estaria na descoberta de um sítio arqueológico.

Mercado e Notícia.

As empresas de comunicação travam uma disputapela preferência do público. Quanto maior a audi-ência ou o número de leitores, maior será o valordos espaços publicitários e o lucro.

Essa disputa consolidou uma tendência a consi-derar como notícia o que tem mais potencial parachamar a atenção do público. Essa afirmação éposta de maneira jocosa, quando se diz que, seum cachorro morder um homem, temos uma in-formação, mas se um homem morder um cachor-ro, temos uma notícia!

Assim, abordagens sensacionalistas ou espetacu-lares, que geram um impacto imediato, tendem aprevalecer sobre as abordagens investigativas, ne-cessariamente mais ponderadas e que exigem ca-pacidade reflexiva do público.


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Notícia e Objetividade.

Para valorizar seu trabalho, é comum os meios de comunicação argumentarem que dão um trata-mento objetivo e imparcial à informação. Não é necessário aprofundar muito, porém, para sedescobrir os limites e mesmo a impossibilidade dessa objetividade.

Com efeito, a seleção dos assuntos noticiados constitui, em si mesma, um ato opinativo muitoforte (algumas coisas serão divulgadas e outras não). A valorização de determinadas informa-ções, em detrimento de outras, acontece também através da forma de apresentação - textos maisou menos extensos, com maior ou menor destaque, abordados durante vários dias ou apenas umavez, e assim em diante.

No plano individual a neutralidade é quase impossível, pois suporia a ausência de sentimentos eopiniões do jornalista sobre os fatos que relata. Mesmo quando tenta ser objetivo, o pensamentoe as emoções do redator se manifestam nas entrelinhas. Vejamos um exemplo: ao escolher, pararelatar um crime, entre os adjetivos passional ou hediondo, o jornalista passa imagens diferentesdo mesmo fato. Ao ler “passional”, alguns leitores poderão ter uma visão compreensiva do crime,como reflexo das fraquezas humanas; “hediondo” soa como uma condenação moral do autor docrime.

Em suma, a notícia não é o fato, mas um relato sobre o mesmo, onde interpretações mais oumenos sutis se infiltram. E dentre todos os fatos que podem ser noticiados, os meios de comuni-cação escolhem só alguns para nos mostrar.

A análise das informações publicadas por jornais de referência dos

Estados Unidos, nas décadas de 1960 a 1980, revelou a existência de

um sistema de "filtros" que direciona a informação no sentido de

proteger e valorizar os interesses políticos e econômicos dominantes.

São cinco "filtros". O primeiro é a dominação da mídia por empresas

com interesses comerciais, que mantêm alianças com outros setores

da economia. O segundo é criado pelo fato dos meios de comunicação

dependerem de anunciantes e patrocinadores, que os influenciam. O

terceiro filtro é constituído pela captação de informações principalmente

nas instituições dominantes ou junto a especialistas que trabalham

para elas. O quarto é a reação adversa dos círculos do poder, quando

entendem que seus interesses são contrariados pela mídia. O quinto

filtro é o da ideologia: anticomunismo, livre mercado.

Esses filtros tendem a fazer que os meios de comunicação selecionem

e divulguem principalmente informações favoráveis aos grupos

dominantes (Herman, Edward S. e Chomsky, Noam, 2003).


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Segmentação do Mercado Editorial.

A segmentação do mercado consiste na oferta de bens e serviços direcionados a grupos cominteresses específicos de consumo. Há segmentação por faixa etária, sexo, opção sexual, rendaou local de residência, estilo de vida, gostos, religião, etnia...

A segmentação é um fenômeno marcante no mercado editorial. Basta olhar uma banca: há revistase jornais para todos os gostos. Mesmo os jornais de assuntos gerais publicam cadernos temáticos.Dessa maneira, oferta-se aos publicitários e empresas a possibilidade de fazerem propagandadirecionada a determinados públicos.

O fenômeno da segmentação na mídia não é novo, mas se aprofundou graças à evoluçãotecnológica, que reduziu os custos de impressão e permitiu o foco em públicos cada vez menores.Uma evolução similar aconteceu com a TV a cabo e com a internet.

Como se escreve uma Notícia?

A pirâmide invertida ilustraa técnica tradicional deredação de notícias, que começapelas informações mais importantese segue com os complementos. É umaordem muito distinta da novela ou doconto, onde o autor geralmente guarda o maisimportante para o final.

Na pirâmide invertida, o primeiro parágrafo échamado de LIDE (versão aportuguesada do inglês lead,que significa liderar, conduzir). O lide tem como funçãointroduzir o leitor no texto e prender sua atenção.

Há dois tipos básicos de Lide (Manual de Redação da Folha de São Paulo):

- o noticioso, responde as questões principais em torno de um fato (o quê, quem, quando,como, onde, por quê);

- o não-factual, que lança mão de outros recursos para chamar a atenção do leitor.

O LIDE NOTICIOSO responde, de maneira concisa, às seguintes perguntas (não necessariamentetodas, e não necessariamente nessa ordem, isso dependerá do jornalista e do assunto).

O quê? Quem? Quando? Como? Onde? Por quê?

Para o outro tipo de LIDE (não-factual) não existem fórmulas nem “dicas” para ajudar a memória,pois utiliza recursos de tipo literário. Requer discernimento e bom texto.

Nessa sequência didática será utilizado apenas o LIDE NOTICIOSO, que propicia aos alunos a opor-tunidade de desenvolver a capacidade de síntese, fundamental para a produção de bons textos.


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Análise de um Lide Noticioso.

Museu de Paleontologia será reaberto

O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, da Universidade Regional do Cariri(Urca), será reaberto amanhã, às 17 horas, depois de um ano fechado para reformas. Areinauguração contará com a presença do secretário da Ciência e Tecnologia de EnsinoSuperior do Estado (Secitece), René Teixeira Barreira, e autoridades caririenses.

Quem?: fica implícito, as autoridades do Museu, que organizam a solenidade.

Quando?: amanhã (9 de julho 2010).

O quê?: reabertura do Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.

Como?: contará com a presença do Secretário da Ciência e Tecnologia de Ensino Superior doCeará (Secitece), René Teixeira Barreira, e autoridades caririenses.

Onde?: Santana do Cariri

Por quê?: Depois de um ano fechado para reformas

Fontes se Informação.

O jornalista precisa ter fontes que comuniquem as informações para compor a notícia. As fontesde informação podem ser pessoas físicas, instituições públicas ou particulares. O jornalista pode,também, pesquisar em documentos de referência.

Na prática, as principais fontes de informações dos jornalistas são instituições ou empresas quenão só produzem conteúdos, como têm recursos para contratar assessores de imprensa, cujafunção é conseguir que sejam divulgadas. Como vimos anteriormente, este é um dos “filtros” queexplica porque o tratamento da informação tende a favorecer os interesses dominantes.

Para não ser vulnerável à influência das fontes, o jornalista precisa ter conhecimentos que lhepermitam avaliar as informações que lhe são repassadas.

Fontes de Informação na Comunidade.

Cada notícia tem o seu público. Uma notícia da comunidade só tem chances de sair no jornal dacidade, se tiver potencial para interessar moradores de outros bairros, na avaliação dos editoresda publicação. Infelizmente, para que isso aconteça, geralmente a notícia tem de tratar de even-tos espetaculares ou violentos.

Porém a comunidade produz uma infinidade de notícias relevantes que, por falta de meios de divul-gação, circulam apenas oralmente, através das relações interpessoais. Vejamos alguns exemplos:

- o pequeno empresário que diversificou a sua linha de produção e gerou vagas de trabalho;

- a associação de moradores que apresentou um projeto à prefeitura;

- o artista que realizou ou vai realizar uma exposição;

- a igreja que criou um coral e está recrutando interessados;


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- o grupo de mães que realizou uma feira;

- a ONG que organizou um grupo de comércio solidário.

As fontes citadas são todas particulares, mas também há fontes públicas que produzem notíciasna comunidade:

- o posto de saúde, que realizou uma pesquisa entre seus usuários;

- a escola, que recebeu verbas para construir uma quadra;

- a delegacia de polícia, que aumentou seu efetivo.

Basta um pequeno exercício de reflexão para perceber a existência de uma quantidade muitogrande de fontes de informações na comunidade, que podem alimentar meios locais de comuni-cação, como o jornal escolar.

Outros Gêneros Jornalísticos Informativos

EntrevistaA entrevista só é considerada um gênero jornalístico quando é apresentada isoladamente, ou quan-do é parte essencial de uma peça jornalística. Enquanto gênero jornalístico, a entrevista é redigidaem formato de pergunta e resposta.

ReportagemA reportagem é considerada o gênero nobre do jornalismo. Tal como nas notícias, o seu principalobjetivo é informar, mas neste caso de forma mais extensa e profunda, utilizando um estilo narra-tivo e humanizado. Uma reportagem procura contar uma história e levar os leitores a "viverem osacontecimentos". Para conseguir aproximar os leitores da realidade tratada, a reportagem usa,com frequência, elementos de outros gêneros jornalísticos como: entrevista, crônica e opinião.

Notícia no jornal escolar: a comunidaded em foco


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O desafio da ÉticaÉ ou não ético uma pessoa roubar um pão, quando está passando fome e não tem recursos paracomprá-lo? Deve-se, nesse caso, privilegiar o valor “vida” ou o valor “propriedade privada”?

A ética é o conjunto de princípios ou padrões de conduta que guiam o comportamento das pesso-as e das instituições do ponto de vista dos valores. Nesse sentido, é difícil distinguir a ética damoral (esta última palavra está, porém, desprestigiada, por ter adquirido sentido pejorativo, as-sociado a “moralismo”).

As respostas a essas questões mudam através do tempo. Durante milênios, por exemplo, a escra-vidão era considerada perfeitamente normal – no Brasil ela só veio a ser abolida em 1888. Umexemplo mais recente: há pouco tempo, as mulheres eram consideradas inferiores aos homens, e,portanto, não merecedoras de direitos iguais.

Os princípios éticos podem não ser os mesmos para todas as pessoas. Uma minoria, por exemplo,acha moralmente correto ser racista, embora para a maioria isso seja reprovável. A tortura aindaé praticada, muitos homens são violentos com as mulheres...

Existe uma relação entre ética e lei, mas elas não se confundem. Nem tudo o que as pessoasconsideram eticamente correto está posto na forma da lei. Por outro lado, a lei pode mesmo serduvidosa do ponto de vista ético – quando ela serve para acobertar privilégios, por exemplo.Cumprir a lei é obrigatório. Já o respeito a padrões éticos não regulamentados é voluntário – aspessoas podem sofrer apenas sanções simbólicas, como a exclusão da convivência social.

As transformações sociais positivas são sempre precedidas por debates que fixam um novo pa-drão ético. Assim, falar sobre ética é um ato fundamentalmente político.

Código de Ética do Jornalismo Escolar.O Código de Ética constitui a identidade de todos os que fazem jornalismo escolar, seja na posi-ção de promotores (ONG, secretaria de educação, direção da escola), de orientadores (professo-res e monitores) e de redatores-editores (alunos).

- O jornal escolar promove os direitos humanos em toda sua extensão e tem uma visão respei-tosa das diferenças culturais, de gênero, sexuais, étnicas, religiosas e outras.

- Ele é pluralista; não censura nem oculta informações.

- O jornal não faz promoção pessoal ou partidária.

- Em época de eleições, não favorece nenhum candidato (mesmo em eleições escolares).

- O jornal não publica textos que atinjam a dignidade das pessoas.

- Os textos que contêm críticas são publicados junto à versão da parte criticada, para que elapossa se defender (Direito de Resposta na mesma edição).

- Todas as produções publicadas no jornal (textos e ilustrações) são assinadas pelos autores.


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Sequência Didática NotíciaA Sequência Didática Notícia é composta de 12 oficinas de 1h20 minutos.

Os alunos já se conhecem bem, pois interagiram intensamente durante a preparação da primeiraedição do jornal.

O educador também já conhece bem a turma, o que facilitará a aplicação desta nova sequênciadidática, que exige dos alunos uma atitude investigativa e a realização de entrevistas nacomunidade.

A Sequência Didática Notícia propõe atividades que levam os alunos a perceber o bairro ondemoram como um espaço significativo do ponto de vista da produção de informações. Os fatos davida econômica, social, cultural e desportiva constituem a trama da vida comunitária, que o jornalrecolhe e valoriza.

Recomendamos que as oficinas sejam acompanhadas na íntegra. Caso contrário, há o risco deencaminhamentos importantes serem esquecidos ou de se quebrar a lógica sequencial. O trabalhoperderia, assim, a sua coerência. Cabe ao educador, logicamente, fazer as adaptações que julguenecessárias.

Se as oficinas do Programa Mais Educação na escola durarem mais que o tempo previsto nosplanos de aula, o educador deverá escolher quais atividades prolonga, ou quais atividades agrega,eventualmente.

***Esta sequência didática inicia imediatamente após a finalização da sequência anterior (Artigo deOpinião) durante a qual os alunos produziram a primeira ediçãodo jornal escolar.

Como atividade complementar, uma semana depois de iniciar asequência Notícia os alunos afixam na escola os cartazes dedivulgação feitos durante o primeiro ciclo de oficinas.

Quando o jornal retorna da gráfica, a sequência é interrompidamomentaneamente por duas oficinas durante as quais os alunosavaliam a publicação e preparam a coleta de depoimentos nacomunidade e na escola, que serão divulgados na nova edição.

Público a que se destinam.

As oficinas estão direcionadas a alunos das séries finais doEnsino Fundamental e Médio. Caso não seja esse o público doPrograma Mais Educação na escola, o educador deverá fazer asadaptações necessárias. Recomendamos ver, no sitewww.jornalescolar.org. br, sequências didáticas para alunos dosanos iniciais, disponibilizadas gratuitamente para download.


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Roteiro da Sequência


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Tempus fugit 1

1 Tempus fugit éuma expressãolatina que significa“O tempo foge”,traduzida normal-mente como “otempo voa”. Foiusada pela primeiravez nas Geórgicas,obra do poetaromano Virgílio (70a.C. – 19 a.C.).“Mas ele foge:irreversivelmente otempo foge”.Fonte: Wikipédia.

O “tempo que voa” é um dos piores inimigos do educador. Com efeito,

os melhores planos de aula são frequentemente desconstruídos pelos

minutos que fogem na ponta dos pés, dissimuladamente, enquanto o

educador demora em uma das etapas de sua proposta de trabalho...

Com isso, atividades que seguem na sequência do plano de aula, e

que precisam de tempo para o diálogo e a assimilação, acabam tendo

de ser realizadas às pressas. Boa parte do esforço do educador

perde-se, assim, irremediavelmente.

Por isso, recomendamos o uso de um relógio de pulso e a atenção ao

tempo programado para cada atividade. Um aluno pode auxiliar o

educador nesse controle.


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PLANO DE AULAAtividade Duração Material

OBJETIVOSRetomar as atividades, possibilitando uma apropriação lúdica e conceitual do gênero notícia.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura dos tópicos “O que é Notícia?” e “Notícia e Fato” do Material Didático.- Trazer jornais locais (utilizados na primeira atividade da aula).

SÍNTESE DA OFICINA1. Retomada.2. Conversa sobre notícia.3. Início da capacitação conceitual sobre notícia.

5 min

Oficina 1/10

30 min Jornais

RETOMADAO educador informa sobre o andamento da primeira edição (data de enviopara a gráfica, previsão de retorno, o que foi decidido sobre distribuiçãoetc.) e explica que, enquanto se aguarda o retorno do jornal, o grupocomeçará a preparar o segundo número. Explica que é assim ofuncionamento dos meios de comunicação: enquanto há uma edição“rodando” na gráfica, a equipe já trabalha na preparação da edição seguinte.

DINÂMICA – QUEM PROCURA, ACHA!

1. O educador distribui aos alunos páginas de jornal contendo notícias(não precisam ser do mesmo jornal, nem do dia da formação, masé importante que sejam da cidade; se a cidade não tiver jornal, aqueleque mais circula).

2. Deixa que os alunos observem e explorem a página que receberam.3. Pede para cada aluno procurar alguma informação que não conhecia e

que lhe chamou a atenção. Os alunos podem trocar informações entresi. O educador deve ter páginas extras para distribuir, caso nadainteresse a algum aluno no material que recebeu. Os alunos marcama matéria que mais lhes interessou com caneta grossa.

4. Os alunos formam trios (deverá haver um número par de trios). Cadatrio troca com outro as folhas com suas marcações.

5. Cada grupo seleciona, dentre as marcações feitas pelos colegas, anotícia que lhe pareceu mais interessante.

6. Forma-se novamente a roda; cada trio apresenta o texto que escolheu.Explica o que lhe chamou a atenção. Depois dos intercâmbios orais,o educador pergunta se os assuntos escolhidos já eram do

Sequência Didática Notícia


18

10 min Jornais

10 min Quadro epincel

20 min

conhecimento dos alunos, se foi uma novidade, se conseguiramcompletar informações ao fazer a leitura.

OBSERVAÇÃO: o educador, nesse momento, deve mediar, organizaras falas, estimular a emissão de opiniões, perguntar quem já sabia dainformação, ajudando-os à leitura compreensiva e à livre expressão.

O QUÊ É NOTÍCIA?

1. O educador pergunta aos alunos se perceberam, pela atividadeanterior, o tipo de texto que o grupo trabalhará para a segunda ediçãodo jornal. Alguém descobriu? [A resposta certa é notícia]. O educadorpergunta: o que é notícia? Alguém sabe?

2. Os alunos expõem suas hipóteses sobre o que é notícia. O educadoranota no quadro as palavras-chaves que surgem dessa conversa.

3. Parabeniza o grupo pelos conhecimentos sobre notícia e informaque eles serão completados durante a preparação do jornal.

CONVERSANDO SOBRE NOTÍCIA.

1. O educador organiza uma problematização a partir das seguintesperguntas, feitas em sequência (uma pergunta, um debate):

- Primeira pergunta: Imaginem que vocês são pessoas que moramem uma comunidade isolada, sem energia elétrica, onde os jornaischegam de mês em mês. O que trazem esses jornais, que no restodo país todo mundo já sabe, é notícia? [A resposta correta é sim,pois a notícia só existe em função da novidade que a informaçãorepresenta para as pessoas que tomam conhecimento dela].

- Segunda pergunta: Alguém conta para você que um artista dobairro inaugurou uma exposição de suas obras na sede daAssociação de Moradores. Para vocês, o assunto é uma notícia?Merece ser publicada no jornal? [O debate aqui é sobre o que éimportante ou relevante; o facilitador pode fazer perguntas como:“e que seria a notícia da comunidade para você?”, “quem divulganotícias da comunidade?”].

2. O facilitador conclui explicando que esses dois critérios - “novidade” e“relevância para o leitor” - são fundamentais para escrever uma notícia.

LEITURA

Leitura e conversa sobre os tópicos: “O que é Notícia?” e “Notícia eFato”, do Material Didático.

TAREFA DE CASA:

O educador pede que os alunos fiquem atentos a qualquer notícia dacomunidade. Ele os instiga a pensar em notícias relativas aos fatosque originaram os artigos de opinião que escreveram para a primeiraedição.


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ÉTICA DO JORNALISMO NA ESCOLAO educador explica que o dia começará com uma conversa sobre umapalavra muito falada e talvez nem tão praticada: ética.1. Pergunta aos alunos o que acham que seja ética. Enquanto falam,

escreve no quadro as palavras-chaves que vão surgindo.2. Após os alunos exporem suas hipóteses, faz uma explanação. Os

alunos acompanham no Material Didático. O educador tira dúvidase abre espaços para outros comentários dos alunos.

3. O educador propõe aos alunos uma reflexão sobre a ética, aplicadaao jornal escolar. Propõe uma leitura e debate do Código de Éticados jornais escolares.

4. Lê a primeira cláusula (Material Didático) e faz uma discussão apartir das seguintes perguntas:- O que entendemos dessa frase? Qual a relação com a ética? Faz

sentido? Vamos adotar? Caso a turma adote [o que é previsível edesejável], o educador escreve no quadro - Cláusula 1: APROVADA.

5. Repete o procedimento com todas as cláusulas.O educador explica que esse exercício foi muito importante, pois aturma definiu qual é o espírito ético do seu trabalho. Tudo o queestiver dentro desse espírito poderá ser publicado. O que estiverfora, não pode ser publicado. Deixa espaço para os alunos fazeremseus comentários.


OBJETIVOSDiscussão do Código de Ética do Jornalismo na Escola. Percepção da segmentação existente nomercado editorial.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do tópico “Segmentação do Mercado Editorial", no caderno de Apoio ao Educador.

SÍNTESE DA OFICINA1. Discussão sobre Código de Ética do Jornalismo na Escola.2. Percepção da segmentação do mercado editorial.3. Comparação entre as manchetes de notícias.

30 min

Oficina 2/10



20

25 min

20 min

Pede uma salva de palmas para o Código de Ética do jornal. Podesugerir que ele seja publicado no próprio jornal, para informaçãodos leitores.

COMPARANDO NOTÍCIAS

O educador propõe uma conversa sobre diversas notícias, que a turmasó conhece pelas manchetes (o educador escreve no quadro).

Diminui violência no Iraque.Ministério da Saúde inicia vacinação.Corintians quer novo atacante.Prefeito anuncia obras de drenagem.Fábrica Estrela duplica investimento.Associação de Moradores do ... tem nova diretoria (escrever o nome

do bairro da escola).A turma analisa brevemente cada notícia a partir das seguintesprovocações do educador:- De que acham que fala essa notícia?- Por que noticiar isso?- A quem interessa?

BANCA DE REVISTAS

1. O educador forma pares dealunos e propõe que cadapar lembre do nome dedois ou três revistas oujornais, para "por à venda"em uma banca de revistasimaginária que a turmacriará.

2. Dá cinco minutos e depoisos alunos falam os nomesque lembraram. Durante oexercício os alunos podemlembrar de outros nomes.O educador escreve osnomes das publicações nalousa. Pode representar ascapas das publicações(ver figura) e acrescentar alguma que não tenha sido lembrada.

3. O educador explica que a variedade é muito grande, muito maior doque o grupo acaba de ver.


21

05 min

Pergunta: por que há tanta variedade? Deixa que os alunosexpressem seus pontos de vista. Após a apresentação das hipótesesdos alunos, explica o que é segmentação do mercado editorial (VerCaderno de Apoio ao Educador).

4. O educador retoma, para terminar, a ideia de relevância. A relevânciade uma publicação é relativa, o que é importante para alguns nãointeressa a outros. Por isso as bancas estão cheias de publicaçõesdiferentes.

RESUMO DA AULANo final da oficina, uma fala do educador "costura" e dá sentido aotrabalho do dia: “vimos que há publicações para todos os gostos; enosso jornal, a quem interessa?"O educador lembra que a tarefa de casa (ficar atentos a assuntos quepossam ser notícia na comunidade) está valendo. Lembra ainda que épossível reforçar, através da escolha de uma notícia pertinente, asopiniões que escreveram para a primeira edição.


22

RETOMADA1. Lembrar que na primeira aula viu-se a notícia como uma forma de

apresentar informações sobre fatos que o público não conhece. Nasegunda viu-se que há muitos tipos de revistas e jornais, poisexistem vários tipos de leitores, interessados em informaçõesdiferentes.

2. Propõe, então, analisar o público do jornal que a turma faz, para verquais tipos de notícias escrever.

TEIA DE LEITORES

1. O educador propõe definir o tipo de leitores do jornal.2. Escreve o nome do jornal no centro do quadro, fazendo um círculo

em volta dele.3. Questiona a turma: quando o jornal chega à escola, quem tem

acesso à publicação? [Respostas prováveis: professores,funcionários, alunos].

4. O educador faz três novos círculos interligados à circunferência como nome do jornal. Ver ilustração na página seguinte.

5. Em seguida, provoca: além dos alunos, professores e funcionários,quem mais terá acesso ao jornal? [Respostas prováveis: família,vizinhos, amigos, colegas de trabalho dos pais, igreja...]

6. O jornal pode ir mais longe ainda? Será que vai? O educador continua,até pararem as sugestões dos alunos.


OBJETIVOSRefletir sobre os leitores do jornal escolar. Descobrir o nicho de comunicação do jornal.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.

SÍNTESE DA OFICINA1. Definição da Teia de Leitores do jornal.2. Discussão sobre Nicho de Comunicação.3. Reflexão sobre o que pode ser notícia para o público do jornal escolar.

05 min

25 min Quadro,papelmadeira oucartolina(parapermitir avisualizaçãoda turmainteira) epincel.

Oficina 3/10



23



7. O educador pergunta: o que tem em comum a maioria dessesleitores? [As respostas lógicas são "moram na comunidade", e"estão na escola"]

NICHO DE COMUNICAÇÃO1. O educador lembra que na primeira aula foi visto que notícia é aquilo

que é novidade para o leitor.2. Pergunta para os alunos se acham que o jornal da escola pode

competir com o jornal da cidade ou com a televisão, para dar notícias.3. Pergunta: quais notícias só o nosso jornal pode dar a seus leitores?

(lembrar Teia de Leitores).

OBSERVAÇÃO: O educador conduz a atividade procurando ajudar osalunos a entenderem que o espaço informativo do jornal é o dacomunidade desenhada na teia, e é nessa comunidade onde seránecessário procurar as notícias.

TEMAS DE NOTÍCIAS POSSÍVEIS - TEMPESTADE DE IDEIAS1. O educador cria uma tabela no quadro, com duas colunas. Na

primeira coluna escreve "Comunidade". Pergunta aos alunos, quetipo de notícias ou informações são produzidas na comunidade?Na coluna ao lado escreve as respostas (veja alguns exemplospossíveis abaixo).

2. Terminado esse momento, traça uma linha e escreve na coluna daesquerda "Escola", faz a mesma pergunta e escreve as respostasna coluna ao lado.


24

Exemplo:

COMUNIDADE - Eventos culturais- Eventos religiosos- Exposições- Obras públicas- Novas empresas; empresas criam

empregos, empresas fecham- Torneios e campeonatos- Feiras- Cursos- Ações de reivindicação de melhoria da

comunidade- Mudança de autoridades de associações

ou novas associações

ESCOLA - Obras e reformas- Nova diretoria do Grêmio- Aprovação de contas pelo Conselho Escolar- Novos professores- Alunas grávidas- Alunos que se destacam em eventos externos

OBSERVAÇÃO: Este exercício prepara a aula seguinte. Por isso, éimportante que o educador tenha uma postura ativa, fazendoprovocações por meio de perguntas tais como: “isso é notícia?”

No final da atividade, um aluno copia a lista; o registro fica com oeducador (precisará desse registro para a oficina seguinte).

Tarefa de casa:Relembrar a tarefa de casa e pedir que os alunos fiquem atentos aqualquer notícia. O professor explica que o exercício que se acaba derealizar tem como objetivo ajudar a encontrar ideias.

05 min


25

OBJETIVOSIdentificar fontes de informação na comunidade e na escola.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Trazer a tabela criada na oficina anterior.

SÍNTESE DA OFICINA1. Identificação de fontes de informação na comunidade e na escola.

INTRODUÇÃOO educador explica que a atividade do dia é identificar quem pode "dar"notícias para o jornal na comunidade ou na escola. Lembra que na aulaanterior foi identificado que aí estão os leitores do jornal.

FONTES NA COMUNIDADE1. Escreve no quadro a palavra COMUNIDADE e desenha uma tabela

com duas colunas.Na primeira coluna (esquerda) escreve o primeiro tipo de informaçãoda lista confeccionada para Comunidade na oficina anterior. Ao lado,escreve as fontes de informação que os alunos sugerem durante oexercício para esse tido de notícias na comunidade. Veja o exemploabaixo.


5 min

40 min

Oficina 4/10

COMUNIDADE

- Grupo folclórico Lua Nova- Salão paroquial

Eventos Culturais



26

Repete o procedimento até esgotar os tipos de notícias para acomunidade. O educador pode ele mesmo incorporar outros tiposde notícias (coluna da esqueda) que tenham aparecido em outrasturmas.

OBSERVAÇÃO: ao longo da atividade o educador deve estimular oespírito de descoberta (pessoas e instituições que fazem coisas nacomunidade), alertando sempre que dessa lista sairão as pessoasque os alunos entrevistarão para procurar notícias.

FONTES NA ESCOLARepete o procedimento realizado com Fontes da Comunidade (criauma nova tabela).

TAREFA DE CASA

O educador indica como tarefa de casa que cada aluno escolha duaspessoas (fontes de informação) para entrevistar. Explica que uma daspessoas fica de reserva, para o caso da primeira pessoa entrevistadanão ter nenhuma notícia para o jornal.Devem trazer os nomes para a próxima aula. Informa que sãonecessárias duas fontes para o caso de que uma delas não tenhanenhuma notícia para o jornal.

APOIO ESPECIAL

O educador dedica dez minutos para uma conversa particular comos alunos que não deram nenhuma sugestão ao longo da atividade.

10 min

20 min

5 min


27

OBJETIVOSApresentação das fontes que os alunos pretendem entrevistar. Treinamento para a entrevista.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do roteiro de entrevista do Material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Apresentação das fontes.2. Treinamento da entrevista com o uso do roteiro.3. Apoio aos alunos que não identificaram fontes.

APRESENTAÇÃO DAS FONTES1. Cada aluno apresenta as duas pessoas (fontes de informação) que

pensa entrevistar, e sobre quais temas acha que elas poderiam daruma notícia.

2. Se achar necessário o facilitador solicita esclarecimentos sobre osentrevistados (no sentido de saber exatamente o que fazem) e fazcomentários sobre os tipos de notícias que essas pessoas poderiamdar, procurando enriquecer a reflexão do aluno.

3. Se vários alunos desejam entrevistar uma mesma pessoa, oeducador deve criar um mecanismo para escolher apenas umentrevistador. Isso é importante, pois esta sequência didática trabalhacom a hipótese do trabalho individual. Algumas possibilidades pararesolver o impasse são: pedido de desistências voluntárias, escolhado entrevistador por consenso desses alunos, e mesmo sorteio (emúltima instância).

4. No final da atividade todo mundo deve saber quem deve entrevistar.

PREPARAÇÃO DA ENTREVISTA - USO DO ROTEIRO

1. Representação. O educador solicita dois voluntários. Um aluno seráo entrevistador; o outro será o entrevistado, representando o papelde uma fonte de informação.

2. O entrevistador segue o roteiro que está no Material Didático.3. O educador pede para o grupo comentar a entrevista simulada pelos

colegas e acrescenta seus comentários.


30 min

20 min MaterialDidático

Oficina 5/10



28

ADAPTAÇÃO DO ROTEIRO

Os alunos copiam no caderno o roteiro da entrevista que consta noMaterial Didático. Cada aluno aproveita para adaptar as perguntas àpessoa que irá entrevistar (pois já conhece qual é o tipo provável denotícia que ela poderá dar)

APOIO PARA ALUNOS QUE NÃO IDENTIFICARAM FONTES

1. O educador faz um trabalho específico para ajudar os alunos comproblemas para detectar uma fonte de informação.

2. Enquanto isso, os outros alunos leem notícias em páginas do jornalque o educador entregará (jornais locais). O educador pede paraesse segundo grupo ficar atento à quantidade de informaçõesnecessárias para compor uma notícia (percepção espontânea).

TAREFA DE CASA

Os alunos devem fazer a entrevista com a pessoa que escolheram.Eles devem tomar notas das informações que a pessoa passa.O educador pode, eventualmente, combinar com o coordenador doMais Educação que a próxima aula seja dedicada ao trabalho decampo (entrevista), realizado por cada aluno separadamente, nãohavendo aula na escola.

10 min Jornaislocais


05 min


29

OBJETIVOSLeitura e análise de uma notícia. Aprendizagem da estrutura do gênero. Primeira redação danotícia, com base nas informações colhidas na entrevista.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura da notícia publicada no Material Didático.

SÍNTESE DA OFICINA1. Leitura da notícia que consta no Material Didático.2. Exploração do texto, com base no Material Didático.3. Redação da notícia.

LEITURA DO TEXTO1. Leitura e análise da notícia que consta no Material Didático.2. Debate sobre o texto. De que trata? Está bem escrito? Prende a

atenção do leitor?

EXPLORAÇÃO DO TEXTO1. O educador explica que as notícias possuem um parágrafo introdutório,

apresentando, resumidamente, as informações.2. Fala sobre as características do LIDE (Material Didático). Escreve

no quadro para reforçar a percepção.3. Lê o primeiro parágrafo da notícia do Material Didático e pede para a

turma identificar o que, quem, quando, como, onde e por quê.

REDAÇÃO DO LIDE1. Pede para os alunos escreverem o LIDE seguindo o roteiro do Material

Didático. Os alunos utilizam as respostas obtidas na entrevista.

REDAÇÃO DE INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES1. Leitura das informações complementares da notícia do Material Didático

(segundo e terceiro parágrafos). Os alunos identificam os motivospara serem consideradas complementares.

2 Os alunos escreverem as informações complementares de suasnotícias.





Oficina 6/10




30

OBJETIVOSCriação das manchetes. Avaliação pelos pares das notícias escritas na aula anterior.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do roteiro de avaliação do Material Didático.

SÍNTESE- Avaliação coletiva de uma notícia.- Autoavaliação por pares das notícias.- Dinâmica de incentivo ao trabalho coletivo.

CRIANDO MANCHETES

1. O educador pergunta se a turma lembra o que é Manchete. Pedepara acompanharem no Material Didático a explanação.

2. Em seguida, propõe que os alunos criem manchetes interessantespara o seu texto. Pede para lerem o tópico Manchete do MaterialDidático.

3. No fim da atividade, os alunos apresentam suas manchetes.

DINÂMICA DO NÓ

1. O educador pede que a turma fique de pé e forme um círculo.2. Solicita que caminhem livremente pelo espaço ocupado pelo círculo

formado anteriormente. Ao seu comando terão de parar exatamenteno lugar onde estiverem.

3. Nesse momento, do lugar onde pararam, dão as mãos novamenteaos colegas que estavam à direita e esquerda na formação inicialdo círculo. Depois de feito isso, devem se movimentar, sem soltaras mãos, para formar novamente o círculo acredite, é possível!)

4. Quando concluírem, o educador questiona:- As pessoas cooperaram?- Quais as dificuldades que surgiram? Quais as soluções que o

grupo criou para enfrentá-las?- Qual a opinião quanto às opções tomadas pelo grupo para retornar

ao círculo? Fariam diferente?



15 min

Oficina 7/10



31

5. Após o debate, o educador chama a atenção para a necessidadedo trabalho coletivo, necessário ao sucesso do jornal.

AUTOAVALIAÇÃO POR PARES

1. A turma se divide em pares.2. Um aluno lê o seu texto para o outro e verificam juntos o que falta,

seguindo as três perguntas do roteiro que consta no MaterialDidático.

3. O educador vai marcando o tempo de cada um desses aspectos.Dá 5 minutos para cada pergunta.

4. Cada aluno faz uma lista das informações que faltam no seu texto.

O educador circula pelo grupos para acompanhar o trabalho que estãofazendo.

TAREFA DE CASA

Os alunos devem voltar a falar com as pessoas que entrevistarampara completar as informações.O educador explica que é fundamental fazerem isso, pois, casocontrário seus textos terão poucas chances de serem publicados.OBSERVAÇÃO: considerando que a “fórmula” que, quem, quando,como, onde por que, não é uma receita, mas apenas uma ajuda àmemória, o educador pode analisar o LIDE do aluno e considerá-loaprovado, mesmo faltando algumas informações (ver elementosconceituais deste Caderno do Educador).

OBSERVAÇÃO: o educador pode reservar um tempo no final daatividade para acompanhar os alunos que têm mais dificuldade deexpressão escrita.

20 min

05 min


32

OBJETIVOConsolidar conhecimentos sobre frases e conectivos. Conceituar parágrafo. Reescrever os textos,aplicando esses conhecimentos.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Leitura do tópico sobre gramática do Material Didático.

SÍNTESE1. Relembrar os conhecimentos sobre frases e conectivos.2. Aplicar os conhecimentos sobre frases e conectivos.3. Conceituar parágrafo.4. Aplicar os conhecimentos sobre parágrafo.5. Reescrita das notícias.



Oficina 8/10

REVISITANDO CONHECIMENTOS1. O educador lembra a preparação do primeiro número, quando a

turma estudou frases e conectivos. Repete que usar conectivos éuma maneira rápida e efetiva de aprimorar a escrita.

2. Lembra que para falar da função dos conectivos foi utilizada aimagem do plug (pode levar para aula, para mostrar).

3. Anuncia um exercício rápido para testar os conhecimentos. Escreveno quadro as seguintes frases:- Gosto do meu bairro.- Quero mudar de cidade.- Algumas coisas precisam melhorar.- É melhor começar logo.

Pede para os alunos conectá-las com a ajuda de conectivos. Épossível utilizar a lista que está no Material Didático.4. O educador vai escrevendo no quadro quatro ou cinco conexões

criadas pelos alunos, sublinhando os conectivos.Exemplos de conexões possíveis:- Gosto do meu bairro, no entanto algumas coisas precisam melhorar.- Algumas coisas precisam melhorar, mas gosto do meu bairro.- Gosto do meu bairro, porém quero mudar de cidade.- Algumas coisas precisam melhorar, portanto é melhor começar logo.

OBSERVAÇÃO: utilizar a lista de conectivos do Material Didático.



33



FRASE E CONECTIVOS1. O educador solicita que os alunos leiam seus textos, observando

se não estão faltando "conexões" (conectivos). Pede paramarcarem os trechos onde acham que as informações ficaram meiosoltas, sem se preocupar em escolher um conectivo no momento.O professor circula pela sala para ajudar e aconselhar.

PARÁGRAFO1. O educador faz uma leitura coletiva do texto que consta no Material

Didático, assegurando-se que todos os alunos entenderam.2. Lembra que o LIDE é um parágrafo que resume as informações da

notícia (escreve no quadro para relembrar: O quê? Quem? Quando?Onde? Como? Por quê?). Enfatizar a idéia de que o LIDE é um resumo.

3. Pede para os alunos verificarem se há assuntos ou informações sobrandono LIDE da notícia que escreveram, que deveriam ir para outro parágrafo,porque não fazem parte da ideia principal.Pede para colocarem entre parênteses ou sublinharem os trechosque devem ser separados.

4. Solicita, também, para sublinharem as palavras repetidas no LIDE.

PARÁGRAFO (continuação)1. O educador lembra que nos outros parágrafos da notícia vale

também a regra geral: tudo deve estar vinculado com a ideia principaldo parágrafo.

2. Solicita que os alunos leiam o restante do texto que escreveram, eindiquem, com um traço vertical, os locais onde acham necessárioseparar parágrafos.

3. Pede para sublinharem as palavras repetidas nos outros parágrafos.

REESCRITA1. O educador solicita que os alunos reescrevam os seus textos,

considerando as marcações que foram feitas. Escrevem em folhassoltas.Os alunos que na aula anterior ficaram com a tarefa de coletar maisinformações com seus entrevistados, utilizam esses novos dados.

2. Pede para os alunos analisarem uma possível troca de palavrasrepetidas por outra palavra ou mesmo suprimi-la. O educador podelevar alguns dicionários para os alunos procurarem sinônimos (ensinaa manusear, se for o caso).

3. O educador acompanha os alunos que demonstram dificuldadesde escrita.




34

OBJETIVOSelecionar os textos que serão publicados. Aprimorar as notícias e manchetes e criar as ilustraçõesdo jornal.

PREPARAÇÃO DO EDUCADOR- Leitura do Plano de Aula.- Calcular quantos textos poderá selecionar. Ver instruções no final deste Plano de Aula.

SÍNTESE1. Problematizar Seleção e Opinião.2. Selecionar os textos.3. Aprimorar as produções.

INTRODUÇÃO1. O educador explica que o objetivo do dia é selecionar as notícias a

serem publicadas na segunda edição do jornal. Como os alunossabem, é impossível publicar todos os textos. A equipe vai lidar coma questão de maneira democrática.

2. Explica como isso vai acontecer e a quantidade de textos que serãoselecionados (veja na página 36 uma orientação para fazer essecálculo).

3. Escreve no quadro SELECIONAR = OPINAR e lembra aos alunosque eles irão "dar opinião" por meio da seleção dos assuntos a seremlevados ao conhecimento do público (ver elementos conceituaisdeste Caderno do Educador).

IMPORTANTE:

O educador pode se reservar o direito de publicar algunstextos escolhidos por ele - para apoiar um aluno queprecisa de um reforço de autoestima ou para valorizaralguém que se esforçou muito, por exemplo.

Essa situação deve ser esclarecida antes da votação.Caso contrário, os alunos podem pensar que houve"marmelada" na escolha dos textos.


05 min

Oficina 9/10



35

SELEÇÃO1. O educador divide a turma em trios, que recebem três notícias para

analisar (não podem ser textos produzidos pelos integrantes dogrupo).

2. Pede para analisarem as notícias com base nas perguntas abaixo,que o educador escreve no quadro:- A notícia é interessante?- As informações estão completas?

3. Cada trio seleciona dois textos e troca-os com o grupo vizinho. Otexto restante fica com o professor.

4. Cada trio faz uma nova seleção e escolhe para publicação umadas duas notícias que recebeu.

APRIMORANDO OS TEXTOS

O educador organiza a turma em três grupos:- Grupo de reescrita: os alunos que tiveram textos selecionadosrevisam seus textos. O educador dá atenção especial a esse grupo.- Grupo de ilustrações: criam desenhos ou colagens para ilustraras notícias selecionadas. Caso disponham de uma câmera, podemfazer fotos nesse momento.- Grupo de manchetes: analisa as manchetes das notíciasselecionadas, propondo alternativas mais interessantes e criativas.


20 min

IMPORTANTE

Os textos estão prontos. O próximo passo é a digitação. Para apré-diagramação do jornal é imprescindível que sejam digitados em fonte

Times New Roman, tamanho 11, em páginas formatadas com3 centímetros nas margens laterais.


36

Em um jornal de quatro páginas tamanho A4 é pos-

sível inserir 38 textos como o que consta ao lado

(supondo que 20% do espaço do jornal já esteja ocu-

pado por ilustrações ou textos manuscritos). Se o jor-

nal tiver oito páginas serão 76 textos, e assim por

diante.

O texto do exemplo tem 651 caracteres. Esse é um

tamanho médio (alguns textos poderão ser maiores,

outros menores).

Quantos textos selecionarpor turma?

Primeiro determine quantas páginas serão ocupadas pelos alunos do Mais Educação. Lembreque o jornal pode reservar espaço para outros textos: produzidos pelos alunos do turno, textoslivres, comunicados da direção, do Grêmio etc. Veja a esse respeito o Guia do Jornal Escolar.

Quantos textos selecionar de cada turma?

Situação A.: As quatro páginas do jornal ficam para os alunos do Mais Educação. Bastadividir 38 pela quantidade de turmas:

A escola tem 6 turmas. Cada turma pode publicar 38 dividido por 6 = 6,3 textos,que arredondamos para 7.

Situação B: Apenas três páginas ficam para os alunos do Mais Educação.

Primeiro calculamos quantas textos entram nessas páginas aplicando uma regrade três:. 38 dividido por 4 x 3 = 28,5 textos, que arredondamos para 29 textos.

Se temos 6 turmas do Mais Educação, por exemplo,cada turma pode publicar 29dividido por 6 = 4,8 textos, que arredondamos para 5.

Situação C: o jornal tem mais de 4 páginas. Utilizam-se os procedimentos anteriores,aumentando a base de cálculo para 76 textos (jornais de 8 páginas); 114 textos (jornais de12 páginas) etc.

O que acontece se o tamanho médio dos textos for diferente?

Textos maiores: diminui a quantidade que pode ser publicada. Exemplo: se os textos forem dodobro de tamanho, caberão apenas 19 textos (38 dividido por 2).

Textos menores: aumenta a quantidade que poderá ser publicada. Exemplo: se os textos foremde metade do tamanho, caberão 76 textos (38 x 2).


37

OBJETIVOAvaliar a caminhada do grupo. Criar a divulgação da segunda edição.

Esclarecimento: algumas turmas realizam esta oficina, enquanto outra faz apré-diagramação. O Plano de Aula da oficina de pré-diagramação é apresentado a seguir.


SÍNTESE1. Avaliar a caminhada do grupo.2. Confeccionar o Mural para divulgação da segunda edição.


20 min

30 min

ACOLHIDA1. O educador parabeniza a turma por mais uma caminhada de

sucesso: depois de mostrar a "nossa cara", emitindo opiniões naprimeira edição do jornal, agora o grupo veiculará notíciasimportantes para toda a comunidade.

2. Anuncia que a oficina do dia servirá para avaliar o caminho feito;conversar sobre os pontos positivos e identificar os pontos em quese precisa melhorar, para a terceira edição do jornal.

AVALIANDO O PROCESSO1. O educador escreve no quadro as perguntas:

O QUE MELHOROU?O QUE PRECISA MELHORAR?Explica o sentido dessas questões: quais avanços podem seridentificados na preparação do segundo número em relação àpreparação do primeiro? Em quais aspectos ainda se precisamelhorar? Como os envolvidos sentem-se em relação a isso? Comose avalia a participação de todos?

2. Forma grupos de quatro alunos e solicita que conversem sobre asperguntas e preparem a apresentação das suas reflexões para oturma.

3. Os grupos apresentam suas reflexões sobre a primeira pergunta.Quando todos os grupos tiverem falado, abre-se uma conversa geral.

Oficina 10/10



38

4. Os grupos aprestam suas reflexões sobre a segunda pergunta.Quando todos os grupos tiverem falado, abre-se uma conversa geral.

5. No final da atividade, o educador faz uma síntese das opiniões dosgrupos e complementa a conversa com suas observações sobreos avanços conseguidos pela turma e sobre o que ainda precisammelhorar.

MURAL CRIATIVO - ESCOLA E COMUNIDADE1. O educador lembra que para realizar um jornal é essencial saber

quem são os leitores. Observa que durante a preparação da segundaedição isso foi feito pelo grupo.

2. Propõe que a turma crie cartazes para a divulgação da segundaedição, com três temas: escola, comunidade e jornal.

3. Organiza a turma em grupos de três alunos. Coloca à disposiçãocartolina ou papel madeira, revistas e jornais para recortar, canetascoloridas, tesouras, cola.

4. Dicas temáticas para os cartazes:- lugares que consideram importantes na comunidade ou escola;- pessoas marcantes da comunidade ou escola;- ruas, praças ou avenidas significativas do bairro;- algo que represente o meio ambiente na comunidade ou escola;- algo que represente os problemas do bairro e da escola;- algo que represente o que os editores do jornal podem fazer para

melhorar esses problemas.Atenção: O educador solicita que os grupos reservem um espaço naparte superior do cartaz, para escrever o nome do jornal acompanhadode uma frase, que criarão no fim da atividade. Por exemplo: "Jornal ...presente na escola e na comunidade"; “Jornal ... sempre perto de você".5. Quando todos concluírem, abre espaço para a apresentação dos

cartazes ao grupão. Os cartazes devem ser assinados.6. Nessa atividade podem ser escolhidos, também, os locais onde os

cartazes serão colados.OBSERVAÇÃO: Os cartazes serão colados quando o jornal estiverpronto para distribuição. Por enquanto, devem ficar guardados nasecretaria da escola, ou mesmo na casa do educador. Um aluno podeficar responsável de guardar o material.

40 min Cartolina,papelmadeira,jornais,cola,tesoura,canetascoloridas


39

OBJETIVOFazer a pré-diagramação do jornal (determinar em que página será publicado cada texto eilustração).

PREPARAÇÃO

Ler o Plano de Aula e conteúdo da página 41 (Pré-diagramação) Trazer para a oficina os textos escolhidos pelas diferentes turmas já digitados e impressos (se

não conseguiu fazer isso, veja na página 41 como trabalhar com textos manuscritos) Contar e anotar a quantidade de linhas a lado de cada texto. Trazer os desenhos e ilustrações escolhidos para esses textos (grampeados aos textos

respectivos).

SÍNTESESeleção de textos e ilustrações para cada página.Preparação do esboço da diagramação de cada página.

10 min

30 min


INTRODUÇÃO.

O educador explica ao grupo o trabalho do dia (pré-diagramação).

SELEÇÃO PARA A PRIMEIRA PÁGINA - ESTRATÉGIA DO FUNIL

- No primeiro momento, cada aluno recebe dois ou três textose seleciona aquele que considera mais importante ouinteressante para a primeira página do jornal. Devolve parao educador os textos que sobraram.

- A seguir, os alunos se juntam em trios, socializam os textosque escolheram na atividade individual anterior, e escolhemapenas um para a primeira página. Devolvem para oeducador os textos que sobraram.

- Os alunos podem solicitar a publicação de mais de um texto,caso considerem que são igualmente importantes.

OBSERVAÇÃO: Evite que sejam selecionados para primeira páginaapenas textos da própria turma que está fazendo a pré-diagramação(“panelinha”).


Oficina de pré-diagramação


40

SEGUNDA FASE.

O educador organiza os alunos em dois grupos.

Grupo A. Cinco alunos vão trabalhar na primeira página. Elesrecebem os textos escolhidos na atividade anterior e os desenhosou fotos correspondentes:

- verificam se os textos cabem na primeira página (o educadorinforma quantas linhas eles devem ter, veja página ao lado); casosobrem textos, repassam para o grupo B;

- escolhem as ilustrações que desejam publicar (deverão subtrair,da área disponível para textos, o espaço que elas ocupam);

- fazem o esboço de diagramação (o professor dedicará algunsminutos a explicar como se faz, com a ajuda dos modelos dapágina 42).

OBSERVAÇÃO: Os autores dos textos selecionados para a primeirapágina não participam deste grupo.

Grupo B. Demais alunos:

- inicialmente, agrupam os textos que sobraram por temas afins;

- a seguir, escolhem as páginas onde esses textos serãopublicados;

- determinam onde serão publicados os textos "soltos" (aquelesnão agrupados por tema).

OBSERVAÇÃO: o educador deve acompanhar o trabalho destegrupo para evitar que se coloque uma quantidade excessiva detextos em uma página e poucos em outra.

TERCEIRA FASE.

1. O educador forma um grupo por página (excluindo a primeira,que já foi finalizada).

2. Cada grupo recebe os textos escolhidos para a sua página;também recebe os desenhos/fotos correspondentes.

3. Os grupos repetem o procedimento realizado pelo grupo daprimeira página na atividade anterior.

4. Os textos que sobram são devolvidos ao educador.OBSERVAÇÃO: Se a quantidade de alunos for muito grande, oeducador pode dispensar os alunos que participaram do grupoda primeira página e já tiveram a experiência completa da pré-diagramação.

20 min

20 min


41

Pré-diagramaçãoA diagramação consiste no ordenamento dos textos e ilustrações, a escolha do tipo e tamanhodas letras etc. Ela é feita no computador, o que dificulta a participação de muitas pessoas.

A solução é fazer uma PRÉ-DIAGRAMAÇÃO, que é a preparação das instruções para os diagramadores,sem uso do computador. Muitas pessoas podem participar, como acabamos de ver.

A condição é saber quantos textos entram na página, o que é feito através do procedimento quesegue:

Digite as matérias em Times New Roman tamanho 11, em páginas formatadas com margenslaterais de três centímetros. Siga esse padrão rigorosamente.

Conte quantas linhas tem cada texto digitado da maneira indicada. Desconsidere o título.

Veja na tabela abaixo quantas dessas linhas entram em cada página do jornal (linhas digitadasda maneira indicada no ponto 1, voltamos a dizer). Perceba que a quantidade varia conformehaja outros conteúdos na página.

Selecione os textos conforme a quantidade de linhas que cabem na página.

Envie ao diagramador os arquivos com os conteúdos(textos e ilustrações) e uma folha indicando a localizaçãode cada um, assim como outras instruções - “colocardentro de um quadro”, “esta é a matéria principal” etc.Pode também fazer um esboço (veja na página seguinte).

OUTRAS INDICAÇÕES:

- Revise a digitação! Isso não é tarefa do diagramador.

- Textos manuscritos e desenhos devem ser feitos ourepassados com tinta preta. Letras ou detalhes pequenosnão terão boa visibilidade. Os desenhos devem sernumerados.

- As fotos não devem ser tiradas a muita distância. Numerartambém.

Pré-diagramação comtextos manuscritos

Cada aluno conta quantoscaracteres tem seu texto,incluindo o espaço entre aspalavras. Divide por 100. Oresultado é igual ao númerode linhas que o texto teria sefosse digitado no padrãotécnico da pré-diagramação.Abaixo do texto registra oresultado do cálculo.O resto do procedimento éidêntico.

75 linhas

63 linhas

56 linhas

47 linhas

37 linhas

32 linhas

50 linhas

42 linhas

Página semdesenhosou fotos

1/4 ocupadopor desenhose fotos



Conteúdo da página Número de linhas que entram

Tem cabeçalho ourodapé de 4 cm de altura

Não tem cabeçalhonem rodapé


42

DUAS FORMAS DE REPASSAR AS

INSTRUÇÕES AO DIAGRAMADOR (*)

Identifique os textos eilustrações de cada páginado jornal.

11111○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

Faça um esboço,indicando a posiçãoque cada produçãodeverá ocupar napágina.

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○

○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

22222

(*) As instruções são repassadas ao diagramador junto com os arquivos dos textos, desenhos e fotos.Enviar os originais de desenhos e fotos, caso não estejam digitalizados.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○


43

OBJETIVOAvaliação pelos alunos da primeira edição do jornal e preparação da coleta de opiniões nacomunidade e escola.


SÍNTESE1. Avaliação da primeira edição pelos autores.2. Preparação da coleta de opiniões na comunidade e escola.

OFICINAS “FLUTUANTES”

Estas duas oficinas acontecem depois do jornal impresso ser distribuído na escola. Elasinterrompem momentaneamente a sequência principal (Notícia).

ENTREVISTANDO O COLEGA1. Forme pares de alunos. Escreva no quadro o roteiro que segue e

pede para os alunos entrevistarem uns aos outros.- O que você mais gostou no jornal?- O que você achou menos interessante?- Apresente uma ideia para melhorar o jornal.

Os alunos escrevem as respostas do colega no caderno. Expliqueque tem que escrever a resposta em detalhe, em primeira pessoa, dojeito que a outra pessoa está falando "O que eu mais gostei..."(aproveite para lembrar que isto é “primeira pessoa”; quando se fala“eu”, se está falando em primeira pessoa).Observação: este exercício é importante, pois, como se veráposteriormente, os alunos repetem essas mesmas perguntas aoentrevistar leitores do jornal na comunidade.

SOCIALIZANDO IMPRESSÕES E AVALIAÇÃO1. Forme grupos de quatro alunos (basta juntar dois pares da atividade

anterior). Peça para todos lerem os depoimentos que foramcoletados pelos colegas.


15 min

25 min

Oficina A


44

2. Depois da socialização, promova uma conversa a partir dasseguintes perguntas: o jornal saiu como queríamos? O que faltou?

Circule pela sala para animar os grupos.

CONTINUANDO AVALIAÇÃOForma-se o círculo; cada grupo relata o que conversou. Abre-se espaçopara uma conversa geral.

PREPARANDO A COLETA DE OPINIÕES DOS LEITORES1. Estimule uma conversa a partir da seguintes perguntas. O grupo

deu sua opinião sobre o jornal. Que tal consultar outras pessoas?Acham importante? Quem entrevistariam?Este é um bom momento para desmistificar a ideia de que somentepessoas "importantes" podem dar opinião sobre o jornal. A família,os amigos poderão indicar pontos relevantes que ajudarão amelhorar o jornal.

2. Feito o acordo para realizar entrevistas com pessoas da família/escola/comunidade, sugira seguir o mesmo roteiro trabalhadoinicialmente (estará escrito no quadro):- O que você mais gostou no jornal?- O que você achou menos interessante do jornal?- Apresente uma ideia para melhorar o jornal.

Os alunos anotam o roteiro no caderno.

TAREFA DE CASA: os alunos devem escolher uma pessoa para fazera coleta de opinião, fazendo as perguntas do roteiro e anotando asrespostas em uma folha solta (devem ser coletadas em primeirapessoa - “eu gostei...”), assim como o nome completo da pessoaentrevistada. Outros dados podem ser interessantes também, comoidade e profissão.

15 min

20 min .

05 min


45

OBJETIVOSSelecionar os depoimentos para publicar no jornal. Conversar sobre possíveis atitudes por partedos leitores que tenham desagradado a turma.


SÍNTESE1. Seleção das opiniões.2. Incentivo ao grupo.

ACOLHIDA:Pergunte como foi a coleta das opiniões (depoimentos). As pessoasaceitaram falar? Alguém teve alguma dificuldade?

SELEÇÃO DE OPINIÕES (DEPOIMENTOS)1. Divida a turma em grupos de três ou quatro alunos. Os grupos

trocam entre si os depoimentos que coletaram (por isso seránecessário formar um número par de grupos).

2. Os grupos deverão ler as opiniões (depoimentos) e escolhar asduas respostas mais interessantes.

PARTILHA1. Forma-se a roda. Um orador de cada grupo lê as respostas

escolhidas e explica os critérios.2. Pergunte se alguém ficou com a impressão de que alguma opinião

valiosa não foi aproveitada. Se for o caso, pede para ler e perguntaao grupo se também acha que deveria ser publicada.

3. Terminada as apresentações das opiniões escolhidas, abra espaçopara uma conversa. As opiniões e dicas que nos deram foramvaliosas? Estamos dando um espaço legal para os leitores no jornal?

FINALIZAÇÃODivida a turma em dois grupos.1. Os alunos que t iveram respostas de seus entrevistados

selecionadas para publicação, aprimoram a redação e completamas informações (nome da pessoa, quem ela é etc). Agregue a esse


05 min

20 min

20 min

Oficina B

20 min


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grupo, se já não fizerem parte, um ou dois alunos com boa redaçãoe ortografia, além de boa liderança, que nomeará como "auxiliar(es)de redação". Os textos, no final da atividade, ficam com o educador.

2. Com os outros alunos promova uma conversa, incentivando-osa falarem sobre como o jornal foi recebido na escola peloscolegas. Deixe extravasarem as mágoas que possam haver poratitudes depreciativas do esforço feito pelos editores, ajudandoa superá-las.

RETOMADA SEQUÊNCIA NOTÍCIAUtilize este tempo para preparar a retomada da sequência Notícia, queacontecerá na aula seguinte. Lembre ao grupo o ponto onde parouessa sequência e, eventualmente, as tarefas pendentes.Peça aos alunos que tiveram depoimentos selecionados, que consigamfotos das pessoas entrevistadas, para publicar no jornal.

15 min


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OFICINA 1:

O QUE É NOTÍCIA?

A notícia é um gênero textual que trata deum acontecimento ou fato desconhecidodo público.

Na sociedade superinformada que é a nos-sa, onde estamos em contato constantecom os meios de comunicação, notícia éum fato acontecido há bem pouco tempo,apenas o que se demora na edição da in-formação e na impressão dos jornais, parachegar ao público. É um prazo que se con-ta em horas. No jornal ismo feito nainternet , atualizado minuto a minuto (online) e, em menor medida, na TV e no rádio, os prazos para um acontecimento ser notíciaé mais breve ainda.

Mas nem sempre foi assim. Pode-se imaginar que, quando não existia rádio ou televisão,para os moradores das cidades afastadas, as informações dos jornais das grandes cida-des eram notícia, mesmo se demorassem semanas para chegar até eles.

Essa reflexão é importante quando a gente pensa na comunidade, onde acontecem muitasnotícias que não aparecem na mídia. Assim, uma ação da Associação de Moradores, deduas ou três semanas atrás, continua sendo uma notícia (encaminhar uma carta ao prefei-to, por exemplo), desde que ela não tenha sido divulgada.

O fator novidade é importante, mas não quer dizer que o fato tenha de acontecer apenasno dia anterior ou na semana passada. Desde que a informação não tenha chegado aoconhecimento dos leitores do jornal, o fato ainda é notícia.


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OFICINA 2:

ÉTICA

É ou não ético uma pessoa roubar um pão, quandoestá passando fome e não tem recursos paracomprá-lo? Deve-se, nesse caso, privilegiar o valor“vida” ou o valor “propriedade privada”? Eis umaquestão sobre a qual pode haver diferença deopinião.

A ética é o conjunto de princípios que guiam o com-portamento das pessoas e das instituições do pon-to de vista dos valores. Ela está sempre em discus-são, como no caso de que fala o parágrafo anterior.

As respostas a esse tipo de questão mudam atra-vés do tempo. Durante milênios, por exemplo, a es-cravidão era considerada perfeitamente normal –no Brasil ela só veio a ser abolida em 1888. Umexemplo mais recente: até pouco tempo atrás, asmulheres eram consideradas inferiores aos homens,e, portanto, não merecedoras de direitos iguais.

O debate sobre as atitudes éticas provocam trans-formações sociais e políticas. O debate sobre o ra-cismo ou sobre a violência contra a mulher, por exemplo, levou recentemente no Brasil àcriação de leis que castigam as pessoas que têm esse tipo de atitude.

Mas nem tudo o que as pessoas consideram eticamente correto está na lei. Por outrolado, a lei pode mesmo ser duvidosa do ponto de vista ético – quando ela serve paraacobertar privilégios, por exemplo.

Conversar e discutir sobre ética é, então, extremamente importante. Na escola, na comu-nidade, na sociedade.

Notícia é FatoNem todo tipo de informação, mesmo nova, é notícia. O horário de saída dos ônibus, porexemplo, é uma informação que não constitui uma notícia. Da mesma maneira, uma infor-mação científica sobre os primeiros habitantes do Brasil não é notícia.

Notícia é a alteração nos horários, que pode afetar a vida dos usuários. Notícia é a desco-berta de um sítio arqueológico.

Há necessidade de analisar caso a caso para determinar se uma informação constitui umanotícia. Perguntas do tipo “A quem interessa?”; “Qual o impacto que vai ter nas pesso-as?” devem ser feitas para decidir se uma informação torna-se, ou não, uma notícia.


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Código de Ética do Jornal Escolar.O Código de Ética constitui a identidade de todos os que fazem jornalismo escolar, seja naposição de promotores (ONG, secretaria de educação, direção da escola), de orientadores(professores e monitores) e de redatores-editores (alunos).

- O jornal escolar promove os direitos humanos em toda sua extensão e tem uma visãorespeitosa das diferenças culturais, de gênero, sexuais, étnicas, religiosas e outras.

- Ele é pluralista; não censura nem oculta informações.

- O jornal tem finalidade social; ele não faz promoção pessoal ou partidária.

- Em época de eleições, não favorece nenhum candidato, mesmo em eleições de GrêmioEstudantil, direção, associação dos servidores da escola, dentre outros.

- O jornal não publica textos que atinjam a dignidade das pessoas.

- Os textos que contêm críticas são publicados junto à versão da parte criticada, para queela possa se defender (Direito de Resposta na mesma edição).

- Todas as produções publicadas no jornal (textos e i lustrações) são assinadas pelosautores.

OFICINA 5:

ROTEIRO DE ENTREVISTA

Início de conversa

1. Apresentar-se (nome e escola onde estuda).

2. Explicar que é aluno da escola e que está fazendo um jornal.

3. Informar que está escrevendo uma notícia e fará algumas perguntas.

Perguntas:

- Organizou ou vai organizar algum evento? Qual? Quando? Onde?

- Renovou ou vai renovar a diretoria? Como? Explique?

- Está pensado em organizar novas atividades? Quais?

- Vai fazer investimentos ou ampliar sua ação? Como? Quanto?

- Tem feito algum levantamento da situação da comunidade ultimamente? Com quêresultados?

- Apresentou alguma reivindicação ou pedido às autoridades?

- Participou de eventos, congressos ou similares?

4. Os entrevistadores devem procurar esclarecer junto aos informantes as seguintesperguntas:

O quê aconteceu ou vai acontecer?

Quem fez ou provocou o fato?

Quando aconteceu ou vai acontecer?


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Onde aconteceu ou vai acontecer?

Como aconteceu ou vaiacontecer?

Por quê aconteceu ou vai acontecer?

ATENÇÃOCaso haja a necessidade decolher outras informações, oentrevistador deve sentir-selivre para criar outrasperguntas.

OFICINA 6:

NOTÍCIA

Museu de Paleontologia será reaberto.Diário do Nordeste - 8 de julho 2010

Santana do Cariri. O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri, da UniversidadeRegional do Cariri (Urca) será reaberto amanhã, às 17 horas, depois de um ano fechadopara reformas. A reinauguração contará a presença do secretário da Ciência e Tecnologiade Ensino Superior do Ceará (Secitece), René Teixeira Barreira e autoridades caririenses.

O Museu passou por uma ampliação e modernização do ambiente. Como parte da obra,várias peças foram restauradas e voltarão a ser expostas, bem como as réplicas em ta-manho natural dos dinossauros e pterossauros. O espaço ganhou também uma centralde ar para receber melhor os visitantes.

Agora, o Museu contará com uma sala de videoconferência, mais uma biblioteca, ele-vador, loja de lembranças e coisas do gênero e mais salas para servir de depósito defósseis que não ficam expostos.

De acordo com o vice-diretor do Museu de Paleontologia, João Kerensky, a partir dapróxima semana o local estará aberto à visitação, de terça a sábado, das 9 às 17 horas e,aos domingos, das 9 às 14 horas.

No Museu de Paleontologia de Santana do Cariri está guardada a maior coleção defósseis do Período Cretáceo, datados de cerca de 100 milhões de anos.

Repórter Antônio Vicelmo

(adaptado)


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LIDE (continuação da oficina 6)

A pirâmide invertida ilustra a técnica tradicional de redação de notícias, que começa pelasinformações mais importantes e segue com os complementos. É uma ordem muito distintada novela ou do conto, onde o autor geralmente guarda o mais importante para o final.

Na pirâmide invertida, o primeiro parágrafo é chamado de LIDE (versão aportuguesada doinglês lead, que significa liderar, conduzir). O LIDE tem como função introduzir o leitor notexto e prender sua atenção. O LIDE é a primeira parte de uma notícia, que fornece ao leitoras principais informações sobre o fato que está sendo noticiado.

O LIDE contém seis perguntas básicas:

- o quê?

- quem?

- quando?

- onde?

- como?

- por quê?

Essa “fórmula” é apenas uma ajuda-memória. Assim sendo, não é necessário quetodos os ítens sejam respondidos. O que conta éque o essencial da informação esteja presente, paraatrair a atenção do leitor.

Um LIDE bem escrito pode despertar o interesse paraconcluir a leitura do texto. Da mesma maneira, um LIDE malescrito pode “afugentar” possíveis leitores.

Seja cuidadoso na escrita do LIDE da sua notícia, afinal texto bom,é texto que desperta curiosidade e atrai o leitor!

OFICINA 7:

MANCHETE

Chama-se manchete ao título da matéria, informando sobre o conteúdo em poucas palavrase/ou despertando a atenção do leitor. Pode ser séria, descontraída ou mesmo brincalhona.

Fazer uma manchete é uma atividade criativa. Por isso, nunca se conforme com o primeiroresultado!

Veja os exemplos abaixo, sobre o mesmo assunto.

A Escola recebe Verba para Cobertura da Quadra.Cobertura da Quadra vai, enfim, sair!

Está combinado: chuva não é mais problema.


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ROTEIRO DE AVALIAÇÃO- O LIDE traz as informações das perguntas básicas? (Quê? Quem? Quando? Onde? Como?Por quê?)

- Há outros parágrafos com informações complementares que informam o leitor?

- Faltam informações importantes para o entendimento do leitor?

OFICINA 8:

APRIMORANDO FRASES

Veja estas quatro frases.

Hoje é um dia especial. Faremos um passeio.

Você está contente. A bicicleta está quebrada.

Cada uma dessas frases é uma ideia completa. Elas ficam bem sozinhas, mas é possívelconectá-las, e ficam melhor ainda:

Hoje é um dia especial, pois faremos um passeio.

Hoje é um dia especial porque você está contente.

Hoje é um dia especial porque faremos um passeio e você está contente.

Vejamos agora:

Hoje é um dia especial porque a bicicleta está quebrada.

Não faz sentido!

Conclusão: dentro de uma mesma frase é possível colocar mais de uma ideia, mas as ideiasque se juntam têm de casar perfeitamente.

Conectivos (continuação da oficina 8)

Dentro de uma mesma frase é possível colocar mais de uma ideia, como falamos anterior-mente. No entanto, além de fazer sentido, essas ideias precisam estar conectadas entre si.As palavras que fazem essa conexão são chamadas de conectivos.


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Você não diz:

Gosto da escola conhecimentos importante vida.

Você diz:

Gosto da escola porque adquirir conhecimentos é importante para a vida.

Assim, a frase passa a fazer sentido!

Exemplos de conectivos:

- e / aliás / até

- mas / porém / no entanto

- porque / já que / devido

- como / menos que / mais que

- isto é / ou seja / por exemplo

- quando / enquanto / a partir de

- logo / assim / portanto

Parágrafo (continuação da oficina 8)Parágrafo é uma frase ou várias frases escritas umas após as outras. Isto que você está lendoagora é um parágrafo.

Este é outro parágrafo. Quando se escreve manualmente recomenda-se começar com umafastamento na primeira linha. Mas quando se escreve no computador - como é o caso aqui– basta fazer uma separação entre os parágrafos.

Veja que cada parágrafo trata de um aspecto diferente. O primeiro que escrevemos explica oque é um parágrafo. O segundo fala de uma questão específica (o recuo) que não poderiaestar no primeiro. O terceiro - este que você está lendo - explica como se organiza um pará-grafo.

3 assuntos = 3 parágrafos


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Essa é a regra geral: juntar todas as informações sobre um assunto no mesmo parágrafo.Informações que não digam respeito vão para outro parágrafo.

OFICINA 9:

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO

- O LIDE está bem escrito? Responde satisfatoriamente às perguntas do LIDE? (O quê? Quem?Quando? Onde? Como? Por quê?).

- A notícia é relevante? Traz informações que despertarão o interesse ou a curiosidadedos leitores?

- Há informações complementares?

- A notícia é novidade?

Achei que os títulos poderiam ter sidomais interessantes. Mas no mais estátudo bem!

Socorro LeiteMerendeira da escola.

Títulos mais interessantes

Bom para a comunidadeTemos muitos problemas na comu-

nidade e o jornal vai chamar a atençãoda prefeitura para resolvê-los. Tem quecontinuar falando sobre eles.

Walmick AlbuquerquePai de aluno da escola.

Parabéns por opinar

O que eu mais gostei foi o jornal terpublicado tantas opiniões dos alunosda escola sobre temas importantes.Parabéns!

Antonio RosaProprietária da Padaria Ideal,

na rua Carlos Vasconcelos, 347

OFICINA B:

Caderno de Apoio ao Educador - Notícia

Bibliografia.- BAHIA, Juarez. Jornal, História e Técnica - As Técnicas do Jornalismo. São Paulo: Editora Ática, 1990.- MARCONDES FILHO, Ciro. O Capital da Notícia - Jornalismo como produção social da segunda natureza. São Paulo:

Editora Ática, 1989.- Novo Manual de Redação. São Paulo: Folha de S. Paulo, 1992.- HERMAN, EDWARD S. e CHOMSKY, Noam. A Manipulação do Público. São Paulo: Futura, 2003.

Documents

Caderno de Apoio Noticia