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Introdução à Medicina Legal 3 avaliações discursivas e teóricas: 30 pontos cada. Prova prática final: 10 pontos Visita ao IML (grupos) Livros o Medicina legal – Hygino. 2005 1ª Ed o Medicina Legal – Genival França. 8ª edição 2008 o Perícia Médica Judicial Resoluções: www.portalmedico.org.br , www.crmmg.org.br o Resolução CFM nº1.246 de 26/01/1988 (Código de Ética Médica). o Resolução CFM nº1.480 de 21/08/1997 (Morte encefálica). o Resolução CFM nº1.617 de 16/05/2001 (Código de Processo Ético- profissional). o Resolução CFM nº1.779 de 05/10/2005 (normatiza o preenchimento da DO). o Resolução CFM nº1.826 de 06/12/2007 (Suspensão de procedimentos na morte encefálic Leis: www.presidencia.gov.br/legislacao o Código penal: Decreto-Lei nº2.848 de 07/12/1940 o Código de processo penal: Decreto-Lei nº3.689 de 03/10/1941 o Código civil: Lei nº10.406 de 10/01/2002 (conferir se é) o Estatuto do desarmamento o Maria da Penha o Lei que altera alguns artigos do CPP o Lei seca Periódicos o International journal of legal medicine o Forensic science international Medicina Legal: o Especialidade médica (Associação Brasileira de Medicina Legal) o Definição ampla: Áreas de atuação da Medicina na interface com o Direito o Apenas 1 programa de residência médica no Brasil (USP-SP) o Áreas de atuação Criminal: enfoque da disciplina Civil Trabalhista / Previdenciária/ Securitária Ética o Modos de ser exercida Criminal: concurso público estadual (médico-legista), nomeação por autoridade (perito ad hoc) ou escolha da parte (assistente técnico) Civil ou trabalhista: escolha da parte (assistente técnico) ou nomeação por autoridade Previdenciária: concurso público federal Ética: CRM e CFM Medicina Legal em MG: o Possui apenas 1 IML em BH com 45 médicos-legistas

Caderno de Medicina Legal

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Medicina legal UFMG

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Page 1: Caderno de Medicina Legal

Introdução à Medicina Legal

3 avaliações discursivas e teóricas: 30 pontos cada. Prova prática final: 10 pontos Visita ao IML (grupos) Livros

o Medicina legal – Hygino. 2005 1ª Edo Medicina Legal – Genival França. 8ª edição 2008o Perícia Médica Judicial

Resoluções: www.portalmedico.org.br, www.crmmg.org.bro Resolução CFM nº1.246 de 26/01/1988 (Código de Ética Médica).o Resolução CFM nº1.480 de 21/08/1997 (Morte encefálica).o Resolução CFM nº1.617 de 16/05/2001 (Código de Processo Ético-profissional).o Resolução CFM nº1.779 de 05/10/2005 (normatiza o preenchimento da DO).o Resolução CFM nº1.826 de 06/12/2007 (Suspensão de procedimentos na morte encefálic

Leis: www.presidencia.gov.br/legislacaoo Código penal: Decreto-Lei nº2.848 de 07/12/1940o Código de processo penal: Decreto-Lei nº3.689 de 03/10/1941o Código civil: Lei nº10.406 de 10/01/2002 (conferir se é)o Estatuto do desarmamentoo Maria da Penhao Lei que altera alguns artigos do CPPo Lei seca

Periódicoso International journal of legal medicineo Forensic science international

Medicina Legal:o Especialidade médica (Associação Brasileira de Medicina Legal)o Definição ampla:

Áreas de atuação da Medicina na interface com o Direitoo Apenas 1 programa de residência médica no Brasil (USP-SP)o Áreas de atuação

Criminal: enfoque da disciplina Civil Trabalhista / Previdenciária/ Securitária Ética

o Modos de ser exercida Criminal: concurso público estadual (médico-legista), nomeação por autoridade (perito ad hoc) ou

escolha da parte (assistente técnico) Civil ou trabalhista: escolha da parte (assistente técnico) ou nomeação por autoridade Previdenciária: concurso público federal Ética: CRM e CFM

Medicina Legal em MG:o Possui apenas 1 IML em BH com 45 médicos-legistas

Órgão subordinado à polícia civil, que é subordinada ao governo do estado Possui vários setores, como toxicologia, patologia, perícias indiretas, psiquiatria, etc

o Tipos de exames realizados no IML: 80% dos exames são em periciados vivos e apenas 20% em pessoas mortas Tipos (com * os mais comuns):

Lesão corporal* Verificação de embriaguez* Conjunção carnal*

Page 2: Caderno de Medicina Legal

Ato libidinoso* Perícia de aborto* Sanidade mental* Sanidade física (exame realizado em presidiários antes e depois da cadeia) Perícia de idade Antropologia forense Odontologia forense Avaliação de conduta profissional (erro médico) Perícias de intoxicação Necrópsia

O que a medicina legal faz?o Perícia médica

Todo ato médico com o propósito de contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou judiciárias com conhecimentos específicos da área médica

Exame realizado por um indivíduo em alguns elementos (vestígios ou indícios), sempre a pedido de uma autoridade competente (delegado, juiz)

Pode ser de diversos tipos: pessoas (quem faz são os médicos), coisas Colabora com a investigação policial: pode oferecer provas objetivas para uma investigação

Presta esclarecimentos à justiça em suas mais diversas formaso Criminalo Civilo Trabalhista

o Perito Indivíduo que examina a natureza dos vestígios. Detém o conhecimento sobre determinado assunto 2 tipos

Perito criminal: qualquer curso superior Médico-legista: médico

Peritos oficiais: Função: atender às autoridades competentes no sentido de verificar o caso Não defender ou acusar! Atuação: verificar, procurar e interpretar os vestígios materiais dos fatos ocorridos

o Corpo de delito: é o objeto que será examinado Todos os instrumentos materiais da conduta incriminada, inclusive meios ou instrumentos de

que se sirva o criminoso Conjunto de elementos denunciadores de um fato criminoso Elementos materiais perceptíveis pelos nossos sentidos, resultantes da infração penal Sensíveis, objetivos Devem ser objeto de prova Deve ser realizado o mais possível, logo que se tenha conhecimento do fato Tipos:

o Diretoo Indireto: leitura de prontuário médico do atendimento feito no momento da lesão

Condições de exclusão de um perito:o Própria solicitaçãoo Por impedimento do perito

Incapacidade temporária para exercício do cargo Proibição para o exercício da profissão Depoimento anterior no processo Analfabetismo Idade < 21 anos

Modelo de um laudo médico-legal:o Número do laudo, data e hora da períciao Periciado: identificação, histórico, transcrição dos quesitos oficiais, respostas aos quesitos oficiais

A perícia no morto:

Page 3: Caderno de Medicina Legal

o Finalidade: Morte suspeita Morte violenta

o Falta de serviço de verificação de óbito (SVO) em BHo Centralização do atendimentoo Sobrecarga de trabalhoo Necrópsia x Autópsia (exame do próprio): é o exame interno e externo de um cadáver. Os termos são

sinônimos em seres humanos. Mas em animais fazemos necropsia, porque é outra espécie.o Pode ser realizada com finalidade clínica ou forense:

Clínica: autorização obrigatória da família, geralmente feita em hospitais por um patologista Forense: sem necessidade de autorização da família, realizada no IML por legistas, com as seguintes

funções: Determinar causa mortis Tempo decorrido da morte Distinguir lesões intra-vitam de post-mortem Identificar o corpo Fornecer elementos para a detenção da causa jurídica da morte (homicídio, suicídio, etc) Materializar um ou mais delitos

Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3689 – 03/10/1941): cap. II: artigos 158-184 - Do exame do corpo de delito e das perícias em geral

o 158: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame do corpo de delito direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

o 159: O exame do corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

Obs: também pode ser o perito ad hoc, se não houver um perito oficial § 1º: Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de

diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

§ 2º: Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. § 3º: Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e

ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. § 4º: O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e

elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. § 5º: Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:

I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;

II - indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.

§ 6º: Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.

§ 7º: Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.

o 160: Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados.

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

o 161: O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.o 162: A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais

de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Page 4: Caderno de Medicina Legal

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.

Esperar 6 horas após a morte devido aos casos de catalepsia Sempre que a morte for violenta, fazer o exame completo

Código de Processo Penal: Cap. VI – Dos peritos e intérpreteso 275: O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária.o 277: O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob pena de multa de cem a

quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente:

Deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; Não comparecer no dia e local designados para o exame; Não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos estabelecidos.

o 278: No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá determinar a sua condução.

o 279: Não poderão ser peritos: I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 do Código

Penal; II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o objeto da

perícia; III - os analfabetos e os menores de 21 anos.

Código de Ética Médica (Resolução CFM 1246/1988)

o É vedado ao médico: 118: Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou auditor,

assim como ultrapassar os limites das suas atribuições e competência. 119: Assinar laudos periciais ou de verificação médico-legal, quando não o tenha realizado, ou

participado pessoalmente do exame. 120: Ser perito de paciente seu, de pessoa de sua família ou de qualquer pessoa com a qual tenha

relações capazes de influir em seu trabalho. 121: Intervir, quando em função de auditor ou perito, nos atos profissionais de outro médico, ou fazer

qualquer apreciação em presença do examinado, reservando suas observações para o relatório.

Documentos médico-legais

Declaração de óbito

Bibliografia:o A Declaração de óbito – Documento necessário e importante. 2009. MSo Jornal do CRMMG, número 22, junho 2009.o Resolução CFM 1974/11 – Regras para publicidade médica

Documentoo Toda anotação escrita que tem a finalidade de reproduzir ou representar uma manifestação do pensamento.

Principais documentos médico-legais:o Receitas e solicitações de exames (na ML são eventuais)o Notificaçõeso Atestadoso Relatórios: laudo (dita depois que concluiu)/auto (dita durante o exame)

Perícia no vivo Perícia no morto Indireto

Page 5: Caderno de Medicina Legal

o Parecer médico-legalo Declaração de óbito: Vulgarmente chamado de “Atestado de Óbito”. Porém, o atestado é apenas uma parte da

declaração (bloco V) Receitas e solicitação de exames:

o Código de Ética Médica – Capítulo III – Responsabilidade profissional É vedado ao médico:

3: Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente.

4: Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal.

5: Assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou Ou seja, para prescrever é necessário examinar o paciente e ao prescrever se assume a

responsabilidade pela prescrição! 11: Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação

de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.

Ministério da Saúde: a receita médica deve ser preenchida com letra legível, em português, por extenso, à tinta, de forma informatizada ou manualmente

Parecer consulta 3638/2009 do Jornal do CRMMG número 22, página 10: Ementa: É vedado ao médico receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível

Parecer consulta 3575/2008: Tema: transcrição de receitas Ementa: constitui infração ética, prescrever tratamento sem exame direto do paciente, salvo

em casos de urgência e impossibilidade comprovada de realizá-lo. Notificações

o Comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária

o Ex: acidente de trabalho, doenças infecto-contagiosas, morte encefálica à autoridade pública.o Lei 8489, de 18/11/1992: Remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo para transplante

13: É obrigatório, para todos os estabelecimentos de saúde notificar, às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos.

o Não são mais notificados de forma compulsória: Viciados em substâncias capazes de determinar dependência física ou química Crime de ação pública

Atestado médicoo Definições

Documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação

Deve reproduzir com idoneidade (verdade). “atestar é certificar por escrito” “Documento que resume, de forma objetiva e singela, um fato médico e suas consequências” “Documento que atesta veracidade em relação a datas, assistência, internações, necessidade de

exames complementares, todos de maneira genérica, não especificando a doença”.o Pode ser feito por qualquer médico regularmente inscrito no CRM, independente da especialidadeo Quase sempre a pedido do paciente ou de seus responsáveis legaiso Não tem forma padronizada (definida), mas há alguns elementos que devem constar sempreo Receituário particular ou públicoo Letra legívelo Composição

Cabeçalho com qualificação do médico (tem que estar no cabeçalho!!!) Qualificação do interessado

Page 6: Caderno de Medicina Legal

Referência à solicitação do interessado (para quê a pessoa quer o atestado: para fins de...) (não escrever “para os devidos fins”)

Fato médico (doença ou ausência dela, etc) Conseqüências do fato médico (quantos dias de afastamento, etc) Local, data e assinatura do médico Carimbo profissional com o CRM (alguns lugares exigem)

o Quanto à procedência ou finalidade, os atestados podem ser: Administrativo: licença-maternidade, aposentadoria. Judiciário: para apresentar ao juiz, para confirmar sanidade ou excluir participação Oficioso: maioria dos casos: falta no trabalho, escola, etc.

o Tipos: Óbito Vacina Sanidade física ou mental Insanidade física ou mental Capacidade laborativa

o Conteúdo: Idôneo Gracioso (complacente, “de favor”) Imprudente (não foi falso, mas exagerou ou errou nas informações colocadas) Falso – caráter doloso Piedoso – forma de atestado falso (atenuação da doença) Controvérsia: Declaração diagnóstica nos atestados:

Deve-se evitar a declaração do diagnóstico no atestado médico, exceto nas situações permitidas pelo Código de Ética Médica, art. 73 (capítulo IX – Segredo Médico)

Só deve haver quebra de segredo a pedido do paciente (escrever que o paciente solicitou), por justa causa ou por dever legal.

73: Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.

o Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.

74: Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente.

75: Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.

76: Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade.

77: Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento do seu representante legal.

78: Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e zelar para que seja por eles mantido.

79: Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de honorários por meio judicial ou extrajudicial.

Capítulo X – Documentos médicos 80: Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja

tendencioso ou que não corresponda à verdade. 81: Atestar como forma de obter vantagens.

Page 7: Caderno de Medicina Legal

82: Usar formulários de instituições públicas para prescrever ou atestar fatos verificados na clínica privada.

83: Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal.

84: Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.

o Nos casos de morte violenta, tem que ser o médico-legal. 85: Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao

sigilo profissional quando sob sua responsabilidade.o Alguns destaques do Código de Ética Médica:

O Consentimento esclarecido – Capítulo IV 22: Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após

esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.o Atestado falso: Código Penal Brasileiro:

302: Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

o Resolução CFM 1658/2002: Normatiza a emissão de atestados

1: O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários.

2: Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicos peritos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.

3: Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos: I - especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do

paciente; II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente; III - registrar os dados de maneira legível; IV - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no

Conselho Regional de Medicina. Parágrafo único. Quando o atestado for solicitado pelo paciente ou seu representante legal

para fins de perícia médica deverá observar:o I - o diagnóstico;o II - os resultados dos exames complementares;o III - a conduta terapêutica;o IV - o prognóstico;o V - as conseqüências à saúde do paciente;o VI - o provável tempo de repouso estimado necessário para a sua recuperação, que

complementará o parecer fundamentado do médico perito, a quem cabe legalmente a decisão do benefício previdenciário, tais como: aposentadoria, invalidez definitiva, readaptação;

o VII - registrar os dados de maneira legível;o VIII - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de

registro no Conselho Regional de Medicina. 4: É obrigatória, aos médicos, a exigência de prova de identidade aos interessados na obtenção de

atestados de qualquer natureza envolvendo assuntos de saúde ou doença. § 1º Em caso de menor ou interdito, a prova de identidade deverá ser exigida de seu

responsável legal. § 2º Os principais dados da prova de identidade deverão obrigatoriamente constar dos

referidos atestados.

Page 8: Caderno de Medicina Legal

6: Somente aos médicos e aos odontólogos, estes no estrito âmbito de sua profissão, é facultada a prerrogativa do fornecimento de atestado de afastamento do trabalho.

§ 1º: Os médicos somente devem aceitar atestados para avaliação de afastamento de atividades quando emitidos por médicos habilitados e inscritos no Conselho Regional de Medicina, ou de odontólogos, nos termos do caput do artigo.

§ 2º: O médico poderá valer-se, se julgar necessário, de opiniões de outros profissionais afetos à questão para exarar o seu atestado.

§ 3º: O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser acatado por quem de direito, salvo se houver divergência de entendimento por médico da instituição ou perito.

§ 4º: Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em função pericial, este se obriga a representar ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição.

Declaração de óbito:

o Finalidades Confirmar a morte Determinar a causa da morte: pode ser causa indeterminada (melhor do que palpitar uma causa sem

certeza) Satisfazer interesses em ordem civil, estatístico-demográfica e político-sanitária.

o Morte e o Código Civil: Inscrever em registro público: nascimento e morte 9: Serão registrados em registro público:

I – os nascimentos, casamentos e óbitos II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Lei dos Registros Públicos:

29: Serão declarados nos Registros Civis de Pessoaso I – os nascimentoso II – os casamentoso III – os óbitos

77: Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de registro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte.

o Resolução CFM 1779/2005: 1: O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico

que atestou a morte. 2: Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes normas:

1) Morte natural:o I. Morte sem assistência médica:

Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO): Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;

Nas localidades sem SVO: A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.

o II. Morte com assistência médica: A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo

médico que vinha prestando assistência ao paciente. A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá

ser fornecida pelo médico assistente e, na sua falta por médico substituto pertencente à instituição.

A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO;

Page 9: Caderno de Medicina Legal

A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.

2) Morte fetal:o Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram assistência à mãe ficam

obrigados a fornecer a Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 cm (não importa se nasceu vivo ou morto). Se nasceu vivo e morreu em seguida, independente da idade gestacional ou peso, deve-se fazer declaração de óbito.

3) Mortes violentas ou não naturais: suicídio, homicídio ou acidenteo A Declaração de Óbito deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços

médico-legais.o Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1 (um) médico, este é o

responsável pelo fornecimento da Declaração de Óbito. Modelo da declaração:

o 3 vias: branca (SMS), amarela (família cartório) e rosa (variável: IML/ hospitais / posto de saúde)o 9 blocos:

1: identificação 2: residência 3: ocorrência: 4: óbito fetal ou menor de 1 ano 5: condições ou causas do óbito

Parte I:o 1 – causa diretao 2 – causa intercorrente (levou à causa direta)o 3 – causa antecedente básica (mal que levou à morte)

Parte II: eventos que contribuíram para a morte Evitar os seguintes termos:

o Falência de múltiplos órgãoso Parada cardiorrespiratória (mecanismo de morte)o Parada cardíacao Hematêmese

Se morte violenta:o Não colocar: atropelamento, queda da escada, etc. (Você não tem certeza)

6: médico (e qual a função exercia no momento: substituto, médico assistente do paciente etc) 7: causas externas (medicina legal) 8: registro do cartório (preenchido lá) 9: local sem médico: 2 testemunhas assinam

o Cuidados: Não assinar atestado em branco Verificar se todos os itens estão corretamente preenchidos Não assinar DO em casos de morte violenta, exceto se habilitado para tal Partes de cadáver (cabeça, membros, ossos) quando encontrados aleatoriamente são de competência

do IML Numeradas pela SMS: logo, se errar, não se pode rasgar e jogar fora, deve-se escrever ANULADA Riscar os quadros não preenchidos (para que ninguém acrescente nada depois) É vedado cobrar qualquer remuneração pelo fornecimento do atestado de óbito (extensão do ato

médico) Solicitação de perícia médico-legal:

o Perícia criminal: Somente é realizada quando solicitada por uma das seguintes autoridades:

Page 10: Caderno de Medicina Legal

Delegado de polícia Promotor de justiça Juiz

o Laudo ou relatório médico-legal É a descrição de uma perícia Determina a materialidade de um delito Realizado pelos peritos após as investigações, contando com a ajuda de recursos ou consultas a

tratados especializados Podem ser laudos ou autos Composição:

Preâmbulo: solicitante, peritos, local, data, hora, tipo de perícia Histórico: “anamnese médico-legal” Descrição Discussão, se necessário Conclusão: afirmativa ou negativa Quesitos: perguntas com a finalidade de estabelecer elementos de um fato típico

o Oficiais (obrigatórios): podem variar de estado para estado Ex: houve morte? Qual a causa da morte? Qual o instrumento ou meio que

produziu a morte? A morte foi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que podia resultar em perigo comum?

o Complementares: formulados pela autoridade Respostas aos quesitos

Parecer médico-legal:o Discussão médico-legal de determinado caso em andamento, embasado em literatura, não havendo sempre a

necessidade de entrevista direta com o periciadoo Peritia deducenti.o Solicitado na necessidade de esclarecimento aprofundadoso Divergências na interpretação de achados da períciao Quem faz: perito ou professor com competência inquestionável no assuntoo Partes:

Preâmbulo Exposição (motivo, quesitos e histórico) Discussão Conclusão Não há descrição, porque não houve exame.

Antropologia forense: identidade, identificação

Termos mais comuns: distintos, não podem ser confundidos: identidade, reconhecimento, identificação Identidade

o Qualidade de ser a mesma coisa e não diversa (Flamínio Fávero)o Conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoao Identidade objetiva: interação genótipo, fenótipo e meio ambiente

É aquela que permite afirmar tecnicamente que determinada pessoa é ela mesma por apresentar um elenco de elementos positivos e mais ou menos perenes que a faz distinta das demais.

o Identidade subjetiva: consciência do indivíduo de ser ele mesmo Reconhecimento

o Comparação leiga entre a experiência visual, auditiva, olfativa ou tátil vivenciada no passado com a mesma experiência vivenciada no presente (“conhecer de novo”);

o Requer uma comparação psíquica de quem reconheceo Pode ser realizada por qualquer pessoa.

Page 11: Caderno de Medicina Legal

o Exemplos: retratos falados

Identificaçãoo Processo técnico-científico pelo qual se estabelece a identidadeo Baseada fundamentalmente em sinais físicos (elementos morfológicos) e/ou moleculares (DNA)o Tipos de identificação:

Médico-legal: legistas ou odontolegistas Judiciária ou policial: independe de conhecimentos médicos, feita por peritos em identificação

(método datiloscópico)o Tem que se basear em sinais ou dados sinaléticoso Pode ser feita em:

Vivos: desaparecidos, pacientes mentais, menores de idade, recusa de identidade Mortos: desastres de massa, cadáveres sem identificação, mutilações, estados avançados de

putefração e restos cadavéricos Esqueleto: decomposição em fase de esqueletização, esqueletos e ossos isolados

o Fases: 1º registro: nascimento 2º registro: morte ou situação de averiguação Comparação = identificação propriamente dita

o Fundamentos dos métodos de identificação: Quatro requisitos fundamentais:

Unicidade: exclusivo do indivíduo Imutabilidade (perenidade): não podem se modificar facilmente pela ação do tempo ou

doenças. Ex: impressão digital (presente desde a vida intrauterina até alguns dias após a morte, quando a epiderme começa a degradar)

Praticabilidade: fácil registro e obtenção, custo, adequação a parâmetros socioculturais (antigamente tatuagens eram usadas, hoje em dia não)

Classificabilidade: fácil arquivamento e recuperação das informações colhidaso Métodos:

Mutilações, cicatrizes, malformações (ausência de lobo de orelha), marcas e tatuagens – estigmas profissionais (dedo torto, silicose em mineiros)

Retrato falado Fotografia sinalética: fotografia da carteira de identidade: de frente. Antropometria: não é feito mais medir os ossos de cada pessoa. Método datiloscópico: preferido no Brasil

o Métodos de identificação no esqueleto: Espécie: humano ou não? Raça: complicado no Brasil (miscigenação) Idade Sexo Estatura Características individuais (dentes, prótese, anomalias, etc) Radiografias dentárias ou ósseas, tomografias, RNM DNA: não é tão simples de usar, porque depende de material para comparação (do pai, mãe, irmão,

etc), o que nem sempre é disponível.o Método datiloscópico: mais usado!

Henry Faulds e William herschel (1875) Sistema decadactilar (10 dedos) de Vucetich: mais usado no Brasil

Unicidade: elementos qualitativos (desenhos – pontos característicos) Imutabilidade: 6º mês de vida IU até 2 dias após a morte Praticabilidade: coleta rápida, segura e adequada Classificabilidade: facilmente classificável

Page 12: Caderno de Medicina Legal

4 tipos fundamentais: arco, presilha interna, presilha externa e verticilo Pontos característicos:

São os acidentes encontrados nas cristas papilares São os elementos individualizadores Não adianta queimar, pois esses pontos vêm da derme e se recuperam. A evidência de 12 pontos característicos permite o estabelecimento da identidade de uma

pessoa, no Brasil.o Outros métodos

Rugopalatoscopia Poroscopia Oftalmoscopia: fundo de olho (muito trabalhoso) Flebografia Radiografias: seios paranasais – frontal: cada pessoa tem uma anatomia própria da face Caligrafia Analise de voz: a tecnologia permite isso atualmente, com pequena margem de erro Superposição de imagens Arcadas dentárias: muito utilizado DNA: muito difícil em materiais carbonizados

O exame antropológico em Medicina Legalo Ferramentas: fita métrica, régua, paquímetroo Em ossadas:

Determinar espécie, número de indivíduos, sexo, idade, estatura, raça, causa da morte, para promover a identificação médico-legal

Espécie: Clavícula: Primeiro osso a iniciar o processo de ossificação (5ª-6ª semana de vida IU); osso

com características exclusivas do ser humano mais usado para determinar espécie Sexo:

Antes da puberdade, é difícil devido à ausência dos hormônios sexuais Determinantes:

o Esqueleto completo e bem conservadoo Adulto (alto índice de imprecisão em crianças)o Variabilidade morfométrica populacional seja conhecida

Dimorfismo sexualo Crianças e jovens: maturação dos dentes x maturação do esqueleto. As mulheres

têm maturação mais rápida.o Adultos: a partir de 18 anos – intervalo de confiançao Aspectos gerais: esqueletos masculinos são mais robustos e com relevos ósseos

mais proeminenteso Ossos mais importantes: pelve (feminina mais larga, mais curta com ângulo

suprapúbico mais aberto, presença de desgaste indicativos de parto. O sacro na mulher é mais curto, no homem mais alongado), crânio (na mulher é mais delicado, no homem é mais proeminente. Análise de 5 pontos: glabela mais proeminente no homem, arco superciliar mais largo e grosseiro no homem, mandíbula quadrada no homem, apófise mastóide mais robusta no homem, inserção muscular da nuca mais robusta no homem) e ossos longos

Idade Infância:

o Centros de ossificaçãoo Desenvolvimento e erupção dentária: mais preciso até os 10 anoso Fechamento metafisário (união das epífises)o Comprimento dos ossos longos

A partir da puberdade:o Pelve:

Fusão dos centros de ossificação – adulto jovem

Page 13: Caderno de Medicina Legal

Meninas: 13-17 anos Meninos: 14-18 anos

Porção superior do ílio: se funde entre 17-20 anos Alterações da sínfise púbica

Nos jovens as áreas de superfície epifisiais são mais rugosas (com cristas), com a idade isso vai desaparecendo, erodindo)

o Fechamento das suturas cranianas Começa endocranialmente e depois na área externa As ântero-laterais fornecem maior precisão

o Extremidades das costelas (desgaste com a idade), coluna (osteófitos)o Desgaste dentárioo Densidade óssea: trabeculado ósseo (rarefação óssea): com a idade, o trabeculado

vai ficando mais rarefeito. Estatura:

Diferença de 2cm entre vivo e morto Diferença de 4-6cm entre ossada e vivo (para mais ou menos) Variação circadiana de até 2,5cm Métodos:

o Quanto mais ossos, mais aproximada a estaturao Com todos os ósseos: crânio, C2 a L5, sacro (L1), fêmur, tíbia, tálus e calcâneoo Com ossos representativos:

Sujeitos a grandes variações populacionais Principalmente ossos como úmero, fêmur, rádio, ulna, tíbia.

Etnia: 5 tipos étnicos fundamentais: no Brasil quase todos os resultados são de miscigenação

o Caucásicoo Mongólicoo Negroideo Indianoo Australoide

Elementos de caracterizaçãoo Forma do crânioo Índice cefálicoo Índices tíbio-femoral e rádio-umeralo Ângulo facialo Anatomia dentária

Morte encefálica

Tanatologia thanatos = morte Tanatognose gnosis = conhecimento conhecimento do tempo de morte Tanatologia forense

o Parte da Medicina Legal que estuda a morte, os fenômenos cadavéricos e a legislação pertinente. Morte

o Conceito: cessação dos fenômenos vitais, pela parada das funções cerebral, respiratória e circulatóriao Do ponto de vista filosófico: é o fim? Não entraremos no mérito! Momento

Conceitos básicos:o Morte é um processo e não um instante ou um momentoo Corpo humano trilhões de células com metabolismo diferenteo Células necessitam de oxigênio para sobrevivero Morte celular em:

Page 14: Caderno de Medicina Legal

Minutos – neurônios Horas – fibroblastos

o As definições de diagnostico são historicamente modificadas: Ate meados da década de 1960 ausência de circulação e respiração Após 1967: funções encefálicas passaram a ser consideradas

Morte – tiposo Morte celular

É aquela em que a integração das funções de produção de energia, excreção de produtos tóxicos e absorção dos nutrientes está ausente ou não está mantida. Alterações na morte celular (ex:: infarto do miocardio)

Bioquímicas Microscopia eletrônica Microscopia óptica Macroscopia – exame a olho nu

o Morte do organismo como um todo Células-tecidos-órgaos-aparelhos e sistemas Cada um destes segmentos sua função, sendo necessária a integração destas funções Função Vital: funções que não podem ser supridas sem que o organismo entre em tal grau de

disfunção que a morte do individuo seja inevitável Conceito tradicional: parada irreversível da respiração e circulação Conceito atual: perda de função encefálica

o Morte da pessoa (aspectos jurídicos) Ser humano é uma unidade biopsicosocial Se pessoa inconsciente, cessa vertente psicossocial = morte da pessoa ( perda da interação com o

meio ambiente) Morte – sinais precoces

o Ausência de funções cerebraiso Imobilidadeo Flacidez muscular difusa (relaxamento de esfíncteres, com eliminação de urina, fezes, sêmem; pupilas

dilatadas)o Insensibilidadeo Ausência de circulação

pulsoo Ausência de respiração

Movimentação torácica, saturaçãoo Acidificação dos líquidos tissulares

Conceitos atuaiso Individuo mortoo Referência basicamente aos neurônioso Ausência de vida no encéfalo = morte do ponto de vista medico e jurídicoo Morte encefálica no hospital igual possível doador

Morte encefálica X morte cerebralo Encéfalo = cérebro (telencéfalo e diencéfalo) tronco e cerebelo

Morte encefálica:o Morte encefálica é a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais relacionadas com a existência

conscienteo É a condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do tronco cerebralo Falta de oxigênio e nutrientes ao cérebro por mais de 6 minutos = morte cerebralo Critérios clínicos e eletroencefalográficos para diagnóstico de morte encefálica

I – descartar causas reversíveis de coma capazes de mimetizar ME Hipotermia, choque, intoxicação por drogas, distúrbios metabólicos (hipoglicemia acentuada,

especialmente em crianças) II – exame clínico e teste da apneia

Exame clínico: pesquisa de reflexos (pupilar, corneano, etc)

Page 15: Caderno de Medicina Legal

Teste da apneia: desligando o respirador, existe movimento ventilatório espontâneo? III – Exames complementares:

EEG: existe atividade elétrica? Angiografia: existe perfusão cerebral? Pode ser realizado um dos 2 exames

o Resolução do CFM 1480/1997 Duas avaliações clínicas com intervalo especificado abaixo (pela idade do paciente) e EEG

7 dias a 2 meses -> 48 horas 2 meses a 1 ano 24 horas 1-2 anos 12 horas > 2 anos e adultos 6 horas

Art. 1º. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias.

Art. 2º. Os dados clínicos e complementares observados quando da caracterização da morte encefálica deverão ser registrados no "termo de declaração de morte encefálica" anexo a esta Resolução.

Parágrafo único. As instituições hospitalares poderão fazer acréscimos ao presente termo, que deverão ser aprovados pelos Conselhos Regionais de Medicina da sua jurisdição, sendo vedada a supressão de qualquer de seus itens.

Art. 3º. A morte encefálica deverá ser conseqüência de processo irreversível e de causa conhecida. Art. 4º. Os parâmetros clínicos a serem observados para constatação de morte encefálica são: coma

aperceptivo com ausência de atividade motora supra-espinal e apnéia. Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da

morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado: a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas d) acima de 2 anos - 6 horas

Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca:

a) ausência de atividade elétrica cerebral ou, b) ausência de atividade metabólica cerebral ou, c) ausência de perfusão sangüínea cerebral.

Art. 7º. Os exames complementares serão utilizados por faixa etária, conforme abaixo especificado: a) acima de 2 anos - um dos exames citados no Art. 6º, alíneas "a", "b" e "c"; b) de 1 a 2 anos incompletos: um dos exames citados no Art. 6º , alíneas "a", "b" e "c". Quando optar-se por eletroencefalograma, serão necessários 2 exames com intervalo de 12

horas entre um e outro; c) de 2 meses a 1 ano incompleto - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 24 horas entre

um e outro; d) de 7 dias a 2 meses incompletos - 2 eletroencefalogramas com intervalo de 48 horas entre

um e outro. Art. 8º. O Termo de Declaração de Morte Encefálica, devidamente preenchido e assinado, e os

exames complementares utilizados para diagnóstico da morte encefálica deverão ser arquivados no próprio prontuário do paciente.

Art. 9º. Constatada e documentada a morte encefálica, deverá o Diretor-Clínico da instituição hospitalar, ou quem for delegado, comunicar tal fato aos responsáveis legais do paciente, se houver, e à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos a que estiver vinculada a unidade hospitalar onde o mesmo se encontrava internado.

Obs: essa resolução só saiu em 1997 porque até então eram feitos raríssimos transplantes, devido à ausência de drogas imunossupressoras.

o Resolução 1805/2006: foi suspensa! Permitia ao médico suspender tratamentos e procedimentos que prolonguem a vida do doente em

fase terminal. Transplantes de órgãos e tecidos: aspectos éticos e médico-legais

Page 16: Caderno de Medicina Legal

o História dos transplantes no Brasil 1ª fase: 1965-1987 início do sucesso, mas fracasso em seguida

Procura e alocação a cargo dos centros de transplantes Nenhum controle do MS ou do governo

2ª fase: 1987-1997: Alguns estados e/ou fundações responsáveis pela procura e alocação

3ª fase: 1997-hoje Controle de todo processo de doação-transplante pelo governo

o Lei dos transplantes: 10211/2001 Constituição de 1988: proíbe expressamente o comércio de órgãos e tecidos do corpo humano

Artigo 199 inciso 4º o Código de ética médica: É vedado ao médico:

Art. 43. Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante.

Art. 44. Deixar de esclarecer o doador, o receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes de órgãos.

Art. 45. Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei.

Art. 46. Participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos. Lei 9434/1997:

o CAPÍTULO I: DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem,

para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, não estão compreendidos entre os tecidos a que

se refere este artigo o sangue, o esperma e o óvulo. Art. 2º A realização de transplante ou enxertos de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano só

poderá ser realizada por estabelecimento de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante previamente autorizados pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde

Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde.

o Capítulo 2: DA DISPOSIÇÃO POST MORTEM DE TECIDOS, ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO HUMANO PARA FINS DE TRANSPLANTE.

Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina.

§ 1º Os prontuários médicos, contendo os resultados ou os laudos dos exames referentes aos diagnósticos de morte encefálica e cópias dos documentos de que tratam os arts. 2º, parágrafo único; 4º e seus parágrafos; 5º; 7º; 9º, §§ 2º, 4º, 6º e 8º, e 10, quando couber, e detalhando os atos cirúrgicos relativos aos transplantes e enxertos, serão mantidos nos arquivos das instituições referidas no art. 2º por um período mínimo de cinco anos.

§ 2º Às instituições referidas no art. 2º enviarão anualmente um relatório contendo os nomes dos pacientes receptores ao órgão gestor estadual do Sistema único de Saúde.

§ 3º Será admitida a presença de médico de confiança da família do falecido no ato da comprovação e atestação da morte encefálica.

Art. 4o A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a

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linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.

Art. 5º A remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoa juridicamente incapaz poderá ser feita desde que permitida expressamente por ambos os pais, ou por seus responsáveis legais.

Art. 6º É vedada a remoção post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo de pessoas não identificadas.

Art. 7º Parágrafo único. No caso de morte sem assistência médica, de óbito em decorrência de

causa mal definida ou de outras situações nas quais houver indicação de verificação da causa médica da morte, a remoção de tecidos, órgãos ou partes de cadáver para fins de transplante ou terapêutica somente poderá ser realizada após a autorização do patologista do serviço de verificação de óbito responsável pela investigação e citada em relatório de necrópsia.

Art. 8o Após a retirada de tecidos, órgãos e partes, o cadáver será imediatamente necropsiado, se verificada a hipótese do parágrafo único do art. 7o, e, em qualquer caso, condignamente recomposto para ser entregue, em seguida, aos parentes do morto ou seus responsáveis legais para sepultamento.

o CAPÍTULO III: DA DISPOSIÇÃO DE TECIDOS, ÓRGÃOS E PARTES DO CORPO HUMANO VIVO PARA FINS DE TRANSPLANTE OU TRATAMENTO

Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.

1º grau: pais e filhos 2º grau: avós e irmãos 3º grau: tios 4º grau: primos § 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de

partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.

§ 4º O doador deverá autorizar, preferencialmente por escrito e diante de testemunhas, especificamente o tecido, órgão ou parte do corpo objeto da retirada.

§ 5º A doação poderá ser revogada pelo doador ou pelos responsáveis legais a qualquer momento antes de sua concretização.

§ 6º O indivíduo juridicamente incapaz, com compatibilidade imunológica comprovada, poderá fazer doação nos casos de transplante de medula óssea, desde que haja consentimento de ambos os pais ou seus responsáveis legais e autorização judicial e o ato não oferecer risco para a sua saúde.

§ 7º É vedado à gestante dispor de tecidos, órgãos ou partes de seu corpo vivo, exceto quando se tratar de doação de tecido para ser utilizado em transplante de medula óssea e o ato não oferecer risco à sua saúde ou ao feto.

§ 8º O auto-transplante depende apenas do consentimento do próprio indivíduo, registrado em seu prontuário médico ou, se ele for juridicamente incapaz, de um de seus pais ou responsáveis legais.

Art. 9o-A É garantido a toda mulher o acesso a informações sobre as possibilidades e os benefícios da doação voluntária de sangue do cordão umbilical e placentário durante o período de consultas pré-natais e no momento da realização do parto.

o CAPITULO IV - DAS DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES Art. 10. O transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso do receptor, assim inscrito

em lista única de espera, após aconselhamento sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento.

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§ 1o Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz ou cujas condições de saúde impeçam ou comprometam a manifestação válida da sua vontade, o consentimento de que trata este artigo será dado por um de seus pais ou responsáveis legais

§ 2o A inscrição em lista única de espera não confere ao pretenso receptor ou à sua família direito subjetivo a indenização, se o transplante não se realizar em decorrência de alteração do estado de órgãos, tecidos e partes, que lhe seriam destinados, provocado por acidente ou incidente em seu transporte.

Parágrafo único. Nos casos em que o receptor seja juridicamente incapaz ou cujas condições de saúde impeçam ou comprometam a manifestação válida de sua vontade, o consentimento de que trata este artigo será dado por um de seus pais ou responsáveis legais.

Art. 11. É proibida a veiculação, através de qualquer meio de comunicação social de anúncio que configure:

a) publicidade de estabelecimentos autorizados a realizar transplantes e enxertos, relativa a estas atividades

b) apelo público no sentido da doação de tecido, órgão ou parte do corpo humano para pessoa determinada identificada ou não, ressalvado o disposto no parágrafo único;

c) apelo público para a arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em beneficio de particulares.

Parágrafo único. Os órgãos de gestão nacional, regional e local do Sistema único de Saúde realizarão periodicamente, através dos meios adequados de comunicação social, campanhas de esclarecimento público dos benefícios esperados a partir da vigência desta Lei e de estímulo à doação de órgãos.

Art. 13. É obrigatório, para todos os estabelecimentos de saúde notificar, às centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos da unidade federada onde ocorrer, o diagnóstico de morte encefálica feito em pacientes por eles atendidos.

Parágrafo único. Após a notificação prevista no caput deste artigo, os estabelecimentos de saúde não autorizados a retirar tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverão permitir a imediata remoção do paciente ou franquear suas instalações e fornecer o apoio operacional necessário às equipes médico-cirúrgicas de remoção e transplante, hipótese em que serão ressarcidos na forma da lei.

o CAPÍTULO V - DAS SANÇÕES PENAIS E ADMIMSTRATIVAS

Hoje em dia, o cadastro de doador na carteira de identidade não é mais válido. O que mudou no regulamento técnico:

o Doadores com doença transmissível passam a poder doar para pessoas com a mesma enfermidadeo A ficha do paciente deve estar sempre atualizadao Pessoas menores de 18 anos passam a ter prioridade para receber órgãos de pessoas da mesma idadeo Etc.

Perspectivas para o futuro:o Células tronco

Células criopreservadas Células cultivadas

Causas jurídicas de morteo Tipos de morte

Natural: doenças e envelhecimento, decorrentes de causas não-traumáticas, sem transferência de energia

Violenta: causadas por agentes externos (traumáticos) não relacionados com a curva vital. Ex: acidentes, suicídio, crime

Acidente: não-intencional Homicídio: com delito a apurar Suicídio: sem delito a apurar (a princípio) A perícia deve ser feita obrigatoriamente em todos os casos Afirmar qual desses é não é atribuição do médico legista

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Suspeita: origem violenta só pode ser afasta após exame do local e necropsia (sempre que houver a possibilidade de não ter sido natural a sua causa)

Ocorre sem qualquer justificativa ou de forma duvidosa Sem evidencia de ter sido violenta ou por antecedentes patológicos Cerca de 20% são violentas A perícia deve ser feita obrigatoriamente em todos os casos Cunho médico-legal

Indeterminadao Importância dos tipos de morte

Violentas e suspeitas fazem parte do inquérito policialo Sobrevivência:

Período de tempo que vai do evento danoso até a morte. A morte pode ser: Súbita ou imediata

o Forma inesperada e bruscao Individuo aparentemente com bom estado de saúdeo Entre início e fim do evento – apenas alguns minutoso Sem tempo para atendimento efetivoo Cunho natural ou violento

Naturais: doenças cardiovasculares (arritmias), lesões do SNC (aneurisma cerebral), ruptura de vísceras (aorta abdominal), alterações do TGI

Violentas: asfixias mecânicas, intoxicações e envenenamentos, eletroplessão (eletricidade artificial) e fulminação (eletricidade natural, sinal de Lichtenberg), acidentes operatórios

Mediatao Possibilita à vítima sobrevivência de algumas horaso Permite alguma forma de providênciao CID-10: ocorrem em menos de 24 horas do início dos sintomas (até 48h na prática)

Agônicao Prolonga por dias ou semanas após a eclosão da causa básica

Morte súbita, mediata e agônica Avaliar local de ocorrência Provas testemunhais Necropsia Exames complementares

o Toxicológicoo Anatomia patológica + docimásias histológicas (hepática/supra-renal)o Docimásias químicas (hepática e supra-renal)

Hepática Química: baseia-se na pesquisa de glicogênio e glicose Se presentes: fígado espoliado = morte agônica

Supra-renal: Reserva de adrenalina depletada na morte agônica Histológica: colorido castanho claro na cápsula (depleção)