Caderno Quarta Colônia - Edição 227

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    Informe ComercialSexta-feira, 22 de abril de 2011

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    Pgina 7Pgina 7

    Informe Comercial22 de Abril de 2011 Edio 227

    ReceitaFaa pudim

    de laranja e cocoPgina 2

    ArtigoA convivncia entre

    homens e animaisPgina 6

    CrnicaLembranas de

    Santos AnjosPgina 2

    CatolicismoUm jovem padre une

    duas comunidadesPgina 3

    FotoMaiquelRosauro

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    Sempre que escuto naquele tempo,lembro a homilia e fico com a im-presso de que qualquer coisa quevenha a ser relatada depois desse ad-verbial ocorreu h muito, mas muitotempo mesmo. Num mundo marca-do pela instantaneidade das coisas, fa-tos ocorridos literalmente no sculopassado parecem mesmo aconteci-mentos dos quais s tomamos conhe-cimento atravs dos livros, ou das his-trias relatadas por nossos pais e avs.Por isso voltar a esse passado reto-mar acontecimentos de parte de mi-nha infncia vivida em Santos Anjos,distrito de Faxinal do Soturno. E nessas horas que fico com uma invejaboa - ser que existe isso? - das pesso-as que narram, em detalhes, passagensde sua vida, lembrando datas, fatos epersonagens, como se os aconteci-mentos tivessem ocorrido h poucotempo. Se bem que muitas vezes, aoescutar tais relatos, fico mentalizando,maliciosamente, se realmente so fa-

    tos reais, ou imaginaes que se tor-naram verdades de tanto serem con-tadas. Bem, mas isso pouco importaagora, afinal voc pode estar se per-guntando em qual das opes anteri-ores estar o contedo de minha his-tria. Na verdade, o que me levou aesse conjunto de reminiscncias foidespertado por recente artigo daQuarta Colnia sobre esse pequenolugar que me viu crescer. Meu pai,Armando, natural de Santos Anjos,e minha me, Maria Lorena, de ValeVerons. Curiosamente, apesar de

    crescerem em lugares vizinhos, vierama se conhecer, namorar e casar aqui emSanta Maria, onde nasci, bendito en-tre quatro mulheres e, porconsequncia, candidato natural ao pos-to de queridinho da mame, ainda quepossa haver quatro restries em rela-o a isso. Mas, voltando reporta-gem, ao visualizar algumas fotos de cri-anas brincando em frente igreja, nopude deixar de enxergar aquelas ima-gens por outra perspectiva. Diante dojornal estavam os olhos de quem tam-bm corria naquele espao, no na praade hoje, mas num enorme gramado aolado da casa da av. E o sorriso daque-las crianas no jornal foi uma espciede senha para um retorno ao passado.Assim, numa sequncia instantnea defatos, l estava este menino na cozi-nha, com o sol ainda por nascer,deliciando-se com a polenta que semisturava ao salame na chapa do fo-go lenha da v Rosa. Descrever asatividades do resto do dia redundn-

    cia para tudo o que se conhece comobrincadeiras de criana, por isso pas-seios a cavalo, futebol com os primose at mesmo visitas ao depsito defumo em corda do Tio Bibo preen-chiam aqueles dias das minhas friasde criana. No vou me alongar, poiscertamente estarei entrando naquela se-gunda opo e passarei a contar even-tos que esto s na minha imaginao,mas reencontrar Santos Anjos nas ima-gens foi recompor uma passado quefaz da Quarta Colnia, parte de mi-nha histria, o meu pedao de cho.

    Bons exemplos

    Da Redao

    Paulo Cervi,

    professor de Portugus, Literatura e Redao

    Naquele tempoem Santos Anjos... As comunidades quilombolas de Restinga Sca do um exemplo deempreendedorismo na Quarta Colnia. Com poucos recursos, mas com muita

    dedicao eles se uniram para produzir e comercializar em conjunto os produ-tos que aprenderam a fazer com seus antepassados. E como voc ver na pgina7, eles ainda tm planos bem ousados para o futuro.

    Na pgina ao lado, um interessante caso de Pinhal Grande. A cidade dividida em dois grandes bairros e cabe a um jovem padre catlico a misso deunir as duas comunidades. Atravs de procisses e eventos da doutrinacarismtica, ele est conseguindo mudar a realidade local.

    Boa leitura!

    Maiquel Rosauro, jornalista

    Este informe comercial circula encartado nos jornais Dirio de Santa Maria e Zero Hora em 37cidades do Centro de Distribuio de Santa Maria e Centro de Porto Alegre.Escritrio RBS Jornais Santa Maria

    Avenida Maurcio Sirotsky Sobrinho, 25, Bairro Patronato. Telefone (55) 3220-1844. Santa Maria-RSGerente comercial: Ronaldo Carvalho - e-mail: [email protected]: Plano Comunicao Ltda e departamento comercial dos jornais Dirio de Santa Maria eZero HoraPlanejamento e marketing: Deane Falco - e-mail: [email protected] comercial: (55) 3220-1824Jornalista responsvel: Maiquel Rosauro (MTb/RS 13334). Contato pelo fone (55) 96811384 ou peloe-mail [email protected] grfico/diagramao/arte final: Andr Machado FortesFoto da Capa: Maiquel Rosauro

    Expediente

    Pudim de Laranja e CocoFoto Divulgao

    Envie ou pea uma receita tpica da Quarta Colnia voc tambm.

    Entre em contato atravs do e-mail [email protected].

    Ingredientes:Calda1 xcara de acar

    Pudim1 lata de leite condensado lata de suco de laranja vidro de leite de coco1 pacote pequeno de coco ralado4 ovos

    Modo de preparo:CaldaDerreta o acar em uma panela ecaramelize a forma de pudim.

    PudimBata todos os ingredientes noliquidificador e despeje na forma

    Envie uma crnica sobre a Quarta Colnia voc tambm. Os textos devem ter entre 20 e

    25 linhas. Junto ao texto, mande seu nome completo, nmero de identidade e telefone para

    contato. As crnicas devem ser enviadas para o e-mail [email protected].

    A foto do leitordesta edio foicaptada porGracile InsSimon no cumedo Morro Agudo.Ao fundo, esto asavouras de arroz.

    Mande voctambm a suamagem dos belosugares da Quar-

    ta Colnia.

    caramelizada. Leve ao forno em ba-nho-maria por cerca de 1h30min. De-pois de frio, leve a geladeira por cer-

    ca de 6 horas. Desenforme e sirva.

    Receita enviada pela leitoraCristinaDalmolin, de Pinhal Grande.

    Foto Gracile Ins Simon / Arquivo pessoal

    Agudo

    Envie sua foto!

    Envie a fotografia para o e-mail [email protected] com seu nome completo, nmerode identidade, cidade em que reside, telefone para contato e uma breve descrio da foto.

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    Notcias

    > Maiquel Rosauro

    Padre Pablo Zanini, 30 anos, umdos sacerdotes mais jovens daArquidiocese de Santa Maria, mascabe a ele uma das misses mais difceisda Igreja Catlica na Quarta Colnia:unir as comunidades So Jos e Limeira,de Pinhal Grande. A cidade divididaentre os dois grandes bairros, unidos poruma via que recebeu, no por acaso, onome de Avenida Integrao. A Admi-nistrao Pblica percebeu que no de-veria deixar nenhum bairro desconten-te e construiu a Prefeitura Municipal

    exatamente no meio da avenida. Mascomo no esto nos planos da Igreja umnovo templo, resta ao jovem proco en-contrar formas de manter as comuni-dades unidas.

    A matriz fica na Igreja So Jos, bair-ro com cerca de 700 habitantes, na par-te baixa da cidade. J Limeira fica naparte alta e conta com a Capela So JooMaria Vianei, que no to bela quantoa matriz, mas que tem maiormobilizao popular graas aos mais demil habitantes. H uma distncia de cin-co quilmetros entre os dois bairros.

    Padre Pablo natural de Formigueiroe tornou-se sacerdote em 8 de dezem-

    Um jovem padre tem a misso

    de unir duas comunidades Foto Maiquel Rosauro

    Padre Pablo Zanini atua h dois anos como proco em Pinhal Grande

    O Coral Municipal Agudo EnCantoparticipou da festa Integrao Cultural,em So Joo dos Mellos, 3 distrito de

    Jlio de Castilhos, no dia 3 de abril. Oevento foi promovido pelo Jardim dasEsculturas e Associao Pr-Turismo deSo Joo dos Mellos.

    A programao comeou com uma

    Coral de Agudo esteve presente em festa de integraomissa que teve a apresentao do coralde Agudo e do grupo castilhense VocalVozes da Terra. Tambm foi realizadauma mateada na praa, almoo, apre-sentaes de artistas locais e regionais,passeio de jabiraca (carro de boiestilizado), visita ao Jardim das Escul-turas e caf colonial.

    Foto Erni Bck

    Coral seapresentou

    em So Joodos Mellos

    bro de 2007. At 31 de janeiro de 2009,quando assumiu a Parquia de PinhalGrande, ele atuava como vigrio na Pa-rquia de Nova Palma. Quando chegoua Pinhal, ele logo notou o clima dividoentre os dois bairros.

    - Era muito difcil fazer eles se mobi-lizarem para participar de eventos embairros diferentes, at a liturgia em cadabairro tinha suas peculiaridades. Mas naminha primeira assemblia paroquialcomecei a me impor e organizar a par-quia para mudar esta diviso - relata.

    A Sexta-Feira Santa, que antes s ti-nha eventos em So Jos, ganhou uma

    via-sacra encenada, organizada pelos con-selhos paroquiais dos dois bairros, quepercorre toda a Avenida Integrao. Jas festas catlicas dos santos padroeirosagora tambm envolvem as duas comu-nidades.

    - Subir avenida a p cansa, muitosquerem desistir na metade do caminho,mas eu sempre procuro levantar o ni-mo do pessoal porque a parquia no feita sem unio - explica o padre.

    Na tarde de hoje, os fiis mais umavez subiro a avenida para acompanhara via-sacra encenada. Catlicos de todasas 16 de comunidades de Pinhal Gran-de devem estar presentes.

    Nestes dois anos frente da parquia,o sacerdote conquistou muitas mudan-as, como tornar as comunidades maisflexveis a participar de eventos em con-

    junto. Alm de ser proco em Pinhal,padre Pablo o diretor espiritual daRenovao Carismtica da Arquidiocese.Coube a ele quebrar o tom formal da

    Igreja no municpio e realizar eventoscomo o Carnaval com Jesus, que uniapregao e louvor, e o Maranatha, showde evangelizao realizado no Natal.Uma vez por ms ele percorre cada umadas comunidades do interior e durantese semana se esfora para atender pro-porcionalmente So Jos e Limeira.

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    Em Foco

    Silveira MartinsO Restaurante Val de Buia foi a palco da tradicional Noite

    de Tango, em 9 de abril. O evento promovido pela bailarina Astrid Balsells foi um enorme sucesso.

    Fotos Maiquel Rosauro

    > Benonio e Marlene Terra

    > Jos Carlos e Adila Rocha

    > Ricardo Capuano e Maria Beatriz Medeiros Leal

    > Ndia e Alexandre Mena Barreto> Heitor e Cleusa Ludwig

    > Rocco e Jane Di Mare

    > Elton e Eliane Colussi> Salomo Bursztejn e Elina Cassal Costa

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    MarianeDallasta eFernandaHolschuk

    Camila Piveta eCamila Baldissera

    FotosVagnerMartins/www.sitezoom.net

    Na Balada

    Faxinal do SoturnoVeja mais fotos em www.sitezoom.net

    A programao fornecida pelas prefeitu-ras municipais e instituies promotoras.Qualquer alterao no de responsabili-

    dade do Caderno Quarta Colnia.

    AgendaNova Palma

    Baile da CervejaQuando: Sbado (23 de abril)Onde:Vila CruzHorrio: 23h30minInformaes: (55) 9611-6580

    Atrao: Banda Calmon

    AgudoBaile de Pscoa e Boate

    Quando: Sbado (23 de abril)Onde: Salo Verde, no RincoDespraiadoHorrio: 23h

    Torneio de Futebol CategoriaVeteranos - Taa Pedro

    A. MullerQuando: Domingo (24 de abril)Onde: ACAHorrio: 9h

    Daniele DallaFavera e

    KarineRossato

    TeLiga!Aiesec Santa Maria seleciona intercambistas

    A Aiesec Santa Maria est comseleo aberta para intercambistas, pormeio da pgina www.aiesec.org.br/santamaria. A Aiesec uma organiza-

    o internacional gerida por estudan-tes, presente em mais de 110 pases,que visa ao desenvolvimento pessoale profissional de seus membros. Paraisso, oportuniza intercmbios para osmais diversos pases. Na prxima ter-a-feira, 26 de abril, s 13h, na Sala 1135do Centro de Artes e Letras (CAL) - prdio 40 do campus da UFSM - serrealizada uma palestra informativa sobre os intercmbios. A Aiesecoportuniza a estudantes universitrios e a recm-formados intercmbi-os sociais e profissionais para os cinco continentes.

    Colabora!Se voc tem dicas de bandas ou blogs, mande para ns

    atravs do e-mail: [email protected].

    Foto Divulgao

    Cineclube

    A entrada no cineclube gratuita.

    Cineclube OrionFilme: O Chamado de Deus

    Quando: Quinta-feira (28 de abril)

    Onde: Avenida Jlio de Castilhos, 676, sala 2, em Restinga Sca

    Horrio: 19h

    Luiza Martins Mathiase Tafarel Balzan

    Luiza ZemolinColetto e FernandaBonadimann

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    Condesus

    Animais selvagens em contato com populaesurbanas e rurais - oportunidade de convivncia

    pacfica entre o homem e animais

    As cidades ao serem fun-dadas ocuparam regiesonde antes existia vegeta-o nativa. Em SantaMaria (RS), assim como

    em muitas cidades brasi-eiras, ainda existem locais na periferiaou dentro das cidades onde existem re-as verdes (parques, propriedades parti-culares ou da unio, etc...).

    Animais silvestres comuns permane-ceram ou se instalaram nesses locais,principalmente aves e mamferos. O cres-cimento das cidades, inevitavelmente,faz com que essas reas verdes sejam re-tiradas. Grandes condomnios, prdioscomerciais e diversas outras construesocupam esses locais.

    As espcies animais so, em geral,mortas ou afugentadas quando tambmso atropeladas em estradas prximas sreas verdes.

    Em municpios das regies Centro-Oeste e Norte do pas, onde existemgrandes regies com matas ainda preser-vadas, o contato de animais com a po-pulao muito mais frequente. Embairros afastados do centro de CampoGrande, por exemplo, animais como acapivara (Hydrochoerus hydrochaeris)tamandu mirim (Tamanduatetradactyla), jaguatirica (Leopardus

    pardalis), gambs (Didelphis sp) e co-bras como a jibia (Constrictusconstrictus) aparecem na periferia da ci-dade. Esses animais quando recolhidospela Polcia Militar Ambiental ou Cor-po de Bombeiros so encaminhados parao CRAS (Centro de Reabilitao de

    Animais Silvestres). O resgate detamandus, gambs, passarinhos,sucuris, jibias, alm de atropelamentode onas, tem se tornado dirio nas ocor-rncias da Polcia Ambiental (PMA) em

    estradas e rea urba-na de cidades doMato Grosso do Sul(MS), estado deten-tor de grande partedo Pantanal, maiorplancie alagada domundo, que se esten-de por todo o estado, e habitada por umafauna de milhares de mamferos, aves,rpteis e peixes.

    Nas regies rurais os animais silvestresaparecem mais frequentemente. Espe-cificamente, na regio de Santa Maria eQuarta Colnia, algumas espcies tem al-gum tipo de relao com a populao.

    O cachorro-do-mato (Cerdocyonthous) devido a sua pouca ferocidade con-vive com agricultores. Em alguns casosos filhotes so adotados como cachorrosdomsticos. O jacuau (Penelope obscu-ra), uma ave comum na regio, se alimen-ta junto com as galinhas. Outros animais,entretanto, como os tatus e lebro (Lepuseuropaeus) so utilizados como alimen-to. As avoantes (Zenaida auriculata) soafugentadas ou caadas pelo ataque s

    plantaes em busca de gros. Os ouri-os cacheiros (Coendou prehensilis) emgeral so afugentados ou mortos pelo pe-rigo que oferecem e pelo ataque a cachor-ros domsticos (Canis familiaris). As es-pcies de aves, quando no so caadasnas passarinhadas, tm uma convivnciamais harmnica tanto nas cidades quan-to nas zonas rurais. Outros animais po-dem ser vistos como o gamb-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), mo pe-lada (Procion concrivorus), gatos-do-

    mato (Leopardus sp.),furo (Galictis cuja).Inclusive, existem re-latos de cachorros-do-mato em rea verde dasede campestre de umclube em Santa Maria.

    Algumas doenaspodem ser causadas por algumas esp-cies de mamferos, mas geralmente to-das essas espcies no oferecem perigoss pessoas. O ataque que ocorre exclusi-vamente para sua defesa o perigo maisiminente. Isso, contudo, pode ser evita-do se o animal no for molestado.

    Os empreendedores de construesfeitas nas cidades precisam seguir a le-gislao quanto a animais silvestres, no-tificando a presena das espcies e soli-citando providncias para sua retirada.

    No o que se v acontecer. Os animaisso afugentados, mortos ou aprisionados.

    As pessoas que geralmente tem essescontatos so pessoas simples, pequenosagricultores, moradores das periferias,trabalhadores da construo civil e deempresas que fazem o trabalho inicial

    de terraplanagem. Todas essas formasde contato e suas consequncias so re-alizadas sem grandes intenes de caaou maus tratos aos animais, mas pordesinformao, comodismo e ausnciade orientao dos rgos que tratam di-retamente do problema. Em ambas assituaes, nas cidades e zonas rurais, aconduta mais correta a notificao aosrgos competentes sobre essa situa-o de animais selvagens vistos e queestejam causando algum tipo de pre-

    juzo ou que estejam perdendo seuespao, e que precisam ser retiradospara outro local. Dependendo daquantidade de animais na regio, osmesmos devem ser remanejados paraoutra rea com semelhante condiode sobrevivncia. O aprisionamento emorte desses animais se constituemem crime ambiental.

    Apesar de ter sido originalmente ohomem que invadiu o local das espci-es, a presente situao a dos animaisinvadirem o espao humano. preci-so que nesse contato haja responsabili-dade por parte das pessoas e do poderpblico. Cabe aos administradores emcargos de deciso nas esferas municipais,estaduais e federal voltar sua ateno paraesse problema, bem como empresas quepossuem reas verdes particulares sobsua guarda. A legislao que cuida des-se problema ampla e no pode serdesconsiderada. Os animais no podemser tratados apenas como um empeci-lho em uma rea que se encontra envol-vida no processo de crescimento das ci-dades e das zonas rurais.

    Gilson SantanaBilogo - Mestre em biodiversidadeanimal pelo PPGBA da UniversidadeFederal de Santa MariaContato: [email protected]

    Fotos Gilson Santana / Arquivo pessoal

    A grandeza de uma naopode ser julgada pelomodo que seus animais

    so tratados.Mahatma Gandhi

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    Notcias

    > Maiquel Rosauro

    Restinga Sca possui duas comu-nidades quilombolas, So Miguele Martimianos, fundadas por ex-escravos no final do sculo XIX. Hoje,so cerca de 200 famlias que tem comoprincipal fonte de renda a agricultura.Porm, h dez anos eles formaram umacooperativa de farinceos que j se con-solidou no mercado restinguense.

    A Cooperativa Alternativa de SoMiguel Ltda (Coopasa) tem hoje 21 as-sociados. No ano passado, foi inaugura-

    da a sede prpria da entidade, s mar-gens da RS 149, com recursos do Minis-trio do Desenvolvimento Agrrio(MDA) e apoio da Prefeitura Municipalde Restinga Sca. No local, so feitos pro-dutos a base da farinha de trigo e doamendoim, como cucas, pes, palitinhos,cucas recheadas, rapadura, cueca virada,bolachas e po de amendoim.

    - Nossos antepassados j produziamestes alimentos, aprendemos tudo com

    Quilombolas se unem para

    fazer bons negcios Fotos Maiquel Rosauroeles - explica a presidente da Coopasa,Vera Lucia Lima.

    Na sexta-feira, os associados costumamse reunir cedo para preparar os produtos.

    A cooperativa possui um veculo que fazo transporte das mercadorias para a cida-de. A comercializao ocorre de porta emporta e tem clientes fixos.

    Grande parte da populao deRestinga Sca formada por descenden-tes de italianos, alemes e portugueses.Povos com uma cultura gastronmicaforte, mas que se renderam as delciasquilombolas. O carro-chefe o

    palitinho, um apetitoso salgado que levaum toque de organo.- Ns vendemos para todo mundo.

    Os alemes, por exemplo, gostam decomprar nossa cuca e alguns palitinhosde manh cedo para tomar com caf -relatava Vera Lucia.

    Conforme a presidente no h neces-sidade de vender para outros municpi-os, uma vez que os prprios restinguensesabsorvem todos os produtos. Porm, est

    Vera Lucia Lima, Sebastio de Sousa, Josiane Alves, Adlio Carvalho e JeaneMaria Alves (da esquerda direita) no local de produo

    Contato

    Se voc for de fora de Restinga Sca e

    quiser conhecer os produtos, entre em

    contato com a Coopasa pelo fone (55)

    9973-6653 ou pelo e-mail cooperativaqui

    [email protected].

    nos planos de Vera Lucia aumentar a sedepara alavancar a produo. A estratgia angariar recursos pblicos.

    - Somos bem recebidos na Prefeitura deRestinga, mas tambm estamos indo atrsda ajuda dos deputados - argumenta.

    Os associados tm entre 24 e 79 anos,todos moradores das duas comunidades.No final do ms, o dinheiro que entrapaga as contas e o que sobra divididoentre os empreendedores. Mas tambmh espao para novos investimentos.

    Segundo o associado Sebastio deSousa, um dos objetivos montar umfeiro em frente sede da Coopasa eprofissionalizar ainda mais a produo.

    - Queremos colocar um ou dois pro-dutos em embalagens com a nossa mar-ca e vender para os supermercados - pro-

    jeta Sousa. bem provvel que este projeto no

    fique apenas no papel. Os quilombolasesto sempre procurando se atualizar.Eles j receberam avaliaes de tcnicosda Universidade Federal de Santa Maria(UFSM) e da Universidade Federal deSanta Catarina (UFSC) e tambm j fi-zeram o curso Empretec, do Sebrae.

    Sede da Coopasa fica s margens da RS 149, em direo a cidade

    Cucas recheadas so outraopo quilombola

    No h estoque, pes socomercializados logo aps produzidos

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    Notcias

    Jovens recebem novosequipamentos de atletismo

    Foto Fundao ngelo Bozetto

    Crianas e adolescentes de Faxinaldo Soturno e Ivor que partici-pam do Ncleo de Atletismo da

    Fundao ngelo Bozetto receberamnovos equipamentos, em 15 de abril. Fo-ram entregues cerca de 80 equipamen-tos para a prtica de atletismo como sa-patilhas, cronmetros profissionais, me-didor de distncia, discos de arremesso,colches e barra transversal para salto emaltura e colchonetes.

    Durante a solenidade de entrega, re-alizada na pista atltica Onildo SarziSartori, em Ivor, a diretora da Nova Pal-

    ma Energia e presidente da Fundaongelo Bozzetto, Mariza StivaninBozzetto, lembrou do esforo para con-seguir os recursos.

    - Para conseguirmos estes materiais nofoi fcil. Fazer projetos uma trajetriadifcil, demanda muita gente e tempo.

    Foram entregues cerca de 80 equipamentos para a prtica de atletismo

    Mas vale a pena o esforo - comentou.Os recursos para a compra do mate-

    rial chegaram atravs de um projeto cri-ado pela fundao no ano passado, quan-do foi encaminhado e aprovado pelaFundao de Esporte e Lazer do RioGrande do Sul (Fundergs). No total, fo-ram investidos R$ 12 mil pela Fundergs,com uma contrapartida de R$ 2,4 milda Fundao ngelo Bozzetto.

    O Ncleo de Atletismo um espaocriado pela Fundao ngelo Bozzettoem parceria com as duas prefeituras eque proporciona o aperfeioamento da

    modalidade esportiva a crianas e ado-lescentes at 17 anos. Atualmente soatendidos cerca de 80 alunos no turnoinverso ao da escola. Os jovens so pre-parados para competies estaduais erecebem orientaes de relacionamentointerpessoal, respeito e ajuda mtua.

    A Secretaria Municipal da Sade deFaxinal do Soturno inicia na prxima se-gunda-feira a campanha de vacinaocontra o vrus Influenza. Os faxinalensespodero se vacinar at o dia 13 de maio.Podem receber a vacina os idosos acimade 60 anos, gestantes, crianas na faixaetria de 6 meses a 1 ano, 11 meses e 29dias, e os profissionais da rea da sade.

    Segundo a enfermeira Liana Moro, nodia 30 de abril o posto de sade do mu-

    A Secretaria Municipal de Educa-

    o de Restinga Sca est com inscri-es abertas para a pr-matrcula doscursos de capacitao do ProgramaNacional de Formao Continuada aDistncia, que faz parte das aes doFundo Nacional de Desenvolvimen-to da Educao (FNDE) - Formaopela Escola. O programa visa acapacitao de profissionais de ensi-no, tcnicos e gestores pblicos mu-nicipais e estaduais, representantes dacomunidade escolar e da sociedadeorganizada.

    O 4 Grupamento de Polcia Militar(GPM) de So Joo do Polsine realizoua 7 edio do projeto Polcia Cidad,em 13 de abril. A programao teve in-cio s 9h30min no Posto de Sade doMunicpio. Foram tratados assuntos re-

    ferentes ao atendimento de emergnciaem caso de acidente na RS 149 e o des-

    Integrantes do Lions Clu-

    be de Agudo foram at oAbrigo Transitrio Amor Per-feito, no Rinco Despraiado,ensinar os jovens a confeccio-nar pirulitos de chocolate de-corados para a Pscoa. O pa-trocnio dos materiais foi daAssistncia Social do Munic-pio de Agudo. As crianasaprenderam a moldar, deco-rar e embalar para presente.

    A oficina de chocolateocorreu no dia 9 de abril, jno dia seguinte foi realizadoum mutiro para pintura noprdio. As tintas foram doa-

    das pela loja Quero-Quero.

    Curso de Formao pelaEscola com inscries abertas

    Os formulrios encontram-se a dis-

    posio na Secretaria de Educao etambm na Secretaria do Plo, at odia 29 de abril. Sero ofertados osmdulos: Programa Dinheiro Diretona Escola (PDDE) e Fundo de Ma-nuteno e Desenvolvimento da Edu-cao Bsica e de Valorizao dos Pro-fissionais da Educao (FUNDEB).Os mdulos sero realizados duranteos meses de maio e junho, com cargahorria de 40 horas. O candidatodeve ter e-mail e noes bsicas deinformtica.

    Segunda-feira comeavacinao contra o Influenza

    nicpio e do distrito de Santos Anjos es-taro abertos durante todo o dia pararealizar a vacinao.

    O vrus Influenza uma doena respi-ratria aguda, causada pelo vrus H1N1,conhecida tambm por gripe A. Ele transmitido de pessoa a pessoa, princi-palmente por meio da tosse ou espirro ede contato com secrees respiratrias de

    pessoas j infectadas. Para mais informa-es ligue para (55) 3263.2572.

    Polcia e comunidade discutiramquestes de sade pblica

    locamento da ambulncia e material deprimeiro socorro.

    Tambm foram debatidas questes re-ferentes ao atestado mdico de leso cor-poral fornecido aos indivduos presos pelaBrigada Militar em flagrante ou por or-

    dem Judicial e o servio de monito-ramento do combate a dengue.

    Jovens de abrigo transitrioganharam oficina de chocolate

    Jovens aprenderam a fazer chocolate em Agudo

    Foto Erni Bck