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CADERNOS DE PESQUISA · 2019. 7. 2. · Thiago Henrique dos Santos e Aline de Oliveira Colombo 19-25 Estudo das embalagens primárias alumínio/PVC/PVDC em medicamentos sólidos no

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  • Faculdade Metropolitana de Anápolis | https://www.faculdadefama.edu.br | Cadernos de Pesquisa |

    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 1

    CADERNOS DE PESQUISA F a c u l d a d e M e t r o p o l i t a n a d e A n á p o l i s – F A M A

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 2

    CADERNOS DE PESQUISA F a c u l d a d e M e t r o p o l i t a n a d e A n á p o l i s – F A M A

    Com periodicidade semestral, o periódico Cadernos de Pesquisa

    publica trabalhos originais, inéditos, com mérito científico, que

    contribuam para o estudo das diversas áreas do conhecimento

    associado às atividades de pesquisa desenvolvidas por professores e

    estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela

    Faculdade Metropolitana de Anápolis - FAMA. O objetivo é

    possibilitar a integração acadêmica e o intercâmbio científico e

    institucional. Os Cadernos de Pesquisa adotam a versão on-line, em

    sistema de publicação continuada de textos completos, resumos

    expandidos e resumos simples. Recomendamos aos autores a leitura

    atenta das Diretrizes aos Autores antes de submeterem seus trabalhos

    aos Cadernos de Pesquisa.

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 3

    E X P E D I E N T E

    CORPO EDITORIAL

    EDITORES

    Eliseu Vieira Machado Júnior, Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade

    Estadual de Goiás (UEG)

    Fernando Lobo Lemes, Universidade Estadual de Goiás e Faculdade Metropolitana de

    Anápolis (FAMA)

    COORDENAÇÃO GERAL

    Reinan de Oliveira da Cruz, Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA)

    COORDENAÇÃO DE TRABALHO DE CURSO

    Camila Hofmann dos Santos, Faculdade Metropolitana de Anápolis (FAMA)

    CONSELHO EDITORIAL

    Profª. Drª. Ernna Herida Domingues de Oliveira (FAMA)

    Prof. Dr. Felipe Correa Veloso dos Santos (FAMA)

    Prof. Dr. Fernando Lobo Lemes (FAMA)

    Profª. Drª. Janaina de Moura Oliveira (FAMA)

    Profª. Drª. Lúcia Coelho Garcia Pereira (FAMA)

    Prof. Dr. Marcelo do Nascimento Gomes (FAMA)

    Profª. Drª. Marcia Sumire Kurogi Diniz (FAMA)

    Prof. Dr. Rafael Choze (FAMA)

    Prof. Dr. Ronice Alves Veloso (FAMA)

    Prof. Dr. Vinicius Almeida Oliveira (FAMA)

    REVISÃO

    Luane Rosa Soares

    Marcia Costa

    ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

    Ana Paula Fernandes de Melo

    CADERNOS DE PESQUISA

    Faculdade Metropolitana de Anápolis | FAMA

    Av. Fernando Costa, 49 - Vila Jaiara St. Norte, Anápolis - GO, 75.064-780

    Telefone: (62) 3310-0000

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 4

    FICHA CATALOGRÁFICA

    F195c Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA

    Caderno de pesquisa: entre medicamentos e indústria farmacêutica: aspectos da

    produção do conhecimento em farmácia. / Eliseu Vieira Machado Junior, Fernando

    Lobo Lemes (Editores); Reinan de Oliveira da Cruz, Camila Hofmann dos Santos

    (Coordenadores.) – 1. ed. – Anápolis, 2018.

    111 p.

    Volume 1, Número 1

    Formato: PDF

    Inclui Referências bibliográficas

    ISBN: 978-85-69676-08-9 (Recurso Eletrônico)

    1. Medicamentos – Indústria farmacêutica. 2. Medicamentos – qualidade. 3.

    Resíduos medicamentosos. 4. Análise de medicamentos. 5. Medicamentos genéricos.

    I. Machado Junior, Eliseu Vieira. II. Lemes, Fernando Lobo. III. Cruz, Reinan de

    Oliveira da. IV. Santos, Camila Hofmann dos. V. Faculdade Metropolitana de

    Anápolis - FAMA. VI. Título.

    CDU – 615:66

    Fonte: Bibliotecária Vanessa Severo de Moraes – Faculdade FAMA CRB-1 1806.

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 5

    S U M Á R I O

    Cadernos de Pesquisa, volume 1, número 1 (2018)

    Dossiê: Entre medicamentos e indústria farmacêutica: aspectos da

    produção do conhecimento em Farmácia

    Editorial 06-06

    Artigos

    Perfil epidemiológico do diabético Tipo 2 Michelle da Silva Ramos, Adriano Honorato Nascimento e Camila Hofmann

    dos Santos

    08-18

    Pesquisa sobre a qualidade das polpas de abacaxi produzidas e comercializadas

    na cidade de Anápolis

    Thiago Henrique dos Santos e Aline de Oliveira Colombo

    19-25

    Estudo das embalagens primárias alumínio/PVC/PVDC em

    medicamentos sólidos no Brasil Letícia Bandeira de Lucena, Daniel José Azevedo e Klever Mendes Campos Júnior

    26-34

    Avaliação do grau de aceitação dos medicamentos genéricos em

    uma drogaria no município de Anápolis Claudiane Carvalho Moura, Maria Patricia Eduardo de Souza

    e

    Flaubertt Santana de Azeredo

    35-48

    O Manejo e descarte de resíduos medicamentosos feitos por

    discentes de uma Instituição de Ensino Superior em Anápolis –

    Goiás

    Regimar Gomes Rosa Amara, Wanessa da Silva Alvino, Flávia Leal Vieira e Márcio Martins de Lima

    49-62

    Uso indiscriminado de antibacterianos em uma instituição de

    ensino superior de Anápolis-GO

    Jenyffer Lorrayne Bolba de Melo, José Luís Rodrigues Martins e

    Sueza Abadia de Souza Oliveira

    63-75

    Análise do perfil de uso de fármacos inibidores da bomba de

    prótons em uma comunidade acadêmica da cidade de Anápolis-

    Goiás Hayane Cristina de Souza Pinto, Raquel Francisca de Assis

    Barbosa, Milena Moreira Lima e Getúlio Gomes Junqueira

    76-88

    Análise do teor e uniformidade em comprimidos de ibuprofeno

    600mg por titulometria

    Lígia Batista de Souza Santana, Polliana Araujo Ribeiro, Rafael Choze, Marcelo Garcez e Reinan de Oliveira da Cruz

    89-98

    Água Farmacêutica: desvios da qualidade identificados em uma

    indústria farmacêutica no município de Anápolis-Go Cláudia Roberta Alves Mendes e Thiago Soares Silva Ribeiro

    99-112

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 6

    E D I T O R I A L

    É com grande satisfação que entregamos ao público a primeira edição dos Cadernos de Pesquisa da

    Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA através do dossiê Entre medicamentos e indústria

    farmacêutica: aspectos da produção do conhecimento em Farmácia. Resultado de pesquisas

    afinadas com temas atuais que contribuem para a compreensão de problemáticas associadas às

    atividades no campo da Farmácia, esta edição apresenta reflexões ligadas, em boa medida, à

    produção científica produzida por professores-pesquisadores e acadêmicos do curso de Farmácia

    (Bacharelado) da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.

    Cumprindo um dos seus importantes papéis como instituição de ensino superior, por meio do

    periódico Cadernos de Pesquisa a Fama disponibiliza à comunidade acadêmica – leitores,

    especialistas e interessados em geral – um conhecimento afinado com as mais modernas técnicas de

    pesquisa e ensino, estendendo, inclusive ao público leigo, a possibilidade de acesso a informações e

    reflexões de alto nível sobre temas da maior importância para o avanço e o desenvolvimento da

    comunidade local e, porque não dizer, da sociedade brasileira.

    O dossiê que ora apresentamos constitui-se no resultado direto das intervenções e

    investimentos na produção acadêmica por meio de estímulos e desafios permanentes que visam

    estabelecer conexões cada vez mais próximas entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão no

    interior da comunidade acadêmica. Por este caminho, a Faculdade Fama promove uma ligação

    essencial entre o conhecimento produzido no ambiente universitário – isolado da comunidade

    externa em função de suas características e especificidades – e os demais espaços de interação

    sociais. Contribui, assim, para a produção de conhecimentos inovadores, estimulando o

    amadurecimento das relações sociais locais e, sobretudo, das atividades profissionais –

    principalmente daquelas de caráter social e econômico associadas aos temas das pesquisas agora de

    domínio público.

    Esperamos, portanto, que os estudos apresentados possam contribuir, de um lado,

    incrementando os debates por meio dos resultados de pesquisas e, de outro lado, através da

    provocação à reflexão, cujos efeitos podem muito bem atrair novos estudantes e pesquisadores para o

    jogo incessante que caracteriza o processo de produção de novos conhecimentos.

    Eliseu Machado

    Fernando Lemes

    Editores

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 7

    ARTIGOS

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 8

    PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO

    DIABÉTICO TIPO 2

    Michelle da Silva Ramos1 Adriano Honorato Nascimento2

    RESUMO

    O Diabetes Mellitus é uma doença que ocorre devido a uma deficiência do pâncreas de produzir insulina

    suficiente para realizar a remoção da glicose da corrente sanguínea para dentro das células. O Diabetes

    Mellitus está presente em aproximadamente 7,6% da população brasileira, entre as idades de 30 a 69 anos. A

    presente pesquisa teve como objetivo investigar o perfil epidemiológico do diabético melito tipo 2. Foram aplicados questionários apenas para portadores da diabetes tipo 2 em 3 Drogarias da cidade de Anápolis-GO.

    De acordo com análise 45% dos 60 indivíduos analisados relataram possuirem uma alimentação não adequada,

    porém 92% (55 indivíduos) dos diabeticos apresentou um valor de glicose no sangue acima do recomendado

    quando em jejum (65mg/dL-99mg/dL). Os homens foram mais afetados pela diabetes, com aproximadamente

    57% com uma faixa etária entre 48 à 79 anos e 43% mulheres com uma faixa etária de 39 à 82 anos para

    mulheres. Embora vários diabéticos mesmo praticando uma ou mais atividades físicas concomitantemente com

    o uso de medicamentos e dieta moderada, ainda assim encontra dificuldades em controlar os níveis glicêmicos

    no sangue,sendo necessário à concientização, conhecimento populacional sobre a doença, forma de tratar e

    previnir.

    Palavras-chave: Melito tipo 2. Pré-Diabético. Tratamento de Diabetes.

    INTRODUÇÃO

    O DM (Diabetes Mellitus) está presente em aproximadamente 7,6% da população

    brasileira, entre as idades de 30 a 69 anos (SCAINB et al 2013). O termo diabetes deriva de

    uma palavra grega com o significado de “passando por”, e mellitus é a palavra latina que

    tem o significado de “mel” ou “doce” (CARDOSO et al 2011).

    O diabetes mellitus é uma doença que se dá devido a uma deficiência do pâncreas de

    produzir insulina suficiente para realizar a remoção da glicose da corrente sanguínea para

    dentro das células. Atualmente são descritas 4 tipos de diabetes Mellitus (DM: tipo 1 ou

    insulinodependente (DM1); tipo 2 ou não insulinodependente (DM2); gestacional (DG); e

    secundário a outras patologias).(GROSSI et al 2009).

    1 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis |

    FAMA. 2 Graduado em Biomedicina pela Universidade Católica de Goiás (UCG) e especialista em Hematologia e

    Banco de Sangue pela ACT de São José do Rio Preto. Atualmente é Biomédico no Laboratório Santa Clara de

    Anápolis na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis e professor da Faculdade Metropolitana de Anápolis |

    FAMA.

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 9

    Segundo (FERREIRA et al 2011, RODRIGUES et al 2012) Diabetes Melito trata-se

    de uma patologia que abrange diversos distúrbios metabólicos, causando alterações

    metabólicas desde do metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos (gorduras),

    resultante do processo hiperglicêmico crônico.

    Diabetes Mellitus Tipo 2

    Segundo pesquisas o DM2 é uma condição crônica cada vez mais frequente na

    sociedade atual, cerca de 177 milhões de indivíduos em todo mundo são acometidos por essa

    doença, com um aumento significativo crescente, estima-se que o prognóstico de pessoas a

    serem acometidas por essa patologia esteja aproximadamente entorno dos 366 milhões até o

    ano de 2030. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, o DM2 aparece

    em sexto lugar como fator primário de internações hospitalares e está intimamente

    relacionado a outros fatores rotineiros de intervenções hospitalares (SILVA et al 2010,

    ORTIZ et al 2010).

    Diabetes Mellitus Tipo 1

    O DM1, também conhecido como insulina dependente geralmente acomete

    indivíduos adultos antes da idade de 30 anos, embora possa aparecer em qualquer faixa

    etária. De modo geral sua condição ocorre devido a uma autodestruição das células β-

    pancreáticas, onde o pâncreas perde sua capacidade de produção desse hormônio, cujo qual

    exerce a função de retirada da glicose sanguínea para metabolização celular. Todavia o DM1

    pode se dar de duas formas especificas o 1A e 1B; sendo o tipo 1A responsável pela

    destruição das células β-pancreáticas, caracterizado por ser um processo lento, cujo mesmo

    se encontra mais presente em indivíduos abaixo dos 30 anos de idade; já o tipo 1B foi

    primeiramente evidenciado em pessoas asiáticas e africanas, descrita como um tipo

    intermediário a diabetes tipo 1 e 2, é uma DM com forte tendência à cetose, já se apresenta

    inicialmente na forma de cetoacidose (MARASCHIN et al 2010).

    Diabetes Mellitus Gestacional

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 10

    O DMG ocorre devido à intolerância à glicose, com início e/ ou diagnosticada

    durante a gestação, acometendo mulheres gestantes, ainda assim não se pode descarta a

    possibilidade dessas gestantes ter apresentado um quadro hiperglicêmico antecedente á

    gestação, sem ter sido detectado previamente. Assim como o DM2, o DMG pode está

    relacionado tanto com a resistência à insulina, quanto à diminuição da função das células β-

    pancreáticas. Apresenta uma frequência entre 1%-14%, associado no aumento da morbidade

    e mortalidade perinatal. No Brasil essa doença atinge de 3% a 15% das gestações

    (FERREIRA et al 2011, PASQUALOTTO et al 2012).

    Pré-diabético

    Consiste em indivíduos que apresentam valores elevados de glicemia em jejum,

    quando comparado aos valores de referencia normal. Embora relativamente baixos aos

    valores estabelecidos para classifica-los como diabéticos. Pode ser diagnosticada através do

    teste de glicemia em jejum após 2 horas administradas 75g de glucose. Aproximadamente

    25% do indivíduos que apresentam alterações pré-diabéticos desenvolverão DM2 entre três

    a cinco anos (SOUZA et al 2012).

    Complicações Associados com o DM2

    A diabetes quando não tratada adequadamente pode levar a diversas complicações

    desde complicações agudas, como a cetoacidose, síndrome hiperosmolar e as implicações

    crônicas pode ser divididas em duas categorias, microvasculares consiste em doenças como

    retinopatia, nefropatia e neuropatia, também pode se desenvolver para complicações

    macrovasculares e levar a doenças como a doença arterial coronariana, doença cérebro

    vascular e vascular periférica (STUHLER et al 2012).

    O objetivo da pesquisa foi investigar o perfil epidemiológico em pacientes

    diagnosticado com diabetes tipo 2.

    MATERIAIS E MÉTODOS

    Para a realização do presente trabalho foram utilizadas ferramentas virtuais

    (bibliotecas virtuais) como o Google acadêmico e Scielo para a busca de dados, pesquisas

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 11

    anteriormente publicada, respaldadas cientificamente. Através de pesquisas publicadas entre

    os anos de 2009-2017.

    Foi efetuado um levantamento de dados de caráter descritivo experimental, através

    aplicação de um questionário, para traçar o perfil epidemiológico apresentado por portadores

    da doença. Onde foram avaliados apenas pacientes com DM2. O questionário foi aplicado

    em farmácias locais de Anápolis, Goiás. Composto por 11 perguntas objetivas e 03

    perguntas discursivas, com um total de 14 perguntas.

    Os resultados obtidos através do questionário foram avaliados e discutidos no

    confronto das informações obtidas durante o processo de revisão bibliográfica. A pesquisa

    consiste em uma abordagem quantitativa e qualitativa, Quantitativa referente à quantidade

    de pacientes, principal sexo acometido, faixa etária que apresenta maior número de

    portadores de DM2. Qualitativamente relacionado à qualidade de vida dos pacientes. Foram

    aplicados 20 questionários em cada estabelecimento, preenchidos apenas por portadores da

    diabetes tipo 2 em 3 Drogarias da cidade de Anápolis-GO.

    Com inclusões unicamente de pacientes com idade acima de 18 anos, que durante a

    realização da dosagem de glicemia na instituição foram solicitados que de forma voluntária

    que contribuíssem para levantamento de dados para abastecimento da pesquisa, para facilitar

    um maior número de capitação de indivíduos para aplicação do questionário. Por sua vez,

    pacientes não diabéticos serão exclusos da pesquisa.

    Foram estudados características de pacientes diabéticos tipo 2 para o levantamento

    epidemiológico do seu perfil, pacientes de ambos os sexos e idades, ressaltando que esta

    coleta foi acompanhada e com orientação do farmacêutico responsável pela instituição.

    Entretanto, os dados de glicemia de jejum dos pacientes diabéticos sendo que os exames

    foram realizados de acordo com o procedimento operacional padrão (POP), descrito pela

    própria instituição.

    Os dados adquiridos através da aplicação do questionário foram analisados através

    do programa Excel, com planilhas, uso de cálculos, criação de tabelas e gráficos para

    verificação dos resultados.

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    De acordo com análise 45% dos 60 indivíduos analisados relataram possuirem uma

    alimentação não adequada, conforme representado na Figura 1, 2 e 3, fazendo ingestão

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 12

    abusiva de alimentos ricos em carboidratos, tais comos massas, frituras, arroz, doces e até

    mesmo frutas em excesso, todos os alimentos que contribuem para um aumento significativo

    da glicose sanguínea. Embora apenas 27 das 60 pessoas submetidas em análise relatarem

    possuir uma dieta inadequada 92% (55 individuos) dos diabéticos apresentou um valor de

    glicose no sangue acima do recomendado quando em jejum (65mg/dL-99mg/dL).

    Figura1. Valores de glicose sanguínea

    Figura 2. Dieta equilibrada

    Pode ser observado através da pesquisa do perfil epidemiológico do diabético tipo 2,

    que os homens apresentaram um maior número de afetados pela diabetes, com

    aproximadamente 57% dos diabéticos homens e 43% mulheres em uma faixa etária entre 48

    a 79 anos para os homens e 39 a 82 anos para mulheres, coforme obsrvado na figura-2.

    0%20%40%60%80%

    100%

    ValoresGlicêmicos

    Acima

    ValoresGlicêmicos

    Normais

    92%

    8%

    Taxa Glicêmica Sanguínea

    Valores GlicêmicosAcima

    Valores GlicêmicosNormais

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    AlimentaçãoRuim

    AlimentaçãoAdequada

    45%

    55%

    Avaliação da Dieta

    Alimentação Ruim

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 13

    Segundo (MARINHO et al 2013) a diabetes tipo 2 atingem pessoas na idade de 30 a 69 anos

    com maior frequência, podendo se manifestar em individuos abaixo de 30 anos de idade.

    Figura 3. Pessoas afetadas

    Embora a diabetes gestacional se não tratada adequadamente durante o período de

    gestação e pósparto, podendo ter a evolução para o diabetes tipo 2, conforme resultados

    obtidos na pesquisa foi evidenciado que nenhuma das mulheres diabéticas teve diabetes

    proviniente de uma diabetes gestacional. Por tanto, é possível arfirmar que a diabetes

    gestacional evolue para uma diabetes tipo 2 em casos esporádicos, enventualmente, não

    sendo um acontecimento frequente. No Brasil essa doença atinge de 3% a 15% das

    gestações (PASQUALOTTO et al 2012).

    Todavia as pessoas abordadas durante o estudo dos 60 pesquisados, 67% dos

    diabéticos confirmaram pratícar de uma a duas modalidades de atividades físicas entre elas o

    mais abordado foi à caminhada e hidroginastica, outra modalidade não tão casual foi

    maratonista (corrida de 2 a 7 kilometros). Encontra partida pode observa na Figura 4, que

    mesmo com a prática de exercícios físicos em conjunto com uso do medicamento mais uma

    dieta balanceada, ainda foram idenificados algumas varias alterações hiperglecimiantes nos

    voluntários estudados.

    57% 43%

    Número de Diabéticos

    Masculino 48 -79 anos

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 14

    Figura 4. Prática de atividades físicas

    Pode-se atribuir essa constante alteração hiperglicêmica, ao fator da falta de

    informação, falta de conhecimento e omissão por parte dos portadores da diabetes, através

    do levantamento de dados foi verificado que 45% das várias pessoas abordadas relataram

    que quando procurando atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não obtiveram

    esclarecimento sobre essa doença, e /ou obteve pouca informação sobre o que é a diabetes e

    quais as complicações acarretadas quando não tratada adequadamente, conforme

    evidenciado na Figura 5.

    Figura 5. Informação e conhecimento relacionado a Diabetes

    O desconhecimento por parte da população ou até mesmo a descaso populacional em

    relação à busca continua de qual a melhor formar de se tratar está doença, bem como as

    complicações vinculadas à diabetes, deixa a população mundial mais vunerável ao aumento

    0%

    50%

    100%

    Prática deAtividades

    Físicas

    ValoresGlicêmicos

    Acima

    67% 92%

    Associação da Atividade Física com a Glicêmia

    Prática deAtividades Físicas

    Valores GlicêmicosAcima

    45%

    18%

    37%

    Informativo do Profissional SUS sobre DM2

    Pessoas nãoinformada peloprofissional do SUSsobre DM2

    Pessoas poucoinformada peloprofissional do SUSsobre DM2

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 15

    significante do número de pessoas diabéticas. Por está relacionado a uma doença de fácil

    tratamento a primeira instância. Pois até 2030 teremos um aumento para o número de cerca

    de 366 milhões de adultos diabéticos (SILVA et al 2010, ORTIZ et al 2010).

    As complicações mais frequentes observadas nos diabéticos vão desde o aumento da

    pressão arterial, problema renal crônico, problema na retina (retinopatia), doença arterial

    coronariana, doença cérebro vascular e vascular periférica (STUHLER et al 2012). Podendo

    causar o amputamento de membros inferiores como pé, perda de sensibilidade (tato).

    Segundo (BOAS et al 2011) uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos

    devem ser efetuadas de forma individualista, de acordo com o organimso de cada um dos

    pacientes, podendo assim, alcançar um estimativa de controlar primeiramente os níveis

    glicêmicos no sangue sem o auxilio de medicamentos hipoglicemiantes, proporcionando

    desse modo, a redução da resitência hepática e muscular, facilitando a capitação e absorção

    da glicose, por portadores recem diagnosticado com diabetes.

    Embora não tendo o mesmo alcance em pacientes que é portador dessa doença por

    um período prolongado, há mais tempo, ainda assim é valido e vale ressaltar que uma prática

    diária e uma dieta adequada acossiado a uso da medicação contribuem significamente para a

    manutenção e controle das taixas gliêmicas sangíneas.

    O risco relacionado à obesidade, sedentarismo e morbidade atribuido a DM2 é cerca

    de 75% dos pacientes, podemos descrever assim, a diabetes como um conjunto de

    cormobidades que prejudica expressivamente a qualidade de vida, torna-se primordial uma

    analogia entre o exercicio físico e adequação alimentar (SCAINB et al 2012).

    Segundo (PASQUALOTTO et al 2012) na maior parte dos casos, de diabetes

    gestacional, ocorre à reversão do quadro diabético para níveis normais de tolerancia

    glicêmica sanguínea após a gravidez, entretanto perdura um risco de 17% a 63% do

    desnvolvimento da DMG para DM2, dentre 5 a 16 anos após o parto. Conforme dados

    obtidos durante a pesquisa a evolução da DMG para DM2, ocorre de maneira circunstancial,

    sendo de rara decorrência, uma vez que durante a pesquisa realizada não foi observada a

    presença de nenhuma mulher que teve DM2 em decoorrência da DMG.

    Como foi possível observar através da pesquisa conduzida, pode constatar que de

    fato a prática rotineira de atividades físicas auxilia a absorção da glicose no sangue, bem

    como melhora o metabolismo e a funcionalidade hepática. Todavia apenas a prática de

    atividades físicas não oferece por si unicamente uma melhoria notável no controle e

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    manutenção das taixas glicêmicas. Assim sendo necessária a realização de uma série de

    métodos e processos relacionados a diminução dos níveis de glicose circulantes.

    Na maior parte do mundo a população desconhece que o diabético entre 20% a 30%

    não fazem nenhum tipo de tratamento, com medicamento e/ ou apenas atividades físicas,

    que por sua vez, contribui para o aumento da sua morbimortalidade. As projeções são que,

    possar existir cerca de 11,3 milhoões de pesoas diabéticas no Brasil até o ano de 2030

    (OLIVEIRA 2009).

    A falta de buscar mais informação e ser mais bem informado, agregando assim

    maiores conhecimento sobre o distúrbio, disfunção relacionada à patologia por parte do

    paciente, ainda atualmente em meios à inumeras vias de comunicação, contempla uma

    negligência continua e percistente inserida na sociadade atual. Bem como a falha na

    capacitação contudente e adequada de profissionais da área da saúde, prestadores de serviço

    público, como por exemplo, o profissional que presta serviço no SUS, conforme evidênciado

    no dercurso da pesquisa, não se encontra adequadamente exercendo de fato sua função, de

    esclarecer, sanar e concientizar a população dos riscos atribuidos a ausência e/ ou falta de

    tratamento adequado no aparecimento de complicações decorrentes da diabétes.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    De acordo com os resultados obtidos embora vários diabéticos mesmo praticando

    uma ou mais atividades físicas concomitantemente com o uso de medicamentos, agentes

    antiglicemiantes e dieta moderada, ainda assim encontra dificuldades em controlar os níveis

    de glicose no sangue. Assim, sendo necessário à contínua concientização, conhecimento

    populacional sobre a doença, forma de tratar e previnir.

    Está pesquisa demonstrou a importância e necessidade da reeducação alimentar

    juntamente com a prática rotineira de exercícios físicos, para a prevenção e manutenção das

    taxas glicémicas, diminuindo e/ ou controlando os níveis de glicose na corrente sanguínea.

    Indivíduos portadores da DM2 possuem uma grande disponibilidade para o aparecimento de

    outras doenças crônicas como, por exemplo, problema renal, em função do agravo da DM2

    que pode levar também a distúrbios microvasculares e macrovasculares, bem como

    problemas relacionados ao SN, como visto anteriormente.

    A DM2 é a principal forma de apresentação do DM existente no mundo, onde 90%

    dos indivíduos portadores de diabetes são pessoas portadoras do DM2. Não se sabe ao certo

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    o que causa o desencadeamento dessa doença, embora esteja relacionado a um fator

    hereditário, o maior número de pessoas que contraem está patologia é devido à morbidade,

    sedentarismo e mal habito alimentar.

    As complicações envolvendo o DM2 são varias desde uma simples fadiga, cansaço

    demasiada e sonolência, a uma depressão, problema renal agudo, gastroparesiadiabética,

    retinopatia diabética, afecções cutâneas em membros inferiores, nefropatiadiabética,

    complicações cardiovasculares, hipertensão arterial, dentre outras.

    Contudo para que seja possível a diminuição do crescente número de portadores da

    doença é necessárias à conscientização da população, maiores abordagem sobre as

    complicações geradas pela patologia, caso não tratada com a devida atenção que carece. Por

    sua vez, por ser uma doença, que pode ser facilmente controlada, muitos indivíduos carecem

    de lhe dar a devida preocupação, atenção, levando-a muitas vezes a um estado crítico, como

    perda da visão, amputação de membros e certos casos até mesmo ao óbito.

    REFERÊNCIAS

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    PESQUISA SOBRE A QUALIDADE DAS

    POLPAS DE ABACAXI PRODUZIDAS E

    COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE

    ANÁPOLIS

    Thiago Henrique dos Santos3

    Aline de Oliveira Colombo4

    RESUMO

    O abacaxi (Ananascomosus L. Merril), é uma fruta típica do Brasil e demais regiões tropicais, rico em

    vitaminas com destaque para vitamina C e vitamina A, possui boas quantidades de sais minerais como cálcio,

    fósforo e ferro. No Brasil se cultiva basicamente duas espécies dessa planta que são a Smooth Cayenne e a

    Pérola. O objetivo deste trabalho é realizar as análises físico-químicas pertinentes à legislação de polpas de

    abacaxi comercializadas e produzidas no município de Anápolis. Foram avaliadas três marcas as quais suas fábricas estão situadas no município de Anápolis em testes de pH, acidez titulável, sólidos solúveis, vitamina C

    e verificação se a cadeia do frio foi mantida. Somente no teste de sólidos solúveis que houve um resultado

    abaixo do preconizado pela legislação sendo os demais testes estando de acordo com a mesma. Através deste

    trabalho, espera-se contribuir com a sociedade, mostrando a qualidade do produto produzido nessa região e

    cumprindo o papel de orientador que o farmacêutico possui a seus pacientes.

    Palavras-chave: Brasil. Legislação. Análises.

    INTRODUÇÃO

    O abacaxi (Ananascomosus L. Merril), é uma fruta típica do Brasil e demais regiões

    tropicais, consumida em todo o mundo sob as mais diversas formas in natura e

    industrializadas. Possui uma excelente qualidade sensorial graças aos açúcares e os ácidos

    responsáveis pelo sabor e os compostos voláteis associados ao seu aroma (CRESTANI et al,

    2010).

    No Brasil se cultiva basicamente duas espécies dessa planta que são a Smooth

    Cayenne e a Pérola, sendo que a última mais consumida internamente por apresentar uma

    polpa de coloração mais clara, ser mais suculenta, sabor mais agradável, mais doce e menos

    ácida que a Smooth Cayenne. É rico em vitaminas com destaque para vitamina C e vitamina

    A, possui boas quantidades de sais minerais como cálcio, fósforo e ferro (BIERHALS,

    2010).

    3 Acadêmico do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –

    FAMA. 4 Professora da Faculdade Metropolitana de Anápolis | FAMA.

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    O mercado de fruticultura no Brasil tem se destacado pelo seu crescimento entre os

    agronegócios nos últimos anos, graças a diversidade de solo e clima. O Brasil é o maior

    produtor mundial de abacaxi, sendo uma das frutas mais consumidas pela a população

    brasileira (FAMASUL, 2017). Segundo dados do BOLETIM DE INTELIGÊNCIA SEBRAE

    (2015) o Brasil ocupa a terceira posição mundial em produção de frutas, com 38,36 milhões

    de toneladas, ficando atrás da Índia com 71,07 milhões e da China com 137,06 milhões .

    Oferecer esses benefícios, aumentando a vida útil e possibilitando o transporte a

    regiões com dificuldade de acesso à fruta in natura, a produção de polpa se torna uma opção

    muito viável, pois através deste procedimento preservam-se de forma considerável todos os

    nutrientes e praticamente o mesmo sabor da própria fruta.

    Para preservação dos nutrientes, características físicas, químicas, microbiológicas e

    sensoriais são necessárias ações para proteger a cadeia de frio pois, a polpa possui

    componentes muito sensíveis a variações de temperatura como vitaminas, além das

    indesejáveis alterações químicas e bioquímicas podendo afetar o sabor, o aroma, a cor e

    principalmente o desenvolvimento de microrganismos que possam prejudicar a saúde do

    consumidor (PEREIRA, 2011).

    Além da cadeia de frio, é de extrema importância manter o padrão de qualidade

    através de testes que garantem uma maior padronização desse produto desde a produção,

    estocagem e pôr fim ao consumidor (BRASIL et al, 2015).

    Segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01, DE 7 DE JANEIRO DE 2000 testes

    de pH, acidez titulável, sólidos solúveis e vitaminas são importantes para conservação desse

    produto final. Investigam o crescimento de microrganismos e determina se o produto

    manteve as características da fruta in natura (NESPOLO et al, 2015), dá chance de uma

    eventual correção durante o processo de produção eliminando possíveis desvios de

    qualidade (GOMES, OLIVEIRA, 2011), indicam valores de açúcares e ácidos orgânicos

    contidos nesse alimento, compostos que influenciam diretamente no sabor final e

    consequentemente na aceitação pelo consumidor (SILVA, SILVA, SILVA, 2002) e

    detectam perdas durante o processo de produção, embalagem e estocagem (PEREDA et al,

    2005).

    O objetivo deste trabalho foi realizar as análises físico-químicas pertinentes à

    legislação de polpas de abacaxi comercializadas e produzidas no município de Anápolis, a

    fim de verificar a qualidade e também conferir a temperatura de armazenamento no ponto de

    venda observando se a cadeia de frio foi assegurada.

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    MATERIAIS E MÉTODOS

    As polpas foram adquiridas em dois supermercados do comércio da cidade de

    Anápolis no dia 29 de agosto de 2017, sendo aferidas as temperaturas afim de verificar se a

    cadeia de frio estava sendo mantida de acordo com os parâmetros exigidos. Para o transporte

    foi utilizado uma caixa de isopor com placas de gel congelado mantendo a mesma

    temperatura até o local de armazenamento. As amostras foram armazenadas em freezer com

    temperatura de -20°C.

    Foram avaliadas três marcas as quais suas fábricas estão situadas no município de

    Anápolis da variante de sabor abacaxi, essas marcas foram denominadas respectivamente

    como marcas A, B e C. Todas as amostras estavam dentro de seu prazo de validade sendo a

    marca A fabricada em fevereiro de 2017 com validade até fevereiro de 2018, a marca B

    fabricada em fevereiro de 2017 com validade até fevereiro de 2019 e a marca C fabricada

    em abril de 2017 com validade até abril de 2019. Nos rótulos de todas as amostras

    continham tabela nutricional, as informações exigidas pela IN 01 como data de fabricação,

    lote, data de validade, peso em gramas, CNPJ da empresa, endereço e registro no Ministério

    da Agricultura e Pecuária.

    Todos os experimentos foram desenvolvidos de forma casual, seguindo as normas do

    Instituto Adolfo Lutz (Métodos físico-químicos para análises de alimentos IV edição, 2005)

    foram analisados o pH, a determinação da acidez, a determinação de vitamina C e a

    determinação de sólidos solúveis em °brix por refratrometria sendo feitos em triplicata.

    Para determinar o pH uma alíquota de 25 g de cada amostra foi diluída em 100 mL

    de água destilada e avaliada no phmetro. Para a determinação da acidez foi utilizado a

    titulação com NaOH onde 10 g da amostra foi diluída em 100 mL de água destilada,

    adicionando em seguida 4 gotas de solução de fenolftaleína e titulada com solução de NaOH

    a 0,1 M até a obtenção de cor rosa clara por mais de 30 segundos.

    Na determinação de vitamina C foi realizada pela titulação com iodato de potássio

    onde uma porção de 25 g de cada amostra foi diluída em 50 mL de água destilada,

    adicionando em seguida 1 mL de iodeto de potássio a 10% e 10 mL de ácido sulfúrico a

    20% titulando em seguida com o iodato de potássio a 0,02 M até a obtenção de uma

    coloração azulada por mais de 30 segundos.

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    Para determinação do teor de sólidos solúveis, 25 g da amostra foi diluída em 100

    mL de água destilada e em seguida aferidas no equipamento refratômetro de ABBE e para a

    constatação que a cadeia de frio estava sendo mantida no estabelecimento comercial foi

    aferido a temperatura dos freezers que armazenavam o produto com um termômetro a laser.

    Os valores obtidos foram comparados com os instituídos pelo Ministério da

    Agricultura Pecuária e Abastecimento na Instrução Normativa nº 01, de 07 de janeiro de

    2000 que regulamenta os valores que são permitidos.

    RESULTADOS E DISCUSSÕES

    De maneira geral todas as três marcas sairam bem em praticamente todos os testes

    onde apresentaram resultados compatíveis com o que pede a legislação.A média dos valores

    de acidez obtidos através da titulação estão em conformidade com os estabelecidos na

    legislação vigente de 0,30 g/100 g, sendo a marca A com 0,64 g/100 g, a marca B com 0,38

    g/100 g e a marca C com 0,37 g/100 g. Com destaque para a marca A que obteve um índice

    quase o dobro das outras duas marcas.

    Quanto aos resultados de sólidos solúveis, todas as amostras tiveram uma média

    abaixo do resultado exigido pela legislação, a qual estabelece um mínimo de 11°brix, sendo

    a marca A com 3,8°brix, a marca B 2,65°brix e a marca C 3,75°brix.

    Referente as médias obtidas de vitamina C e pH a legislação não impõe valores

    mínimos e máximos a respeito dos mesmos sendo que os resultados obtidos são a título de

    enriquecimento de informações sobre esse produto.

    No que se refere sobre a vitamina C foi comparado as médias adquiridas com as

    médias obtidas de outras frutas como a acerola 832,53mg/100g, cajá 6,8mg/100g,

    manga16,78mg/100g e maracujá 8,06mg/100g sendo que as três marcas avaliadas obtivem

    médias de 51mg/100g marca A; 54mg/100g marca B e 65mg/100g marca C (OLIVEIRA et

    al, 2014).

    Já sobre o pH, ao comparar os resultados obtidos com o valor encontrado no suco in

    natura que segundo Borges (2011) foi de 3,75 pode-se observar que os valores são bem

    próximos as médias obtidas nas três marcas: 3,96 marca A, 3,97 marca B e 3,99 para a

    marca C. Sendo poucas as alterações apesar de todo o processamento.

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    E quanto a cadeia de frio pode se dizer que ela foi mantida pois, de acordo com a

    legislação, em freezer deve se manter em temperatura de -8ºC a -10ºC e todas as marcas

    estavam mantidas dentro desse patamar: marca A -10°C, marca B -11°C e marca C -14°C

    (PEREIRA, 2011).

    Tabela 1- Resultados das análises de pH, Sólido Solúveis, Acidez Titulável e Vitamina C

    MARCA A MARCA B MARCA C

    Acidez 0,6407g/100g 0,3844g/100g 0,3773g/100g

    Sólidos solúveis 3,8°brix 2,65°brix 3,75°brix

    Vitamina C 51,07mg/100g 54,88mg/100g 65,16mg/100g

    pH 3,96 3,93 3,99

    No que diz respeito aos valores de pH, os resultados obtidos de 3,93 a 4,01 é um bom

    sinal pois pHs baixos podem cominar valor ao produto favorecendo a conservação dessa

    polpa, evitando o desenvolvimento de possíveis microrganismos que possam danificar o

    produto.Também podem favorecer a conservação dessa polpa sem um tratamento térmico

    muito elevado evitando uma perda de nutrientes além de evitar a adição de ácidos orgânicos

    comestíveis durante o processamento para reduzir esse pH (BRASIL et al, 2014).

    Os valores de sólidos solúveis encontrados foram todos inferiores ao mínimo

    estabelecido na legislação que é de 11°brix no entanto segundo HONORATO (2015) esses

    valores podem sofrer com variáveis como a intensidade de chuva e mudanças climáticas

    durante a safra, e apesar de não comprovada pode haver uma possível adição de água

    durante o processamento dessa polpa.

    Já a acidez total obtida vemos que a legislação estabelece um valor mínimo de 0,30

    g/100g, portanto todas as marcas foram aprovadas sendo apenas uma das amostras da marca

    B ficando ligeiramente abaixo desse mínimo, porém não comprometeu a média final dessa

    marca que se manteve nos parametros exigidos (NASCIMENTO et al, 2012).

    E quanto ao teor de vitamina C a legislação não estabelece valores para a polpa de

    abacaxi, no entanto essa análise foi realizada afim de mostrar a quantidade que a polpa de

    abacaxi possui e comparar com outras polpas de frutas como: acerola, a manga, o cajá e o

    maracujá. Onde observarmos que a média de todas as três marcas só não foi maior que a

    média encontrada na acerola que é bem superior as demais comparadas (OLIVEIRA et al,

    2014).

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    Quanto a cadeia de frio segundo a Instrução Normativa 01 de 07 de janeiro de 2000

    as polpas devem ser armazenadas em câmaras frias ou freezers sendo que se a opção for a

    segunda a temperatura deve estar no mínimo -8°C, no entanto todas as três marcas estavam

    dentro dessa margem sendo respeitada a cadeia de frio.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    É de extrema importância ingerirmos alimentos naturais e mais saudáveis. A polpa

    de fruta é uma alternativa viável e segura uma vez que as formas industrializadas de sucos

    possuem mais agentes químicos. Com esses resultados, as fábricas estão produzindo um

    produto de boa qualidade e que apesar de terem apresentado resulltados de sólidos solúveis

    abaixo do indicado em legislação isso não trouxe prejuízo ao produto. O principal papel do

    farmacêutico é orientar o paciente e que através da divulgação desses resultados possa haver

    uma contribuição com a sociedade, mostrando a qualidade do produto produzido em nossa

    região, afim de influenciar a mesma no uso mais frequente não só de polpas de frutas mais

    de produtos mais naturais e saudáveis.

    REFERÊNCIAS

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 25

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    ESTUDO DAS EMBALAGENS PRIMÁRIAS

    ALUMÍNIO/PVC/PVDC EM MEDICAMENTOS

    SÓLIDOS NO BRASIL

    Letícia Bandeira de Lucena5

    Daniel José Azevedo6

    RESUMO

    O armazenamento de medicamentos deve ser feito de forma adequada para que a estabilidade e funcionalidade

    sejam garantidas, uma vez que fatores como umidade, luz, temperatura e outros agentes naturais podem

    influenciar na qualidade do medicamento. Pensando nisto, o estudo de embalagens primárias deve ser feito

    visando melhor armazenamento de medicamentos. Neste estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica acerca

    de embalagens primárias de Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos, expondo a importância destas embalagens e suas diversas funções além do armazenamento seguro, como ferramenta de marketing, redução

    de custos, praticidade na produção e usabilidade por parte do consumidor.

    Palavras-chave: Embalagem primária. Medicamentos. Estabilidade.

    INTRODUÇÃO

    A utilização de embalagens em medicamentos se faz necessária tendo como ponto de

    vista a importância da segurança, higiene e qualidade do produto, tendo como fator de maior

    rigorosidade a baixa imunidade do consumidor considerando a necessidade de administração

    de um fármaco. A atenção em relação a novas tecnologias e novas regulamentações para que

    o medicamento cumpra com esses requisitos é de suma importância para que o medicamento

    atue de forma efetiva. Segundo Gomes (2006), atrelado a isto, outros fatores como

    marketing e redução de custo contribuem para que o estudo de embalagens primárias seja

    crescente e fundamental para a indústria farmacêutica.

    Até o século XIX, os medicamentos eram armazenados em vidros, aglomerados em

    algodão. Em 1963, a InterpackHassia lançou o primeiro blister para a pílula

    anticoncepcional da Schering. A razão mais importante para a introdução do blister no

    mercado farmacêutico era oferecer aos pacientes uma dose unitária facilmente identificável,

    permitindo ao paciente verificar se tinha tomado o medicamento prescrito em um

    determinado dia (GARCIA, 2001 apud PEREIRA, 2016).

    5 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –

    FAMA. 6 Graduado em Farmácia pela Faculdade do Instituto Brasil de Ciência e Tecnologia e bacharel em Química

    pela Universidade Anhembi Morumbi. É professor assistente da Faculdade Metropolitana de Anápolis -

    FAMA e supervisor de controle de qualidade no Laboratório Teuto Brasileiro.

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    Considerando a influência na embalagem na qualidade do medicamento, qual a

    necessidade das embalagens Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos e qual a legislação

    vigente acerca disto? Como hipótese, temos a necessidade de fracionamento, maior

    segurança e estabilidade do medicamento frente a agentes nocivos, como luz, temperatura,

    umidade, entre outros.

    Este trabalho tem como objetivo expor a aplicação e utilidade de embalagens

    primárias de Alumínio/PVC/PVDC de medicamentos sólidos e legislação brasileira acerca

    do tema, visando analisar a evolução das embalagens primárias em medicamentos,

    apresentar a relação entre as embalagens primárias em medicamentos e a

    qualidade/estabilidade do medicamento e interpretar a legislação brasileira vigente

    relacionada a embalagens primárias de Alumínio/PVC/PVDC em medicamentos.

    Tal estudo visa descrever as embalagens primárias dos tipos Alumínio/PVC/PVDC, a

    fim de expor sua aplicação e utilidade, assim como legislação relacionada, contribuindo com

    a esfera farmacêutica no desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao armazenamento de

    medicamentos.

    MATERIAIS E MÉTODOS

    A pesquisa possui cunho descritivo, através de pesquisa bibliográfica envolvendo

    fontes entre 1980 até os dias atuais acerca do tema, tendo como fontes livros, anais, adendos,

    resoluções, artigos e afins, sendo estes físicos ou consultados através de sites como

    sCielo.com, scholar.google.com e researchgate.com.

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Embalagem Primária

    De acordo com Gomes (2006), “a embalagem primária é aquela que contém o produto

    sendo a medida de produção e de consumo”, apresentando o produto de forma direta e na

    medida apropriada para uso. O estudo de embalagens primárias é de extrema importância,

    levando em conta fatores que influenciam na qualidade e segurança do produto, como sabor,

    cor, cheiro, propriedades organolépticas e estabilidade da composição.

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    Dentre os materiais utilizados para armazenamento e aplicação como embalagem

    primária, o mais utilizado é o plástico, levando em consideração sua resistência, facilidade

    de manuseio, segurança e estabilidade.

    O armazenamento é o maior campo de aplicação de materiais plásticos. [...] A função

    mais importante de materiais de armazenamento é a preservação da qualidade do produto

    armazenado. [...] A instabilidade é característica em produtos contendo substâncias ativas,

    em particular medicamentos (BANER, 2008, p.1). A segurança necessária para o

    armazenamento de medicamentos faz com que diversos materiais fossem aplicados como

    recipientes de armazenamento. Materiais como vidro, plástico e metais foram usados

    visando tal fim. O vidro, até hoje muito utilizado, tem propriedades de bastante interesse,

    como baixa reatividade e segurança de forma geral, porém, seu peso e sua fragilidade são

    pontos que influenciam na escolha deste material como fonte de armazenamento de

    produtos. O plástico por sua vez possui propriedades em comum, como baixa reatividade e

    resistência, associados ao baixo peso e alta resistência.

    Quando se trata de medicamentos, todos estes pontos são de interesse, levando em

    consideração as necessidades específicas do produto e as possíveis condições de transporte e

    armazenamento do consumidor.

    Embalagens na Indústria Farmacêutica

    Porém, para a aplicação de plásticos como embalagem primária, primeiramente deve-

    se observar a apresentação do medicamento em questão, pois cada apresentação possui sua

    embalagem específica.

    As especialidades farmacêuticas podem ser comercializadas em várias formas: pós,

    comprimidos, drágeas, cápsulas, líquidos orais, líquidos injetáveis, cremes, pomadas e

    adesivos. Os produtos emblistados são as cápsulas, os comprimidos e os comprimidos

    revestidos, ou seja, as especialidades farmacêuticas ou associações medicamentosas sobre as

    quais se debruça a programação de ferramenta são as formas sólidas supracitadas

    (CARREIRA, 2009).

    O estudo da forma farmacêutica e a carência de embalamento específica desta forma

    são de extrema importância quando se seleciona o material de embalagem e sua forma de

    embalo.

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    Os tipos de materiais aplicáveis à indústria farmacêutica se diferem em sua

    composição e aplicabilidade, como plástico, metal, vidro, etc., além do tipo/formato, como

    frascos, tubos, bisnagas, sachês e blisters. Este tipo/formato pode influenciar no produto, e

    as características do material devem apropriadas para a forma farmacêutica em questão,

    visando compatibilidade, design funcional e estético, performance do produto, custo do

    material, custo de produção e conveniência para o consumidor (DEAN, 2000).

    As apresentações farmacêuticas contendo a aplicação de blister são, de forma geral,

    uniformes em relação ao formato físico e às necessidades de embalamento, levando em

    conta as características físico-químicas de tais formas medicamentosas. Características como

    a dureza, friabilidade, dissolução e solubilidade exigem da embalagem um isolamento em

    relação a agentes externos.

    Embalagens do tipo Blister

    O embalamento primário é também o mais crítico devido à quantidade de agentes

    envolventes e à particularidade dos mesmos é o embalamento dos medicamentos nos

    respectivos blisters. Já o embalamento secundário refere-se às caixas de cartão

    (acondicionamento secundário) onde se encontram os blisters com o medicamento e ainda a

    literatura correspondente sendo a definição deste último mais linear. Há dois tipos básicos de

    embalagem em blister para produtos farmacêuticos. No primeiro a cavidade é construída em

    plástico termomoldável e o verso é formado por um plástico ou uma combinação de plástico,

    papel e/ou alumínio; no segundo a embalagem em blister contém alumínio em ambos os

    lados e sua cavidade é formada por alongamento a frio (CARREIRA, 2009).

    As formas utilizadas para se embalar um medicamento podem variar de acordo com

    a necessidade do medicamento, fatores indicativos e segurança em relação a crianças.

    O processo de embalamento de medicamentos evidencia a necessidade de um

    condicionamento adequado para que o medicamento obtenha estabilidade e atue de forma

    efetiva ao seu devido fim. Dentre as aplicações da embalagem primária como o

    condicionamento correto do medicamento, o blister possui outras aplicações básicas

    (RODRIGUES, 2007).

    Quatro aspectos podem definir as vantagens do emprego da embalagem em blister:

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    • Integridade do produto – os medicamentos nela contidos estão hermeticamente selados em

    sua própria bolha sendo protegidos contra reações adversas, o que garante a integridade do

    produto desde o produtor até a distribuição ao consumidor final;

    • Evidência de violação – as formas farmacêuticas são seladas individualmente de forma que

    qualquer forma de violação em um blister torna-se imediatamente visível;

    • Possibilidade de mau uso acidental – a embalagem em blister também pode ser resistente á

    crianças: o emprego de cloreto de polivinila (PVC) com especificação 15 Mil (milésimo por

    polegada) oferece uma segurança extra, pois é pouco provável que uma criança possa

    perfurá-la com uma mordida; revestimentos amargos estão sendo experimentados para evitar

    que as crianças coloquem as embalagens na boca;

    • Obediência ao tratamento pelos pacientes – o pequeno tamanho da embalagem em blister

    facilita o transporte contribuindo para a adesão ao tratamento (RODRIGUES, 2007).

    As características do blister objetivam, em uma visão ampla, a mescla de segurança,

    praticidade e estabilidade, uma vez que embalagens até então não garantiam tais

    propriedades.

    Adicionalmente à capacidade de oferecer aos pacientes doses individualizadas,

    permitindo que eles assegurem que tenham tomado o medicamento prescrito e que o restante

    das doses permaneça na embalagem original e completamente protegidos contra reações

    adversas externas, o blister também propicia a facilidade de manuseio e identificação de

    violação, tornando o seu emprego para formas farmacêuticas em todo o mundo: 85% das

    formas sólidas na Europa são acondicionadas em blister (RODRIGUES; FERRAZ, 2007).

    Além disso, a embalagem também é de extrema importância durante os testes de

    estabilidade dos medicamentos em várias condições relacionadas à temperatura e umidade,

    realizadas de acordo com os requisitos das Boas Práticas de Fabricação. O escopo do teste

    inclui a embalagem de um determinado produto. Assim, a estabilidade da droga em dada

    embalagem em várias condições climáticas é um indicador de segurança e qualidade, muito

    importante tanto para a fabricação empresa e paciente (DOBRUCKA, 2014).

    Outros atores correlacionam a dosagem individualizada a outras funções deste

    formato de embalagem, reafirmando o blister de Alumínio/PVC/PVDC como embalagem

    primária em medicamentos com alta efetividade.

    Segundo Pilchik (2000), as embalagens do tipo blister se distinguem em filmes

    moldáveis e materiais de encaixe, sendo filmes moldáveis de composição polimérica e

    materiais de encaixe de composição alumínio ou papel/alumínio.

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    Componentes da Embalagem do tipo Blister

    Entende-se filme moldável o material polimérico que pode ser aquecido e preparado

    para o formato de medicamento que será armazenado em seu interior, sendo moldado o

    tamanho, profundidade, espessura, pontos de abertura e resistência do material para receber

    o produto, levando em consideração a porosidade, rigidez e propriedades físicoquímicas do

    polímero. Suas características principais são a transparência oferecida pelo material,

    resistência (reduz o risco de crianças entrarem em contato com o medicamento), baixa

    interação com umidade e por serem termomoldáveis (PILCHIK, 2000).

    Se tratando de Materiais de encaixe, estes podem ser descritos como base ou

    estrutura principal para que o blister seja finalizado. Deve ser selecionado de acordo com a

    espessura, tamanho e peso, já que sua função é a de manter o medicamento intacto dentro do

    blister. Como características, podemos citar a facilidade de impressão, viabilizando

    informações importantes ao consumidor; resistência a abertura (resistência suficiente para

    que crianças não consigam abrir o medicamento com facilidade); e tensão vítrea próxima

    aos filmes moldáveis, tornando o processo de embalamento termomoldável mais confiável e

    a embalagem mais uniforme.

    Polímeros (PVC e PVDC)

    Dentre os polímeros utilizados, podemos ver o PVC (Cloreto de Polivinila), cujas

    propriedades podem ser exploradas com facilidade. Sua flexibilidade e baixa tensão vítrea

    auxiliam na preparação para recebimento do medicamento, uma vez que sua capacidade

    termomoldável se apresenta como grande aliada na manipulação deste material. A baixa

    interação com óleos, gorduras e aromatizantes, aliada com o baixo custo fazem com que

    grande parte do mercado de embalagem farmacêutica seja deste composto. Como ponto

    negativo, podemos citar a alta toxicidade quando incinerado, emitindo toxinas e cloretos

    nocivos ao ser humano e ao meio ambiente. Com isso, países como a Alemanha e Suíça

    poibiram a incineração destes materiais como forma de reduzir a emissão de poluentes.

    Outro polímero de grande utilização em embalagens no meio farmacêutico é o PVDC

    (Cloreto de Polivinilideno), também conhecido como PVC revestido, cuja aplicação se faz

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    mais presente em medicamentos que necessitem de uma embalagem mais resistente, menos

    porosa e menos contato com gases ou misturas permeáveis (PILCHIK, 2000).

    O PVC é utilizado devido a suas propriedades como transparência, boa barreira de

    gás, não possui obrigatoriamente selo térmico, sendo usado como filme de revestimento,

    termo moldável e recipientes com refração ou composição termoprotetora. O PVDC possui

    propriedades similares, porém, com maior dificuldade de manuseio, sendo usado em

    processos de extrusão, na forma de materiais de revestimento com o objetivo de barrar

    líquidos e gases que estejam em contato com a embalagem (DEAN, 2000).

    Alumínio

    Por possui características bastante aplicáveis a indústria farmacêutica, como a alta

    maleabilidade e condutibilidade, fácil moldagem em recipientes, estabilidade e baixa reação

    com o medicamento, por ser estéril, não tóxico, resistente à corrosão e receptível a tintas, o

    Alumínio é estudado como bastante útil se tratando de embalagens farmacêuticas. Estas

    propriedades evidenciam a proteção interna e a decoração externa, fazendo com que o

    material possua alta aplicação em embalagens de forma geral (CORBY, 2000).

    Aspectos Regulatórios

    Se tratando de aspectos regulatórios, uma embalagem pode ser definida como “um

    dispositivo de transporte e proteção do produto do fabricante ao consumidor”, envolvendo o

    conteúdo, conveniência, conformidade e confiabilidade (GLASBY, 2000). Esta definição

    expõe o olhar da esfera de regulamentação voltado à confiabilidade e segurança oferecidos

    pela embalagem. Os órgãos regulatórios avaliam a embalagem conforme características:

    O conteúdo do produto:

    Proteção do produto;

    Proteção do consumidor;

    Controle de dosagem.

    Transporte e informação

    Controle legal do produto;

    Informações ao paciente.

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    Contaminação ao meio ambiente

    Desperdício de embalagens;

    Redução de ozônio.

    Proteção do consumidor

    Isolamento resistente a crianças;

    Evidência de alteração.

    Um fator de impacto na avaliação e regulamentação de embalagens farmacêuticas é o

    quanto a qualidade oferecida por uma embalagem influencia em questão comercial e

    econômica. Se tratando disto, deve-se observar os polos de mercado mundiais e sua

    preocupação em relação a embalagens e suas propriedades.

    Conforme Glasby (2000), em questão de mercado, a União Europeia possui 30% do

    mercado, os Estados Unidos aproximadamente 27% e o Japão aproximadamente 18%.

    Sendo assim, estes países podem atingir alvos de qualidade em comum quando reunidos.

    Com isso, os maiores órgãos regulatórios vigentes atualmente são a européia, americana e

    japonesa. Outros países de um modo geral seguem as regulamentações dos países citados

    com alterações conforme necessidade local. Isto pode ser ainda mais explorado quando se

    aborda a ICH (International Conference on Harmonisation), aplicando testes de estabilidade,

    estudo de impurezas e outros. Sendo assim, o universo de materiais de embalagens

    farmacêuticas recebe cada vez mais estudos e observações acerca da qualidade de

    embalagens, assim como novas abordagens e formas de se utilizar os materiais já aplicados

    na indústria.

    Controle de Qualidade

    A função do Controle de Qualidade de um material de embalagem é o de assegurar

    que a embalagem atenda a especificação do material, comprovando a manutenção da

    qualidade da embalagem a ser utilizada. Se tratando de blister, o Controle de Qualidade

    avalia se a embalagem plástica esta em conformidade com os parâmetros de avaliação,

    sendo estes protocolados no momento de registro do produto, variando entre um produto e

    outro, bem como de uma empresa e outra.

    De acordo com Dean (2000), o Controle de Qualidade pode ser visto com a função

    central de avaliar todo componente a ser utilizado durante a produção de algum

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    medicamento, envolvendo blisters¸ caixas de papelão e bulas, sendo que todo material passa

    por algum teste analítico de avaliação de qualidade.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Com a aplicação de tecnologias e ferramentas na área farmacêutica, novos materiais e

    formatos de embalamento de medicamentos foram aparecendo, evidenciando uma

    interessante mescla entre segurança, praticidade e veículo de marketing. Materiais como

    plásticos e metais, por serem inertes, facilmente manipuláveis e de alta resistência foram

    vistos como grandes candidatos a aplicação em embalagens farmacêuticas.

    REFERÊNCIAS

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    AVALIAÇÃO DO GRAU DE ACEITAÇÃO

    DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS EM UMA

    DROGARIA NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS

    Claudiane Carvalho Moura7

    Maria Patricia Eduardo de Souza8

    Flaubertt Santana de Azeredo9

    RESUMO Medicamento genérico é aquele que apresenta a mesma substância ativa que o medicamento de referência,

    mantendo a sua segurança e eficácia comprovados por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência,

    podendo com este ser intercambiados. O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de aceitação dos

    medicamentos genéricos. Para isso foi realizado a aplicação de um questionário com questões qualitativas e

    quantitativas, para 70 clientes de uma drogaria situada no município de Anápolis, abordando aspectos como o

    grau aceitação, confiabilidade quanto à sua qualidade, orientação farmacêutica e o baixo custo. Após a análise

    dos resultados observou-se que 90% dos entrevistados fazem ou já fizeram o uso de medicamentos genéricos, e

    87% acredita que sua qualidade seja equivalente ao de referência. Podemos observar que a maioria dos

    entrevistados, 67% escolhem o genérico pelo baixo preço, ainda observamos que 47% dos entrevistados

    souberam dos genéricos através do farmacêutico. Com isso, observamos que o uso dos genéricos tem aumentado desde a sua criação, e que os testes necessários para sua comercialização trazem ao paciente uma

    segurança em relação à sua qualidade, e o baixo custo continua sendo o maior atrativo para a população, ainda

    podemos perceber a importância que tem o farmacêutico na correta orientação do paciente, no momento da

    dispensação.

    Palavras-chave: Medicamento Genérico. Medicamento Referência. Orientação Farmacêutica.

    INTRODUÇÃO

    Os genéricos são medicamentos que apresentam a mesma substância ativa, forma

    farmacêutica, via de administração que um medicamento de referência e mantendo a eficácia

    e a segurança exigidas pela ANVISA. Podendo assim, ser intercambiado pelo referência. A

    troca do medicamento de referência pelo seu genérico é possível graças a testes de

    equivalência terapêutica e bioequivalência que devem ser feitos em genéricos e apresentados

    a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, a troca poderá ser feita somente pelo

    farmacêutico responsável e ser registrada na prescrição médica (ANVISA, 2017).

    A política de medicamentos genéricos no Brasil foi inserida no país em 1999, pela

    lei nº 9.787, com a finalidade de aumentar o acesso de medicamentos pela população, para

    7 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –

    FAMA. 8 Acadêmica do 10º período do Curso de Farmácia [Bacharelado] da Faculdade Metropolitana de Anápolis –

    FAMA. 9 Professor da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA.

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    isso o Governo investiu em campanhas educativas, orientando a população sobre os

    benefícios do seu uso, e assim o Governo também reduz o seu gasto em medicamentos

    adquiridos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que os medicamentos lideram um dos

    maiores gastos para o governo (MONTEIRO et al, 2016).

    A implantação da Lei dos Genéricos surgiu com o intuito de ampliar o acesso da

    população a medicamentos de qualidade comprovada pela Agência Nacional de Vigilância

    Sanitária, e com um custo inferior ao medicamento referência, visto que os genéricos devem

    custar 30% a menos que o medicamento referência (SOUSA; MESQUITA; LARA, 2013).

    O uso de medicamentos genéricos tem aumentado desde a sua criação, possibilitando

    um maior acesso da população carente a tratamentos e uma maior concorrência entre as

    indústrias farmacêuticas, com a redução no preço dos medicamentos de referência (VIEIRA;

    ZUCCHI, 2006).

    Para que esse mercado cresça cada vez mais é importante que os usuários e os

    profissionais de saúde tenham conhecimento sobre os genéricos e confiança que sua

    qualidade é equivalente ao medicamento inovador, podendo com este ser substituído

    (GUTTIER et al,2016).

    Entre os usuários, observou uma melhora na aceitação dos genéricos desde a sua

    criação até nos dias de hoje, isso porque no começo as pessoas não compreendiam como um

    medicamento equivalente ao inovador, com a mesma qualidade tivesse um preço tão

    inferior, mais essa realidade vem mudando, devido a campanhas realizadas pelo governo, e

    pela orientação de médicos, farmacêuticos, entre outros profissionais de saúde, aumentando

    o grau de aceitação pelos usuários (GUTTIER et al, 2016)

    Sendo assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar o nível de conhecimento e o

    grau de aceitação do uso de medicamentos genéricos entre pacientes de uma drogaria situada

    no município de Anápolis.

    MATERIAIS E MÉTODOS

    O instrumento utilizado para a realização desta pesquisa foi um levantamento de

    dados, feito atráves da aplicação de um questionário para clientes de uma drogaria situada

    no município de Anápolis, abordando aspectos como o grau de aceitabilidade dos

    medicamentos genéricos; conhecimento e confiabilidade na qualidade dos genéricos; se os

    profissionais de saúde dão a devida orientação sobre seu uso. . Esses dados foram coletados

  • Faculdade Metropolitana de Anápolis | https://www.faculdadefama.edu.br | Cadernos de Pesquisa |

    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 37

    entre os meses de Julho e Agosto de 2017. Os entrevistadores estiveram no local da pesquisa

    no período matutino e vespertino, alternadamente.

    Os entrevistados foram abordados aleatoramente entre os clientes de uma drogaria

    situada no bairro Jaiara, municipio de Anápolis. Foram entrevistados 70 clientes, cientes do

    Termo de Responsabilidade. Participaram da entrevista os clientes maiores de idade, e que

    concordaram em participar desta pesquisa.

    Esta pesquisa obedeceu às recomendações da Resolução n° 196/96, a respeito dos

    critérios éticos de pesquisa com seres humanos, da confiabilidade, confidencialidade,

    fidedignidade e sigilo em relação aos sujeitos da pesquisa, bem como a veracidade e

    validade dos dados coletados.

    O presente projeto seguiu todos os procedimentos éticos de pesquisa, todas as

    técnicas adequadas descritas na literatura, não implicando em qualquer risco físico, moral,

    psicológico ou prejuízo aos indivíduos participantes. O estudo cumpriu as “Diretrizes e

    Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos”.

    Os dados coletados através da aplicação do questionário foram compilados em

    tabelas e gráficos para análise dos resultados.

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    Foram entrevistados 70 clientes da drogaria, com faixa etária entre 30 a 65 anos, que

    foram escolhidos aleatoramente, e cientes do Termo de Responsabilidade.

    Figura 1. Você já utilizou medicamento genérico?

    Dentre os entrevistados, pode-se observar que 90% já utilizaram o medicamento

    genérico, e apenas 10% nunca fizeram o seu uso, conforme mostra a figura 1.

    90%

    10%

    SIM

    NÃO

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 38

    Figura 1.1. Com que frequência utiliza genéricos?

    Na Figura 1.1 podemos verificar que 33% fazem o seu uso com frequência, 36%

    utiliza as vezes, 21% raramente, e 10% nunca os utilizam.

    Nos ultimos anos tem aumentado a utização dos medicamentos genéricos, isso

    devido a campanhas educativas, a crescente fiscalização dos órgaos reguladores, garantindo

    ao consumidor final um produto de qualidade, e os meios de comunicações. (KOBAYASHI

    E, KARIGOME H, SAKURADA T, SATOH N, UEDA S, 2011)

    Figura 1.2. Caso não os utiliza, qual (is) o(s) motivo(s)?

    Daqueles que não utilizam os medicamentos genéricos, 29% não confiam na sua

    qualidade, 29% não sabem o que é, 14% não conhece esse tipo de medicamento, 14% não

    gostam, e ainda 14% acham que ele não traz o resultado esperado.

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 39

    Uma das barreiras na utilização dos genéricos é a falta de conhecimento dos usuarios

    em relação a sua qualidade, e o baixo número de prescrições dos médicos, vistos que eles

    tem um papel importante na orientação quanto ao seu uso (FABIANO V, MAMELI C,

    CATTANEO D, FAVE AD, PREZIOSA A, MELE G, CLEMENTI E, ZUCCOTTI

    GV,2012).

    Figura 2. Você consegue diferenciar o medicamento

    genérico do medicamento de referencia?

    Dos entrevistados 56% relataram que conseguem diferenciar o medicamento

    genérico do referência, porém uma grande parte dos usuários, 44% relataram ainda não

    saber identificar os genéricos, conforme mostra a figura 2.

    Figura 2.1. Se sim, como?

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    v.1, n.1, 2018 ISBN: 978-85-69676-08-9 40

    Entre aqueles que conseguem fazer a sua identificação, 87% relataram que sabem

    reconhecê-lo pela embalagem, 10% pelo preço, e 3% pelas informações que recebem.

    Os medicamentos genéricos são de fácil identificação, pois possuem uma tarja

    amarelo escrito: Medicamento Genérico e a letra „‟G‟‟ grande, em destaque. Também deve

    conter a frase: “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Ele não possui nome

    comercial, portanto apresenta somente o nome do princípio ativo do medicamento

    (ANVISA, 2017).

    Figura 3. Seu médico costuma prescrever ou orientar

    o uso de medicamentos genéricos?

    Com relação a prescrição de genéricos pelos médicos, observamos que a maioria,

    53% relataram que os médicos não costumam prescrever genéricos para seus pacientes, 37%

    disseram que as vezes e apenas