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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde Lidia Ruiz-Moreno, Alcira Rivarosa e Nildo Alves Batista (Orgs.) Autores: Rosane Barreto Cardoso, Zuleika Molina Hornero, Marcia Maria Macedo Machado, Christine Barbosa Betty, Beatriz Jansen, Lidia Ruiz-Moreno Nº2 2015 Júri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde · Estratégia de Ensino Aprendizagem; 4. Políticas Indutoras. Caderno 2 Júri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em SaúdeLidia Ruiz-Moreno, Alcira Rivarosa e Nildo Alves Batista (Orgs.)

Autores: Rosane Barreto Cardoso, Zuleika Molina Hornero, Marcia Maria Macedo Machado, Christine Barbosa Betty, Beatriz Jansen, Lidia Ruiz-Moreno

Nº22015

Júri Simuladocomo Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde:O Caso do Programa Mais Médicos

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CARDOSO, R.B.; HORNERO, Z.M.; MACHADO, M.M.; BETTY, C.B.; JANSEN, B.; RUIZ-

MORENO, L. Júri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de Políticas Indutoras da

Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos. IN; RUIZ-MORENO, LIDIA;

RIVAROSA, ALCIRA; BATISTA; NILDO ALVES (orgs) Cadernos de Teorias e Práticas Educativas

em Saúde Vol II, São Paulo, 2015. (31 páginas)

Título em inglês: Simulated Jury as Policy Teaching and Learning Strategy Inducing Training

Professional Health: A Case of the More Doctors Program.

ISSN: 2447-5742

Série de Cadernos Teorias e Práticas Educativas em Saúde - CEDESS/UNIFESP

1. Educação; 2. Ensino Superior em Saúde; 3. Estratégia de Ensino Aprendizagem; 4. Políticas Indutoras.

Caderno 2Júri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos.

Organizadores da Série “Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde”Lidia Ruiz-Moreno, Alcira Rivarosa e Nildo Alves Batista

Coordenador do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde/CEDESS

Prof. Dr. Nildo Alves Batista

Coordenadora do Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional Ensino em Ciências da SaúdeProfa. Dra. Rosana Aparecida Salvador Rossit

Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional Ensino em Ciências da SaúdeProf. Dr. Nildo Alves Batista

Autores do Caderno 2Rosane Barreto Cardoso, Zuleika Molina Hornero, Marcia Maria Macedo Machado, Christine Barbosa Betty, Beatriz Jansen, Lidia Ruiz-Moreno

Projeto Gráfico e DiagramaçãoNilton Nunes dos Santos - UNIFESP, BrasilRosely Apparecida Ramos Calixto - UNIFESP, Brasil

LogotipoClaudia dos Santos Almeida - UNIFESP, Brasil

Fotos / ImagensArquivo pessoal - CEDESS/UNIFESP, Brasil

SecretariaMaria Bernadete de Noronha Dantas Rossetto - UNIFESP, Brasil

Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde/CEDESSRua Pedro de Toledo, 859 • Vila Clementino • CEP 04039-032 Tel. (11) 5576.4874http://www2.unifesp.br/centros/cedess/ • e-mail: [email protected]

Esta publicação se realiza com fundos do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPQ

Expediente vol. 02, 2015

Cadernos de Teorias Práticas Educativas em Saúde

Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP

Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde - CEDESS

Coordenador: Nildo Alves Batista

Conselho Editorial: Sylvia Helena Batista (UNIFESP, Brasil), Patricia Abensur (UNIFESP, Brasil), Ana

Cledina Rodrigues (UNIFESP, Brasil), Christine Barbosa Betty (UNIFESP, Brasil), Luciane Lima

(UFPE, Brasil), Beatriz Ferreira Jansen (UNICAMP, Brasil), Rita Tarcia Maria Lino (UAB, Brasil), Ana

Lia de Longhi (UNC, Argentina), Carola Astudillo (UNC, Argentina), Mónica Astudillo (UNC, Argen-

tina), Gonzalo Bermúdez (UNC, Argentina), Maria Wanderleya de Lavor Coriolano-Marinus (UFPE)

Projeto Gráfico e Diagramação: Nilton Nunes dos Santos - UNIFESP, Brasil, Rosely Apparecida Ramos

Calixto - UNIFESP, Brasil

Logotipo: Claudia dos Santos Almeida - UNIFESP, Brasil

Ficha Catalográfica

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Sumário

Prólogo ..............................................................................................................5

Proposta da formação docente .........................................................................7

Cenário didático da formação docente .......................................................9

Etapas da formação de formadores ..........................................................10

Relato de vivência educativa ..........................................................................12

O planejamento em equipe .......................................................................13

A sequência didática..................................................................................15

Reflexão sobre a prática docente ...................................................................19

Wiki: autoavaliação no ambiente virtual ....................................................20

A visão dos pares sobre a prática docente .....................................................21

Fórum de discussão: observação e interpretação da prática

docente pelos pares ............................................................................................ 22

Comentário finais ............................................................................................25

Bibliografia ......................................................................................................28

Dados dos autores ..........................................................................................30

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Prólogo

Esta publicação, dirigida a docentes, alunos de pós-graduação, profissionais da saúde e pessoas interessadas na formação

docente, e é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Brasil, a Universidad Nacional de Córdoba - UNC e a Universidade Nacional de Rio Cuarto- UNRC, Argentina, que desenvolvem conjuntamente um projeto de pesquisa sobre formação docente no qual participam o Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde – CEDESS/UNIFESP, o Departamento de Enseñanza de la Ciencia y la Tecnologia de la Faculdad de Ciências Exactas Físicas e Naturales da UNC e o Centro de Enseñanza de las Ciencias da Facultad de Ciencias Físicas, Químicas y Naturales (FCFQN) da Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba, Argentina. Agrega-se a esta parceria o Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da Universidade Federal de Pernambuco UFPE.

A ação conjunta dos quatro grupos tem como propósito contribuir com processos de formação docente centrados nas interações professor-aluno e no desenvolvimento de competências técnicas, sociais e políticas nos futuros profissionais, com uso de estratégias de ensino-aprendizagem inovadoras. Constitui também um propósito das equipes a recuperação e análise de experiências docentes.

Consideramos que a análise das práticas e con-cepções dos professores sobre o ensino e a aprendi-zagem são áreas prioritárias na investigação edu-cativa e ocupam lugar de destaque nas produções no campo da didática e da psicologia da educação (Rodrigo, Rodriguez e Marrero, 1993; Porlán, 1998; Monereo, C. e Pozo, J.,2004). As pesquisas sobre o pensamento do professor vêm se consolidando des-de os anos setenta do seculo XX e contibuem com um conjunto de premissas de interpretação dos dile-mas que enfrentam os professores no seu cotidiano (Baena Square, 2000).

Diversos estudos (Gimeno Sacristán, 1998; Lucarelli, 1994; Pozo, 2006) acreditam que as crenças dos professores têm um papel determinante

no planejamento, avaliação e tomada de decisão em matéria de educação. Através de estudos de caso, entrevistas, observações, questionários e pesquisas vêm sendo feitas interpretações sobre como interagem as teorias implícitas, os conhecimentos e os esquemas práticos da ação docente. Apesar do importante e crescente número de investigações, ainda há muito a se indagar sobre como o pensamento e a ação interagem em contextos específicos de educação e de formação.

A este respeito, Zabalza (2009) observa que ser professor hoje é viver e exercer uma profissão espe-cializada, que requer certas habilidades específicas, começando a reconhecer o ensino como “uma ativi-dade complexa, em parte artística e em parte cientí-fica” (p. 69), onde a profissão envolve uma construção em andamento, escolhas pessoais, aprendizagem contínua e múltiplos desafios.

Se nos determos para explorar algumas das ca-racterísticas deste conhecimento profissional dos pro-fessores universitários, notamos que pode ser enten-dido simultaneamente como uma construção pessoal e coletiva que é orientado por um interesse prático - o de atuar e resolver problemas profissionais, ou seja, direcionado à intervenção social. Este conhecimento é o que coloca o professor em jogo, antes, durante e depois da prática propriamente dita e que para Porlán (1998) contempla quatro tipos de conhecimento: a) o conhecimento acadêmico, b) o conhecimento basea-do na experiência, c) as rotinas e scripts de ação e d) as ideias e concepções implícitas.

Poderíamos dizer que a constituição do conheci-mento profissional do docente envolve um circuito du-plo: a experiência pessoal de cada professor, que é única e intransferível, e o pertencimento a um grupo social que delimita os horizontes profissionais de sen-tido e interpretação.

O perfil do docente e a análise da prática (Pérez Echeverría, 2006) fornecem um quadro complexo, abrangente e documentado para entender a relação entre conhecimento, ação e contexto, bem como, o papel da formação pedagógica no desenvolvimento da dimensão profissional do professor.

Agora, como construir esta competência profissional? Como o conhecimento profissional de caráter intuitivo evolui para um saber mais integrado, baseado em teorias de maior nível preditivo? Como se constrói uma cultura docente inspirada em princípios de autêntica colaboração que liberte o professor de lógicas individualistas? Como propiciar uma educação que muitos professores sentem que não precisam ou mesmo rejeitam, provavelmente com uma supervalorização do disciplinar frente ao pedagógico?

Trata-se de pensar que a profissão docente deve estar baseada na reflexão e investigação da própria prática.

E é neste processo que precisa incidir a formação profissional como um ato de apropriação, conhecimento e uso de saberes oriundos das áreas da educação e que são muito úteis para iluminar a tarefa de ensinar e melhorar os processos de ensino e aprendizagem.

Neste sentido, as pesquisas realizadas sobre a incidência da formação pedagógica na prática do docente de ciências (Astudillo, Rivarosa, 2001,

2003) constatam que os contextos de formação de professores tem um papel chave na gestação e desenvolvimento de inovações e melhorias no ensino, quando coexiste e se potencializa o querer e o poder fazer as mudanças. O trabalho desenvolvido pelas autoras se desprende de um conjunto mais amplo de investigações sobre o pensamento e as decisões que o professor de ciências assume em suas práticas docentes habituais. O estudo, de tipo qualitativo, de caráter interpretativo-transversal, combina a descrição e a caracterização de propostas curriculares-didáticas inovadoras com entrevistas a docentes, observação e registro de processos de câmbio, procurando caracterizar as relações entre as inovações educativas e os processos de formação.

Neste número se apresenta um relato de experiência de formação docente desenvolvida na disciplina Processo Ensino-Aprendizagem do Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde ofe-recido pelo CEDESS/UNIFESP.

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Proposta da formação docente

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Proposta da formação docente

Este texto tem como objetivo relatar uma ex-periência de planejamento e implementação do júri simulado como estratégia de ensino-aprendizagem em espaços formativos na área da saúde.

A experiência transcorreu na disciplina Processo Ensino-Aprendizagem do Mestrado Profissional em Ensino em Ciências da Saúde, oferecido pelo Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (CEDESS)/ Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O objetivo dessa disciplina foi o desenvolvimen-to de práticas de ensino-aprendizagem inovadoras, vivenciadas como parte do processo de formação do-cente em saúde, integrando conhecimentos prévios e novos. As atividades possibilitaram uma reflexão sis-temática de modo a responder questões relativas à: porque, para que, para quem, como e o que se ensina.

A proposta consistiu na utilização de metodologias ativas de ensino, as quais propiciaram maior protago-nismo e participação dos estudantes. Foi desenvolvida no formato semipresencial (presencial e a distância), no período de 13 de março a 07 de maio de 2014.

Durante a experiência os mestrandos deviam planejar e implementar estratégias de ensino aprendi-zagem utilizando a disciplina de Formação Didático-pedagógica em saúde como cenário de prática. Esta disciplina é oferecida pelo CEDESS aos pós-graduandos da área da saúde da UNIFESP desde 1996 com o propósito de refletir e vivenciar experiências a partir da prática dos participantes.

A proposta em questão incluiu a formação de quatro grupos de mestrandos, os quais deviam elaborar um plano de ensino a ser implementado no cenário de prática. Os temas e as estratégias de ensino-aprendizagem propostos foram os seguintes:

Grupo 1: Formação docente em saúde

• Objetivos: refletir sobre a formação docente na área da saúde; refletir sobre o papel da docên-cia em saúde no ensino superior, e em outros cenários formativos a partir da realidade educa-cional brasileira e as políticas vigentes na área de saúde; utilizar o psicodrama pedagógico como estratégia de ensino-aprendizagem.

• Conteúdo: formação docente; psicodrama pedagógico na formação de professores.

• Atividade desenvolvida: realização do psicodrama pedagógico junto à turma da disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saúde

Grupo 2: Currículo e dretrizes curriculares nacionais da área da saúde

• Objetivos: discutir o conceito de currículo na área da saúde com base numa situação-problema; conhecer e analisar o documento das diretrizes curriculares para os cursos da área da saúde; utilizar uma estratégia dialógico-problematizadora no processo de ensino-aprendizagem.

• Conteúdo: currículo; Diretrizes Curriculares Nacionais da área da saúde; estratégia dialógico-problematizadora.

• Atividade desenvolvida: discussão de uma situ-ação-problema envolvendo uma reorganização curricular; leitura e análise das Diretrizes Curricu-lares Nacionais.

Grupo 3: Políticas públicas indutoras para a formação profissional em saúde

• Objetivos: conhecer e discutir as principais políticas públicas indutoras para a formação profissional em saúde: Pró-Saúde, Pet-Saúde, Mais Médicos, Ver-Sus, Pró-Ensino, entre outras; utilizar o júri simulado como estratégia de ensino-aprendizagem.

• Conteúdo: políticas públicas indutoras para a formação profissional em saúde; estratégia de ensino-aprendizagem (Júri Simulado).

• Atividade desenvolvida: organização e realização de um júri simulado para discutir as principais políticas indutoras para a formação profissional em saúde.

Grupo 4: Avaliação da aprendizagem

• Objetivos: refletir sobre as concepções de avaliação presentes no processo ensino-aprendizagem; conceituar e distinguir diferentes objetos de estudo da avaliação da aprendizagem; elencar instrumentos de avaliação utilizados no ensino em saúde; utilizar o mapa conceitual como estratégia de ensino-aprendizagem.

• Conteúdo: avaliação da aprendizagem; estratégia de ensino-aprendizagem (Mapa Conceitual).

• Atividade desenvolvida: discussão dos conceitos de avaliação educativa na saúde; elaboração e apresentação de um mapa conceitual.

Cenário didático da formação docenteA disciplina Processo Ensino-aprendizagem

foi dividida em duas etapas, a primeira, Estratégias de ensino-aprendizagem na formação docente teve como objetivos: aprofundar conceitos sobre formação docente; currículo; políticas indutoras da formação profissional em saúde; estratégias de ensino- aprendizagem e avaliação além de elaborar planos de aula utilizando estratégias dialógico-problematizadoras.

A segunda etapa da disciplina, Processo Ensi-no-Aprendizagem em Saúde foi ofertada, na modali-dade semipresencial, teve como objetivo desenvolver ações docentes de forma autônoma e cooperativa. Para tanto, fez-se necessário: revisitar e discutir o plano de aula de uma prática educativa, elaborado previamente; definir um roteiro de análise das práticas educativas; implementar a prática educativa planeja-da, registrando seu desenvolvimento e refletir sobre as práticas pedagógicas vivenciadas.

A disciplina, Formação Didático Pedagógica em Saúde, compreendeu o espaço de formação para a prática docente dos mestrandos que cursaram a disciplina anterior.

O quadro a seguir ilustra o desenho deste cenário:

Cenário didático da formação docente

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Etapas da formação de formadoresA etapa inicial da formação docente ocorreu

ao longo da disciplina Estratégias de Ensino-Aprendizagem onde foram aprofundados os conceitos e elaborados, em grupos, planos das aulas implementadas em seguida. Nos encontros da disciplina ocorreram duas palestras com especialistas, preleções dialogadas e reuniões em grupos de trabalho, orientadas pela equipe docente que contribuíram para a estruturação dos planos. Ao final, no sexto encontro presencial, foram apresentados e discutidos os planos desenvolvidos por cada grupo.

É importante observar que as aulas foram planejadas, pelos mestrandos, de acordo com o programa da disciplina Formação Didático Pedagógica em Saúde, campo de prática docente. Esta disciplina compreende dez encontros dos quais foram selecionados quatro para o desenvolvimento dos planos de aula elaborados pelos mestrandos.

Assim sendo, os conteúdos selecionados para as aulas foram: formação docente; currículo e Diretrizes Curriculares Nacionais; políticas indutoras de formação profissional em saúde e avaliação da aprendizagem. E as estratégias de ensino-aprendizagem planejadas pelos mestrandos e organizadas em quatro grupos foram: dramatização; indagação dialógico-

problematizadora; júri simulado e mapa conceitual respectivamente.

A etapa de implementação ocorreu ao longo da disciplina de Processo Ensino-Aprendizagem em Saúde. Esta disciplina foi trabalhada na modalidade semipresencial. No início da mesma, foram retomados os planos de aula, realizados estudos e reflexões teóricas sob orientação da equipe docente no sentido de avançar na construção de conhecimentos.

A prática docente ocorreu em quatro encontros presenciais na disciplina Formação Didático Pedagógica em Saúde. Em cada encontro participaram: mestran-dos que atuaram como equipe docente desenvolven-do as aulas planejadas; os colegas mestrandos que atuaram como observadores da prática docente de seus pares, a partir de um roteiro previamente elabo-rado; os pós-graduandos matriculados na Formação Didático Pedagógica que participaram na condição de alunos dos mestrandos e os docentes das disciplinas que atuaram como suporte.

O diagrama, a seguir, ilustra a sequência didáti-ca da disciplina Processo Ensino-Aprendizagem em Saúde e os conteúdos e estratégias didáticas desen-volvidas na disciplina Formação Didático-Pedagógica em Saúde a qual constituiu o cenário de prática.

Mestrado em Ensino em Ciências da SaúdeProcesso de formação docente

Durante os encontros da disciplina Processo Ensino-Aprendizagem foi elaborado um roteiro de observação e interpretação de práticas educativas. Enquanto um dos grupos de mestrandos implementava a estratégia os colegas observavam de acordo com as dimensões contempladas em roteiro. Os aspectos observados abrangeram três dimensões: Implementação da estratégia, comunicação e pressupostos pedagógicos, os quais foram aprofundados durante as aulas.

No seguinte tópico é apresentada a narrativa da experiência vivenciada pelos mestrandos do Grupo 3.

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE PRÁTICAS EDUCATIVASData: ___/___/___

Atividade Desenvolvida por:Atividade Analisada por:Tema:Contexto institucional:Local: Horário:Infraestrutura:

1- IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA

Gera momentos de abertura, desenvolvimento e fechamento.Problematiza o conteúdoA problematização considera a realidade dos alunos Recupera conhecimentos préviosIntroduz novos conhecimentosPromove a consciência do processo de construção de conhecimentos (relação entre os conhecimentos prévios e os novos)Realiza sínteses e fechamentos parciaisUsa adequadamente os recursos didáticosExiste coerência entre objetivos, conteúdos, estratégia e avaliação da aprendizagem.É avaliada a proposta educativa

2- COMUNICAÇÃO

Predomina uma abordagem comunicativa dialógica (considera as diferentes opiniões dos alunos, existe interanimação de ideias).Predomina uma abordagem comunicativa de autoridade (apenas uma voz é ouvida e não há interanimação de ideias)Existe interação (mais de um participa)Tipo de intervenção do docente:Existe clareza em relação às atividades propostasApresenta/expõeDebate/discute,Pergunta para avaliar,Pergunta para ativar a diversidade de opiniões,Provoca processo de meta-análise, Apresenta o seu posicionamento sobre a temáticaTipo de intervenção mais frequente dos alunos: Solicita esclarecimentos sobre as atividadesExpressa compreensão sobre a tarefa propostaEscuta passivamenteDebate/discute,Apenas responde pergunta sobre o conteúdo,Faz perguntas próprias sobre o conteúdo, Realiza processo de metacognição

3. PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS

Centralidade: No docenteNo alunoNo conteúdo Nas interaçõesModelo pedagógico predominante: Tradicional, Comportamentalista, Humanista, Construtivista, SocioculturalClima emocional predominante: TensoAutoritárioRespeitosoAmigável/cordialOutro

Dimensão predominante do conteúdo: Conceitual Procedimental Afetiva/Atitudinal

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Relato de vivência educativa

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Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Relato de vivência educativa

O planejamento em equipeAo nosso grupo (3) foi designado o planejamento

e implementação de uma aula referente a Políticas Públicas Indutoras para a Formação Profissional em Saúde junto aos pós-graduandos da disciplina de Formação didático-pedagógica em saúde, tendo como objetivos conhecer e discutir as principais políticas indutoras para a formação profissional em saúde. Para abordar essa temática inicialmente pensamos utilizar o Arco de Maguerez, como estratégia de ensino-aprendizagem.

Apresentamos aos professores e colegas de sala o plano de aula que seria implementado e percebemos que essa estratégia de ensino não seria a mais adequada para a abordagem de um assunto tão polêmico, complexo e extenso.

A professora Lidia Ruiz Moreno, coordenadora da disciplina Processo Ensino Aprendizagem, perce-bendo a nossa angústia, propôs um novo desafio: a realização de um júri simulado como estratégia de en-sino para abordarmos as Políticas Públicas Indutoras para a Formação Profissional em Saúde.

Aceitamos esse desafio e fomos nos debruçar sobre o assunto, pois, nenhuma integrante do grupo dominava o tema da aula a ser ministrado - Políticas Públicas Indutoras para a Formação Profissional em Saúde- como também, não havia domínio quanto à estratégia de ensino que seria utilizada para abor-dagem. Para auxiliar neste processo de apropriação, além de leituras e discussões em grupo, foi convidada uma especialista no tema que nos auxiliou na construção de conhecimentos.

Com alguns diálogos presenciais e troca de mensagens por e-mail, fomos elaborando o plano de aula baseado na estratégia de ensino “júri simulado”. Rascunhamos algumas vezes o nosso plano de aula até chegarmos a um consenso acreditando que nos levaria a uma experiência exitosa fazendo com que os alunos exercitassem a expressão comunicativa e o raciocínio através da argumentação, julgamento e tomada de decisões.

A afinidade e a reciprocidade de interação das componentes do nosso grupo, durante o planejamento,

fizeram com que pudéssemos organizar o trabalho no devido tempo. Elaboramos uma dinâmica que seria aplicada aos alunos, a qual foi muito bem aceita, tanto pelos colegas de nossa turma, como também pelos alunos de Pós-graduação da disciplina de Formação Didático-Pedagógica em Saúde da UNIFESP.

O planejamento auxiliou na integração do grupo, agregamos informações que nos proporcionaram a construção de conhecimentos referentes ao tema.

Plano de aula

• Mestrandas-docentes: Rosane Barreto Cardoso, Marcia Maria Macedo Machado e Zuleika Molina Hornero.

• Disciplina: Processo Ensino-Aprendizagem

• Tema da aula: Políticas Indutoras de Formação em Saúde.

• Tempo de duração (3 horas): início: 9h00 - término: 12h00.

• Objetivos da aula: discutir as políticas indutoras de formação em saúde.

• Síntese do assunto: discutir a formação em saúde particularmente na graduação constitui um desa-fio permanente. Corrigir o descompasso entre a orientação da formação dos profissionais de saúde e as necessidades da população, atual-mente intensificaram-se os debates voltados para a construção de novas práticas pedagógi-cas, apoiadas em currículos integrados, articu-lação entre ensino-serviço, são mudanças que dialogam com a formação mais crítica reflexiva que deve estar presente no decorrer da formação em saúde, sendo assim este módulo pretende promover um debate acerca das novas políticas indutoras de formação em saúde.

• Estratégias de ensino: discussão sobre as Políti-cas Indutoras de Formação em Saúde através do Júri Simulado, com a seguinte sequência de atividades:

Sequência de atividades

Ação Observações Tempo

Apresentação e dinâmica de grupo

Não comentar que será feito o Júri SimuladoImplementação da dinâmica

20 min

Levantar o conhecimento dos alunos referente ao Programa Mais Médicos

Lançar a seguinte pergunta:

Vocês conhecem o Programa Mais Médicos? Por que este Programa foi criado pelo governo?Não vamos dar informações sobre o Programa e sobre as Políticas Indutoras, vamos apenas instigá-los à discussão.

20 min

Dividir os alunos em 5 grupos, para leitura de um trecho de uma revista sobre o Mais Médicos

Distribuir a cópia da revista para que eles discutam sobre o Programa. 10 min

Dividir e explicar aos alunos a encenação do Júri Simulado

Dos 5 grupos pretendemos tirar um representante para encenar um personagem do Júri:

Réu – Programa Mais Médicos1 aluno – Juiz (manterá a ordem dos trabalhos e formulará os quesitos ao conselho de sentença – Irá condenar ou absolver o Programa Mais Médicos)1 aluno – Escrivão (tem a responsabilidade de fazer o relat ório dos trabalhos)1 aluno Promotor, com mais 3 alunos apoiando nas discussões / acusação – (fará argumentações de acusação do programa Mais Médicos)1 aluno, com mais 3 alunos apoiando nas discussões – Advogado de Defesa – (fará argumentações a favor do Programa Mais Médicos)5 alunos (grupo) conselheiros de sentença - (após ouvir os argumentos de ambas as partes, apresentam sua decisão final)

Os demais farão parte da Plenária.

10 min

Encenação Júri SimuladoPalavra final do Juiz

Inicia com o promotor.2 rodadas para defesa e acusação.

20 min

Intervalo 10 min

Preleção dialogada com especia-lista na área

A partir das dúvidas identificadas na etapa anterior, introduzir teoria e conhecimentos novos sobre Mais Médicos e Políticas indutoras de Formação em Saúde.

30 min

Retomar os grupos (5), para leitura de pequenos textos sobre os Programas: Ver-SUS, PET--Saúde, Pró-Saúde, Pré-Resi-dência e Telessaúde.

Solicitar aos alunos para que façam a leitura do texto e entregar por escrito um resumo do objetivo do Programa e lançar a resposta de seguinte pergunta:

Você acha que este Programa fomenta realmente subsídios para a formação de profissionais de saúde, para que estes possam atender às demandas da população?

20 min

Apresentação breve dos grupos – Referente à leitura crítica dos textos

5 min para cada grupo 25 min

Encerramento Vamos perguntar se ficou alguma dúvida referente aos textos e se há sugestões quanto à metodologia de ensino utilizada para explanação deste tema.

20 min

Referências:BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde – Pró-Saúde: objetivos, implementação e desenvolvimento potencial / Ministério da Saúde, Ministério da Educação. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. http://www.prosaude.org/publicacoes/index.php

CORDEIRO, H. & MINAYO, C. Saúde: concepções e políticas públicas. In: Saúde trabalho e formação profissional (A. A. Amancio Filho & Moreira, M.C.G. orgs.) p.49-61, Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997.

Revista Brasileira Saúde da Família, Ano 14, números 35-36, maio/dez

> 2013 Coordenação, Distribuição e informações:> MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção à Saúde / Departamento > de Atenção Básica

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A sequência didática

A sequência didática da implementação da proposta educativa junto aos pós-graduandos da disciplina de Formação Didático-Pedagógica consistiu nos seguintes passos:

• Dinâmica de apresentação dos participantes

• Apresentação da proposta educativa

• Desenvolvimento do Júri Simulado

• Preleção dialogada com especialista da área

• Distribuição de textos sobre as políticas induto-ras e fechamento

• Avaliação da experiência

1. Dinâmica de apresentação dos participantes

Iniciamos a aula com nossa apresentação ape-nas como docentes mediadoras, e não comentamos como seria a estratégia de ensino-aprendizagem uti-lizada, justamente para que os alunos ficassem aten-tos ao que seria apresentado adiante.

Partimos para a dinâmica de interação para a aproximação dos alunos: escrevemos os nomes dos alunos em um papel, cortamos individualmente cada nome e juntamos os papéis para a realização do sorteio. Cada aluno retirou um nome de um (a) colega da turma, tal qual a brincadeira “amigo secreto”. Distribuímos folhas de sulfite para que individualmente cada aluno expressasse em palavras ou desenho pelo menos cinco características do colega sorteado, sem colocar nomes. Após, três minutos recolhemos essas folhas e fizemos a colagem no quadro branco à frente na sala.

Solicitamos para que cada aluno levantasse e escolhesse uma das folhas que mais identificasse as suas características. Quando todos estavam com suas possíveis folhas, deu-se início à descoberta de seus verdadeiros papéis. Esta dinâmica proporcionou um “quebra gelo” e ao mesmo tempo possibilitou uma reflexão sobre percepção, avaliação e auto-avaliação a partir da imagem projetada de cada indivíduo.

A dinâmica foi bem aceita pelo grupo, houve integrante que pediu para “fazer novamente” e aproveitando este momento de “confraternização e descontração” iniciamos uma reflexão com o grupo sobre a mesma para buscar sentidos e significados de avaliação seguida de introdução à polêmica temática “Programa mais Médicos”.

2. Apresentação da proposta educativa

Continuamos o diálogo com o grupo pedindo que expressassem sua percepção sobre o Programa Mais Médicos. Sem manifestarmos nossas opiniões sobre o tema, promovemos um breve debate.

Poucos alunos conheciam profundamente o Programa, muitos relataram que já escutaram sobre o tema na TV – “... que apresentava uma visão negativa sobre o “Programa Mais Médicos”, muitos alunos expressavam-se contra o Programa. Apesar de um curto debate, as contribuições foram importantes e consistentes, abriram espaço para depoimentos levando em consideração uma série de fatores, tais como: “... o programa é um cabo eleitoreiro”; “... manobra política”; “... falta de

infraestrutura para a utilização do SUS no Interior de São Paulo”; “...o Programa tem médicos, porém faltavam medicamentos”; “... necessidade de investir e combater as causas, para que este programa de fato atinja a falta de atendimento”; “... falta de políticas públicas relacionadas ao plano de carreira”; ”... querendo resolver o problema a curto prazo sem levar em consideração que o impacto será a longo prazo”; ”... enviar profissional para a periferia sem mobilizar a população”; ”... doenças ocupacionais sem qualidade no fluxo de trabalho”; ”... necessidade de planejamento”, etc...

Este debate foi importante para que nós, professores, pudéssemos perceber o conhecimento que cada aluno possuía e, isso facilitou a escolha dos atores do Júri.

Solicitamos aos alunos que formassem grupos para a leitura de um trecho de uma revista que argumentava sobre a política do “Programa Mais Médicos”. A tática era que em cada grupo fosse escolhido um ator para o Júri.

Após a leitura apresentamos como seria a discussão deste texto e também foi indagado aos alunos se entre os componentes dos grupos havia ocorrido alguma “política de discussão”.

Muitos relataram que não conheciam a política do Programa, e, naquele momento, começaram a ter outra visão sobre o tema.

3. Desenvolvimento do júri simulado

Foi uma surpresa para os alunos a formação de

um júri. Nós optamos por escolher os atores principais do referido júri, pois, a maioria era contra “O Programa Mais Médicos”. Para que estes não manifestassem seu ponto de vista e, certamente, com base na dis-cussão do texto, escolhemos propositadamente um aluno que era a favor do Programa para ser o advogado de defesa.

Para contribuir com o cenário descontraído trouxemos um mar-telo, capa preta para o juiz e plaquinhas de identificação dos car-gos de escrivão, pro-motor e advogado de defesa.

Atribuímos os demais “atores” do júri simulado da seguinte maneira:

• 1 aluno – Juiz (elaboração de quesitos ao con-selho de sentença – condenação ou absolvição do “Programa Mais Médicos”);

• 1 aluno – Escrivão (confecção de um resumo da discussão desenvolvida na simulação);

• 1 aluno - Promotor / Acusação – (argumentações de acusação do “Programa Mais Médicos”), mais 3 alunos deram apoio ao promotor;

• 5 alunos (grupo) conselheiros de sentença - (após ouvir os argumentos de ambas as partes, apresentaram sua decisão final);

• 1 aluno – Advogado de Defesa – (argumentações a favor do Programa Mais Médicos), 3 alunos deram apoio ao Advogado de defesa.

Fonte: Acervo Cedess/Unifesp

Fonte: Acervo Cedess/UnifespFonte: Acervo Cedess/Unifesp

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. IIJúri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Os demais alunos foram divididos em conselheiros

de sentença e Plenária. O réu foi representado por um cartaz do “Programa mais Médicos” (colocado na lousa da classe).

Após 10 minutos para formulação dos argumentos de defesa e acusação, solicitamos aos alunos que formassem a encenação do júri simulado.

Tivemos muita sorte na escolha dos atores da encenação do júri, principalmente do Juiz, que não se deixou levar por opiniões, mas, sim, por embasamento teórico onde transcorreram as discussões. Os demais alunos expressaram suas experiências e vivências na área da saúde, julgando o Programa.

Gratificante foi observar que todos argumentaram e exploraram seus conhecimentos prévios sobre o tema. Para nós foi uma surpresa o desenvolvimento dos participantes. Todos participaram, sem exceção, com argumentações retiradas do texto com muito respeito e profissionalismo.

A encenação iniciou-se com as argumentações de acusação – contra o Programa – do promotor que elencou os seus questionamentos, embasando-se no texto (trecho da revista) entregue no início da aula e pesquisas feitas na internet na própria sala de aula utilizando um smartphone.

O advogado de defesa junto com seus 3 colegas exploraram seus argumentos a favor do Programa, tam-bém utilizando trechos do texto e pesquisas na internet.

Após escutar as duas partes o promotor (acusação) e o advogado de defesa, o juiz solicitou aos demais alunos que compusessem a plenária para que os ouvintes também argumentassem sobre o tema.

Finalizando as discussões solicitamos aos alu-nos do conselho de sentença para que expressassem suas argumentações sobre o Programa para auxiliar o juiz na sentença final. O escrivão leu o re-sumo elaborado com base nas discussões, agregando conheci-mento para que o Juiz e os demais co-legas da turma pu-dessem construir seu argumento final e, consequentemente, o conhecimen-to sobre o tema em questão que fazia parte do con-teúdo da aula. Desta forma, baseando-se nos relatos dos alunos podemos concluir que eles conseguiram discutir a respeito do Programa, refletindo sobre as Políticas Indutoras de Formação em Saúde.

Sentença do Juiz“Diante do exposto, onde promotoria e a defesa colocam seus pontos de vista baseados no documento ‘Mais médicos amplia o acesso à atenção básica e estimula mudanças na saúde’, temos que lembrar que o Brasil é um país de dimensões continentais e toda comparação, tanto quanto Uruguai e Inglaterra, são pobres, somos todos muito diferentes. Brasil, considerado um país em desenvolvimento, em alguns momentos precisará de atitudes drásticas. Não há na história condições que você primeiro deixa o ambiente totalmente favorável para depois começar uma ação, isso é uma fantasia, romântico. Então, baseado na defesa e nas condições do nosso país eu aprovo o programa Mais Médicos”.

4. Preleção dialogada com especialista da área

Encerrada a simulação do Júri chegamos à segunda parte da aula, com a apresentação de uma especialista em Políticas Indutoras de Formação em saúde.

Os professores do CEDESS convidaram a Profa. Beatriz Jansen para uma breve explanação sobre o tema principal da aula para que o assunto fosse tratado de forma mais sistematizada.

Ela conseguiu fazer um link dos assuntos discutidos durante a simulação, seu objetivo era de uma conversa para tentar colocar a questão do “Mais Médicos” dentro de um contexto maior de formação de recursos humanos em saúde. Apresentou as principais Políticas Públicas Indutoras para a Formação Profissional em Saúde: Pró-Saúde, Pet-Saúde, Mais Médicos, Ver-Sus, Pró-Ensino, entre outras, complementando as informações e dirimindo dúvidas dos alunos, inclusive porque durante a simulação foram levantadas algumas questões que subsidiaram a explanação da professora. Sua apresentação foi ampla e com uma participação ativa dos alunos, o que entendemos ter sido um diferencial da aula.

5. Distribuição de textos sobre as políticas indutoras e fechamento

Após a apresentação da professora convidada, distribuímos cópias de textos (entre os grupos formados na sala) referentes aos Programas do Ministério da Saúde (Pet- Saúde, PRÓ-Saúde, PRÓ-Residência, Telessaúde, e VER-SUS), a fim de que os alunos pudessem realizar a leitura dos mesmos, com mais tempo, quando lhes fosse possível, pois não havia tempo para mais uma atividade prevista no plano.

6. Avaliação da experiência

Pedimos aos alunos que comentassem alguns pontos fortes e negativos da aula, se conseguimos atingir o objetivo de organizar um júri simulado para discutir as políticas indutoras para a formação profissional em saúde, e a opinião dos mesmos sobre a estratégia de ensino-aprendizagem aplicada, assim como a sequência que se deu a aula.

Não foram relatados pontos negativos ou melhorias para essa aula, em um consenso todos os alunos ficaram surpresos quanto à abordagem do tema com a aplicação de um júri simulado. Até aquele momento, nenhum dos pós-graduandos havia participado de uma aula com essa estratégia, o que foi muito interessante, pois nem os alunos e assim comoprofessores (grupo 3) haviam vivido essa experiência de aplicação do Júri Simulado.

Fonte: Acervo Cedess/Unifesp

Fonte: Acervo Cedess/Unifesp

Fonte: Acervo Cedess/Unifesp

Fonte: Acervo Cedess/Unifesp

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Reflexão sobre a prática docente

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Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Reflexão sobre a prática docenteNossa experiência foi muito proveitosa, embora

inicialmente tenha provocado muita ansiedade em relação “ao novo”. Em todo contexto da nossa aula tanto a estratégia como a metodologia sugerida pela coordenação foram um grande desafio.

Nenhuma das integrantes do grupo jamais havia participado de um júri simulado, e foi muito importante o suporte que tivemos da Profa. Lídia Ruiz e equipe, pois sem este apoio, seria muito difícil de implementar a técnica com êxito.

Entendemos que um dos nossos maiores desafios era o de realizar um planejamento da estratégia de ensino-aprendizagem que pudesse envolver o maior número de alunos da classe, o que, efetivamente, ocorreu, pois, através da atividade do Júri Simulado, os alunos puderam registrar as opiniões através da abordagem comunicativa sobre um assunto polêmico da atualidade, como por exemplo, o Programa Mais Médicos.

Contribuímos também como mediadoras e facilitadoras pela escolha da estratégia, e a abordagem comunicativa passou por alguns fundamentos: dialógica, de autoridade e interativa.

Percebemos que neste grupo os facilitadores foram: o apoio, a contribuição de cada um no planejamento e a oportunidade de todos participarem da aula como mediadores, assim como, a participação

efetiva e motivadora dos alunos, tanto na encenação do júri como na participação geral da aula.

Nossa percepção é que conseguimos trabalhar como mediadoras, envolvendo os alunos com o assunto em pauta, estimulando os mesmos a contextualizarem o tema por meio da simulação do júri. Quanto à nossa convidada, Profa. Beatriz Jansen foi um mérito tê-la em nossa aula, pois, ela foi complementando as informações iniciais, dando estrutura para o desfecho, abrilhantando o nosso trabalho, e nos apoiou com o material que ela apresentou.

Para finalizar, entendemos que houve um envolvi-mento de todos os alunos da sala de aula no que diz respeito à análise e avaliação do tema proposto, com objetividade e dinamização, o que contribuiu para a harmonização da relação docente-aluno.

Wiki: autoavaliação no ambiente virtualO processo de avaliação da Formação Docente

compreendeu três etapas que utilizaram o ambiente virtual de aprendizagem. Para isto, a equipe docente da disciplina Processo de Ensino-Aprendizagem do Mestrado Profissional, disponibilizou um wiki na plataforma Moodle para autoavaliação de cada grupo que foi elaborada em forma de narrativa e acompanhada pela equipe docente conforme ilustrado a seguir:

EnunciadoCaros participantes do Grupo 3,Este espaço está reservado para que vocês façam coletivamente a narrativa sobre a experiência vivenciada, considerando os seguintes aspectos:1. Descrição de forma reflexiva da prática implementada;2. Relatos de momentos de sucessos e de possíveis dificuldades;3. Comentários sobre como foi o planejamento e implementação da prática trabalhando em equipe;4. Descrição de como foi a relação e comunicação professor-aluno, aluno-aluno.

Bom trabalho!!Abraços,Equipe Docente

Wiki - Grupo 3 - Narrativa sobre a experiência vivenciada

A visão dos pares sobre a prática docente

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Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

A visão dos pares sobre a prática docente

Fórum de discussão: observação e inter-pretação da prática docente pelos pares

O fórum foi mais uma das ferramentas utilizadas no processo de avaliação da Formação Docente e aplicado no ambiente virtual de aprendizagem. Neste caso, a ferramenta foi empregada para registros das observações realizadas pelos pares ao longo

da prática docente e interação entre os mestrandos na plataforma Moodle. A seguir ilustramos como ocorreu este processo que foi formatado conforme o roteiro de observação da prática, relacionado a três aspectos: Implementação da prática, comunicação e pressupostos pedagógicos.

Implementação da Prática

Re: Implementação da Prática

por KAREN - Thursday, 17 April 2014, 14:08

Adorei a apresentação do grupo 03. Trabalhar o assunto políticas de saúde com profissionais de saúde não é tarefa fácil, além de ser extremamente abrangente e com diversas opiniões.

Para se trabalhar num grupo tão diversificado, o grupo escolheu a temática “Mais Médicos”, assunto extremamente atual e relevante para todos.

Trouxeram texto atual com dados estatísticos a fim de se apresentar o programa, abriram e fecharam muito bem as discussões, colaboraram para a divisão do júri e problematizaram a temática durante todo o processo. Foi visível o aprofundamento sobre a temática durante todo o processo.

Finalizaram com uma aula expositiva dialogada com a profa. Beatriz, englobando aspectos difundidos durante toda a discussão e refazendo todo processo construtivo do grupo.

A dinâmica do Júri Simulado foi muito bem desenvolvida, com participação de todos os alunos, com a serenidade, profundidade e leveza para se propor uma boa e ampla discussão.

Re: Implementação da Prática

por HELENA - Saturday, 19 April 2014, 17:19

O grupo implementou muito bem a prática. As professoras souberam conduzir apropriadamente um grupo muito diversificado em termos de carreiras profissionais e pontos de vista.

A dinâmica proposta no início da aula foi muito boa para integrar mais o grupo, seguida do levantamento dos conhecimentos sobre o programa mais médicos.

A estruturação do júri foi melhor elaborada quando as professoras souberam as opiniões de cada aluno, onde alunos que desaprovam o programa mais médicos tiveram que defendê-lo.

Foi uma ótima estruturação, pois os alunos tiveram que respeitar algo que desaprovam, assim como opiniões contrárias às suas.

A aula da professora veio para arrematar dúvidas e pensamentos errôneos, o que foi muito esclarecedor.

Gostei muito da implementação desta atividade.

Caros mestrandos,

Com base na observação presencial na aula e no preenchimento do roteiro individual de observação e a leitura do wiki vamos dar a devolutiva para o grupo 3. Assim este fórum esta organizado em três eixos: implementação da prática, comuni-cação e pressupostos pedagógicos. Retome os seus comentários de cada item do roteiro para compartilhar com o grupo que desenvolveu a aula. O grupo que implementou a prática pode interagir com os colegas que observaram.

Boa discussão, Equipe docente

Fórum 5 - Avaliação coletiva das práticas educativas implementadas pelo Grupo 3

Re: Implementação da Prática

por MARCIA - Monday, 21 April 2014, 21:11

Que bom que vocês gostaram, eu também gostei muito da oportunidade de vivenciar uma aula com uma turma tão diversificada, conforme a Helena comentou. Com certeza, bem mais experientes do que podemos imaginar. Acredito que a experiência deles ajudou muito na implementação da nossa prática, porque o que seria do Júri se eles não a tivessem participado?

Re: Implementação da Prática

por Polyana - Thursday, 24 April 2014, 22:19

A implementação da prática ocorreu de maneira insti-gante, mantendo tantos os participantes quanto nós (observadores) motivados e curiosos e com positivas expectativas quanto ao que ocorreria na sequência. Tais expectativas foram atendidas e atingiram os objetivos propostos.

Parabéns ao grupo pelo êxito na implementação da estratégia.

Re: Implementação da Prática

por ANGELA - Saturday, 3 May 2014, 00:44

Parabéns ao grupo pelo implementação da prática.

O júri simulado permitiu um amplo debate sobre o tema, muito bem problematizado, levando em consideração o conhecimento prévio do grupo. Existiu coerência entre os objetivos, conteúdos e estratégia utilizada.

Re: Implementação da Prática

por ROSANE - Sunday, 4 May 2014, 10:01

Olá, colegas e professores. Muito obrigada, pelo retorno.

A principio fiquei muito apreensiva com a proposta do Júri, pois não havia aplicado. Foi muito valida à experiên-cia, acredito que todos aprenderam. Agora posso utilizar essa estratégia e outras que observei na minha prática como docente. Aprendemos, aprendendo......

Abraço, Rosane

Re: Implementação da Prática

por MICHELLE - Monday, 23 June 2014, 08:43

O grupo realizou a atividade de maneira muito interessante e interativa com os alunos, desde o momento da apresentação dos objetivos da aula, passando pelos momentos de apresentação dos alunos mostrou o quanto a equipe havia planejado a atividade de maneira concisa, objetiva proporcionando momento de abertura, desenvolvimento e fechamento. O debate sobre o Programa Mais Médicos e as políticas indutoras de formação de recursos humanos, mediado por Júri simulado fez uma grande diferença. Discutir assuntos polêmicos onde as opiniões divergem, dependendo do tipo de estratégia pedagógica pode tornar-se cansativo e tendencioso. Porém, o grupo desenvolveu muito bem a técnica, permitindo aos alunos a exposição de suas opiniões, momentos de aprofundamento sobre o tema e finalizando de forma brilhante com a execução do Júri simulado.

Comunicação

Re: Comunicação

por Ana Paula - Friday, 18 April 2014, 10:06

Olá colegas,

O grupo utilizou muito da comunicação dialógica e interativa, percebendo a participação de todos no primeiro momento, o das discussões, só achei que no momento do Júri Simulado, os que ficaram de fora dos principais atores do Júri, não participaram ou participaram muito pouco, poderia ter estimulado mais a participação dos suplentes, ou fazer um Júri onde houvesse a participação da plateia.

O grupo também soube conduzir e deixar claro a atividade que seria realizada.

Ficou claro que o grupo estimulou a discussão, principalmente no momento do Júri em relação aos advogados de defesa e a promotoria, havendo o processo de metacognição.

A participação do juiz também foi um momento marcante, pois o mesmo ao se pronunciar analisou os fatos levan-tados, e ficou do lado, mesmo acredito não aceitando, da realidade em que estamos vivendo.

Abs,

Re: Comunicação

por HELENA - Saturday, 19 April 2014, 17:13

A comunicação na atividade foi efetiva e muito bem permeada pelas professoras.

Foi uma atividade dialógica, onde alunos e docentes expuseram opiniões e todas estas foram respeitadas e aceitas por ambos os grupos.

Tais opiniões foram utilizadas para a construção do conhecimento ao final da atividade.

Re: Comunicação

por ADRIANA - Sunday, 20 April 2014, 12:23

Na aula do grupo 3 a comunicação foi o ponto forte. Foi envolvente.O grupo utilizou o modelo dialógico propondo assim a interação das ideias dos alunos e considerando o conhecimento prévio de cada um.

As professoras assumiram a postura de mediadoras, cooperando na construção do conhecimento, permitindo a livre expressão e respeitando as diversas opiniões.

Re: Comunicação

por MARCIA MARIA - Monday, 21 April 2014, 23:59

Agradeço as considerações de todos.

Foi uma experiência única, e adorei ter participado.

Como a Adriana comentou a comunicação foi o ponto forte. No meu entender foi dialógica interativa, mesmo no momento da exposição da Profa. Beatriz ela deu oportunidade para participação dos alunos a cada slide.

Foi gratificante.

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Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Re: Comunicação

por ANDREIA DA SILVA SANTOS - Tuesday, 22 April 2014, 09:57

Bom dia a todos! O grupo proporcionou um discurso diálogo, que por sinal foi muito bem conduzido, de forma que pudesse interagir entre os alunos acerca da estratégia do Júri Simulado.

Re: Comunicação

por Marta - Thursday, 24 April 2014, 23:09

Durante a aula predominou a abordagem comunicativa dialógica num processo de interanimação de ideias fluído entre os alunos, entre os professores e os alunos, com debates e discussões de acordo com a proposta da estratégia. Apenas ao final da aula, num momento de exposição conceitual, a professora procurou ter uma comunicação expositiva dialógica, porém os alunos ficaram mais passivos.

Re: Comunicação

por ANGELA - Saturday, 3 May 2014, 00:40

Predominou-se a comunicação dialógica e interativa, onde a estratégia utilizada permitiu ter um amplo debate sobre o tema. Além disso, as docentes desenvolveram o papel de mediador do conhecimento.

Pressupostos Pedagógicos

Re: Pressupostos Pedagógicos

por KAREN GRUBE GLAUSER - Thursday, 17 April 2014, 14:16

Nas questões metodológicas, ora a aula estava centrada no aluno, ora no conteúdo mais ao final, no docente, achei essa transição entre as centralidades extremamente válida. Percebeu-se a evolução nas discussões do início para o meio e fim do encontro. Predominância construtivista e sociocultural. E ao final um pouco de tradicional

Re: Pressupostos Pedagógicos

por Ana Paula - Friday, 18 April 2014, 09:54

Bom dia e FELIZ PÁSCOA a todos e todas, As profes-soras/alunos utilizaram-se da metodologia sociocultural e construtivista, somente no final, no momento em que a docente foi se aprofundar na temática da aula, que a mesma utilizou-se da abordagem tradicional com o tipo de aula expositiva. No primeiro momento da aula, a mesma estava centrada no aluno, no conhecimento prévio dos mesmos sobre as políticas em saúde, depois passou a centralização da aula no conteúdo, e por fim no docente. Com as alternadas, percebeu-se um cresci-mento no desenvolvimento da aula. Foi muito prazeroso assistir a aula ministrada pelas professoras/alunas. Abs,

Re: Pressupostos Pedagógicos

por HELENA - Saturday, 19 April 2014, 17:09Ficou muito evidente que o grupo tinha uma proposta construtivista para elaborar sua atividade.

Percebi que foi exatamente isto que o grupo conseguiu, pois elencaram os conhecimentos prévios dos alunos no início da atividade e reconstruíram tais conhecimentos no decorrer da mesma. Acredito que durante a atividade

do júri simulado, somente o conhecimento do educando é que era o centro da atividade. Todavia, mesmo com a aula expositiva da professora Beatriz, os conhecimentos trazidos somente complementaram as dúvidas dos alu-nos. Acredito que os pressupostos estavam adequados e foram atingidos.

Re: Pressupostos Pedagógicos

por ADRIANA - Sunday, 20 April 2014, 12:41

Concordo com as opiniões das minhas colegas Karen, Ana Paula e Helena. Podemos dizer que o foco pedagógico utilizado na aula do grupo 3 foi, inicialmente, o modelo aproximativo/ativo, centrado no aluno, norteado pelos pressupostos do construtivismo. Houve também uma triangulação PROFESSOR-ALUNO-SABER. Utilizaram fontes atuais de informação, suscitaram curiosidade e provocaram a participação dos alunos, propondo confronto e busca de soluções/respostas por meio da estratégia Júri Simulado.

A figura da docente trazendo um fechamento teórico sobre o SUS permitiu um desfecho coerente e relevante.

Re: Pressupostos Pedagógicos

por ANDREIA - Tuesday, 22 April 2014, 10:05

O grupo utilizou da abordagem Construtivista, pois o estudante constrói seu conhecimento por meio da discussão entre eles, primeiro utilizando os conceitos prévios e posteriormente os embasados na literatura para criarem argumentos a favor e contra o tema discutido.

Re: Pressupostos Pedagógicos

por Polyana - Thursday, 24 April 2014, 21:54

Boa noite! Na aula pude perceber um predomínio dos pressupostos pedagógicos da teoria sociocultural e do construtivismo, pois adotou-se uma abordagem centrada no aluno, bem como nas interações.

Parabéns ao grupo, que soube conduzir a estratégia com seriedade e maestria. Abraços

Re: Pressupostos Pedagógicos

por Marta - Thursday, 24 April 2014, 23:24

Com relação aos pressupostos pedagógicos, durante o desenvolvimento da estratégia observou-se que peda-gogicamente a centralidade predominava no aluno e nas interações para a construção do seu conhecimento e, mais ao final da aula, houve uma certa centralidade no conteúdo e no docente talvez pela dimensão conceitual deste.

O modelo pedagógico, portanto, mesclou os modelos construtivista e sociocultural. O clima emocional foi respeitoso, amigável e cordial durante toda a aula, mesmo nos momentos mais acirrados do debate entre promotoria e defesa.

Re: Pressupostos Pedagógicos

por ANGELA - Saturday, 3 May 2014, 00:36

Concordo com os demais colegas ao afirmar que os pressupostos pedagógicos foram pautados no construtivismo (apenas no final, com o fechamento da professora, abordou-se o conteúdo de forma tradicional) centrado no aluno e nas interações, predominando um clima respeitoso e cordial.

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. IIJúri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Comentários finais

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. IIJúri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Comentários finaisA experiencia educativa, que consistiu no

desenvolvimento de uma proposta de formação docente, com a participação de mestrandos do Programa Ensino em Ciencias da Saúde, os quais planejaram , implementaram e analisaram uma ação educativa utilizando como cenário de prática a Disciplina Formação Didático Pedagógica em Saúde, permitiu ao conjunto dos participantes, docentes, mestrandos-docentes e pós-graduandos da mencionada disciplina vivenciar uma prática inovadora e articular aspectos relevantes do binomio Saúde-Educação contextualizados no cenário de políticas públicas no Brasil. A contribuição das equipes de pesquisadores das universidades argentinas, com experiência no campo da comunicação (UNC) e na elaboração de narrativas sobre a prática docente (UNRC) gerou um fecundo espaço de trocas de saberes que concretizou-se nesta narrativa.

Os seguintes relatos, elaborados pelas mestrandas-docentes descrevem alguns dos aspectos relevantes propiciados pela experiencia vivenciada.

“Minha participação no projeto de pesquisa sobre formação docente no qual participam o Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde – CEDESS/UNIFESP, o Departamento de Enseñanza de la Ciencia y la Tecnologia de la Faculdad de Ciências Exactas Físicas e Naturales da UNC e o Centro de Enseñanza de las Ciencias da Facultad de Ciencias Físicas, Químicas y Naturales (FCFQN) da Universidad Nacional de Rio Cuarto, Córdoba, Argentina, foi extremamente proveitoso para meu trabalho docente”.

“Digo isso porque entendo que, o uso de estratégias problematizadoras como o júri simulado empregado neste dia, contribuiu sobremaneira para a uma formação em saúde, de fato mais ampliada e, portanto, sustentável”.

“Assim, desde a escolha do tema, o “Programa Mais Médicos” entendi que partir da discussão sobre nosso sistema de saúde, o Sistema Único de Saúde – SUS seria possível construir junto com os alunos, o conhecimento necessário para a compreensão do

momento que o Brasil vive quanto ao processo de formação de recursos humanos em saúde.

Acredito que as questões mais centrais como os problemas orçamentários e de gestão relativos ao funcionamento do SUS, proporcionaram ao grupo uma compreensão mais densa sobre o impacto que as mesmas causam no seu uso.

Para além dessa discussão, percebi que a apresentação das atuais políticas e programas implantados em nosso país, contribuiu para um entendimento maior das dificuldades e peculiaridades que um país continental como o nosso tem na oferta de um sistema como o nosso.

Como recursos didáticos usei a exposição dialogada com material do Power Point disponibilizado para os alunos, seguida de discussão problematizada.

Senti que o grupo aderiu com profundidade à discussão e desenvolveu a estratégia do júri simulado com muita propriedade e segurança”.

“Experiências como esta, qualificam o exercício docente refletindo diretamente numa formação mais rica e ampliada neste importante campo da vida humana: a saúde”.

Como responsável pelas disciplinas ofertadas, Processo Ensino-Aprendizagem e Formação Didático Pedagógica em Saúde relato minha satisfação pelas aprendizagens propiciadas a partir da experiência, as quais abrangem aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais. A formação docente em saúde, para além do desenvolvimento de aspectos técnicos, constitui um pressuposto central de nossa proposta considerar a prática docente como eixo central de análise e reflexão articulando conhecimentos didático–pedagógicos com o contexto social e político nos quais estão inseridos.

O triângulo didático estabelecido, consistente em objeto de aprendizagem, docentes e estudantes, no qual a equipe docente da disciplina Processo Ensino-Aprendizagem se desloca para a construção de um novo triangulo, desta vez com os mestrandos assumindo o papel docente deixa relevantes aprendizados para todos.

A forma como foi desenvolvida a proposta formativa, priorizando a participação dos estudantes, a autoria na elaboração dos planos e relatos, a reflexão sobre a própria prática, a escuta das observações dos colegas e docentes de forma construtiva se constituíram também em conteúdos de formação docente.

O trabalho em equipe docente, a troca de opiniões e saberes realizado de forma respeitosa, não sem conflitos, mas estes sendo trabalhados com maturidade foi um dos aspectos mais valorizados pelos participantes.

Esta experiência nos anima a continuar propondo desafios que, embora planejados, vão tomando rumos próprios em cada situação já que a voz de todos os mestrandos-docentes, pós-graduandos e pesquisadores das universidades parceiras é ouvida gerando ciclos de aprendizagem e produção de conhecimento conjuntos,

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. IIJúri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

Bibliografia

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. IIJúri Simulado como Estratégia de Ensino-Aprendizagem de

Políticas Indutoras da Formação Profissional em Saúde: O Caso do Programa Mais Médicos

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Cadernos de Teorias e Práticas Educativas em Saúde - Vol. II

Dados dos autores

Rosane Barreto Cardoso

Atua na formação de profissionais da área da saúde, desde o ano 2010, como docente de enfermagem em cursos técnicos e de graduação em escolas privadas e no setor de Educação Permanente em instituições de saúde. Atualmente é tutora de um curso de

pós-graduação em Gestão em Enfermagem (modalidade EAD), pela UNIFESP e Enfermeira de Desenvolvimento Operacional e Administrativo (Implantação, implementação e educação permanente dos processos assistenciais informatizados) em um hospital privado, na cidade do Rio de Janeiro- RJ. Mestranda em Ensino em Ciências da Saúde, pelo CEDESS/UNIFESP; Pós-graduanda em Planejamento, Implementação e Gestão da EAD, pela UFF; Especialista em Enfermagem em Cardiologia pela UNIFESP; Pós-graduada em Docência para o Ensino Superior, pela FALC e Pós-graduada em Gestão em Enfermagem, pela UNIFESP

Zuleika Molina Hornero

Mestranda em Ensino em Ciências da Saúde pelo CEDESS/UNIFESP, possui Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Recursos Humanos pela UNIP - Universidade Paulista; Diploma Superior de Espanhol como Língua Estrangeira pela Universidad

de Salamanca e Licenciatura Plena em Inglês e Português (Letras) pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Trabalhou quase 29 anos como Assistente de Direção da BIREME/OPAS/OMS- Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde e atualmente exerce o cargo de Secretária Executiva no Escritório Técnico de Apoio à Gestão e Assuntos Estratégicos da Reitoria da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.

Marcia Maria Macedo Machado

Especialista em Administração de Recursos Humanos pela Faculdade Brasileira de Recursos Humanos - Instituto Hoyler (2005), possui graduação em Administração de Empresas pelo Instituto de Educação Costa Braga (1990). Tem experiência na

área de Educação pelo trabalho de 20 anos na Universidade Federal de São Paulo, atuando como Administradora de Projetos de Pesquisa Financiados com Recursos Públicos. Ministrou palestras no Projeto Jovem cidadão e Programas de Capacitação Institucional com tema 5S. Atualmente é mestranda do Ensino Profissional em Ensino em Ciências da Saúde pelo Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde - CEDESS/ UNIFESP.

Christine Barbosa Betty

Doutora em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP (2011), mestra em Educação em Saúde pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR (2005), graduada em Pedagogia (1986) e em Administração Escolar (1997) pela Universidade de Fortaleza. Especialista

em Gestão Pública – UCDB (2013); Educação em Saúde Pública – UNIFOR (2000); Gestão Escolar - UECE (1999) e Comunicação Social - Publicidade e Propaganda - UNIFOR (1999). Docente no ensino superior, coordenadora de curso de graduação, assessora pedagógica, pesquisadora e orientadora de TCCs da Universidade de Fortaleza de 08/2000 a 04/2012. Experiência profissional na área da educação, com ênfase em planejamento educacional, administração e coordenação de escolas, e na área da comunicação, com atuação em planejamento de comunicação e administração de agência de comunicação social. Técnica em Assuntos Educacionais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP - Guarulhos de 05/2012 a 02/2014. Atualmente TAE no Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde - CEDESS da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP onde atua como docente e pesquisadora na formação de docentes para o ensino superior na área da saúde desde 03/2014.

Beatriz Jansen

Pós-doutora em Ciências da Saúde na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. É docente do Programa de Pós Graduação Ensino em Ciências da Saúde do Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde - CEDESS da UNIFESP. Possui

doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. É Coordenadora de Projetos do Espaço de Apoio ao Ensino e Aprendizagem - EA2 da Pró-Reitoria de Graduação da Unicamp, onde foi assessora para implantação da Faculdade de Ciências Aplicadas - FCA, coordenando o Núcleo Básico Geral Comum, tendo sido a docente responsável pela disciplina Ética e Cidadania, integrante deste núcleo. É presidente do Conselho do Programa de Moradia Estudantil da Unicamp. Na área da educação desenvolve atividades de pesquisa, docência e de consultoria nas áreas de avaliação, organização curricular e inovação pedagógica. Tem trabalhado em pesquisas no âmbito de organizações curriculares inovadoras. Foi assessora junto a Pró- reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários PREAC/ Unicamp atuando como Coordenadora de Assuntos Comunitários. Atua no âmbito da formação junto ao Programa Pró- Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES do Ministério da Saúde como membro da Comissão Assessora para a formação de recursos humanos em saúde. Foi consultora junto a FUNDAP no Programa de formação de técnicos de enfermagem TEC-SAÚDE, atuando como assessora da Coordenação Pedagógica na elaboração de material áudio-visual e eventos presenciais e de EAD no campo da avaliação. Foi consultora pela FioCruz junto a Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS - UNA - SUS na área de avaliação em ambientes presenciais e de EAD. Tem exercido atividades de atenção à saúde em UBS, de docência, pesquisa e de consultoria há 30 anos no âmbito da saúde nas áreas de Saúde Coletiva e Epidemiologia, tanto na graduação como na pós-graduação e na educação nas áreas de formação de recursos humanos em saúde, currículos na saúde e inovação pedagógica. Exerceu atividades de consultoria nas áreas de saúde e educação junto a órgãos internacionais como OPAS, UNESCO e PNUD. Tem experiência no uso de plataformas digitais e ambientes virtuais de aprendizagem há mais de 10 anos em instituições como Ministério da Saúde, Fundap e UNASUS.

Lidia Ruiz-Moreno

Realizou Pós-Doutorado no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP); Doutorado em Ciências Biológicas Universidad Nacional de Córdoba; Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas; Graduação em Licenciatura em Ciências

Biológicas . Atualmente é Professora Adjunta no campus São Paulo no CEDESS - Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, onde atua como docente no Programa de PósGraduação Ensino em Ciências da Saúde. Exerce a coordenação da disciplina de Formação Didático-Pedagógica em Saúde, ministrada aos pós-graduandos strito sensu da Unifesp. Tem experiência nos seguintes temas: ensino superior na área da saúde, formação docente, currículo, estratégias problematizadoras de ensino-aprendizagem e avaliação. É responsável pelos convênios de intercambio entre a UNIFESP e duas universidades públicas federais argentinas.

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