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16 A CAFEÍNA AFECTA A LONGEVIDADE? Daniela Godinho, João Munhão & Paulo Pinheiro Prof.-orientadores: Alda Fidalgo e João Fidalgo Estudos realizados em todo o mundo demonstram que “81% da população mundial consome refrigerantes, 75% café, 65% chocolate e 37% chá.” Todos estes produtos têm em comum, um narcótico actualmente apreciado pela sua capacidade de manter o organismo desperto em situações de fadiga a cafeína. É conhecido que a cafeína afecta de forma muito diversa o comportamento humano, sendo um dos aspectos mais documentados a estimulação da actividade cerebral e o aumento do estado de vigília. Por outro lado, não estão tão bem documentados os efeitos do consumo de produtos com cafeína, a longo prazo, na saúde humana. O objectivo deste projecto é avaliar os efeitos da cafeína na longevidade de organismos teste (Daphnia magna stauss e Drosophila melanogaster), nomeadamente, pretende-se estudar eventuais alterações no tempo médio de vida desses organismos, após submissão continuada a alimento contendo doses de cafeína calculadas em função das quantidades ingeridas pelos humanos. Concluiu-se-se que os indivíduos de D.magna foram afectados pela cafeína, tanto na longevidade como na reprodução, de uma forma crescente com o aumento da concentração do narcótico. É também visível que a partir de valores de concentração muito elevados (a partir de 100 μg/mL), a cafeína afecta de igual forma os indivíduos. Para D.melanogaster verificou-se que a cafeína tem diferentes efeitos sobre os indivíduos, dependendo das concentrações a que estes são expostos. Quando estas são elevadas, regista-se uma diminuição significativa da longevidade, enquanto que para concentrações reduzidas (10 μg/mL): 1. Alguns indivíduos foram afectados de forma negativa (a sua longevidade diminuiu). 2.Outros indivíduos manifestaram uma longevidade acrescida, denotando um efeito positivo da cafeína.

CAFEÌNA LONGEVIDADE16

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A CAFEÍNA AFECTA A LONGEVIDADE? Daniela Godinho, João Munhão & Paulo Pinheiro Prof.-orientadores: Alda Fidalgo e João Fidalgo

Estudos realizados em todo o

mundo demonstram que “81%

da população mundial consome

refrigerantes, 75% café, 65%

chocolate e 37% chá.” Todos

estes produtos têm em comum,

um narcótico actualmente

apreciado pela sua capacidade de manter o organismo

desperto em situações de fadiga – a cafeína. É

conhecido que a cafeína afecta de forma muito diversa

o comportamento humano, sendo um dos aspectos

mais documentados a estimulação da actividade

cerebral e o aumento do estado de vigília. Por outro

lado, não estão tão bem documentados os efeitos do

consumo de produtos com cafeína, a longo prazo, na

saúde humana.

O objectivo deste projecto é avaliar os efeitos da

cafeína na longevidade de organismos – teste

(Daphnia magna stauss e Drosophila melanogaster),

nomeadamente, pretende-se estudar eventuais

alterações no tempo médio de vida desses organismos,

após submissão continuada a alimento contendo doses

de cafeína calculadas em função das quantidades

ingeridas pelos humanos.

Concluiu-se-se que os indivíduos de D.magna foram

afectados pela cafeína, tanto na longevidade como na

reprodução, de uma forma crescente com o aumento

da concentração do narcótico. É também visível que a

partir de valores de concentração muito elevados (a

partir de 100 µg/mL), a cafeína afecta de igual forma

os indivíduos. Para D.melanogaster verificou-se que a

cafeína tem diferentes efeitos sobre os indivíduos,

dependendo das concentrações a que estes são

expostos. Quando estas são elevadas, regista-se uma

diminuição significativa da longevidade, enquanto que

para concentrações reduzidas (10 µg/mL):

1. Alguns indivíduos foram afectados de forma

negativa (a sua longevidade diminuiu).

2.Outros indivíduos manifestaram uma longevidade

acrescida, denotando um efeito positivo da cafeína.