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Brasília, Distrito Federal Julho/Agosto de 2015 ANO 1 - Nº 09 www.sindilegis.org.br CâmaraemPauta ABATE-TETO Sindilegis orientou cerca de mil fili- ados sobre como proceder para garantir que seus contracheques não entrem no corte. Página 9 FESTA JUNINA Arraiá Legis 2015 marca noite fria em Brasília com comidas típicas, muita música e diversão! Páginas 20 a 22 VPI Sindilegis ingressou na justiça para obter reajuste referente à Vantagem Pecuniária Individual. Somente filiados terão direito a reajuste. Páginas 7 e 8 Sindilegis entra em vigilância permanente pelo Pró-Saúde Boatos sobre repasse de fundos do gerenciador do plano de saúde para seguro de vida de parlamentares agitaram Câmara dos Deputados durante mês de junho A pós ter conhecimento sobre possíveis alte- rações no Pró-Saúde, sistema autogestor do plano de saúde dos servidores da Câmara dos Deputados, a diretoria do Sindilegis traçou estratégias, durante a segunda metade do mês de junho, com o objetivo de apurar se as informações referentes ao boato eram, de fato, verdadeiras. Apesar das informações terem sido desmentidas diversas vezes pela Diretoria-Geral da Casa, a decisão, tomada em assembleia pela categoria, permanece e o Sindilegis se manterá vigilante até o dia 2 de fevereiro de 2017, data que marca o encerramento do mandato do Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha. Leia mais nas páginas de 3 a 6. KÍSSILA VASCONCELOS - ASCOM SINDILEGIS Servidores lotaram o auditório Nereu Ramos em assembleia que detalhou o funcionamento do Pró-Saúde.

CâmaraemPautad389l2puw6tfl5.cloudfront.net/publicacoes/camaraed9_web_2.pdfBrasília, Distrito Federal • Julho/Agosto de 2015 • ANO 1 - Nº 09 • CâmaraemPauta AbAte-teto Sindilegis

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Brasília, Distrito Federal • Julho/Agosto de 2015 • ANO 1 - Nº 09 • www.sindilegis.org.br

CâmaraemPauta

AbAte-tetoSindilegis orientou cerca de mil fili- ados sobre como proceder para garantir que seus contracheques não entrem no corte. Página 9

FestA juninAArraiá Legis 2015 marca noite fria em Brasília com comidas típicas, muita música e diversão! Páginas 20 a 22

VPi Sindilegis ingressou na justiça para obter reajuste referente à Vantagem Pecuniária Individual. Somente filiados terão direito a reajuste. Páginas 7 e 8

sindilegis entra em vigilância permanente pelo Pró-saúdeBoatos sobre repasse de fundos do gerenciador do plano de saúde para seguro de vida de parlamentares agitaram Câmara dos Deputados durante mês de junho

Após ter conhecimento sobre possíveis alte-rações no Pró-Saúde, sistema autogestor do plano de saúde dos servidores da Câmara dos

Deputados, a diretoria do Sindilegis traçou estratégias, durante a segunda metade do mês de junho, com o objetivo de apurar se as informações referentes ao boato eram, de fato, verdadeiras. Apesar das

informações terem sido desmentidas diversas vezes pela Diretoria-Geral da Casa, a decisão, tomada em assembleia pela categoria, permanece e o Sindilegis se manterá vigilante até o dia 2 de fevereiro de 2017, data que marca o encerramento do mandato do Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha. Leia mais nas páginas de 3 a 6.

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Servidores lotaram o auditório Nereu Ramos em assembleia que detalhou o funcionamento do Pró-Saúde.

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Presidente:nilton Rodrigues da Paixão Júnior

Vice-Presidente Executivo para a Câmara dos Deputados:Paulo Cezar Alves

Vice-Presidente Executivo para o Senado Federal:Petrus Elesbão lima da Silva

Vice-Presidente Executivo para o TCU:Eduardo Dodd Gueiros

Diretor Jurídico:José Carlos de matos

Diretor de Marketing, Propaganda, Publicidade e Comunicação Social:márcio Hudson de Arruda Figueiredo

Diretor de Aposentados e Pensionistas:ogib Teixeira de Carvalho Filho

Diretor Administrativo, de Finanças e Patrimônio:Dario Fava Corsatto

Secretário-Geral:José márcio Ribeiro da Costa

Diretor Social e Esportivo:Alison Aparecido martins de Souza

Diretora de Educação Continuada, Cultura, Igualdade de Gênero e Meio Ambiente:Giovana Dal Bianco Perlin

Diretor Interinstitucional:olavo de Souza Ribeiro Filho

Diretora de Integração Regional:Simone maria Barbosa Ferreira

Diretor de Benefícios, Serviços, Produtos e Vantagens:Helder Pinto Azevedo

Diretora de Comissionados:mathildes Pereira Ribeiro Castilho

Diretor de Observação Política, Acompanhamentos de Proposições e Assessoramento Parlamentar:Fernando moutinho Ramalho Bittencourt

DiRetoRiA eDitoRiAL

no Pró-saúde, não!

eXPeDiente

PUBLICAÇÃO ESPECIAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER LEGISLATIVO FEDERAL E DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL - Nº. 09 - JULHO/AGOSTO DE 2015. Editor(a) responsável: Carolina Augusta. Redação e revisão: Camila Schreiber, isabel Carvalho, Kíssila Vasconcelos, luísa Dantas e marcelo Bolzan. Fotografia: Assessoria de Comunicação do Sindilegis. Coordenador Setorial de Comunicação Social na Câmara: luiz Paulo Pieri. Projeto gráfico e direção de arte: mídia Futura Comunicação e marketing. Tiragem: 5.000 exemplares.

não há valor para a vida e acredito que este pensamento, dentre os seres humanos, acaba por se tornar unânime. Quando alguém fica doente, não importa a cor da pele, o cargo que exerce ou quantas propriedades tem em sua posse; o mais importante, naquele momento, é que absolutamente tudo o que está ao alcance seja feito a fim de preservar aquela vida. Por isso que a nossa mobilização a favor do Pró-Saúde, e contra qualquer ação que venha a danificar o funcionamento dele, foi clara, direta e concisa: no Pró-Saúde, ninguém mexe! no Pró-Saúde, não!

não vamos aceitar! nenhum de nós. Se for preciso, vamos nos mobilizar de novo e lutar intensamente por essa inestimável causa. Estamos lutando por nossas vidas, a vida dos nossos filhos, dependentes, colegas que se aposentaram e tantos outros. Estamos lutando por 16 mil vidas. Para alguns, esse pode parecer apenas um número, mas, como presidente do Sindilegis, eu afirmo: são vidas. Vidas que precisam ser respeitadas e tratadas com transparência e honestidade.

Após a audiência pública com os membros do Conselho Gestor do Pró-Saúde, ocorrida em 26 de junho, voltava para a sede do Sindilegis e uma história me veio, coincidentemente, à mente. lembrei-me da fábula do sapo e do escorpião, onde o escorpião pede carona para o sapo que, desconfiado, o indaga por diversas vezes sobre como ele poderia confiar de que não seria morto na travessia. o escorpião responde, sabiamente, a todas as questões, dizendo que caso cometa qualquer ato contra o sapo, ambos acabariam morrendo e, assim, o convence a transportá-lo. o problema acontece quando logo no meio do percurso o sapo é surpreendido com uma picada do escorpião. Assustado, o sapo questiona o bicho sobre o porquê de fazer aquilo, no qual o escorpião apenas responde: “- Desculpe, mas é da minha natureza fazer isso. não me contenho!” o final da história você deve imaginar: os dois morrem afogados no rio.

A parábola trata justamente sobre confiança e traição. É sobre a limitação alheia. É sobre a vida e o respeito. nessa situação, o sapo e o escorpião perderam as vidas. E é para isso que as fábulas existem, para nos ensinar a não cometermos erros seme-lhantes, mas levar em consideração ações e atitudes; levar em consideração um histórico alarmante que diz: “Cuidado, não confie!”. E como confiar em alguém que já provou a nós, servidores, sociedade e imprensa, tantos indícios de sua verdadeira natureza? o fato é: não podemos ser negligentes como o sapo dessa história.

nossos corpos são nossas casas, onde habitam tudo o que já fomos, conquis-tamos e queremos ser. Querer mexer no Pró-Saúde é como invadir o nosso lar e querer levar dele o chão, as estruturas, a base. Afinal – e aqui reitero o que falei na audiência pública – fundos sem fundos tornam-se buracos. Por isso, essa atitude preventiva e de luta tem data mínima de duração: 2 de fevereiro de 2017.

Agora, o que espero é a prova de que o Pró-Saúde continuará intocado. E caso isso não ocorra, aviso previamente: não seremos os sapos esperando por mudanças e vivendo com promessas. Estamos vigilantes. Estamos a postos. Estamos prontos para lutar pelo Pró-Saúde.

Nilton PaixãoPresidente do Sindilegis

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Após os boatos sobre um pos-sível desvirtuamento dos valores do fundo de reserva do atual gerenciador do plano

de saúde dos servidores, o Pró-Saúde, para outras finalidades, o Sindilegis, em parceria com entidades repre-sentativas, não mediu esforços para esclarecer se os rumores eram, de fato, verdadeiros ou não. Iniciados no dia 18 de junho, a notícia começou a per-correr os corredores da Casa após uma reunião entre o Presidente da Câmara, Deputado Eduardo Cunha, e os Líderes de partidos.

Com o intuito de resguardar os direitos de seus filiados, o Sindilegis se reuniu com a categoria em três situa-ções: em uma vigília no Salão Verde, realizada em 22 de junho; uma assem-bleia, que ocorreu no dia 23 de junho; e uma audiência pública com toda a categoria e os membros do Conselho Gestor do Pró-Saúde, que aconteceu em 26 de junho. O posicionamento da Administração da Câmara permanece, ainda, que todos os boatos são infun-dados e que não haverá nenhuma alte-ração no Pró-Saúde. Para saber mais detalhes sobre os desdobramentos de

cada acontecimento, continue lendo os textos a seguir.

VigíLiA contRA intenção De ALte-RAção no PRó-sAúDe

Aproximadamente 800 servidores da Câmara dos Deputados se reu-niram, no dia 22 de junho, no Salão Verde da Casa, em uma vigília que buscou sensibilizar parlamentares e autoridades da Câmara contra qual-quer alteração no Pró-Saúde. A ini-ciativa foi promovida pelo Sindilegis, em parceria com Aslegis, Unalegis, ASTEC, Infolegis, Ascade, Asa-CD e APCN, e contou com o apoio maciço dos servidores.

O clima de descontentamento e indignação tomou conta da vigília. Durante o evento, o presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, assegurou que o Sindicato está atento e não vai admitir qualquer intenção de desvirtuamento dos valores do fundo reserva do Pró-Saúde. “O fundo reserva do Pró-Saúde é intocável. Estamos em estado de vigília permanente. A indignação dos servi-dores é compartilhada com o Sindicato em razão dos desencontros de informa-ções dos últimos dias”, assegurou.

Na oportunidade, Nilton Paixão anunciou aos servidores que foram protocolados dois ofícios destinados à Presidência da Câmara e à Diretoria-Geral pedindo mais esclarecimentos sobre a intenção de alterações no Pró-Saúde.

Em um dos ofícios, o Sindicato pediu, inclusive, a realização de audi-ência pública, com a participação dos servidores da Câmara dos Deputados e com a presença do Conselho Gestor do Pró-Saúde, a fim de serem prestadas todas as explicações referentes ao Plano de Saúde.

O analista legislativo da Câmara dos Deputados e presidente da Unalegis, Magalhães, garantiu que a vigília foi positiva, uma vez que houve a parti-cipação expressiva dos servidores no ato. Para ele, uma solução para a situ-ação seria um diálogo aberto entre o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e os servidores.

AssembLeiA-geRAL PeLA intocAbi-LiDADe no PRó-sAúDe com mAnu-tenção Do AtuAL

Centenas de servidores, a diretoria do Sindilegis e entidades parceiras

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União entre Sindilegis, entidades parceiras e toda categoria foi imprescindível para combater os rumores de que fundos do Pró-Saúde seriam repassados para seguro de vida de parlamentares. Sindicato e categoria permanecem, porém, em vigilância

boatos sobre alteração no Pró-saúde marcam o mês de junho na câmara dos Deputados

Presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, conclama categoria para manter-se unida.

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como Aslegis, Ascade, Unalegis, Asa-CD, ASTEC, Infolegis e APCN, unidos por uma mesma causa: intocabilidade do Pró-Saúde com manutenção integral do atual modelo de gestão e repasses orçamentários. A decisão surgiu após assembleia convocada pelo Sindicato com toda a categoria na tarde de 23 de junho, no Espaço do Servidor.

Os presentes decidiram fazer uma vigília permanente, para que não haja qualquer ato que possa causar prejuízos aos direitos dos servidores, principal-mente no programa que gerencia um dos maiores patrimônios da categoria, que é o Pró-Saúde.

O vice-presidente do Sindilegis para a Câmara, Paulo Cezar, afirmou que a entidade exigirá a manutenção do atual modelo do programa. “Faremos o de sempre: defender com unhas e dentes o que é direito nosso. Não vamos admitir que cesse o repasse orçamentário ao Pró-Saúde. Manteremos uma vigi-lância permanente e trabalharemos

todos juntos pela intocabilidade do nosso patrimônio”, comentou o vice-presidente.

Durante a assembleia, alguns ser-vidores também contribuíram com sugestões para melhor condução da vigília permanente aprovada. Entre elas, a formação de comissões que ficarão responsáveis por elaborar notas técnicas e distribuí-las nas Bancadas Parlamentares, a fim de atualizar a legislação e resguardar os direitos da categoria.

Do Espaço do Servidor, os filiados decidiram percorrer os corredores da Câmara em direção ao Salão Verde, com gritos de ordem “Não, não, não, no Pró-Saúde não” e “No Pró-Saúde ninguém mexe”. O movimento chamou a atenção da imprensa e de alguns Deputados.

Por solicitação do Presidente da Câmara, o Deputado Chico Alencar, que estava em reunião de Líderes, conversou com os dirigentes sindicais

e repassou o posicionamento de Cunha de que nada será alterado no gerenciamento do Pró-Saúde.

“Perguntei ao presidente da Casa sobre esses rumores de se mexer no plano de saúde. Ele me disse que havia recebido a diretoria do Sindilegis e, inclusive, solicitado à Diretoria-Geral para desmentir a informação na sexta-feira (19) e outra hoje, terça (23). E, perante todos os líderes, ele disse o seguinte: ‘Olha, eu não tenho que desmentir o que não é um fato’. Então, estou transmitindo com a máxima fidelidade possível o breve diálogo na reunião coletiva. O Sindicato de vocês está dialogando com os membros da Mesa para que essa situação seja sanada de uma vez por todas”, revelou Alencar.

AuDiênciA PúbLicACerca de 400 servidores e repre-

sentantes de associações da Câmara lotaram o auditório Nereu Ramos,

Em assembleia-geral, Sindilegis, entidades parceiras e categoria decidem manter-se vigilantes até o final do mandato de Eduardo Cunha, temendo possÌveis alterações no Pró-Saúde.

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no Anexo II da Casa, em 26 de junho. Foi uma resposta à convocação do Sindilegis e entidades parceiras para comparecimento à audiência pública com membros do Conselho Gestor do Pró-Saúde para esclarecimentos dos últimos boatos referentes ao geren-ciamento do fundo de reserva do plano de saúde.

A mesa foi composta por todos os membros que estruturam atualmente a diretoria do Pró-Saúde, conforme estabelecido pelo Ato da Mesa nº 76/2005, buscando apresentar à cate-goria os componentes que, de fato, gerenciam o plano da Casa. De acordo com dados apresentados na audiência, o total de beneficiários do Pró-Saúde ultrapassa o número de 16 mil pes-soas, entre servidores ocupantes de cargo efetivo, aposentados, pensio-nistas e seus dependentes, bem como parlamentares ativos e aposentados incluídos no plano em 1998.

O Diretor-Geral da Câmara e

Presidente do Pró-Saúde, Rômulo Mesquita, transmitiu as palavras do atual Presidente da Casa, Deputado Eduardo Cunha, de que não há e nunca houve nenhuma intenção em fazer qualquer alteração no modelo atual do plano de saúde dos servidores. Além disso, considerou o momento oportuno para que a categoria pudesse esclarecer quaisquer dúvidas refe-rentes ao assunto.

“Estou aqui para transmitir nova-mente a mensagem de que não há intenção alguma de se modificar o nosso plano. O que foi pedido, na rea-lidade, foi um estudo para conhecer melhor o Pró-Saúde porque nem o presidente e os parlamentares o conhecem detalhadamente. Nosso Presidente [Eduardo Cunha] nunca falou em usar nossa reserva para nenhuma outra atividade que não seja em benefício dos servidores e parla-mentares, que também são benefici-ários. O intuito é apenas que o nosso fundo traga ainda mais retorno aos beneficiários”, explicou.

A Diretora-Geral adjunta da Câmara dos Deputados, Cássia Botelho, rati-ficou as palavras do Diretor-Geral e explicou que o estudo visa apenas um melhor gerenciamento do atual modelo do Pró-Saúde. “Esse estudo, inclusive, será feito em parceria com o Sindilegis, que também é parte do Conselho Gestor do nosso programa. Vamos nos reunir antes de apresen-tarmos nossa proposta ao Presidente da Câmara com os diretores do Sindicato. Nenhuma decisão será tomada sem o consentimento dele”, avisou.

O presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, também compôs a mesa no início da audiência e reiterou que, de fato, ouviu as palavras proferidas

anteriormente pelo Deputado Eduardo Cunha. Contudo, afirmou que isso não implica que a categoria deva se desmobilizar e perder a união em um momento crucial como o que se vive atualmente na Casa.

“É verdade que houve essas pala-vras da Presidência, mas isso não implica que devamos nos desmobi-lizar. Nós não decidimos na assem-bleia-geral até que data ficaríamos mobilizados, mas acho que tem de ser até 2 de fevereiro de 2017. Um fundo só é fundo porque tem fundos; se você tira os fundos desse fundo, ele vira buraco. Então, toda alternativa pas-sará pelo conhecimento do Sindilegis, que não tomará nenhuma decisão que não seja a soberania da assembleia-geral”, reafirmou.

Além disso, o presidente do Sindicato ressaltou a importância do Pró-Saúde. “Esse programa é muito mais importante do que ganhar bem, em termos de remuneração. Basta passar um dia na UTI para ver que essa remuneração que tanto falam não suporta uma hora de UTI. Muitos amigos aqui só estão vivos porque têm o Pró-Saúde. Não podemos abrir mão dele e tenho certeza de que continua-remos firmes e juntos nessa luta. Além disso, vamos visitar cada Deputado na própria casa deles, para mostrar que quando se toca em saúde mexe na casa da gente”, afirmou.

No entendimento do presi-dente da Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Câmara dos Deputados (Asa-CD), Roberto Guimarães, a audiência foi funda-mental para fortalecer a união entre os servidores e dar-lhes oportunidades para que pudessem tirar dúvidas sobre o Pró-Saúde de maneira geral.

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Salão Verde da Câmara foi tomado por servidores descontentes com rumores referentes ao plano de saúde.

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Sempre vigilante aos direitos e aos interesses dos servidores da Câmara dos Deputados, o Sindilegis - representado pelo vice-presidente Paulo Cezar Alves - participou da primeira reunião do Conselho Gestor do Pró-Saúde, no dia 09 de julho, após audiência provocada pelo Sindicato no fim de junho. No encontro, foram apresentados os dois novos integrantes: o segundo vice-presidente da Casa, Deputado Fernando Lúcio Giacobo, e o suplente da Mesa Diretora, Deputado Luiz Henrique Mandetta.

A reunião serviu para apresentar aos novos conselheiros como funciona o Programa que gerencia o plano de saúde dos servidores, parlamentares e ex-parlamentares; qual é sua autonomia, qual o custo, entre outras atribuições.

Ao tomarem conhecimento da relevância do Pró-Saúde, os par-lamentares disseram que são favoráveis à manutenção do fundo de reserva para prestação de serviço de qualidade à categoria e apre-sentaram sugestões que passarão por análise pelo Conselho Gestor, tais como campanha de divulgação do Programa.

A próxima reunião do Conselho está previsto para agosto, quando será apresentado um estudo que está sendo feito junto aos deputados.

A diretoria do Sindilegis reforça que está em alerta quanto a qualquer movimentação que prejudique os filiados e manterá a categoria informada sobre novos acontecimentos.

Reunião Do conseLho gestoR Do PRó-sAúDe é AcomPAnhADA PeLo sinDiLegis

PeRguntAs e ResPostAs Após as explanações e esclareci-

mentos dos membros da mesa, o Diretor do Pró-Saúde, Ricardo Kowalski, apre-sentou um histórico do programa, além de dados que demonstram como o plano de autogestão funciona. Segundo ele, o fundo de reserva do programa tem a participação exclusiva dos servidores e destino garantido para o uso.

Os servidores tiveram a oportuni-dade de realizar perguntas por escrito, que foram respondidas pelos membros do Conselho Gestor do Pró-Saúde. Questionamentos como a redução do orçamento relacionado à assistência, à adesão de dependentes com mais de 25 anos, à administração e à fiscalização do fundo foram respondidas em um intervalo de quase 3 horas. O Conselho garantiu que o uso do fundo é privado e que não passará por mudanças. Além disso, também afirmou que outras audi-ências serão realizadas para debater o programa e que é imprescindível a parti-cipação do Sindilegis e da categoria como um todo.

O presidente do Sindicato, Nilton Paixão, sugeriu à Diretora-Geral Adjunta, Cássia Botelho, que os estudos sejam apresentados a toda categoria em audiência pública. A sugestão foi aceita.

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Novos membros do Conselho foram apresentados na reunião. São os deputados Mandetta e Giacobo.

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Pró-saúde é tema de reunião do sindilegis com comissão Permanente de servidores

Servidores tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e foram informados sobre os desdobramentos da última reunião do Conselho Gestor do Programa

Em continuidade ao que foi deliberado em assembleia com os servidores da Câmara dos Deputados, no último dia

23 de junho, o Sindilegis e entidades parceiras como Aslegis, ASTEC, Infolegis e Unalegis permanecem vigilantes em relação ao Pró-Saúde. Por isso, no dia 14 de julho, os representantes do Sindilegis Paulo Cezar Alves (Paulinho) e Helder Azevedo se reuniram com a Comissão Permanente de servidores, criada para tratar do Pró-Saúde, para repassar os desdobramentos da última reunião do Conselho Gestor, ocorrida no dia 09 de julho. Paulinho, além de vice-pre-sidente do Sindilegis para a Câmara, também é conselheiro do Programa.

Segundo o vice-presidente do Sindilegis, na reunião, o cenário se desenhou positivamente, uma vez que os parlamentares apresentados como novos conselheiros, Fernando Lúcio Giacobo e Luiz Henrique Mandetta, saíram em defesa do atual modelo

de gestão do plano e afirmaram que a situação do fundo de reserva é de equilíbrio, não havendo necessidade de mudanças.

Ainda de acordo com Paulinho, na reunião foi apresentado projeto para expandir o plano de saúde dos servi-dores também para Deputados. Para isso, estudos atuariais estão sendo encomendados, com a finalidade de certificar a possibilidade dessa expansão. Segundo o vice-presi-dente do Sindilegis, os Deputados só ingressarão no Pró-Saúde se houver viabilidade, de acordo com o resul-tado da pesquisa.

“Avalio a possibilidade de expansão do Pró-Saúde para os Deputados como algo positivo, uma vez que, dentro do plano, eles lutarão para que o atendimento seja melhor e, com certeza, isso será benéfico para os servidores. Mas na reunião ficou bem claro que nada será feito antes do resultado da análise atuarial”, ressaltou Paulinho.

A previsão é que os estudos atua-riais estejam finalizados em agosto. Após a apresentação do estudo para o Conselho, o Sindilegis deve se reunir novamente com a Comissão Permanente de servidores para informar o resultado da pesquisa e avaliar novos passos a serem dados pelo Sindicato em conjunto com a categoria.

muDAnçA De nome

Outro ponto debatido durante a reunião foi a mudança de nome do gestor do plano de saúde dos servi-dores para “Saúde Caixa”. A alte-ração, de acordo com os servidores presentes, seria para evitar confusões junto aos hospitais e clínicas creden-ciadas, uma vez que o plano de saúde dos servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) também é Pró-Saúde. A sugestão também será apresentada na próxima reunião do Conselho.

Comissão Permanente de servidores volta a se reunir para apresentar sugestões ao Pró-Saúde.

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DemAnDAs

Ação coletiva visando obter o reajuste de 13,23% é ajuizada

Por meio do escritório Ibaneis Advocacia e Consultoria, o Sindilegis ajuizou ação cole-tiva com o objetivo de obter o

reajuste das remunerações, proventos e pensões no percentual de 13,23%, referente à Vantagem Pecuniária Individual (VPI), em prol de filiados.

O escritório obteve vitória no julgamento da Arguição de Inconstitu-

cionalidade nº 2007.41.00.004426-0, em prol da Anajustra, em igual processo judicial e, no dia 8 de julho, a 2ª Turma do TRF da 1ª Região analisou e deu provimento a mais de 20 processos referentes ao pedido de reajuste de 13,23%. Em todos os casos o Colegiado, de forma unânime, entendeu que os servidores fazem jus ao reajuste.

O processo dos filiados do Sindilegis está em trâmite na 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, sob o nº 0034841-16.2015.4.01.3400 e aguarda a contestação da União.

De acordo com os advogados res-ponsáveis pelo processo, a vitória na demanda é absolutamente viável, tendo em vista que recentemente

o colegiado do STJ posicionou-se favoravelmente ao tema (Resp nº 1.355.439/RS; REsp nº 1.536.597/DF; AgResp nº 310.686/DF).

“A situação de quem vai ingressar com o processo hoje é relativamente mais tranquila. Não que seja fácil, mas a jurisprudência começa a se firmar no sentido favorável no âmbito do Tribunal Regional Federal”, afirmou Renato Barros, advogado do escritório do Ibaneis Rocha.

De acordo com o definido em assembleia, os filiados ao Sindilegis não pagarão custas processuais para ingresso na ação. Somente haverá cobrança em caso de êxito, que será de 10% (dez por cento) sobre os atrasados

O processo buscará resgatar o percentual da Vantagem Pecuniária Individual (VPI)

Durante a reunião, diretores e filiados das três Casas trataram da VPI, garantia estendida a todos os servidores efetivos.

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do Poder Executivo na época, que era de R$ 420,66. Só que o aumento con-cedido pelo governo não contemplou as outras categorias que recebiam a mais, havendo uma violação do princípio da isonomia e do próprio texto constitucional.

o Que é VPi

No ano de 2003, o Governo Federal, ao tentar fazer a recomposição da perda salarial, prometeu a concessão de um reajuste geral de 14,23%. No momento de implementar esse reajuste, o valor foi maquiado com um benefício intitulado Vantagem

Pecuniária Individual, que separou o reajuste geral em duas leis: a Lei 10697, que concedeu 1%; e a Lei 10698, que concedeu essa chamada VPI no valor de R$ 59,87.

Esse valor representava um rea-juste de 14,23% sobre o menor salário

Havendo concessão de tutela antecipada

Sindicalizados: 13,23% sobre vencimentos, proventos e/ou pensões a partir da concessão.

Havendo sentença favorável ao reajuste

Sindicalizados: 13,23% sobre vencimentos, proventos e/ou pensões a partir da sentença.

Havendo deferimento para pagamento de valores retroativos aos últimos 5 anos

Sindicalizados: 13,23% sobre vencimentos, proventos e/ou pensões e 13º salário.

entenDA como cALcuLAR os seus gAnhos

*Obs.: No total acima não estão incluídos a atualização monetária e os juros.

Salário em reais: 20.000,00 Índice de correção: 13,23% Correção em reais (mensal) 2.646,00 Total ano - inclusive com 13º salário : 34.398,00(valor da correção R$ 2.646,00 x 13) Total em cinco anos: 171.990,00

eXemPLo:

Supondo um salário de R$ 20.000,00 sem qualquer correção (valor fixo nos últimos 5 anos)

Para ingressar na ação, basta se sindicalizar e preencher autorização, que pode ser retirada em um dos postos do Sindilegis na Câmara dos Deputados (27º andar do anexo I), no Senado Federal (gráfica do Senado, sala 4040), ou no TCU (anexo 3, subsolo, sala 14). Para mais informações,

QuAL A imPoRtÂnciA DA FiLiAção Ao sinDiLegis

Havendo concessão de tutela antecipada, no momento processual adequado, para a aplicação imediata do per-centual pleiteado, ela alcan-çará somente os filiados ao Sindilegis até a data do defe-rimento da tutela pretendida.

Na sentença proferida em prol da Anajustra, foi deter-minado que apenas os filiados à entidade teriam direito à percepção do retroativo aos últimos cinco anos. Os não filiados não terão direito a receber retroativos na ação.

o sinDicAto tem oRientADo os seR-ViDoRes no sentiDo De Que:

e sobre a primeira incorporação.Segundo o presidente Nilton

Paixão e o diretor administrativo Dario Corsatto, o Sindilegis procurou quem efetivamente ganhou a ação

e tem a expertise. Foi celebrado um acordo com o Ibaneis e todas as custas recairão apenas se houver êxito. Não haverá cobrança de pró-labore.

Vale lembrar que a ação apenas

abrange servidores efetivos, apo-sentados e pensionistas. Secretários parlamentares e CNEs não estão incluídos no processo da VPI.

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entre em contato pelo telefone (61) 3214-7300.Os sindicalizados até a data da Assembleia (29/05/2015)

não precisam assinar procuração, pois o Sindilegis atuará como substituto processual, ou seja, basta aguardar a tramitação.

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De olho no abate-tetoDesde outubro do ano passado, Sindilegis se colocou à disposição dos servidores da Câmara dos Deputados que foram atingidos com o corte de salários

O Sindilegis está atento a todas as movimen-tações e decisões sobre o abate-teto, desde a deliberação dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, em outubro do ano passado,

que autorizou o corte de salários de servidores que recebem acima do teto constitucional, na época de R$ 29,4 mil, e que hoje está em R$ 33, 7 mil. Diante dos fatos, o Sindicato informa que permanecerá atuante pela valorização da categoria e apoia a existência de uma lei reguladora quanto aos proventos dos servi-dores públicos federais.

Logo após a decisão da Suprema Corte, o Sindilegis se colocou à disposição dos filiados da Câmara dos Deputados e solicitou que eles, ao receberem qualquer notificação da Casa Legislativa acerca do abate-teto, que o procurassem imediatamente. Durante todo esse tempo, a equipe de advogados do Sindicato está de prontidão para atuar em busca de resguardar as prer-rogativas dos servidores da Casa.

De acordo com o presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, as lutas da entidade para os filiados foram incansáveis. “Nossa equipe trabalhou e irá trabalhar diuturnamente para defender cada um dos filiados atingidos. Iremos a todas as instâncias para resguardar o direito de nossos filiados”, afirmou o presidente.

Durante a primeira semana de julho, o Sindilegis orientou os filiados sobre como proceder acerca da intimação do teto constitucional, disponibilizando toda a documentação para defesa, como requerimento e ofícios provenientes de entidades e da Mesa Diretora da Câmara. O Sindicato questionou a incorreta instrução do processo administrativo de acordo com a lei e a defesa para cada filiado e também protocolou, junto ao STF, petição dirigida ao Ministro Relator do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, informando o erro na aber-tura do processo administrativo, que preju-dicou o direito ao contraditório e à ampla defesa do servidor.

É importante ressaltar que os sindicatos têm ampla legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos inte-grantes da categoria que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, independentemente de autorização dos sindicalizados.

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sindilegis participa de reunião no mPog sobre reajuste salarial

Os representantes do Sindi- legis Paulo Cézar Alves e Ogib Teixeira participaram, no dia 7 de julho, de reu-

nião no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), com entidades de classe, para tratar da recomposição salarial para o fun-cionalismo público a partir do ano que vem. No encontro, os servidores

decidiram rejeitar por unanimidade a proposta do Governo de reajuste de 21,3% parcelado até 2019.

Apesar de o Poder Legislativo não estar incluído na mesa de negociação, por se tratar de reajuste direcionado ao Executivo, os representantes do Sindilegis buscaram estender o debate para a situação dos servidores da Câmara dos Deputados, do Senado

Federal e do Tribunal de Contas da União.

Durante encontro, o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, informou, contudo, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que os três Poderes recebam tratamento idêntico por se tratar de recomposição salarial geral.

Servidores rejeitaram reajuste de 21,3% proposto pelo Governo

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Rodada de negociação com o Ministério do Planejamento não avança e uma nova reunião foi marcada para início de agosto.

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Com a rejeição da proposta, o Secretário Sérgio Mendonça ficou de agendar uma nova rodada de negociação até o fim deste mês, o mais tardar no início de agosto, quando o Governo deverá apresentar uma posição igual ou superior à já apresentada.

Sérgio Mendonça afirmou que o cenário econômico é muito compli-cado, motivo pelo qual o Governo não deve apresentar algo muito distante do que foi proposto, entretanto há uma intenção de avançar com as negociações.

“Vamos estudar, pois houve uma rejeição muito forte. A distância entre as propostas é muito grande. Então, vamos avaliar as possibilidades, que

não se resumem ao reajuste, mas envolvem benefícios e a questão ins-titucional. Tudo será analisado para compor uma proposta mais ampla, sem mexer, necessariamente, no índice, mas avançando em outras dimensões” disse.

A principal reclamação dos ser-vidores sobre o reajuste apresentado está no fato de ele não corrigir, sequer, o índice da inflação passada. De acordo com previsões, a inflação medida

Presidente do Sindilegis assegura que a entidade vai lutar para que os servidores não fiquem sem a reposição salarial.

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pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá ultrapassar os 9%, e o reajuste escalonado proposta pelo governo será de 5,5% em 2016.

A sugestão das entidades de classe tem sido no sentido de reduzir o tempo para pagamento da recomposição para dois ou três anos e aumentar o percentual do reajuste para 27,3%.

O Sindilegis continuará mantendo os servidores informados sobre os desdobramentos das negociações.

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stF decide: sindicatos podem defender interesses de filiados mesmo sem autorização

Decisão irá possibilitar que o Sindilegis defenda os servidores que residem em outras regiões ou que estejam doentes, inclusive na questão do abate-teto

No dia 29 de junho, o Supre- mo Tribunal Federal rea-firmou entendimento de que os sindicatos têm ampla

legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e inte-resses coletivos ou individuais dos integrantes da categoria que repre-sentam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, indepen-dentemente de autorização dos sin-dicalizados. Com a decisão, aqueles servidores que residem fora do país, em outros estados ou que estão ado-entados poderão ser representados pelo Sindicato.

A decisão vai atender, inclusive, os sindicalizados que por algum motivo não podem comparecer à Câmara dos Deputados e precisam se manifestar

sobre o abate-teto. Nestes casos, os interessados devem entrar em con-tato diretamente com o Sindilegis pelo e-mail [email protected], que o Sindicato encontrará mecanismos para garantir a defesa.

Decisão Do stF

A decisão foi tomada pelo Plenário Virtual da Corte, que reconheceu a repercussão geral do tema tratado no Recurso Extraordinário (RE) 883642 e julgou o mérito do processo, com base na jurisprudência dominante já firmada sobre a matéria.

O recurso foi interposto pela União sob o argumento de que os sindicatos, por ocasião da execução de título judicial decorrente de ação coletiva, não atuam como subs-titutos processuais, mas apenas como representantes. Nele, a União ressaltou ainda que a legitimidade do sindicato para efetivar a execução está condicionada à apresentação de procuração pelos representados.

Em sua manifestação, o Relator do caso, Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do STF, entendeu que a matéria transcende os interesses

das partes e está presente em grande número de demandas similares, “o que recomenda a esta Corte a sedi-mentação do entendimento sobre o tema, a fim de evitar seu efeito mul-tiplicador”.

Quanto ao mérito do RE, o Ministro destacou que o artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal, estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos integrantes da carreira que representam. Segundo ele, essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. “Por se tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qual-quer autorização dos substituídos”, afirmou. O Presidente do STF citou ainda diversos precedentes da Corte nesse sentido.

A decisão pelo reconhecimento da repercussão geral foi unânime. Quanto ao mérito, no sentido de negar provimento ao recurso e rea-firmar a jurisprudência dominante sobre a matéria, ficou vencido o Ministro Marco Aurélio Mello.

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Segundo Márcio Costa, a cons-trução do planejamento ocorrer em três momentos. No primeiro, o grupo discutiu a missão, visão, valores e objetivos estratégicos da fundação. No segundo, no próximo semestre, serão avaliados os cenários econômico, social e político, e, por fim, será traçado o plano de ação, que englobará as metas, os responsáveis e prazos.

“Me sinto bastante recompensado e satisfeito de estar participando dessa etapa inicial da organização do fundo de previdência. É importante que se tenha valores fortes, como transpa-rência, credibilidade, ética, foco nos beneficiários e, sobretudo, excelência na qualidade dos serviços prestados e nos processos”, concluiu.

PReViDênciA

Responsáveis pela Funpresp se reuniram em seminário para esboçar o primeiro planejamento estratégico da entidade

Funpresp inicia a construção de seu novo Planejamento estratégico

Com o objetivo de definir as perspectivas que traduzem os desafios e metas a serem cumpridos nos próximos

anos, bem como construir um ins-trumento norteador das ações e deci-sões em todos os níveis, a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (FUNPRESP), realizou, nos dias 25 e 26 de junho, em Brasília, o I Seminário que será respon-sável por começar a construir o seu Planejamento Estratégico para o período de 2015 a 2019. Na ocasião, os participantes do seminário também traçaram as metas para o futuro e o plano de ação para os próximos quatro anos da Fundação.

O encontro reuniu os dirigentes da Funpresp, conselheiros, membros dos comitês executivos e delibera-tivos, diretores e gerentes. O objetivo do Seminário, segundo Ricardo Pena, diretor-presidente da Fundação, é discutir o futuro do Fundo. “A ideia é pensar um pouco na situação da entidade hoje, entender o cenário que ela atua e a projetar para o futuro”, contou. A perspectiva, para o dirigente, é que a Instituição cresça rápido em número de participantes, em patrimônio financeiro e, princi-palmente, de forma organizada para que possa atender os seus objetivos, que é: “oferecer proteção previden-ciária aos servidores públicos fede-rais”.

De acordo com Pena, os partici-pantes do seminário fizeram uma síntese do que se espera para o qua-driênio 2015/2019. “O documento ainda será submetido aos órgãos de governança, a partir de uma dis-cussão participativa, de um envolvi-mento dos órgãos de governança da

fundação, e depois ele vai virar um documento que espelhará tanto o plano estratégico quanto o plano de ação”, explicou.

O secretário-geral do Sindilegis, Marcio Costa, que também é conse-lheiro fiscal da Fundação, afirmou que o seminário é uma forma de se garantir que os benefícios que os ser-vidores esperam da Fundação sejam ofertados da melhor maneira pos-sível. Costa também elogiou o corpo técnico que está sendo responsável por formular esse planejamento estratégico. “A técnica utilizada é importantíssima, a discussão por grupos, envolvendo os gerentes, os diretores, os conselheiros, os mem-bros de comitês, então é um processo de dois dias de debate”, contou.

O encontro reuniu os dirigentes da Funpresp, conselheiros, membros dos comitês executivos e deliberativos, diretores e gerentes.

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aprovação da PEC. Com a criação do UNA-SE, o movimento ganhou força e outras propostas foram inseridas na pauta de votações, como a PEC 170 e o PLS 250.

O fim de 2014 foi motivo de comemoração para os servidores: o Sindilegis e as entidades traçaram novas estratégias para a PEC 170 e, após oito anos de discussão no Senado Federal, o PLS 250 foi aprovado e seguiu para Câmara dos Deputados.

No dia 11 de março deste ano, o ato público, que aconteceu no auditório Nereu Ramos, contou com a presença maciça de entidades de servidores públicos e do regime geral de todo Brasil, bem como a participação mar-cante de inúmeros deputados fede-rais. Na avaliação do representante do Instituto Mosap, o movimento repercutiu favoravelmente em toda a Câmara, inclusive junto às entidades participantes.

Mas 2015 não é o ano para desa-nimar. Apesar do momento político e econômico que o Brasil enfrenta, o movimento para que sejam cor-rigidas tais injustiças com esses

APosentADoRiA

Promessas: o que os apo-sentados e pensionistas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal

de Contas da União ganharam no último ano e escutaram em argu-mentos para a não votação de pautas de interesses dos servidores. Em res-posta, as entidades representativas colocaram em prática, no último ano, uma estratégia de mobilização para que os parlamentares entendam a importância deste segmento para o País e aprovem os projetos que estão nas reivindicações da categoria.

Entre os pleitos, estão as PECs 555/2006, 170/2012, o PL 4434/2008 e o PLS 250/05 – veja abaixo do que trata cada proposta e a tramitação. O anda-mento de cada um é acompanhado pelo Movimento Unificado de Idosos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público e do INSS - UNA-SE, liderado pelo Instituto Mosap, junta-mente com a Asa-CD, o Sindilegis, o Fonacate, a ANFIP, a Cobap e outras entidades representativas.

O UNA-SE tem como objetivo fortalecer as ações na defesa dos

o movimento não perde a força

direitos na aposentadoria, indepen-dentemente do vínculo empregatício, por meio da união das entidades na defesa dos diretos das categorias. Segundo o Movimento, a iniciativa já conta com o apoio de 40 milhões de pessoas.

mobiLizAções PeLo bRAsiL

Desde 2012, os representantes dos servidores públicos cobram mobi-lização para a aprovação da PEC 555 e, em agosto, foi feito o primeiro ato público para sensibilizar os parla-mentares para apreciação e votação da proposta. Ainda em agosto, o Sindilegis iniciou uma campanha em prol da PEC e, no ano de 2013, toda a ação tomou ainda mais força. No 2º Encontro dos Servidores Públicos Ativos, Aposentados e Pensionistas, mais de 400 servidores classificaram como injustiça o que passam os ser-vidores aposentados e pensionistas.

No último ano, toda a mobilização se intensificou e o Sindilegis, em parceria com as outras entidades representativas, convocou ato para

Sindilegis e entidades continuam lutando pela aprovação das PECs 555 e 170, bem como do PL 4434 e do PLS 250

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Aposentados continuam no foco das lutas do Sindilegis.

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APosentADoRiA

servidores irá continuar. Acompanhe o andamento dos pleitos da categoria e o posicionamento do Sindilegis e também do Instituto Mosap.

Pec 555/2006

A proposta tem o intuito de extinguir gradualmente a con-tribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados e pensionistas.

Em sessão plenária no fim de 2014, os parlamentares Bernardo Santana, Lincoln Portela e Arnaldo Faria de Sá apresentaram requerimento na sessão para incluir a demanda na ordem de votações, configurando em um importante passo para que a pauta seja discutida e colocada em votação no Plenário.

Entretanto, não foi o que acon-teceu. Para o diretor de aposentados e pensionistas do Sindilegis, Ogib Teixeira Filho, não há interesse do Executivo em aprovar a proposta. “O governo usa o dinheiro do aposen-tado para pagar dívidas, enquanto sabemos que o desgaste com a PEC é maior do que a própria receita. A proposta não foi votada no último ano, como prometido pelo presidente à época”, explicou.

O presidente do Instituto Mosap, Edison Haubert, acredita que a extinção da cobrança previdenciária é urgente. “Sob todos os aspectos, esse débito atinge a dignidade e honra do cidadão e do ex-servidor público, além de afetar diretamente na vida financeira”, complementou.

PL 4434/2008

Dispõe sobre o reajuste dos bene-fícios mantidos pelo regime geral de previdência social e o índice de correção previdenciária.

Assim como a PEC 555, a proposta aguarda votação e esteve nos gritos dos mais de mil servidores que par-ticiparam da última mobilização que agitou o Rio Grande do Sul, no último ano. Ambas matérias não foram ainda submetidas a voto.

Pec 170/2012

Garante proventos integrais aos servidores que se aposen-tarem por invalidez, amplia a margem de doenças da apo-sentadoria integral.

A PEC 170/2012 já foi aprovada na Câmara dos Deputados e seguiu para o Senado Federal, agora com o número 56/2014. No último ano, o Sindilegis, juntamente com depu-tados e representantes de diversas entidades, participaram de audiência pública para debater a aprovação da PEC. Foram apresentados argu-mentos que enriqueceram o debate a fim de que a proposta, que dá nova redação ao inciso 1º do parágrafo da Constituição Federal, fosse aprovada com celeridade.

De acordo com Ogib, não existe nenhum “embarreiramento” no Senado para aprovação da proposta. “Antigamente, as pessoas morriam

mais cedo, então não podemos ana-lisar a aposentadoria com os mesmos parâmetros de 20 anos atrás. Ficamos felizes com a primeira decisão, mas esperamos agora um posicionamento do Senado”, comentou.

PLs 250/2005

Define requisitos e critérios especiais para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos com deficiência.

A Câmara dos Deputados ainda analisa o PL complementar que já foi aprovado posteriormente pelo Senado Federal. Após mais de oito anos de tramitação, o Projeto de Lei Complementar 454/14 (PLS 250/05), foi apresentado pelo senador Paulo Paim e será avaliado pelas comis-sões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votado pelo Plenário da Câmara.

Para Haubert, a luta continua. “Este ano, repetiremos todas as ações realizadas em anos anteriores, seja nos Estados ou junto aos depu-tados federais. Todos concordam com a necessidade de continuarmos na luta em todo o País e, princi-palmente, em Brasília, junto aos deputados e senadores. Não iremos desistir desses pleitos”, destacou.

De acordo com Ogib, o momento é de negociação e conversa. “Nós pressionamos ao máximo e iremos continuar. Não estamos do lado oposto da Administração, temos muitas coisas em comum, prin-cipalmente a defesa do Poder Legislativo. Queremos defender o servidor ao lado do Presidente da Casa”, enfatizou.

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O servidor aposentado da Câmara César Achkar mostra que é possível, sim, superar as próprias expec-tativas e relata como a arte mudou sua trajetória após cegueira que o atingiu aos 28 anos

não é preciso enxergar para ver a vida com outros olhos

Os planos já estavam certos: passar em um bom concurso público, garantir a estabili-dade financeira, trabalhar

com que gosta e, depois, investir no hobby das artes plásticas. Mas a trajetória do servidor aposentado da Câmara dos Deputados César Achkar, de 51 anos, tomou um rumo comple-tamente diferente do que ele havia previsto. Aos 28 anos, enquanto trabalhava na encadenarção da Casa, percebeu que havia algo errado com sua visão enquanto manu-seava uma pilha de papéis para um novo trabalho.

“Já tinha miopia alta e comecei a bater o carro com frequência. Daí um dia eu estava encadernando um material no Centro de Documentação e Informação da Câmara – Cedi e percebi que todos os papéis que eu pegava pareciam manchados. Chamei meu chefe e informei a ele que a pilha inteira de papéis havia chegado com defeito. Foi só quando desviei meu

olhar e notei que as manchas se moveram que percebi que tinha algo errado”, relembra.

entRADA nA AbDVA perda quase total da visão –

hoje, César enxerga equivalente a 5% – foi um divisor de águas na vida do servidor: aposentou-se por invalidez pela Câmara, decidiu aban-donar os estudos na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e precisou aprender a conviver com uma nova realidade acometida pela doença de Stargadt, conhecida como uma dege-neração macular que causa perda de visão progressiva.

O retorno para a Faculdade de Artes Plásticas, ocorrida dez anos após sua visão chegar a apenas 10%, foi uma decisão que acabou provo-cando mudanças profundas na vida de César. Nesta época, tomou gosto pelo trabalho com a cerâmica e conheceu outros deficientes visuais que também faziam escultura em

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argila. Assim nascia o “Artes Táteis”, grupo de artistas plásticos que fazem arte para ser apreciada pelo tato e sentida pelo pública. “Fiquei ani-mado com a ideia de difundir essa técnica para mexer com argila, adap-tada para cegos, e também logo me ocorreu que seria legal ter formação de arte-educador para auxiliar outros deficientes visuais”, relembra.

Da criação do Artes Táteis para formação da chapa que concorreria à nova gestão da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais – ABDV foi um pulo. “Essa luta foi muito longa. O núcleo do Artes Táteis foi quem formou a chapa ganhadora em 2006, composta basicamente pelos defi-cientes visuais ligados pelas escul-turas em argila. Logo depois outras chapas adversárias se uniram a nós e formamos uma única, formada exclusivamente por cegos”, comenta César. Ele, inclusive, foi indicado pelos colegas para ficar à frente da chapa como presidente devido à experiência que obteve no ano 2000, quando presidiu interinamente o Sindilegis por seis meses.

Com mais de 30 anos de atuação, a ABDV, hoje, já é reconhecida e segmentada como uma entidade que luta em prol dos deficientes visuais e está sempre buscando novas parcerias e projetos que agreguem tanto culturalmente quanto profis-sionalmente para a vida de mais de 500 cegos, que compõem a base de associados da entidade.

PRojeto De PesoEm 2013, a Associação promoveu

o projeto educativo Brasília Tátil - A Capital Patrimônio num Toque de Arte, repetindo o sucesso da primeira edição, ocorrida um ano antes. Professores e alunos com e sem deficiência visual, de escolas públicas inclusivas do DF, conhe-ceram os principais pontos turísticos da capital, por meio das mãos. Quem não tinha deficiência visual era con-vidado a vendar os olhos e descobrir a cidade de outra forma, usando o tato como sentido prioritário.

Cerca de 400 estudantes parti-ciparam das atividades durante a temporada, cujo roteiro das visitas incluiu o Museu da República, Palácio

Itamaraty, Câmara dos Deputados, Praça dos Três Poderes e o Panteão da Pátria, com o acompanhamento de guias capacitados pelo projeto.

bRAsíLiA tátiL: cuLtuRA soLiDáRiADando continuidade aos bons

resultados, a ABDV lançou, em 2015, a segunda edição do projeto, conhecido por Brasília Tátil: Cultura Solidária. Por meio do tato, cerca de 40 defi-cientes visuais aprenderam gratui-tamente noções básicas de anatomia músculo-esquelética básica (ossos, articulações e músculos), cuidados pessoais, higiene, manobras e téc-nicas de massagem (deslizamentos, amassamentos, torsão, persussão, tapotagem, alisamento e pressão). Como parte das disciplinas, os alunos também contaram com aulas em noções de informática, empreende-dorismo, cooperativismo, além de passarem por um processo de socia-lização por meio da música.

Para César Ackhar, é possível vencer barreiras e o preconceito por meio do desenvolvimento educacional e inclusão. “Estamos garantindo que mais e mais pessoas possam ter a tão sonhada indepen-dência, por meio do ingresso no mercado de trabalho com a qualifi-cação necessária”, explicou.

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Arte-educador, César Achkar auxilia participantes deficientes visuais a manusearem argila em oficina do projeto Brasília Tátil, em 2013.

Hoje em dia, apesar de contar com apenas 5% da visão, César utiliza a arte para auxiliar outros cegos a fomentarem a cultura.

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um arraiá pra lá de “bão”!

Confraternização e alegria marcaram o maior festejo junino do Distrito Federal

Em uma sexta-feira de dia dos namorados, famílias inteiras estiveram presentes para prestigiar um dos maiores

arraiás do Distrito Federal. Com a presença de milhares de pessoas, os participantes tiveram direito a tudo que uma festa junina tem e aquele algo mais que só as entidades como a Ascade, Assefe, ASTCU, Assisefe e Sindilegis podem oferecer. O clima foi de muito namoro, música, quadrilha e confraternização entre amigos.

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Não faltou nada. Comidas típicas, árabes, cachorro-quente, churras-quinho, bebidas, brinquedos, pescaria, quadrilha e muita música rechearam o evento. O cantor Alan Morais fez a abertura da festa e abrilhantou a noite com o sertanejo universitário e romântico. Logo após, a dupla Bonni & Belluco agitou as atrações da noite com sertanejo dançante que fez o público cantar juntinho e lotar a pista de dança.

Mas ainda havia mais surpresas. Para lembrar os festejos de São João, nada melhor que esquentar a noite com o melhor do forró nordestino, tradição nos festejos juninos. O grupo SPX (Só pra Xamegar) botou os casais para dançarem agarradinhos e esquentou ainda mais o clima de

namoro que acalantava os enamo-rados.

Por fim, o Arraiá Legis deixou um gostinho de quero mais para o público presente. Diretamente da Bahia, a banda Baião de 2 fechou a festa com chave de ouro. O melhor do forró foi lembrado com a interpretação de grandes clássicos e músicas que embalaram os presentes madrugada adentro.

O presidente do Sindilegis, Nilton Paixão, ficou entusiasmado com mais uma festa. “É muito gratifi-cante. Primeiro por que representa a consolidação de um projeto de união do Sindicato com as três maiores e representativas entidades do Congresso, que é a Ascade, a Assefe e a ASTCU. É mais um momento de

Evento, que ocorreu no mesmo dia que se celebra o amor dos namorados, foi marcado por muita animação.

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confraternização e de nos aproxi-marmos de nossa base, sem aquela tensão do dia-a-dia, das correrias e das demandas. Enfim, é um dia para estarmos todos unidos, nos abra-çando e pra jogar aquele bate-papo informal”, afirmou.

Os servidores também elogiaram a organização do evento. Kátia Noleto, do TCU, foi ao Arraiá pela terceira vez. “Alguns anos atrás o Tribunal tinha sua própria festa, porém nada se compara à quantidade de servidores que aqui se reúnem. Para mim, esta é a melhor festa junina de Brasília. E olha que sou piolho dessas festas, mas sem dúvida é a que mais adoro”, disse.

Já o servidor da Câmara dos Deputados, José Antônio de Andrade,

afirmou que os investimentos realizados pelo Sindilegis e as entidades participantes demons-tram uma preocupação enorme no entretenimento de seus associados. “É de extrema importância. É uma tradição que esperamos durante todo ano. É uma maneira do Sindicato nos proporcionar este momento de alegria, e melhor, de graça!”, ponderou.

O mesmo sentimento tomou conta do servidor aposentado da Câmara, Raimundo Nonato Batista. “É bom demais! É uma oportuni-dade de revermos amigos que há muito não víamos. A festa está linda e vai ficar ainda mais quando o forró comer solto”, brincou.

Em sua segunda participação no Arraiá Legis, o Auditor do TCU Valdir Moreli fez uma comparação das duas edições. “Ano passado as bandas que vocês trouxeram eram de renome e gostei bastante, mas a organização desta edição está bem melhor, mais enfeitada. Gostei das duas”, refletiu.

Mais uma vez, a festa demonstrou qualidade e zelo para os convidados e servidores que puderam prestigiar. Mais esta edição foi finalizada com selo de qualidade, porém o Sindilegis e as entidades parceiras já começam a pre-parar o próximo festejo. “É uma pena que já está acabando. Mas fica aquele gostinho de quero mais e já vou me pre-parar para o próximo ano”, comentou Cláudia Gomes, funcionária do GDF.

Arraiá Legis 2015 esquentou noite brasiliense com muita comida típica, quadrilha e adereços juninos.

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Este ano, mais precisamente no dia 19 de fevereiro, às 10h50, de uma quinta-feira pós-carnaval, senti o maior privilégio que um homem pode ter: ser pai. E como isso muda tudo! Acho que, obstantes todas as

dúvidas e despreparos, mesmo com leituras de cabeceiras e todas as dicas de tias, amigos, amigas, avós e avôs, nunca, mas nunca mesmo, você lembrará delas.

Ser pai é um fenômeno explicitamente emocional. Não ficamos grávidos, nem sentimos alterações hormonais (pelo menos não fisicamente). Mas transformamos abrupta-mente nossas emoções e isso nos faz acompanhar de perto a gestação da mãe, o que nos torna, desde o primeiro momento, em um pai de verdade. Ser pai é, acima de tudo, ser homem. O homem que cuida de seu filho. O homem que ama e assume sua família.

É estranho e, ao mesmo tempo, instigante aceitar a gestação mais complexa que existe, a gestação sem carregar o filho e ainda assim, senti-lo em seu coração e amá-lo profundamente. É neste momento que você começa a lembrar dos ensinamentos de seus pais e avôs. Esses sábios “ancestrais” sabem mesmo de tudo. Sem eles, e sem exagero algum, toda a humanidade não estaria aqui. É preciso agradecer todas as gerações de homens, que passaram e deixaram a vida acontecer.

Sou pai somente há quatro meses, mas já sinto que tenho muito a contribuir na formação de minha filha. Fico ensaiando quais serão minhas atitudes para o futuro, mas ainda somam diversas dúvidas e acho que farei igual ao Zeca Pagodinho que cantou “deixe a vida me levar”.

É isso! É simples e complexo ao mesmo tempo, por isso desejo a todos os pais, de primeira, segunda, terceira ou dezenas de viagens que tenham todo amor e carinho que seus filhos possam dar para vocês neste Dia dos Pais. Na verdade, o que queremos é um sorriso sincero e um abraço, mas também adoramos um presentinho!!!!

Um grande abraço a todos os pais!

Marcelo Bolzan Analista de Comunicação e Marketing do Sindilegis

“um presente mais que inestimável: minha filha!”

Breve relato de um pai de primeira viagem

Dia dos

Pais