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CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 5 GESTÃO DE TESOURARIA GESTÃO DE TESOURARIA Coordenação: Prof. Dr. Alberto Borges Matias Finanças Corporativas de Curto Prazo

Cap 5 gestão de tesouraria

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Cap. 5 Gestão de Tesouraria

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Page 1: Cap 5   gestão de tesouraria

CAPÍTULO 5CAPÍTULO 5

GESTÃO DE GESTÃO DE

TESOURARIATESOURARIACoordenação: Prof. Dr. Alberto Borges

MatiasFinanças Corporativas de Curto Prazo

Page 2: Cap 5   gestão de tesouraria

Objetivos

• Definir a gestão de tesouraria e seu papel na gestão do capital de giro

• Apresentar o instrumento do fluxo de caixa na gestão de tesouraria

• Analisar os modelos de gestão de caixa

• Traçar estratégias genéricas quanto à gestão de tesouraria, tais como as operações hedge, o instrumento da conta garantida e o adiantamento a fornecedores

• Discutir o impacto do Sistema de Pagamentos Brasileiro e no float bancário.

Page 3: Cap 5   gestão de tesouraria

Pesquisa

• Artigo: A Administração do Ativo Circulante: Um Estudo em Empresas do Ramo da Construção Civil - I SEMEAD

• Autores: Karem Ribeiro, Keyler Carvalho Rocha

• Resultado:– 75% das empresas estão mais preocupadas com as

resoluções do seu dia a dia, ao estabelecerem apenas previsões diárias e semanais de caixa. Praticamente não existem previsões mensais, trimestrais, semestrais etc.

– 56,25% consideram mais a instabilidade do mercado brasileiro do que as vendas que constituem uma grande força geradora de recursos

Page 4: Cap 5   gestão de tesouraria

Gestão de Tesouraria

2 Abordagens

1. Mercado perfeito existe

2. Imperfeições de Mercado

Gestão de Tesouraria Irrelevante

Gestão de Tesouraria Relevante

Page 5: Cap 5   gestão de tesouraria

Abordagem 1 – Mercado Perfeito • Mercado Perfeito existe

• Gestão torna-se irrelevante

Insuficiência de Caixa

Busca de recursos no mercado com custo

equivalente ao custo de oportunidade do

capital

Page 6: Cap 5   gestão de tesouraria

Abordagem 1 – Mercado Perfeito

Situação ideal = saldo de caixa zero

Incerteza do Fluxo de Caixa

Necessidade de um nível mínimo de caixa

Page 7: Cap 5   gestão de tesouraria

Abordagem 1 – Mercado Perfeito• Motivos

Transação

Precaução

Especulação

Sincronia Imperfeita

Incerteza/Risco

Oportunidade Futura

Page 8: Cap 5   gestão de tesouraria

Abordagem 2 – Imperfeições de Mercado

• Imperfeições de Mercado

Instrumento de Controle

Fluxo de Caixa

Modelos de Administração

de Caixa

Modelos EstáticosModelos

Dinâmicos

Page 9: Cap 5   gestão de tesouraria

Fluxo de Caixa

• Boa gestão dos recursos financeiros reduz a necessidade de capital de giro

• Reduz as despesas financeiras

• Possibilita o planejamento e controle dos recursos

• As empresas quebram não por falta de lucro e sim por falta de caixa

Page 10: Cap 5   gestão de tesouraria

Fluxo de Caixa

Sistema de Controle do FC

Sistema de Contabilidade

Sistema de Controle de

Financiamentos

Sistema de Controle de

Investimentos

Sistema de Contas a

Pagar

Sistema de Contas a Receber

Sistemas Integrados

Page 11: Cap 5   gestão de tesouraria

Fluxo de Caixa

• Histórico– Indireto– Direto

• Projetado (direto)– Transações realizadas, mas não efetivadas

financeiramente– Orçamento

• Acompanhamento– Realizado (direto)– Simulado (cenários) - Caso Roy Martelanc

Page 12: Cap 5   gestão de tesouraria

Fluxo de Caixa

Método Indireto

• “Demonstração de Fluxo Líquido de Caixa”

• Complementação da DOAR

• Pode ser feito a partir do BP e da DRE

• Base no Lucro Líquido

FLUXO DE CAIXA INDIRETOAtividades operacionais

Lucro líquido

Ajustes:

(-) depreciaçãoLucro líquido ajustado

Variações nos ativos e passivos circulantes

Clientes

Estoques

Fornecedores

Salários a pagar

Imposto de renda a pagar

Outras contas a pagar

Despesas financeiras a pagar(=) Fluxo de caixa proveniente das operações

Atividades de investimentos

Pagamento de aquisição de permanente

Recebimento de venda de permanente(=) Caixa gerado nas atividades de investimento

Atividades de Financiamento

Aumento de capital

Novos Empréstimos

Pagamento de empréstimos

Distribuição de dividendos(=) Caixa gerado nas atividades de financiamento

Variação líquida nas disponibilidades

(+) Saldo inicial de caixa

(=) Saldo de caixa no final do exercício

Page 13: Cap 5   gestão de tesouraria

Fluxo de Caixa

Método Direto

• “Demonstração de Fluxo de Caixa”

• Demonstra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros

• Facilita o entendimento, pois detalha as origens dos recursos de caixa e onde eles foram aplicados

• Base nos Recebimentos

Page 14: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Recursos de curto prazo que possuam liquidez:– Caixa– Depósitos à Vista– Aplicações de curtíssimo prazo

• Gestão integrada com as demais contas do Capital de Giro:– Clientes– Estoques– Contas a pagar

Page 15: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Modelo do Caixa Mínimo Operacional

Desembolsos de Desembolsos de CaixaCaixa==

Giro de Giro de CaixaCaixa

Caixa Caixa Mínimo Mínimo OperacionalOperacional

$ $ 2.700.0002.700.000==

1515

Caixa Caixa Mínimo Mínimo OperacionalOperacional

== $ $ 180.000180.000

360 dias/ciclo de caixa360 dias/ciclo de caixa

Page 16: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Modelo de Baumol– Emprega o conceito de lote econômico de

Compras

temptempoo

$$

00 11temptempoo

$$

00 11

Page 17: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Modelo de Miller e Orr

Fluxos de Caixa Fluxos de Caixa AleatóriosAleatórios

zz

temptempoo

$$

23* (0,75 ) /z m b i

Page 18: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Modelo de Dia da Semana

– Capta a Variável Sazonal

– Exemplo:• Indústria de lazer

– Regressão Múltipla para prever o comportamento do caixa

– Tomar decisão quanto ao menor nível possível

Page 19: Cap 5   gestão de tesouraria

Administração do Disponível

• Análise dos Modelos

– No mundo real, o FC não é totalmente determinístico nem totalmente aleatório

– Modelos não levam em consideração as características da empresa e do gestor

– As empresas se utilizam de algum modelo específico na determinação do nível de disponível no dia-a-dia?

Page 20: Cap 5   gestão de tesouraria

Pesquisa

• Artigo: Identificação de Padrões Empíricos para o Disponível das Empresas - II SEMEAD

• Autores: Roy Martelanc, Luporini e Almir Ferreira

• Conclusão:

– As empresas mantêm valores de disponível relacionado com seu porte, representado pela suas Receitas Líquidas e pelo seu Ativo Permanente (40%)

– Outros fatores possíveis: histórico e planos estratégicos da empresa

Page 21: Cap 5   gestão de tesouraria

INVESTIMENTOSINVESTIMENTOS

Page 22: Cap 5   gestão de tesouraria

Aplicações Financeiras

• Títulos Públicos– Emitidos pelo Tesouro Nacional– LTN (Letra do Tesouro Nacional)

• Título com rentabilidade definida no momento da compra• Forma de pagamento: no vencimento.

– LFT (Letra Financeira do Tesouro)• Título com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica

da economia (taxa SELIC) acrescida de deságio definido no momento da compra

• Forma de pagamento: no vencimento– NTN-C (Nota do Tesouro Nacional - série C)

• Título com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra

• Forma de pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).

– NTN-B (Nota do Tesouro Nacional - série B)• Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida

de juros definidos no momento da compra • Forma de pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento

(principal)

Page 23: Cap 5   gestão de tesouraria

Aplicações Financeiras

• Títulos Privados– Emitidos por instituições financeiras e não financeiras

Exemplos:• CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

– Títulos de emissão dos bancos que lastreiam as operações do mercado interbancário

– Função de transferir recursos de uma instituição financeira para outra

– Vantagens:não taxação, ser rápido e seguro• CDB (Certificado de Depósito Bancário)

– Títulos representativos de depósitos a prazo emitidos por bancos de investimentos e comerciais

– Rendimentos podem ser pré ou pós-fixados (rentabilidade atrelada à variação de um indexador ou índice de preços oficial, acrescida de juros prefixados) e flutuante (atrelada a um percentual da variação de um índice CDI - Certificado de Depósito Interbancário ou Selic

– Há incidência de CPMF• Títulos de empresas privadas

– Commercial papers e debêntures

Page 24: Cap 5   gestão de tesouraria

Aplicações Financeiras

• Fundos de Investimento Financeiro– Englobam vários tipos de fundos de

investimento– Aplicações onde o dinheiro é investido de

diversas maneiras, de acordo com o regulamento do fundo e regras de enquadramento do Banco Central

– Modalidades no mercado brasileiro• Renda Fixa • Renda Fixa - Curto Prazo • Renda Fixa - Referenciado Cambial Dólar • Renda Fixa - Referenciado Cambial Euro • Renda Fixa - Referenciado DI

Page 25: Cap 5   gestão de tesouraria

Aplicações Financeiras

• Políticas de Aplicação Financeira

– Escolha do banco:• Definição de limites• Avaliação de alternativas de aplicação• Avaliação de Risco x Retorno• Risco de contraparte• Risco cambial

Page 26: Cap 5   gestão de tesouraria

Avaliação de Riscos

• Avaliação de risco das instituições financeiras– Não há literatura sobre o assunto– É realmente importante?– A avaliação é efetivamente feita?– Como fazer a avaliação?

• Avaliação:– Avaliação das Demonstrações Financeiras

dos Bancos, desenvolvendo alguma metodologia própria

– Aquisição de Serviços de Avaliação

Page 27: Cap 5   gestão de tesouraria

Avaliação de Riscos

• Administração de Contas Bancárias– Monitoramento das taxas pagas pelos

CDB’s dos Bancos (Securato)

TaxaTaxa

temptempoo

Banco Banco BB

Banco Banco AA

Page 28: Cap 5   gestão de tesouraria

Tópicos Complementares

• Float

• SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro

• Hedge e instrumentos derivativos

• Gestão Internacional do Disponível

Page 29: Cap 5   gestão de tesouraria

Float

• Recursos de clientes que permanecem transitoriamente nos bancos e que podem ser remunerados– Prazos de compensação longos

• Vantajosos para o emissor (dinheiro rende juros até a compensação)

• Desvantajosos para o depositante (esperar a compensação para ter acesso aos fundos)

• Investimentos:– Número de ações de uma companhia que estão em

circulação e disponíveis para negociação pelo público

– Pequeno número de ações em circulação significa que a ação será mais volátil

– Um maior número de ações em circulação significa que a ação será menos volátil

Page 30: Cap 5   gestão de tesouraria

SPB

• Conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados com a finalidade de transferir fundos do pagador para o recebedor e, com isso liquidar uma obrigação

• As economias de mercado dependem deste sistema para movimentar fundos decorrentes das atividades econômicas (produtiva, comercial e financeira), tanto em moeda local como em moeda estrangeira

• O Banco Central, através da Lei 10.214, que instituiu o SPB, promoveu mudança significativa no atual sistema financeiro nacional, visando melhorar o seu gerenciamento de risco

Page 31: Cap 5   gestão de tesouraria

Hedge

• Estratégia de "hedging“– Realizar um determinado investimento com o

objetivo específico de reduzir ou eliminar o risco de outro investimento ou transação

• Exemplo– Um produtor de commodities que, na época de

colheita, planeja vender sua produção, pode garantir o preço de venda no futuro, fazendo hedge de venda em Bolsa

– Ao vender soja a futuro, o produtor elimina o risco de preço mas passa a correr o risco de base (diferença entre o preço futuro e o preço a vista)

Page 32: Cap 5   gestão de tesouraria

Derivativos

• Ativo financeiro ou valor mobiliário cujo valor e características de negociação derivam do ativo que lhe serve de referência

• Operação do mercado financeiro em que o valor das transações deriva do comportamento futuro de outros mercados, como o de ações, câmbio ou juros

• Principais tipos de derivativos:– Futuros– Opções– Swaps

Page 33: Cap 5   gestão de tesouraria

Referências

ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.ASSAF NETO, A. Administração do capital de giro. 3.ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.BRAGA. R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas,

1989.GITMAN, L.; MADURA, J. Administração Financeira: Uma abordagem Gerencial.

São Paulo: Addison Wesley, 2003.MARION, J.C. Contabilidade Empresarial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.RANGEL, Armênio de Souza; SANTOS, José C. S.; BUENO, Rodrigo L.S. Matemática

dos mercados financeiros à vista e a termo. São Paulo: Atlas, 2003.ROSS, S.A. Princípios de administração financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.