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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Freitas Dias, Paulo Cesar Manual prático e técnico de estudos de solos, terraplanagem, drenagem, pavimentação asfáltica e operação tapa buraco / Paulo Cesar Freitas Dias – Maringá : Viseu, 2018.
ISBN 978-85-5454-396-9
1. Geologia 2. MinériosI. Freitas Dias, Paulo Cesar II. Título.
551.1 CDD-551
Índice para catálogos sistemáticos:
1. Geologia: Recursos Minerais, Rochas 550
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qual-quer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, in-cluindo ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de 19.2.98).
Editor
Thiago Regina
Projeto Gráfico e Editorial
Rodrigo Rodrigues
Revisão
Paulo Cesar Freitas Dias
Copidesque
Jade Souza
Capa
Tiago Shima
Copyright © Viseu
Todos os direitos desta edição são reservados à
Editora Viseu
Avenida Duque de Caxias, 882 - Cj 1007
Telefone: 44 - 3305-9010
e-mail: [email protected]
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1.1 O QUE É SOLO?
O solo é um meio complexo e heterogêneo, um conceito ou a definição de tudo que há na super-fície sob a ação da vida e da atmosfera ou abaixo dela constituído por quantidades variáveis de mine-rais, matéria orgânica diretamente ligada ao uso que dele se pode fazer. Exemplos:
1.1.1 - Para a Dona de Casa: Significa sujeira nos sapatos e crianças com roupas sujas;
1.1.2 - Para o Agricultor: Meio para o plantio e subsistência dos vegetais;
1.1.3 - Para o Engenheiro de Minas: Material solto que cobre os minérios e que necessita ser re-movido;
1.1.4 - Para o Engenheiro de Obras: Considera matéria-prima para construção de aterros, estra-das, barragens e açudes;
1.1.5 - Para o Pedólogo cientista que estuda os solos: O solo pode ser definido como a massa natural que compõe a superfície da Terra, que suporta ou é capaz de suportar plantas, também, a co-leção de corpos naturais que contêm matéria viva e é resultante da ação do clima e da biosfera sobre a rocha, cuja transformação em solo se realiza durante certo tempo pela ação de ventos, chuva, calor, alterações de temperatura, decomposição de plantas, decomposição de animais, ação de bactérias, fungos e raios solares.
1.2 EVOLUÇÃO DE SOLO
A rocha que deu origem ao solo, em geral, é composta por diversos minerais. Sob a ação dos agen-tes e do intemperismo, a rocha se decompõe e se desagrega, acumulando-se no próprio local ou sendo transportada e depositada em outras partes.
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1.2.1- Perfíl da evolução do solo
(0) - Vegetação: Decomposição de plantas e animais, bactérias e fungos, chuva, sol alterações de temperatura.
(A) - Colívio, Aluvião-Argila: Pode conter 20% de matéria orgânica (ani-mal e vegetal) em diferentes graus de decomposição.
(B) - Argiloso: solo residual maduro apresenta maior quantidade de matéria orgânica decomposta e misturada com elementos minerais. Sofre perdas de minerais (ferro, alumínio) pela lixivia-ção (ação das águas).
(C) - Siltoso: Solo residual bastante in-temperizado, pouco afetado pela erosão natural e pela ação do homem. Contém pouca matéria orgânica, muita matéria mineral e cor geralmente avermelhada ou amarela. Recebe materiais lixiviados do A.
(D) - Alteração de Rocha: Chamado regolito, material decomposto, prove-niente da rocha matriz.
(E) - Rocha fragmentada.
(F) - Rocha Sã.
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1.3 SOLOS DO BRASIL
O solo brasileiro é formado a partir de três estruturas geológicas, são elas:
ESCUDOS CRISTALINOS: são áreas cuja superfície se constituiu no Pré-Cambriano, essa estrutura geológica abrange aproximadamente 36% do território brasileiro. Nestas regiões existem di-versos tipos de rochas, com destaque para o granito e rochas metamórficas, onde se formam minerais como ferro e manganês.
BACIAS SEDIMENTARES: estrutura geológica de formação mais recente, que abrange pelo
menos 58% do país. Nas regiões onde o terreno se formou, ocorreu um intenso processo de sedimen-tação que corresponde às planícies, nelas a existência de jazidas carboníferas e jazidas petrolíferas.
TERRENOS VULCÂNICOS: esse tipo de estrutura ocupa somente 8% do território nacio-nal, isso acontece por ser uma formação mais rara. Tais terrenos foram submetidos a derrames vul-cânicos, as lavas deram origem a rochas, como o basalto e o diabásio, o primeiro é responsável pela formação dos solos mais férteis do Brasil, a “terra roxa”.
1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
A partir dessas estruturas geológicas identificamos em território brasileiro quatro tipos de solos, sendo eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.