CAPITULO 04 - Revisado Por Cilene

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  • CAPTULO 4 - CARREGAMENTO DINMICO - FADIGA E CONCENTRAO DE

    TENSES

    4.1 - Introduo

    Na determinao das propriedades dos materiais atravs do diagrama tenso-deformao, a

    aplicao da carga gradual, sendo esta a condio definida como condio esttica. Os valores

    obtidos se aplicam aos critrios conhecidos como critrios estticos.

    Por outro lado, as condies que freqentemente aparecem em estruturas mecnicas so

    solicitaes dinmicas, onde as tenses/deformaes variam ciclicamente em pequenos

    intervalos de tempo, como no caso de um eixo em uma mquina rotativa. Esta flutuao da

    tenso ou variao em funo do tempo leva a estrutura a falhar por fadiga. A fadiga um

    processo gradual, iniciado com pequenas trincas no visveis a olho nu, que se desenvolve de

    forma progressiva e acumulativa, levando a pea a falhar bruscamente aps um determinado

    nmero de solicitaes ou ciclos. Muitas pesquisas j foram realizadas nesta rea de forma,

    dando-nos um conhecimento parcial dos mecanismos bsicos associados com a falha por fadiga.

    Neste captulo, iremos dar alguns fundamentos de conceitos elementares que so de grande ajuda

    para o entendimento do comportamento devido fadiga. A falha por fadiga resulta, portanto, de

    deformao plstica repetitiva, da mesma forma que um arame falha ao ser fletido repetidamente

    para frente e para trs. Sem o escoamento plstico repetido, a falha por fadiga no acontece. A

    falha por fadiga pode ocorrer em nveis de tenso bem abaixo do ponto de escoamento ou limite

    elstico convencional. Devido ao fato de que o escoamento plstico altamente localizado pode

    dar origem falha por fadiga, o engenheiro levado a ter especial ateno a locais

    potencialmente vulnerveis, tais como: quinas, roscas, rasgo de chavetas, corroso, furos e

    entalhes. O aumento de resistncia destes locais chamados de vulnerveis to efetivo quanto

    substituir a pea por uma material mais resistente. A fissura inicial devido fadiga resulta em um

    aumento da concentrao de tenso local. medida que a fissura se propaga, o material na raiz

    da fissura submetido a um escoamento reverso bem localizado e destrutivo. A seo reduzida

    e causa um aumento de tenses, a taxa de propagao da fissura aumenta at que a seo restante

    no mais capaz de suportar a carga aplicada, vindo finalmente a acontecer a fratura. Este

    captulo descreve a obteno do limite de resistncia fadiga, fatores modificativos desta

    resistncia e as teorias existentes para o seu clculo.

  • 4.2 - Teste de fadiga

    O carregamento dinmico consiste em solicitaes onde as tenses variam ciclicamente em

    pequenos intervalos de tempo. Uma causa comum de fratura a fadiga: tipo de falha devido a

    cargas repetidas, a qual responsvel por grande parte das falhas por causas mecnicas. Em

    geral, uma ou mais trincas pequenas surgem no material, podendo crescer at que ocorra falha

    completa. Este efeito observado em estruturas com estado de tenses bem abaixo da tenso de

    ruptura.

    Se o nmero de repeties (ciclos) do carregamento grande, da ordem de milhes, ento a

    situao dita fadiga de alto ciclo. Por outro lado, fadiga de baixo ciclo causada por um

    nmero relativamente pequeno de ciclos, cerca de dezenas, centenas, ou milhares. Fadiga de

    baixo ciclo geralmente acompanhada por uma quantidade significativa de deformao plstica,

    enquanto a fadiga de alto ciclo associada a deformaes relativamente pequenas que so

    essencialmente elsticas. Componentes de mquinas, veculos e estruturas so freqentemente

    sujeitos a carregamentos repetidos, tambm chamados de carregamentos cclicos, e as tenses

    cclicas resultantes podem levar a danos fsicos microscpicos nos materiais envolvidos. Mesmo

    em tenses bem abaixo de uma dada resistncia do material, os danos microscpicos podem ser

    acumulados com ciclo contnuo at seu desenvolvimento em uma trinca ou outro dano

    macroscpico que leva falha do componente. A figura abaixo mostra o croqui do corpo de

    prova para o teste de fadiga flexo-toro.

    FIGURA 1 Corpo de Prova de Moore para fadiga.

    A Mquina de fadiga para testes de flexo-toro bem simples, e o laboratrio de Anlise

    Estrutural da PUC Minas possui o equipamento mostrado na FIG. 2.

    A FIG. 3 apresenta um esquema da mquina, onde se verifica que o momento fletor atuante no

    corpo de prova constante. O brao de alavanca provoca uma carga 10 vezes maior no corpo de

    prova. Um motor eltrico de 3500 rpm produz as rotaes no corpo de prova. Estas rotaes so

    registradas por um contador eletrnico com capacidade de contar at 109 ciclos. Ocorre o

    desligamento automtico da mquina aps a falha do corpo de prova.

  • Deve-se observar que a fixao do corpo de prova na mquina feita em dois pontos. Assim, o

    corpo de prova fica submetido a um momento fletor constante no seu centro, logo, nesta regio

    do corpo de prova atua apenas o momento fletor.

    FIGURA 2 - Mquina de Fadiga Flexo-Rotativa aberta no Laboratrio de Anlise Estrutural da Pontifcia

    Universidade Catlica de Minas Gerais.

    FIGURA 3 - Esquema da mquina de fadiga.

    4.3 - Determinao do limite de resistncia fadiga

    Para determinar o limite de resistncia fadiga Sf (tambm chamado de limite de fadiga) Moore

    desenvolveu uma mquina rotativa para testar corpos de provas, cujo esquema dado abaixo:

    Provoca-se um momento constante ao longo do comprimento do corpo de prova L com a

    aplicao da carga. Vrios corpos de prova idnticos so testados para diferentes cargas P

    (diferentes tenses na seo crtica), sendo que o nmero de ciclos ou vida para cada um deles

    ser, portanto diferente. A representao grfica tem a configurao mostrada abaixo:

  • FIGURA 4 - Curva de fadiga para aos, sendo Sf o limite de resistncia fadiga.

    Na FIG. 4 acima, pode ser observado que, para um nvel de tenso Sf, o corpo de prova de

    ao no rompe, tendo uma vida infinita ou nmero de ciclos (N) muito grande, maior que 106

    ciclos. Por outro lado, para um nmero de ciclos menor ou igual a 103 (mil ciclos), a tenso de

    ruptura praticamente igual ao limite de resistncia trao, encontrada para os testes estticos,

    sendo o valor mais recomendado pela literatura 0,9 Su. Neste captulo, usaremos ambas as

    expresses Su ou Srup para o limite de resistncia trao. A tenso encontrada nos testes de

    fadiga, para uma vida infinita, utilizando a mquina de Moore, chamada de limite de

    resistncia fadiga e representado por Sf. O valor do limite de resistncia fadiga varia para os

    diferentes tipos de ao. Dos resultados experimentais, obtidos para aos comerciais, conclui-se

    que existe uma relao funcional entre o limite de resistncia fadiga do corpo de prova, Se' e o

    limite de resistncia trao, Su, tal que:

    SuS f 504.0' O limite de resistncia fadiga de corpos de prova

    (Sf') a aproximadamente a metade do limite de resistncia trao

    (Sut) para aos.

    importante notar que a relao acima vale somente para valores do limite de resistncia

    trao de aos at 1400 MPa. Os resultados experimentais mostram que para valores acima de

    1400 MPa, o limite de resistncia fadiga dos aos fica praticamente em torno de 700 MPa.

    Portanto MpaS f 700' quando MpaSu 1400 . Tem-se ento que, para traar o diagrama

    terico S-N (tenso-nmero de ciclos) de um corpo de prova de ao, no necessrio realizar

    inmeros testes na mquina de Moore. A comprovao experimental mostra que a construo

    desta curva em escala log-log pode ser feita assumindo:

    103 ciclos usar = 0.9 Srup.

    106 ciclos usar = 0.5 Srup.

  • Para isto basta marcar os pontos A e B, respectivamente 0,9 Srup e 0,5 Srup. Marcar o ponto C

    para 106, na posio correspondente a 0,5 Srup. A figura abaixo mostra este procedimento.

    FIGURA 5 - Curva de fadiga terica para um ao comercial.

    4.3.1 - Fatores modificativos

    Nota-se que o limite de resistncia fadiga Sf' encontrado para um ao, vale para um corpo de

    prova, de dimenses padronizadas, testado sob certas condies de acabamento e temperatura. O

    limite de resistncia fadiga de uma pea qualquer sofre vrias influncias que devem ser

    levadas em considerao. Os fatores de modificao so usados para modificar Sf', adaptando-o

    s condies reais da pea em estudo. Assim, multiplicando Sf' pelos vrios fatores modificativos

    K, tem-se o limite de resistncia fadiga terico de pea Sf.

    'ff SKeKdKcKbKaS

    Cada fator modificativo K tem uma funo de modificao definida por um valor numrico.

    Assim, na expresso acima, tem-se:

    Sf = Limite de resistncia fadiga da pea;

    Sf' = Limite de resistncia fadiga do corpo de prova;

    Ka = Fator devido ao acabamento superficial;

    Kb = Fator devido ao tamanho da pea;

    Kc = Fator devido ao tipo de carga;

    Kd = Fator devido temperatura;

    Ke = Fatores diversos, como concentrao de tenses ou ambiental.

    A) Fator de acabamento superficial

    Este fator leva em considerao o acabamento da superfcie, que no caso do corpo de prova

    bem-acabada e polida. Como o acabamento funo do material e da forma que o mesmo foi

    trabalhado, a frmula abaixo permite a sua determinao do fator de superfcie Ka:

  • brupSaKa .

    onde Srup o limite de resistncia trao do material. Uma vez que o limite de resistncia

    trao de materiais dcteis idntico ao limite de resistncia compresso, utiliza-se a expresso

    Srup, mas alguns autores utilizam a expresso Srupt para defini-lo e Srupc para o limite de

    resistncia compresso. Os fatores a e b so obtidos a partir da tabela a seguir:

    TABELA 1

    Valores para os fatores a e b, no sistema internacional e ingls

    Acabamento superficial Fator a Fator b

    Kpsi MPa

    Retificado 1.34 1.58 -0.085

    Usinado ou estirado a frio 2.70 4.51 -0.265

    Laminado a quente 14.4 57.7 -0.718

    Forjado 39.9 272 -0.995

    Fonte: Shigley, J.E- Mechanical Engineering Design, 5a Ediao, 1989,p.283

    B) Fator devido ao tamanho- Fonte: Shigley, J.E- Mechanical Engineering Design, 5a Ediao, 1989,p.283-

    284

    O fator Kb para flexes e tores calculado por:

    1133.0

    3.0

    dKb ind 211.0 (pol.)

    107,0

    1133,0

    .24,162,7

    d

    dKb mmd 5179,2 (mm)

    dKb .000837,0859,0 mmd 25451 (mm)

    Para valores maiores, Kb varia de 0.60 a 0.70 para flexes e tores. Se a pea estiver sob cargas

    axiais, o tamanho no tem nenhum efeito sobre o limite de resistncia fadiga e, portanto, adota-

    se Kb = 1. Quando a pea no estiver girando ou a seo transversal no for circular, o valor do

    fator Kb deve ser calculado. Nestes casos utilizamos o conceito de dimetro efetivo de, que

    obtido equacionando o volume do material submetido carga e 95% da carga mxima para o

    mesmo volume do corpo de prova. Quando os dois volumes so igualados, o comprimento

    cancelado e precisamos considerar apenas as reas.

    No caso de peas com seces no circulares, como a FIG. 6, para se calcular o dimetro efetivo

    para uma barra de seco retangular, usa-se a frmula:

    2/1.808.0 hbde

  • sendo que h a altura e b a largura da seo retangular.

    C) Fator devido ao carregamento- (Fonte: Shigley, J.E- Mechanical Engineering Design, 5a Ediao,

    1989,p.283)

    Para carregamento axial, Kc=1 ou Kc=0,922 ( MpaSrup 1400 )

    Para carregamento de flexo Kc=1

    Para carregamento devido cisalhamento, toro Kc = 0,577.

    D) Fator devido temperatura

    Os testes realizados nos corpos de prova foram temperatura ambiente. Para peas trabalhando a

    temperaturas diferentes do ambiente, os fatores Kd podem ser obtidos por tabelas ou

    experimentalmente. Nesta edio, ainda, usaremos Kd=1, pois os valores de Kd esto sendo

    obtidos no laboratrio de Anlise Estrutural da PUC Minas, em pesquisa em andamento.

    E) Fator devido concentrao de tenses

    A concentrao de tenso est presente em toda estrutura que contm curvaturas significativas,

    entalhes e outra forma de perturbao brusca na geometria da pea. Os fatores de concentrao

    terico Kt, obtidos na sua maioria de forma experimental, podem ser obtidos em tabelas e

    grficos prprios, como mostrado no final do captulo. Este fator, quando multiplicado pela

    tenso nominal, ou seja, tenso o calculada pelo modelo matemtico sem a existncia de

    entalhe, permite determinar a tenso mxima que atua no entalhe.

    . omx Kt o

    mxKt

    Estes grficos mostram os principais fatores de concentrao de tenso para alguns entalhes mais

    usados nas estruturas.

    Dependendo do tipo de material ou da sua resistncia, este fator de concentrao de tenso

    geomtrico ou terico, Kt, sofre alteraes, diminuindo sua intensidade em funo da

    sensibilidade q do entalhe. A relao que determina o novo fator de concentrao Kf (fator

    efetivo ou prtico) foi definida por Peterson, como:

    11 KtqKf

    A sensibilidade ao entalhe q depende do limite de resistncia trao e do raio do entalhe. Os

    valores experimentais da literatura usam q variando de 0 a 1, sendo que os valores mais

    utilizados se encontram na faixa de 0,6 a 0,9. Esta faixa de valores ser utilizada nesta edio.

    Aps os resultados experimentais obtidos na PUC Minas, teremos alterao nestes valores de q.

    Calculado o fator Kf, temos que:

  • KfKe

    1

    Este o fator Ke, que devemos usar como fator corretivo, na frmula para o clculo do limite de

    resistncia fadiga de pea, Sf.

    F) Efeito da concentrao de tenso com carga de fadiga completamente reversa

    Para elementos de mquinas com entalhes, as curvas S-N apresentam para o mesmo material um

    valor menor do que quando no possuem entalhes. Isto significa que as concentraes de tenses

    so importantes causando esta diminuio. A relao entre os limites de resistncia fadiga sem

    entalhe e com entalhe designada como Kf, ou fator de concentrao de tenso de fadiga.

    Teoricamente, poderamos esperar que Kf fosse igual ao fator terico de concentrao de tenses

    Kt. Os testes, porm, mostram que Kf freqentemente menor que Kt. Isto aparentemente

    devido a irregularidades internas na estrutura do material. Um material "ideal" teria tenses

    internas de acordo com a teoria elstica; na realidade os materiais possuem irregularidades

    causando pontos localizados com maiores tenses. Ento, mesmo corpos de prova no

    entalhados sofrem destes "entalhes internos". A equao definida como 11 KtqKf ,

    utiliza o ndice de sensibilidade ao entalhe q, que varia entre 0 (Kf =Kt) e 1 (Kf=1). H, portanto,

    necessidade de se determinar o ndice de sensibilidade do material. A situao um pouco mais

    complicada do que se imagina porque a sensibilidade ao entalhe depende no somente do

    material, mas tambm do raio relativo da geometria do entalhe e das dimenses das imperfeies

    internas caractersticas. Os raios de entalhe bem pequenos, aproximando-se de imperfeies de

    material, fornecem um ndice de sensibilidade quase zero, o que no deixa de ser uma boa

    notcia! Isto torna o Kf quase sempre igual a um. Os grficos do ndice de sensibilidade ao

    entalhe so plotados em funo do raio e da resistncia trao dos materiais. Para os aos,

    observa-se a tendncia de que materiais mais resistntes e duros so mais sensveis ao entalhe.

    Isto significa que a troca de um ao menos resistente por um ao mais resistente e duro

    normalmente aumenta uma parte da resistncia fadiga, mas o aumento no to grande como

    se poderia esperar devido ao aumento no ndice de sensibilidade. Para os aos comerciais

    submetido a carregamento torcional a sensibilidade ao entalhe um pouco maior do que para

    carregamento axial e fletor. Os resultados experimentais tambm mostram que a influncia do

    entalhe a 103 ciclos consideravelmente menor do que a 10

    6 ciclos.

    Outro aspecto onde h uma pequena divergncia entre os autores. melhor tratar o Kf como um

    fator de concentrao de tenso ou um fator de reduo de resistncia? Os autores diferem neste

    ponto, mas a maioria utiliza como fator de concentrao de tenso. Na realidade, a resistncia do

  • material no enfraquee pela existncia do entalhe. O entalhe o causador de tenses maiores e

    localizadas. Com isto, pode-se utilizar as curvas S-N tanto para peas com ou sem entalhes.

    G) Fatores devido a influncias diversas

    A pea pode no possuir pontos de concentrao de tenso, mas o fator Ke pode ser tambm

    utilizado quando se consideram outros efeitos, como direcionamento na laminao do material,

    corroso, tenses residuais, cromagem superficial e outros tratamentos de cobertura superficial.

    4.4 - Limite de resistncia para vida finita

    Uma vez determinados todos os coeficientes de modificao, possvel calcular o limite de

    resistncia fadiga para a pea em estudo:

    'ff SKeKdKcKbKaS

    Desta forma possvel traar o diagrama S-N para a pea, como j definido:

    FIGURA 8 - Determinao da resistncia fadiga S, para um nmero de ciclos (104 ciclos) e um limite de

    resistncia fadiga Sf determinados.

    Como Sf o limite de resistncia fadiga para vida infinita, pode-se calcular, a partir do

    diagrama acima, o limite de resistncia fadiga (S) para uma vida finita. A solicitao cclica em

    uma pea um processo cumulativo, ou seja, se a pea resiste a 100.000 ciclos e j sofreu 30.000

    ciclos, ela memoriza ou guarda este nmero de ciclos. Se em outra oportunidade a pea continuar

    sendo solicitada, o nmero de solicitaes ainda possvel igual ao nmero de ciclos totais que

    ela suportaria menos o nmero de ciclos j aplicados, ou seja, 70.000. A teoria de fadiga

    acumulativa estudada pela Regra de Minner.

    bNaS . para

    b

    a

    SN

    1

  • onde

    f

    rup

    S

    Sa

    2.9,0

    e

    f

    rup

    S

    Sb

    .9,0log

    3

    1

    4.5 - Fadiga sob tenses flutuantes

    Freqentemente encontram-se em estruturas solicitaes diferentes das simplesmente alternadas.

    Estas tenses so chamadas de flutuantes ou a combinao de tenses alternadas e tenses

    mdias constantes. As figuras a seguir mostram estas solicitaes:

    FIGURA 9 - Tenses reversas, repetidas e flutuantes.Fonte: NORTON, R. L. Machine design. New Jersey:

    Prentice-Hall, 1996.

    As tenses mdias (m) e alternadas (a) so definidas como:

    2

    mnmxa

    2

    mnmxm

    A influncia das tenses mdias e alternadas na fadiga de uma pea foi determinada inicialmente

    por Goodman. Na FIG. 10, a linha de Goodman obtida pela reta unindo na abcissa o limite de

    resistncia trao (Srup) e na ordenada o limite de resistncia fadiga (Sf). As tenses mdias

    so plotadas na abcissa e as tenses alternadas na ordenada.

    FIGURA 10 - Diagrama de Goodman, com os eixos das tenses mdia e alternada.

  • O diagrama baseado no fato de que, quando somente tenso mdia (m) atua, a falha

    caracterizada pelo limite de resistncia (Srup.). Quando somente tenso alternada (a) atua, a falha

    caracterizada pelo limite de resistncia fadiga (Sf).

    Resultados experimentais mostram que, sob a ao das tenses mdias (m) e alternadas (a), os

    pontos de falha, para diferentes valores de tenses combinadas, acontecem como mostrado na

    figura acima. Isto significa que a linha de Goodman, obtida ligando Sf com Srup, a linha de

    segurana para qualquer combinao de tenses m e a. Em outras palavras, qualquer

    combinao que cair dentro dos limites do diagrama est segura, como no caso do ponto A.

    Outra concepo desta teoria o diagrama de Soderberg ou linha de Soderberg, que utiliza para

    o eixo das tenses mdias o limite de resistncia ao escoamento (Se), sendo um diagrama mais

    conservativo. Outros diagramas mais prximos da realidade, que mais se aproximam dos

    resultados experimentais, j foram propostos, com destaque para a parbola de Gerber. A figura

    abaixo mostra a representao grfica:

    FIGURA 11 - Representao grfica das diversas teorias de fadiga.

    Na FIG. 11, o ponto A, resultado da combinao das tenses mdias m e alternadas a, est

    seguro para as teorias de Gerber e Goodman, mas no se encontra seguro segundo a teoria de

    Soderberg. As equaes a seguir representam a formulao matemtica de cada teoria:

    1yf S

    Sm

    S

    Sa Soderberg

    1rupf S

    Sm

    S

    Sa Goodman

    1

    2

    rupf S

    Sm

    S

    Sa Gerber

    Para fins de aplicao nos problemas convencionais de engenharia, recomenda-se a utilizao da

    teoria de Goodman.

  • Para clculos de tenses de fadiga em problemas reais de engenharia, deve-se utilizar um

    coeficiente de segurana n, que na teoria de Goodman, por exemplo, determinado por:

    ma

    SmSan

    As tenses m e a podem se transformar respectivamente nas resistncias mdia e alternada Sm e

    Sa se cada uma delas forem divididas pelo coeficiente de segurana n. Desse modo, as equaes

    que representam as teorias ficariam assim:

    nSS y

    m

    f

    a 1

    Soderberg

    nSS rup

    m

    f

    a 1

    Goodman

    1

    2

    rup

    m

    f

    a

    S

    n

    S

    n Gerber

    4.6 - Fadiga sob tenses combinadas

    Em componentes mecnicos de uma forma geral, a distribuio de tenses mais freqente a de

    tenses combinadas. Dependendo dos tipos de esforos envolvidos na parte mecnica, flexo,

    esforo normal ou toro, aparecem tenses alternadas e mdias devido a essas mltiplas

    solicitaes. Assim, cada tipo de esforos pode gerar:

    - Flexo tenses mdias e alternadas nas direoes 1 e 2, devido a flexo

    - Toro mesmo que para flexo

    - Normal mesmo que para flexo

    A combinao destas tenses para resultar em uma nica tenso, seja alternada ou mdia,

    conseguida da seguinte forma:

    - Tenses alternadas ou mdias na mesma direo:

    Soma (a1)f + (a1)n + (a1)t = (a1), obtendo-se a tenso resultante, alternada

    ou mdia, na direo correspondente.

    - Tenses alternadas ou mdias, respectivamente em direes diferentes:

    Calcula-se a tenso equivalente ou tenso de Von Mises:

    2

    2

    2

    1

    '

    21 aaaa

    2

    2

    2

    1

    '

    21 mmmmm Direes 1 e 2 principais.

  • Observa-se que as tenses contidas nos radicais j foram combinadas como a soma de todas as

    tenses que atuam na mesma direo. No caso das tenses estarem referidas nos eixos X e Y, a

    tenso cisalhante estar presente e as equaes acima descritas so escritas na forma:

    222.3)(' axyayayaxaxa

    222.3)(' mxymymymxmxm

    Deve-se lembrar que cada uma destas tenses calculada pela equao dada pelo modelo

    matemtico correspondente ao tipo de solicitao. Uma vez obtido a e m, a teoria de

    Goodman pode ser aplicada.

    4.7 - Fadiga de contato superficial

    No estudo anterior, o limite de resistncia fadiga Sf foi determinado usando uma mquina

    rotativa que flexiona o corpo de prova, e por isso freqentemente chamado de limite de

    resistncia fadiga devido flexo. O contato direto entre peas causa a fadiga superficial

    devido ao contato, sendo o limite de resistncia fadiga superficial Ssf determinado de forma

    diferente.

    Trabalhos realizados por Buckingham e Talboudert determinaram que a fadiga superficial do

    material depende da dureza Brinell (HB), sendo o limite de resistncia fadiga superficial para

    uma vida de 108 ciclos, definido pelas expresses:

    104.0' HBS sf (Kpsi) ou

    7076.2' HBS sf (MPa)

    Este limite foi determinado para materiais (ao) em condies apropriadas e para uma vida de

    108 ciclos. Em condies de trabalho, o limite de resistncia fadiga superficial da pea

    determinado pela expresso abaixo, que considera os fatores de modificao:

    RT

    HLsfsf

    CC

    CCSS

    '

    onde CL = Fator de vida, depende do nmero de ciclos

    CH = Fator que depende da razo de dureza

    CT = Fator de temperatura

    CR = Fator de confiabilidade

    O fator CH = 1 para uma dureza das partes aproximadamente iguais. O fator de vida CL

    calculado pela expresso:

    056,0466,2 NCL

  • para N = nmero de ciclos entre 104 e 10

    8.

    O fator temperatura CT, para condies normais da temperatura dos lubrificantes (T < 120), 1.

    Por outro lado, o fator de confiabilidade depende do sistema em considerao, sendo CR para

    engrenagem dado:

    TABELA 2

    Fatores de confiabilidade

    Confiabilidade Fator CR

    90% 0,85

    99% 1,00

    99.9% 1,25

    Fonte: SHIGLEY,J.E. Elementos de Mquinas,1984,p.179.

    A fadiga superficial muito importante para estudar certos elementos mecnicos como a fadiga

    no contato de dentes de engrenagens, contato de esfera ou rolos em rolamentos, rodas e trilhos

    ferrovirios, cames e seguidores etc.

    muito importante lembrar que, para o dimensionamento da parte mecnica usando fadiga

    superficial, necessrio conhecer o modelo matemtico ou frmula matemtica da tenso

    provocada pelo contato. Estas formulaes no so simples de serem escritas e so baseadas na

    teoria de contato de Hertz. Uma vez calculada a tenso induzida na pea, o dimensionamento

    feito comparando esta tenso com o limite de resistncia fadiga Ssf, considerando o coeficiente

    de segurana n.

    n

    S sf

    4.8 - Grficos para determinao do fator de concentrao de tenses KT-

  • FIGURA 12 - Grficos para Determinao do Fator de concentrao de tenses Kt.-Fonte: Apndice F-NORTON,R.

    L. Machine design. New Jersey: Prentice-Hall, 1996.

    4.9 - Previso de fadiga com cargas variando randomicamente

    Prever a vida de peas tencionadas acima do limite de resistncia fadiga

    um procedimento difcil. Palmgreen e Minner propuseram muito logicamente um conceito

    simples onde se uma pea carregada ciclicamente em um nvel de tenso que provocaria uma

    falha a 105 ciclos, ento cada ciclo deste carregamento consome uma parte nos 10

    5 da vida da

    pea. Se outros ciclos de tenso so interpostos correspondendo a uma vida de 104 ciclos, cada

    um destes ciclos consome uma parte nos 104 da vida, e assim por diante. Nesta base, 100% da

    vida foi consumida e tem-se a previso da falha. A regra de Palmgren ou Miner expressa pela

    seguinte equao, em que n1, n2,..., nk representam o nmero de ciclos a especficos nveis de

    sobretenso, e N1, N2, Nk representam a vida (em ciclos) destes nveis de sobretenso, tomados

    da curva S-N. A falha por fadiga prevista quando a equao acima se mantm.

    4.10 - Exerccios resolvidos

    1N

    n...

    N

    n

    N

    n

    k

    k

    2

    2

    1

    1

  • 1) Uma pea metlica submetida a uma carga fletora F. A mola flutua entre 9,3 kN a 10,67

    kN. Possui um limite de resistncia trao Srup=1400 Mpa e limite de resistncia ao

    escoamento Se=950 Mpa. Considerando um acabamento de forjamento para a pea, calcule

    o fator de segurana contra o escoamento e a fadiga para uma espessura de 18 mm.

    Soluo:

    Clculo do fator por fadiga. Devemos calcular os valores de R1 e R2.

    21

    FR e

    22

    FR

    FIGURA 13 - Exerccio resolvido 1.

    31 10150.

    XRM F 310150.

    2

    XF

    M F Momento onde a fora F aplicada.

    33

    max10150.

    2

    1067,10 xx

    M F mNM F .25,800max

    33

    min10150.

    2

    103,9 xx

    M F mNM F .5,697min

    I

    cM . onde

    12

    . 3hdwI

    Assim,

    12

    1018.101010753333

    xxx

    I 4810645,3 mxI

    Paxx

    x 88

    3

    max 1028,210645,3

    109.25,800

    Paxx

    x 88

    3

    min 10987,110645,3

    109.5,697

    2

    minmax

    a Paxa710465,1

    2' minmax

    m Paxm

    810133,2'

    Clculo dos fatores de correo fadiga.

  • Clculo de Ka Forjado

    b

    rupa Sak tabela 4.1 a = 272 b = - 0,995

    201,0ak

    Clculo de Kb Seo quadrada

    1133,0

    62,7

    dKb mmd 5179,2 (mm)

    21

    )7518.(808,0 xde mmde 688,29

    1133,0

    62,7

    688,29

    bK 857,0bK

    Clculo de Kc Flexo

    Para flexo temos que 1ck .

    Clculo de Kd Considerando temperatura de trabalho baixa. 1dk

    Clculo de Ke

    f

    eK

    K1

    onde )1.(1 KtqK f

    Clculo de q

    Adotando q=0,95, tem-se

    Clculo de Kt

    133,015

    10

    w

    d e 556,0

    18

    10

    h

    d

    1,2Kt

    Donde fica Kf

    )11,2.(95,01 fK 045,2fK

    Assim Ke

    045,2

    1eK 489,0eK

    Com todos os parmetros podermos calcular o Sf.

    rupf SS .504,0' para aos.

    MpaS f 6,705'

    'ff SKeKdKcKbKaS

    6,705489,0857,0201,0 fS

  • MpaS f 435,59

    Clculo do fator de segurana pelo critrio de Goodman modificado

    nSS rup

    m

    f

    a 1

    nx

    x

    x

    x 1

    101400

    10133,2

    10435,59

    10465,16

    8

    6

    8

    382,0n

    Clculo do fator de segurana por escoamento:

    I

    cM . onde

    12

    . 3hdwI

    Paxx

    x 88

    3

    max 1028,210645,3

    109.25,800

    max

    rupSn 140,6

    1028,2

    1014008

    6

    x

    xn

    2) Uma mola submetida a uma carga varivel, sendo a carga mxima F= 133 N e a carga

    mnima F= 66 N. O material da mola ao com Srup= 1170 Mpa, e dimetro d= 9,5 mm.

    Neste projeto no foi considerada a concentrao de tenses ao longo do comprimento

    da mola. O acabamento superficial corresponde a um laminado a quente. Qual o nmero

    de aplicao de carga N que causar falha na pea?

    FIGURA 14 - Exerccio resolvido 2.

    Soluo:

    Calculemos o momento mximo e mnimo.

    max

    3

    max 10410 FxM min

    3

    min 10410 FxM

    13310410 3max xM 6610410 3min

    xM

    mNM 53,54max mNM .06,27min

    Clculo das tenses

    3.

    32

    d

    M

  • 33max )105,9.(

    53,54.32

    x

    Mpa8,647max

    33 )105,9.(

    06,27.32

    x

    m

    Mpam 5,321

    2

    minmax

    a Mpaa 2,163

    2' minmax

    m Mpam 7,484'

    Clculo de Ka Laminado a quente

    b

    rupSaka tabela 1, a = 57,7 b = - 0,718

    718,01170.7,57 Ka 362,0Ka

    Clculo de Kb

    1133,0

    62,7

    dKb mmd 5179,2 (mm)

    dde .370,0

    5,9.370,0ed

    515,3ed

    1133,0

    62,7

    515,3

    bK 092,1bk

    Clculo de Kc Flexo

    Para flexo temos que 1ck .

    Clculo de Kd Considerando temperatura de trabalho baixa. 1dk

    No foram consideradas concentraes de tenses ao longo da mola, ou seja, 1ek .

    Com todos os parmetros podermos calcular o Sf.

    rupf SS .504,0' para aos.

    MpaS f 68,589'

    'ff SKeKdKcKbKaS

    68,589092,1362,0 xxS f MpaS f 103,233

    Clculo do nmero de ciclos.

  • rup

    m

    a

    S

    S

    1

    6

    6

    6

    100,117

    107,4841

    102,163

    x

    x

    xS

    810786,2 xS

    bNaS .

    Sf

    Srupa

    2.9,0

    610734,4756 xa

    f

    rup

    S

    Sb

    .9,0log

    3

    1 2183,0b

    bf

    a

    SN

    1

    ciclosN 441683

    4.11 - Exerccios propostos

    Cargas variveis

    1. Um elo como mostrado na figura abaixo feito de ao AISI 4130 temperado e revenido a

    540oC (Sut=1030 MPa). A carga F=5 KN repetitiva e reversa. Supondo no haver

    concentrao de tenso pede-se: a) Qual dever ser o dimetro para N=1,40 e acabamento de

    usinagem? B) Idntico ao item a, exceto que o acabamento polido. Qual a economia no

    peso? C) Idntico ao item a, exceto que o acabamento forjado.

    FIGURA 15 Exerccio proposto 1.

    2. Idntico ao exerccio 1, exceto que, devido ao ambiente corrosivo, o elo fabricado em

    bronze silcio, laminado a frio, e o nmero de ciclos esperado para a vida da pea maior

    que 3x 107 ciclos.

    3. Um eixo apoiado como uma viga simples de 450 mm de comprimento, de ao AISI 3120.

    Uma carga esttica de 8900 N aplicada ao eixo em rotao, na metade do eixo entre dois

    apoios (mancais). As superfcies so polidas e a pea foi projetada para uma vida infinita.

    Para um fator de segurana N=1,6, baseado no limite de resistncia fadiga, qual deveria ser

    o seu dimetro se no h descontinuidades na sua superfcie?

  • FIGURA 16 - Exerccio 3.

    4. Um suporte simples como o mostrado na figura possui uma seo retangular e foi projetado

    para vida infinita e carga reversa. Calcule: a) as dimenses de uma seo sem

    descontinuidade onde b=2,8 t e L= 350 mm e um fator de segurana (projeto) igual a 2. O

    material ao AISI 1020, laminado com acabamento superficial de forjamento. b) Calcule as

    dimenses de uma seo onde e= 100 mm.

    FIGURA 17 - Exerccio proposto 4.

    5. Idntico ao exerccio 4, exceto que a vida da pea submetida a cargas reversas no deve

    exceder 105

    ciclos.

    6. Um eixo submetido a um torque reverso mximo de 1695 Nm. usinado e feito de ao

    AISI3140. Qual dever ser o seu dimetro para N=1,75?

    7. Idntico ao exerccio 6, exceto que o eixo oco, com dimetro externo igual ao dobro do

    dimetro interno.

    Cargas variveis com concentrao de tenses

    8. Um elo de conexo visto na figura, exceto que h um furo radial de dimetro 3 mm, no

    centro da pea. A pea usinada, feita de ao AISI2330 WQT1000 F e submetida a uma

    carga axial reversa cujo valor mximo de 22 kN. Para um fator de segurana N=1,5,

  • determine o dimetro do elo no furo: a) para uma vida infinita; b) Para uma vida de 105

    ciclos. c) Para o elo no item a, qual a mxima tenso de trao?

    FIGURA 18 Exerccio proposto 8.

    9. O elemento de mquinas mostrado na figura possui espessura uniforme t=b/2,5 e usinado.

    O material da pea o ao AISI 1020, laminado. O projeto para vida infinita e carga

    repetitiva de 44 N a 90 kN, sendo que d=b. Pede-se: a) para um fator de segurana 1,8

    (Soderberg), quais deveriam ser as dimenses da pea? Qual a mxima tenso de trao

    atuante na pea projetada?

    FIGURA 19 Exerccio proposto 9.

    10. A viga mostrada tem uma seo circular e suporta uma carga F que varia de 44,5 a 133,5 kN,

    usinada, ao AISI1020, laminado. Determine o dimetro D se r=0,2 D e N=2 (fator de

    segurana), vida infinita.

    FIGURA 20- Exerccio 10.

  • 11. Idntico ao exerccio 10, exceto que a carga F constante e igual a 133,5 kN e a viga gira

    com um eixo.

    12. Uma viga em balano est sujeita a uma carga reversa de 133,5 kN. Seja o raio do filete r= 3

    mm e o material da viga o ao SAE1015. Determine as dimenses t, h (b=1,3 h) para um

    fator de segurana 1,8 baseado nas tenses variveis. Considere nas sees A e B, vida

    infinita.

    FIGURA 21 - Exerccio proposto 12.

    13. Idntico ao exerccio 12, exceto que a carga F varia de =44,5 kN a 222,5 kN.

    14. A pea mostrada na figura feita de ao C1035, laminado com as seguintes dimenses:

    a= 9 mm; b=22 mm; c=25 mm; d=12,5 mm; L=300 mm; r= 1,6 mm. A carga axial F varia de

    133,5 kN a 222,5 kN e aplicada atravs de pinos pelos furos. Pede-se: a) Quais os fatores

    de segurana nos pontos A, B e C se a pea totalmente usinada? b) Quais as mximas

    tenses nestes pontos?

    FIGURA 22 - Exerccio 14.