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Tribunal de Justia do Estado de So Paulo

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CARTILHA SOBRE DVIDAS ATIVAS E EXECUES FISCAIS MUNICIPAIS

SUMRIO2CONSIDERAES INICIAIS

5I - SUGESTES PARA COBRANA EXTRAJUDICIAL

61)Conciliao Extrajudicial

62)Facilitao do pagamento - encaminhamento de boleto bancrio ou guia de arrecadao preenchida

73)Parcelamento incentivado de crditos (PPI)

74)Protesto extrajudicial da certido da dvida ativa (CDA)

95)Incluso do nome do devedor no CADIN

96)Incluso do nome do devedor em servios de proteo ao crdito

9II - SUGESTES PARA ANLISE PRVIA AO AJUIZAMENTO

101)Verificao da ocorrncia de pagamento, prescrio, anistia, suspenso de exigibilidade ou vcios administrativos

102)Verificao da possibilidade concreta de localizao do devedor

113)Verificao da existncia de patrimnio suficiente do devedor

124)Verificao da possibilidade de reunio das dvidas em uma nica execuo

125)Verificao do valor mnimo previsto em lei municipal para justificar o ajuizamento

14III SUGESTES PARA ANLISE DE EXECUES FISCAIS EM CURSO

141)Verificao da ocorrncia da prescrio ou de outro fato extintivo ou impeditivo

142)Facilitao do pagamento encaminhamento de boleto bancrio ou guia de arrecadao preenchida juntamente com a carta de citao ou em momento processual posterior

153)Extino de execues fiscais frustradas

154)Elaborao de instrues para procuradores municipais

16IV MODELO DE PROJETO DE LEI PARA PARCELAMENTO INCENTIVADO

CONSIDERAES INICIAISPraticamente nove em cada dez execues fiscais em curso no Estado de So Paulo so municipais. Dados de setembro de 2012 revelam que dos 10.830.687 executivos em trmite 9.328.677 so municipais.

Apesar do enorme e crescente volume de dvidas ativas municipais ajuizadas, no se constata, em regra, correspondente aumento na arrecadao municipal ao se escolher a cobrana judicial.A realidade forense das execues fiscais indica que a grande dificuldade est na localizao do devedor e de bens penhorveis suficientes para garantia da satisfao da dvida. No localizado o devedor ou patrimnio bastante, os processos executivos ficam paralisados, evidentemente sem nenhum proveito para a arrecadao municipal, de um lado, e, de outro, em prejuzo para o Poder Judicirio, cuja estrutura acaba sobrecarregada com inmeros autos de processos paralisados a ocuparem intil e desnecessariamente espao at que, eventualmente, sejam extintos e arquivados por causa da prescrio intercorrente que, em muitos casos, invariavelmente os alcana.Outro resultado negativo da paralisao de inmeros executivos fiscais est em que devedores com bens suficientes ou com dbitos elevados so injustamente beneficiados porque os autos dos respectivos processos ficam escondidos entre os milhares paralisados ou fadados ao insucesso porque falta critrio proveitoso de classificao dos crditos inscritos em dvida ativa ajuizada a fim de que esforos sejam concentrados em execues fiscais viveis.

A realidade forense atual impe, portanto, melhor aproveitamento da estrutura das varas de fazenda pblica e dos anexos de execues fiscais por meio tanto da melhoria dos mecanismos de cobrana extrajudicial quanto da escolha da cobrana judicial somente para contribuintes inadimplentes cuja localizao seja conhecida e que disponham de patrimnio suficiente e, mesmo assim, para crditos expressivos e no prescritos ou de qualquer outro modo extintos. recomendvel a acelerao do trmite do procedimento administrativo de cobrana dos crditos municipais, com o que se evita outro problema hoje comum: a propositura de centenas ou milhares de execues fiscais s vsperas da prescrio, apenas para evit-la, dessa prtica resultando outra massa de autos com vrias execues fiscais fadadas ao insucesso, tudo em detrimento da arrecadao municipal e em benefcio dos maiores devedores.

O ajuizamento s pressas, sem maior critrio ou somente para evitar a prescrio, faz com que muitas execues fiscais municipais sejam antieconmicas, isto , com despesas de processamento superiores aos respectivos crditos. Alm disso, outras inmeras so ajuizadas com fundamento em crditos j prescritos, tudo a atravancar a movimentao processual em detrimento de execues capazes de propiciar arrecadao eficaz ou eficiente da dvida ativa.

No raro verificar o desinteresse do Poder Executivo, ou a impossibilidade tcnica ou material de sua procuradoria, em dar andamento s milhares de execues fiscais municipais economicamente inexpressivas ou inviveis, que congestionam ilogicamente unidades judiciais. O interesse da administrao pblica e os recursos tcnicos, materiais e humanos de sua procuradoria devem redirecionar-se para eliminar tais entraves, melhorar a cobrana administrativa ou extrajudicial e racionalizar o emprego da via judicial.

Em tal contexto, para maior eficincia, - princpio constitucional norteador da administrao pblica (artigo 37 da Constituio Federal com a redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998), e como medida de apoio para o cumprimento da meta n 3 de 2010 do Conselho Nacional de Justia, esta cartilha, - elaborada pela Corregedoria Geral da Justia do Tribunal de Justia de So Paulo e destinada a Secretarias Jurdicas e a Procuradorias dos Municpios do Estado -, sugere medidas prticas para racionalizao administrativa e simplificao ou economia processual com o objetivo de aumentar a arrecadao e evitar que o custo da cobrana judicial seja superior ao valor do ressarcimento pretendido pelo Municpio.

Finalmente, alm de tudo o que acima foi dito, desde o final de dezembro de 2012, existe a possibilidade legal expressa de a certido da dvida ativa ser protestada, como se v do art. 1, pargrafo nico da Lei 9.492/97, que diz: incluem-se entre os ttulos sujeitos a protesto as certides de dvida ativa da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e das respectivas autarquias e fundaes pblicas. Essa regra foi introduzida pela Lei 12.767/12.Portanto, a posio de alguns, que entendiam descabido o protesto das CDAs, agora encontra expressa disposio legal no permitindo que prevalea esse entendimento. No h hoje nenhum bice ao protesto de tais documentos comprovadores de dvida.

I - SUGESTES PARA COBRANA EXTRAJUDICIALA eficincia administrativa impe acelerar o procedimento administrativo de cobrana dos crditos municipais, evitar erros de inscrio e nulidades e facilitar a arrecadao. A escolha pela cobrana judicial deve ser a ltima alternativa, quando frustrada a cobrana administrativa ou extrajudicial e, ainda assim, se a execuo fiscal for vivel.1) Conciliao ExtrajudicialA conciliao meio rpido de promover aumento da arrecadao com diminuio dos ajuizamentos. Alm disso, contribui para a diminuio da disseminada percepo de que a falta de pagamento de crditos inscritos no resulta em nenhuma consequncia concreta rpida. O Municpio, na forma da lei local, pode promover acordos no Centro Judicirio de Soluo de Conflitos e Cidadania da Comarca ou, se no instalado, celebrar com o Tribunal de Justia de So Paulo convnio para instalao, buscando, se o caso, apoio de universidades e instituies de ensino. O Tribunal de Justia conta com o Ncleo Permanente de Mtodos Consensuais de Soluo de Conflitos, o qual tem, entre outras, as atribuies de desenvolver a Poltica Judiciria de tratamento adequado dos conflitos de interesses estabelecida na Resoluo n 125 do Conselho Nacional de Justia e atuar na interlocuo com outros Tribunais e com os rgos integrantes da rede constituda por todos os rgos do Poder Judicirio e por entidades pblicas e privadas, inclusive universidades e instituies de ensino.2) Facilitao do pagamento - encaminhamento de boleto bancrio ou guia de arrecadao preenchida O universo de contribuintes maior do que apenas os inadimplentes. Muitos querem pagar, mas no sabem como ou esbarram em dificuldades desnecessrias. O encaminhamento de boleto bancrio ou guia de arrecadao j preenchida medida simples para facilitar o pagamento.

3) Parcelamento incentivado de crditos (PPI)

O parcelamento incentivado pode ser regulado por lei municipal, a exemplo do que fez o Municpio de So Paulo (Lei n 14.129, de 11 de janeiro de 2006). A medida propicia aumento da arrecadao pelas vantagens inerentes ao programa de parcelamento, sem os custos associados s cobranas administrativas ou judiciais.

4) Protesto extrajudicial da certido da dvida ativa (CDA)O Tribunal de Contas do Estado de So Paulo entende que possvel que os Municpios enviem a protesto extrajudicial as Certides da Dvida Ativa, documentos estes hbeis para tanto, nos termos da Lei Federal n 9492/97, auxiliando tal sistemtica na otimizao da cobrana dos crditos municipais e possibilitando a reduo do montante inscrito a esse ttulo (Tribunal Pleno, TC n 041852/026/10, sesso de 8.2.2012). No mesmo sentido, o Conselho Nacional de Justia recomenda o protesto da certido da dvida ativa como meio de agilizar o pagamento de ttulos e outras dvidas devidas ao governo, inibir a inadimplncia e contribuir para a reduo do volume de execues fiscais ajuizadas, o que resultar na melhoria da prestao jurisdicional e na diminuio dos gastos pblicos com a tramitao de aes dessa natureza. Pedido de Providncias. Certido de dvida ativa. Protesto extrajudicial. Corregedoria Geral da Justia do Estado do Rio de Janeiro. Legalidade do ato expedido. Inexiste qualquer dispositivo legal ou regra que vede ou desautorize o protesto dos crditos inscritos em dvida ativa em momento prvio propositura da ao judicial de execuo, desde que observados os requisitos previstos na legislao correlata. Reconhecimento da legalidade do Ato Normativo expedido pela Corregedoria Geral da Justia do Estado do Rio de Janeiro. (CNJ - PP 200910000045376 relatora Conselheira MORGANA DE ALMEIDA RICHA 102 Sesso j. 6/4/2010 DJe n 62/2010 em 8/4/2010 pg. 8/9). verdade que A jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia tem afirmado a ausncia de interesse em levar a protesto a certido da dvida ativa, ttulo que j goza de presuno de certeza e liquidez e confere publicidade inscrio do dbito na dvida ativa (AgRg no Ag n 1.316.190/PR, 1 Turma, relator Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, j. 17/5/2011, DJe 25/5/2011). Contudo, se no efetuado o pagamento na fase de cobrana administrativa ou extrajudicial, a CDA pode ser protestada. O protesto da certido de dvida ativa no necessrio, mas tambm no se diga ser nocivo, dado o carter pblico da informao nele contida. Por conseguinte, no razovel cogitar de dano moral in re ipsa pelo simples protesto da certido de dvida ativa (STJ, REsp n 1.093.601/RJ, 2 Turma, relatora Ministra ELIANA CALMON, j. 18/11/2008, DJe 15/12/2008). Ao crdito pblico lquido, certo, exigvel e no pago deve-se dedicar o mesmo cuidado normalmente outorgado a crditos particulares representados por ttulos executivos igualmente protestveis. oportuno lembrar que, para o protesto de ttulos de crdito e outros documentos de dvida, no so exigveis custas, despesas e emolumentos do credor ou do apresentante, exceto se ele desistir do protesto e retirar o ttulo ou documento antes da sua lavratura (Lei Estadual n 10.710 de 29/12/2000).5) Incluso do nome do devedor no CADIN

A insero, no momento oportuno, do devedor em eventual cadastro municipal informativo de crditos no quitados (CADIN), para na forma da lei municipal condicionar a autorizao de participao em licitaes municipais (ou outra modalidade de contratao com o Poder Pblico) ao prvio pagamento ou parcelamento da dvida, pode ser mais eficiente do que o ajuizamento da execuo fiscal.6) Incluso do nome do devedor em servios de proteo ao crditoOutra medida extrajudicial que se sugere a insero do nome do devedor por dvida ativa no paga em cadastros de rgos de proteo ao crdito, pois a certido da dvida ativa representa crdito lquido, certo e exigvel. A medida pode ser mais econmica do que o protesto da CDA e com a vantagem de poder ser facilitada se o Municpio, a seu critrio e de acordo com a lei, celebrar convnios com rgos de proteo ao crdito.II - SUGESTES PARA ANLISE PRVIA AO AJUIZAMENTO

Tambm por imposio da regra constitucional sobre eficincia administrativa, deve-se evitar o ajuizamento de execues fiscais antieconmicas ou fadadas ao insucesso ou paralisao.1) Verificao da ocorrncia de pagamento, prescrio, anistia, suspenso de exigibilidade ou vcios administrativosIdentificada a ocorrncia de fatos extintivos ou impeditivos da cobrana, os dbitos no exigveis devem ser cancelados ou, se suspensa a exigibilidade, a cobrana deve ser sobrestada. Recomenda-se perfeita sintonia com plena troca de informaes entre o rgo arrecadador e o rgo encarregado da cobrana administrativa ou judicial. Se em juzo o devedor tiver de constituir advogado para evidenciar tais fatos, a condenao da Fazenda Pblica ao pagamento de honorrios advocatcios pode eventualmente superar o valor do crdito irregularmente inscrito ou inexigvel.2) Verificao da possibilidade concreta de localizao do devedorMedida essencial para o xito da cobrana administrativa ou judicial. A localizao do devedor um dos maiores obstculos para a cobrana da dvida ativa tanto na esfera administrativa ou pr-contenciosa quanto na judicial. Revela-se fundamental a melhoria no cadastro e no fluxo de informaes entre o rgo arrecadador e o rgo encarregado da cobrana administrativa ou judicial. Convnios entre o Municpio e outros entes pblicos ou prestadores de servios pblicos podem fornecer informaes mais precisas sobre a localizao de devedores. Dados cadastrais exatos ou fidedignos e anlise do histrico de localizaes na esfera extrajudicial ou pr-contenciosa permitem antever se o devedor ser localizado em juzo, sem o que o executivo fiscal fica paralisado. A petio inicial da execuo fiscal deve conter corretamente todos os endereos disponveis. Visando facilitao do pagamento, a carta de citao postal deve estar acompanhada de guia de arrecadao preenchida ou boleto bancrio. O envio da carta a todos os endereos reduz o volume de diligncias judiciais e permite mais rpida satisfao da dvida pelo pagamento.3) Verificao da existncia de patrimnio suficiente do devedorConquanto a Fazenda Pblica, sem ordem judicial, no possa ter acesso a dados fiscais e bancrios, porque sigilosos, recomendvel aparelhar o rgo encarregado da cobrana administrativa ou judicial de meios para rpida e facilmente investigar, por exemplo, sinais exteriores de riqueza e a titularidade de veculos, cotas em sociedades empresrias, imveis registrados ou processos judiciais em curso com valores a receber. Se frustrada a cobrana extrajudicial e se a execuo fiscal for vivel, medida til e recomendvel indicar, na prpria petio inicial, todos os bens localizados sob a titularidade do executado a fim de acelerar e facilitar a realizao de penhoras no momento oportuno.4) Verificao da possibilidade de reunio das dvidas em uma nica execuoA multiplicao desnecessria de diversos procedimentos de cobrana extrajudicial ou de execues fiscais contra um mesmo devedor pode ser evitada com a reunio de todas as cobranas em uma s, sempre que possvel, como forma de prestigiar a eficincia administrativa e processual e assegurar tratamento uniforme e clere para a satisfao da dvida ativa.5) Verificao do valor mnimo previsto em lei municipal para justificar o ajuizamentoa. Se o Municpio no contar com lei a respeito, sugere-se realizar estudo criterioso e detalhado para identificar o valor mnimo, elaborar projeto de lei e encaminh-lo para votao pelo Poder Legislativo Municipal;

i. O custo de cada execuo fiscal, para o Tribunal de Justia de So Paulo, era de R$ 576,40, ano base 2006;

ii. O Tribunal de Contas do Estado de So Paulo, nos processos TC-007667/026/08, TC-008668/026/08, TC-010733/026/08 e TC-000356/013/08, DOE de 18.12.2008, admite a fixao, por lei municipal, de valor ou limite mnimo para a cobrana mediante avaliao que depender, sempre, de mltiplas variveis, das quais so exemplos: a maior ou menor expresso do total da receita frente aos encargos do Municpio; a concentrao da receita prpria em determinado tributo (via de regra o IPTU) ou a relevncia de outros, como o ISS; a existncia de receita especfica, como os chamados royalties do petrleo; a capacidade econmica da populao local de suportar tributos; a participao dos repasses tributrios da Unio e do Estado na receita total do Municpio; o maior ou menor congestionamento dos canais judicirios e a maior ou menor facilidade de acesso aos mesmos (nem todos os Municpios so sede de Comarca ou de Juzos Distritais); o aparelhamento da Procuradoria Municipal. So situaes peculiares, que a ele cabe avaliar. Nessa ocasio, o Tribunal de Contas salientou lio da doutrina especializada no sentido de que, ao editarem lei que autorize o cancelamento de cobranas por montantes abaixo de certo patamar, os governantes estaro agindo de acordo com o esprito da Lei de Responsabilidade Fiscal, por deixarem de promover, de maneira irresponsvel, cobranas cujo valor se mostra antieconmico, de tal forma que fica plenamente atendido o disposto no inciso II do pargrafo 3 do artigo 14 da LC 101/2000, no importando tal ato, consequentemente, em renncia de receita, por observncia aos princpios constitucionais da razoabilidade, proporcionalidade e economicidade;iii. A Prefeitura do Municpio de So Paulo assim agiu. Depois de aprovao pela Cmara Municipal, promulgou a Lei n 14.800, de 25 de junho de 2008, que autorizou o no ajuizamento de execues fiscais de dbitos de pequeno valor (igual ou inferior a R$ 610,00), de natureza tributria e no tributria;

iv. Idntica providncia adotou a Unio, como se v na Lei Federal n 10.522, de 19 de julho de 2002.III SUGESTES PARA ANLISE DE EXECUES FISCAIS EM CURSOPara maior arrecadao e concentrao de esforos em execues fiscais viveis, sobretudo contra grandes devedores, preciso aliviar a procuradoria municipal e o aparato judicial do acmulo intil de processos antieconmicos, paralisados ou fadados ao insucesso.1) Verificao da ocorrncia da prescrio ou de outro fato extintivo ou impeditivoIdentificada sua ocorrncia, os dbitos prescritos ou extintos devem ser cancelados, pois no so mais exigveis.2) Facilitao do pagamento encaminhamento de boleto bancrio ou guia de arrecadao preenchida juntamente com a carta de citao ou em momento processual posteriorTanto na fase administrativa como na judicial, a facilitao do pagamento pode-se dar com parcelamento na forma de lei municipal e com remessa de boleto bancrio ou guia de arrecadao j preenchida, se o caso juntamente com a carta de citao ou em momento processual posterior, tudo com controles para baixa ou suspenso da cobrana administrativa ou judicial assim que efetuado o pagamento ou iniciado o parcelamento.

3) Extino de execues fiscais frustradasO requerimento de extino em casos como prescrio intercorrente ou execues de valor abaixo do mnimo ajuizadas antes da lei municipal que discipline o assunto medida que, certamente, contribui para eliminar o acmulo de autos e concentrar esforos de cobrana em execues viveis ou contra grandes devedores.4) Elaborao de instrues para procuradores municipaisComo fez a Prefeitura Municipal de So Paulo, a edio de orientaes normativas para procuradores municipais medida til para facilitar a cobrana extrajudicial, evitar ajuizamentos infundados, simplificar e reduzir o tempo de tramitao de execues fiscais. Eis alguns exemplos:

a) No interposio de recurso em casos de jurisprudncia consolidada;b) Cancelamento de multas lavradas sem comprovante da notificao para regularizao;c) Cancelamento de multas por anistia legal ou por identificao de autuaes irregulares;

d) Cancelamento de multas cujos autos e notificaes foram considerados materiais inservveis e descartados, inviabilizando a cobrana;

e) Reconhecimento da ocorrncia da prescrio intercorrente;

f) Desistncia de execues fiscais ajuizadas com valor menor do que o definido em lei municipal;g) Cancelamento de dvidas no ajuizadas de baixo valor na forma de lei municipal;h) Cancelamento de dvidas em procedimentos com vcios administrativos a fim de evitar o prosseguimento da cobrana extrajudicial ou judicial;

i) Envio do documento ou guia de arrecadao do municpio juntamente com a carta de citao;

j) Tentativa de cobrana amigvel antes do ajuizamento da execuo fiscal mediante o envio de documento para pagamento;k) Dispensa genrica da cobrana de honorrios advocatcios inferiores a R$ 3.000,00.IV MODELO DE PROJETO DE LEI PARA PARCELAMENTO INCENTIVADOO programa de parcelamento incentivado pode ser aplicado com o auxlio da conciliao extrajudicial em Centro Judicirio de Soluo de Conflitos e Cidadania.

Os Municpios de So Jos do Rio Preto, Praia Grande, Campinas, Guarulhos, Sorocaba, So Bernardo do Campo e Iguape, entre outros, aprovaram leis de instituio do programa de parcelamento incentivado.LEI N

Dispe sobre o programa de parcelamento incentivado - PPI, autoriza a utilizao de protesto extrajudicial de crditos da Fazenda Municipal e d outras providncias.

_____, Prefeito do Municpio de ____, faz saber que a Cmara Municipal de _______ decretou e ele promulga a seguinte lei:

CAPTULO I

DO PROGRAMA DE PARCELAMENTO INCENTIVADO - PPI

Seo I

Das Disposies Preliminares

Art. 1 Fica institudo o Programa de Parcelamento Incentivado PPI destinado a promover a liquidao de crditos tributrios e no tributrios vencidos para com a Fazenda Pblica Municipal at _____.

Art. 2 Para os efeitos desta Lei, crditos tributrios e no tributrios so os valores inscritos ou no em dvida ativa, constitudos ou no, em fase de cobrana administrativa ou judicial.

1 Incluem-se neste Programa os dbitos que tenham sido objeto de parcelamento anterior, no integralmente quitado, ainda que cancelado por falta de pagamento.

2 Se existir defesa judicial, o sujeito passivo dever desistir, expressamente e de forma irrevogvel, da ao judicial proposta e renunciar a quaisquer alegaes de direito sobre as quais se funda a demanda, relativamente matria cujo dbito queira parcelar.

Art. 3 Para se beneficiar do Programa de Parcelamento Incentivado PPI, durante o exerccio de ____, o interessado dever regularizar seus dbitos para com a Fazenda Municipal posteriores a _____ at a data de adeso ao Programa.

Art. 4 O Programa de Parcelamento Incentivado - PPI no permite o parcelamento de dbitos:

I - de rgos da administrao pblica direta, das fundaes e das autarquias;

II - relativos a:

a) preos pblicos ____;

b) concesso de servios de ____;

c) multas por infrao ____.

Pargrafo nico. Coexistindo, em uma mesma cobrana, rubricas de receitas cujo parcelamento permitido e outras em que ele vedado, o pagamento poder ser desmembrado, para os efeitos desta Lei.

Seo II

Do Pedido de Parcelamento

Art. 5 O ingresso no Programa de Parcelamento Incentivado - PPI dar-se- por opo do sujeito passivo, que far jus a regime especial de consolidao e parcelamento de dbitos.

1 A adeso ao Programa institudo por esta Lei dever ser realizada at o ltimo dia til do ____ ms subsequente ao da vigncia desta Lei.

2 O pedido de parcelamento dever ser formulado na forma regulamentar.

3 Existindo parcelamentos concedidos sob outras modalidades, cancelados ou no, ser admitida a transferncia dos saldos remanescentes para a modalidade prevista nesta Lei, mediante requerimento, observado o prazo previsto no 1 deste artigo.

4 O parcelamento concedido nos termos desta Lei depender (ou independer) de apresentao de garantias ou arrolamento de bens, ficando mantidos aqueles decorrentes de dbitos transferidos de outras modalidades de parcelamentos, ao ou execuo fiscal.

5 Para o parcelamento de dbitos cujo valor seja superior a _____ ser exigida garantia sob uma das formas a seguir, a vigorar durante o prazo do parcelamento:

I garantia hipotecria sobre imvel localizado neste Municpio, por seu valor venal, ou sobre imvel localizado no Estado de So Paulo, por valor de avaliao feita por _____, respondendo o interessado, em qualquer caso, pelas despesas de lavratura de escritura e de registro imobilirio;

II garantia bancria;

III garantia pessoal, prpria ou de terceiros;

IV cauo de bens.

6 O Poder Executivo poder prorrogar, uma nica vez, por at ____ dias, o prazo fixado no 1 deste artigo.

Seo III

Da Consolidao dos Dbitos e dos Benefcios

Art. 6 A consolidao dos dbitos para os efeitos desta Lei ter por base a data da formalizao do pedido de parcelamento e resultar da soma dos valores de:

I - principal, inclusive os valores relativos a multas pelo no recolhimento de imposto sobre ____ ou imposto sobre _____;

II - atualizao monetria;

III - multa moratria;

IV - juros moratrios; e

V - demais acrscimos legais.

Pargrafo nico. O pedido de parcelamento no importa em novao, transao ou no levantamento ou extino da garantia ofertada em execuo judicial, a qual ficar suspensa at o trmino do cumprimento do parcelamento requerido.

Art. 7 O contribuinte que aderir ao Programa de Parcelamento Incentivado - PPI dever recolher o valor do dbito consolidado, com os benefcios aqui estabelecidos:

I - reduo de ____ por cento dos valores relativos a juros e multa moratrios;

II - reduo de ____ por cento do valor relativo aos honorrios advocatcios fixados nos executivos fiscais; e

III - reduo de ____por cento do valor atualizado relativo s multas pelo no recolhimento de ____ ou ____.

1 No caso de parcelamento de dbito ajuizado devero ser pagos custas e encargos devidos Fazenda Estadual, em parcela nica, at o trmino do parcelamento.

2 Para a obteno do benefcio previsto no inciso III deste artigo, devero ser objeto do mesmo parcelamento os dbitos de ____ ou _____ constitudos por ocasio da lavratura dos respectivos autos de infrao.

3 No caso de parcelamento em mais de _____ prestaes, os benefcios previstos neste artigo tero reduo de ____ por cento dos seus montantes.

Art. 8 A quitao da primeira prestao do parcelamento implica na adeso ao Programa de Parcelamento Incentivado - PPI, na expressa e irrevogvel confisso de dvida e desistncia de recursos administrativos.

Seo IV

Das Condies de Pagamento

Art. 9 O dbito consolidado com os benefcios previstos no art. 7 desta Lei poder ser quitado:

I - vista ou em at ____ prestaes mensais, iguais e sucessivas, sem acrscimos; e

II - de ____ at ____ prestaes mensais, iguais e sucessivas e com acrscimo, a partir da 1 prestao, nos termos do pargrafo nico deste artigo.

Pargrafo nico. O acrscimo pelo parcelamento ser calculado com base na _____, fixada para o ms da adeso ao Programa de Parcelamento Incentivado - PPI, de acordo com a tabela Price.

Art. 10. O valor mnimo de cada prestao no poder ser inferior a _____ para pessoa fsica e a ____ para pessoa jurdica.

Art. 11. O pagamento da primeira prestao ou da parcela nica dever ser efetuado na data da adeso ao Programa de Parcelamento Incentivado - PPI.

1 Nos parcelamentos, o vencimento das parcelas subsequentes primeira ocorrer, em cada ms, no ___ dia til da quinzena correspondente do pagamento da primeira prestao.

2 No caso de liquidao total antecipada da dvida ser descontado o valor dos acrscimos pelo parcelamento, previsto no inciso II do art. 9 desta Lei, incidentes sobre as parcelas antecipadas.

Art. 12. No pagamento de prestao em atraso, incidiro os acrscimos previstos no art. ___ da Lei Municipal n _____.

Art. 13. O Programa de Parcelamento Incentivado - PPI ser administrado pela Secretaria de Finanas, e, em se tratando de dbito com recurso judicial, ser ouvida a Procuradoria-Geral do Municpio e observado o disposto em regulamento.

Seo V

Do Cancelamento do Parcelamento

Art. 14. O parcelamento ser cancelado automtica e definitivamente, nas seguintes hipteses:

I - atraso superior a ____ dias corridos da data do vencimento de qualquer prestao; ou

II - propositura de qualquer medida judicial ou extrajudicial relativa aos dbitos objeto do Programa de Parcelamento Incentivado - PPI.

Art. 15. O cancelamento do parcelamento nos termos desta Lei independer de notificao prvia e implicar na perda dos benefcios concedidos e no restabelecimento, em relao ao montante no pago, dos acrscimos legais, inclusive honorrios advocatcios, na forma da legislao aplicvel e, ainda:

I - na inscrio na dvida ativa e ajuizamento fiscal de dbitos que no foram extintos com o pagamento das prestaes efetuadas e, encontrando-se o dbito em execuo fiscal, em prosseguimento da respectiva ao independentemente de qualquer outra providncia administrativa.

II - na autorizao de protesto extrajudicial das certides de dvida ativa referentes aos dbitos que no foram extintos com o pagamento das prestaes efetuadas;

III - nas penalidades previstas no art. ___ da Lei Municipal n ____; e

IV - no leilo judicial ou na execuo hipotecria dos bens que garantam os dbitos parcelados.

CAPTULO II

DO PROTESTO EXTRAJUDICIAL

Art. 16. Fica o Poder Executivo autorizado a encaminhar a protesto extrajudicial os crditos da Fazenda Pblica Municipal, de qualquer natureza, vencidos e que estejam em qualquer fase de cobrana administrativa ou judicial, desde que inscritos em dvida ativa.

Pargrafo nico. Na hiptese de lavratura do protesto extrajudicial de que trata o caput deste artigo, seu cancelamento somente ocorrer com o pagamento integral do crdito fazendrio e sucumbncia judicial incidente, se houver.

CAPTULO III

DAS DISPOSIES GERAIS

Art. 17. No podero ser aplicados os benefcios do Programa de Parcelamento Incentivado - PPI aos casos de extino de crdito fazendrio por meio de ______.

Art. 18. A aplicao do disposto nesta Lei no implica em restituio de quantias pagas.

Art. 19. As despesas com a execuo desta Lei correro por conta das dotaes oramentrias prprias, consignadas no oramento em vigor.

Art. 20. O Poder Executivo editar as normas regulamentares necessrias execuo do Programa de Parcelamento Incentivado - PPI, no prazo de ____ dias a contar da publicao desta Lei.

Art. 21. Ficam remitidos os dbitos com a Fazenda Municipal, inclusive aqueles com exigibilidade suspensa, que, em ______, estejam totalmente vencidos e cujo valor total, nessa mesma data, no exceda a _____.

1 Para os efeitos deste artigo, sero considerados os dbitos vinculados a uma mesma inscrio nos cadastros fiscais municipais.

2 O benefcio a que se refere o caput no se aplica aos dbitos referentes a multas por infrao _____.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor depois de ____ dias da data de sua publicao.

Processo G - 40.135/07

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