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CASO CLÍNICO 2MÓDULO DE FISIOPATOLOGIA E FARMACOTERAPIA DAS DOENÇAS IMUNES, HEMATOLÓGICAS
E NEOPLÁSICAS
ANDRESSA FUJIMURAGUILHERME LEAL
LILIANE MIGUELNATHÁLIA PESSOA
ROBERTA MORENOTAMIRES FLAUZINO
THIAGO BALTUSTHIAGO RAMPAZZO
Idade: 8 mesesSexo: Masculino
HISTÓRICO CLÍNICOLEVADO AO PRONTO SOCORRO com febre e prostração.
Bom estado geral durante as últimas 24 horas e
passou a apresentar:- Febre, letargia progressiva e urina vermelho escura
nas últimas horas.
Não faz uso de nenhuma medicação.
Dieta de leite materno, porém frutas e vegetais
foram introduzidos recentemente.
EXAMES LABORATORIAISHEMÁCIAS
HEMOGLOBINA
HEMATÓCRITO
Paciente com letargia, palidez cutâneo mucosa (2+/4) Paciente com letargia, palidez cutâneo mucosa (2+/4) no exame físicono exame físico
ANEMIA
Redução da massa de eritrócitos e/ou da
concentração da hemoglobina.
EXAMES LABORATORIAIS
→RETICULOCITOSE
→Presença de 6 eritroblastos em 100 leucócitos contados
Medula óssea (eritropoese acelerada),
compensação do processo hemolítico.
→LEUCOCITOSE
→TROMBOCITOSE
Acompanham a anemia hemolítica, principalmente nos processos agudos.
→ RDW = 21,4 ANISOCITOSE
EXAMES LABORATORIAIS
DESIDROGENASE LÁCTICA
BILIRRUBINA INDIRETA
MARCADORES DE HEPATITE A, B e C → Não Reagente
↑ catabolismo do grupo heme
↑ liberação de enzimas eritrocitárias
no plasma
Manifestam-se em anemias hemolíticas
Paciente com Paciente com icterícia icterícia de pele e de pele e mucosas (2+/4) e mucosas (2+/4) e
hepatoesplenomegalia discretahepatoesplenomegalia discreta
EXAMES LABORATORIAISURINA I: Presença de hemoglobina (+++)
HEMOGLOBINÚRIA
Sinal de destruição excessiva de eritrócitos
EXAMES LABORATORIAIS
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
DOSAGEM DE G-6PD → 1,7 U/G Hb
V.R. = 4,6-13,5 U/G HbV.R. = 4,6-13,5 U/G Hb
DIAGNÓSTICO
RETICULOCITOSE ERITROBLASTOS HEMATÚRIA
Bilirrubina indireta
G-6PD
He Hb Ht
ANEMIA HEMOLÍTICADEFICIÊNCIA DE G-6PD
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
Alteração intrínseca no eritrócito;
DEFICIÊNCIA de glicose-6-fosfato desidrogenase (G-6PD);
Deficiência enzimática ligada ao cromossomo X → mais frequente no sexo masculino;
Forma mais comuns de enzimopatia associada a hemólise;
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
Enzima envolvida no primeiro passo da via das pentoses;
Fonte de NADPH e GSH (glutation reduzido) necessários a
redução de agentes oxidantes.
A hemólise ocorre como resultado da exposição das
hemácias ao estresse oxidativo, como em situações de
doenças agudas –normalmente infecções – ou exposição a
certas drogas
METABOLISMOMETABOLISMOERITROCITÁRIOERITROCITÁRIO
GLICOSE
Piruvato
PIRUVATO QUINASE
Fosfoenol-piruvato
2-fosfoglicerato
3-fosfoglicerato
Gliceraldeído
1,3 difosfoglicerato
Frutose 1,6-diP
Frutose 6-P
Glicose 6-fosfato
Lactato
6-fosfato gluconato
Ribulose 5-P
G-6PD
NADPHNADP
GSSGGSH
STRESS OXIDANTE
NADH
NAD
ATP
ADP
ATP
ADP
2,3 DIFOSGLICERATO
Via glicolíticade Embden-Meyerhoff
Via de Desvio deRapaport-Luebering
Via de desvio Pentose-fosfatoProdução de NADPH
necessário a conversão do glutation oxidado (GSSG) em glutation reduzido (GSH)
FISIOPATOLOGIA
AGENTE OXIDANTE
FAGOCITOSE NO SISTEMA RETÍCULO
ENDOTELIAL
FISIOPATOLOGIA
METAHEMOGLOBINACORPÚSCULO DE HEINZ LESÃO OXIDATIVA
DE MEMBRANA
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
• Grau de hemólise varia de acordo com a droga, a quantidade ingerida e a intensidade da deficiência enzimática do indivíduo.
Anemia Hemolítica Episódica ou InduzidaAnemia Hemolítica Episódica ou Induzida
Sintomas surgem dentro de 24 – 48 horas após a ingestão de uma substância dotada de propriedades oxidantes.
Antimaláricos Analgésicos (AAS)
Sulfonamidas Nitrofuronas Vitamina K
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemoglobinemia
Hemoglobinúria;
Icterícia;
Tontura, cefaléia, palpitações, dispnéia, prostração;
Insuficiência renal em casos graves;
Crises agudas de hemólise.
ACHADOS LABORATORIAIS
Hemograma característico: Anemia NN com reticulocitose
Bilirrubina indireta aumentada
Hemoglobinúria
Pesquisa de Corpúsculo de Heinz positiva
Dosagem de G-6PD deficiente
HEMÓLISE INTRAVASCULAR
HEMOGLOBINEMIA
HAPTOGLOBINA se liga com Hb
Haptoglobina plasmática
Absorção do complexo Haptoglobina-Hbpelos macrófagos
do SRE
Bilirrubina
Hb “livre”
RimFiltração glomerular
Deposição nas células
tubulares renais
Hemossiderina
Excreção
Hemoglobinúria
Hb “livre” se oxida
Hematina
Ligação com HEMOPEXINA
Absorção do complexo
hemopexina-Hb pelos
hepatócitos
Metabolização
Ligação com ALBUMINA
Metalbumina
Acentuada destruição de eritrócitos
Grupo Heme em excesso
Bilirrubina livre em excesso
HEMÓLISE EXTRAVASCULA
R
“Sobra” de bilirrubina livre
BILIRRUBINEMIA
Absorção hepática
Bilirrubina conjugada
Excreção Formação decálculos biliares
METAHEMOGLOBINA Metemoglobinemia refere-se à oxidação do ferro da hemoglobina
em estado ferroso (Fe++) ao estado férrico (Fe+++), impedindo desta forma a hematose.
Os eritrócitos contêm uma taxa normal de metemoglobina (1-2%), mantida por mecanismos redutores fisiológicos, resultantes da oxidação espontânea.
A G-6-PD catalisa a primeira reação da via da hexose monofosfato na qual a glicose-6-fosfato é oxidada a 6-fosfogluconolactona com a redução concomitante de NADP a NADPH. Portanto, é essencial na proteção da hemácia contra a ação de oxidantes por manter a glutationa no estado reduzido
METAHEMOGLOBINA Glutationa: A glutationa reduzida (GSH) é um dos principais
antioxidantes do meio intracelular e está implicada na prevenção de inúmeras doenças promovidas pelo excesso de radicais livres ou espécies reativas tóxicas de oxigênio;
Entretanto, há um grande número de agentes capazes de produzir a metemoglobina, como as aminoquinolinas, nitritos, cloratos, fenacetina, acetanilida, sulfanilamida, nitrobenzeno, anilina, assim como compostos endógenos, nitratos, nitritos e óxido nítrico.
Outros fatores podem ser associados à metemoglobinemia: acidose metabólica, principalmente em infantes; deficiência enzimática da cytocromo-b 5 redutase, citocromo b-5, NADPH-MHb redutase , entre outros.
Metahemoglobina
CORPÚSCULO DE HEINZ
Observados no período precoce do quadro (após um dia o baço já removeu as hemácias
que tem o corpúsculo). COLORAÇÃO: Cristal Violeta
São precipitados de hemoglobina oxidada dentro da hemácia, formando corpúsculos que são removidos pelo
baço. A formação de corpúsculo de heinz é o principal mecanismo de hemólise nas deficiências de G-6PD.
FAVISMO
Causado em alguns pacientes pela ingestão de fava, um alimento do Mediterrâneo, que produz uma crise hemolítica aguda e grave.
DEFICIÊNCIA DE G-6PD
• O favismo resulta de produtos oxidativos derivados de dois compostos glicosídicos, vicina e convicina, que são hidrolisados em divicina e isouramil, com produção final de H2O2 e outros produtos de oxigênio reativos.
ASPECTOS CLÍNICOS Crise hemolítica aguda quando exposto a agentes oxidantes, como drogas, surgindo 24 a 48 hrs após ingerir.
Queda rápida do hematócrito, com elevação da bilirrubina indireta e queda da haptoglobina e elevação da hemoglobinemia.
Mal estar precordial, calafrios, cefaléia, náuseas e vômitos, confusão mental, dor lombar, hematúria, alteração da dinâmica cardiorrespiratória.
Algumas pessoas possuem hemólise crônica mesmo na ausência de agentes oxidantes, mas costumam ser
fulminantes após a exposição a drogas.
DIAGNÓSTICO O diagnóstico de certeza é feito pela medida da atividade enzimática.
A detecção de portadores não é fácil. Pode haver grande variabilidade na atividade enzimática e, portanto, também no quadro clínico, mesmo nos heterozigotos (Kaplan et al., 2001).
Os testes de DNA têm sido utilizados para a detecção de afetados e portadores.
DIAGNÓSTICO O diagnóstico de deficiência de G-6-PD depende da demonstração de diminuição da atividade da enzima, quer através de um teste quantitativo ou de um teste de triagem.
A composição da enzima é geralmente realizado através da medição da taxa de redução do NADP + a NADPH em um
espectrofotômetro ultravioleta A identificação de determinadas variantes G-6-PD requer o uso de técnicas bioquímicas relativamente sofisticado. A enzima deve ser parcialmente purificado, e depois para a sua quilômetros NADP + e glicose-6-fosfato, a utilização de análogos de substrato, pH ótimo, ea mobilidade eletroforética deve ser determinada em sistemas padrão.
TRATAMENTOO tratamento é baseado na prevenção das crises hemolíticas
INFECÇÃO – Tratar a infecçãoMEDICAMENTO – Suspender o uso
Evitar infecçõesEvitar o uso de substâncias que desencadeiam este quadro
MEDICAMENTOS A SEREM EVITADOS
Transfusões sanguíneas – sintomático e hemoglobina < 10g/dl
- Paciente com febre e prostração e hemoglobina 7,2 g/dl
Vacinação calendário vacinal regular e Hepatite A - Marcador de hepatite A negativo do paciente
TRATAMENTO
O resultado normal é a recuperação espontânea das crises hemolíticas.
Em raras ocasiões um evento hemolítico grave pode levar à morte.
PROGNÓSTICO
ACOMPANHAMENTO
Crianças- Acompanhamento anual até 18 anos- Verificar se necessário o acompanhamento
especializado
Exames prévios às consultas
Pacientes sintomáticos – acompanhamento semestral com exames prévios
Pacientes acima de 18 anos assintomáticos não precisam de tratamento especializadoEvitar o uso de medicamentos já conhecidos que causam reações oxidativas
Receberão Orientações – Manual explicativo
ACOMPANHAMENTO
FLUXOGRAMA ANEMIAS HEMOLÍTICAS
ERITROENZIMOPATIAS
HEMOGLOBINOPATOPATIAS
ERITROMEMBRANOPATIAS
OBRIGADA!!!