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Professor: Luciano Ramos de Lima CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento e equipe multidisciplinar UNB-FCE DISCIPLINA: CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO

CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

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Page 1: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Professor: Luciano Ramos de Lima

CC e CME: aspectos relevantes da

estrutura, funcionamento e equipe

multidisciplinar

UNB-FCE

DISCIPLINA: CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO

Page 2: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

• Cirurgia vem do termo grego Kheirourgia, trabalho manual.

• Na Idade Média: casas dos cirurgiões ou debaixo do convés dos navios de guerra.

• Amputações de membros (barbeiros–cirurgiões), drenagens de abcessos e retirada de tumores.

• Uso das mãos e alguns instrumentos.

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O Paciente • Superação da dor, da hemorragia e infecção.

• Dor: uso do ópio, cânfora e técnicas de hipnose – não satisfatórias.

• Hemorragia: cauterização com o óleo fervente ou ferro em brasa.

• Infecção: 1896 - E. Duchesne: descobriu a penicilina, raramente é citado, pois seus achados nunca foram publicados.A. Fleming: II Guerra Mundial - tratamento eficaz para os feridos – “2°" descobridor da Penicilina.

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Haxixe, ópio - 1830 – Anestesia (Clórofórmio, éter, óxido nitroso). Evolução: 1846 Anestesia

Josef Lister (1827-1912) – Assepsia, antissepsia,

microbiologia 1861 – Semmelweis - etiologia, conceito e profilaxia da febre

puerperal . 1863 - Florence Nightingale e William Far - estudos sobre

mortalidade hospitalar e maior recuperação em tratamentos domiciliares. Separação dos pacientes.

1890 – Gorros, máscaras e campos. Troca do preto pelo Branco.

Luvas cirúrgicas. Prevenção da infecção: degermação das mãos Mas até a 1ª Guerra Mundial ferimentos abdominais tratados

conservadoramente.

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Avanços do séc. XX

Penicilina – Fleming 1928 Cirurgias abdominais Pós guerra – avanço nos hospitais, Cirurgia cardíaca,

transplantes Laparoscopias- 1962 (laqueadura tubária –Samm e

Lubeck –Alemães) Microcâmeras – colecistectomia – 1987 Avanço tecnológico: Sangria computadores/robótica

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Centro Cirúrgico

Área complexa e de acesso restrito.

Unidade composta por: recuperação pós-anestésica (RPA) e centro de material e esterilização (CME).

Integração: banco de sangue, laboratório, serviço de patologia, radiologia, farmácia, suprimentos, compras, fornecedores, engenharia clínica e manutenção, unidades clínicas, unidades de terapia intensiva, entre outras.

Page 9: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Legislação para o Funcionamento de CC

Artigo 86 – lei n°10.083/98 todo estabelecimento de saúde deve encaminhar à vigilância sanitária declaração acerca de suas atividades, normas e padrões antes de sua abertura.

Page 10: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.

Resolução - RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002.

Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

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Recomendações arquitetura e área fisica CC.

ESTRUTURA FÍSICA

ambiente quantificação

Área recepção paciente 1

Sala de guarda de e preparo de anestesico

Area indução anestésica

Area escovação 2 = 2 SALAS

Sala de pequenas cirurgias

Sala média de cirurgias

Sala de grande cirurgias

Sala de apoio a cirugia

Área prescrição médica

Posto enfermagem 1 P 12 leitos

Sala RPA

(SOBECC,2009)

Page 12: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Conforme as resoluções citadas, algumas instalações mínimas necessárias:

- Água fria e quente;

- Vapor

- Gases:

Oxigênio canalizado ou portátil, Óxido nitroso, vácuo clínico canalizado ou portátil, vácuo de limpeza, ar comprimido medicinal canalizado ou portátil e ar comprimido industrial.

Page 13: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Estrutura Física do CC

Recebimento de pelo menos uma maca.

Área de recepção de paciente

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Sala de guarda e preparo de anestésicos: 4 m2

Área de indução anestésica: 2 macas com distância mínima de 80cm entre elas, e entre a maca e a parede de 60cm.

Page 15: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Área de Escovação

Até duas SO: 02 torneiras para cada SO

Mais de duas SO: duas torneiras para cada novo par de sala.

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Salas Cirúrgicas

Sala pequena = 20 m2

Sala média = 25 m2

Sala grande = 36 m2

Pé direito mínimo: 2,7m

Page 19: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Sala de apoio `as cirurgias especializadas: 12 m2.

Área de prescrição médica:

2m2.

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Posto de Enfermagem e serviços:

- Um a cada 12 leitos de recuperação pós anestésica: 6 m2

Page 21: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Sala de recuperação anestésica.

- O n. de macas = n. de salas + 1.

- Distância de 80 cm entre elas e 60 cm da parede.

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Salas de Apoio

Sala de guarda de cilindros, equipamentos e materiais

Vestiário com banheiro

Sala administrativa

Sala de hemocomponentes

Copa

Sala de espera de acompanhantes

Estar de funcionários

Área de biópsia de congelamanto

Expurgo

Farmácia

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Dimensionamento da Área

Relaciona-se com a demanda pretendida.

O n° de Salas Operatórias (SO) corresponde à 5% do total de leitos cirúrgicos.

Page 24: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Fluxo de Pessoal •A divisão de áreas do Centro Cirúrgico objetiva resguardar a sala de cirurgia – barreiras para os microrganismos. •Através da limitação do acesso de pessoas. •Através do estabelecimento de condutas diferenciadas por área. •Por meio da adoção de barreiras técnicas antiinfecciosas (tamanho dos lavabos...)

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Circulação interna no Centro Cirúrgico

Áreas irrestritas (não critica) roupas comuns e circulação sem limitações vestiários e salas administrativas externas

Áreas semi-restritas (semi criticas) roupa privativa e gorro processamento e estocagem de artigos, corredores e salas internas

Áreas restritas (critica) roupa privativa, gorro e máscara + controle do número de pessoas salas cirúrgicas com materiais expostos

Page 26: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Área física Afastado da circulação do público, porém fácil

acesso para pacientes e profissionais Pisos e paredes de materiais lisos, não porosos Portas anti-turbulência

Ventilação Ar condicionado central, com controle de

temperatura, umidade, pressão e filtração do ar controle individual da temperatura

Insuflação pelo teto e exaustão próximo ao piso Umidade 50-60%

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Revestimentos de áreas críticas e semi- críticas

Paredes

Pisos

Tetos Resistentes

Laváveis

Uso de desinfetantes

Sem ranhuras

É vedado o uso de cimento sem aditivo antiabsorvente.

Sem tubulações aparentes, ou cobertas com materiais resistente a produtos químicos de limpeza.

Page 30: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Iluminação

Lâmpadas fluorescentes

no teto;

Iluminação direta com

foco cirúrgico;

Gerador próprio !!!!!!!!! ;

Instalações elétricas com sistema de aterramento;

Foco com ausência de sombras, redução de reflexos e sem excesso de calor;

Janelas lacradas.

Page 31: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Temperatura dos ambientes do CC Característica Sala de Operação Corredores SRPA

Temp min/max (C°) 19 - 24 19 - 24 22 - 24

Umidade relativa (%) 45 - 60 45 - 60 45 - 60

Troca de ar (hora) 25 15 10

Page 32: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Dimensionamento de Pessoal Cálculo é baseado na estrutura do serviço:

Em geral:

- 1 Enfermeiro a cada 3 salas;

- 1 Técnico de enfermagem/ sala;

O número de profissionais/turno, em cirurgias simples (mais os circulantes, o pessoal de apoio fora de sala e instrumentadores) (Brasil, 1988).

Page 33: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Equipe de Enfermagem Enfermeiro Coordenador; Enfermeiro Assistencial; Instrumentador Circulante de Sala Operatória: São profissionais de nível técnico, portanto, tem as mesmas funções do técnico de enfermagem. - Auxiliar o enfermeiro na prevenção de danos físicos no CC; - Prover a SO com recursos adequados `as necessidades; - Realizar limpeza e desinfecção do mobiliário da SO, verificar temperatura, equipamentos e iluminação da sala; - Montar a SO conforme a programação do Enfermeiro; - Verificar prontúario e exames, auxiliar no transporte do paciente; - Participar de treinamentos oferecidos e programados para a unidade; - Seguir as orientações descritar no plano de cuidados do enfermeiro...

Page 34: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Coordenador:

- atividades relativas ao funcionamento da unidade,técnico-administrativas, assistenciais Enfermeiros e administração de pessoal.

- Elaboração de normas, rotinas e procedimentos;

- Prever a necessidade de materiais e equipamentos eprovê-los;

- Participar de reuniões de integração intersetorial e multiprofissional;

- Planejamento estratégico da unidade;

- SAE

- Definir o prefil dos profissionais da unidade;

- Realizar avaliação de desempenho da equipe...

Page 35: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Enfermeiro Assistencial:

- Realizar o plano de cuidados para cada um do pacientes e supervisionar a sua realização;

- Prever os recursos humanos necessários ao atendimento;

- Conferir os materiais implantáveis para a o procedimento;

- Recepcionar o paciente no CC e realizar o SAE;

- Conferir o posicionamento do paciente para o ato cirúrgico;

- Realizar as sondagens que forem necessárias;

- Conferir o curativo;

- Realizar a evolução do procedimento cirúrgico e acompanhar o paciente para a RPA, passando o caso para o enfermeiro...

Page 36: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

• Instrumentador Cirúrgico: - Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato

cirúrgico; - Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e

colocá-los na mesa, de acordo com a utilização em cada tempo cirúrgico;

- Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo cirúrgico; - Auxiliar na paramentação dos cirurgiões e na colocação

dos campos operatórios; - Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação

ordenada e metódica do instrumenta, do início ao fim do procedimento;

- Controlar e conferir todo o material utilizado, para que não permaneça nada em campo;

- Auxiliar no curativo.

Page 37: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

• Instrumentador Cirúrgico: - Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato

cirúrgico; - Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e

colocá-los na mesa, de acordo com a utilização em cada tempo cirúrgico;

- Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo cirúrgico; - Auxiliar na paramentação dos cirurgiões e na colocação

dos campos operatórios; - Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação

ordenada e metódica do instrumenta, do início ao fim do procedimento;

- Controlar e conferir todo o material utilizado, para que não permaneça nada em campo;

- Auxiliar no curativo.

Page 38: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

No final da cirurgia, o circulante deve: - Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico.

- Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico.

- Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente.

- Colocar o paciente em posição dorsal.

- Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres.

- Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico.

- Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica.

- Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aéreas superiores.

- Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações.

- Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário.

- Completar a ficha de débito.

- Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra.

- Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a rotina do CC.

Page 39: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Auxiliar Administrativo:

- Prestar apoio no atendimento do cliente;

- Colaborar com a organização do setor;

- Atendimento telefônico;

- Pedido de materiais;

- Protocolar peças (anatomopatológico), exames, etc...

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Equipe cirurgiões

Equipe enfermagem

Equipe administrativa

Apoio (laboratório, RX)

Page 41: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

CME – central de material e esterilização

Conceito:

RDC – 15/2012 Regulamento se aplica aos Centros de Material e Esterilização - CME dos serviços de saúde públicos e privados, civis e militares, e às empresas processadoras envolvidas no processamento de produtos para saúde.

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Central de material e esterilização - CME

Conceito :

MS - É o conjunto de elementos destinados a expurgo, preparo e esterilização, guarda e distribuição de material para as unidades do hospital

Moreira (2009) Setor especifico independente CC com objetivo de cuidar de todo material inerente a instituição (material cirúrgico ou não)

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Classificação CME RDC 15/2012 Para cumprimento desta resolução os CME passam a ser classificados em CME Classe I e CME Classe II.

- Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de

Processamento.

- CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa passíveis de processamento.

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Classificação CME RDC 15/2012

Art. 8º O serviço de saúde que realize mais de 500 cirurgias/mês, excluindo partos, deve constituir um Comitê de Processamento de Produtos para Saúde - CPPS, composto minimamente, por um representante:

I - da diretoria do serviço de saúde;

II - responsável pelo CME;

III - do serviço de enfermagem;

IV - da equipe médica;

V - da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar).

Art. 9º O CME e as empresas processadoras só podem processar produtos para saúde regularizados junto à Anvisa. 06/11/12

Page 45: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Classificação CME RDC 15/2012 Art. 29 Os profissionais da CME e da empresa processadora

devem receber capacitação específica e periódica nos seguintes temas:

I - classificação de produtos para saúde;

II - conceitos básicos de microbiologia;

III - transporte dos produtos contaminados;

IV - processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção, acondicionamento, embalagens, esterilização, funcionamento dos equipamentos existentes;

V - monitoramento de processos por indicadores químicos, biológicos e físicos;

VI - rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos para saúde;

VII - manutenção da esterilidade do produto. 06/11/12

Page 46: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Da Infra-Estrutura

Art. 44 O CME Classe I deve possuir, minimamente, os seguintes ambientes:

I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);

II - Área de preparo e esterilização (setor limpo);

III - Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);

IV - Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e

V - Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor

limpo).

Art. 46 O CME Classe I deve possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e os setores limpos e Classe II obrigatória a separação física da área de recepção e limpeza dos produtos para saúde das demais áreas.

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Classificação CME RDC 15/2012

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Áreas físicas que compõem CME

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ESTRUTURA FÍSICA

Áreas Dimensões

Área recepção, descontaminação e separação de artigos e lavagem materiais

8 m2

( OU 0,08m2/leito)

Sala de lavagem e descontaminação 4,8 m2

Área preparação roupas limpas 4 m2

Área preparação de artigos e roupas limpas 12 m2

( OU 0,25 m2/leito)

Área esterilização física (distancia entre autoclaves) 20 cm

Área esterilização química

Sala de esterilização 4,8 m2

Sala de armazenamento e distribuição 10 m2

( OU 0,2m2/leito)

Área para armazenamento e distribuição de artigos 25% dos artigos esterilizados

(SOBECC,2009)

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Page 49: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Tipos de Artigos

Page 50: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Art. 52 CME Classe II

I - Manter temperatura ambiente entre 18º e 22º C (climatização da sala de preparo e esterilização 20-24);

II - Garantir vazão mínima de ar total de 18,00 m3/h/m2;

III - Manter um diferencial de pressão negativo pressão diferencial mínima de 2,5 Pa;

IV - Prover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da edificação.

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Climatização CME RDC 15/2012

Page 51: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Da Infra-Estrutura

Art. 52 I - Equipamento para transporte com rodízio, em quantitativo de acordo com o

volume de trabalho;

II - Secadora de produtos para saúde e pistolas de ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar filtrado, seco e isento de óleo;

III - Seladoras de embalagens; e

IV - Estações de trabalho e cadeiras ou bancos ergonômicos com altura regulável.

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Classificação CME RDC 15/2012

Page 52: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Da Infra-Estrutura

Art. 57 A área de esterilização de produtos para saúde deve ser dimensionada de acordo com o quantitativo e dimensão dos equipamentos para esterilização.

Art. 58 A sala de armazenamento e distribuição deve possuir:

I - Equipamento de transporte com rodízio;

II - Escadas, se necessário; e

III - Prateleiras ou cestos aramados.

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Classificação CME RDC 15/2012

Page 53: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter:

I - nome do produto;

II - número do lote;

III - data da esterilização;

IV - data limite de uso;

V - método de esterilização;

VI - nome do responsável pelo preparo.

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Rotúlos - CME RDC 15/2012

Page 54: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

•não delaminar •abertura asséptica

•visibilidade do conteúdo •indicador químico •selagem segura •indicação para abertura •lote de fabricação

Registro na ANVISA

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Page 56: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Indicadores Químicos

Page 57: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento
Page 58: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Segunda geração: auto-contidos com

leitura em 24 a 48 horas.

Terceira geração: auto-contidos com

leitura em 1 a 3 horas.

Indicadores Biológicos

“Protocolo de Processamento de Artigos e Superfícies”

Page 59: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Esterilização Conceitos:

Esterilizar: forma de destruição de todos microorganismos

Desinfetar: destruir apenas germes

Desinfetante: subst. Química usada para desinfecção

Anti-séptico: subst. Química que impede a proliferação de bactérias

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Page 60: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Material crítico entra em contato com vasos

sanguíneos ou tecidos livres

de microorganismos.

Ex: instrumental

Esterilização

Material semicrítico entra em contato com

mucosa ou pele não

íntegra. Ex: inaladores

Desinfecção

Material não-crítico entra em contato com

pele íntegra. Ex: comadre

Limpeza

Page 61: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

ANEXO .

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

de acordo com a sala/área

EPI Sala/área

Óculos de

Proteção

Máscara Luvas Avental Impermeável Manga longa

Protetor Auricular

Calçado fechado

Recepção X X X X Impermeável Antiderrapante

Limpeza, X X Borracha, cano longo

X X Impermeável Antiderrapante

Preparo,Acondicionamento Inspeção

X X Se necessário

X

Desinfecção Química X X Borracha, cano longo

X Impermeável Antiderrapante

ANVISA: Resolução de Diretoria Colegiada RDC 15 de março de 2012

EPIs - CME

Page 62: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

Métodos de esterilização

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Page 63: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

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Videolaparoscopia ? Qual método a esterilizar

Page 64: CC e CME: aspectos relevantes da estrutura, funcionamento

MÉTODO EQUIPAMENTO / SOLUÇÃO

TEMPERATURA TEMPO

FÍSICO

Vapor sob

pressão

Autoclave Gravitacional 121ºC 30 minutos

Pré-vácuo 134ºC 4 minutos

Calor seco

Estufa 170ºC 1 hora

160ºC 2 horas

QUÍMICO

Líquido Glutaraldeído

(imersão) ambiente 10 horas

Ácido peracético (imersão)

ambiente 1 hora

Gasoso Óxido de etileno

Plasma de peróxido de hidrogênio

_ _

?

?

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Referencias: Carvalho R, Ferraz Bianchi ER. Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. SP: Manole, 2007.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner&Suddarth.Brunner – Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica 4 vol. RJ: Guanabara-Koogan, 2009.

SANTOS, N. C. M. Centro cirúrgico e os cuidados de enfermagem. 5. ed. São Paulo: Iátria, 2009

SOBECC, Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico. 5ª edição. São Paulo – SP, 2009.

BRASIL, ANVISA - DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO - RDC No-

15, DE 15 DE MARÇO DE 2012: disponível -

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03

_2012.html