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Página - 1 CEI-DPE/SP SEGUNDA FASE 1ª RODADA - 07/10/2015 1ª RODADA - 07/10/2015 CEI-DPE/SP RECADO IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo. SEGUNDA FASE

CEI-DPE/SP - cursocei.com · Especialista em Processo Penal Internacional. Coautor do livro “Jurisprudência Internacional ... autentique digitalmente a capa do caderno, nos espaços

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CEI-DPE/SP SEGUNDA FASE

1ª RODADA - 07/10/2015

1ª RODADA - 07/10/2015

CEI-DPE/SP

RECADO IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo.

SEGUNDA FASE

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CEI-DPE/SP SEGUNDA FASE

1ª RODADA - 07/10/2015

PROFESSORES

Caio Paiva – Coordenador do Curso e Professor de Princípios, Atribuições Institucionais da Defensoria Pública e Peça Processual PenalDefensor Público Federal. Especialista em Ciências Criminais. Colunista dos sites Conjur (Tribuna da Defensoria) e Justificando. Coautor do livro “Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos”.

E-mail: [email protected]

Filippe Augusto – Peça Processual CivilDefensor Público Federal. Professor substituto da UFC. Mestre em Direito Constitucional pela UFRN. Doutorando em Direito Constitucional pela UFC.

E-mail: [email protected]

Allan Ramalho – Professor Direito da Criança e do Adolescente, Filosofia do Direito e Sociologia Jurídica Defensor Público do Estado de São Paulo, lotado na 7ª Defensoria Pública de Osasco/SP, com atribuições perante a Vara da Infância e Juventude. Especializando em Direito Constitucional na PUC/SP e mestrando em Direito Urbanístico na PUC/SP.

E-mail: [email protected]

André Giamberardino – Professor de Direito Penal e Peça Processual PenalDefensor Público do Estado do Paraná, Professor da UFPR e da UP, doutor em Direito (UFPR) e Mestre em Direito (UFPR) e Criminologia (Università di Padova). Coautor com Massimo Pavarini do livro “Teoria da Pena e Execução Penal – Uma Introdução Crítica” (Lumen Juris).

E-mail: [email protected]

Aline Andrade – Professora de Direito Civil Defensora Pública do Estado do Amazonas. Ex-Delegada de Polícia Civil do Estado do Amazonas. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal. Editora do blog:https://embuscadamagistraturafederal.wordpress.com/.

E-mail: [email protected]

Fábio Schwartz – Professor de Direitos Difusos e Coletivos Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, Mestrando em Direito Econômico pela UCAM e autor do livro Direito do Consumidor – tópicos e controvérsias – Ed. Impetus.

E-mail: [email protected]

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CEI-DPE/SP SEGUNDA FASE

1ª RODADA - 07/10/2015

Thimotie Heemann – Professor de Direitos Humanos e Direito ConstitucionalAdvogado. Especialista em Processo Penal Internacional. Coautor do livro “Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos” Dizer o Direito, 2015. Foi professor do curso CEI-Jurisprudência de Tribunais Internacionais de Direitos Humanos.

E-mail: [email protected]

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOOutubro/2015

VII Concurso Público de Provas e Títulos ao Ingresso na Carreira deDefensor Público

Nome do Candidato Nº de Inscrição Nº do Caderno

Nº do DocumentoASSINATURA DO CANDIDATO

Objetivando garantir a lisura do processo de seleção, o que é do seu próprio interesse e de interesse público, autentique digitalmente a capa do caderno, nos espaços indicados ao lado e registre a sua assinatura, por três vezes, nas linhas abaixo.

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Segunda Prova Escrita

INSTRUÇÕES - É obrigatório o uso da Folha da Respostas disponibilizada na Área do Aluno para enviar suas respostas e

peças para a correções individualizada.

- Se deseja enviar a sua Folha de Respostas escrita à mão, baixe o arquivo .pdf e, após preenchido com suas respostas, digitalize e envie para o respectivo professor em arquivo único/compilado.

- Se deseja enviar a sua Folha de Respostas preenchida mediante digitação, baixe o arquivo .doc e, após preenchido, envie como anexo para o respectivo professor.

- Durante a realização deste treino para a prova, utilize apenas textos legais sem anotações, para que possamos simular ao máximo a prova real.

- O tempo da prova real, tomando por base o concurso de 2013, foi de 4h30min para concluir a prova. Recomendamos que observem este tempo também aqui no curso.

- Para dúvidas sobre acesso à Área do Aluno ou qualquer problema informático: [email protected]

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PEÇA JUDICIAL

Lauriana Maria Ribeiro, assistida pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, ajuizou Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável, c/c partilha de bens, guarda e regulamentação de visitas em face de Olavo de Brito Carvalho, patrocinado por advogado particular. No curso dessa ação, a DPE-SP, por meio de petição nos autos, alegou a prática de alienação parental promovida pelo réu em face da filha do casal, Laura Ribeiro Carvalho, criança de 10 anos de idade. Na petição, a DPE-SP, baseada nas alegações da assistida, informou que o pai, constantemente, gritava para a filha: “sua mãe usa o dinheiro da pensão que pago a você para comprar coisas para ela”; “sua mãe é uma preguiçosa que não quer trabalhar”; “sua mãe tem vários amantes no bairro”.

Em tal petição, restou pedido: a declaração da ocorrência da alienação parental; a decretação do fim da guarda compartilhada, a qual havia sido antecipada no bojo do processo, de modo a que a guarda pudesse ficar sob a responsabilidade da mãe; a aplicação de multa em face do réu; a realização de avaliação psicológica para comprovar o alegado.

Diante dos fatos narrados pela autora, o Juiz determinou a autuação em apartado da petição, justificando o fato na necessidade de não tumultuar o andamento do feito principal. O magistrado, depois da manifestação processual do réu - que alegou serem inverídicas as afirmações da autora, bem como asseverou que, caso tenha dito algo, o fez em algum contexto de briga com a ex-companheira, portanto, em ambiente de agressões recíprocas -, enfrentou a questão e decidiu julgar improcedentes os pedidos da parte autora, fundamentando que “meras brigas de casal em processo de separação não podem ser confundidas com alienação parental”. Na sequência, encerrou o procedimento, sem, todavia, determinar a avaliação psicológica ou biopsicossocial, alegando ser tal ato desnecessário, “além de poder gerar ainda mais prejuízos à criança”.

A decisão do magistrado foi proferida no dia 15.09.15, tendo sido a DPE-SP intimada, nos termos da lei, em seu cartório, em 23.09.15, chegando tal intimação ao Defensor Público em 25.09.15. Assim sendo, maneje o recurso cabível para o caso, que deve ser apresentado no último dia do prazo, suscitando toda a matéria de fato e de direito pertinente à espécie, justificando seu cabimento e sua tempestividade.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

DIREITO CONSTITUCIONAL

Questão 1

“Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram nesta quinta-feira (16) a análise conjunta das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC 29 e 30) e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4578) que tratam da Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa. Por maioria de votos, prevaleceu o entendimento em favor da constitucionalidade da lei, que poderá ser aplicada nas eleições deste ano, alcançando atos e fatos ocorridos antes de sua vigência. A Lei Complementar 135/10, que deu nova redação à Lei Complementar 64/90, instituiu outras hipóteses de inelegibilidade voltadas à proteção da probidade e moralidade administrativas no exercício do mandato, nos termos do parágrafo 9º do artigo 14 da Constituição Federal. A lei prevê que serão considerados inelegíveis os candidatos que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão da prática de crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; e contra o meio ambiente e a saúde pública. Serão declarados inelegíveis ainda os candidatos que tenham cometido crimes eleitorais para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando. A Lei da Ficha Limpa originou-se de um projeto de iniciativa popular, que coletou assinaturas de mais de 1% dos eleitores no País. O texto foi aprovado pelo Congresso em 2010”. (STF, decide pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Site do Tribunal. Notícia publicada em 17/02/2012).

Discorra acerca do espaço adequado da jurisdição constitucional no Estado brasileiro, abordando necessariamente os seguintes tópicos: a) procedimentalismo; b) substancialismo; c) dificuldade contramajoritária do Poder Judiciário; d) efeito backlash; e) postura (procedimentalista ou substancialista) adotada pelo STF no julgamento de demandas sociais (ADI e ADCs da Ficha Limpa, ADI e APDF das Uniões Homoafetivas e etc).

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

Questão 2

Discorra acerca do minimalismo e do maximalismo judicial, abordando necessariamente os seguintes tópicos: a) conceito de ambos os movimentos doutrinários; b) características de uma decisão maximalista e de uma decisão minimalista; c) o Supremo Tribunal Federal tem se caracterizado como um tribunal minimalista?

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

DIREITO PENAL E CRIMINOLOGIA

Questão 1

Sobre a inexigibilidade de comportamento diverso como causa excludente da culpabilidade, explique: a) seu conceito; b) indique as hipóteses legais de aplicação; c) indique hipóteses supralegais de aplicação, se houver; e d) sua relação possível com o conceito de vulnerabilidade e as respectivas consequências jurídico-penais de tal aproximação.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

Questão 2

Explique o que são os processos de criminalização primária e qual a importância dos direitos humanos em sua configuração e crítica.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS

Questão 1

WANDA, empregada doméstica, portadora de volumosas mamas, procura um médico de seu plano de saúde, Saúde Popular Ltda. Após avaliação do profissional médico, considerando que o problema descrito causava desconforto não só físico mas também psicológico, decidiu-se pela realização de cirurgia para redução das mamas. Feita a cirurgia e encerrado o período de recuperação, WANDA, em razão de fortes dores no braço e na mama direita, restou impossibilitada de retornar às suas atividades profissionais, sendo submetida, sete meses após, a um novo procedimento cirúrgico para tentar pôr fim às dores e ao inchaço na mama direita. Porém, tal intervenção logrou malsucedida, já que, além das dores, em razão das intervenções cirúrgicas seguidas, WANDA passou a conviver com grandes cicatrizes e excesso de pele na mama direita, o que lhe trouxe abalo emocional ainda maior, já que tal fato foi reputado como a causa principal do rompimento de seu longo e estável relacionamento amoroso. Promovida a ação de responsabilidade civil pela Defensoria Pública, foi a mesma julgada improcedente pelo juízo de primeiro grau. A sentença destacou que, por se tratar de cirurgia de cunho reparador, pois objetivava a correção de um defeito congênito, a obrigação seria de meio, logo caberia a autora comprovar que o médico foi culpado pelos danos sofridos pela autora, não bastando a presença do dano e do nexo causal. Vindo os autos com vistas para você, Defensor Público, alinhe as razões de direito em um eventual recurso de apelação. Responda fundamentadamente.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

Questão 2

No pequeno Município de Flórida Paulista, após forte investimento da prefeitura na aquisição de novos ônibus escolares para a zona rural, os indicadores de desempenho dos alunos - que leva em consideração as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar - melhoraram consideravelmente. O tempo de viagem entre a escola e a residência foi drasticamente reduzido, por não dependerem mais da linha rural local, a qual funcionava de forma precária, com intervalos muito grandes de um ônibus para o outro e, ainda, com horários não coincidentes com os turnos escolares. Não obstante, em razão da crise financeira por que passava a concessionária, o município resolve doar os ônibus para a empresa privada, a fim de que esta continue prestando o serviço de forma eficiente ao público em geral. Tal atitude da administração pública redundou em impactos negativos aos estudantes, provocando uma evasão escolar em massa, além da piora dos índices de desempenho. Diante de tal quadro, a Associação de Pais e Alunos das Escolas Rurais de Flórida Paulista procura a Defensoria Pública em busca de orientação jurídica. Você, como Defensor, qual, ou quais, medidas tomaria? Responda alinhando os argumentos jurídicos pertinentes.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Questão 1

O Juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Osasco-SP, atendendo ao pedido da Associação dos Lojistas e de condomínios de Shoppings da cidade, após parecer ministerial favorável, editou a Portaria 3/2015, com fulcro no artigo 149 do Estatuto da Criança e do Adolescente, pela qual se determinou a proibição do acesso e permanência de crianças e adolescentes, com menos de 15 anos de idade, desacompanhados de seus pais ou responsáveis legais, nos dias de sexta-feira, sábado e domingo, em qualquer horário, nos centros comerciais referidos no requerimento apresentado. As razões que fundamentaram a decisão judicial de expedição da portaria foram, em síntese: (-1) o risco de algazarras no interior do estabelecimento que, estruturado em três pavimentos, é propício a acidentes graves; (-2.) o prejuízo aos demais frequentadores do shopping, que se sentem inseguros com presença de agrupamentos de jovens no ambiente; (-3.) diante da insegurança instaurada, o prejuízo econômico aos lojistas e comerciantes. Diante deste quadro fático, responda: (-a) a expedição da portaria observa os requisitos legais? (-b.) há violação de direitos fundamentais de crianças e adolescentes no presente caso? (-c.) positiva a resposta à indagação anterior, qual seria a medida judicial cabível para assegurar os direitos fundamentais violados? Justifique e fundamente suas respostas.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

Questão 2

É possível afirmar que a promulgação da Constituição da República de 1988 e a edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8069/1990), com a consequente revogação do Código de Menores (Lei n.º 6.697/1979), consolidaram uma virada paradigmática no âmbito do Direito da Infância e da Juventude. A despeito disso, Alexandre Morais da Rosa e Ana Chirstina Brito Lopes advertem que “a mudança da Doutrina da Situação Irregular para a Proteção Integral ainda é, na maioria dos Juizados deste imenso país, de fachada” (Introdução crítica ao ato infracional: princípios e garantias constitucionais. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2011, página XXIX). Diante desse quadro, primeiramente, disserte comparativamente sobre: (-a) a doutrina fundamental de cada corpo legislativo (doutrina da situação irregular e da doutrina da proteção integral); (-b) a extensão dos poderes do Juiz em cada legislação ( juiz de menores, de um lado, e juiz da infância e da juventude, de outro). Por fim, diante da crítica mencionada supra: (-c.) indique um eventual resquício da doutrina menorista no Estatuto da Criança e do Adolescente, abordando a sua (in)constitucionalidade.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 14/10: [email protected]

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CEI-DPE/SP SEGUNDA FASE

1ª RODADA - 07/10/2015