Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Cenário Macroeconômico:
Perspectivas para 2016-20
Abril de 2016
1. Cenário econômico internacional
2. Cenário econômico no Brasil
3. Perspectivas setoriais
4. Perspectivas regionais
1. Cenário econômico internacional
2. Cenário econômico no Brasil
3. Perspectivas setoriais
4. Perspectivas regionais
3
Estados Unidos
Continuará a se beneficiar do recuo
do preço do petróleo (embora este
deva se recuperar gradualmente).
Aumento de juros deve seguir bem
gradual, o que evita sacrificar muito o
crescimento do PIB no médio prazo,
assim como movimentos mais
significativos da taxa de câmbio.
Zona do Euro
Crescimento baixo e heterogêneo.
Alemanha continuará a liderar
expansão. Países endividados
(Espanha, Portugal e Itália) terão
dinamismo limitado e Grécia ainda será
um problema no médio prazo; “Troika”
deverá evitar “Grexit” e flutuações mais
expressivas do Euro.
China
Intervenção estatal impedirá hard landing; aumento
gradual da importância do Consumo das Famílias
(pela ótica da demanda) e dos Serviços (pela ótica
da oferta).
PIB Mundial 2016/2018
Crescimento medíocre, sem rupturas ou crises mais graves
Japão
manterá tendência “secular”: PIB
e preços com baixíssima
variação, mas sem enfrentar
“depressão”.Outros Emergentes
Processos de ajuste e gradual distensão de crises geopolíticas (Rússia,
Ucrânia, Turquia) levam a gradual recuperação do nível de atividade, mas
para ritmo inferior ao do período 2006/2011.
1. Cenário econômico internacional
2. Cenário econômico no Brasil
3. Perspectivas setoriais
4. Perspectivas regionais
Cenário político brasileiro X Cenário econômico
Governo (Dilma ou
Temer ou outro)
adquire condições
de governabilidade
Instabilidade política
segue muito alta
(40%)
Rápida recuperação de confiança e célere
aprovação de reformas (5%)
Gradual recuperação de confiança e
aprovação de reformas após eleições
municipais (55%)
Legenda
ADVERSO
BASE
BENIGNO
Atividade: parece que estamos chegando no fundo do poço (I)
11
53,00
54,00
55,00
56,00
57,00
58,00
59,00
60,00
61,00
62,00
63,00
64,00
65,00
se
t/1
4
ou
t/1
4
no
v/1
4
de
z/1
4
jan
/15
fev/1
5
ma
r/1
5
ab
r/1
5
ma
i/1
5
jun
/15
jul/1
5
ag
o/1
5
se
t/1
5
ou
t/1
5
no
v/1
5
de
z/1
5
jan
/16
fev/1
6
ma
r/1
6
Média diária da carga de energia elétrica (expurgada a influência da temperatura)
Em milhões de Mw/mês, com ajuste sazonal. Inclui finais de semana e feriados. Fonte: ONS. Elaboração: LCA.
No mês Média móvel de 3 meses
Atividade: parece que estamos chegando no fundo do poço (II)
12
7.500
8.500
9.500
10.500
11.500
12.500
13.500
14.500a
go
/14
se
t/1
4
ou
t/1
4
no
v/1
4
de
z/1
4
jan
/15
fev/1
5
ma
r/1
5
ab
r/1
5
ma
i/1
5
jun
/15
jul/1
5
ag
o/1
5
se
t/1
5
ou
t/1
5
no
v/1
5
de
z/1
5
jan
/16
fev/1
6
Licenciamentos de automóveis e comerciais levesMédia diária (dias úteis) em unidades, com ajuste sazonal.
Fonte: Fenabrave. Elaboração: LCA.
No mês Média móvel de 3 meses
Atividade: parece que estamos chegando no fundo do poço (III)
13
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
750
800
850
ag
o/1
4
se
t/1
4
ou
t/1
4
no
v/1
4
de
z/1
4
jan
/15
fev/1
5
ma
r/1
5
ab
r/1
5
ma
i/1
5
jun
/15
jul/1
5
ag
o/1
5
se
t/1
5
ou
t/1
5
no
v/1
5
de
z/1
5
jan
/16
fev/1
6
Licenciamentos de caminhões e ônibusMédia diária (dias úteis) em unidades, com ajuste sazonal.
Fonte: Fenabrave. Elaboração: LCA.
No mês Média móvel de 3 meses
Na maior parte dos episódios, o desemprego seguiu se elevando após o término das recessões
Mas, e o mercado de trabalho? Bastante defasado no ciclo econômico,
especialmente a taxa de desemprego
0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1
6
6.5
7
7.5
8
8.5
9
9.5
10
10.5
11
11.5
121T95
3T95
1T96
3T96
1T97
3T97
1T98
3T98
1T99
3T99
1T00
3T00
1T01
3T01
1T02
3T02
1T03
3T03
1T04
3T04
1T05
3T05
1T06
3T06
1T07
3T07
1T08
3T08
1T09
3T09
1T10
3T10
1T11
3T11
1T12
3T12
1T13
3T13
1T14
3T14
1T15
3T15
Taxa de desemprego - PNAD ContínuaEm % da PEA, com ajuste sazonal. Fonte: IBGE. Elaboração: LCA.
Período destacados em cinza: recessões datadas pelo Codace/FGV.
15
Cerca de 40% da elevação da taxa de desemprego entre meados de 2014 e agora se deveu a um
aumento da oferta de mão-de-obra (razão PEA/PIA); o restante se deveu a uma diminuição da
demanda por trabalho
Relativa estabilização do câmbio reduz incerteza e ajuda a moderar a
inflação: poderá contribuir para uma melhora da confiança (I)
16
-30
-10
10
30
50
70
70
90
110
130
150
170
jan
/96
dez/
96
no
v/9
7
out/98
set/99
ag
o/0
0
jul/01
jun
/02
mai/03
abr/
04
mar/
05
fev/0
6
jan
/07
dez/
07
no
v/0
8
out/09
set/10
ag
o/1
1
jul/12
jun
/13
mai/14
abr/
15
mar/
16
fev/1
7
jan
/18
dez/
18
no
v/1
9
out/20
Confiança do consumidor X Taxa de câmbio nominalFontes: Fecomércio-SP e BC. Projeções: LCA
ICC, dessaz (esq., acima de 100 = otimismo) var. R$/US$ YoY (dir.)
Relativa estabilização do câmbio reduz incerteza e ajuda a moderar a
inflação: poderá contribuir para uma melhora da confiança (II)
17
-140
-90
-40
10
60
60
70
80
90
100
110
120
jan
/02
out/02
jul/03
abr/
04
jan
/05
out/05
jul/06
abr/
07
jan
/08
out/08
jul/09
abr/
10
jan
/11
out/11
jul/12
abr/
13
jan
/14
out/14
jul/15
abr/
16
jan
/17
out/17
jul/18
abr/
19
jan
/20
out/20
Confiança da indústria X Taxa de câmbio nominalFontes: Fecomércio-SP e BC. Projeções: LCA
ICI, dessaz (esq., acima de 100 = otimismo) var. R$/US$ YoY (dir.)
Para estrangeiros, ativos brasileiros voltaram a ficar “baratos”;
Produzir no Brasil já está mais barato do que na China, em alguns setores (Big Mac,
Caminhões, ...).
Taxa de câmbio real e efetiva contra cesta de 19 moedas: 15% mais
depreciada do que a média 1994-2014
18
60
80
100
120
140
160
180
jan
/94
jan
/95
jan
/96
jan
/97
jan
/98
jan
/99
jan
/00
jan
/01
jan
/02
jan
/03
jan
/04
jan
/05
jan
/06
jan
/07
jan
/08
jan
/09
jan
/10
jan
/11
jan
/12
jan
/13
jan
/14
jan
/15
jan
/16
Brasil: câmbio real efetivo, contra uma cesta de moedasjan/00=100. Fontes: diversas. Elaboração: LCA
Média 1994-2014
Contas externas estão melhorando rapidamente, com déficit em conta corrente recuando de
US$ 105 bi em 2014 para abaixo dos US$ 40 bi em 2016; Passivo Externo Líquido está em
cerca de 27% do PIB, valor relativamente baixo e estabilizado;
Nesse quadro, esperamos depreciação adicional moderada do R$/US$ nos próximos
trimestres.
Rating: Brasil possui indicadores de solvência externa bem mais
favoráveis do que os de países com rating superior
20
21
Câmbio
• Depois de se desvalorizar mais do que a maioria das moedas em 2014/15, esperamos que o real continue a se
desvalorizar em termos nominais nos próximos anos, porém em ritmo lento (cortes da Selic e redução do risco-
Brasil conterão a alta).
3,8
7
3,7
0 3,9
5 4,0
9
4,1
1
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
jan/1
3
abr/
13
jul/13
out/
13
jan/1
4
abr/
14
jul/14
out/
14
jan/1
5
ab
r/1
5
jul/15
ou
t/1
5
jan/1
6
abr/
16
jul/16
out/
16
jan/1
7
abr/
17
jul/17
out/
17
jan/1
8
ab
r/1
8
jul/18
ou
t/1
8
jan/1
9
abr/
19
jul/19
out/
19
jan/2
0
abr/
20
jul/20
out/
20
R$/US$Média do mês. Fonte: BCB. Projeção: LCA
22
Demanda fraca, somada à normalização das chuvas (El Niño), deverá gerar forte
recuperação dos níveis dos reservatórios, afastando de vez “fantasma” do racionamento
Carga de energia: queda de 6% em 2016/2014, reflexo da atividade
fraca e da mudança de patamar de preço real da tarifa
Projeções da CCEE levam em conta expectativa da carga do ONS/EPE, que é sistematicamente
superestimada (ou seja, evolução dos reservatórios poderá ser ainda mais favorável)
23
Depreciação cambial de quase 50% desde o final de 2014, efeitos indiretos do “realismo
tarifário” e elevação de impostos (duráveis, bebidas e cosméticos e ICMS) mitigaram o
impacto do hiato negativo sobre a inflação de preços livres na primeira metade do ano
Inflação: até meados do 3T15, repasse cambial “ofuscou” impacto do
hiato sobre os preços livres
Figura extraída do RTI de set/15, do BCB
Estimamos que a alta de pouco mais de 50% da energia elétrica respondeu por quase 3 p.p. da alta
do IPCA como um todo em 2015 (considerando impactos diretos e indiretos)
24
Inflação
• O estouro do teto da meta de inflação (6,5%) em 2015 ocorreu principalmente por conta dos aumentos
acentuados nos preços monitorados (especialmente energia elétrica e combustível). A partir de 2017, o IPCA
tenderá para o alvo.
1,5
5,3
18,1
7,2
5,5
7,3
6,8
8,6
7,0
5,15
,9 6,4
10
,7
7,0
5,1
1,00
3,00
5,00
7,00
9,00
11,00
13,00
15,00
17,00
19,00
20
13
20
14
20
15
201
6 (p)
201
7 (p)
IPCA - monitorados x livresFonte: IBGE. Projeção: LCA
Monitorados (24%) Livres (76%) Total
5,8 5,9
6,4
10
,7
7,0
5,1
4,5
4,2
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
jan
/12
jul/1
2
jan
/13
jul/1
3
jan
/14
jul/1
4
jan
/15
jul/1
5
jan
/16
jul/1
6
jan
/17
jul/1
7
jan
/18
jul/1
8
jan
/19
jul/1
9
jan
/20
jul/2
0
IPCA (% acumulado em 12 meses)Fonte: IBGE. Projeção: LCA
25
Juros
• Visando controlar a inflação e reforçar a sua credibilidade, o Banco Central aumentou significativamente a taxa
de juros. A redução da taxa básica de juros deverá começar apenas em 2017.1
1,2
5
13,7
5
8,7
5
10,7
5
11,0
0
7,2
5
10,0
0
11
,75
14
,25
14,0
0
12
,50
10
,50
10,0
0
11
,50
7,0
7,5
8,0
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
12,5
13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
jan
/07
jun
/07
nov/0
7
ab
r/0
8
se
t/0
8
fev/0
9
jul/0
9
dez/
09
ma
i/1
0
ou
t/1
0
ma
r/1
1
ag
o/1
1
jan
/12
jun
/12
nov/1
2
ab
r/1
3
se
t/1
3
fev/1
4
jul/1
4
dez/
14
ma
i/1
5
out/
15
ma
r/1
6
ag
o/1
6
jan
/17
jun
/17
nov/1
7
ab
r/1
8
se
t/1
8
fev/1
9
jul/1
9
dez/
19
ma
i/2
0
out/
20
Selic fim de período (% ao ano)Fonte: BCB. Projeção: LCA
A despeito dessa retração do gasto primário, o resultado primário recorrente do setor
público consolidado fechou 2015 em -1,1% do PIB, ante -0,9% em 2014
Ajuste fiscal: em 2015, a queda do gasto primário real recorrente do
governo central foi a maior desde 2003
8.6
-0.3
5.3
9.1
5.5
-3.2
10.3
8.89.8
9.3
0.5
12.8
9.4
3.3
5.46.0 6.0
-1.9
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Gasto primário recorrente do governo centralVar. % anual, descontado o IPCA médio anual. Fontes: IBGE e
Tesouro Nacional. Elaboração: LCA.
26
27
PIB
• Ajustamento macroeconômico
somado à crise de confiança e
política deverá gerar uma retração
do PIB próxima de 3% neste ano e
modesta recuperação de +1,5%
apenas em 2017.
• Esperamos uma recuperação
relevante apenas de 2018 em
diante, no bojo de uma retomada
mais consistente da confiança de
empresários e consumidores, de
um ambiente internacional mais
favorável e de um
rebalanceamento das fontes de
crescimento do PIB brasileiro.
7,5
3,9
1,9
3,0
0,1
-3,8 -3
,2
1,5
2,8 3
,3
2,8
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
PIBvar. %. Fonte: IBGE. Projeção: LCA
3,4
1,4
0,2
1,2
-0,9
-2,8
-1,5
0,6 0,7
1,3
0,8
2,2
1,0
-0,2
0,5
-0,2
-1,3 -1,1
0,3 0
,6 0,8
0,6
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
FBCF
Indústria Geral
Contribuição para o crescimento do PIBEm p.p.. Fonte: IBGE. Elaboração e Projeções: LCA.
28
Indústria
• A indústria extrativa impedirá
uma queda ainda maior da
indústria geral. A utilização da
capacidade instalada da
indústria está muito baixa,
exercendo uma pressão de
baixa sobre a inflação.
• A produção industrial teve a sua
maior queda anual da história
em 2015. Esperamos nova
queda (porém menor) em 2016
e um crescimento moderado a
partir de 2017 (graças ao
aumento de competitividade
propiciado pela desvalorização
cambial, a uma melhora de
confiança e à retomada da
demanda interna).
82,7
79,2
74,8
75,9
78,381,8
80,6
77,6
77,5
79,1
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
86
Utilização da capacidade instalada da indústria (% do total)Fontes: FGV e CNI. Projeções: LCA
FGV CNI
10,2
0,4
-2,3
2,1
-3,0
-8,3
-6,1
2,31,7 1,5 1,8
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
(p
)
20
17
(p
)
20
18
(p
)
20
19
(p
)
20
20
(p
)
Produção Industrial - var. %Fonte: IBGE. Projeção: LCA
29
Mercado de trabalho: ocupação e desemprego
• Ajuste dos quadros de funcionários, iniciado em 2015,
deverá prosseguir ao longo de 2016.
• Intensidade e duração da contração do emprego são
função da percepção de crise.
• Taxa de desemprego se eleva rapidamente, tanto por
contração de vagas, como por maior procura.
-1.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
População ocupadaVar. % interanual. Fonte: PNADC-IBGE. Projeções: LCA
5.0
6.0
7.0
8.0
9.0
10.0
11.0
12.0
13.0
14.0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Taxa de desemprego% da Força de Trabalho. Fonte: PNADC-IBGE. Projeções: LCA
30
Mercado de trabalho: renda
• Escalada das taxas de desemprego e inflação reduz
poder de barganha dos trabalhadores, e
consequentemente dificulta ganhos salariais reais.
• Retomada do crescimento dificilmente mostrará o vigor da
década passada.
• Contração do rendimento domiciliar per capita se deve
principalmente ao ajuste no mercado de trabalho.
• Aposentadorias e pensões garantem alguma proteção,
mas não compensam a queda nos salários no curto prazo.
-5.0
-4.0
-3.0
-2.0
-1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Salário real médioVar. % interanual. Fonte: PNADC-IBGE. Projeções: LCA
-3.0
-2.0
-1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
8.0
9.0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Renda domiciliar per capitaVar. % interanual e contribuições. Projeções: LCA
Previdência (contr.)
Trabalho (contr.)
Renda domiciliar per capita
1. Cenário econômico internacional
2. Cenário econômico no Brasil
3. Perspectivas setoriais
4. Perspectivas regionais
COMÉRCIO
AGROPECUÁRIA
Resumo
Perspectivas para os pequenos negócios
32
2016
SERVIÇOS
INDÚSTRIA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Situação preocupante.
Crédito habitacional desacelerando
e Operação Lava-Jato continuarão a
atrapalhar o setor.
2017/20
Retomada do mercado de
trabalho e redução da Selic aos
poucos renovam perspectivas
favoráveis.
O Setor agropecuário manterá
ritmo positivo similar ao do passado
recente.
Supondo estabilidade política e
econômica, projetamos crescimento
de 2% a 3%, com ganhos de
produtividade em algumas culturas.
Queda generalizada da confiança
do consumidor, dificuldades
enfrentadas pela indústria e perda
de poder de compra farão de 2016
um ano difícil
Ritmo não retornará aos níveis
pré-crise.
Crescimento mais lento da massa de
renda moderará a alta.
A indústria registrará outra queda
acentuada, influenciada este ano
também pelo segmento extrativo.
Crescimento moderado, porém
sustentado no longo prazo. Baixa
base de comparação e o câmbio
mais desvalorizado ajudarão na
recuperação da produção industrial.
Segue enfraquecido. Ocupação e
rendimento deprimidos e condições
de crédito ainda restritivas levarão o
comércio a uma nova contração em
2016.
Recuperação gradual. Melhora dos
rendimentos reais, redução da Selic
e novo ciclo de vendas de duráveis
renovam as perspectivas favoráveis
para o setor.
1. Cenário econômico internacional
2. Cenário econômico no Brasil
3. Perspectivas setoriais
4. Perspectivas regionais
Ao longo dos últimos anos, a atividade econômica do estado de São Paulo evoluiu abaixo
da média do Brasil (dados observados até 2013). Informações recentes sugerem que o
enfraquecimento da atividade no estado vem ocorrendo em ritmo semelhante à média
nacional.
Overview
Economia Paulista
34
99
109
119
129
139
149
159
169
179
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014e
2015e
2016p
2017p
2018p
2019p
2020p
PIB - crescimento realÍndice 100=1999. Fonte: IBGE. Elaboração e Projeções:
LCA
Brasil
São Paulo
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
dez/
10
mar/
11
jun
/11
set/11
dez/
11
mar/
12
jun
/12
set/12
dez/
12
mar/
13
jun
/13
set/13
dez/
13
mar/
14
jun
/14
set/14
dez/
14
mar/
15
jun
/15
set/15
dez/
15
Geração líquida de emprego formalÍndice base100=2010. Fonte: MTE. Elaboração: LCA
O enfraquecimento da atividade econômica do estado de São Paulo vem sendo liderado
pela indústria, mas todos os setores vêm registrando piora.
Overview
Economia Paulista
35
-200
-150
-100
-50
0
50
100
150
jan
/11
mar/
11
mai/11
jul/11
set/11
no
v/1
1
jan
/12
mar/
12
mai/12
jul/12
set/12
no
v/1
2
jan
/13
mar/
13
mai/13
jul/13
set/13
no
v/1
3
jan
/14
mar/
14
mai/14
jul/14
set/14
no
v/1
4
jan
/15
mar/
15
mai/15
jul/15
set/15
no
v/1
5
jan
/16
Geração líquida de emprego formalÍndice base100=2010. Fonte: MTE. Elaboração: LCA
Total Indústria total Comércio Serviços
Em 2015 a Indústria (responsável por 23% do PIB do estado de SP) protagonizou o
enfraquecimento da atividade econômica do estado, apresentando desempenho pior que a
indústria nacional. Em 2016 a indústria do estado deverá seguir deprimida, porém o recuo
da produção deverá ser ligeiramente menos dramático que na média nacional (depois de 2
anos seguidos de queda mais intensa). A partir de 2017 a indústria paulista deverá se
recuperar gradualmente, junto com a média nacional.
Indústria
Retração mais intensa que a nacional em 2015
36
4,1
-0,7
2,2
-0,9
-6,2 -5
,3
2,1
3,3
4,3
3,43,5
-2,2
4,1
-2,7
-7,6
-4,7
3,8
2,9
3,9
3,0
-10,0
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
2011
2012
2013
2014e
2015e
2016p
2017p
2018p
2019p
2020p
PIB Indústria - cresc. realVar. % anual. Fonte: IBGE. Projeções: LCA
Brasil
São Paulo
70
75
80
85
90
95
100
105
110
jan
/11
ab
r/1
1
jul/1
1
ou
t/1
1
jan
/12
ab
r/1
2
jul/1
2
ou
t/1
2
jan
/13
ab
r/1
3
jul/1
3
ou
t/1
3
jan
/14
ab
r/1
4
jul/1
4
ou
t/1
4
jan
/15
ab
r/1
5
jul/1
5
ou
t/1
5
Produção Industrial 2011=100. Fonte: IBGE. Elaboração: LCA
Brasil São Paulo
A indústria do estado é bastante diversificada, mas os setores de veículos, alimentos e
refino de petróleo representam cerca de 40% da produção – uma participação superior à
observada na indústria nacional como um todo.
Indústria
Ampla diversificação
37
1014
105 5 4 2 4 3
43
16 1511
8 7 5 5 5 4
24
Veíc
ulo
s
Alim
ento
s
Coque
e d
eriva
dos
Máquin
as
eE
quip
am
ento
s
Quím
ica
Borr
ach
a
Far
mace
utic
os
Pro
dut
os d
e M
eta
l
Celu
lose
Máq. e a
par.
elé
tric
os
Composição da produção industrial - Brasil e São PauloFonte: PIM/IBGE. Elaboração: LCA
Brasil
São Paulo
Setor de alimentos (em que tem grande peso o segmento sucroalcooleiro) sofreu bastante
com a estiagem em 2015, o que não deverá ocorrer em 2016. A produção de veículos,
ainda que exiba melhora relativa em 2016, não reverterá o quadro deprimido – dadas as
condições de crédito restritivas e a saturação do mercado. O refino de petróleo permanece
enfraquecido, mas dificilmente sofrerá tanto com paradas não programadas como em 2015.
Indústria
Veículos, Alimentos e Refino de petróleo foram ruins em 2015
38
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
110,0
120,0
130,0
jan
/11
abr/
11
jul/11
out/11
jan
/12
abr/
12
jul/12
out/12
jan
/13
abr/
13
jul/13
out/13
jan
/14
abr/
14
jul/14
out/14
jan
/15
abr/
15
jul/15
out/15
jan
/16
Produção Industrial de SP - Principais setores (Dessaz.)Índice 2011=100. Fonte: PIM/IBGE. Elaboração: LCA
Alimentos Coque Veículos
O setor de Serviços (responsável por 75% do PIB do estado) vem apresentando perda de
ímpeto, e deve ter encerrado 2015 com queda similar à média nacional. Avaliamos que em
2016 o setor continuará deprimido.
Serviços
Enfraquecimento em linha com a média nacional
39
3,4
2,9
2,8
0,4
-2,7 -1
,9
1,3
2,8 3
,1
2,7
4,2
2,8
2,7
0,2
-2,3
-1,5
0,9
2,3 2,5
2,2
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
2011
2012
2013
2014e
2015e
2016p
2017p
2018p
2019p
2020p
PIB Setor de Serviços - cresc. realVar. % anual. Fonte: IBGE. Projeções: LCA
Brasil
São Paulo
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
dez/
10
mar/
11
jun
/11
set/11
dez/
11
mar/
12
jun
/12
set/12
dez/
12
mar/
13
jun
/13
set/13
dez/
13
mar/
14
jun
/14
set/14
dez/
14
mar/
15
jun
/15
set/15
dez/
15
Geração líquida de emprego formal - Setor ServiçosÍndice base100=2010. Fonte: MTE. Elaboração: LCA
Brasil
São Paulo
Os principais segmentos do setor vêm exibindo baixa performance. Os serviços Imobiliários
e Técnicos vêm se retraindo (vindo à reboque da construção civil). O segmento de
Transportes e correios segue bastante enfraquecido, o que reflete o menor nível de
atividade econômica do estado. O segmento de serviços de alojamento e alimentação,
apesar de abatido, exibe retração menos dramática.
Serviços
Enfraquecimento em linha com a média nacional
40
-100
-50
0
50
100
150
jan
/11
abr/
11
jul/11
out/11
jan
/12
abr/
12
jul/12
out/12
jan
/13
abr/
13
jul/13
out/13
jan
/14
abr/
14
jul/14
out/14
jan
/15
abr/
15
jul/15
out/15
jan
/16
Geração líquida de emprego formalÍndice base100=2010. Fonte: MTE. Elaboração: LCA
Serviços Imobiliários e Técnicos
Transportes e correios
Serviços de Alojamento e Alimentação
Serv. Imobiliários e Técnicos
33%
Serv. Alojamento e Alimentação
23%
Transportes15%
Serv. Médicos11%
Outros18%
Composição do setor de serviços de SP (segundo o estoque de formal de empregado)
Fonte: MTE. Elaboração: LCA
O setor de Varejo do estado de São Paulo vem perdendo fôlego com certa rapidez desde
meados de 2014, mas caminha em ritmo similar à média do Brasil – o que está relacionado
com o enfraquecimento geral da economia e, especialmente, seu impacto no mercado de
trabalho. Acreditamos que o Varejo do estado em 2016 e 2017 acompanhará o movimento
do Brasil, apresentando um desempenho ainda ruim, porém com queda menor que a
verificada em 2015.
Varejo
Em retração, também em linha com o Brasil
41
95
100
105
110
115
120
jan
/11
ab
r/1
1
jul/1
1
ou
t/1
1
jan
/12
ab
r/1
2
jul/1
2
ou
t/1
2
jan
/13
ab
r/1
3
jul/1
3
ou
t/1
3
jan
/14
ab
r/1
4
jul/1
4
ou
t/1
4
jan
/15
ab
r/1
5
jul/1
5
ou
t/1
5
Volume de Vendas do Varejo2011=100. Fonte: IBGE. Elaboração: LCA
Brasil São Paulo
10,9
6,7
8,4
4,3
2,2
-4,3
-4,1
0,0
1,2
2,9
1,9
10,6
5,9
9,7
4,2
1,2
-3,5
-3,5
0,1 1
,1
2,9
1,8
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Volume de vendasVar. % anual. Fonte: PMC/IBGE. Elaboração:
LCA
Brasil São Paulo
A economia paulista deverá seguir deprimida em 2016, ainda que num ritmo de contração
menos dramático do que o verificado em 2015, acompanhando a média nacional. A
recuperação tende a se fazer notar em 2017. As perspectivas para 2018 em diante são
positivas, tendo em vista a recuperação mais firme da Indústria, dos Serviços e do
Comércio.
Perspectivas
PIB de São Paulo deve se recuperar a partir de 2017
42
3,9
1,9
3,0
0,1
-3,8
-3,0
1,5
2,8 3
,3
2,8
3,8
1,5
3,1
-0,7
-3,4
-2,2
1,4
2,5 2
,9
2,4
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
2011
2012
2013
2014e
2015e
2016p
2017p
2018p
2019p
2020p
PIB realVar. % anual. Fonte: IBGE. Projeções: LCA
Brasil
São Paulo
46
Doméstico: síntese de projeções
LCA: cenários alternativos
2016 2017 2018-20 2016 2017 2018-20 2016 2017 2018-20
PIB Mundial (conceito FMI) 3,4 3,5 3,9 3,8 3,4 3,9 3,8 3,5 4,0 3,8
Brasil
EMBI+, final (pontos-base) 523 305 311 281 694 627 462 207 228 224
EMBI+, média (pontos-base) 346 376 303 285 552 657 488 310 215 223
R$/US$, final 3,90 3,70 3,95 4,11 4,57 4,91 5,17 3,34 3,54 3,67
R$/US$, média 3,34 3,75 3,82 4,07 4,18 4,79 5,13 3,53 3,43 3,63
Selic, final (% a.a.) 14,25 14,00 12,50 10,67 16,00 15,00 11,33 13,25 11,75 10,33
Selic, média (% a.a.) 13,6 14,2 13,1 10,7 14,9 15,6 11,7 13,9 12,2 10,4
TJLP, final de período (% a.a.) 7,0 7,5 7,0 6,0 7,8 8,0 6,8 7,0 6,3 5,5
Ibovespa, final de período 43.350 54.445 58.906 59.043 33.651 38.894 49.960 63.037 64.050 60.332
PIB (var.%) -3,8 -3,2 1,5 2,9 -4,2 0,1 2,3 -2,8 2,4 3,1
Consumo das Famílias -4,0 -3,6 0,0 1,5 -7,3 -8,8 0,3 -2,4 1,5 2,5
Investimentos (FBCF) -14,1 -8,4 3,3 4,1 -8,7 -9,4 3,5 -3,6 7,1 5,8
Export. de bens e serviços 6,1 2,4 8,3 8,8 -3,6 9,8 9,0 0,7 11,2 7,3
Produção industrial (PIM-PF) -8,3 -6,1 2,3 2,0 -8,4 -0,2 1,2 0,2 3,8 2,5
Comércio varejista, volume (PMC restrita) -4,3 -4,0 0,0 2,0 -4,6 -4,6 0,9 0,1 3,4 4,4
IGP-M (var. %) 10,5 7,2 5,6 3,2 9,6 7,7 3,4 1,6 3,9 3,6
IPCA (var. %) 10,7 7,0 5,1 4,2 8,3 6,3 4,4 5,9 4,5 4,3
Livres 8,6 7,0 5,1 4,1 8,0 6,4 4,1 5,5 4,3 4,3
Administrados 18,1 7,2 5,5 4,5 7,6 6,0 5,2 5,5 4,9 4,2
Fontes: diversas. Elaboração: LCA.
2015Base (55%) Benigno (5%)Adverso (40%)
308, Desembargador Paulo Passaláqua St.
Zip code: 01248-010 | São Paulo – SP
Tel + 55 11 3879-3700 Fax 3879-3737
www.lcaconsultores.com.br
Cenário macroeconômico e regional