69
Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Central de material e esterilização-Cme-

Mônica Imperatriz Wingert

Turma: 201E

Page 2: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

CMEÉ a área responsável pela limpeza e processamento de artigos e instrumentais médico-hospitalares. É no CME que se realiza o controle, preparo, esterilização , acondicionamento e distribuição dos materiais utilizados dentro da instituição hospitalar.

Page 3: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

CMEUnidade de apoio técnico a todas as áreas assistenciais,

sendo responsável pela: • Recepção • Limpeza; • Preparo;• Esterilização;• Acondicionamento; • Distribuição de materiais para as unidades do estabelecimento de

saúde.

RDC 50/2002• Revestimento que permita limpeza e desinfecção (ex: piso resistente ao

calor, à umidade; parede lisa e plana)• Janela: ampla, alta e telada• Porta de material lavável• Bem iluminada (geral e direta nas bancadas)

Page 4: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

PODE SER DIVIDIDA EM TRÊS TIPOS:

Descentralizada : cada unidade é responsável por preparar e esterilizar os materiais que utiliza.

Semi-centralizada : cada unidade prepara o seu material , mas o encaminha à central de material para ser esterilizado.

Centralizada : os materiais de uso nas unidades são totalmente processados na central.

Page 5: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

VANTAGENS DA CENTRALIZAÇÃO DE

MATERIAIS. Padronizar as técnicas de limpeza, preparo e

empacotamento, a fim de assegurar economia de pessoal, material e tempo.

Manter reserva de material a fim de atender prontamente a necessidade de todo o hospital.

Desenvolver treinamentos específicos permitindo maior produtividade.

Facilitar o controle do consumo e da qualidade do material esterilizado.

Page 6: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Área Física(RDC n0 50 de 2002)

DEVE SER SEPARADA EM: •Área contaminada: destinada a receber os artigos sujos e realizar o processo de limpeza dos mesmos.

*recepção de artigos limpeza lavagem separação

•Área limpa: destinada ao preparo dos artigos.*Área de preparo: análise e separação dos instrumentais, montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc.*Área de esterilização: método de esterilização, montagem da carga, acompanhamento do processo e desempenho do equipamento.*Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de preparo e validade;*Área de distribuição: define os horas para distribuição dos artigos para as unidades do hospital, com exceção do CC.*Área de recepção de roupas limpas: separação e dobradura.

Page 7: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ÁREA FÍSICA DO CME DEVE CONTER: Pisos e paredes com revestimentos resistentes que impeçam aderência de sujidade, não tenham frestas e reentrâncias; Iluminação geral adequada, acompanhada de iluminação direta nas mesas e balcões de preparo de materiais (para que a inspeção seja eficiente); Deve ser suprida de infra-estrutura hidráulica, elétrica, dispositivos de ar comprimido, entre outros; Ventilação deve ser por sistema de ar condicionado central, com a temperatura e a unidade do ar controlado; Quando não possível colocar exaustores ou optar por ventilação natural através de janelas amplas e teladas Pia para lavagem das mãos de fácil acesso

Page 8: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Localização• Deve estar próximo dos centros fornecedores,

como almoxarifado e lavanderia, e de fácil acesso às unidades consumidoras como CC, UTI, CO, dentre outras (MOURA, 1996);

Page 9: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Recursos Humanos• Enfermeiro • Técnicos e auxiliares de enfermagem • Auxiliares administrativos.

Page 10: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Objetivos da enfermagem no CME

O serviço de enfermagem em CME acredita na segurança da esterilização como garantia de bom atendimento aos pacientes. O enfermeiro possui papel fundamental no gerenciamento do setor e coordenação das atividades, pois é o profissional que detém o conhecimento de todas as técnicas e princípios de enfermagem.Atuar na conscientização da equipe;No desenvolvimento das normas e rotinas, das técnicas corretas em todas as atividades, à assistência prestada ao cliente;Fornecer o material esterilizado a todo hospital;Promover a interação entre as áreas;Adequar as condições ambientais às necessidades do trabalho na área;Planejar e implementar programas de treinamento e reciclagem que atendem às necessidades da área junto à educação continuada;Favorecer o bom relacionamento interpessoal;Prover materiais e equipamentos que atendam às necessidades do trabalho na àrea.

Page 11: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ARTIGOS HOSPITALARES DEFINIÇÃO – São materiais empregados na assistência à saúde;

PODEM SER:

– ARTIGOS DESCARTÁVEIS : seringas, abocath, agulhas, eletrodos, etc.

–ARTIGOS PERMANENTES: aparelho de pressão, termômetro, endoscópio, etc.

Page 12: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E
Page 13: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS

• CRÍTICOS • SEMI-CRÍTICOS • NÃO CRÍTICOS

Page 14: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ARTIGOS CRÍTICOS São aqueles que penetram através da pele, mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema e que possuem alto risco para aquisição de infecção; Ex:

agulhas instrumentais cirúrgicos cateteres urinários bisturi.

Page 15: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS

São artigos que entram em contato com a pele não-integra ou com mucosas íntegras. Ex:

endoscópios gastrointestinais; equipamento de terapia respiratória; espéculo vaginal;

Page 16: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ARTIGOS NÃO CRÍTICOS

São aqueles que entram em contato apenas com pele íntegra ou não entram em contato com pacientes e apresentam baixo risco de transmissão de infecção; Ex: comadres papagaios aparelho de pressão termômetro cubas

Page 17: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

IndicaçãoCRÍTICOS– Indicação de esterilização

SEMI-CRÍTICOS– Esterilização não obrigatória; no mínimo desinfecção.

NÃO-CRÍTICOS– Dependendo do grau de contaminação, podem ser submetidos à limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.

Page 18: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

DESINFECÇÃO

Consiste na inativação ou redução dos micro-organismos presentes num material inanimado ou em superfícies com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos.. A desinfecção não implica na eliminação de todos os micro-organismos viáveis, porém elimina a potencialidade infecciosa do objeto, superfície ou local tratado.

Page 19: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

CLASSIFICAÇÃO DA DESINFECÇÃO

Desinfecção de baixo nível: elimina bactérias, vírus e fungos; não tem ação contra esporos, mas não elimina micobactérias e o bacilo da tuberculose;

O composto mais comumente utilizado é álcool etílico, hipoclorito de sódio 0,025% - 30 minutos. EPI

Page 20: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E
Page 21: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Desinfecção de nível médio: elimina bactérias, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias; não destrói esporos.

Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. EPI

Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias, micobactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. O enxágue deve ser feito com água estéril e a manipulação deve seguir o uso de técnicas assépticas.

Page 22: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Glutaraldeído 2% (20 – 30 minutos). Portaria n0 3/2006. EPI ( Máscara de filtro químico, avental impermeável, óculos, luva de borracha cano longo, botas) – vapores: irritação nos olhos, nariz e garganta/ corrosivo para alguns artigos de metal. Validade 14 ou 28 dias.

Ácido Peracético 0,2% - 10 minutos. (Atóxico e sem efeito residual) Não corrosivo/ EPI. Validade 30 dias.

Page 23: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

LIMPEZARemoção de sujidade visível orgânica e inorgânica e por conseguinte de sua carga microbiana.

A limpeza concorrente desta área deve ser realizada diariamente, no piso,nas pias, nas mesas e nos balcões e, pelo menos uma vez por semana, a Limpeza terminal deve ser feita incluindo os itens limpos diariamente e mais as paredes, os armários, os vidros e as janelas.

OBJETIVOS-Remover sujidades;-Remover ou reduzir a quantidade de micro-organismos;-Remover resíduos (químicos, orgânicos, endotoxinas – lipopolissacarídeosDa parede celular de bactérias gram-negativas - biofilmes – cj. de células microbianas associadas á superfície) -Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.

Page 24: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Limpeza manualFricção com escovas e dos uso de soluções de limpeza;Restringir aos artigos delicados, desmontáveis;Preferencial solução enzimática - constituem combinações de detergentes e enzimas utilizados comumente em instrumentos de difícil acesso e lumens estreitos;Utilizar EPI apropriado: luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental, bota, gorro, protetor facial, máscara e óculos de proteção;Friccionar artigos sob a água para evitar aerossóis.

Uso de EPIsUso de EPIs : É imprescindível o uso correto dos EPIs para o desenvolvimento das técnicas de limpeza e desinfecção. São eles: aventais impermeáveis, luvasanti-derrapantes de cano longo, óculos de proteção, máscaras.

Page 25: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Limpeza mecânicaLavadora Ultra-Sônica: convertem ondas sonoras

de ultra-alta frequência em vibrações mecânicas que se movem na água, criando bolhas microscópicas. Ideal para artigos de conformação complexa

Lavadora Pasteurizadora: inativação de bactérias patogênicas por meio de calor, relativamente a baixas temperaturas (660C)

Lavadora Termodesinfetadora: limpam e desinfetam, por meio térmico ou químico (detergente é aplicado sob pressão por meio de bicos ou braços rotativos)

Page 26: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Produtos utilizadosLimpadores enzimáticos são compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com produto possa remover a matéria orgânica do material em curto período de tempo.

Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas não possuem atividade bactericida e bacteriostática.

Enzimas São substâncias produzidas que degradam a matéria orgânica presente no material. Uma vez produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades. As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos.

Page 27: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Tipos de embalagensTECIDO DE ALGODÃO

• Estrutura produzida pelo entrelaçamento de um conjunto de fios dispostos no sentido longitudinal, com outro no sentido transversal forma um ângulo de 900

• Indicado: vapor saturado sob pressão ( validade 10 dias)• Problema: baixa barreira microbiana, ausência de resistência à umidade,

padrão de alinhamento das fibras, baixa vida útil

PAPEL CREPADO - Composto de 100% de celulose

- Eficiência diante da esterilização por vapor e óxido de etileno - Validade: 60 dias no vapor e 12 meses no ETO

Page 28: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

EmbalagensPermitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso.

Saída do Ar

Entrada do Agenteesterilizante

Microrganismos

Embalagem

Produto

Page 29: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

PenetrânciaDificuldades variadas

• tecido de algodão

•papel grau cirúrgico

•papel crepado•manta de SMS

•filmes

•contêineres rígidos

(válvula e filtro)

Validação a cada inserção ou troca de embalagem

Qualificação de desempenho: a cada novaconfiguração introduzida

•Tyvek

Page 30: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Papel grau cirúrgico• Permeável ao agente esterilizante e impermeável aos

microrganismos;• Pode se apresentar com duas faces de papel ou uma de

papel e a outra de filme transparente;• Esterilização à vapor (30 dias) e Óxido de Etileno

(01 ano)

TyveK• Constituída de poliolefinas expandidas e mylar (polietileno

em tripla camada)• Não contém celulose ( não absorve o peróxido de

hidrogênio)• Recomendado para o plasma de peróxido de hidrogênio

(01 ano)

Page 31: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

•visibilidade do conteúdo•indicador químico

•selagem segura•indicação para abertura

•lote de fabricação

abertura asséptica

Page 32: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

tamanhos variados

Page 33: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Papel manilhaPapel toalha

Papel Kraft

Tecido de algodão

Page 34: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

EsterilizaçãoEsterilização é o processo pelo qual os micro-organismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de cultura padrão no qual previamente haviam proliferado. Um artigo é considerado estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos micro-organismos que contaminam é menor do que 1:1.000.000 (GRAZIANO; SILVA; BIANCHI, 2000)

Page 35: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Fatores que afetam a eficácia da esterilização

A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores, alguns inerentes às qualidades intrínsecas do organismos e outros dependentes das qualidades físico-químicas do agente ou fatores externos do ambiente.

-Número e localização de microrganismos-Resistência inata dos microrganismos-Concentração e potência do agente germicida-Fatores físicos e químicos-Matéria orgânica-Duração da exposição

Page 36: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ESTERILIZAÇÃO PODE SER REALIZADA POR:

Processos físicos: –Vapor saturado sob pressão (autoclave) –Calor seco (estufa) –Radiação (raios gama - cobalto 60)

Processos químicos: –Grupo dos aldeídos (glutaraldeído e formaldeído) –Ácido peracético

Processos físico-químicos: –Óxido de etileno (ETO) –Plasma de peróxido de hidrogênio –Paraformoldeído (pastilhas)

Page 37: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Esterilização•

Processos físicos - Esterilização por vapor saturado sob pressão

# Vapor: (esporos necessitam de calor e umidade), temperatura e pressão (121ºC a 134ºC e o tempo (15 a 30 minutos)

Page 38: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

PROCESSO FÍSICO

Calor seco (estufa) – Não recomendável Caiu em desuso, pois as pesquisas colocam em dúvida a sua efetividade. O processo de esterilização ocorre com o aquecimento dos artigos por irradiação do calor das paredes laterais e base da estufa, com conseqüente destruição dos MO por desidratação das células. O calor seco tem baixo poder de penetração, pois se faz de forma irregular e vagarosa, necessitando de longos ciclos de exposição.

Page 39: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Materiais: termo resistente, como: instrumentais, materiais inoxidáveis, óleos e pós.

Embalagem: caixa de aço inoxidável de paredes finas ou de alumínio. Lacrar as caixas com fita de indicador químico.

Temperatura e tempo de exposição: varia de acordo com o tipo de material e com a validação especifica. Para instrumentais recomenda-se 205° C por 120 min. e para óleos e pós 160° C por 120 min.

Cuidados recomendados: evitar o centro da estufa (pontos frios), deixar espaço entre as caixas e não encostá-las na parede.

Page 40: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

PROCESSO FÍSICO-AUTOCLAVE É altamente eficiente pelo seu poder de penetração realizado por autoclaves. O vapor saturado, ou seja, de temperatura equivalente ao ponto de ebulição da água, na pressão atmosférica de 1 a 1.8, é o meio de esterilização mais econômico para materiais termo resistentes.

Page 41: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Mecanismo de ação: O processo baseia-se na transformação de água em vapor, sob a mesma temperatura. A atividade de esterilização tem como princípio de morte celular a termo coagulação das proteínas bacterianas, através do calor, de modo que o MO perde suas funções vitais e morre.

Embalagens: algodão cru, papel grau cirúrgico, não tecido, papel crepado caixa metálica perfurada e Kraft. Dispor os pacotes de modo vertical, para facilitar a entrada, circulação do vapor, bem como a eliminação do ar. Temperatura indicada: 121 a 132° C

Tempo de exposição: de acordo com a natureza do material (15 a 30 min.); 15 min. para materiais mais sensíveis ao calor como luvas, extensões de borracha, entre outros e 30 min. para materiais mais resistentes ao calor como instrumentais, vidros, roupas, entre outros.

Page 42: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Tipos de autoclaveGravitacional: A injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por meio de uma válvula localizada na parte inferior. Desvantagens: formação de bolhas de ar no interior do pacote e tempo mais longo para penetração do vapor

Pré-vácuo: por meio de uma bomba de vácuo contida no equipamento, o ar é removido do artigo e da câmara. Pode ser um pulso ou em três ciclos pulsáteis – favorece a penetração mais rápida do vapor. Após a esterilização, a bomba de vácuo faz a sucção do vapor e da umidade interna da água – para secagem mais rápida

Page 43: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Controle do processo

Parâmetros FísicosTempo, temperatura e pressão – impressora ou manual

Controle Químico

Indicadores químicos – norma: ISO, 2005;

Page 44: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores QuímicosClasse I: Indicadores de processo: Tiras impregnadas com tinta termo-

química que muda de coloração quando exposto a temperatura. (fita zebrada) amarelo p/ marrom geralmente

Informa que passou pela esterilização usados externamente em todos os pacotes

evidenciam a passagem do material pelo processo

Page 45: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores Químicos

Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para uso em testes específicos - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.

Classe II:

verifica a eficiência da bomba de vácuo espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua extensão recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia, com equipamento pré-aquecido e com a câmara vazia. caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão imediata do equipamento

Teste OK Falha no teste

Page 46: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores Químicos

Indicador de parâmetro únicoClasse III:

controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida.

Indicador multiparamétrico – dois ou mais parâmetros críticos

Classe IV:

controla a temperatura e o tempo necessários para o processo

Page 47: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores Químicos

Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.Reagem com todos os parâmetros

Classe V:

Classe VI: Indicadores de simulação: Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é concluído.

Page 48: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Resumo : INDICADORES Resumo : INDICADORES QUÍMICOSQUÍMICOS

Classe Classe 11::

Classe Classe 6: 6:

Classe 2:Classe 2:

Classe 3:Classe 3:

Classe 4Classe 4:

Classe 5:Classe 5:

Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura.

Teste de Bowie & Dick testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1° ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 minutos sem secagem.

Controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida.

Indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo necessário para o processo.

Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.

Intervalo de confiança maior que classe 5.

Page 49: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E
Page 50: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores Biológicos

Preparação padronizada de esporos bacterianos autocontidos, com suspensões de 106 esporos por unidade de papel filtro.

Indicam se a esterilização foi efetiva

Esporos Geobacillus stearothermophilus

Primeira geração: tiras de papel com esporos microbianos, incubados em

laboratório de microbiologia com leitura em 7 dias.

Page 51: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Indicadores BiológicosSegunda geração: autocontidos com leitura em 24 a 48 horas pela mudança de cor decorrente da mudança de pH do meio. Incubação na própria CME

Terceira geração: autocontidos com leitura em 1 a 3 horas a 560C. Interação de uma enzima associada ao esporo bacteriano com um substrato no meio de cultura. Ausência de fluorescência: esporo destruído

Page 52: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Esterilização físico-química

Esterilização por óxido de etileno (ETO) Gás incolor, explosivo e inflamável Termossensíveis Portaria Interministerial n0482/1999 Parâmetros: temperatura (500C a 650C),

concentração do gás (450 a 1200mg/L) umidade (45 a 85%), tempo de exposição e aeração (2 a 5 horas respectivamente) e pressão interna da câmara.

Page 53: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ETOAlta penetração, difusibilidade – esteriliza artigos estreitos, longos (até 2 metros).

Objetivo: saída do ETO residual•Etilenocloridrina - produto derivado da reação do óxido de etileno com o cloro. •Etilenoglicol - produto derivado da reação do óxido de etileno com água.

Page 54: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio

• Termossensíveis

Autoclave de peróxido de hidrogênio - STERRAD®

Page 55: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Gera plasma por meio do substrato de peróxido de hidrogênio bombardeado por ondas de radiofreqüência ( cada ampola 1,8 ml H2O2)

Curto de 51 min/ Longo de 72 min (lúmens longos > 1m até 2 metros – cateteres, extensor de micronubulizador, circuitos respiratórios – Inter V)Diâmetro interno ≥ 1mmNo caso > 1m ciclo longo com Difusor/Adaptador (cateteres, endoscópios, colonoscópios) – se metal: comprimento 40-50 cm

Page 56: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Esterilização Química Imersão dos artigos em germicida químico

Utilizar produtos autorizados e registrados na ANVISA

Ácido PeracéticoMistura entre ácido acético, peróxido de hidrogênio e água;Rápida ação contra todas as formas de microorganismos, incluindo esporos microbianos, mesmo em baixas concentrações (0,001% a 0,2%) - 60 minutos;Pode ser aplicado em artigos termossensíveis;Cuidado: componentes metálicos que não sejam de ácido inoxidável.

Page 57: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

DESINFECÇÃO POR ÁCI DO DESINFECÇÃO POR ÁCI DO PERACÉTICO A 0,2% PERACÉTICO A 0,2%

VANTAGENS DESVANTAGENS

• rápido: 10 minutos• monitoração da [ ]• enxágüe fácil• baixa toxicidade• remove sujidade residual

• rápido: 10 minutos• monitoração da [ ]• enxágüe fácil• baixa toxicidade• remove sujidade residual

• processo manual• incompatível com aço bronze, latão e ferro galvanizado • custo • odor avinagrado

• processo manual• incompatível com aço bronze, latão e ferro galvanizado • custo • odor avinagrado

Page 58: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

GlutaraldeídoTempo de 10 a 12 horas de imersão do artigo na solução

Para esterilização a frio de artigos críticos termossensíveis, como cateteres, drenos, tubos. E para artigos termoresistentes como pinças, instrumentos metálicos endoscópios, laparoscópicos. Não é recomendado: - Monitoramento da concentração, - Manipulação incorreta (contaminação bacteriana – infecções pós cirúrgicas), - Limpeza incorreta, - Tempo de imersão por período inferior ao recomendado, resistência microbiana ao produto, - Diluição do produto durante a sua utilização ao longo do tempo

Page 59: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

DESINFECÇÃO POR GLUTARALDEÍDODESINFECÇÃO POR GLUTARALDEÍDO

VANTAGENS DESVANTAGENS

• rápido: 20 - 30 min

• monitoração da [ ] e ph

• compatibilidade com uma grande gama de materiais

• custo aceitával

• rápido: 20 - 30 min

• monitoração da [ ] e ph

• compatibilidade com uma grande gama de materiais

• custo aceitával

• processo manual

• enxágüe difícil

• toxicidade (inalação)

• fixa sujidade residual

•odor pungente

• processo manual

• enxágüe difícil

• toxicidade (inalação)

• fixa sujidade residual

•odor pungente

Page 60: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Armazenamento

Page 61: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

ARMAZENAGEM“Todo material processado deve possuir local adequado para armazenagem de forma que não haja risco de recontaminação e que facilite a distribuição.”

“O prazo de validade de esterilização está diretamente relacionado à qualidade da embalagem e condições de armazenagem.”

O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenosTrânsito limitado de pessoas, manipulação mínima e cuidadosa

Page 62: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Cuidados com os Artigos EsterilizadosCondições de estocagem do artigos esterilizados

• Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à equipe do setor.

• Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes vazados até que esfriem;

• invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico, papel crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas) deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;

• ser estocado em armários fechados com prateleiras;

• prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;

• material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no estoque;

• estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes externos.

Page 63: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Tempo de validade de esterilização de artigos

• A validade de esterilização vincula-se ao risco de recontaminação, tipo e configuração do material de embalagem, número de vezes que é manipulado antes do uso.

• Estocagem em prateleira aberta ou fechada, condições ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e umidade).

• Atualmente é um contra-senso estabelecer prazos genéricos por que os fatores contaminantes do ambiente variam entre um serviço e outro.

• Devido às diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em características de estocagem é impossível recomendar tempos de estocagem para itens estéreis que possam ser aplicados universalmente (AORN)

Page 64: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Validação das embalagens-Vida de prateleira

depende dos eventos relacionados

Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no chão?Foi “apalpado”?Foi aberto e fechado novamente?Foi carregado debaixo dos braços?Foi colocado elásticos, barbante?Foi “amassado” colocando pesos ou guardados em gavetas apertadas?Indefinido tempo de esterilização ?

Page 65: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Manual de rotina e procedimentos; Padronização dos processos adotados, limpeza,desinfecção e

esterilização; Registro diário do processamento de artigos; Programa de manutenção preventiva dos equipamentos; Manual de funcionamento do equipamento; Utilização de indicadores adequados ao processo empregado; Barreira fixa até o teto da área suja e limpa.(Consultórios e Clinicas); Bancada adequadas para o preparo do material; Local de guarda dos material esterilizado (limpo e fechado); Fluxo racional de operacionalização, sem cruzamento de artigo contaminado e artigo limpo.

Aspectos a serem observados:

Page 66: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Baldes plásticos para desinfecção, enxágue. Recipientes com as soluções ativadas rotulados. Pias específicas para o material e lavagens das mãos com

sabão liquido e papel toalha. Local separado para o material de limpeza. Pisos, paredes laváveis. Equipamentos (autoclave e estufa)em perfeitas condições

de funcionamento (registro de manutenção e testes químicos e biológicos) – (para artigos não pode autoclave vertical).

Cronograma de limpeza dos equipamentos (água e sabão) Verificar a existência dos EPIs.

Page 67: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

•Fim!!

Page 68: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

“Existem dois jeitos de viver: acomodar-se ou ousar. Quando lutamos por ideias nas quais acreditamos nasce daí um sentimento de dignidade de ser alguém que faz a diferença”.

Roberto Shinyashiki

Page 69: Central de material e esterilização -Cme- Mônica Imperatriz Wingert Turma: 201E

Referências Bibliográficas

1-SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERGEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (SOBBEC).Práticas Recomendadas.4ed. São Paulo, 2007.

2- POSSARI,J.F. Centro de material e esterilização: planejamento e gestão.3ed.São Paulo, 2007.165p.

3-KAVANAGH,CMG. Elaboração do Manual de Procedimentos em Central de Materiais e Esterilização.São Paulo: Atheneu, 2007.

4-OLIVEIRA, AC.Infecções Hospitalares: epidemiologia, prevenção e controle.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

5- FERNANDES, AT.Infecção Hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Atheneu, 2002.