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TIPO DE DOCUMENTO MANUAL DE ORGANIZAÇÃO SMS-MPASS-002 EDIÇÃO ANTERIOR ATUAL 01 SISTEMA SERVIÇOS DE SAÚDE SUS CONTAGEM SUBSISTEMA / PROCESSO Manual de Processamento de Artigos em Serviços de Saúde SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected] Manual de Processamento de Artigos em Serviços de Saúde Histórico das Revisões Revisão Data Descrição 01 Outubro/2010 Publicação Inicial Elaborado por: Grupo de Estudos em Centro de Material e Esterilização da Secretaria Municipal de Saúde de Contagem Verificado por: Comissão Municipal de Controle de Infecção em Serviços de Saúde - CMCISS Aprovado por: Eduardo Caldeira de Souza Penna Secretário Municipal de Saúde

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Manual de Processamento de

Artigos em Serviços de Saúde

Histórico das Revisões Revisão Data Descrição

01 Outubro/2010 Publicação Inicial

Elaborado por: Grupo de Estudos em Centro de Material e Esterilização da Secretaria Municipal de Saúde de Contagem Verificado por: Comissão Municipal de Controle de Infecção em Serviços de Saúde - CMCISS Aprovado por:

Eduardo Caldeira de Souza Penna Secretário Municipal de Saúde

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Coordenação

Guilherme Augusto Armond - CMCISS

EquipeTécnica

Guilherme Augusto Armond – CMCISS

Rafaela Oliveira França – CMCISS

Marcelo Silva de Oliveira – CMCISS

José Carlos Matos – CMCISS

Thaís Florêncio Vieira Alves – SURG

Elessandra Lima Guimarães – Hospital Municipal José Lucas Filho

Telma Maria de Oliveira – Áreas Técnicas da Secretaria Municipal de Saúde

Mariza Daniel Proença – Saúde da Família - Distrito Eldorado

Alessandra Maciel Almeida – Cirurgiã Dentista

Simone Lopes de Mesquita – Iria Diniz

Eliete Rosária da Silva – UPA Ressaca

Sandra Cristina Sampaio Vasconcelos – UPA XVI

Selma Santana Perillo – UPA GPV

Paulo Henrique de Almeida Fonseca – Coordenador da Saúde Bucal

Franklin Rodrigo Machado Rocha – SURG

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SIGLÁRIO

CCIH Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

CME Central de Material Esterilizado ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária EX Exemplo CMCISS Comissão Municipal de Controle de Infecção em Serviços de

Saúde IRAS Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde SMSA Secretaria Municipal de Saúde RDC Resolução da Diretoria Colegiada m2 Metro quadrado RE Resolução Específica SOBEEC Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico,

Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização EPI Equipamento de Proteção Individual

HBV Vírus da Hepatite B HCV Vírus da Hepatite C HIV Vírus da Imunodeficiência Humana pH Potencial Hidrogeniônico

DNA Ácido Desoxirribonucléico RNA Ácido Ribonucléico MEC Concentração Mínima Efetiva OPA 1,2 – benzenedicarboxaldehyde

FDA Food and Drug Administration ppm Partes por milhão p/v Partes por volume AORN Association of periOperative Registered Nurses

ISO International Organization of Standardization IB Indicador Biológico VBTF Vapor de Baixa Temperatura e Formaldeído Gasoso ETO Esterilização por Óxido de Etileno

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MRC Micobactérias de Crescimento Rápido PVPI Polivinilpirrolidona-iodo UPA Unidade de Pronto Atendimento HBsAg Antígeno de Superfície do Vírus da Hepatite B

CTA Centro de Testagem e Aconselhamento SAE Serviço de Assistência Especializada CRIE Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais SESMT Serviço de Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho

PVC Cloreto de Polivinila

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SUMÁRIO Apresentação Introdução PARTE I Revisão de Literatura

1. Estrutura Física

1.1. Considerações sobre a estrutura física da CME

1.1.1. Área de recepção

1.1.2. Expurgo – área suja

1.1.3. Expurgo – área limpa

1.1.4. Área de Esterilização

1.1.5. Área de Armazenamento

1.1.6. Área de Transporte e Distribuição

2. Artigo de Serviço de Saúde

2.1. Classificação de Spaulding

2.2. Artigo de Uso Único

2.3. Reuso

2.4. Reutilização de Artigos de Uso Único

2.4.1. Recomendações para Processamento de Artigos de Uso Único

3. Limpeza de Artigos de Serviços de Saúde

3.1. Detergente

3.2. Desincrostante

3.3. Detergente Enzimático

3.4. Métodos de Limpeza de Artigos

3.4.1. Limpeza Manual

3.4.2. Limpeza Mecânica

3.5. Controle Visual da Limpeza

4. Desinfecção de Artigos de Serviços de Saúde

4.1. Tipos de Desinfecção

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4.2. Ordem Decrescente de Resistência dos Microrganismos aos Métodos e Soluções

Germicidas

4.3. Métodos de Desinfecção

4.3.1. Desinfecção por Processo Físico

4.3.2. Desinfecção por Processo Químico

4.3.2.1. Características Ideais de um Desinfetante Químico

4.3.2.2. Fatores que Interferem na Ação do Desinfetante Químico

4.4. Produtos Químicos

4.4.1. Glutaraldeído

4.4.2. Ortoftaldeído

4.4.3. Ácido Peracético

4.4.4. Álcool

4.4.5. Formaldeído

4.4.6. Peróxido de Hidrogênio

4.4.7. Soluções Cloradas

4.4.8. Comparativo entre germicidas para desinfecção de alto nível.

5. Esterilização de Artigos de Serviços de Saúde

5.1. Embalagens

5.1.2. Tipos de embalagens

5.1.2.1. Tecido de algodão duplo

5.1.2.2. Papéis

5.1.2.2.1. Papel grau cirúrgico

5.1.2.2.2. Papel crepado

5.1.2.2.3. Papel Kraft

5.1.2.3. Filmes transparentes

5.1.2.4. Tyvek

5.1.2.5. Lâminas de alumínio e caixas metálicas

5.1.2.6. Sistema de “container” rígido

5.1.2.7. Vidros não refratários

5.1.2.8. SMS

5.1.2.9. Cobertura plástica protetora

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5.2. Fatores que Afetam a Eficácia da Esterilização

5.3. Tempo de Validade de Esterilização de Artigos

5.4. Métodos para Monitoramento de Esterilização

5.4.1. Indicadores Físicos

5.4.2. Indicadores Químicos

5.4.3. Indicadores Biológicos

5.5. Condutas com Relação a Falhas no Processo de Esterilização

5.6. Manutenção de Equipamentos

5.7. Principais Processos de Esterilização

5.7.1. Esterilização por Vapor Saturado sob Pressão

5.7.1.1. Esterilização Rápida (Flash Sterilization)

5.7.2. Esterilização por Vapor de Baixa Temperatura e Formaldeído Gasoso (VBTF)

5.7.3. Esterilização por Óxido de Etileno (ETO)

5.7.4. Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio

5.7.5. Esterilização Química por Imersão

6. Medidas de Biossegurança

6.1. Atendimento as Vítimas de Acidente com Material Biológico

6.2. Riscos de Transmissão

6.3. Cuidados Iniciais

6.4. Profilaxia da Infecção pelo HIV

6.5. Profilaxia da Hepatite B

6.6. Profilaxia da Hepatite C

6.7. Acompanhamento do Acidentado

6.8. Orientações para o Registro de Acidente de Trabalho

PARTE II Instruções Normativas

Normatização Técnica para Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de

Serviços de Saúde

Normatização Técnica para Desinfecção de Alto Nível de Artigos de Serviços de Saúde

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção do Endoscópio e Acessórios

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Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção do Bucal e Espaçador de Xilocaína

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção de Equipamentos Eletrônicos

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção do Imobiliário

Instruções Normativas para Descarregamento de Autoclave

Instruções Normativas para Preparo de Material para o Óxido de Etileno

Instruções Normativas para Limpeza de Látex

Instruções Normativas para Limpeza das Seringas de Vidro

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção de Laringoscópio

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção de Otoscópio

Instruções Normativas para Limpeza e Preparo de Tubos de Silicone

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção de Umidificadores

Instruções Normativas para Limpeza do Reanimador Manual (Ambu)

Instruções Normativas para Lavagem de Kit de Micronebulização

Instruções Normativas para Desinfecção do Espaçador (Adaptada de acordo com

Orientação Fabricante do Flumax)

Instruções Normativas para Lavagem e Desinfecção de Almotolias

Instruções Normativas para Limpeza e Desinfecção de Comadre, Marreco, Bacia,

Balde de inox, Jarro, Cuba Rim e Frasco de Aspiração Móvel

Instruções Normativas para Limpeza de Instrumental Cirúrgico e de outros Artigos

Instruções Normativas para Empacotamento do Material (Técnica do Envelope)

Instruções Normativas para Preparo de Caneta de Cautério

Instruções Normativas para Preparo do Pacote de Retirada de Pontos

Instruções Normativas para Preparo de Kit de Parto

Instruções Normativas para Preparo de Cuba Rim

Instruções Normativas para Preparo de Pacote de Curativo

Instruções Normativas para Preparo de Gaze aberta

Instruções Normativas para Preparo de Gazinhas

Instruções Normativas para Preparo de Bandeja para Cateterismo Vesical

Instruções Normativas para Preparo de Dobragem de Roupas e Compressas

Instruções Normativas para Montagem do Rack da Autoclaves

Instruções Normativas para Realização Teste Biológico de Leitura Rápida – 3 horas

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Instruções Normativas para Realização do Teste Bowie & Dick

Instruções Normativas para Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão

Instruções Normativas para Higienização das Mãos com Preparação Alcoólica

PARTE III

Instruções Normativas em Odontologia

Bibliografia Consultada

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Apresentação

O Manual de Rotinas Técnicas de Esterilização do Município de Contagem, editado em

2004, surgiu a partir da verificação do crescimento e magnitude de atendimentos

realizados pela rede de atenção à saúde e da necessidade de se padronizar rotinas de

processamento de artigos. Com a finalidade de acompanhar e atualizar as diretrizes no processamento de artigos

em serviços de saúde foi constituído em 2010, pela Secretaria Municipal de Saúde de

Contagem, o grupo de estudos em processamento de artigos em serviços de saúde com

objetivo de atualizar a primeira edição do manual.

O atual manual, “Processamento de Artigos em Serviços de Saúde” é destinado aos

profissionais de saúde do município de Contagem em todos os níveis de assistência,

possuindo informações e normatizações técnicas atualizadas sobre condutas a cerca do

processamento de artigos em serviços de saúde.

Ao considerar que a qualidade da assistência é fundamentada na proteção dos usuários

e da equipe assistencial, este manual busca apresentar aspectos teóricos e técnicos do

processo de limpeza, desinfecção e esterilização dos artigos de assistência à saúde,

informações básicas sobre infra-estrutura, medidas relacionadas à biossegurança, ao

campo operacional – instruções normativas, e sobre a organização de uma Central de

Material Esterilizado.

Esperamos com este manual contribuir para a melhoria da qualidade da atenção

dispensada aos nossos usuários.

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Introdução

Desde que existe uma associação importante entre o uso de artigos de serviços de

saúde e a ocorrência de infecções, é necessário estabelecer medidas eficazes de

processamento dos mesmos, visando à minimização do risco de transmissão de

Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS). De acordo com o seu uso, os

artigos devem ser submetidos a processos eficazes de limpeza, desinfecção ou

esterilização para atingirem os objetivos necessários.

A qualidade do processamento de artigos de serviços de saúde representa um dos

pilares na prevenção de IRAS e relaciona-se tanto à garantia de sua submissão a

processos de redução ou destruição microbiana, quanto a sua funcionalidade e

integridade, a fim de evitar danos ao paciente na sua utilização.

Para garantir e obter os melhores desfechos no processamento dos artigos de serviços

de saúde devem ser considerados diversos fatores relacionados à qualidade do

processo: o tempo de duração da aplicação do processo; a temperatura e a pressão sob

as quais o processo é aplicado; a quantidade ou concentração de calor ou agentes

químicos; a natureza do artigo submetido ao processo; o tipo e a contagem de

microrganismos, inclusive os esporos; e se o artigo está contaminado com fluidos

corporais que podem atuar como um revestimento protetor para o microorganismo.

O processamento de artigos é uma das atividades mais importantes em serviços de

saúde e está associado diretamente a prevenção das IRAS, a segurança e a qualidade

de assistência ao paciente.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: Revisão da Literatura

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PARTE I Revisão da Literatura

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 1. Estrutura Física

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1. ESTRUTURA FÍSICA As Resoluções RDC n° 50 de 21 de fevereiro de 2002 e a RDC n° 307 de 14 de

novembro de 2002 estabelecem as normas para as ações de vigilância a respeito de

instalações e ambientes de serviços de saúde. Essas resoluções definem ambiente

como o espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de

certas atividades, caracterizado por instalações e dimensões diferenciadas e preconizam

que a Central de Material Esterilizado deve existir quando houver Centros Cirúrgico,

Obstétrico e/ou Ambulatorial e serviços de hemodinâmica, de emergência de alta

complexidade e de urgência. Explicitam ainda as áreas que compõem essa unidade,

suas dimensões mínimas em metros quadrados (m2) e as instalações, conforme descrito

no quadro 1.

Quadro 1 – Demonstrativo das áreas, dimensões mínimas e instalações do Centro de

Material e Esterilização.

Área Dimensões mínimas Instalações Área para recepção, descontaminação e separação de artigos, assim como lavagem de artigos

Mínimo 8,0 m2 (0.08 m2 por leito)

HF; HQ; E; ADE

Área para recepção de roupas limpas 4,0 m2 HF; E Área para preparo de artigos e roupas limpas

Mínimo 12,0 m2 (0,25 m2 por leito) HF; E

Área para esterilização física, que depende do equipamento utilizado (distância mínima entre as autoclaves)

20 cm

HF; E

Área para esterilização química líquida HF; E Sala de armazenagem e distribuição de roupas e artigos esterilizados

Mínimo 10,0 m2 (0,2 m2 por leito) AC

Área para armazenagem e distribuição de artigos esterilizados descartáveis

25% da área de armazenagem de

artigos esterilizados

AC Sala de lavagem e descontaminação 4,8 m2 HF; HQ Sala de esterilização 4,8 m2 HF; E

Fonte: Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. 2.ed. Brasília: ANVISA. 2004. Legenda: HF: água fria; HQ: água quente; AC: ar condicionado (1); E: exaustão (2); ADE: a depender dos equipamentos utilizados, havendo, neste caso, obrigatoriedade de apresentação do layout da sala com o equipamento 1. Refere-se à climatização destinada a ambientes que requeiram controle da qualidade do ar. 2. É dispensável quando existir sistema de ar recirculado.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 1. Estrutura Física

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1.1. Considerações sobre a estrutura física da CME

Piso: ser de cor clara, resistente ao calor, à umidade e a soluções corrosivas, não

deve ser poroso, nem sonoro, nem absorvente da luz, oferecendo boa

condutibilidade de eletricidade estática e ainda ser durável, lavável e de fácil limpeza.

Paredes: serem lisas e planas, sem saliências, cantos ou quinas, os quais precisam

ser côncavos ou abaulados; revestimento constituído de material lavável, durável e

de cor suave – azul ou verde-claro – visando à diminuição da reverberação da luz.

Forro: ser acústico para minimizar os ruídos. O uso de forro removível no teto da

CME só é permitido em áreas administrativas.

Janelas: na presença de condicionador de ar, deve ser discutido o uso de janelas,

uma vez que o aparelho promove a ventilação do ambiente e os visores permitem a

entrada de luz natural. Na presença de janelas, elas devem ser amplas, altas e

teladas.

Portas: ser de material lavável, durável, de boa qualidade e com sentido de abertura

respeitando o fluxo unidirecional do trabalho no CME.

Bancadas: devem ser constituídas de material não poroso, resistente à limpeza

úmida e ao uso de produtos saneantes.

Iluminação: ser adequada, acompanhada de iluminação direta nas mesas e nos

balcões de preparo de artigos, com a finalidade de facilitar a inspeção dos mesmos

quanto à eficiência da limpeza, a integridade e à funcionalidade dos instrumentos.

Para que o processo de inspeção seja eficiente, recomenda-se a utilização de uma

luminária acoplada a uma lupa de aumento.

Sistema de exaustão de calor: nas áreas onde ficam localizadas as autoclaves, as

temperaturas são muito elevadas, havendo necessidade de mantê-las em níveis de

conforto.

Ventilação: as temperaturas adequadas constituem um aspecto de importância vital

para o bom funcionamento da CME. Ventilação inadequada e alta temperatura geram

desconforto para os profissionais, diminuindo em muito sua produtividade e

ocasionando significativas perdas de rendimento.

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A limpeza concorrente da CME deve ser realizada diariamente no piso, nas pias,

nas mesas e nos balcões e, pelo menos uma vez por semana, deve ser feita a limpeza

terminal, incluindo os itens limpos diariamente, além das paredes, dos armários, dos

vidros e das janelas.

1.1.1. Área de Recepção

Deve estar localizada dentro da sala de recepção e limpeza. Esta área deve

possuir equipamento de transporte com rodízios, recipientes para pérfuro-cortantes e

para resíduo biológico. Deve ainda, haver registro de todos os produtos recebidos para o

processamento.

É proibida a recepção ou circulação, na área suja da CME, de têxteis limpos

provenientes da unidade de processamento de roupas e que necessitam ser

esterilizados antes da sua utilização.

Deve possuir um lavatório com dispensador de sabonete líquido, solução

alcoólica em gel a 70% e papel toalha para higienização das mãos.

O trabalhador dessa área deve utilizar: luvas de procedimento, touca, máscara,

óculos de proteção, avental impermeável, calçados fechados e antiderrapantes.

1.1.2. Expurgo – Área Suja

Neste local os produtos de serviço de saúde devem ser submetidos à limpeza.

Os produtos para saúde passíveis de processamento, independente da sua

classificação de risco, devem ser submetidos ao processo de limpeza dentro da própria

CME do serviço de saúde, antes da desinfecção ou esterilização.

Esta área deve possuir:

Torneiras com água quente e fria

Bancada com pia

Ponto de água potável com filtro de 0,2 micra para enxágüe

Guichê ou outro mecanismo de transferência dos produtos para saúde da área de

limpeza para área de preparo

Recipiente para perfuro-cortantes, com suporte

Recipiente para resíduo biológico

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Caso hajam equipamentos destinados à limpeza automatizada, estes devem ser

instalados em uma área que não obstrua a circulação nesse ambiente, obedecendo às

especificações técnicas do fabricante. A distância mínima entre esses equipamentos

deverá ser de 0,50m.

O sistema de climatização da área de limpeza da CME deve manter a

temperatura ambiente entre 18 e 22°C e umidade relativa do ar entre 40 e 60%.

Na limpeza manual, a fricção deve ser realizada com produtos não abrasivos, que

não afetem a integridade e não liberem partículas. Deve-se ainda realizar a avaliação

dos artigos por meio da inspeção visual com o auxílio de lentes intensificadoras de

imagem. Dispor ainda de pistola de água sob pressão para limpeza de produtos com

lúmen e ar comprimido medicinal ou oxigênio para secagem de produtos com lúmen.

Os produtos utilizados na fase de limpeza devem estar regularizados junto à

ANVISA.

O trabalhador dessa área deve utilizar: luvas de cano longo antiderrapante, touca,

máscara compatível com o risco, óculos de proteção ou protetor facial, avental

impermeável, calçado fechado, impermeável e antiderrapante, protetor auricular em

concha.

A secagem deve ser rigorosa e executada o mais rápido possível como forma de

prevenir o crescimento microbiano no meio líquido. O rigor na execução deste

procedimento evita a interferência da umidade nos processos de esterilização.

Ressalta-se que o pano a ser utilizado deve estar limpo, ser de cor branca, sem

fiapos.

1.1.3. Área de Preparo – Área Limpa

Nesta área o material deve passar por nova e atenta revisão, devendo ser

selecionado, preparado, identificado e acondicionado até ser submetido ao processo de

esterilização. O trabalhador dessa área deve utilizar luvas, máscaras, touca e protetor

auricular.

A CME deve utilizar embalagens que garantam a manutenção da esterilidade

do conteúdo, bem como a sua transferência sob técnica asséptica. As embalagens

utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas junto à

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ANVISA. É proibido o uso de caixas metálicas sem furos para esterilização de materiais

por autoclavação em equipamento com bomba de vácuo.

É proibido o uso de embalagens do tipo envelope de plástico transparente não

destinadas para uso em equipamento de esterilização, assim como o uso de papel kraft,

papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio.

A selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por termo seladora ou

conforme orientação do fabricante. É proibida a calandragem, prensagem ou passadores

a ferro dos tecidos de algodão utilizados para embalagem.

É proibido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos

ou cerzidas.

É obrigatória a identificação das embalagens dos produtos para a saúde

submetidos à esterilização na CME.

O rótulo dos produtos para saúde processados na CME deve ser capaz de se

manter legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte,

armazenamento e distribuição até o momento do uso.

O rótulo de identificação da embalagem deve conter: nome do produto, número

do lote, data da esterilização, data de validade, método de esterilização e identificação

do responsável pelo preparo.

A seleção da embalagem deve obedecer à padronização utilizada no município e

tem como objetivo proteger o produto, mantendo-o estéril desde acondicionamento

ainda na CME ao seu manuseio final. Deve ainda possibilitar sua pronta identificação e

permitir que o agente esterilizante entre em contato com o artigo.

1.1.4. Área de Esterilização

Esta área se destina á esterilização dos materiais após o preparo. A sala de

esterilização de produtos para saúde deve ser dimensionada de acordo com o

quantitativo e dimensão dos equipamentos.

A área ocupada por cada equipamento de esterilização deve ser acrescida de

2,50 m2 para circulação. Deve ser previsto uma distância mínima de 0,50 m entre os

equipamentos de esterilização. A temperatura da área de desinfecção/esterilização deve

ser inferior a 24ºC.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 1. Estrutura Física

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O trabalhador dessa área deve utilizar luvas específicas para o tipo de método de

esterilização, máscara e gorro.

Esta área deve dispor de incubadoras de indicadores biológicos e sistema para

guarda dos registros dos monitoramentos. O monitoramento do processo de

esterilização deve ser realizado diariamente com indicadores químicos e físicos,

seguindo rotina definida pela própria CME. O monitoramento do processo de

esterilização com indicadores físicos deve ser registrado a cada ciclo de esterilização. Já

o monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico deve ser feito

diariamente em pacote desafio, que deve ser posicionado próximo ao dreno.

1.1.5. Área de Armazenamento

Esta área tem por finalidade centralizar todos os artigos processados e

esterilizados até sua distribuição ás unidade/setores consumidores. O armazenamento

de produtos para saúde na CME deve ser centralizado em local exclusivo e de acesso

restrito, não podendo ocorrer em área de circulação, mesmo que temporariamente.

Os produtos esterilizados devem ser armazenados em local limpo e seco, sob

proteção da luz solar direta e submetidos à manipulação mínima. Os pacotes devem ser

manuseados apenas quando estiverem completamente frios.

O trabalhador desse setor deve utilizar touca e vestimenta exclusivo.

Os materiais devem ser armazenados em armários fechados e devidamente

identificados quando requisitados. Nesta área deve-se ter o cuidado de não permitir, no

momento da distribuição, o cruzamento de artigos estéreis com artigos não estéreis.

1.1.6. Área de Transporte e Distribuição

O transporte interno para a distribuição de produtos para saúde processados na

CME deve ser feito em recipientes fechados e em condições que garantam a

manutenção da identificação e a integridade da embalagem.

A embalagem utilizada para transporte de produtos para saúde encaminhados para

processamento em empresas contratadas deve ser de recipiente rígido, liso, com

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 1. Estrutura Física

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sistema de fechamento estanque, contendo a lista de produtos a serem processados e o

nome do serviço solicitante.

1.1.7. Ambiente de Apoio

Na área da CME devem ser contemplados ambientes de apoio, a exemplo de:

Vestiários com sanitários e chuveiros para funcionários e barreiras para área limpa.

Vestiários com sanitários para funcionários e barreiras para área suja. Esses locais

podem ser comuns às áreas suja e limpa, desde que necessariamente se constituam

em uma barreira à área limpa e o acesso à área suja não seja feito por meio de

nenhum ambiente da área limpa.

Depósito de material de limpeza, que pode ser comum às áreas limpa e suja, desde

que seu acesso seja externo.

Sala administrativa.

Área para manutenção dos equipamentos de esterilização física, exceto quando for

de barreira.

Pia para higienização das mãos deve ser de fácil acesso aos trabalhadores.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 2. Artigos de Serviços de Saúde

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2. ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Compreendem instrumentos, objetos de natureza diversa, utensílios (talheres,

louças, comadres, papagaios e outros), acessórios de equipamentos, instrumental

odontológico e outros.

2.1. Classificação de Spaulding Artigos críticos: São aqueles utilizados em procedimentos invasivos, com penetração

em ele e mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular, incluindo tudo

que esteja conectado a estes artigos. O processo recomendado para a utilização destes

é a esterilização. Ex: Instrumental cirúrgico.

Artigos semi-críticos: São aqueles que entram em contato com a pele não íntegra e

mucosa íntegras. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização. Ex: material de

assistência ventilatória.

Artigos não críticos: São artigos que contatam a pele íntegra, e que não entram em

contato direto com o paciente. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio

nível. Ex: Termômetros, e material para higiene do paciente.

2.2. Artigos de uso único

Produtos que perdem suas características originais após o uso ou, em função de outros

riscos reais ou potenciais à saúde do usuário não devem ser utilizados.

2.3. Reuso

Uso repetido ou múltiplos usos de artigos incluindo os permanentes e os de uso único,

com reprocessamento entre ou usos.

2.4. Reutilização de artigos de uso único

Segundo o artigo 8º da RDC nº. 156, de 11 de agosto de 2006, do Ministério da Saúde,

o reprocessamento é proibido em todo o território nacional, por qualquer tipo de empresa

ou serviço de saúde, público ou privado quando:

Apresentarem na rotulagem o dizer “proibido reprocessar”.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 2. Artigos de Serviços de Saúde

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Os itens constarem na Resolução Específica (RE nº. 2605) da Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA) que contém a relação dos artigos proibidos de

ser reprocessados.

No artigo 4º, para efeito da Resolução nº. 156, os artigos são enquadrados nos

seguintes grupos:

Artigos com processamento proibido

Artigos passíveis de reprocessamento

2.4.1. Recomendações para o processamento de artigos de uso único

A segurança na utilização de artigos reprocessados é de inteira responsabilidade dos

serviços de saúde. As empresas e instituições de saúde que realizam o

reprocessamento devem adotar protocolos que atendam às diretrizes indicadas em

Resolução Específica da ANVISA e que devem ser elaborados, validados e

implementados segundo as etapas propostas pela Resolução nº 2.606/06.

A SOBEEC (Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação

Anestésica e Centro de Material e Esterilização) recomenda que a instituição que optar

pelo reprocessamento constitua uma comissão formada pelo diretor administrativo,

gerente de enfermagem, membro da CCIH, enfermeiro da CME, enfermeiro do centro

cirúrgico, coordenador médicos das unidades usuárias, coordenador médico do centro

cirúrgico e advogado.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 3. Limpeza de Artigos de Serviços de Saúde

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3. LIMPEZA DE ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de

asseio os artigos, reduzindo a carga microbiana. Constitui o núcleo de todas as ações

referentes aos cuidados de higiene com os artigos de serviços de saúde. A limpeza deve

preceder os procedimentos de desinfecção ou esterilização. Estudos têm demonstrado

que a limpeza manual ou mecânica, com água e detergente ou produtos enzimáticos

reduz aproximadamente 105 do bioburden (carga microbiológica).

O excesso de matéria orgânica aumenta a duração do processo de esterilização,

como altera os parâmetros para este processo.

3.1. Detergente

Correspondem a todos os produtos que contém, em sua formulação, um tensoativo para

reduzir a tensão superficial da água e promover umectação, dispersão e suspensão das

partículas.

3.2. Desincrustantes

Detergentes usados para a limpeza de artigos em imersão.

Desincrustantes são detergentes, porém nem todo detergente tem ação desincrustante.

3.3. Detergente Enzimático

Solução composta pela associação de um detergente não-iônico com uma ou mais

enzimas (proteases, amilases, carboidrases e lípases). Recomendado para artigos de

serviços de saúde de difícil limpeza. Tem por finalidade digerir e dissolver sangue, restos

mucosos fezes, vômitos e outras excreções e secreções orgânicas. Elimina a

necessidade de escovação demorada e exaustiva e pode ser usado em qualquer tipo de

material. Possuem pH neutro, não corroem, são atóxicos e permitem o enxágüe simples.

Resíduos de detergentes enzimáticos em artigos podem provocar eventos adversos ao

paciente, caso não sejam adequadamente removidos com água corrente abundante.

Verificar o modo de diluição, o prazo de validade após a diluição, o tempo de imersão e

o método de utilização, de acordo com as recomendações do fabricante. Usar apenas

produtos com registro no Ministério da Saúde. Utilizar obrigatoriamente os detergentes

enzimáticos para a limpeza de instrumentos endoscópicos.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 3. Limpeza de Artigos de Serviços de Saúde

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3.4. Métodos de Limpeza de Artigos

Deve ser feita de maneira rigorosa e meticulosa. Selecionar o método que seja mais

adequado ao artigo utilizado, de acordo com as demandas e com os recursos

disponíveis no serviço.

3.4.1. Limpeza Manual

Procedimento realizado por meio de fricção com escovas e do uso de soluções de

limpeza.

Restringir para artigos delicados que não possam ser processados por métodos

mecânicos.

Empregar preferencialmente soluções enzimáticas.

Utilizar os EPI adequados, ou seja, luva grossa de borracha antiderrapante de cano

longo, avental impermeável, bota ou sapato impermeável fechado, gorro, protetor

facial ou máscara e óculos protetor.

Utilizar escovas não-abrasivas.

Substituir as escovas com más condições de uso.

Friccionar os artigos sob a água para evitar aerossóis de microrganismos.

Enxaguar as peças abundantemente com água até remover a sujidade e o

detergente.

3.4.2. Limpeza Mecânica

Feita por meio de equipamentos – lavadora ultra-sônica, lavadora esterilizadora,

lavadora termodesinfetadora, lavadora de descarga ou lavadora pasteurizadora.

Minimiza o risco de acidentes com material biológico, pela redução do manuseio dos

artigos contaminados.

Observar bem a escolha de equipamentos para limpeza que utilizam temperatura, já

que existe a necessidade de um jato de água fria previamente para não coagular as

proteínas.

Manter a água em torno de 43°C para prevenir a coagulação de proteínas e ajudar a

remover sujidades.

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Prever tratamento específico da água antes da instalação da máquina de limpeza

mecânica. A dureza da água é um fator que pode alterar a vida útil dos

equipamentos.

Promover enxágüe abundante para remover a sujidade e os resíduos de detergente.

Realizar o último enxágüe com água deionizada.

3.5. Controle Visual da Limpeza

Após o processo de limpeza, os artigos devem ser inspecionados para a verificação da

limpeza e de seu funcionamento. Pode ser feito a olho nu ou com o uso de lupa,

implicando principalmente a observação, no caso de instrumental cirúrgico, das

cremalheiras, das ranhuras, das articulações, dos encaixes de dentes e do sistema de

trava das peças.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 4. Desinfecção de Artigos de Serviços de Saúde

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4. DESINFECÇÃO DE ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Processo de destruição de agentes infecciosos em forma vegetativa, patogênicos ou

não, existentes em superfícies inertes, não garantindo a eliminação total dos esporos

bacterianos. A desinfecção pode ocorrer com a aplicação de meios físicos ou químicos

O processo de desinfecção pode ser afetado por diferentes fatores:

a) Limpeza prévia do material

b) Período de exposição ao germicida

c) Concentração da solução germicida

d) Temperatura e o pH do processo de desinfecção.

4.1. Tipos de Desinfecção

CLASSIFICAÇÃO MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDAS Desinfecção de baixo nível: são destruídas as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns fungos. O Mycobacterium tuberculosis, os esporos bacterianos, o vírus da Hepatite B (HBV) e os vírus lentos sobrevivem.

Álcool etílico e isopropílico Hipoclorito de Sódio (100ppm) Fenólicos Iodóforos* Quaternário de amônia Obs.: tempo de exposição ≤a 10 minutos

Desinfecção de médio (intermediário) nível: além dos microrganismos destruídos na desinfecção de baixo nível são atingidos o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV) e a maioria dos fungos. Ainda sobrevivem os Mycobacterium intracelular e, os esporos bacterianos e os vírus lentos.

Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%) Fenólicos Iodóforos* Hipoclorito de Sódio (100ppm) Pasteurização 75o C a 30 minutos Obs.: depende da concentração e/ou período de exposição.

Desinfecção de alto nível: destrói todas as bactérias vegetativas – mas não necessariamente todos os esporos bacterianos, as micobactérias, os fungos e os vírus.

Glutaraldeído Solução de Peróxido de Hidrogênio Hipoclorito de sódio (1000 ppm) Cloro e compostos clorados Ácido peracético Orthophtalaldeído Água super oxidada Pasteurização 75o C a 30 minutos Obs.: Tempo de exposição >ou= 20 minutos.

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Não definido: o nível de desinfecção dependerá das variáveis como temperatura e/ou concentração de germicidas adicionados no processo.

Calor seco (passar a ferro) Fervura em água em 30 min Pastilhas de formaldeído Termodesinfectadoras Sanitizadoras

* Disponível apenas como anti-séptico. Não disponível como desinfetante no mercado nacional.

4.2. Ordem Decrescente de Resistência dos Microrganismos aos Métodos e Soluções Germicidas

Fonte: Favero, Bond. In: Block, 1991.

Observação: existem variações nesta suscetibilidade dependendo do germicida.

PRIONS Creutzefeld Jacob Disease

ESPOROS BACTERIANOS Bacillus subtilis

Clostridium difficile MICOBACTÉRIAS

Mycobactrium tuberculosis VÍRUS NÃO LIPÍDICOS

Poliovírus Coxsackievirus

Rhinovírus FUNGOS

Candida spp Trichophyton spp Cryptococcus spp

BACTERIAS VEGETATIVAS Pseudomonas aeruginosa Salmonella choleraesuis Staphylococcus aureus

VÍRUS LIPÍDICOS Vírus Herpes simplex (HSV) Vírus da Hepatite B (HBV) Vírus da Hepatite A (HAV)

Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) Cytomegalovírus

Resistência Microbiana

A L T A

B A I X A

Nível de Desinfecção

I N T E R M E D I Á R I O

B A I X O

A L T O

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4.3. Métodos de Desinfecção

4.3.1. Desinfecção por Processo Físico

Compreende a exposição a agentes físicos, tais como temperatura, pressão e radiação

eletromagnética, calor úmido ou, preferencialmente, sistemas mecânicos automáticos,

com pressão de jatos d água a uma temperatura entre 60°C e 90°C, durante 15 minutos,

a exemplo das máquinas lavadoras sanitizadoras, esterilizadoras de alta pressão,

termodesinfetadoras e similares.

4.3.2. Desinfecção por Processo Químico

Envolve a utilização de produtos químicos cujos princípios ativos devem ser

preconizados pelas legislações vigentes do Ministério da Saúde.

4.3.2.1. Características ideais de um desinfetante químico

Aprovado e registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Amplo espectro de ação.

Ação rápida.

Não ser afetado por fatores ambientais (ex: luz solar).

Deve ser ativo na presença de matéria orgânica.

Compatíveis com sabões, detergentes e outros produtos químicos.

Atóxico (não deve ser irritante para o usuário).

Compatível com diversos tipos de materiais (não corrosivo em superfícies metálicas e

não deve causar deterioração de borrachas, plásticos e outros materiais).

Efeito residual na superfície desinfetada.

Fácil manuseio.

Inodoro ou de odor agradável.

Econômico.

Solúvel em água.

Estável em concentração original ou diluído.

Inócuo ao meio ambiente.

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4.3.2.2. Fatores que interferem na ação do desinfetante químico

Natureza do item a ser selecionado: quanto mais lisa, não porosa e simples for à

superfície do artigo, mais favorável será ao processo de desinfecção.

Resistência intrínseca dos microrganismos: os microrganismos apresentam diferentes

níveis de suscetibilidade aos germicidas químicos, em função de suas características

próprias. Esta diferença determina a classificação dos germicidas em níveis, quanto

ao seu espectro de ação.

Quantidade de matéria orgânica presente: sangue, fezes, muco, dentre outros

materiais orgânicos presentes no artigo podem ocasionar a ineficácia do germicida

devido a:

1. A matéria orgânica pode conter população microbiana em grande quantidade e

variedade.

2. Pode impedir a penetração do germicida ou funcionar como barreira mecânica

para o contato com o microrganismo, dificultando sua ação letal.

3. Pode ocasionar inativação direta e rápida em certos germicidas, afetando o

resultado da desinfecção.

Tipo e concentração do germicida: a escolha do germicida deve basear-se no nível de

desinfecção necessário para uso seguro do artigo, considerando-se o espectro de

ação do desinfetante, na concentração recomendada pelo fabricante.

Tempo e temperatura de exposição: para cada germicida existe uma relação

determinada entre os parâmetros de tempo de contato e temperatura para atingir um

ótimo desempenho, no que se refere ao espectro de ação. Em relação à temperatura,

é necessário ressaltar que os limites determinados pelo fabricante devem ser

observados, pois, acima de certa temperatura, alguns germicidas passam a se

degradar, perdendo a ação desinfetante.

Outros fatores: pH da solução, dureza da água usada para diluição e a presença de

outros produtos químicos (exemplo: resíduos de detergente) podem afetar

negativamente a ação do desinfetante.

Número de microrganismos presentes no artigo.

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4.4. Produtos Químicos

4.4.1. GLUTARALDEÍDO

Dialdeído saturado (1,5 pentanedial) com potente ação biocida. Desinfetante de alto

nível na concentração de 2%. Em solução aquosa apresenta pH ácido e não é

esporicida. As formulações que são utilizadas possuem outros componentes para que a

solução possa ter esta ação. As formulações encontradas são:

I.Solução ativada: quando é ativada por agentes alcalinizantes (exemplo:

bicarbonato de sódio), que torna a solução alcalina (pH 7,5 a 8,5), tendo então

atividade esporicida. Uma vez ativada, a solução mantém sua atividade

biocida por 14 a 28 dias. Existe no mercado formulação de glutaraldeído já

ativada e com pH ácìdo, não sendo necessária a adição de agentes

alcalinizantes.

II.Solução potencializada: utiliza uma mistura isomérica de álcoois lineares e

possui um pH de 3,4 a 3,5. Essa mistura à temperatura ambiente possui

função esporicida baixa e se aquecida a 60oC torna-se esporicida em

exposição por 6 horas.

Mecanismo de ação

Ação biocida, bactericida, virucida, fungicida e esporicida. Sua atividade é devida a

alquilação de grupos sulfidrila, hidroxila, carboxila e amino dos microrganismos alterando

seu DNA, RNA e síntese protéica. A atividade esporicida se deve ao fato do

glutaraldeído reagir com a superfície do esporo, provocando o endurecimento das

camadas externas e morte do esporo.

Sua ação contra Mycobacteria requer no mínimo 20 minutos em concentração não

inferior a 2%, sendo indicada para desinfecção de endoscópios.

Concentração superior a 2% é ativo contra bactérias vegetativas em menos de 2

minutos, contra M. tuberculosis, fungos e vírus em 10 minutos e contra esporos de

Bacillus spp e Clostridium spp em 3 horas.

Concentração para compra: no mínimo 2% e registro no Ministério da Saúde.

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Controle da utilização:

Para instrumentos reutilizados e inseridos diretamente na árvore

traqueobrônquica utilizar solução recém ativada ou utilizar fita teste para

medir a concentração de glutaraldeído.

A concentração mínima efetiva (MEC) de glutaraldeído para ação

micobactericida é de 1,5%. Recomenda-se usar apenas concentração a

2% ou superior.

Para materiais que não entram em contato com árvore respiratória, utilizar a solução

básica por 14 dias e a ácida por 28 dias. Utilizar a fita teste para medir a concentração

e aceitar quando estiver a 1,5 % ou mais.

Quando há possibilidade de secagem efetiva dos materiais a freqüência dos testes

pode ser determinada pela monitorização inicial diária. Repetir inicialmente os testes

com a fita a fim de verificar o número de vezes em que determinado procedimento é

realizado da mesma forma resultando em concentração semelhante. Desta forma a

freqüência de testes através da fita pode ser estabelecida de acordo com cada

instituição e tipos de procedimentos.

Indicações

Não é corrosivo para metais e não danifica instrumentos como lentes, borracha ou

plástico.

Utilizado para desinfecção de alguns equipamentos como endoscópios, conexões de

respiradores, equipamentos termossensíveis de terapia respiratória com fibra ótica,

dialisadores, tubos de espirometria e instrumentais odontológicos de coorte e fricção

(brocas); para este fim o tempo de exposição é de 30 minutos.

Cuidados no uso

Realizar limpeza minuciosa e rigorosa; utilizar detergente enzimático em artigos de

difícil limpeza para auxiliar na efetiva remoção de sujidades.

Imergir totalmente o material na solução, evitar a formação de bolhas, o recipiente no

qual os materiais serão imersos deve estar limpo e deve ser preferencialmente de

vidro ou plástico.

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As soluções neutras ou alcalinas possuem ação microbicida e anti-corrosiva

superiores quando comparadas as ácidas.

Tampar o recipiente, e marcar o início da desinfecção.

Manusear os materiais com uso de luvas ou pinças e máscara.

Enxaguar por três vezes os materiais após a desinfecção, utilizando água ou soro

fisiológico estéreis, tomando cuidado para se evitar contaminação dos materiais.

O material deve ser utilizado imediatamente.

Uma das desvantagens do glutaraldeído é a propriedade de fixar matéria orgânica

nos artigos, causando incrustações e até obstrução de lumens. Isto ocorre quando os

procedimentos de limpeza do artigo não são realizados adequadamente, antes da

imersão no desinfetante.

Vantagens

Não é corrosivo a metal.

Não altera materiais como plástico e borracha, nem dissolve o cimento de lentes de

instrumentos ópticos e não interfere na condutividade elétrica de equipamentos de

anestesia gasosa, pois possui em sua formulação antioxidante.

Não descolora materiais.

Mantém sua estabilidade a temperatura ambiente.

Toxicidade

Tóxico para a pele e mucosa, podendo causar irritação nos olhos, garganta e nariz,

epistaxe, rinites e sintomas pulmonares (asma).

É necessária ventilação adequada – prever sistema de exaustão com 7 a 15 trocas de

ar por hora, fechamento hermético dos recipientes onde se realizam as desinfecções

e o uso de equipamentos de proteção individual.

Após a desinfecção o enxágue cuidadoso deve ser rigoroso para evitar reações nos

pacientes decorrentes de resíduos de glutaraldeído.

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4.4.2. ORTOFTALDEÍDO

Desinfetante de alto nível composta por 0,55% de 1,2-benzenedicarboxaldehyde (OPA).

Possui aspecto límpido, cor azul-clara e pH de 7,5.

Mecanismo de ação

Age pela interação com aminoácidos, proteínas e microrganismos.

Estudos têm demonstrado excelente atividade bactericida in vitro em baixas

concentrações e esporicida em pH 8 e excelente ação micobactericida, sendo

inclusive superior ao glutaraldeído. Apresenta boa atividade, inclusive contra cepas de

micobactérias resistentes ao glutaraldeído.

Possui baixa ação contra esporos.

O tempo para a desinfecção de alto nível, em temperatura de 20°C, varia de 5 a 12

minutos, em decorrência da metodologia adotada para os testes de validação em

diferentes países (5 minutos na Europa, Ásia e América Latina e 10 minutos no

Canadá e Austrália). Liberado pelo Food and Drug Administration (FDA) como

desinfetante de alto nível aprovado para 12 minutos a 20°C, com reuso máximo da

solução por 14 dias. Em processadores automatizados de endoscópio, onde a

temperatura do OPA permanece estável em 25ºC, o tempo de contato é de 5 minutos.

Indicações

Utilizado para desinfecção de alto nível de artigos como os endoscópios.

A solução não se polimeriza não decaindo a concentração apenas com o tempo.

Em máquinas reprocessadoras de endoscópios o OPA manteve-se efetivo após 82

ciclos de uso.

Vantagens

Menos corrosivo que o glutaraldeído.

Odor menos forte do que o do glutaraldeído.

Quando a matéria orgânica está presente a ação é pouco afetada.

Possui excelente estabilidade em uma ampla faixa de pH (pH 3 a 9).

Não requer monitorização ambiental.

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Odor quase imperceptível.

Não requer ativação.

Uma desvantagem do OPA é a formação de manchas acinzentadas por reação a

proteínas, inclusive nas mãos dos profissionais quando não utilizam luvas.

Toxicidade

Não irritante para os olhos e vias aéreas superiores.

Sua manipulação requer cuidado rigoroso e o uso de equipamentos de proteção

individual (luvas, óculos de proteção e avental resistente a fluidos), devido sua

capacidade de manchar os tecidos orgânicos.

4.4.3. ÁCIDO PERACÉTICO

Definição

Consistem em uma mistura equilibrada entre água, ácido acético, oxigênio e peróxido

de hidrogênio.

Espectro de ação: Desinfetante de alto nível, incluindo Mycobacteria e esporos

bacterianos. Sua principal vantagem na decomposição é a inexistência de resíduos.

A concentração mínima das soluções de ácido peracético, disponíveis no mercado

nacional, é de 2% (2.000 ppm).

Possui rápida ação contra todas as formas de microrganismos, incluindo esporos

bacterianos, a baixas concentrações (0,001 a 0,2%)

Mantém atividade mesmo na presença de matéria orgânica e possui atividade

esporicida a baixas temperaturas.

Sua estabilidade é menor nas soluções diluídas (solução a 1% perde metade de seu

poder biocida em 6 dias); soluções concentradas podem manter sua atividade durante

meses (40% de ácido peracético perde 1 a 2% de sua atividade por mês).

Dependendo do pH da solução o ácido peracético pode ser corrosivo para materiais

de cobre, bronze, ferro galvanizado e aço.

Utilizado em hemodiálise. Indicada para uso em endoscópios, instrumentos de

diagnóstico e outros materiais submersíveis.

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Pode corroer cobre, latão, bronze, ferro galvanizado e aço. Estes efeitos, no entanto,

podem ser reduzidos por aditivos e modificações de pH.

Mecanismo de ação

O ácido peracético age de forma semelhante aos agentes oxidantes como o peróxido

de hidrogênio e outros agentes oxidantes. Desnatura e oxida proteínas, enzimas e

outros metabólitos e realiza a ruptura da permeabilidade da membrana celular.

Indicações

O ácido peracético é comercializado puro ou em associação com outras soluções.

Em associação com o peróxido de hidrogênio tem sido utilizado para a desinfecção

de hemodializadores em centros de hemodiálise, em substituição às soluções de

formaldeído.

Este método pode ser aplicado a artigos termossensíveis, devendo ser totalmente

estar submersos na solução. Tempo de processamento: 30 minutos.

Toxicidade

Baixa toxidade.

4.4.4. ÁLCOOL

Definição

Desinfetante de nível intermediário para alguns artigos semi-críticos, não críticos e

superfícies, com tempo de exposição através de imersão por 10 minutos para artigos

e 3 aplicações intercaladas pela secagem espontânea para superfícies.

Concentração ótima: 60 a 90% por volume; atividade decrescente abaixo de 50%.

Apresentação: álcool etílico (70% - p/v) e álcool isopropílico (92% - p/v).

O álcool etílico possui propriedades germicidas superiores e menor toxidade ao

isopropílico.

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Evaporam rapidamente, dificultando exposição prolongada, a não ser por imersão do

artigo a ser desinfetado. Deve ser estocado em recipiente fechado, local ventilado e

fresco, distante de fontes de faísca.

Mecanismo de ação

Ruptura da membrana celular e rápida desnaturação das proteínas na presença de

água com subsequente interferência no metabolismo e divisão celular.

Espectro de ação: rápido e amplo espectro de ação contra bactérias vegetativas,

bacilo da tuberculose, vírus e fungos, mas não é esporicida.

Superfícies e artigos devem ser adequadamente limpos antes do uso do álcool.

Indicações

Indicado para superfícies externas dos materiais e superfícies de vidro.

Não recomendado para cimento de lentes.

Ressecam plásticos e borrachas quando utilizado repetidas vezes ao longo do

tempo.

Opacifica material acrílico.

Como evapora rapidamente sua ação é limitada, havendo necessidade de

submersão de objetos para uma ação mais ampla.

Artigos e superfícies que podem ser submetidos à desinfecção com álcool: ampolas

e vidros, termômetro retal e oral, estetoscópios, otoscópios (cabos e cones),

laringoscópios (cabos e lâminas sem lâmpadas), superfícies externas de

equipamentos metálicos, partes metálicas das incubadoras, mascas, camas,

colchões, mesas de exames, pratos de balança, dentre outros.

Vantagens

Menor custo.

Toxicidade

Baixa toxidade. Pode causar ressecamento da pele, sendo recomendado o uso de

luvas para o seu manuseio.

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4.4.5. FOLMALDEÍDO

Definição

Desinfetante de alto nível em 30 minutos de contato.

Apresentação: forma líquida ou sólida, mais conhecida como formalina.

A formalina sólida é vaporizada através do calor na presença de umidade. Embora

seja uma opção econômica foi pouco estudada. Tem limitações na mensuração de

parâmetros aceitáveis da liberação dos vapores em determinadas dimensões de

materiais. Além disto, os resíduos são tóxicos e podem danificar alguns instrumentos.

O uso de todas as formulações líquidas e sólidas de formaldeído foi proibido pela

ANVISA na forma isolada, para desinfecção de artigos, superfícies e equipamentos

em serviços submetidos ao controle e fiscalização sanitária. A utilização de produtos

que contenham paraformaldeído ou formaldeído ficou somente permitida quando

associado a um equipamento de esterilização registrado na ANVISA e obedecendo às

condições de uso exigidas pelo fabricante do equipamento, garantindo a segurança e

eficácia do processo de esterilização.

Mecanismo de ação

Bactericida, fungicida, virucida, tuberculicida.

Indicações

Tratamento de hemodializadores. O uso no processamento de capilares e linhas de

hemodiálise pode deixar resíduos, caso não sejam intensamente enxaguados,

causando reações no paciente dialisado.

Vantagens

Toxicidade

Alta toxidade para os profissionais. Carcinogênico. Aplicação limitada em hospitais.

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4.4.6. PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

Definição

Desinfetante de alto nível, principalmente para materiais termossensíveis.

Mecanismo de ação

Agente oxidante. Desnaturação protéica, ruptura da permeabilidade da membrana

celular.

Apresenta ação germicida a partir da concentração de 3 a 6%. Atua pela produção de

radicais livres que conseguem atacar as membranas lipídicas, DNA e outros

componentes essenciais da célula microbiana. Solução estabilizada a 7% apresenta

ação esporicida por 6 horas de exposição, micobactericida em 20 minutos, fungicida e

virucida em 5 minutos e bactericida em 3 minutos.

A inativação de microrganismos é dependente de tempo, temperatura e concentração.

Alguns germicidas à base de peróxido de hidrogênio são associados ao ácido

peracético que lhe propicia efeito sinérgico para ação esporicida. São utilizadas para

processamento de capilares e linhas de hemodiálise.

Indicações

Tratamento de hemodializadores.

Corrosão para zinco, cobre e latão.

Toxicidade

Não há evidências de toxidade do peróxido de hidrogênio aos profissionais e seu

odor é bem aceito. A literatura relata caso de lesão de córnea devido ao uso de

tonômetro desinfetado com peróxido de hidrogênio e enxague inadequado.

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4.4.7. SOLUÇÕES CLORADAS Definição

Dentre os produtos clorados, os hipocloritos são os mais utilizados para desinfecção e

podem ser líquidos (hipoclorito de sódio) ou sólidos (hipoclorito de cálcio). Classificado

como de nível intermediário, porém há controvérsias, pois preenche todos os requisitos

para ser considerado como de alto nível. Possui ação bactericida, virucida, fungicida,

micobactericida e esporicida para algumas espécies.

Mecanismo de Ação

Ocorre pela combinação de diversos fatores: oxidação de enzimas e aminoácidos,

perda de componentes celulares, inibição da síntese protéica, quebra do DNA e

diminuição na absorção de nutrientes e de oxigênio.

Indicação

Desinfecção de artigos de Lactário e cozinha: 200 ppm por 60 minutos.

Artigos de Inaloterapia e Oxigenoterapia: 1.000 ppm (0,1%) por 30 minutos ou 200

ppm por 60 minutos.

Considerações

Corrosivo para metais, incompatibilidade com detergentes, ação descolorante, odor

forte e irritante para mucosas do trato respiratório.

Baixo custo, ação rápida, baixa toxidade e ampla atividade microbicida.

Após diluição, o hipoclorito deve ser utilizado em, no máximo, 24 horas.

Dependendo do uso, pode ser necessária troca mais freqüente em decorrência de

saturação por matéria orgânica ou hiperdiluição.

Não se recomenda uso de água sanitária de uso doméstico para instituições de

saúde.

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4.4.8. Comparativo entre germicidas para desinfecção de alto nível. Característica Peróxido de

Hidrogênio a 7,5%

(não disponível no Brasil)

Ácido peracético

0,2% a 0,35%

Glutaraldeído a 2%

Peróxido de Hidrogênio a

7,35%+ Ácido

Peracético a 0,23

Orthophtalaldeído a 0,55%

DESINFETANTE DE ALTO NÍVEL

30´/20°C 10´ 20’ a 90’/20°C a 25°C

15’/20°C 12’/20ºC; 5’/25°C auto.

ATIVAÇÃO NÃO NÃO SIM (ALCALINA) NÃO NÃO

TEMPO DE USO 21 DIAS USO ÚNICO 14-30 DIAS 14 DIAS 14 DIAS

ESTABILIDADE 2 ANOS 6 MESES 2 ANOS 2 ANOS 2 ANOS

RESTRIÇÃO PARA DESCARTE

NENHUMA NENHUMA LEGISLAÇÃO LOCAL

NENHUMA LEGISLAÇÃO LOCAL

SEGURANÇA GRAVE LESÃO OCULAR

GRAVE LESÃO OCULAR E PELE

RESPIRATÓRIA LESÃO OCULAR

LESÃO OCULAR E MANCHA NA PELE

PROCESSO MANUAL/ AUTOMATIZADO

MANUAL/

AUTOMATIZADO

MANUAL/

AUTOMATIZADO

MANUAL MANUAL/

AUTOMATIZADO

COMPATIBILIDADE BOA BOA (PODER CORROSIVO)

EXCELENTE SEM DADOS EXCELENTE

Fonte: FAVERO, 2008.

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5. ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, inclusive

esporulados, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes

microbiológicos padrão.

Reesterilização e Reprocessamento

Reesterilização é o processo de esterilização de artigos já esterilizados mas não

utilizados, em razão de vencimento do prazo de validade da esterilização ou de outra

situação na qual não haja segurança quanto ao processo ou resultados da esterilização

inicial. Reprocessamento é o processo a ser aplicado a artigos de serviços de saúde

para permitir sua reutilização, incluindo limpeza, preparo, embalagem, rotulagem,

desinfecção ou esterilização e controle da qualidade.

5.1. EMBALAGENS

As embalagens utilizadas em artigos de serviços de saúde tem como objetivo manter a

segurança do processo de esterilização do produto no que se refere ao uso pretendido,

à vida útil e as condições de transporte e armazenagem.

O “sistema de embalagem” refere-se à combinação do sistema de barreira estéril e a

embalagem de proteção:

Sistema de barreira estéril: embalagem primária que previne a entrada de

microrganismos e permite apresentação asséptica do produto, ex: folha de

empacotamento interno.

Embalagem de proteção: embalagem secundária cuja finalidade é proteger e

prevenir danos para o sistema estéril e seu conteúdo, ex: embalagem externa de

perfuro cortante, mais de um produto na mesma embalagem etc.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) por meio da Comissão de Estudos

de Normatização de Embalagens Odontomédico-hospitalares possui três normas

técnicas sobre o assunto: NBR 12.946 sobre o papel grau cirúrgico, NBR 13.386 sobre

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embalagens para esterilização a óxido de etileno e a NBR 13.387 para esterilização em

radiação ionizante.

A escolha da embalagem deve estar associada à compatibilidade com os métodos de

esterilização e de acordo com as instruções do fabricante quanto a indicação, modo de

utilização e restrições ou contra indicações, bem como prazo de validade do produto.

Na seleção de embalagem faz-se necessário considerar a presença das seguintes

características.

Ser permeável ao agente esterilizante permitindo o contato deste com o conteúdo

do pacote.

Prover adequada barreira à partículas de sujeira que possam carrear

microrganismos.

Facilitar a eliminação do ar e ao término do processo, permitir a eliminação do

agente esterilizante contido no material.

Apresentar massa e gramatura regular, não contendo "claros". Quando a

estrutura do papel é examinada à transparência, ela não deve apresentar partes

mais ou menos transparentes que outras.

Ser dupla, para melhor proteção do conteúdo do pacote.

Ser resistente à umidade. A resistência à penetração de água é sempre relativa,

mas idealmente um papel deve impedir que pequenas gotículas ou umidade

possam entrar no pacote.

Ser flexível, facilitando seu manuseio.

Não furar ou rasgar facilmente quando submetido ao manuseio necessário no

processamento do material incluindo o seu acondicionamento, esterilização,

estocagem e distribuição até o momento do uso.

Não oferecer dificuldade à abertura do pacote, permitindo observar os princípios

da técnica asséptica.

Não conter ingredientes tóxicos e não eliminar resíduos durante o processo de

esterilização.

Permitir selagem íntegra, sem orifícios, áreas queimadas ou enrugadas.

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Ser economicamente viável e fácil de encontrar no mercado.

5.1.2 Tipos de embalagens

5.1.2.1. Tecido de algodão duplo: tecido composto de fibra de algodão cru 100% ou

mistura de poliéster, além de ter o custo-benefício favorável é compatível com a

esterilização a vapor sob pressão que é o processo de esterilização mais utilizado,

porém não confere boa barreira microbiana, pois é difícil realizar um controle efetivo do

número de reprocessamentos ocorrendo diminuição da gramatura do tecido. Em estudo,

os campos duplos de algodão padronizados pela ABNT demonstraram uma barreira

microbiana eficaz até 65 reprocessamentos.

Desvantagens

1. Dificuldade de monitoração do desgaste do tecido após repetidos

reprocessamentos.

2. A falta de regulamentação de manufatura que faz com que o consumidor não

obtenha orientação nem garantias por parte do fabricante na escolha do tecido e

a respeito do número possível de reprocessamentos.

3. Baixo grau de eficiência como barreira microbiana - 34% - OBFE (Bacterial

Filtration Efficiency).

4. Não resiste à umidade.

5. Sobrecarga de trabalho, principalmente para os setores de costura e lavanderia.

Recomendações:

Lavar antes do primeiro uso para retirar o amido.

Lavar o tecido de algodão após cada uso para remover sujidades e restaurar o

teor de umidade das fibras.

Realizar testes freqüentes de permeabilidade com água, controlando o tempo de

vazamento, comparado com tecidos novos.

Estabelecer o número máximo de reprocessamentos em cada estabelecimento de

assistência a saúde.

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Manter a temperatura ambiente entre 18º e 22ºC e umidade relativa de 35 a 70%.

5.1.2.2. Papéis

Amplamente utilizados, boa compatibilidade aos métodos de esterilização por vapor sob

pressão gás de oxido de etileno, gás de formaldeído e radiação ionizante. Possui

legislação específica (NBR/ABNT 14990:2004), e está disponível para uso como papel

grau cirúrgico, papel grau cirúrgico com plástico e papel grau cirúrgico encrespado

conhecido como papel crepado (ABNT, 2003).

5.1.2.2.1. Papel grau cirúrgico: papel permeável ao vapor e ao óxido de etileno e

impermeável aos microorganismos. Resiste a temperatura de 160ºC e é isento de

alvejante ou corante. Sua maior vantagem é facilitar a visualização do produto quando

combinado ao filme plástico (polipropileno). Possui as seguintes características segundo

a NBR 12.946:

5.1.2.2.2. Papel crepado: Composto de celulose tratada (polpa virgem de madeira

branqueada) resistente a temperaturas até de 150ºC por 1 hora (AORN,2007; APECIH,

2003; GRAZIANO, 2003; SOBECC, 2009). Possui várias medidas e gramaturas,

podendo ter na sua composição o látex, o que lhe confere maior resistência. Apresenta

as seguintes características:

Existem três tipos: 1ª geração com estrutura de 100% de celulose, 2ª geração

com estrutura de 100% de celulose e fibras sintéticas e 3ª geração com estrutura

mista de celulose de fibras sintéticas.

Eficiente à esterilização pelo vapor e óxido de etileno;

Alta eficiência de filtragem - OBFE (Bacterial Filtration Efficiency) de 99,9%,

constituindo-se numa barreira efetiva contra a penetração de microorganismos;

Flexível, com facilidade para amoldar-se sendo um produto indicado para a

confecção de campos e aventais cirúrgicos, porém de baixa resistência mecânica.

Resistência à ruptura, não permite termoselagem, é biodegradável e atóxico e

não irritante.

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5.1.2.2.3. Papel kraft: Embalagem em desuso devido a presença freqüente de amido,

corantes e produtos tóxicos (alquiltiofeno). Não resiste à umidade, apresenta

irregularidades em sua gramatura (presença de microfuros), é frágil quanto a resistência

física e vulnerável como barreira microbiana após a esterilização.

5.1.2.3. Filmes transparentes: Compostos de polietileno, polipropileno biorientado,

poliester, nylon ou poliamida, PVC, poliestireno, acetato de celulose, surlyn, EVA, PETG.

Esses filmes, compondo-se numa embalagem com o papel grau cirúrgico, apresentam a

vantagem de permitir a visualização do conteúdo. Filmes de 0,075 mm são laminados

com papel grau cirúrgico para embalagens de artigos destinados à esterilização pelo

vapor ou em embalagens que apresentam uma parede de papel e outra de plástico, que

podem ser utilizados tanto para vapor e ETO.

5.1.2.4. Tyvek: compatível com a maioria dos processos de esterilização com vapor,

óxido de etileno, peróxido de hidrogênio, radiação gama. Constituído de poliolefinas

expandidas e Mylar (polietileno em tripla camada), suporta altas temperaturas (120º a

126º). Incompatível com calor seco. Apresenta alta resistência à tração e perfuração e

excelente barreira microbiana. Uso limitado devido ao alto custo. Indicado para artigos

de geometria disforme, alto peso e pontiagudos (APECIH, 2003; GRAZIANO, 2003;

SOBECC, 2009).

5.1.2.5. Lâminas de alumínio e caixas metálicas: Embalagens que só podem ser

utilizadas na esterilização por calor seco em estufas, sendo um processo de

esterilização em desuso nos estabelecimentos de assistência a saúde. As caixas

metálicas podem ser utilizadas na esterilização por vapor se as mesmas forem

perfuradas e recobertas com embalagens permeáveis ao vapor.

5.1.2.6. Sistema de "container" rígido: caixas de metal termo-resistente, plástico

termo-resistente ou recipientes de alumínio anodizado especificamente desenvolvidos

para acomodar instrumentos cirúrgicos e afins. A tampa contém um filtro microbiano de

alta eficiência, permeável ao vapor ou gás óxido de etileno. É de fácil identificação,

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seguro para transporte e dispensa embalagem externa. (APECIH, 2003; GRAZIANO,

2003; SOBECC, 2009).

5.1.2.7. Vidros não refratários: devem ser resistentes às altas temperaturas. São

indicados para esterilização de líquidos e podem ser utilizados tanto em estufa quanto

em autoclave. Deve possuir tampa para impedir a recontaminação do conteúdo

(CALICCHIO ET AL, 1999; GRAZIANO, 2003).

5.1.2.8. SMS (Spunbonded/Meltblown/Spunbonded): Não-tecido cuja origem é a união

de três camadas de não tecido 100% polipropileno, fundido por calandragem, que

confere alta resistência à tração, à rasgos e perfurações, repelentes a líquidos, com grau

de permeabilidade, permitindo a penetração do agente esterilizante e mantendo a

condição de barreira bacteriana e possui baixo desprendimento de fibras. Embalagem

indicada para artigos de geometria disforme, peso elevado e pontiagudos com proteção.

5.1.2.9. Cobertura plástica protetora: também conhecida como “Cover Bag” podem ser

utilizadas em todos os pacotes ou caixas após a esterilização quando o material estiver

frio e seco, com objetivo de proteger a embalagem contra agentes contaminantes. A

embalagem deve possuir 2 a 3 milésimos de polegada de espessura com vedação feita

pelo calor ou ser auto selante.

Quadro 1. Tipos de embalagens de acordo com a compatibilidade com os métodos de esterilização.

Tipo de embalagem

Vapor sob pressão

Calor seco

Óxido de etileno

Plasma de peróxido de hidogênio

Vapor a baixa temperatura de formaldeído

Radiação Ionizante

Tecido de algodão (1)

Sim Não Não Não Não Não

Contêiner Rígido (1)

Sim Não Sim Sim Sim Sim

Vidro Refratário (1)

Sim ** Sim Não Não Não Não

Papel grau cirúrgico (2)

Sim Não Sim Não Sim Sim

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Papel crepado (2) Sim Não Sim Não Sim Sim Filmes (2) Sim Não Sim Não Sim Sim Tyvek (2) Sim Não Sim Não Sim Sim SMS – Não tecido (2)

Sim Não Sim Sim Sim Sim***

Caixas metálicas (1)

Sim * Sim Sim* Sim* Sim* Sim*

Fonte: Adaptado de APECIH, 2010. * necessitam ser perfuradas; ** para líquidos; *** checar com o fabricante (1) Embalagens reprocessáveis, (2) Embalagens descartáveis

Quadro 2. Exemplo de matriz de protocolo para a seleção de embalagens de produtos para a saúde a serem esterilizados em autoclave a vapor sob pressão.

Embalagem Pinça única de superfície

lisa

Kit com 4 pinças

Tesoura Martelo pesado

Grau cirúrgico simples X Grau cirúrgico duplo X Grau cirúrgico c/ proteção pérfuro cortante

X

SMS duplo X

5.2. FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA DA ESTERILIZAÇÃO

A atividade dos agentes esterilizantes depende de inúmeros fatores, alguns inerentes às

qualidades intrínsecas do organismo e outros dependentes das qualidades físico-

químicas do agente ou fatores externos do ambiente.

Número e localização de microrganismos.

Resistência inata dos microrganismos.

Concentração e potência do agente germicida.

Fatores físicos e químicos.

Presença de matéria orgânica.

Duração da exposição.

Formação de biofilmes.

5.3. TEMPO DE VALIDADE DE ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS

Uma vez assumindo que o processo, seja qual for, esterilizou o artigo, as condições

quanto à manutenção desta esterilidade, vinculam-se ao risco de recontaminação, o qual

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é determinado pelo tipo e configuração do material de embalagem, múltiplos manuseios

que permitem ruptura de selagem ou perda da integridade do pacote, penetração de

umidade e contaminantes aéreos, estocagem em prateleira aberta ou fechada,

condições ambientais na área de estocagem (limpeza, temperatura e umidade) e

presença de coberturas plásticas sobre o invólucro e métodos de selagem. Devido às

diferenças tanto em tipos de invólucros quanto em características de estocagem é

impossível recomendar tempos de estocagem para itens estéreis que possam ser

aplicados universalmente.

5.4. MÉTODOS PARA MONITORAMENTO DA ESTERILIZAÇÃO

Um programa de controle da esterilização inclui métodos físicos, químicos e biológicos e

deve ser utilizado para demonstrar a eficiência do processo. Todos os itens esterilizados

devem conter:

O nome do material.

Tipo de esterilização.

Identificação do esterilizador usado.

Número da carga.

Data de validade da esterilização.

Nome do responsável pelo empacotamento.

5.4.1. Indicadores físicos

Desempenho do esterilizador: testes de desempenho do equipamento envolvem a

observação dos parâmetros apresentados durante o processo de esterilização. São

recomendadas leituras de temperatura e pressão a cada minuto durante a fase de

esterilização propriamente dita em autoclaves caso o esterilizador não possua

impressora para registro dos parâmetros de esterilização. Manômetros e

registradores do equipamento devem ser validados a intervalos regulares, utilizando-

se comparação com instrumento padrão.

Termopares: método que determina o tempo de penetração de calor dentro de

pacotes e frascos em autoclaves. Exigem especial atenção quanto à sua calibração

e manuseio para que não haja erro de leitura.

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Dosimetria de radiação: processo que verifica através de dosímetro a quantidade de

energia absorvida pelo material tratado.

5.4.2. Indicadores químicos

Dispositivo para monitoramento do processo de esterilização projetado para responder

com uma característica física ou química a mudança de uma ou mais condições físicas

dentro da câmara de esterilização. De acordo com a Parte 1 da norma ISSO 11140,

existem 6 classes de Indicadores Químicos:

Classe 1 – Indicadores de processo: informam ao usuário se o artigo passou pelo

processo de esterilização diferenciando do não processado. Deve ser usado do lado

externo da embalagem, a menos que o indicador químico externo seja visível. Ex: fita de

autoclave, indicadores impressos nas embalagens.

Classe 2 – Indicadores para uso específico – Teste de Bowie-Dick: não determina se os

parâmetros de esterilização foram alcançados e sim avalia a eficiência da bomba de

vácuo, a presença de vazamento de ar ou de gases do vapor.

Classe 3 – Indicadores de parâmetro único: geralmente usados para avaliar a

temperatura mínima e são úteis para determinar se a temperatura apropriada foi atingida

no centro de grandes pacotes.

Classe 4 – Indicador de multiparâmetro: responde a dois ou mais parâmetros, porém

somente a uma temperatura determinada, que geralmente está especificada no

indicador.

Classe 5 – Indicador de integração: responde a todos os parâmetros de esterilização,

dentro de uma faixa específica de temperatura de esterilização. O desempenho dos

integradores é comparado à inativação de um microrganismo de teste.

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Classe 6 – Simulador ou emulador: o desempenho deste indicador está baseado em um

ciclo específico de esterilização. Conhecido como “de verificação de ciclo”, pois os

controles são mais precisos que os indicadores anteriores e oferecem uma margem

importante de segurança, pois o mesmo não reagirá até que aproximadamente 95% do

ciclo seja concluído.

5.4.3. Indicadores Biológicos

Um Indicador Biológico (IB) é uma preparação padronizada de esporos bacterianos

manipulados de modo a produzir suspensões contendo em torno de 106 esporos por

unidade de papel filtro. O uso de indicadores biológicos é o único meio de assegurar que

o conjunto de todas as condições de esterilização está adequado, porque os

microrganismos são diretamente testados quanto ao seu crescimento ou não após a

aplicação do processo.

Existem três tipos de indicadores biológicos:

Indicadores de 1ª Geração: são tiras de papel impregnadas com esporos contidos em

um envelope de papel de seda ou ampola. Este IB é colocado no meio do pacote que

será processado e, após o processamento, o mesmo é enviado para o laboratório onde

deverá ser retirada a tira de forma asséptica e inoculada em um meio de cultura próprio.

Após ser incubado para se determinar se existe algum esporo viável, a leitura definitiva

ocorre após 7 dias ou 168 horas.

Indicadores de 2ª Geração: são IB auto-contidos, onde a tira ou disco com os esporos

é acondicionado em uma ampola separada do meio de cultura. Após a esterilização a

ampola com meio de cultura é quebrada e este entra em contato com os esporos. Em

seguida o IB é incubado por 48 horas a 56°C, sendo a leitura efetuada por mudança de

cor decorrente da mudança de pH.

Indicadores de 3ª Geração: também são IB auto-contidos, porém, diferentemente dos

de 2ª geração, o método utilizado é baseado na interação de uma enzima, a alpha-D-

glucosidase, que é associada ao esporo bacteriano, com um substrato no meio de

cultura. Após a esterilização o IB deve ser incubado entre 1 a 3 horas a 56°C e em

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seguida exposto a luz ultravioleta. A ausência de fluorescência indica que as condições

de esterilização foram atingidas e o esporo destruído. Neste caso a enzima é destruída

concomitante ao esporo. O crescimento bacteriano é detectado após 48 horas de

incubação. Portanto, ao termos uma leitura positiva, deveremos incubar o IB por 48h

para confirmar o crescimento.

A freqüência mínima indicada de uso de indicadores biológicos é semanal, mas

preferencialmente diária para autoclaves. Existe recomendação para uso de indicadores

biológicos em todas as cargas que contenham próteses e que estas não sejam utilizadas

até o resultado final da incubação.

5.5. CONDUTAS COM RELAÇÃO A FALHAS NO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO Situação 1: Resultado positivo do indicador biológico

Interromper a utilização da autoclave

Retornar a CME todos os artigos processados desde o último teste negativo

Notificar ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar ou Referência Técnica ou

CMCISS.

Revisar os registros da autoclave para conferir os parâmetros físicos desde o último

resultado negativo de IB.

Questionar com a equipe de manutenção da Unidade se houve mudanças ou

problemas no fornecimento de vapor da Unidade.

Verificar os registros de outras autoclaves na mesma área ou adjacentes.

Repetir o teste com IB no mínimo 2 ou 3 vezes, se possível. Se o resultado for

negativo, liberar a autoclave para uso. Se o IB continuar positivo, solicitar a inspeção

do equipamento pela Engenharia Clínica ou serviço de manutenção.

Rastrear os materiais utilizados e identificar os pacientes que os utilizaram,

principalmente se for material cirúrgico.

Situação 2: Teste de Bowie-Dick com mudança não uniforme

Repetir o teste para assegurar que não houve falhas na realização do mesmo. Caso

mantenha a alteração, interromper a utilização do equipamento e solicitar a

Engenharia Clínica ou serviço de manutenção.

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Revalidar o equipamento de acordo com as recomendações estabelecidas após a

manutenção do equipamento e a resolução do problema,

Situação 3: O integrador químico (classe 5 ou 6) se apresenta com falha ou

inconclusivo e o indicador biológico se mostra negativo.

As recomendações atuais estabelecem que os IB sejam utilizados no mínimo

semanalmente ou, de preferência, diariamente. Por sua vez, para o uso de indicador

químico (classe 5 ou 6), a orientação é para a colocação interna em cada pacote. Se um

indicador químico se apresenta falho ou inconclusivo, é possível que toda a carga não

esteja estéril, isto é, que o processo de esterilização tenha falhado. O emprego de

indicadores químicos é um dos modos de avaliar o processo, mas pode haver diferenças

de desempenho entre estes indicadores. Por outro lado, erros na montagem do pacote

ou da carga podem possibilitar que a falha se aplique apenas àquele determinado

pacote, e não a toda a carga. Portanto, um único resultado de indicador químico com

falha não deve ser interpretado como problema no processamento de toda a carga

(apenas no pacote) até que seja feita a leitura do resultado do IB. Idealmente, pode-se

manter em quarentena os artigos da mesma carga em que foi encontrado um indicador

químico com problemas, até que o resultado do IB confirme se a falha de esterilização

ocorreu apenas no pacote ou na carga toda. Esta decisão deve levar em conta todos os

aspectos do processo, incluindo os controles físicos. Nesse ponto, verifica-se claramente

a vantagem da opção pelos IB de leitura rápida, pois será menor o tempo necessário

para a decisão.

5.6. MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Um programa de manutenção preventiva deve ser estabelecido, de acordo com o

equipamento. Diariamente deve ser feita a limpeza interna da câmara do aparelho, de

acordo com a recomendação do fabricante. Os procedimentos devem ser registrados,

contendo pelo menos as seguintes informações:

Data do serviço.

Número e modelo do esterilizador.

Local do esterilizador.

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Descrição do serviço e componentes substituídos.

Resultado do teste de Bowie & Dick e do indicador biológico.

Resultados de testes biológicos ou validação do equipamento após o reparo.

Nome do profissional responsável pela realização do serviço.

Nome do profissional da CME.

5.7. PRINCIPAIS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO 5.7.1. Esterilização por vapor saturado sob pressão

Processo mais utilizado em hospitais e o mais econômico para a esterilização de artigos

termorresistentes.

Tipos de autoclave

Gravitacional: a injeção do vapor na câmara força a saída do ar frio por uma válvula

localizada em sua parte inferior. Nesse processo pode ocorrer a formação de bolhas

de ar no interior do pacote, o que impede a esterilização. Para que o vapor penetre

em todos os materiais o tempo deve ser mais longo, tornando o ciclo mais demorado.

Pré-vácuo: por meio de bomba de vácuo ou do sistema Venturi contido no

equipamento, o ar é removido do artigo e da câmara. Esse processo pode ser único,

ou seja, com apenas um pulso, ou fracionado, com três ciclos pulsáteis ou mais, o

que favorece a penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes. Nesse tipo de

autoclave a formação de bolsas de ar é menos provável. Após a esterilização, a

bomba de vácuo faz a sucção do vapor e da umidade interna da carga, tornando a

secagem mais rápida e completando o ciclo.

Mecanismo de ação

Baseia-se na transformação das partículas de água em vapor sob a mesma

temperatura. A atividade esterilizante da autoclave tem como princípio a morte celular

pela coagulação das proteínas bacterianas por meio do calor, de modo que o

microrganismo perca suas funções vitais.

Parâmetros do processo

Vapor.

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Temperatura e pressão.

Tempo.

QUADRO 1 – Temperaturas e tempos de exposição correspondentes para a

esterilização por vapor saturado sob pressão Tipo de equipamento Temperatura Tempo de exposição

Gravitacional 123°C a 135°C

121°C a 123°C

10 a 25 minutos

15 a 30 minutos

Pré-vácuo 132°C a 135°C 3 a 4 minutos

Ciclos de esterilização

Varia de acordo com o tipo de equipamento. Assim, o ciclo das autoclaves gravitacionais

compreende entrada de vapor, saída do ar da câmara, exposição dos artigos, exaustão

do vapor, secagem da carga, retorno à pressão atmosférica e entrada de ar filtrado. Já o

ciclo das autoclaves pré-vácuo envolve três pulsos de sucção de ar e entrada do vapor

na câmara, introdução de vapor saturado, exposição dos artigos, exaustão do vapor por

sucção, secagem da carga, retorno à pressão atmosférica e entrada de ar filtrado.

Embalagens

As embalagens recomendadas: campo de algodão, papel grau cirúrgico, papel crepado,

filmes transparentes, contêineres, caixas metálicas, vidro refratário e não-tecido (SMS ou

manta). Os instrumentos devem ser mantidos abertos e destravados, dentro dos

invólucros.

Recomendações para a esterilização por vapor saturado sob pressão

Não apertar muito os pacotes para ajudar na penetração do vapor.

Dispor os pacotes de modo vertical para facilitar a entrada e circulação do vapor,

bem como a eliminação do ar. Essa disposição correta na autoclave evita a

ineficiência da secagem da carga.

Utilizar apenas 80% da capacidade do equipamento.

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Os itens de cantos vivos ou protuberâncias dos instrumentos devem ser protegidos

para evitar a perfuração da embalagem quando embalados em papel grau cirúrgico,

tecido não tecido ou crepado. Invólucros do tipo tecido não tecido precisam ser

rigorosamente testados em cada autoclave para adequação do tempo de secagem,

devido à característica de hidro-repelência deste item.

Os pacotes devem estar completamente frios antes de serem manipulados ou

removidos do carrinho de dentro da autoclave porque os microrganismos das mãos

podem penetrar no pacote contaminando seu conteúdo.

Para uso dos invólucros de papel grau cirúrgico com filme, os itens devem sempre

ser embalados com a concavidade voltada para o papel, sendo a mesma

recomendação para colocar na autoclave.

Não colocar os pacotes sobre superfícies frias após a esterilização para que não haja

condensação. Além disso, eles devem estar completamente frios antes de ser

manipulados ou removidos do carrinho da autoclave porque as bactérias das mãos

podem passar para a embalagem, com risco de contaminar seu interior.

Seguir as normas de funcionamento do equipamento.

Limpar a câmara interna do equipamento no mínimo semanalmente, conforme

recomendação do fabricante.

5.7.1.1. Esterilização rápida (flash sterilization)

O ciclo flash diz respeito à esterilização de artigo termorresistente por meio do vapor

saturado sob pressão em um equipamento ajustado para efetuar o processo em tempo

reduzido diante de situações de urgência, como em contaminação acidental de

instrumental cirúrgico do procedimento em curso.

Mecanismo de ação

A atividade esterilizante é a mesma da autoclave, que tem, como princípio de morte

celular por coagulação das proteínas bacterianas, de modo que o microrganismo, em

razão do calor, perca suas funções vitais e morra.

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Parâmetros do processo

São os mesmos da autoclave a vapor saturado. A diferença é que, no processo flash, o

tempo é reduzido não pela diminuição da exposição do artigo ao vapor, mas sim, pela

redução ou suspensão do ciclo de secagem presente no método convencional.

Na prática o ciclo de esterilização flash compreende as seguintes etapas:

Drenagem de ar.

Admissão do vapor.

Exposição do artigo ao agente esterilizante com tempo de penetração esterilização e

confiança.

Exaustão do vapor.

QUADRO 2 – Parâmetros para a exposição de artigos à esterilização flash, segundo

recomendação da AORN.

Equipamentos Carga Temperatura Tempo

Gravitacional Metal, itens não-porosos e sem lumens Metal, itens porosos e com lumens

132°C a 135°C

132°C a 135°C

3 minutos

10 minutos

Pré-vácuo Metal, itens não-porosos e sem lumens Metal, itens porosos e com lumens

132°C a 135°C

132°C a 135°C

3 minutos

4 minutos

No ciclo flash utiliza-se a própria bandeja ou cassete do equipamento como invólucro.

Neste caso, no entanto, o cuidado com a manipulação deve ser redobrado, tanto com o

uso de embalagem simples quanto com cobertura estéril. Já ao empregar recipiente

rígido, é preciso colocar os artigos desembalados e abertos, tomando o cuidado de não

sobrepor um item ou outro.

5.7.2. Esterilização por vapor de baixa temperatura e formaldeído gasoso (VBTF)

Processo físico-químico de esterilização realizado em autoclaves por meio da

combinação de solução de formaldeído com vapor saturado, a uma temperatura entre

50°C e 78°C.

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Mecanismo de ação

O formaldeído age por alquilação. Reage sobre o DNA das células microbianas durante

o processo e a ação esporicida é acelerada pela combinação de vapor saturado a 70-

75°C.

Toxicidade

Concentrações gasosas de formaldeído até 10 ppm causam irritação da conjuntiva e da

mucosa das membranas, dores de cabeça e fadiga. Acima de 10 ppm o gás provoca

distúrbios de respiração como pneumonia e edema pulmonar e hepatites tóxicas. Dessa

forma é preciso atentar para a existência de resíduos tóxicos nos artigos.

Parâmetros do processo

Incluem tempo, temperatura, umidade, pressão, concentração e distribuição do

formaldeído no interior da câmara e também capacidade de o gás penetrar em toda

carga.

Fases da esterilização por VBTF

Pré-aquecimento: o ciclo se inicia efetivamente quando as paredes da câmara

tiverem atingido a temperatura operacional pré-selecionada.

Remoção de ar: é feita por combinação de injeção de formaldeído, vapor e pulsos de

vácuo, tendo a finalidade de facilitar a penetração do vapor e do gás no interior da

câmara e dos artigos.

Esterilização: quando a atmosfera de vapor e formaldeído se forma, há uma

tendência de o gás se separar e permanecer na parte inferior do equipamento, o que

resulta, então, na mistura necessária para o processo.

Remoção do gás: pulsos de vapor de água desmineralizada são usados para

remover o formaldeído da carga e da câmara.

Secagem: é realizada com vácuo para remover a umidade da carga.

Admissão de ar: a entrada de ar na câmara passa pelo filtro retentor de bactérias.

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Controle do processo de esterilização

Parâmetros físicos: medição e registro de tempo, temperatura, umidade e

concentração do esterilizante gasoso.

Controle químico: os indicadores químicos internos e externos são recomendados

como parte integrante de um programa de garantia da esterilidade. Os externos

devem ser usados em todos os pacotes, exceto se o interno estiver visível. O

indicador químico interno de classe V (integrador) precisa ser utilizado dentro de

cada pacote de implantes, de cada caixa de instrumental cirúrgico e, principalmente,

no centro geométrico da carga.

Controle biológico: os indicadores biológicos padronizados e certificados são usados

para monitorar os processos de esterilização, de modo a assegurar o carregamento e

o acondicionamento adequados, a qualidade do esterilizante e as condições ideais

do ciclo, bem como garantir que o equipamento seja controlado e esteja funcionando

apropriadamente, de acordo com o planejamento.

Recomendações para a esterilização de artigos por VBTF

Utilizar preferencialmente o processo de esterilização por VBTF para artigos

termossensíveis compatíveis com o formaldeído.

Dispor os materiais verticalmente nos cestos e não compactá-los.

Respeitar o volume máximo de preenchimento da câmara, ou seja, até cerca de 70%

a 80% de sua capacidade.

Respeitar as dimensões máximas do pacote.

Selecionar os invólucros compatíveis com o processo: papel grau cirúrgico e

combinação de filme plástico e papel.

Não esterilizar artigos que absorvam grande quantidade de formaldeído, tais como

papel, papelão e tecidos, pela dificuldade de extrair deles o gás impregnado.

Utilizar somente as embalagens permitidas para esse método: Tyvec, SMS, papel

grau cirúrgico, papel crepado e contêineres.

Fazer o controle do processo de esterilização.

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5.7.3. Esterilização por óxido de etileno (ETO)

A esterilização por óxido de etileno consiste em um processo físico-químico que utiliza o

gás óxido de etileno, sendo realizada em autoclave a uma temperatura entre 50°C e

60°C.

Mecanismo de ação

O óxido de etileno (C2H4O) é um gás incolor, miscível em água, acetona, éter, benzeno e

na maioria dos solventes orgânicos e altamente explosivo e inflamável. A solução

esterilizante pode explodir na presença de ar ou de oxigênio puro. Misturas com dióxido

de carbono ou hidrocarbonetos clorofluorados são utilizadas para evitar os riscos de

explosão. Deve-se enfatizar a questão adicional da exigência de controle de resíduos de

óxido de etileno em níveis de 1 ppm.

Toxicidade

A Portaria Interministerial n° 482, em 1999, contém o regulamento técnico para o

procedimento de instalação e de uso do gás e de suas misturas em unidades de

esterilização.

Parâmetros do processo

Incluem tempo, temperatura, umidade relativa e concentração do gás.

Fases do ciclo de esterilização

Evacuação da câmara.

Umidificação e aquecimento.

Injeção do gás.

Exposição ao gás.

Evacuação e injeção de ar.

Aeração.

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5.7.4. Esterilização por Plasma de Peróxido de Hidrogênio

Processo físico-químico realizado por meio de autoclave própria, que gera plasma por

meio do substrato de peróxido de hidrogênio bombardeado por ondas de

radiofreqüência. O efeito letal é produzido por radicais livres reativos, que matam os

microrganismos, incluindo os esporos. O plasma tem sido chamado de quarto estado da

matéria diferentemente do líquido, do sólido e do gasoso, ainda definido como uma

nuvem de íons, elétrons e partículas neutras, muitas das quais em forma de radicais

livres, altamente reativas. Esse processo de esterilização apresenta a vantagem de

formar produtos não-tóxicos com a decomposição do peróxido de hidrogênio, ou seja, a

água e o oxigênio.

5.7.5. Esterilização química por imersão

De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada nº. 8, de 27 de fevereiro de 2007, da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que dispõe sobre as medidas para redução da

ocorrência de infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido – MRC em serviços

de saúde, fica suspensa a esterilização química por imersão utilizando agentes

esterilizantes líquidos, para instrumental cirúrgico e produtos utilizados em serviços de

saúde que realizam procedimentos cirúrgicos e diagnósticos por videoscopias com

penetração de pele, mucosas adjacentes, tecidos sub-epiteliais e sistema vascular,

cirurgias abdominais e pélvicas convencionais, cirurgias plásticas com o auxilio de

ópticas, mamoplastias e procedimentos de lipoaspiração.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE I: 6. Medidas de Biossegurança

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6. Medidas de Biossegurança 6.1. Atendimento as Vítimas de Acidente com Material Biológico

Entende-se como acidente com material biológico a exposição acidental a materiais

potencialmente contagiosos, como sangue, líquor, líquido sinovial, líquido pleural, líquido

peritoneal, líquido pericárdico, líquido amniótico, secreção vaginal, além do sêmen e do

leite materno. Há o risco de transmissão do HIV (vírus da imunodeficiência humana),

VHB (vírus da hepatite B) e VHC (vírus da hepatite C) após o contato com estes fluidos,

caso a amostra seja originada de paciente fonte portador de alguma destas patologias.

Fezes, secreções nasais, saliva, escarro, suor, lágrimas, urina e vômitos não são

considerados infecciosos, a menos que contenham sangue.

As exposições se classificam em:

Exposições percutâneas – lesões provocadas por instrumentos perfurantes

e/ou cortantes (ex. agulhas, bisturi, vidrarias etc).

Exposições em mucosas – quando há respingos envolvendo olhos, nariz e

boca.

Exposições cutâneas – exposições de material biológico em pele não íntegra

(ex. dermatite, abrasão, ferimento).

Mordeduras humanas – consideradas como exposição de risco quando

envolverem a presença de sangue. 6.2. Riscos de Transmissão Estudos de acidentes com agulhas em profissionais de saúde demonstraram a

transmissão do HIV em 0,33% dos casos expostos a uma fonte infectada pelo HIV. Após

exposição de mucosas, a transmissão ocorreu em 0,09% dos profissionais expostos.

Acidentes envolvendo fontes portadoras de hepatite B apresentam risco de 1 a

31% de soroconversão. O risco é menor para a hepatite C, variando de 0 a 7%.

6.3. Cuidados Iniciais A primeira medida a ser tomada após exposição acidental ao material biológico

consiste em lavagem do local com água abundante e sabão em caso de exposição

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percutânea. Em exposições mucosas, recomenda-se a lavagem abundante com soro

fisiológico. Substâncias irritantes como éter e glutaraldeído devem ser evitadas. O uso

de antissépticos como álcool a 70% e PVPI em solução aquosa não tem eficácia

comprovada.

A pessoa onde estava aplicado o dispositivo envolvido na exposição ou da qual a

amostra biológica foi originada é definida como paciente fonte.

A estimativa do risco é extremamente favorecida quando o paciente fonte é

conhecido. Este deve ser esclarecido sobre a importância do evento e a necessidade da

realização de exames que definirão as profilaxias.

No município de Contagem, o atendimento inicial (de urgência) é realizado no

Pronto-Socorro Geraldo Pinto Vieira (UAI-GPV), para onde o paciente acidentado e o

sangue do paciente-fonte deverão ser imediatamente encaminhados.

Nas unidades de saúde onde a sorologia para HIV (teste rápido) e os

antirretrovirais estão disponíveis, o atendimento ao acidentado será realizado na própria

unidade.

Somente após a autorização (por escrito, de preferência) do paciente-fonte (ou

seu responsável legal) os exames poderão ser realizados. Os exames deverão ser

colhidos após breve aconselhamento na própria unidade de saúde onde ocorreu o

acidente.

Os exames sorológicos solicitados ao paciente-fonte são anti-HIV (teste rápido),

HBsAg e Anti-HCV. Caso o teste rápido seja positivo, deverá o paciente-fonte ser

encaminhado ao CTA para a confirmação do diagnóstico.

O acidentado deverá realizar exames sorológicos no momento do primeiro

atendimento (Anti-HIV ELISA, HBsAg, Anti-HBs, Anti-HBc e Anti-HCV). Ressalte-se que

estes exames refletem o status sorológico do paciente antes da exposição, com o

objetivo de documentar uma eventual soroconversão. 6.4. Profilaxia da Infecção pelo HIV Atualmente são recomendados esquemas com duas ou três drogas

antirretrovirais, conforme o status sorológico e imunológico do paciente fonte ou os

riscos envolvidos no acidente.

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Nos casos de paciente fonte desconhecido e algum fator de risco (lesão profunda,

sangue visível no instrumento, agulha previamente em veia ou artéria do paciente),

recomenda-se prescrição de esquema duplo de antirretrovirais por 28 dias.

Quando o paciente fonte é sabidamente HIV positivo ou o teste rápido para o HIV

for positivo, o acidentado deverá receber terapia antirretroviral com três drogas.

Quando o paciente fonte já tiver o diagnóstico prévio de infecção pelo HIV, é

importante saber a sua carga viral e o esquema terapêutico utilizado por ele. Nestes

casos, é recomendável a avaliação de um médico infectologista, mas a prescrição do

esquema tríplice não pode ser postergada.

O início da profilaxia trata-se de urgência médica, pois a rapidez na instituição do

tratamento profilático está associada a uma maior proteção. Os medicamentos deverão

ser ministrados de preferência até 2 horas após a exposição.

O nítido benefício da profilaxia com antirretrovirais justifica o caráter de urgência

para estes atendimentos.

O paciente acidentado deverá ser encaminhado ao SAE – Serviço de Assistência

Especializada de Contagem. A avaliação deverá ser agendada por contato telefônico

durante o primeiro atendimento ou no primeiro dia útil, em caso de feriados e finais de

semana.

6.5. Profilaxia da Hepatite B Os pacientes acidentados deverão ser interrogados sobre a história vacinal contra

a hepatite B. Os pacientes que receberam pelo menos 3 doses de vacina são

considerados adequadamente vacinados e possivelmente estarão imunes. A certeza da

imunidade é obtida através da dosagem do anticorpo contra o HBsAg: o anti-HBs.

Dosagens de anti-HBs positiva (igual ou maior que 10 mUI/ml) significam imunidade

contra a hepatite B.

Os pacientes acidentados não vacinados (ou com anti-HBs < 10mUI/ml e não

revacinados) deverão iniciar o esquema vacinal tão logo seja possível. Para isso,

deverão ser encaminhados ao posto de saúde mais próximo ou unidades de referência

para imunização. Os profissionais que receberam menos que 3 doses (esquema

incompleto) deverão completar o esquema de 3 doses, desde que a última dose tenha

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sido ministrada há pelo menos um mês. Aqueles que estiverem em vacinação poderão

antecipar a próxima dose, desde que seja respeitado o intervalo mínimo de 30 dias entre

elas.

Quando o paciente fonte apresenta diagnóstico de hepatite B (HBsAg – positivo)

ou com quadro suspeito de hepatite, o paciente exposto deverá receber imunoglobulina

humana hiperimune preferencialmente nas primeiras 24 horas (até 48h) após o acidente.

A administração de imunoglobulina poderá ser feita até o 7º dia após o evento. Para

receber a imunoglobulina, o paciente deverá ser encaminhado ao CRIE – Centro de

Referência em Imunobiológicos Especiais, com relatório detalhado do evento.

Quando o paciente exposto apresentar resultado de anti-HBs positivo (> 10

mUI/ml), não será necessária a profilaxia contra hepatite B, mesmo se o paciente fonte

for portador de hepatite B.

6.6. Profilaxia da Hepatite C Como não há profilaxia pós-exposição para o vírus da hepatite C, recomendamos

o acompanhamento para o diagnóstico precoce. A hepatite C apresenta maiores

chances de cura quando tratada nas primeiras semanas de infecção. 6.7. Acompanhamento do Acidentado O paciente acidentado deverá ser encaminhado ao ambulatório especializado

para acompanhamento.

A consulta deverá ser agendada eletivamente no SAE - Contagem e deverá ser

fornecida medicação em quantidade suficiente até o dia da consulta, pois não há

atendimento ambulatorial sem marcação prévia, tendo em vista o SAE ser uma unidade

de referência secundária da rede SUS municipal.

Este acompanhamento poderá se estender por 6 meses ou mais, conforme o

caso. 6.8. Orientações para o Registro de Acidente de Trabalho Todo acidente de trabalho com material biológico deve ser comunicado

imediatamente ao SESMT CONTAGEM (Serviço de Engenharia, Segurança e Medicina

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do trabalho), para registro, conforme exigência legal. Para tanto, o acidentado deverá

comparecer ao Setor de Medicina do Trabalho, no prazo máximo de 24 horas após a

ocorrência, portando a Comunicação de Acidente de Trabalho (CIAT para servidores

efetivos ou CAT para servidores contratados / comissionados) devidamente preenchida

e assinada pela chefia e pelo médico.

Quando o acidente ocorrer nos finais de semana e feriados, o comparecimento se

estende ao primeiro dia útil seguinte ao evento.

O servidor acidentado tem atendimento preferencial no SESMT-CONTAGEM /

Medicina do Trabalho, devendo o mesmo solicitar confirmação dos horários de médicos.

A CIAT deverá ser preenchida em 2 vias para entrega na Medicina do Trabalho. A

CAT deverá ser preenchida em 4 (quatro) vias.

O servidor é o responsável pela comunicação imediata do acidente à chefia do

seu local de trabalho.

Compete à chefia do servidor, depois de informada pelo acidentado, emitir a

comunicação de acidente.

OBS: Para maiores informações sobre o as condutas frente às vítimas de acidente com material biológico consulte o GUIA DE ATENDIMENTO INICIAL ÀS VÍTIMAS DE EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO EM CONTAGEM – MG.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas

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PARTE II Instruções Normativas

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de Serviços de Saúde

Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de Serviços

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Executante

Enfermeiro e/ou técnico de enfermagem

Materiais/Equipamentos

Detergente enzimático ou desincrustante 01 compressa ou pano limpo. Recipiente plástico com tampa. EPI (Luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental impermeável,

bota ou sapato impermeável e fechado, gorro, máscara ou protetor facial e óculos de proteção).

Descrição das Atividades

(A) Detergente enzimático 1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Preparar a solução em recipiente plástico com água ligeiramente morna

(preferencialmente) ou fria, nunca quente para evitar a inativação das enzimas, conforme orientação do fabricante.

4. Desmontar os artigos, quando necessário. 5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante. 6. Para um contato direto da solução no interior de materiais tubulares, usar uma

seringa para injetar a solução internamente ao artigo. 7. Após o tempo de ação, remover completamente o detergente abundantemente em

água corrente. 8. Secar os artigos: usar ar comprimido para materiais tubulares; demais artigos

utilizar compressas ou pano seco e limpo. 9. Encaminhar para desinfecção ou esterilização ou guardar em local limpo e

protegido de poeira. 10. Retirar os EPI. 11. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS, ao término da

atividade. (B) Desincrostante (pó ou líquido) 1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Preparar a solução em recipiente plástico, conforme orientação do fabricante. 4. Desmontar os artigos, quando necessário. 5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante ou 30

minutos. 6. Utilizar escovas de cerdas macias para fricção dos artigos. 7. Após o tempo de ação, remover completamente o detergente abundantemente em

água corrente. 8. Secar os artigos com compressa ou pano seco e limpo.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de Serviços de Saúde

Uso de Detergente Enzimático ou Desincrostante de Serviços

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9. Encaminhar para desinfecção ou esterilização ou guardar em local limpo e

protegido de poeira. 10. Retirar os EPI. 11. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS, ao término da

atividade.

Cuidados

Higienizar as mãos antes e após o procedimento. O tempo de imersão dos artigos na solução enzimática, o método de utilização e a

concentração devem seguir as orientações do fabricante. O uso do detergente enzimático está indicado para artigos com maior possibilidade

de aderência de sujidade e difícil limpeza (exemplos: circuitos, tubulações, laparoscópios, instrumentais cirúrgicos de traumatologia, dentre outros).

Usar os EPI. Trocar a solução enzimática diluída ou desincrostante em até 12/12 horas ou

quando da presença de turvação e depósito de sujidade visível.

O desincrostante está indicado para remoção de crostas em vidros, marrecos, comadres e alguns instrumentais cirúrgicos. É contra-indicado o uso em plásticos, látex ou borrachas.

Resultados Esperados

Remover todo o material orgânico e inorgânico das superfícies internas e externas dos artigos.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar à chefia imediata.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Desinfecção de alto nível de Artigos de Serviços de Saúde

Desinfecção de alto nível de Artigos de Serviços de Saúde

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Executante

Enfermeiro e/ou técnico de enfermagem

Materiais/Equipamentos

Desinfetante padronizado pela SMS. Recipiente de vidro ou plástico rígido com tampa. EPI (Luva grossa de borracha antiderrapante de cano longo, avental impermeável,

bota ou sapato impermeável e fechado, gorro, máscara ou protetor facial e óculos de proteção).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Desmontar os artigos, quando necessário. 4. Colocar o desinfetante no recipiente, conforme orientações do fabricante. 5. Imergir os artigos na solução. Aguardar o tempo recomendado. 6. Enxaguar abundantemente os artigos com água estéril. 7. Secar os artigos rigorosamente com compressa estéril antes de guardá-los, de

forma a evitar o crescimento microbiano. 8. Acondicionar o artigo em local limpo. 9. Retirar os EPI e higienizar as mãos conforme instrução normativa da CMCISS.

Cuidados

Verificar o modo de diluição, o prazo de validade do desinfetante após diluição, o tempo de imersão dos artigos e o método de utilização, de acordo com as recomendações do fabricante.

Caso seja necessário o uso de cuba metálica, forrar esse recipiente com compressa para evitar que sua superfície entre em contato com os artigos metálicos, evitando a formação de uma corrente galvânica que desgasta os artigos submetidos à desinfecção química.

Lavar o artigo minuciosamente e secá-lo antes de submergi-lo completamente em solução desinfetante.

Imergir o artigo na solução em quantidade suficiente para envolvê-lo totalmente. Preencher com solução desinfetante o instrumento que contenha áreas ocas. Não é recomendada a estocagem dos artigos que passaram por desinfecção. Manter a umidade relativa do ambiente em torno de 30% a 50%, com temperatura

próxima de 20°C. Restringir a circulação de pessoal na área de estocagem. Realizar a desinfecção química em ambiente apropriado.

Resultados Esperados

Destruir as bactérias vegetativas – mas não necessariamente todos os esporos bacterianos – as micobactérias, os fungos e os vírus.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Desinfecção de alto nível de Artigos de Serviços de Saúde

Desinfecção de alto nível de Artigos de Serviços de Saúde

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Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar à chefia imediata.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção do Endoscópio e Acessórios

Limpeza e Desinfecção do Endoscópio e Acessórios

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Executante

Enfermeiro e/ou técnico de enfermagem

Materiais/Equipamentos

Sabão líquido neutro. Detergente enzimático. Cuba rim. Esponja macia. Escova de cerdas macias. Solução desinfetante conforme padronizado pela SMS. 01 compressa limpa. Recipiente de plástico rígido. EPI (gorro, botas ou sapatos impermeáveis fechados, luvas de auto-proteção,

avental impermeável, máscara, óculos protetor).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Após o uso do aparelho, proceder à limpeza externa com sabão neutro e esponja. 4. Colocar o detergente enzimático no recipiente. 5. Desmontar o aparelho. Desconectar os componentes do endoscópio e imergi-los na

solução enzimática, instilando o produto dentro dos lumens com auxílio de uma seringa. Manter o tempo de imersão de acordo com as recomendações do fabricante.

6. Utilizar escova de cerdas macias para realizar a limpeza mecânica do artigo, dando especial atenção às cremalheiras e aos canais internos.

7. Enxaguar abundantemente. 8. Secar os componentes do aparelho com compressa ou ar comprimido, de acordo

com a configuração da peça. 9. Em caso de esterilização, encaminhar os componentes termorresistentes para

esterilização por autoclave a vapor saturado e os termossensíveis para o método de esterilização adequado ou de desinfecção de alto nível.

10. No caso de desinfecção de alto nível com solução germicida, o endoscópio deve ser enxaguado abundantemente com água esterilizada. Secar. Usar luvas estéreis nessa etapa.

11. Limpar os componentes dos endoscópios com água e sabão em tecido limpo, secar e, em seguida, friccioná-los com álcool a 70%, uma vez que eles não podem ser imersos.

12. Montar o endoscópio para posterior uso. 13. Retirar os EPI após o procedimento. 14. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

O enxague abundante, após a desinfecção, é fundamental para evitar a irritação química das estruturas manuseadas.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção do Endoscópio e Acessórios

Limpeza e Desinfecção do Endoscópio e Acessórios

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A desinfecção deve ser feita antes do primeiro procedimento do dia e após o uso do

equipamento, entre um paciente e outro. Os artigos devem ser guardados escrupulosamente limpos e secos para evitar

corrosão e crescimento de microrganismos. Usar os EPI adequadamente.

Resultados Esperados

Remover todo o material orgânico e inorgânico das superfícies internas e externa do endoscópio e acessórios.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar à chefia imediata.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção do Bucal e Espaçador de Xylocaína

Limpeza e Desinfecção do Bucal e Espaçador de Xylocaína

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Executante

Enfermeiro e/ou técnico de enfermagem

Materiais/Equipamentos

Água. Sabão líquido neutro. Solução desinfetante. Esponja. 01 compressa estéril. EPI (óculos protetor, máscara, avental impermeável, luvas de borracha ou PVC de

cano longo).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Retirar o bucal do paciente. 3. Colocar os EPI. 4. Lavar o bucal e o espaçador com sabão neutro com a ajuda da esponja. 5. Enxaguar em água corrente. 6. Secar o bucal e o espaçador com compressa. 7. Submergir os materiais em solução desinfetante padronizada pela SMS e conforme

orientações de uso do fabricante. 8. Enxaguar com água corrente. 9. Secar com compressa. 10. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 11. Retirar os EPI. 12. Acondicionar em recipiente limpo com tampa para posterior uso.

Cuidados

O bucal e o espaçador devem ser de material reutilizável.

Resultados Esperados

Remoção de todo material orgânico e inorgânica, promovendo, assim, segurança para o paciente.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Equipamentos Eletrônicos

Limpeza e Desinfecção de Equipamentos Eletrônicos

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Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

EPI (óculos, máscara, avental impermeável, luva de borracha ou PVC de cano longo).

Almotolia com álcool a 70%. 03 compressas limpas. Detergente neutro líquido para equipamentos. 01 etiqueta.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Desmontar as partes articuladas. 4. Passar uma compressa embebida em água e detergente líquido para tirar o excesso

de sujidade; Retirar os resíduos de sabão com compressa úmida com água. 5. Secar os equipamentos eletrônicos, molhar uma compressa com álcool a 70% e

friccionar em toda a superfície. 6. Repetir esse processo por duas vezes, aguardando o tempo de secagem entre uma

fricção e outra. 7. Identificar o equipamento, afixando a etiqueta com os seguintes dados: data da

desinfecção, nome do funcionário responsável. 8. Guardar os equipamentos eletrônicos em local apropriado e os que tiverem bateria,

conectados à fonte de energia. 9. Retirar os EPI. 10. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Repetir o processo semanalmente após alta do paciente e na presença de sujidade visível.

Fazer revisão de equipamentos, observando a presença de sujidade antes liberá-lo para o uso.

Resultados Esperados

Padronizar a limpeza e desinfecção dos equipamentos eletrônicos. Oferecer equipamentos limpos e em funcionamento. Reduzir a colonização microbiana dos aparelhos eletrônicos. Diminuir risco de infecção.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção do Mobiliário

Limpeza e Desinfecção do Mobiliário

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Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Compressas limpas. Bacias ou baldes grandes. Detergente neutro líquido. Almotolias com álcool a 70%. 01 par de luvas de procedimento.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Retirar os materiais dos armários colocando-os sobre a bancada. 3. Calçar as luvas de procedimento. 4. Limpar a parte interna e em seguida a externa utilizando detergente e água com

auxílio de compressas limpas. 5. Retirar o detergente líquido com auxílio de compressas úmidas com água. 6. Secar com compressa limpa e proceder à desinfecção com álcool a 70% através de

fricção. 7. Retirar as luvas de procedimento. 8. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 9. Colocar os materiais novamente nos armários.

Cuidados

Sempre observar a data de validade e integridade dos pacotes e recolocá-los no armário.

Fazer revisão observando a presença de sujidade. A rotina deverá ser efetuada semanalmente e quando da presença de sujidade

visível.

Resultados Esperados

Limpar e desinfetar mobiliários corretamente de acordo com recomendação técnica do SCIH, referência técnica ou CMCISS.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Descarregamento de Autoclave

Descarregamento de Autoclave

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Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Luvas de Amianto (EPI). Sabão. Capote. Gorro. Máscara.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Abrir a porta da autoclave. 4. Retirar o material e colocar sobre mesas e/ou bancadas para resfriar. 5. Colocar cubas, bacias, jarros e vidros na posição vertical. 6. Retornar para a área de preparo os campos manchados, molhados, sujos e fitas

descoradas.

Cuidados

Sempre utilizar EPI para retirada da carga, evitando queimadura. Verificar a coloração das fitas.

Resultados Esperados

Descarregar corretamente a autoclave.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Material para o Óxido de Etileno

Preparo de Material para o Óxido de Etileno

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Caixa organizadora. Lacres. Impresso próprio (Nota Fiscal). Circuitos, micronebulizadores, macronebulizadores, Kit O2, traquéias, Y, canetas de

cautério, Kit Savina, dreno de penrose, cânula de guedel, ambú, vidrinhos, transdutores, entre outros.

Descrição das Atividades

1. Lavar e secar os materiais conforme Instruções Normativas. 2. Separar, identificar e computar todo o material. 3. Acondicionar os materiais conforme orientação do serviço terceirizado. 4. Anotar em impresso próprio o quantitativo a ser encaminhado.

Cuidados

Fazer revisão observando presença de sujidade, quebras e rachaduras. Anotar com perícia e especificidade todo o quantitativo a ser encaminhado. Os artigos siliconizados devem ser encaminhados para a esterilização por

autoclavação.

Resultados Esperados

Preparar corretamente todo material a ser esterilizado no óxido de etileno.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza de Látex

Limpeza de Látex

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Recipiente plástico. Detergente líquido neutro e detergente enzimático. Almotolia ou seringa de 20 ml. EPI (avental impermeável, máscara, óculos protetor, gorro e luvas de borracha ou

PVC de cano longo). Fita adesiva. Fita de autoclave. SMS de 40 x 40 cm.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Diluir o detergente enzimático, conforme orientação do fabricante. 4. Imergir os tubos de látex individualmente na solução de detergente enzimático. 5. Introduzir a solução dentro do lúmen do látex com o auxílio de uma seringa de 20ml. 6. Deixar agir, conforme orientação do fabricante. 7. Lavar os tubos individualmente com água e detergente neutro. 8. Enxaguar com água em abundância. 9. Secar com ar comprimido. 10. Colocar o SMS em posição de losango sobre a mesa. 11. Enrolar o tubo do látex em forma de caracol. 12. Acondicionar o material conforme orientação do serviço terceirizado. 13. Retirar os EPI e higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS, após

a realização da atividade.

Cuidados

Não deixar dobras na extensão do látex. Fazer revisão, observando presença de sujidade e umidade no lúmen do látex.

Resultados Esperados

Limpar e preparar corretamente o látex de acordo com recomendação técnica da CMCISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza das Seringas de Vidro

Limpeza das Seringas de Vidro

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Seringas de vidros. EPI (luvas de borracha ou PVC de cano longo, avental, máscara e óculos protetor). Detergente neutro líquido. Escovinha circular. 02 Compressas limpas.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Separar o êmbolo do corpo da seringa. 4. Colocar a seringa no recipiente contendo solução de água e detergente. 5. Retirar a seringa da água e realizar sua limpeza com escovinha circular. 6. Encaixar o êmbolo no corpo da seringa. 7. Testar a seringa, aspirando e injetando a solução de água e detergente líquido,

observando a obstrução, o refluxo e a integridade do bico. 8. Separar novamente o êmbolo do corpo da seringa. 9. Cuidar para que não se misturem êmbolos de seringas do mesmo calibre. 10. Enxaguar a seringa em água corrente. 11. Colocar a seringa para escorrer na bandeja forrada com a compressa. 12. Secar a seringa com compressas. 13. Montar a seringa e encaminhá-la para a área de preparo. 14. Retirar os EPI. 15. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Cuidar para que os pacotes não encostem na câmara interna da autoclave. Atentar para que não sejam misturados êmbolos de seringas do mesmo calibre.

Resultados Esperados

Limpar e preparar corretamente as seringas de vidro de acordo com recomendação técnica do CMCISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Laringoscópio

Limpeza e Desinfecção de Laringoscópio

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Laringoscópio sem pilhas. Bacia ou recipiente plástico. Recipiente com tampa e/ou sacos plásticos. Detergente neutro líquido. 02 compressas limpas. Esponja macia. Almotolia com álcool a 70%. 01 par de luvas de procedimento.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Calçar as luvas de procedimento. 3. Retirar a lâmpada da lâmina. 4. Lavar as lâminas do laringoscópio com auxílio de esponja e detergente líquido. 5. Enxaguar a lâmina com água em abundância. 6. Secar a lâmina com compressa limpa. 7. Limpar o cabo do laringoscópio com auxílio de compressa umedecida em solução de

água e detergente líquido. 8. Retirar a solução com auxilio de pano umedecido em água e deixar secar. 9. Friccionar álcool 70 % por três vezes no cabo e lâmina do laringoscópio. 10. Deixar secar espontaneamente. 11. Colocar a lâmpada no local próprio e testar o funcionamento do laringoscópio. 12. Guardar o laringoscópio desmontado em compressa limpa em recipiente com tampa

ou saco plástico transparente. 13. Retirar as luvas de procedimento. 14. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Testar o funcionamento das lâmpadas e das pilhas das lâminas do laringoscópio após desinfecção.

Resultados Esperados

Limpar e desinfetar corretamente o laringoscópio.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Otoscópio

Limpeza e Desinfecção de Otoscópio

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Otoscópio. Algodão. Almotolia com álcool a 70%. Espéculos auriculares. 01 par de luvas de procedimento.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Calçar luvas de procedimento. 3. Separar os espéculos lavados e secos. 4. Fazer revisão, observando a presença de sujidade. 5. Umedecer um pedaço de algodão com álcool a 70%. 6. Friccionar os espéculos individualmente com álcool a 70% por 3 vezes consecutivas. 7. Acondicionar em local apropriado. 8. Retirar as luvas de procedimento. 9. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Testar o funcionamento das lâmpadas do otoscópio após desinfecção.

Resultados Esperados

Limpar e desinfetar corretamente o otoscópio de acordo com recomendação técnica do SCIH, CMCISS ou referência técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Preparo de Tubos de Silicone

Limpeza e Preparo de Tubos de Silicone

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Recipiente plástico. Detergente neutro líquido e detergente enzimático. Seringa de 20 ml. EPI (avental impermeável, máscara, óculos protetor, gorro e luvas de auto-proteção). Fita adesiva. Fita de autoclave. SMS de 40 x 40 cm. Ar comprimido.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Diluir o detergente enzimático, conforme orientação do fabricante. 4. Imergir os tubos de silicone individualmente na solução de detergente enzimático. 5. Introduzir a solução com auxílio da seringa de 20ml dentro de cada tubo de silicone. 6. Deixar agir, conforme orientação do fabricante. 7. Lavar os tubos individualmente com água e detergente líquido neutro. 8. Enxaguar com água em abundância. 9. Secar com ar comprimido. 10. Colocar o SMS em posição de losango sobre a mesa. 11. Enrolar o tubo do látex em forma de caracol. 12. Fechar o pacote. 13. Identificar o pacote, colocando data do preparo, validade e assinatura. 14. Colocar um pedaço de 3 cm de fita teste para autoclave no pacote. 15. Encaminhar para esterilização em autoclave a vapor saturado por pressão. 16. Retirar os EPI. 17. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Não deixar dobras na extensão do látex. Fazer revisão, observando presença de sujidade e umidade no lúmem do látex.

Resultados Esperados

Limpar e preparar corretamente o Tubo de Silicones de acordo com recomendação técnica do CMCISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Umidificadores

Limpeza e Desinfecção de Umidificadores

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Esponja macia. Escovas de mamadeira. Detergente neutro líquido. Panos limpos. EPI (avental impermeável, luvas de auto-proteção). Hipoclorito de Sódio a 0,025%; ou desinfetante recomendado pela CMCISS. Álcool a 70%.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Desmontar o umidificador, despejando a água na pia. 4. Imergir os componentes em solução detergente. 5. Lavar os componentes com auxílio de esponja e escova. 6. Enxaguar os componentes com água em abundância. 7. Deixar secar em pano limpo. 8. Imergir totalmente os componentes de plástico na solução de Hipoclorito a 0,025%

por 30 minutos. 9. Deixar secar sobre uma compressa limpa. 10. Friccionar álcool a 70% por 3 vezes nos componentes de metal. 11. Montar e embalar em papel crepado ou SMS. 12. Retirar os EPI. 13. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Não colocar materiais molhados na solução de Hipoclorito de Sódio 1% para não diluir a solução.

Resultados Esperados

Limpar e desinfetar corretamente os umidificadores de acordo com recomendação técnica da CMSISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza do Reanimador Manual (Ambu)

Limpeza do Reanimador Manual (Ambu)

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Reanimador Manual (AMBU). Esponja macia. Detergente neutro líquido e detergente líquido enzimático. Compressa limpa. EPI (avental impermeável, óculos de acrílico, luvas de auto proteção).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Desconectar as peças do reanimador manual (AMBU). 4. Diluir o detergente líquido enzimático no recipiente de plástico, conforme orientação

do fabricante. 5. Imergir os componentes desconectados na solução e deixar agir, conforme

orientação do fabricante. 6. Lavar os componentes com água e detergente líquido neutro, peça por peça; 7. Enxaguar com água em abundância. 8. Colocar os componentes para secar. 9. Retirar os componentes da solução e enxaguar com água em abundância. 10. Retirar os EPI. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 12. Encaminhar para esterilização.

Cuidados

Caso o AMBU seja de silicone, encaminhar as peças siliconizadas para autoclavação após limpeza prévia.

Para AMBU de borracha é recomendável encaminhar para óxido de etileno.

Resultados Esperados

Limpar e desinfetar corretamente o reanimador manual de acordo com recomendação técnica do SCIH, CMCISS ou referência técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Lavagem de Kit de Micronebulização

Lavagem de Kit de Micronebulização

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Detergente líquido neutro. Recipiente plástico. Esponja com cerdas macias. Almotolia ou seringa de 20ml. 02 compressas limpas. EPI (avental impermeável, óculos de acrílico, luvas de auto-proteção, máscaras).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Diluir o detergente líquido em recipiente plástico. 4. Imergir os componentes do Kit na solução detergente. 5. Introduzir com auxílio da almotolia ou seringa de 20ml, um jato forte de solução de

detergente líquido dentro dos lumens dos tubos. 6. Lavar o restante dos componentes com auxílio de esponja. 7. Enxaguar os componentes do Kit com água em abundância. 8. Deixar secar sobre compressas limpas (máscara e copinhos). 9. Deixar os tubos secarem. 10. Retirar os EPI. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 12. Encaminhar para esterilização em óxido de etileno.

Cuidados

Fazer revisão, observando presença de sujidade.

Resultados Esperados

Lavar corretamente o Kit de micronebulização de acordo com a recomendação técnica da CMCISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Desinfecção do Espaçador (Adaptada de acordo com Orientação Fabricante do Flumax)

Desinfecção do Espaçador (Adaptada de acordo com Orientação do Fabricante do Flumax)

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Escovas tubulares. Detergente líquido neutro. Recipiente plástico. Esponja com cerdas macias. Hipoclorito de Sódio a 0,025% ou solução recomendada pela CMCISS. Compressas limpas. EPI (avental impermeável, óculos protetor, luvas de auto-proteção, máscaras).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Desmontar as peças do espaçador. 4. Imergir as peças na solução de detergente líquido. 5. Lavar bem cada uma das partes com auxílio da esponja e da escova. 6. Lavar as partes do espaçador com água corrente, abundantemente. 7. Imergir as peças em solução de hipoclorito a 0,025% por 30 minutos. 8. Retirar as peças e enxaguar abundantemente. 9. Colocar o corpo do espaçador e as demais peças na posição vertical em cima de

uma compressa limpa, secar. 10. Guardar em saco plástico. 11. Retirar os EPI. 12. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Não colocar materiais molhados na solução de hipoclorito de sódio a 0,025% para não diluir a solução.

Caso o esfregaço seja descartável, avaliar a utilização com os órgãos competentes.

Resultados Esperados

Desinfetar corretamente o espaçador de acordo com a recomendação técnica da CMCISS, SCIH ou Referência Técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Almotolias

Limpeza e Desinfecção de Almotolias

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Recipiente plástico. Escovas de nylon. Ar comprimido. Detergente líquido neutro. Esponja com cerdas macias. Solução alcoólica a 70%. 02 compressas limpas. EPI (avental impermeável, óculos de acrílico, luvas de borracha ou PVC de cano

longo, máscaras).

Descrição das Atividades

1ª opção: Procedimento semanal (7/7 dias) 1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Retirar as tampas das almotolias. 4. Desprezar o conteúdo das almotolias na pia. 5. Retirar os rótulos. 6. Lavar as almotolias em água corrente para retirada do excesso do produto utilizando

detergente líquido neutro. 7. Retirar os resíduos de detergente neutro com água corrente. 8. Secar com compressa limpa. 9. Imergir as almotolias e as tampas no recipiente plástico com álcool a 70%, deixando-

as totalmente cobertas com a solução por 30 minutos. 10. Retirar as almotolias e tampas do recipiente. 11. Lavar e enxaguar as almotolias e tampas abundantemente em água corrente com

auxílio da esponja e da escova 12. Secar o interior das almotolias com ar comprimido e o exterior com compressa limpa. 13. Acondicionar as almotolias em sacos plásticos. 14. Retirar os EPI. 15. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 16. Encaminhar as almotolias limpas para farmácia. 2ª opção: Procedimento 72/72 horas 1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Retirar as tampas das almotolias. 4. Desprezar o conteúdo das almotolias na pia. 5. Retirar os rótulos. 6. Lavar as almotolias em água corrente para retirada do excesso do produto utilizando

detergente líquido neutro.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza e Desinfecção de Almotolias

Limpeza e Desinfecção de Almotolias

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7. Retirar os resíduos de detergente neutro com água corrente. 8. Secar o interior das almotolias com ar comprimido e o exterior com compressa limpa. 9. Acondicionar as almotolias em sacos plásticos. 10. Retirar os EPI. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 12. Encaminhar as almotolias limpas para farmácia.

Cuidados

Não colocar materiais molhados na solução alcoólica para não diluir a mesma. Fazer revisão, observando a presença de sujidade.

Resultados Esperados

Lavar e desinfetar corretamente as almotolias para acondicionamento de soluções.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza de Comadre, Marreco, Bacia, Balde, Jarro, Cuba-Rim ede Aspirador Móvel

Limpeza de Comadre, Marreco, Bacia, Balde, Jarro, Cuba-Rim e Frasco de Aspirador Móvel

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Água corrente. 01 escova com haste longa. 01 esponja não abrasiva. 01 almotolia com sabão líquido. 01 galão de detergente líquido enzimático. 01 papel para etiqueta (rótulo). EPI (avental impermeável, óculos de acrílico, luvas de borracha ou PVC de cano

longo, máscaras). 01 avental impermeável. 02 luvas de procedimento. 01 impresso próprio. 01 campo limpo e seco. 10 cm de fita adesiva.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Separar e preparar o material e paramentar com EPI. 4. Reunir todo o material necessário. 5. Fazer a pré-lavagem da comadre, marreco e frasco de aspirador móvel quando

houver resíduos de fezes ou secreções. 6. Lavar com água e sabão, friccionando com esponja ou escova. 7. Secar com tecido limpo. 8. Embalar os materiais, individualmente em plástico ou outro invólucro limpo. 9. Identificar o material com data do processamento e validade. 10. Deixar o setor limpo e organizado. 11. Retirar os EPI. 12. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 13. Registrar em livro próprio, assinar e carimbar.

Cuidados

Em caso do equipamento apresentar sujidade, repetir o procedimento até que fique completamente limpo.

Resultados Esperados

Materiais limpos e secos.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza de Instrumental Cirúrgico e de outros Artigos de Serviços de Saúde

Limpeza de Instrumental Cirúrgico e de outros Artigos de Serviços de Saúde

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Recipiente plástico. Esponjas macias. Escovas de cerdas macias. Detergente líquido neutro. Detergente enzimático. 02 compressas limpas. EPI (gorro, botas ou sapatos impermeáveis fechados, luvas de borracha ou PVC de

cano longo, avental impermeável, máscara, óculos protetor).

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar os EPI. 3. Conferir o material. 4. Diluir o detergente enzimático no recipiente de plástico, conforme orientação do

fabricante. 5. Imergir os instrumentais na solução. Aguardar o tempo recomendado pelo fabricante. 6. Lavar os instrumentais com detergente líquido neutro peça por peça, utilizando

escovas ou esponjas, atentando para junções e cremalheiras. 7. Enxaguar abundantemente em água corrente. 8. Secar os instrumentais com auxílio da compressa. 9. Fazer inspeção observando sujidade, quebras e rachaduras. 10. Enviar para área de preparo. 11. Retirar os EPI. 12. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Certificar-se da ausência de material pérfuro-cortante. Submeter o instrumental cirúrgico ao processo de limpeza o mais breve possível

para facilitar a remoção de sujidades aderidas em reentrâncias. Evitar o ressecamento da matéria orgânica na superfície do instrumental cirúrgico

com o uso de solução detergente (ex: enzimática) em forma de spray, gel ou espuma que o mantenha úmido.

Lavar manualmente o instrumental cirúrgico delicado, pois ele pode ser danificado se for posto em máquinas.

Usar produtos e escovas não-abrasivas, a fim de evitar a corrosão das peças. Em artigos canulados, recomenda-se utilizar pistola de água sob pressão e ar

comprimido. Separar o instrumental cirúrgico cortante e pesado, colocando os itens leves sempre

por cima dos primeiros. Desmontar o instrumental cirúrgico sempre que possível. Abrir as pinças e desconectar componentes desmontáveis.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Limpeza de Instrumental Cirúrgico e de outros Artigos de Serviços de Saúde

Limpeza de Instrumental Cirúrgico e de outros Artigos de Serviços de Saúde

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2

Material pontiagudo deve ser aberto, limpo com cuidado, enxaguado e novamente

fechado. Separar as pinças de pontas traumáticas e lavar separadamente para evitar traumas. O uso do detergente enzimático é indicado somente para instrumentos de difícil

limpeza. Utilizar, na lavadora ultra-sônica, apenas instrumentais com o mesmo tipo de liga

metálica, pois pode ocorrer transferência de íons e produção de pontos de corrosão e quebra, se houver ligas diferentes.

Realizar secagem rigorosa, em área limpa, com bancada previamente desinfetada com álcool a 70% e forrada com tecido de cor clara, para facilitar a inspeção.

Lubrificar as articulações do instrumental cirúrgico com lubrificantes minerais e permeáveis ao vapor, já que os produtos oleosos podem abrigar esporos bacterianos, mesmo após o processo de esterilização.

Resultados Esperados

Deixar o artigo limpo para posterior desinfecção ou esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Empacotamento do Material (Técnica do Envelope)

Empacotamento do Material (Técnica do Envelope)

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Campo de algodão duplo ou papel crepado ou SMS. Material a ser empacotado. Fita teste para autoclave.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar o campo duplo ou papel crepado de losango sobre a mesa. 3. Colocar o material no centro ou papel. 4. Pegar a ponta voltada para o funcionário e cobrir o material. 5. Fazer uma dobra externa na ponta. 6. Pegar uma das laterais do campo ou papel e fazer uma outra dobra sobrepondo à

primeira. 7. Fazer uma dobra externa na ponta. 8. Repetir o pacote trazendo a ponta restante sobre o material, finalizando o pacote. 9. Fixar o pacote com a fita adesiva sem encontro das pontas. 10. Fixar fita teste para autoclave. 11. Higienizar as mãos ao final da atividade.

Cuidados

Observar sempre o posicionamento correto das dobras. Manter o campo/papel sempre ajustado ao material. Atentar para a quantidade de fita para fixar o pacote, facilitando a abertura.

Resultados Esperados

Empacotar o material de acordo com a técnica pré-estabelecida.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

Fonte: Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde. -- 2. ed. Brasília,1994.

Figura 1 – Técnica do envelope

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Caneta de Cautério

Preparo de Caneta de Cautério

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Papel crepado ou SMS 50 x 50cm. 01 caneta de cautério. 01 fita adesiva. 01 fita de autoclave. 01 compressa limpa. 01 pacote de gazinha.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Colocar o papel crepado ou SMS em posição de losango sobre a mesa. 3. Enrolar o fio da caneta de cautério. 4. Proteger a ponta da caneta com gazinha. 5. Envolver a caneta na compressa, utilizando a técnica de envelope e colocá-la sobre

o papel crepado ou SMS. 6. Fechar o pacote utilizando a técnica de envelope. 7. Fixar o pacote utilizando um pedaço de fita adesiva. 8. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura. 9. Colocar um pedaço de 3 cm de fita de autoclave no pacote. 10. Encaminhar para esterilização. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Atentar ao enrolar o fio para não tencioná-lo, em movimentos circulares. Na presença de sujidade no instrumental encaminhar para sala de utilidades para

posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente as canetas de cautério para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo do Pacote de Retirada de Pontos

Preparo do Pacote de Retirada de Pontos

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 pinça hemostática reta. 01 tesoura cirúrgica de ponta fina. Fita autoclave. Fita adesiva. 01 campo de algodão duplo 30 x 30 cm ou papel crepado 30 x 30 cm ou similar. 01 compressa limpa.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar os instrumentais. 3. Fazer revisão observando presença de sujidade. 4. Colocar o campo duplo ou papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 5. Colocar os instrumentais abertos desarticulados, empacotados na compressa

utilizando a técnica de envelope. 6. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 7. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita adesiva. 8. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura. 9. Colocar um pedaço de 3 cm de fita de autoclave no pacote. 10. Encaminhar para esterilização. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Manter os instrumentais ajustados no pacote. Na presença de sujidade do instrumental, encaminhar para sala de utilidades (área

suja) para posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o pacote de retirada de pontos para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Kit de Parto

Preparo de Kit de Parto

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

02 pinças Pean Forte. Fita de autoclave. Fita adesiva. 01 campo e algodão duplo 50 x 50 cm ou papel crepado 50 x 50cm. 01 aspirador nasal. 02 campos 50 x 50 cm. 02 compressas limpas.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar os instrumentais. 3. Fazer revisão, observando presença de sujidade. 4. Colocar o campo duplo ou papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 5. Colocar os instrumentais abertos desarticulados sobre os campos, entre as 2

compressas, na mesma posição. 6. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 7. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita adesiva. 8. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o nº do Kit de acordo com o nº do

especulo, data do preparo, validade, assinatura. 9. Colocar um pedaço de 3 cm de fita da autoclave no pacote. 10. Encaminhar para esterilização. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Deixar o aspirador nasal exposto entre as compressas para não favorecer a formação de condensado.

Na presença de sujidade no instrumental encaminhar para sala de utilidades (área suja) para posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o Kit de Parto para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Cuba-Rim

Preparo de Cuba-Rim

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 cuba-rim. Fita de autoclave. Fita adesiva. 01 campo de algodão duplo 50 x 50 cm ou papel crepado 50 x 50 cm.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar a cuba-rim. 3. Fazer revisão, observando a presença de sujidade. 4. Colocar o campo duplo ou papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 5. Colocar a cuba-rim no centro do campo ou papel com a abertura voltada para baixo. 6. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 7. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita adesiva. 8. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura. 9. Colocar um pedaço de 3 cm de fita de autoclave no pacote. 10. Encaminhar para esterilização. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Manter a cuba-rim ajustada no pacote. Na presença de sujidade no instrumental encaminhar para sala de utilidades (área

suja) para posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente a cuba-rim para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Pacote de Curativo

Preparo de Pacote de Curativo

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 tesoura reta. 01 pinça hemostática reta. 01 pinça anatômica serrilhada. 01 espátula. 01 porta bisturi. Fita para autoclave. Fita adesiva. 01 campo de algodão duplo 30 x 30 cm ou papel crepado. 01 compressa limpa.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar os instrumentais. 3. Fazer revisão, observando a presença de sujidade. 4. Colocar o campo duplo ou papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 5. Colocar os instrumentais abertos desarticulados na compressa, utilizando a técnica

de envelope. 6. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 7. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita adesiva. 8. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura. 9. Colocar um pedaço de 3 cm de fita de autoclave no pacote. 10. Encaminhar para esterilização. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Manter o pacote adequadamente ajustado aos materiais. Na presença de sujidade no instrumental, encaminhar para a sala de utilidades (área

suja) para posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o pacote de curativo para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Pacote de Gaze Aberta

Preparo de Pacote de Gaze Aberta

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 rolo de compressa 91 x 91 cm. 01 tesoura. Fita teste para autoclave. Fita adesiva. Papel crepado 30 x 30cm ou SMS.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Cortar 60cm de gaze. 3. Dobrar 15cm nas duas extremidades para dentro no sentido do comprimento. 4. Dobrar uma vez ao meio, no comprimento. 5. Dobrar outra vez no meio, no comprimento. 6. Colocar o papel crepado ou SMS sobre a mesa em forma de losango. 7. Colocar a gaze no centro do papel crepado. 8. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 9. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita adesiva. 10. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, identificando como (G.A.),

data do preparo, validade, assinatura. 11. Colocar um pedaço de 3 cm de fita teste para autoclave no pacote. 12. Encaminhar para esterilização. 13. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Atentar para a dobra correta da gaze. Manter o papel ajustado à gaze.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o pacote de gaze aberta para esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Pacote de Gazinhas

Preparo de Pacote de Gazinhas

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

10 gazinhas 7,5 x 7,5cm. Fita teste para autoclave. Fita adesiva. Papel crepado 30 x 30cm ou SMS.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar 10 (dez) gazinhas. 3. Colocar o papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 4. Colocar a gazinha no centro do papel crepado. 5. Fechar o pacote, utilizando a técnica do envelope. 6. Fixar o pacote, utilizando um pedaço de fita teste para autoclave (5cm). 7. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura. 8. Encaminhar para esterilização. 9. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Manter o papel crepado ajustado às gazinhas.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o pacote de gazinhas.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Bandeja para Cateterismo Vesical

Preparo de Bandeja para Cateterismo Vesical

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 campo de algodão duplo 70 X 70 cm ou papel crepado ou similar. 01 compressa limpa. 20 gazinhas. 01 campo fenestrado 50 X 50 cm. 01 cuba-rim. 01 pinça para anti-sepsia. Fita adesiva. Fita autoclave.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Separar os materiais. 3. Colocar o campo duplo ou papel crepado sobre a mesa em forma de losango. 4. Colocar a cuba-rim com abertura para cima sobre o campo duplo ou papel crepado. 5. Colocar o campo fenestrado dobrado dentro da cuba-rim. 6. Colocar uma compressa dobrada sobre o campo fenestrado. 7. Colocar as gazinhas sobre a compressa. 8. Colocar a pinça sobre as gazinhas. 9. Fechar o pacote utilizando a técnica do envelope. 10. Fixar o pacote utilizando um pedaço da fita adesiva. 11. Identificar o pacote na fita adesiva, colocando o conteúdo, data do preparo, validade,

assinatura e o número do lote. 12. Colocar um pedaço de 3 cm de fita teste para autoclave no pacote. 13. Encaminhar para esterilização. 14. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Montar bandeja completa. Na presença de sujidade no instrumental encaminhar para a sala de utilidades para

posterior limpeza.

Resultados Esperados

Preparar corretamente o pacote de gaze aberta para esterilização. Preparar bandeja para facilitar a execução do procedimento.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

Page 100: Manual Cme

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Preparo de Dobragem de Roupas e Compressas

Preparo de Dobragem de Roupas e Compressas

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Roupas limpas. Compressas limpas.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Receber as roupas e compressas provenientes da lavanderia e rouparia. 3. Fazer a triagem das roupas e das compressas, conforme rotina específica,

verificando presença de sujidade e deformações. 4. Escovar e dobrar as compressas, conforme instrução normativa. 5. Dobrar as roupas conforme instrução normativa. 6. Preparar os pacotes de roupas e compressas, conforme instrução normativa. 7. Colocar em sacos plásticos a roupa e as compressas sujas (com manchas, rasgos e

copos estranhos), e em local próprio, para serem devolvidas à lavanderia. 8. Realizar a identificação, datar e anotar o número do lote, validade do processo e

assinar. 9. Encaminhar os pacotes de roupas e compressas para a área de esterilização. 10. Manter a área limpa e organizada. 11. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Cuidar para que os pacotes não encostem na câmara interna da autoclave.

Resultados Esperados

Pacotes de roupas e compressas dobrados dentro da técnica.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

Page 101: Manual Cme

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Montagem do Rack das Autoclaves

Montagem do Rack das Autoclaves

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1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Pacotes a serem esterilizados.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Receber o pacote do preparo. 3. Verificar a integridade do pacote. 4. Retornar para o preparo os pacotes que apresentarem sujidade, rasgos, umidade,

mau empacotamento, sem identificação, etc. 5. Anotar o número do lote na fita adesiva. 6. Colocar os pacotes na posição vertical. 7. Colocar bacias, cubas, vidros e bandejas com a abertura para baixo. 8. Deixar espaço entre os pacotes para favorecer a penetração do vapor. 9. Colocar o rack na câmara interna. 10. Fechar a porta da autoclave. 11. Ligar a autoclave. 12. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Cuidar para que os pacotes não encostem na câmara interna da autoclave.

Resultados Esperados

Autoclave funcionando de forma correta e regular.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Realização Teste Biológico de Leitura Rápida- 3 Horas

Realização Teste Biológico de Leitura Rápida- 3 Horas

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1

Executante Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 incubador biológico. 01 ampola de indicador biológico. 01 pacote teste – (desafio para esterilização) se possível contendo tecido (roupa)

com medida máxima de 30 x 30 x 50 cm. 01 cesto de aço. 01 fita teste para autoclave; Impresso de controle de resultados.

Descrição das Atividades

1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Identificar a ampola de indicador biológico colocando: número da autoclave, nível

escolhido, número do ciclo e data. 3. Colocar a ampola de indicador biológico no centro do pacote, entre os campos. 4. Fechar o pacote, conforme a técnica do envelope, identificando-o. 5. Colocar o pacote teste dentro do cesto de aço. 6. Posicionar o cesto com o pacote teste, no local escolhido da rack, entre os demais

pacotes. 7. Realizar o ciclo de esterilização. 8. Retirar o pacote após o esfriamento. 9. Abrir o pacote retirando a ampola de teste biológico. 10. Quebrar a ampola e colocá-la no incubador, juntamente com a ampola teste. 11. Proceder a leitura a partir de 3 horas de incubação ou conforme orientação do

fabricante. 12. Retirar as ampolas da incubadora e verificar o resultado final. 13. Preencher o impresso de controle dos resultados. 14. Manter a área limpa e organizada. 15. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados Suspender a utilização do material autoclavado durante o teste, caso ocorra

mudança de coloração na ampola. Repetir o teste utilizando novo pacote. Solicitar avaliação técnica da autoclave caso persista a alteração na coloração da

ampola. Observações: Recomenda-se a realização do teste biológico: 1) No 1º ciclo de autoclave, diariamente; 2) Após a manutenção preventiva e corretiva da autoclave.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Realização Teste Biológico de Leitura Rápida- 3 Horas

Realização Teste Biológico de Leitura Rápida- 3 Horas

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

2

Resultados Esperados

Garantia de monitoramento do processo de esterilização. Segurança quanto à esterilização.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Realização do Teste Bowie & Dick

Realização do Teste Bowie & Dick

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Auxiliar ou Técnico de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

01 folha própria para o teste Bowie & Dick. Fita teste para autoclave a vapor. Pacote de campos cirúrgicos, com medidas de 30x30x50 cm. 01 cesto inox.

Descrição das Atividades 1. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS. 2. Identificar o teste colocando o número da autoclave, data, horário de início e término

do ciclo, temperatura atingida e nome do funcionário. 3. Colocar a folha de teste Bowie & Dick dentro do pacote de campos cirúrgicos, ao

centro, entre os campos. 4. Fechar o pacote conforme a técnica do envelope, identificando-o com o número da

autoclave. 5. Colocar o pacote no cesto inox. 6. Posicionar o cesto contendo o teste dentro da autoclave vazia, em cima do dreno. 7. Realizar um ciclo a 134 º C por 3 minutos e meio, sem o processo de secagem. 8. Retirar o pacote após o esfriamento. 9. Abrir o pacote e retirar a folha de teste Bowie & Dick. 10. Complementar os dados de identificação do teste. 11. Verificar se ocorreu coloração uniforme da fita teste para autoclave. 12. Higienizar as mãos conforme Instrução Normativa da CMCISS.

Cuidados

Solicitar avaliação técnica da autoclave caso a fita não tenha corado, pois isto indica que não houve completa remoção do ar da câmara.

Recomenda-se a realização do teste Bowie e Dick diariamente no primeiro ciclo de esterilização em autoclave fria, alto vácuo, com a câmara fria e vazia.

Resultados Esperados

Segurança quanto à esterilização. Garantia do monitoramento do processo de esterilização.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão

Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE - SMS Av. General David Sarnoff, 3113 – Cidade Industrial - Contagem/MG - CEP 32210-110 E-mail: [email protected]

1

Executante

Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Água. Sabão líquido. Papel toalha.

Descrição das Atividades

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

1. Retirar relógios, anéis e jóias das mãos e braços. 2. Abrir a torneira tomando cuidado para não encostar as mãos na pia. 3. Molhar as mãos. 4. Colocar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir toda a

superfície das mãos. 5. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si. 6. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da esquerda entrelaçando os dedos e

vice-versa. 7. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais. 8. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os

dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa. 9. Esfregar o polegar direito, com auxilio da mão esquerda, utilizando o movimento

circular e vice-versa. 10. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,

fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa. 11. Esfregar o punho esquerdo, com auxilio da palma da mão direita, utilizando movimento

circular e vice-versa. 12. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto das mãos

ensaboadas com a torneira. 13. Secar com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. 14. Utilizar o papel-toalha para fechar as torneiras com contato manual. Desprezar o

papel-toalha na lixeira para resíduos comuns.

Cuidados

Indicação do uso de água e sabão: Ao iniciar o turno de trabalho. Após ir ao banheiro. Antes e depois das refeições. Antes do preparo de alimentos. Antes do preparo de manipulação de medicamentos. Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue ou

outros fluidos corporais. Antes e após contato com o paciente. Antes e após remoção de luvas.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão

Higienização Simples das Mãos com Água e Sabão

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2

Resultados Esperados

Interromper a cadeia de transmissão de infecções veiculadas ao contato. Prevenção e redução das infecções causadas pela transmissão cruzada.

Ações nas Anormalidades Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo

setor.

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SISTEMA MANUAL DE PROCESSAMENTO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE

SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Higienização das Mãos com Antisséptico

Higienização das Mãos com Antisséptico

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1

Executante Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Água. Papel toalha. Anti-sépticos (PVP- I degermante ou clorexidina degermante).

Descrição das Atividades

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

1. Retirar relógios, anéis e jóias das mãos e braços. 2. Abrir a torneira tomando cuidado para não encostar as mãos na pia. 3. Molhar as mãos. 4. Colocar na palma da mão quantidade suficiente de anti-séptico para cobrir toda a

superfície das mãos. 5. Espalhar o anti-séptico nas palmas das mãos friccionando-as entre si. 6. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da esquerda entrelaçando os dedos

e vice-versa. 7. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais. 8. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os

dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa. 9. Esfregar o polegar direito, com auxilio da mão esquerda, utilizando o movimento

circular e vice-versa. 10. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão

direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa. 11. Esfregar o punho esquerdo, com auxilio da palma da mão direita, utilizando

movimento circular e vice-versa. 12. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos do anti-séptico. Evitar contato direto das

mãos ensaboadas com a torneira. 13. Secar com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos. 14. Utilizar o papel-toalha para fechar as torneiras com contato manual. Desprezar o

papel-toalha na lixeira para resíduos comuns.

Cuidados

Aplicar creme hidratante nas mãos diariamente para evitar o ressecamento da pele. Não usar outro anti-séptico (ex: álcool a 70% glicerinado) para higienização das

mãos após utilização do PVP- I degermante ou clorexidina degermante.

Resultados Esperados

Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE II: Instruções Normativas Higienização das Mãos com Álcool a 70% glicerinado

Higienização das Mãos com Álcool a 70% glicerinado

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1

Executante

Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem

Materiais/Equipamentos

Água. Papel toalha. Álcool a 70% glicerinado.

Descrição das Atividades

Duração dom procedimento: 20 a 30 segundos.

1. Retirar relógios, jóias e anéis das mãos e dos braços. 2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente da preparação alcoólica para cobrir

toda a superfície das mãos. 3. Friccionar as palmas das mãos entre si. 4. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os

dedos e vice-versa. 5. Friccionar as palmas das mãos entre si com os dedos entrelaçados. 6. Friccionar os dorsos dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando

os dedos e vice-versa. 7. Friccionar o polegar esquerdo, com o auxílio da mão direita, utilizando movimento

circular e vice-versa. 8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão

esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa. 9. Friccionar os punhos com movimentos circulares. 10. Friccionar até secar. Não utilizar papel-toalha.

Cuidados

Indicação: Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. Na assistência ao paciente em precauções de contato, gotículas e/ou aerossóis

deve ser realizada após higienização das mãos com água e sabão.

Resultados Esperados

Reduzir a carga microbiana das mãos podendo substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

Ações nas Anormalidades

Caso haja alguma anormalidade comunicar ao (à) enfermeiro (a) responsável pelo

setor.

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE III: Instruções Normativas em Odontologia

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1

PARTE III Instruções Normativas

em Odontologia

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SUBSISTEMA / PROCESSO PARTE III: Instruções Normativas em Odontologia

Instruções Normativas em Odontologia

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1

Rotinas de preparação do campo de trabalho

Higienizar as mãos com água e sabão líquido neutro e biodegradável conforme

Instrução Normativa da CMCISS.

Calçar luvas grossas para limpeza.

Colocar máscara.

Colocar óculos de proteção.

Colocar avental.

Realizar a limpeza com água e sabão antes da desinfecção.

Realizar o processo de desinfecção das superfícies metálicas: equipo, seringa-tríplice,

micro-motor e demais superfícies metálicas com álcool a 70% através da fricção por 3

vezes.

Realizar a proteção das superfícies metálicas: proteger com filme de PVC, ou saco de

boca estreita, evitando-se tocar nas superfícies já desinfetadas por soluções químicas:

micro-motor, caneta de alta rotação e contra- ângulo, pontas dos sugadores, Seringa

tríplice, área da pega do refletor (alça), bandeja do equipo, área de pega da bandeja

do equipo. Observação: para a seringa tríplice, antes de realizar o processo de

proteção, cortar “canudo de refrigerante” e encaixar na parte que fica em contato com

a cavidade bucal.

Realizar o processo de desinfecção das superfícies não metálicas (exceto para artigos

críticos e semi-críticos): Solução de hipoclorito de sódio a 1%.

Rotinas de atendimento entre pacientes

Higienizar as mãos com água e sabão líquido neutro e biodegradável conforme

Instrução Normativa da CMCISS.

Colocar a luva de limpeza.

Colocar a caneta de alta rotação em movimento, por 15 segundos.

Retirar as coberturas descartáveis.

Remover os instrumentos cortantes e colocá-los em um recipiente próprio.

Realizar limpeza e desinfecção da cuspideira - retirar o sugador e colocar substância

desinfetante no sistema de sucção.

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2

Realizar desinfecção nas superfícies metálicas e não metálicas.

Retirar o saquinho de lixo do porta-detritos.

Retirar as luvas de limpeza.

Higienizar as mãos com água e sabão líquido neutro e biodegradável conforme

Instrução Normativa da CMCISS.

Colocar novas proteções, nova bandeja com instrumentais estéreis.

Lavar as mãos e colocar um novo par de luvas. Rotinas após o atendimento do paciente

Liberar o paciente, descartar as luvas de procedimento e depositá-las no saco de lixo

branco leitoso (lixeira com pedal).

Higienizar as mãos com água e sabão líquido neutro e biodegradável conforme

Instrução Normativa da CMCISS.

Calçar luvas grossas para limpeza.

Remover as proteções.

Eliminar o material descartável utilizado (sugadores, compressas de gaze, algodão,

guardanapos e filme de PVC) e depositá-los em saco de lixo branco leitoso em lixeira

com pedal.

Descartar qualquer sobra de anestésico conforme orientação do Manual de

Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Esse anestésico não pode ser

utilizado em outro paciente.

Descartar os objetos pérfuro-cortantes (agulhas para anestesia, lâminas de bisturi) em

recipientes de paredes rígidas.

Os restos de amálgama devem ser dispensados em recipientes de plástico de

paredes rígidas contendo água e rotulado MERCÚRIO - RISCO BIOLÓGICO.

Caneta de alta rotação e contra-ângulo devem ser autoclavados.

Limpeza de pisos e superfícies

O piso deve ser de material liso, resistente, lavável e impermeável.

É proibida a varredura seca das dependências físicas de consultórios odontológicos.

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3

O processo de limpeza de pisos deve ser diário por varredura úmida e iniciar-se pelo

local mais distante dirigindo-se para o local de saída do consultório odontológico

usando a técnica de dois baldes:

Pano úmido (balde com água e sabão).

Remover o sabão com pano molhado (balde com água limpa).

Passar hipoclorito de sódio 1% com um pano limpo. Esperar 10 minutos (tempo de

ação do desinfetante). Retirar o excesso de solução com pano limpo e úmido.

As paredes devem ser de cor clara, de materiais lisos, resistentes e laváveis (limpeza

com água e sabão neutro./semanal).

Iniciar a limpeza do local mais alto para o mais baixo, próximo ao chão

Limpar a partir do local mais limpo para o mais sujo ou contaminado.

Seguir orientações do Manual de Organização de Higienização e Conservação de

Ambiente de Serviços de Saúde em Contagem, produzido pela CMCISS.

Rotinas de Manutenção Preventiva

Sistema Elétrico e Hidráulico

Desligar o quadro de distribuição elétrica e fechar o registro geral de água ao final do

expediente.

Preencher o reservatório que abastece a seringa e a caneta de alta rotação com água

filtrada.

Verificar quinzenalmente os filtros de linha.

Cadeira Odontológica

Ao término do atendimento, retornar a cadeira à posição “zero”.

Verificar se a caixa de comando da cadeira não apresenta vazamentos e se está

corretamente posicionada.

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4

Refletor Odontológico

O aparelho quando não estiver sendo usado deverá permanecer desligado e com os

braços em posição de descanso (braço superior sobre o braço inferior formando um

ângulo de 45 º).

Evitar borrifar soluções na lâmpada do refletor.

Verificar se não existem fios soltos ou mau contato.

Cuspideira

Retirar o porta resíduos diariamente e limpá-lo com água e sabão a fim de se evitar

entupimentos.

Verificar se a mangueira está dobrada ou amassada.

Sugador

O sugador só deve ser ligado no momento em que for usado, para se evitar perdas

desnecessárias de ar.

Após cada atendimento sugar solução de água com sabão e após hipoclorito a 1%

para limpeza e desinfecção da mangueira.

Compressor

Manter o compressor funcionando por aproximadamente um minuto antes de fechar a

saída de ar.

A limpeza da umidade deve ser feita diariamente para se evitar acumulação de óleo e

sujeira que formam uma camada isolante, prejudicando a dissipação normal de calor.

O filtro de admissão do ar deve ser removido e limpo mensalmente.

Manter o nível de óleo de acordo com as recomendações do fabricante, completando

ou trocando sempre que necessário.

Ao final do expediente, drenar o compressor e desligar a chave elétrica.

Não mexer na regulagem do disjuntor automático (a cargo do técnico de manutenção).

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5

Caneta de Alta Rotação

Fazer a lubrificação diária com a graxa que acompanha a caneta de acordo com as

orientações do fabricante.

Em caso de utilização intensa da caneta sugere-se a lubrificação diária por imersão

em óleo mineral.

Para colocação e retirada de brocas usar somente o saca-brocas que acompanha a

caneta.

Encaminhar para esterilização, após limpeza prévia.

Micro Motor

Diariamente, colocar uma gota de óleo no tubo de ar na parte traseira.

O aquecimento perceptível ao tato indica falta de lubrificação.

Seguir as orientações do fabricante quanto o tipo e marca de lubrificante.

Seringa Tríplice

Limpar diariamente os furos com agulha e detergente apropriado e acionar os botões.

Contra-Ângulo

Lubrificar diariamente com duas gotas de óleo de pouca densidade nos lugares

indicados pelo fabricante.

Encaminhar para esterilização, após limpeza prévia.

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Bibliografia consultada

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1

1. AAMI. Association for the Advancement of Medical Instrumentation Technical

Information Reportn. 34. Water for the reprocessing of medical devices Arlington,

Virginia.2007.

2. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 156, de 11

de agosto de 2006. Dispõe sobre o registro, rotulagem e reprocessamento dos

produtos médicos.

3. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 2.605, de 11

de agosto de 2006. Apresenta a lista com os produtos que não podem ser

reprocessados.

4. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 2.606, de 11

de agosto de 2006. Dispõe sobre as diretrizes sobre a elaboração, a validação e a

implantação de protocolos para o reprocessamento dos produtos médicos.

5. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 50 de 21 de

fevereiro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico destinado ao planejamento,

programação, elaboração, avaliação e aprovação de projetos físicos de

estabelecimentos assistenciais de saúde a ser observado em todo território nacional.

Diário Oficial da União. Brasília, 2002.

6. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 189, de 18 de

julho de 2003. Dispões sobre a regulamentação dos procedimentos de análise,

avaliação e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos de saúde no

Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, altera o Regulamento Técnico aprovado

pela RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Diário Oficial da União, Brasília: 21 de

julho de 2003.

7. APECIH. Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar.

Esterilização de Artigos em Unidade de Saúde. São Paulo. APECIH. 2003.

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SUBSISTEMA / PROCESSO Bibliografia consultada

Bibliografia consultada

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2

8. ARCHER, E. et al. Procedimentos e Protocolos. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro,

2005. 740p.

9. Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção relacionada à

Assistência à Saúde. APECIH. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Artigos em

Serviços de Saúde. 339 p.2010.

10. Brasil, Ministério da Saúde. Recomendações para a Terapia Anti-retroviral em

Adultos e Adolescentes Infectados pelo HIV. Brasília, 2007/2008. Brasil, Ministério

da Saúde. Guia para tratamento clínico para a infecção pelo HIV em pediatria.

Brasília, 2007.

11. Brasil, Ministério da Saúde. Recomendações para atendimento e acompanhamento

de exposição ocupacional a material biológico: HIV e hepatites B e C, 2004.

12. BRUNNER, L.S & SUDDARTH, D.M. Tratado de enfermagem médico cirúrgica.10ª

ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005 2v.

13. CDC - Guideline for Environmental Infection Control in Health-Care Facilities, 2003.

14. CDC - Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious

Agents in Healthcare Settings, 2007.

15. MARTINS, MA. Manual de Infecção Hospitalar. Epidemiologia, Prevenção e Controle.

CCIH – Hospital das Clínicas da UFMG. 2ª edição. Ed. Medsi. 2001.1116p.

16. RUTALA WA, WEBER DJ. Healthcare Infection Control Practices Advisory

Committee. Guideline for Disinfectation and Sterilization in healthcare facilities.

Center for Diseases Control and Prevention. HICPAC. 2008.

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SUBSISTEMA / PROCESSO Bibliografia consultada

Bibliografia consultada

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3

17. SMELTZER, S. G; BARE, B. G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Trad.

Brunner & Suddarth’s. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

18. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e

Centro de Material e Esterilização. SOBECC. Práticas Recomendadas. São Paulo,

2009.

19. Updated U.S. Public Health Service Guidelines for the Management of Occupational

Exposures to HBV, HCV, and HIV and Recommendations for Postexposure

Prophylaxis. MMWR 2005 / 54(RR9).