138
1 Centro Brasileiro de Pesquisas F Centro Brasileiro de Pesquisas F í í sicas (CBPF) sicas (CBPF) Curso de Eletrônica Anal Curso de Eletrônica Anal ó ó gica gica VII Escola do CBPF VII Escola do CBPF Prof. Prof. Ademarlaudo Ademarlaudo F. Barbosa F. Barbosa Circuitos elementares (divisor de tensão, integrador, diferenciador) Notação complexa para grandezas elétricas Uso de equações diferenciais em circuitos eletrônicos Função de Transferência Série de Fourier Integral de Fourier Transformadas de Fourier e Laplace Teorema da Convolução Teoremas de Thevenin e Norton Regras de Kirchoff Circuitos simples com diodos Transistores (Bipolares e FET’s) Modelo de Ebers-Moll Polarização de Transistores Circuitos básicos com transistores (emissor comum, base comum, coletor comum) Associações de transistores Transistores em regime dinâmico Amplificador Diferencial Amplificadores Operacionais Circuitos básicos envolvendo amplificadores operacionais Realimentação Osciladores (LC, Harley, Ponte de Wien, Relaxação, Kolpitz) Influência de capacitâncias sobre amplificadores e transistores Componentes passivos Componentes ativos

Centro Brasileiro de Pesquisas F ísicas (CBPF) · 2010. 4. 9. · Amplificadores Operacionais Circuitos básicos envolvendo amplificadores operacionais Realimentação Osciladores

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  • 1

    Centro Brasileiro de Pesquisas FCentro Brasileiro de Pesquisas Fíísicas (CBPF)sicas (CBPF)

    Curso de Eletrônica AnalCurso de Eletrônica Analóógica gica –– VII Escola do CBPFVII Escola do CBPF

    Prof. Prof. AdemarlaudoAdemarlaudo F. BarbosaF. Barbosa

    Circuitos elementares (divisor de tensão, integrador, diferenciador) Notação complexa para grandezas elétricas

    Uso de equações diferenciais em circuitos eletrônicos Função de Transferência

    Série de Fourier Integral de Fourier

    Transformadas de Fourier e LaplaceTeorema da Convolução

    Teoremas de Thevenin e NortonRegras de Kirchoff

    Circuitos simples com diodos Transistores (Bipolares e FET’s)

    Modelo de Ebers-MollPolarização de Transistores

    Circuitos básicos com transistores (emissor comum, base comum, coletor comum) Associações de transistores

    Transistores em regime dinâmico Amplificador Diferencial

    Amplificadores Operacionais Circuitos básicos envolvendo amplificadores operacionais

    Realimentação Osciladores (LC, Harley, Ponte de Wien, Relaxação, Kolpitz)

    Influência de capacitâncias sobre amplificadores e transistores

    Componentes passivos Componentes ativos

  • 2

    Os componentes bOs componentes báásicos e sua sicos e sua ““ffíísicasica””

    V R I V C I I L V

    Circuitos simples nos quais se verificam relações lineares entre grandezas elétricas

    RIV = IdtdV

    C1= dt

    dILV =

    RESISTOR - Os materiais apresentam resistência à passagem de corrente elétrica (I); a corrente tende a circular quando se aplica um campo elétrico, materializado por uma diferença de potencial (V);

    A relação entre V e I é linear (para alguma “faixa”); R é a constante de proporcionalidade

    CAPACITOR – Dados dois (ou mais) condutores, injetar carga elétrica Q em um deles implica o estabelecimento de uma diferença de potencial V. A relação entre Q e V é linear (para alguma “faixa”).

    Variações de Q ou de V são transmitidas entre os eletrodos, gerando passagem de corrente I.

    INDUTOR – Passagem de corrente por um condutor gera campo magnético. Variações da corrente alteram o campo e vice-versa. Variações de corrente implicam diferença de potencial. Há uma relação

    de proporcionalidade linear entre os dois, dada por L.

  • 3

    I VZ

    π+ωω=ωω−=

    π−ωω

    =ωω

    =

    ω=

    ⇒ω=

    2

    cos )(sen)(

    2

    cos )(sen)(

    )cos()(

    )cos()(

    to

    ILto

    ILtV

    tCo

    It

    Co

    ItV

    to

    RItV

    toItI

    [para R]

    [para C]

    [para L]

    ( )[ ]ωϕ

    ωϕ

    ≡∆=−⇒

    ω≡+ω=ϕ+ω

    ttt

    ttt

    '

    ')cos(cos)cos(

    A menos de uma diferença de tempo (π/2ω), podemos dizer que V=ZI, com:

    ω=ω

    =

    =

    1

    LZC

    Z

    RZ [para R][para C][para L]

  • 4

    ω=ω

    =

    =

    ⇒ω=

    )()(

    )(1)(

    )()(

    )(

    tLIitV

    tICi

    tV

    tRItV

    tieoItI

    [para R]

    [para C]

    [para L]

    O mesmo argumento vale para V(t)=Voeiωt, e encontramos V=ZI , com:

    =

    =

    =

    1

    LiZCi

    Z

    RZ

    ωω

    [para R][para C][para L]

    Qualquer sinal elétrico pode ser expresso como sobreposição de harmônicos(a demonstração virá nas próximas aulas)

    tik

    k

    k

    tik

    k

    k eVtVeItIωω ∑∑ == )( )(

    Concluímos que os componentes R, L e C representam “impedâncias” que dependem da freqüência do sinal que veiculam.

    Para cada freqüência temos relação linear entre V e I

  • 5

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    Z2

    Z1

    VsVe

    Circuito genérico

    esVV ZZ

    Z

    21

    2+=

    I

    A mesma corrente passa por Z1 e Z2 :

    eZZ

    Z

    sZ

    V

    Z

    VVVVsse

    21

    2

    21 +− =⇒=

    A soma das quedas de tensão no circuito fechado é nula:

    eZZ

    Z

    sZ

    V

    e VVIIZIZVs

    21

    2

    2 ;021 +=⇒==−−

    Ve I VsZ2

    Z1

  • 6

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    R2

    R1

    VsVe

    Circuito divisor de tensão / atenuador

    I

    Vs=0→ para R2=0 ou para R1=∞

    eRR

    R

    s VV 212

    +=

    Caso mais simples:

    Vs=Ve → para R1=0 ou para R2=∞

    Vs é uma fração de Ve → para valores intermediários de R1 e R2

    Para transmitir Ve sem atenuação devemos ter R1=0 ou R2=∞

  • 7

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    eRCieRsVVV

    Ci

    Ci

    ωω

    ω

    ++==

    11

    1

    1

    ( )

    +==

    +=+=⇒

    ≡+

    − )(1

    22

    ibaArgtg

    ibabaA

    Aeiba

    ab

    i

    ϕ

    ϕ

    ( )RCoo

    eVsV

    tg

    1

    1

    21

    1

    ; =ω=υ

    υ−=ϕ

    =

    ωω

    υ+

    filtro passa baixa

    CI

    R

    VsVe

  • 8

    filtro passa baixa

    CI

    R

    VsVe

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    -1,6

    -1,2

    -0,8

    -0,4

    0,0

    Filtro passa-baixa

    ϕ

    υ

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    0,00

    0,25

    0,50

    0,75

    1,00

    | Vs / Ve |

  • 9

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    filtro passa alta

    R

    C

    VsVe

    I

    eRCiRCi

    eR

    Rs VVV

    Ciω

    ω

    ω++

    ==11

    ( )RCoo

    eVsV

    tg

    1

    11

    21

    ; =ω=υ

    =

    ωω

    υ−

    υ+

    υ

  • 10

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    0,0

    0,4

    0,8

    1,2

    1,6

    Filtro passa-alta

    ϕ

    υ

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    0,00

    0,25

    0,50

    0,75

    1,00

    | Vs / V

    e |

    filtro passa alta

    R

    C

    VsVe

    I

  • 11

    eLCeLisVVV

    Ci

    Ci

    21

    1

    1

    1

    ωω ω

    ω

    −+==

    LCo

    V

    V

    o

    e

    s

    1

    1

    1

    1

    1

    ;

    0

    1)(

    1)(

    2

    2

    ==

    =

    >

    <=

    ωυ

    ϕ

    υυ

    ωω

    υ

    υ

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    Filtro ressonante

    C

    L

    VsVe

    I

  • 12

    Filtro ressonante

    C

    L

    VsVe

    I

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    Filtro passa baixa ressonante

    | Vs / Ve |

    υ

  • 13

    eLC

    LCeLi

    Lis VVV

    Ci2

    2

    1 1 ωω

    ωω

    ω −−

    +==

    LCo

    V

    V

    o

    e

    s

    1

    1

    1

    ;

    0

    1)(

    1)(

    2

    2

    2

    2

    ==

    =

    <

    >=

    −−

    ωυ

    ϕ

    υ

    υ

    ωω

    υυυυ

    Circuitos elementares envolvendo Circuitos elementares envolvendo R, L e CR, L e C

    Filtro ressonante

    L

    C

    VsVe

    I

  • 14

    10-5

    10-4

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    102

    103

    104

    105

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    Filtro passa alta ressonante

    | Vs / Ve |

    υ

    Filtro ressonante

    L

    C

    VsVe

    I

  • 15

    Filtros Filtros RCRC no domno domíínio do temponio do tempo

    ( ) ( ) ( )( )

    ∫≈=

    >>

    +=⇒

    +=+=+=⇒

    =−−=−−

    tVtVV

    tRC

    VtV

    RRIV

    RIVRIV

    eeRCs

    tseRC

    tt

    RCVtt

    CVte

    Ct

    eC

    Q

    e

    ss

    dδδδ

    :δ para

    1δδ

    0δδ

    1

    RCδ1

    RCδ

    δCδ

    δCδ

    Iδδ

    filtro passa baixa

    CI

    R

    VsδVe

    ( )( ) ( )

    ( )

    ∫≈=

    >>

    +=⇒

    +=+=⇒

    +=+=⇒

    ==−

    tVtVV

    tRC

    VtV

    RCVtRCVtV

    VVVV

    eeRCs

    RCt

    seRC

    RCt

    sse

    tRC

    ssstRC

    e

    t

    V

    t

    Q

    R

    VV se

    dδδδ

    :δ para

    1δδ

    1δδδ

    1

    δ1

    δ

    δδ

    δ

    C

    δ

    δδ sMétodo das quedas de tensão

    Método das correntes

    Para RC >> δt ⇒ circuito integrador

  • 16

    Filtros Filtros RCRC no domno domíínio do temponio do tempo

    ( ) ( ) ( )( )

    ( )

    dt

    dV

    t

    V

    s

    tRC

    st

    V

    tRC

    se

    tRCst

    R

    Vte

    Ct

    eC

    Q

    e

    ee

    e

    s

    RCRCV

    tRC

    VRC

    tVVRC

    tVRRIV

    RIVRIV

    ≈=

  • 17

    2a. aula

  • 18

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    dt

    tdI

    Cdt

    dV

    C

    Q

    e

    RtI

    tRIV

    e )(1 )(

    )(

    +=⇒

    +=

    filtro passa baixa

    CI

    R

    VsVe

    Método das quedas de tensão

    Ve(t)

    Vo

    t

    Solução conhecida para o caso da função degrau:

    RCt

    eItI

    dt

    dt

    RtI

    RCdt

    tdI

    RCdt

    tdI

    dt

    tdI

    C

    −=⇒

    −=⇒

    −=⇒

    −=

    ∫∫)0()(

    )(

    0 t

    1)(

    1)(

    )(1

    para

    Condição de contorno: em t=0 → Q=0:

    ( )

    ( )

    R

    V

    C

    Q

    se

    s

    Cs

    ss

    o

    RCt

    RCt

    I

    RIVVVt

    eRItV

    IKQ

    KeIRdttItV

    VtCVtQ

    t

    =⇒

    ==−=−=

    −=∴

    =⇒=

    +−==

    =⇒==

    =

    )0(

    )0(0)0()0(:0 em

    1)0()(

    )0(0)0(

    )0()()(

    0)0()(0)(

    :0 em

    )0(

    0

    1

  • 19

    ( )RCteVtV os −−= 1)(

    0 2 4 6 8 10

    0,0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1,0

    Integrador

    RC=0.1

    RC=1

    RC=10

    Vo

    Vs(t)

    t

  • 20

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    dt

    tdI

    Cdt

    dV

    C

    Q

    e

    RtI

    tRIV

    e )(1 )(

    )(

    +=⇒

    +=

    Método das quedas de tensão

    Ve(t)

    Vo

    t

    Solução conhecida para o caso da função degrau:

    RCt

    eItI

    dt

    dt

    RtI

    RCdt

    tdI

    RCdt

    tdI

    dt

    tdI

    C

    −=⇒

    −=⇒

    −=⇒

    −=

    ∫∫)0()(

    )(

    0 t

    1)(

    1)(

    )(1

    para

    Condição de contorno: em t=0 → Q=0:R

    V

    s

    s

    os

    so

    C

    tQ

    se

    o

    RCt

    IRIV

    eRItRItV

    VV

    VVt

    tVtV

    =⇒=⇒

    ==

    =⇒

    =−⇒=

    =−

    )0()0()0(

    )0()()(

    )0(

    0)0(0 em

    )()()(

    filtro passa alta

    R

    C

    VsVe

    I

  • 21

    RCt

    eVtV os−=)(

    0 2 4 6 8 10

    DiferenciadorVo

    RC=0.1

    RC=1

    RC=10

    0,0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1,0Vs(t)

    t

  • 22

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    Circuito R-L-C

    C

    L

    VoR

    Método das quedas de tensão

    eC

    Q

    dtdI VRIL =++

    0122

    =++ IRLCdt

    dI

    dt

    Id

    Ve(t)

    Vo

    t

    atetI =)(

    012 =++LCL

    R aa

    ( )

    −±−=

    LCLR

    LRa 4

    2

    21

    2,1

    Técnica de solução

    ⇓⇓⇓⇓

    ⇓⇓⇓⇓

    tataeCeCtI 21 21)( +=

    tt ooeCeCtI

    −−−

    −+−

    +=2222

    21)(ωγγωγγ

    LCo

    LR

    1

    2

    =

    =

    ω

    γ

    Solução geral

  • 23

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    Casos particulares

    ωo > γ

    [ ] [ ]{ }

    *

    21

    2

    1

    21

    -db

    ca real )(

    sen)(cos)(sen)(cos)()(

    )()()(

    )(2222

    CC

    tI

    cadbibdcaAtI

    AeidcAeibatIidcC

    ibaC

    eCeCtI

    ii

    titi oo

    =∴

    =

    =⇒

    −+++−++=∴

    +++=⇒

    +≡

    +≡

    +=

    −−−

    −+−

    ψψψψ

    ψψ

    γωγγωγ

    ϕ

    ϕ

    i

    i

    AeC

    AeC

    −=

    =

    21

    2

    21

    1αcos2)( KtI = ( ) ϕγωα

    γ

    +−=

    = −

    t

    AeK

    o

    t

    22

    21

    A e ϕ são determinados pelas condições de contorno

  • 24

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    Condições de contorno [em t=0: Q(t)=I(t)=0 ]

    [ ] [ ] otdtdItCQdtdI VLRIL ==++ == 00[ ] ( )[ ] ( )ϕγωϕγαγωαγ sencossencos2 22

    0

    22

    0−−=−−=

    == ototdtdI AK

    20cos20)0( πϕϕ ±=⇒=⇒= KI

    ϕ = π/2 ⇒ ( )[ ] ( )[ ]tetetI otL

    V

    o

    t

    L

    V

    o

    o

    o

    o 22

    2

    22 sencos)(2222

    γωγω γγω

    πγ

    γω−−=+−−= −

    L

    V

    o

    oA22 γω −

    =⇒ ∓⇒

  • 25

    0 1 2 3 4

    -1,0

    -0,8

    -0,6

    -0,4

    -0,2

    0,0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1,0

    γ=2ωο=20

    I(t)

    t

  • 26

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

    ωo < γ

    reais e real )(

    )(

    21

    21

    2222

    CCtI

    eCeCtItt oo

    +=

    −−−

    −+− ωγγωγγ

    [ ] [ ] otdtdItCQdtdI VLRIL ==++ == 00[ ] ( ) ( )

    =

    −+−

    =

    =⇒

    −=

    −=

    22

    22

    2

    22

    0

    22

    022

    o

    o

    o

    L

    V

    o

    t

    t

    otdtdI

    K

    KeK

    ωγ

    ωγγωγωγ

    KCCI ≡−=⇒= 210)0(

    Condições de contorno [em t=0: Q(t)=I(t)=0 ]

    +=

    −−−

    −+−

    tt

    L

    V oo

    o

    o eetI2222

    222)(

    ωγγωγγ

    ωγ

  • 27

    0 2 4 6 8 10

    0,00

    0,05

    0,10

    0,15

    0,20

    0,25

    0,30

    0,35

    0,40

    I(t)

    t

    ( ) ( )tt eetI 5.015.01)( −−+− −=

  • 28

    ωo = γ

    ( )real real )(

    )( 21

    KtI

    KeeCCtI tt

    =+= −− γγ

    [ ] [ ] ottdtdItCQdtdI VRKeLRIL =+=++ =−= 00 γ

    [ ] [ ]LR

    V

    t

    t

    t

    t

    dtdI

    oK

    RLKRLKeRKeL

    γ

    γγ γγ

    =−

    =−

    =⇒

    +−=+−=+ )(( 00

    Condições de contorno [em t=0: Q(t)=0 ]

    t

    LR

    VetI o λγ

    −−=)(

    EquaEquaçções diferenciais para os circuitos elementaresões diferenciais para os circuitos elementares

  • 29

    0 2 4 6 8 10

    0,0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1,0

    I(t)

    t

    tetI −=)(

  • 30

    Uma linha de transmissão de sinais tem propriedades eletrônicas:

    Transmissão de sinaisTransmissão de sinais

    Circuito equivalente a uma linha de transmissão de sinais

    C/2

    L

    VsVe

    C/2

    L = auto-indutância por unidade de comprimentoC = capacitância por unidade de comprimento

    (*) resistividade desprezada

    Vs

    C/2

    L

    Ve

    C/2

    Ve

    Zeq

    ( )LC

    LCCieq

    Z 22

    4

    22

    ωω

    ω −−=

    2

    2

    2

    2

    2

    1

    2

    1

    1o

    1

    1

    1

    1

    Co

    CCi

    Ci

    L

    eeLeLisVVVV

    =≡

    ===−−+

    ωυ ωω

    υωωω

    ω

    CL

    oCCoCL

    CoLoL

    C

    224222212

    2

    ωωωω =⇒=⇒=⇒= ( ) ( )CL

    o

    iZ

    i

    Z

    eq ZZoo 2

    2

    1

    2

    1 ; 22

    2

    2

    ===−

    −−−

    υυ

    υυυ

    υ⇒

  • 31

    0,01 0,1 1 100,001

    0,01

    0,1

    1

    10

    100

    1000

    | Zeq / Z

    o |

    ν

    [ ]222 11 ννν −−=oeqZZ

  • 32

    A linha de transmissão pode ser terminada por um componente de impedância Z

    Transmissão de sinaisTransmissão de sinais

    Circuito equivalente a uma linha de transmissão de sinais terminada

    Ve

    Zeq

    C/2

    LVin Vout

    ZoC/2

    C/2

    L

    Vin

    Z

    C/2

    12

    2

    4

    23

    2

    2

    ++−−

    ++−=ZCiLZLi

    ZLiRL

    eq CC

    C

    Zωωω

    ωω

    Suponhamos Z=Zeq (linha perfeitamente terminada)

    ( )

    ) (Z (...)

    1

    para

    211

    2

    2

    2

    2

    4

    3

    2

    4

    2

    2

    oo

    LCo

    CL

    o

    Z

    CCCeq

    ωZ

    Z

    Z

    ZLiZLZCiLZLiZZZ

    o

    o

    LC

    CL

    ωω

    υ

    ωωωωω

    ωω

    υω

  • 33

    0,001 0,01 0,1 10,001

    0,01

    0,1

    1

    10

    100

    1000

    Sem terminação

    Terminação R = Zo

    | Zeq / Z

    o |

    υ

    21

    1

    υ−=

    o

    eq

    Z

    Z

  • 34

    Definimos Função de Transferência como a função T, tal que:

    FunFunçção de Transferência & Diagrama de Bodeão de Transferência & Diagrama de Bode

    Ventrada Vsaída

    circuito

    Representação genérica de um circuito

    V TVsaida entrada=

    T é necessariamente uma função de ω:

    )(

    )()( ω

    ωωentrada

    saída

    V

    VT =

    (*) Não é simples definir T(t) , pois Vsaída(t) ≈ Ventrada(t’) , t’

  • 35

    FunFunçção de Transferência & Diagrama de Bodeão de Transferência & Diagrama de Bode

    )()( ωϕϕ ω iiV

    VeAAeT

    entrada

    saida ===

    Devido às diferenças de fase introduzidas pelos componentes, T é em geral uma função complexa

    T A ganho

    Arg T fase

    = =

    = =

    ( )

    ( ) ( )

    ω

    ϕ ω⇒

    T T T Tn= 1 2 ...

    A Função de Transferência para um circuito composto por n sub-circuitos conectados em série é:

    (demonstração muito simples)

    Diagrama de BODE é a representação da Função de Transferência através de dois gráficos:

    Um para o ganho, outro para a fase - em função da freqüência

  • 36

    FunFunçção de Transferência & Diagrama de Bodeão de Transferência & Diagrama de Bode

    Exemplo: caso do circuito equivalente para linha de transmissão de sinais

    221

    1CL

    oZLi

    Tω−ω+

    =

    222 1221

    1

    1 νννυ −+−−==⇒=

    iideal

    ZTTZ o

    νν irealoTTZZ

    221

    12 +−

    ==⇒=

    )1 (para 1 ≤= νidealT 1) (para 12211

    22>=

    −−−ν

    νννidealT

    441

    1

    ν+=realT

    Terminação “perfeita”

    Terminação “possível”

    C/2

    LVin Vout

    ZC/2

  • 37

    10-2 10-1 100 101 10210-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    υ

    | T |

    caso "ideal"

    0,01 0,1 1 10 100

    10-3

    10-2

    10-1

    100

    101

    υ

    | T |

    caso "real"

  • 38

    FunFunçção de Transferência & Diagrama de Bodeão de Transferência & Diagrama de Bode

    [ ] ( ) 1)ν (para ArcTgTArg idealideal == 0ϕ

    [ ] ( )221

    2

    ννϕ

    −== ArcTgTArg realreal

    Fases:

    ωωϕτ ][TArg==

    ...42][3

    3

    ++== ννϕ TArg

    LCoo

    ===≅ ωωωω

    ωντ 222

    Retardo:

    Para ω

  • 39

    FunFunçção de Transferência & Diagrama de Bodeão de Transferência & Diagrama de Bode

    Linhas de transmissão: discreta e distribuída:

    Um cabo é um tipo de linha de transmissão cujos parâmetros eletrônicos estão distribuídos continuamente ao longo do comprimento (parâmetros: resistividade,

    capacitância, auto-indutância por unidade de comprimento)

    Nem sempre é possível obter uma linha de transmissão com os parâmetros desejados (retardo, banda passante) em uma configuração do tipo “contínuo”. Nestes casos, e em muitas outras aplicações, usam-se linhas de transmissão

    construídas com células discretas.

    Exemplo

    Substituindo Zo pela célula completa, obtém-se um circuito adaptado em impedância. Cada célula adionada acrescenta retardo à transmissão de sinais.

    VsVe

    C/2 C C C C C/2

    L L L L L

    RC/2

    LVin Vout

    ZoC/2 →

  • 40

    3a. aula

  • 41

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Qualquer função matemática de comportamento periódico (⇒período T, freqüência ωo) pode ser representada por uma série de senos e cossenos.

    [ ]∑∞

    =

    ++=1

    2)(sen)cos()(

    n

    onon

    atnbtnatf o ωω

    To

    T

    oTn

    T

    oTn

    T

    To

    dttnsentfb

    dttntfa

    dttfa

    πω

    ω

    ω

    2

    0

    2

    0

    2

    0

    2

    )()(

    )cos()(

    )(

    =

    =

    =

    =

  • 42

    Verificação:[ ]

    o

    oa

    T

    T

    n

    onT

    T

    n

    onT

    T

    oa

    T

    T

    n

    ononoa

    To

    a

    T

    dttnbdttnadt

    dttnbtnaa

    =

    ++=

    ω+

    ω+=

    ω+ω+=

    ∫ ∑∫ ∑∫

    ∫ ∑∞

    =

    =

    =

    00

    )(sen)cos(

    )(sen)cos(

    22

    0

    0 1

    2

    0

    0 1

    2

    0

    22

    0 1

    22

    ���� ����� ������ ����� ��

    [ ]

    n

    TnT

    T

    m

    oomT

    m

    mnT

    ma

    T

    m

    oomTo

    T

    oa

    T

    T

    o

    m

    omomoa

    Tn

    a

    a

    dttntmbdttntmadttn

    dttntmbtmaa

    =

    ++=

    ωω+

    ωω+ω=

    ω

    ω+ω+=

    ∫ ∑∫ ∑∫

    ∫ ∑∞

    =

    =

    δ

    =

    =

    ∑00

    )cos()(sen)cos()cos()cos(

    )cos()(sen)cos(

    22

    0

    0 1

    2

    12

    0 1

    2

    0

    0

    22

    0 1

    22

    ������ ������� �������� ������� ���� ��� ��

    [ ]

    n

    TnT

    m

    mnT

    mb

    T

    m

    oomT

    T

    m

    oomTo

    T

    oa

    T

    T

    o

    m

    omomoa

    Tn

    b

    b

    dttntmbdttntmadttn

    dttntmbtmab

    =

    ++=

    ωω+

    ωω+ω=

    ω

    ω+ω+=

    ∑∞

    =

    δ

    =

    =

    =

    ∫ ∑∫ ∑∫

    ∫ ∑

    22

    12

    0 1

    2

    0

    0 1

    2

    0

    0

    22

    0 1

    22

    00

    )(sen)(sen)(sen)cos()(sen

    )(sen)(sen)cos(

    ������ ������� �������� ������� ���� ��� ��

  • 43

    [ ]

    [ ] [ ]

    ==ω−+ω+=ωω⇒

    −++=⇒

    +=−

    −=+

    ∫ ∫∫ ) (para 0) (para

    )(cos)(cos)cos()cos(

    )cos()cos(coscos

    sensencoscos)cos(

    sensencoscos)cos(

    2

    0 0

    21

    21

    0

    21

    nm

    nmTT T

    oo

    T

    oo dttnmdttnmtntm

    bababa

    bababa

    bababa

    [ ]

    [ ] [ ] )( 0)(sen)(sen)(c)(sen

    )(sen)(sencsen

    csencossen)(sen

    csencossen)(sen

    0 0

    21

    21

    0

    21

    nm,dttnmdttnmtnostm

    babaosba

    osabbaba

    osabbaba

    T T

    oo

    T

    oo ∀=ω−+ω+=ωω⇒

    −++=⇒

    −=−

    +=+

    ∫ ∫∫

    [ ]

    [ ] [ ]

    ==ω+−ω−=ωω⇒

    +−−=⇒

    +=−

    −=+

    ∫ ∫∫ ) (para 0) (para

    )(cos)(cos)(sen)(sen

    )cos()cos(sensen

    sensencoscos)cos(

    sensencoscos)cos(

    2

    0 0

    21

    21

    0

    21

    nm

    nmTT T

    oo

    T

    oo dttnmdttnmtntm

    bababa

    bababa

    bababa

  • 44

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Exemplo: caso da função “dente de serra”

    f(t) = t, para 0

  • 45

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Primeira simplificação: série de cossenos (ou série de senos)

    )cos()(sen)cos( nononon tntnbtna ϕ−ωρ≡ω+ω ( )nanb

    n

    nn

    tg

    ba

    1

    22

    −=ϕ

    +=ρn

    )(sen)(sen)cos( nononon tntnbtna ϕ−ωρ≡ω+ω( )

    nbna

    n

    nn

    tg

    ba

    1

    22

    −−=ϕ

    +=ρn

    ou

    série de cossenos

    ∑∞

    =

    ϕ−ωρ+=1

    2)cos()(

    n

    nonoa tntf[ ]∑

    =

    ++=1

    2)(sen)cos()(

    n

    onon

    atnbtnatf o ωω ⇒

  • 46

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Segunda simplificação: série de exponenciais complexas

    ( )( )

    −=ϕ

    +=ϕ⇒

    ϕ−ϕ=

    ϕ+ϕ=

    ϕ−ϕ

    ϕ−ϕ

    ϕ−

    ϕ

    ii

    i

    ii

    i

    i

    ee

    ee

    ie

    ie

    21

    21

    sen

    cos

    sencos

    sencos

    ( ) ( )( ) ( )

    ( )( )

    2

    2

    22

    22)(sen)cos(

    nibna

    n

    nibna

    n

    toin

    n

    toin

    n

    toinnibnatoinnibna

    i

    toinetoine

    n

    toinetoine

    nonon

    c

    c

    ececee

    batnbtna

    +−

    ω−−

    ωω−+ω−

    ω−−ωω−+ω

    =

    =

    +≡+=

    +≡ω+ω∴

    ∑∑∞

    =

    ω−−

    =

    ω ++=11

    2)(

    n

    toin

    n

    n

    toin

    noa ecectf[ ]∑

    =

    ++=1

    2)(sen)cos()(

    n

    onon

    atnbtnatf o ωω ⇒

  • 47

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Para n

  • 48

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Válido para funções periódicos (período T, freqüência ωo=2π /T )∑∞

    −∞=

    ω=n

    toin

    nectf )(

    [ ] dtetfdttnitntfibacT

    toni

    T

    T

    ooTnnn ∫∫ ω−=ω−ω=−=0

    )(1

    0

    121 )()(sen)cos()()(

    δωω=ω=ω≡

    ω→ω

    δω→ω

    ππω

    )()()(21

    21 FFFc

    n

    oTn

    o

    o

    Para representar uma função f(t) genérica, não periódica, fazemos T→∞

    T→∞ ⇒

    ∫∫∞

    ∞−

    ω−

    ω− ===ω dtetfdtetfTcF ti

    T

    T

    toin

    n )()()(

    2

    2

    ∫∑∑∞

    ∞−

    ωπ

    −∞=

    ωπ

    −∞=

    ω ωω≅δωω≅= deFeFectf ti

    n

    toin

    n

    toin

    n )()()( 21

    21

  • 49

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Resumo

    [para representação de uma função f(t) qualquer]

    ∫∞

    ∞−

    ω−

    ∞−

    ωπ

    ωω=

    dtetfF

    deFtf

    ti

    ti

    )()(

    )()(21

    Domínio do tempo Domínio da freqüência

    f1

    f2

    f3

    f4

    F1

    F2

    F3

    F4F=TF(f)

    f=TF-1(F)

  • 50

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    ( )( )

    )()(

    )()(

    )(

    )(

    2

    2

    1

    1

    o

    toi

    oti

    o

    at

    a

    aa

    Fetf

    eFttf

    aFf

    Fatf

    ω−ω⇔

    ω⇔−

    ω⇔

    ωπ−

    ωπ

    ω

    Propriedades da Transformada de Fourier

    f t e t( ) = −2

    F e( )ω πω

    = −2

    4

    4

    2)(22

    24

    22)(

    4

    222

    2

    1

    24

    2

    22

    otoit

    otiott

    aa

    t

    a

    a

    a

    ta

    eee

    eee

    ee

    ee

    ω−ω−ωπ−−

    ωπω−−−

    ω−−

    ω−π−

    π⇔

    π⇔

    π⇔

    ⇔⇔⇔⇔

  • 51

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Transformada de Laplace

    (*) A Transformada de Fourier nem sempre é calculável analticamente; para estender sua aplicabilidade, fazemos algumas simplificações:

    -Tratamos apenas funções definidas a partir de t=0;- Introduzimos um fator multiplicativo ( e-rt ), de modo que f(t)e-rt se reduza a zero em t=∞

    [ ] )()()( )()(00

    )(

    0

    pFdttfedttfedtetfeF pttirtirt ≡===ω⇒ ∫∫∫∞

    ω+−ω−

    dpepFdepFdeepFtf

    tdepFtfe

    pt

    i

    tirtirt

    tirt

    ∫∫∫

    ∫∞+

    ∞−

    π

    ∞+

    ∞−

    ω+π

    ∞+

    ∞−

    ωπ

    +∞

    ∞−

    ωπ

    =ω=ω=⇒

    >ω=

    )()()()(

    )0( )()(

    21)(

    21

    21

    21

  • 52

    RepresentaRepresentaçção matemão matemáática de sinaistica de sinais

    Conclusão

    [para r=0 ⇒ p=iω ⇒ recuperamos a Transformada de Fourier]

    ∫∞

    ∞−

    ∞−

    π

    =

    =

    dtetfpF

    dpepFtf

    pt

    i

    i

    pt

    i

    )()(

    )()(21

    Transformada de Laplace

    A Transformada de Laplace é mais tratável analiticamente do que a Transformada de Fourier

  • 53

  • 54

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    No domínio da freqüência, as relações entre os sinais de

    entrada e de saída para um circuito envolvem funções:

    [ ]

    dtd

    RC

    saídadtd

    entrada

    saídadt

    d

    entrada

    saídadt

    dQ

    entrada

    saídaentrada

    p

    RC

    RC

    R

    RI

    dtd

    entrada

    saída

    saída

    ↔∴

    =

    +=

    +=

    +=

    +=

    +

    v1v

    vv

    vv

    vv

    1

    1v

    v

    v

    Exemplo:

    RCpV

    V

    entrada

    saída

    += 11

    )(

    )(

    ωω

    C

    R

    VsVe

    No domínio do tempo, as relações entre os sinais de entrada

    e de saída são descritas por equações diferenciais:

    dtd

    entrada

    saída

    RCt

    t

    +=

    1

    1)(v

    )(vC

    R

    VsVe

    RCpV

    V

    entrada

    saída

    += 11

    )(

    )(

    ωω

  • 55

    [ ] [ ]ubbbyaaaubbbyaaa

    om

    m

    mm

    m

    mon

    n

    nn

    n

    n

    om

    m

    nm

    m

    mon

    n

    n

    n

    dt

    d

    dt

    d

    dt

    d

    dt

    d

    dt

    ud

    dt

    ud

    dt

    yd

    ndt

    yd

    n

    ... ...

    ......

    1

    1

    11

    1

    1

    1

    1

    11

    1

    1

    +++=+++⇒

    +++=+++

    −−

    −−

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Equação Diferencial Ordinária (E.D.O.)

    Caso Geral

    { } { }

    [ ] [ ]{ }

    [ ] [ ]

    on

    nn

    n

    om

    mm

    m

    m

    m

    n

    n

    apapa

    bpbpb

    pU

    pY

    o

    m

    m

    m

    mo

    n

    n

    n

    n

    pt

    o

    m

    m

    m

    oo

    n

    n

    n

    ni

    pt

    o

    m

    m

    m

    mi

    pto

    o

    n

    n

    n

    ni

    ptm

    idt

    d

    ptn

    idt

    d

    pt

    i

    pt

    i

    pUbpbpbpYapapa

    dpepUbpbpbpYapapa

    dpepUpbpbpbdpepYpapapa

    dpepUptu

    dpepYpty

    dpepUtu

    dpepYty

    +++

    +++

    −−

    −−

    ∞−

    −−

    ∞−

    ∞−

    −−

    −−=∴

    =+++−+++⇒

    =+++−+++⇒

    +++=+++∴

    =⇒

    =⇒

    =

    =

    ∫∫

    ...

    ...

    )(

    )(

    1

    1

    1

    1

    0

    1

    1

    1

    121

    0

    1

    121

    0

    1

    121

    0

    21

    0

    21

    0

    21

    0

    21

    11

    11

    0)(...)(...

    0)(...)(...

    )(...)(...

    )()(

    )()(

    )()(

    )()(

    π

    ππ

    π

    π

    π

    π

  • 56

    ))...()((

    ))...()((

    ))...()((

    ))...()((

    ...

    ...

    )(

    )(

    01

    ''1

    '

    01

    ''1

    '

    11

    11

    pppppp

    pppppp

    a

    b

    ppppppa

    ppppppb

    apapa

    bpbpb

    pU

    pY

    nn

    omm

    n

    m

    nnn

    ommm

    on

    nn

    n

    om

    mm

    m

    −−−−−−

    −−−

    −−−

    +++

    +++

    −−

    −− ===

    ))...()((

    ))...()((

    21

    21)(n

    m

    n

    m

    pppppp

    zpzpzp

    a

    b

    pT −−−−−−=

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Equação Diferencial ↔ Equação polinomial

    Para Y(p) ≡ Vsaída(p) e U(p) = Ventrada(p)

    ⇒ A função de transferência, genericamente, tem m zeros e n polos

    tpn

    i

    i

    no

    n

    m

    n

    nnt

    dt

    yd

    dt

    yd

    i

    nn

    onn

    on

    n

    nn

    n

    n

    eCty

    pppaaaa

    aaaey

    yaaa

    ∑=

    −−

    =∴

    =−−−=+++⇒

    =+++⇒=

    =+++

    1

    21

    '1'

    1

    1

    )(

    0))...()(()...(

    0...

    0...

    1

    1

    1

    1

    λλλλλλ

    λλλλ

    Solução para a equação homogênea

  • 57

    4a. aula

  • 58

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Exemplo 1

    )(v )(v)(v

    )(1

    1

    ttRCt

    T

    saídasaídadtd

    entrada

    RCp

    +=∴

    =ω +

    C

    R

    VsVe

    Para ventrada(t)=Vo t≥0

    )1((...))(v

    00)1(

    (...)

    0)(v )(v

    )(v )(v

    21

    1

    2

    2

    2

    RCt

    oRC

    t

    saída

    RC

    saídadtd

    saídadt

    d

    saídasaídadtd

    o

    eVeKKt

    p

    pRCpppRCp

    ttRC

    ttRCV

    −−

    −==+=⇒

    =

    =⇒=+=+⇒

    =+⇒

    +=

  • 59

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Exemplo 2

    )(v)(v)(v

    )(1

    tRCttRC

    T

    saídadtd

    saídaentradadtd

    RCp

    RCp

    +=∴

    =ω +

    Para ventrada(t)=Vo t≥0

    [ ]

    RCt

    oRC

    t

    saída

    RC

    entradadtd

    saídasaídadtd

    saídasaídadtd

    entradadtd

    R

    tsaídasaídaentradadt

    d

    eVeKt

    pRCp

    tRCttRC

    ttRCtRC

    ttC

    −−

    ===⇒

    =⇒=+⇒

    ==+⇒

    =−⇒

    =−

    (...))(v

    01

    0 )(v)(v)(v

    )(v)(v )(v

    )(v)(v

    1

    1

    )(v

    R

    C

    VsVe

  • 60

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Exemplo 3

    )(v)(v)(v)(v)(v

    )(

    2

    2

    21

    1

    tLCtRCttRCt

    T

    saídadt

    dsaídadt

    dsaídaentradadt

    dentrada

    LCpRCp

    RCp

    ++=+∴

    =ω++

    +

    Para ventrada(t)=Vo t≥0

    ( )

    ( ) ( )

    ( )

    entradaentradadtd

    saídasaídadtd

    saídadt

    d

    entradaLCentradadtd

    LR

    saídaLCsaídadtd

    LR

    saídadt

    d

    Lsaídaentrada

    Centradadtd

    LR

    dtd

    Centradadtd

    LR

    saídadtd

    LR

    saídadt

    d

    CI

    entradaLR

    saídaLR

    saídadtd

    CI

    saídaentradaLR

    saídaentradadtd

    entradadtd

    Lsaídaentrada

    dtd

    dt

    Idsaídaentradadt

    d

    dtdI

    saídaentrada

    CI

    dtd

    dt

    Identradadt

    d

    C

    Q

    dtdI

    entrada

    RCRCLC

    I

    I

    LL

    IRL

    RIL

    vvvvv

    vvvvv

    vvvv

    vvv

    vvvvv

    vvvv

    v

    v

    2

    2

    112

    2

    vv112

    2

    vv

    2

    2

    2

    2

    +=++⇒

    +=++⇒

    +=+=+⇒

    +=+⇒

    +−+−=∴

    =

    =−⇒=−

    ++=

    ++=

    C

    L

    VoR

    Vsaída

  • 61

    tptp

    saída

    LC

    LCRCRC

    LC

    LCRCRC

    saídadtd

    saídadt

    dsaída

    dt

    d

    ooodtd

    saídasaídadtd

    saídadt

    d

    eKeKKt

    p

    pp

    RCpLCpppRCpLCp

    RCLC

    VVVRCRCLC

    23

    121

    22

    42)(

    12

    42)(

    223

    2

    2

    3

    3

    2

    2

    )(v

    )(

    )(

    0

    0)1(

    (...)

    0vvv

    vvv

    ++=⇒

    ≡=⇒

    =++=++

    =++⇒

    =+=++

    −−−

    −+−

    Para ventrada(t)=Vo t≥0

  • 62

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Condições de estabilidade para um circuito [a partir dos polos da função de transferência]

    ))...()((

    ))...()((

    ...

    ...

    21

    21

    11

    11)(

    n

    m

    n

    m

    on

    nn

    n

    om

    mm

    m

    pppppp

    zpzpzp

    a

    b

    apapa

    bpbpbpT −−−

    −−−

    +++

    +++ ≡= −−

    −−

    0...11 =+++−

    − on

    n

    n

    n apapa

    [ ] 0v...111 =+++ −−− saídaodtdndtdn aaa nn

    n

    n

    A função de transferência assume valores singulares quando:

    A esta condição corresponde a equação diferencial homogênea:

    Esta equação corresponde ao circuito sem sinal de entrada, e a

    solução é:

    tpn

    i

    isaídaieCt ∑

    =

    =1

    )(v

  • 63

    RelaRelaçções entre domões entre domíínio do tempo & domnio do tempo & domíínio da freqnio da freqüüênciaência

    Princípio de superposição aplicado a equações diferenciais ordinárias:

    (t)S(t)Stwtuyaaa

    (t)Stwyaaa

    (t)Stuyaaa

    on

    n

    n

    n

    on

    n

    n

    n

    on

    n

    n

    n

    dt

    yd

    ndt

    yd

    n

    dt

    yd

    ndt

    yd

    n

    dt

    yd

    ndt

    yd

    n

    211

    21

    11

    solução tem)()(...

    solução tem)(... e

    solução tem)(... Se

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    βα ++=+++⇒

    =+++

    =+++

    Supondo u(t)=0 ⇒ S1(t) é a solução para a equação homogênea

    ∴A solução para a equação homogênea faz parte da solução geral

    Mesmo que não conheçamos a solução para a resposta do circuito a um sinal qualquer, podemos ter informações sobre seu desempenho a partir dos polos da

    função de transferência:

    Conclusão

    tpn

    i

    isaídaieCt ∑

    =

    =1

    )(v

    -Polo real > 0 ⇒ circuito instável, saturação;- Polo real < 0 ⇒ estável;

    - Polo imaginário puro ⇒ oscilação.

    Exemplos

  • 64

    O Teorema da O Teorema da ConvoluConvoluççãoão

    A convolução entre duas funçoes g(t) e h(t) é uma função f(t) definida como:

    ∫∞

    ∞−

    −=≡ τττ dthghgtf )()(*)(

    Por outro lado, sabemos que:

    [ ]

    [ ]

    [ ]ωτω

    ωτ

    ω

    ω

    ωτπ

    τωπ

    ωωπ

    ωτω

    ωωτ

    ωωωωτ

    ωωω

    ω

    iti

    i

    ti

    H

    iti

    titi

    eHdtethH

    eHHthTF

    deeHdeHth

    dtethHdeHth

    HthTF

    −∞

    ∞−

    ∞−

    −∞

    ∞−

    ∞−

    −∞

    ∞−

    =−=⇒

    ==−∴

    ==−⇒

    ==⇒

    =

    ∫∫

    ∫∫

    )()()('

    )()(')(

    )()()(

    )()( ; )()(

    )()(

    )('

    21)(

    21

    21

    �����

  • 65

    )()()(

    )()()()(

    )()()()(

    )()()()(

    )()()()(

    )(

    ωωω

    ωωττω

    τωττττ

    ττττττ

    τττω

    ωτ

    ω

    ω

    ω

    ωω

    ωω

    ωτ

    GHF

    GHdegH

    deHgddtethg

    ddtethgdtdethg

    dtedthgdtetfF

    i

    ti

    eH

    ti

    titi

    titi

    i

    =∴

    ==

    =

    −=

    −=

    −=

    −==

    −∞

    ∞−

    −∞

    ∞−

    ∞−

    ∞−

    ∞−

    ∞−

    −∞

    ∞−

    ∞−

    ∞−

    −∞

    ∞−

    ∞−

    ∫∫ ∫

    ∫ ∫∫ ∫

    ∫ ∫∫

    ��� ���� ��

    Dados vin(t) e a função de transferência T(ω) para um circuito, podemos obter vout(t) pelo seguinte processo:→T(t)=TF-1[T(ω)]→Vin(ω)=TF[vin(t)]

    →Vout(ω)=T(ω)vin(ω)→vout(t)=T(t)*vin(t) ou TF

    -1[Vout(ω)]

    (*) Esta é uma alternativa à solução da equação diferencial

  • 66

    Teoremas de Teoremas de TheveninThevenin e de e de NortonNorton

    Rcarga

    Qualquer circuito

    contendo fontes e

    resistores Rcarga

    ReqVs

    Veq

    Representação do Teorema de Thevenin

    • Quando suprimimos a resistência de carga, não há passagem de corrente. Nesse caso, a diferença de potencial entre os terminais de saída do circuito é Veq. Ou seja, Veq é a

    voltagem em regime de ‘circuito aberto’.

    • Quando a resistência de carga é nula há passagem de corrente, I. Req é dado por Veq / I

    • Na ausência de resistência de carga, Req é a resistência observada quando as fontes são reduzidas a curto-circuitos.

    qualquer circuito contendo fontes de tensão e resistores pode ser reduzido a um circuito equivalente contendo apenas uma fonte de

    tensão (Veq) e um resistor (Req) em série.

    Teorema de Thevenin

  • 67

    Teoremas de Teoremas de TheveninThevenin e de e de NortonNorton

    Aplicação: Ponte de Wheatstone VR1 R2

    R3 R4

    Rcarga

    Para encontrar Veq e Req :1) supomos que V é substituído por um curto-circuito e que a resistência de carga é suprimida

    R1 R2

    R3 R4

    V

    VA VB

    R1 R2R3 R442

    42

    31

    31

    RR

    RR

    RR

    RR

    eqR ++ +=⇒⇒⇒⇒

    2) Veq é a diferença de potencial entre os terminais de saída quando não há carga

    ( )42

    4

    31

    3

    RR

    R

    RR

    R

    BAeq VVVV ++ −=−=⇒⇒⇒⇒

  • 68

    Teoremas de Teoremas de TheveninThevenin e de e de NortonNorton

    • Os dois teoremas devem ser equivalentes

    • Quando cirto-circuitamos todas as fontes ⇒ Veq = 0, Ieq = 0 e encontramos a equivalência ⇒ Req(Thevenin) = Req(Norton)

    • Ieq é a corrente que circula por Req quando a resistência de carga é nula (curto circuito).

    ⇒ Ieq = Veq / Req

    qualquer circuito envolvendo fontes de tensão e resistores pode ser reduzido um circuito equivalente contendo apenas uma fonte de

    corrente (Ieq,) e um resistor (Req ) em paralelo.

    Teorema de Norton

    Qualquer circuito

    contendo fontes

    e resistores

    Req

    Veq ReqIeq

  • 69

    Teoremas de Teoremas de TheveninThevenin e de e de NortonNorton

    Exemplo

    • Um detector de partículas (a gás ou semicondutor) é equivalente a uma capacitor – impedância C=Zeq;

    • A detecção de uma partícula pode ser interpretada como uma fonte de corrente (equivalente Norton) ou uma fonte de tensão (equivalente Thevenin);

    ) constantes e ( 1ln)( oeqtt tK(t) VKtVo

    =−=

    Num detector a gás monofilar, a queda de tensão devida à absorção de uma partícula pode ser calculada:

    No modelo Thevenin, a fonte de tensão (partícula detectada) está em série com a capacitância que representa a resistência de saída do detector (C=Zeq). A resistência de carga neste caso define um circuito

    diferenciador (filtro passa-alta)

    No modelo Norton, a partícula detectada equivale a uma fonte de corrente em paralelo com o capacitância do detector. Esta corrente está relacionada com a diferença de tensão entre os terminais do capacitor

    RCt

    etVtVsaída−

    ≈⇒ )()(

    ( ) - 1ln)( 12

    KCtIoo tt

    CKtt

    dtd

    eq −=−=

  • 70

    5a. aula

  • 71

    0=∑nós

    iI

    Regras de Regras de KirchoffKirchoff

    • Qualquer circuito apresenta nós e malhas, pelas malhas circulam correntes, nos nós se estabelecem potenciais elétricos;

    • Suponhamos que haja n correntes incógnitas num circuito que contém m nós. A soma das correntes que convergem a cada nó se anula. Portanto:

    • Esta condição pode gerar m-1 equações;

    • No total, como há n correntes incógnitas, pode haver no máximo n equações;

    • A soma das quedas de tensão nas malhas também deve se anular:

    0=∑malhas

    iV

    • Desta última só podem surgir n-(m-1) equações independentes;

    As regras de Kirchoff permitem estabelecer o sistema de equações lineares independentes e encontrar sua solução ⇒ identificar todas as tensões e todas as correntes envolvidas no circuito;

    Queremos determinar as correntes (em todos os componentes) e as tensões (em todos os pontos) de um circuito

  • 72

    I1=∆V1/R1I2=∆V2/R2

    .

    .

    .

    In=∆Vn/Rn

    0=∑malhas

    iV

    0=∑nós

    iI

    n equações para as n correntes

    Em cada nó: ⇒

    (I1+I2+...)nó 1 = 0

    (I1+I2+...)nó 2 = 0

    .

    .

    .

    (I1+I2+...)nó m = 0

    01

    =∑=

    m

    i

    iI⇒ ⇒

    m-1 equações independentes:

    Cada uma delas é um vínculo a ser considerado nas n equações

    para as correntes

    ⇒ No total: n-(m-1)equações independentes

    Considerando as quedas de tensão nas malhas

    ⇒Supondo que estas relações geram equações independentes

    ⇒ o circuito deve ter n-(m-1) malhas e n-(m-1) correntes independentes

    Regras de Regras de KirchoffKirchoff

  • 73ca

    bc

    c

    b

    ba

    a

    III

    III

    II

    II

    III

    II

    −=

    −=

    =

    =

    −=

    =

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    =

    +−−−

    −+−−

    −−+

    0

    0

    )(

    54353

    55211

    3131 V

    I

    I

    I

    RRRRR

    RRRRR

    RRRR

    c

    b

    a

    =−−+−

    =−−−−

    =−+−

    0)()(

    0)()(

    )()(

    435

    251

    31

    ccabc

    bbcba

    caba

    IRIIRIIR

    IRIIRIIR

    VIIRIIR

    Regras de Regras de KirchoffKirchoff

    V

    R1 R2

    R3 R4

    Rcarga

    I1

    I2 I3

    I4

    I5

    I6

    I1

    Ia

    V

    Ib

    Ic

    6 correntes, 4 nós ⇒ 6-(4-1) = 3 equações independentes ⇒ 3 malhas

    0=∑malhas

    iV ⇒⇒⇒⇒ ⇒⇒⇒⇒

  • 74

    [ ][ ] [ ]

    [ ]

    [ ]

    [ ] [ ] [ ]ViRDetVRDet

    I

    RDet∆

    VIR

    i

    VRDet

    ii

    por asubstituíd coluna com onde

    são soluções As

    Seja

    =→

    =

    =

    =

    ∆→

    [ ] [ ]{ }

    [ ] [ ]{ }

    { }41325

    53514131533231515

    5354315213515

    5433

    51

    331

    53

    5211

    131

    15

    )()(

    0

    0

    )(

    0

    0

    )(

    RRRRI

    RRRRRRRRRRRRRRRRI

    RRRRRRRRRRRRI

    RRRR

    RR

    RVRR

    Det

    RR

    RRRR

    VRRR

    DetIII

    V

    V

    V

    bc

    −=

    ++−−+−++−=

    −+−−−−+−−−−=

    +−−

    −+

    +−−

    −+

    =−=

    Regras de Regras de KirchoffKirchoff

    3

    41

    25 0 RRR

    RI =⇒=

  • 75

    Materiais SemicondutoresMateriais Semicondutores

    Os átomos de um material semicondutor são dispostos em uma rede cristalina. Enquanto em um átomo isolado os níveis de energia acessíveis a um elétron são discretos, quando ordenados na

    rede os níveis se subdividem (degeneração) a tal ponto que para o cristal podemos identificar bandas de energia. A chamada banda de valência é ocupada por elétrons ligados aos átomos e a banda de condução contém os elétrons livres para circular pela rede cristalina. Entre as bandasde condução e valência existe a banda ‘proibida’, no sentido de que não há probabilidade para

    que um elétron do cristal tenha energia com valor dentro desta banda.

    Valência Condução Proibida Intersecção

    ISOLANTE SEMICONDUTOR CONDUTOR

    ∼ 6 eV ∼ 1 eV

    Classificação de materiais em termos da estrutura de bandas de energia acessíveis aos elétrons

  • 76

    Materiais SemicondutoresMateriais Semicondutores

    Na rede cristalina de um semicondutor puro (também denominado intrínseco) a temperatura ambiente, existe uma probabilidade não nula para que elétrons passem para a banda de

    condução, de modo que pares elétron-buraco são constantemente gerados. Em condições de equilíbrio elétrico e térmico a concentração ni de elétrons ou buracos pode ser expressa por:

    Semicondutor intrínseco

    n T ei

    E

    kT

    g

    ≈−

    3 2 2/

    a 300 K, ni ≈ 2.5 x 1013 /cm3 ( para silício) e 1.5 x 1010 /cm3 (para germânio).

    Densidade do próprio semicondutor ≈ 1022 átomos/cm3.

    T é a temperatura em K, Eg é a diferença de energia entre bandas a 0o K, k é a constante de Boltzmann

    Exemplo:

  • 77

    Materiais SemicondutoresMateriais Semicondutores

    • Tanto silício quanto germânio são átomos tetravalentes;

    • A substituição de um dos átomos da rede por um átomo pentavalente equivale a acrescentar um elétron à rede, enquanto que a substituição por um átomo trivalente equivale a acrescentar um buraco;

    • Os semicondutores dopados são referidos como ‘tipo-n’ e tipo ‘tipo-p’. Nos semicondutores tipo-n a corrente elétrica é principalmente determinada pelo movimento de elétrons, e nos tipo-p pelo movimento de buracos;

    • Impurezas tipicamente usadas: fósforo, arsênio, antimônio, gálio, índio e boro;

    • No semicondutor dopado o equilíbrio elétrico é mantido, já que o átomo acrescentado também é eletricamente neutro.

    Semicondutor dopado

    Elétron em excesso Buraco em excesso

  • 78

    Materiais SemicondutoresMateriais Semicondutores

    • Uma junção p-n é obtida quando se fabrica um semicondutor tipo-p justaposto a um tipo-n;

    • Na região de interface entre os dois, haverá tendência dos elétrons a migrar para a região tipo-p, e dos buracos a migrar para a região tipo-n;

    • A região tipo-n torna-se carregada positivamente por haver capturado buracos, e a região tipo-p torna-se carregada negativamente por haver capturado elétrons;

    • Um campo elétrico se estabelece, com uma diferença de potencial tipicamente da ordem de 1V.

    Junção de semicondutores

    np

    Diodo = dispositivo semicondutor formado pela junção de dois semicondutores dopados com polaridades opostas

  • 79

    DiodosDiodos

    • O diodo pode ser polarizado de modo a favorecer ou a bloquear a passagem de corrente;

    • Se aplicamos uma diferença de potencial entre os terminais p e n, de modo que do lado n o potencial seja inferior ao do lado p, favorecemos a migração de portadores de carga através da junção. Haverá

    portanto passagem de corrente pelo diodo.

    • O movimento de elétrons é oposto ao que convencionalmente adotamos para simbolizar a direção da corrente elétrica (do potencial positivo para o negativo).

    • Invertendo a diferença de potencial, ou seja, aplicando ao lado n um potencial superior ao do lado p, estaremos confinando ainda mais os elétrons à região p e os buracos à região n. Neste caso somente

    uma pequena corrente residual passa pela junção, em direção oposta à anterior.

    • A magnitude desta corrente residual depende da temperatura, da concentração de impurezas p e n, e está também relacionada com as características do material semicondutor.

    • Sob polarização reversa, a região de interface da junção p-n fica desprovida de portadores de carga.

    • Quanto maior a diferença de potencial reversa, maior a região desprovida de portadores de carga, chamada de ‘região de depleção’.

  • 80

    Polarização do diodo:À esquerda: polarização favorável ⇒ passagem de corrente;

    À direita: polarização reversa ⇒ aumento da região de depleção.

    np n p

    DiodosDiodos

    kTeV

    kTeV

    o

    o

    o

    KeI

    eII

    =

    −= 1

    V

    I

    ≈ 0,6 Volts

    No diodo, a relação matemática entre V e I é não-linear

    V≠ ZI

  • 81

    DiodosDiodos

    Aplicação básica: retificador de forma de onda (meia onda)

    Função do resistor R: limitar a corrente que passa pelo diodo

    Ve R

    Vs

    Ve

    t

    Vs

    t

  • 82

    DiodosDiodos

    Aplicação: retificador de forma de onda (onda completa)

    Ve

    R

    Vs

    D1

    D3 D4

    D2

    Ve

    t

    Vs

    t

  • 83

    DiodosDiodos

    Aplicação: fonte de tensão

    Ve

    R

    Vs

    D1

    D3 D4

    D2L

    C C

    Fonte de alimentação DC, com retificação completa e filtragem LC

    Ve

    R

    VsD1

    D3 D4

    D2L

    C C

    Vs

    t

  • 84

    DiodosDiodos

    • Em um diodo polarizado na direção oposta à condução de corrente, a diferença de potencial tende a aumentar a região de depleção, confinando elétrons e buracos em lados opostos da junção;

    • Aumentando esta diferença de potencial chega-se a um limite de ruptura, Vz, a partir do qual elétrons são desprendidos de suas posições na rede cristalina, e acelerados em direção ao eletrodo correspondente;

    • Um elétron nestas condições colide com outros elétrons, que por sua vez colidem com outros e contribuem em uma avalanche de carga elétrica;

    • Resulta que uma corrente importante passa pelo diodo, e esta corrente não é necessariamente destrutiva. Fabricam-se diodos que podem suportar correntes reversas de até alguns amperes.

    Diodo Zener

    V

    I

    Vz

  • 85

    DiodosDiodos

    Aplicação do Diodo Zener: regulagem de tensão

    Ve

    R

    Vs

    D1

    D3 D4

    D2L

    C C

    Fonte de alimentação DC, com retificação completa e filtragem LC

    Ve

    R

    VsD1

    D3 D4

    D2L

    C C

  • 86

    6a. aula

  • 87

    DiodosDiodos

    Diodo Zener: condições para regulagem

    VI

    VIRV

    fRfR

    fV

    ff

    1

    0

    −=⇒

    =−−

    Rc

    Rf

    Vf

    V

    Fonte não regulada

    I

    Fonte com regulador Zener

    Rc

    Rf

    Vf

    V=Vz

    I

    Diodo operante ⇒ Iz >0

    III

    III

    cz

    cz

    +=

    0

    Corrente na carga

    cRV

    cI =

  • 88

    f

    f

    R

    V

    fI =

    V

    I

    Vz Vf

    IfIz

    Regulagem

    cRV

    cI =

    DiodosDiodos

    Diodo Zener: condições para regulagem

  • 89

    DiodosDiodos

    Modulação e demodulação de freqüência

    )1()( −= xeKxf ...)( 362

    2+++= xxKxxf KK⇒⇒⇒⇒

    ( )1)( −= kTeVeIVI o ⇒⇒⇒⇒ 221 VaVaI += 1 para

  • 90

    DiodosDiodos

    Circuito de modulação

    ω1>>ω2

    ω1L1 C1 L1 C1

    ω2

    ω1

    0 20 40 60 80 100

    -3

    -2

    -1

    0

    1

    2

    3

    V(t)=[2+senω2t]senω1t

    ω1=10ω2

    V(t)

    t

  • 91

    DiodosDiodos

    L1 C1ω1

    RC

  • 92

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    b

    e

    c

    b

    e

    c

    b

    e

    c

    b

    e

    c

    npn pnp

    Junções

    Símbolo

    Circuito

    • Componentes obtidos por uma dupla junção (npn ou pnp);

    • A dupla junção determina 3 terminais: base, emissor, coletor;

    • Da base para o emissor há um diodo, que é polarizado para conduzir corrente;

    • Da base para o coletor há um diodo polarizado reversamente, funcionando como “reservatório” de portadores de carga ⇒ a corrente de saída provém desta junção

  • 93

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Fornecer corrente de saída Ie (no emissor) às custas do coletor. Este último obtém corrente de uma fonte de alimentação externa.

    “MISSÃO” do Transistor:

    A corrente total disponbilizada no emissor é dada por: Ie=Ic+Ib onde Ib é a corrente na entrada (base).

    A eficiência de um transistor é medida por:

    e

    c

    I

    I=α

    ( ) ( )

    bbc

    bcc

    b

    I

    bec

    III

    III

    IIII c

    βαα

    αα

    α

    α

    ≡=∴

    ==−⇒

    −=−=

    1

    11 1

  • 94

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    ambiente a 26 com , 1 TmVe

    kTT

    TVBEV

    SC VeII ≈=

    −=

    A corrente no coletor é dada por (modelo de Ebers-Moll):

    VBE = diferença de potencial entre base e emissor

    Para que o transistor funcione deve haver uma polarização mínima entre coletor e emissor:

    IC

    VCE

    (VBE)3

    (VBE)2

    (VBE)1

    Região de Operação

  • 95

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    ),( CEBECC VVII =

    CEV

    I

    BEV

    I

    c dVdVdICE

    C

    BE

    C

    ∂∂

    ∂∂ +=

    Parâmetros intrínsecos para o transistor em regime dinâmico

    CEV

    I

    BEV

    I

    cCE

    C

    BE

    Ci vv∂

    ∂+=

    CEV

    I

    BEV

    I

    c CE

    C

    BE

    Bi vv ∂∂

    ∂∂ += β

    C

    CE

    B

    BE

    I

    V

    I

    Vr ∂

    ∂∂

    ∂ == ρ e , Definimos:

    sintrínseco parâmetros 1 =

    →+=

    ρβρ

    β

    r

    i CEBErc vv⇒⇒⇒⇒

  • 96

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    B

    BE

    C iBEir

    vv =≈ β

    BErci vβ≈

    Como ρ ≈ ∞

    ⇒⇒⇒⇒ ⇒⇒⇒⇒ ( r = resistência de entrada do transistor )

    T

    C

    T

    SC

    T

    TVBEV

    STVBEV

    BEBE

    C

    V

    I

    V

    II

    V

    eI

    s

    IeI ≈==

    −= +∂

    ∂∂∂

    1vv

    (mA)

    26

    bImV

    bITV

    cITV

    cIBEV

    bIBEV

    r

    r

    ≈⇒

    =β=β== ∂∂

    ∂∂

  • 97

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Circuitos Básicos

    Base

    Coletor

    Emissor Base

    Emissor

    Coletor Emissor

    Base

    Coletor

    Coletor comum Emissor comum Base comum

    • ganho em tensão (Av)

    • ganho em corrente (Ai)

    • impedância de entrada (Ze)

    • impedância de saída (Zs)

    • ganho em potência (Ap = AvAi)

  • 98

    7a. aula

  • 99

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Coletor comum

    VCC

    ve

    vs

    RE

    Mais precisamente:

    constante 6,0 ≈≈− EB VV se vv ≈⇒⇒⇒⇒ ⇒⇒⇒⇒ 1A ≈v

    EEB iRri +=ev ( )[ ] BE iRr 1+β+=ev ( ) BEEE iRiR 1+== βsv

    ( )( ) E

    E

    Rr

    R

    1

    1

    +++== β

    β

    e

    s

    v

    v

    vA⇒⇒⇒⇒

    Ganho em tensão:

  • 100

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Coletor comum

    ( ) ( ) eBEs iiii 1 1 +β=+β==Ganho em corrente:

    ββ ≈+== 1e

    s

    i

    i

    iA

    Impedância de entrada: ( )[ ] ( ) EEBiBiERr

    BieieRRrZ β≈+β+==== +β+ 1 1bvev

    ve (=vB) vs (=vE)r

    RE

    iB

    iE

    ve (=vB) vs (=vE)r/(β+1)

    RE

    iE

    iE

    Impedância de saída:

    ( )( ) 11

    1

    1+β+β+

    ++β

    =⇒== rsERrER

    ERr

    ER Zees vvv

  • 101

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Emissor comum

    VCC

    ve

    vs

    RE

    RC

    VCC

    ve

    vs

    RE

    RC

    C

    VCC

    ve

    vs

    RC

    CCCCC IRVV −= CCiR−== cs vv

    CEEE iRiR ≈=≈= EBe vvvE

    C

    CE

    CC

    R

    R

    iR

    iR −=≈ −vA

    Ganho em tensão:

    ⇒⇒⇒⇒

    ⇒⇒⇒⇒

    Fazer RE=0 ⇒ máximo ganho em tensão

  • 102

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Mais precisamente:

    ( )[ ] BEEEB iRriRri 1++=+= βev

    ( )[ ] BEEEB iRriRri 1++=+= βev ( )[ ]( )

    ( )[ ] ( ) EC

    BE

    BC

    BE

    CC

    Rr

    R

    iRr

    iR

    iRr

    iR

    1 1 1 ++++++

    − −=−==∴ ββ

    ββ

    βvA⇒⇒⇒⇒

    eBCs iiii ββ ===

    eBCs iiii ββ ===

    ⇒⇒⇒⇒

    Ganho em corrente:

    β=iA

    ( )[ ] ( ) EiiRr

    ieRrZ

    B

    BE

    B1

    1 ++=== ++ ββBv

    Impedância de entrada:

    Impedância de saída:

    Se RC é a carga ⇒ corrente vem da junção base-colegor⇒ρ é a impedância de saída

    Se a carga é externa ⇒ a corrente vem de ρ || RC ⇒ ρ || RC é a impedância de saída

    ve vs (=vC)ρ

    RC

    iC

    iC

    ve vs (=vC)ρ ||RC

    RcargaiC

    iC

  • 103

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Base comum

    Ganho em tensão

    VCC

    ve

    vs

    RE

    RC

    VBB

    r

    R

    ri

    iR

    ri

    iR C

    B

    BC

    B

    CCAββ === −

    −v

    Ganho em corrente

    ( ) 1 1 −≈−== +

    B

    B

    E

    C

    i

    i

    i

    i

    iA ββ

    Impedância de entrada

    11

    1

    1|| +β+

    +β+β ≈==

    r

    ERr

    ERr

    Er

    in RZ

    ve

    REie r/(β+1)

    O sinal de entrada continua sendo uma variação de tensão entre base e emissor

    B

    EB

    ri

    VrI

    −=⇒

    =−

    e

    BB

    v

    V

  • 104

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Mais precisamente:

    −==

    =−≈−====∴

    −=⇒−=⇒=−−

    +−=⇒+=

    ++++−−+−

    +++−−+−

    ++externa) (carga

    ) (carga 1

    0

    )1(

    carga

    cargacarga

    )1()1(

    )1(

    )1()1(

    )1(

    RR

    R

    ii

    i

    ii

    i

    Cii

    i

    ii

    i

    i

    BRr

    RREBREBBB

    BReeER

    C

    C

    ERr

    BBERr

    RCRCR

    B

    BER

    RCRCR

    C

    ERr

    BBERr

    B

    BER

    C

    EEEE

    EE

    R

    A

    iiiRriIRrIV

    iiiiii

    ββ

    β

    β

    β

    ββ

    ββ

    β

    β

    e

    s

    i

    i

    VCC

    iE

    vs

    RE

    RC

    VBB

    (0.6V) iRE

    ieve

    Rcarga

    isiC

    iRC

    CRR

    R

    R

    CRR

    R

    s

    RsC

    ii

    ii

    iii

    CC

    C

    C

    C

    carga

    carga

    carga

    +

    +

    =

    =

    +=

    Impedância de saída: idêntico ao caso emissor comum

  • 105

    Transistores bipolaresTransistores bipolares

    Resumo

  • 106

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    (*) FET = Field Effect Transistor

    • Dois terminais condutores são previstos nas extremidades opostas de uma região dopada com excesso de portadores tipo n.

    • Entre estes terminais implanta-se uma região com excesso de portadores tipo p. Os terminais condutores são denominados ‘fonte’ (referido como S, de source) e ‘dreno’ (referido como D, de drain).

    • O terceiro terminal é implementado na região p, e é denominado ‘porta’ (referido como G, de gate).

    •Estabelecendo-se uma diferença de potencial entre D e S (VDS) favorece-se a passagem de corrente de S a D (canal S-D).

    • O valor desta corrente não varia linearmente com VDS. Supondo que porta e fonte estejam ao mesmo potencial (VGS=0) ⇒ à medida em que se aumenta VDS, forma-se uma região de depleção cada vez maior entre G e D.

    J-FET, canal n

    n

    p p

    S

    D

    VGS=0

    n

    p p

    S

    D

    G

    D

    S

    VGS

  • 107

    • Para valores de VDS muito pequenos o volume da região de depleção é desprezível, e a corrente nesse caso varia linearmente com VDS.

    • Se aumentamos o valor de VDS, aumentamos o volume da região de depleção ⇒ a resistividade do canal S-D também aumenta, de modo que relação de linearidade entre corrente e VDS égradualmente perdida.

    • Continuando a aumentar VDS , chega-se a uma situação limite em que as duas regiões de depleção praticamente se encontram através do canal.

    • A partir deste limite, incrementos de VDS são contra-balanceados pelo incremento da resistividade do canal, de tal forma que a corrente permanece aproximadamente constante para uma ampla faixa de valores de VDS.

    • O valor de VDS para o qual a situação limite é atingida é conhecido como tensão de ruptura (pinchoff)do canal.

    • Esta tensão marca o início da região de operação do dispositivo como um transistor. Além da região de operação, ou seja, para valores de VDS muito elevados, ocorre ruptura da própria junção pn.

    • Caso a tensão VGS seja menor que zero a mesma análise é válida, mas observamos que a corrente obtida na região de operação é menor do que a verificada quando VGS=0. Isto se deve essencialmente ao fato de que VGS

  • 108

    Curvas características ID x VDS para transistores a efeito de campo com canal n.

    ID

    VDS

    (VGS)1

    (VGS)2

    (VGS)3

    Região de Operação

    Ruptura (pinchoff)

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    ( )21T

    GS

    V

    V

    DSSD II +=

    Modelo matemático para ID x VGS para transistores a efeito de campo com canal n.

    IDSS = Corrente “Drain to Source with gate Shorted”

  • 109

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    ),( DSGSDD VVII =

    DSV

    I

    GSV

    I

    D dVdVdI DSD

    GS

    D

    ∂∂

    ∂∂ +=⇒

    DSGS vv ρ1+= siD

    D

    DS

    GS

    D

    I

    V

    V

    Is ∂

    ∂∂∂ == ρ ,

    DisGSv≈1ρ ≈∞ ⇒

    s = transcondutância do FET

    Parâmetros intrínsecos para o FET

  • 110

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    Outros tipos de FETs

    Caso substituamos o semicondutor presente no canal por outro dopado com impurezas do tipo p e o gate por um do tipo n, chegamos a um dispositivo que também opera

    como transistor. A diferença é que no FET com canal p a polarização VGS tem que ser invertida relativamente ao n-FET. A equação para ID em função de VGS muda para:

    J-FET canal p

    ( )21T

    GS

    V

    V

    DSSD II −=

    ID

    VGS

    IDSS

    VT

    n-FET

    ID

    VGS

    IDSS

    VT

    p-FET

  • 111

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    G

    S

    D

    Substrato

    Canal

    Esboço genérico da implementação de um FET

    n

    GS D

    SiO2

    Substratop

    MOS-FET

    GS D

    SiO2

    Substratop

    enhanced MOS-FET

    MOS-FET, Insulated Gate FET, Enhancement FET

  • 112

    VGS

    ID

    IDSS

    VT

    Depletion n-

    FET

    ID

    VGSVT

    Enhancement

    n-MOSFET

    VT

    ID

    VGS

    Enhancement &

    depletion n-MOSFET

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    Dependência ID x VGS

    Pelo controle da geometria, composição e polarização (inclusive do substrato) podem-se obter diferentes características de operação para os FETs

  • 113

    8a. aula

  • 114

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    • A principal característica dos transistores a efeito de campo é a alta impedância de entrada.

    • No caso dos MOSFETs, como o terminal de entrada está fisicamente isolado dos outros terminais, a resistência de entrada atinge valores altíssimos, tipicamente da ordem de 1014 Ω. Sinais elétricos são transmitidos devido essencialmente a variações de campo elétrico através do material isolante presente entre o eletrodo de entrada e o semicondutor. Por isto: “transistores a efeito de campo”.

    • No caso dos FETs de junção, ou J-FETS, a impedância de entrada também é alta porque a junção semicondutora gate-source é polarizada reversamente.

    Configurações básicas de circuitos com FETs

    VDD

    ve

    vs

    RS

    RD

    C

    RG

    FET em modo source-comum.

    D

    sR

    v

    DD

    DDsDDDDD

    sRA

    sRssi

    iRVVIRV

    D −===⇒

    −=⇒==

    −=⇒==−

    e

    e

    e

    S

    v

    v

    v

    v

    eseGS

    s

    vvvv

    v

    ( )0

    1

    max

    2

    =⇒

    +== ∂∂

    GS

    TVGSV

    TVDSSI

    GSVDI

    Vs

    s

    Ganho em tensão é máximo quando VGS=0

  • 115

    Transistores a efeito de campo Transistores a efeito de campo ((FETsFETs))

    • A impedância de entrada é praticamente infinita;

    • Justamente por isto, é importante a presença do resistor RG, para fixar o ponto de polarização do gate.

    • A impedância de saída é obtida pelo mesmo raciocínio usado para a configuração emissor-comum ou base-comum de transistores bipolares: RD || ρ (carga externa) ou ρ (se RD é a própria carga).

    • Não faz muito sentido computar o ganho em corrente para um FET, pois não há corrente de entrada.

    Outra possível montagem com FET

    FET em modo dreno comum

    VDD

    ve

    Vs

    RS

    RG

    s1

    )1(

    saída de impedância

    : tensãodeDivisor

    )1(

    )(

    1 =⇒=

    ==∴

    =+⇒=

    −====

    +

    +

    es

    v

    v

    eseG

    SGGSs

    vv

    vvvv

    vvvv

    e

    s

    ss

    s

    s

    s

    R

    R

    sR

    sR

    v

    ss

    sSDSSS

    A

    sRsR

    sRsRiRiR

    A mesma corrente passa por source e dreno:

  • 116

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

    Montagem Darlington

    iC

    T1

    T2

    iC1

    iC2iB1

    iB2

    iE1

    iE2

    Montagem a Transistor Complementar

    T1

    T2iC1

    iC2

    iB1

    iB2

    iE1iE2

    Montagem Cascode

    Exemplos de associações

    r1

    β1β

    2 /(β

    2+1)Cascode

    r1

    β1β

    2+(β

    1+1)Complementar

    r1+r

    2(β

    1+1)β

    1+β

    2(β

    1+1)Darlington

    reqββββeq

  • 117

    Transistores: variedade de aplicações praticamente inesgotável

    • Amplificadores (de carga, de tensão, de corrente, de potência)

    • Filtros ativos (em combinação com resistores, capacitores e indutores)

    • Adaptadores de impedância

    • Fontes (de corrrente, de tensão)

    • Sensores (de temperatura, de luz)

    • Chaveadores a alta frequência

    • Portas lógicas

    (...)

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

  • 118

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

    Amplificador diferencialv+

    AD vs=AD(v+-v-)

    v-

    [ ]

    [ ]

    −=

    +=

    =−

    =+⇒

    −=−

    ++++=+⇒

    +++=+=

    +++=+=

    −+−+

    −+−+

    −+

    −+

    −++

    +

    −++

    +

    +++

    −+

    −+

    +

    rRrB

    rRrB

    rBB

    RrBB

    BBinin

    BBBBinin

    BBBBin

    BBBBin

    inininin

    inininin

    inin

    inin

    i

    i

    ii

    ii

    iir

    iiiir

    iiriRiri

    iiriRiri

    vvvv

    vvvv

    vv

    vv

    vv

    vv

    v

    v

    )1(221

    2

    )1(221

    1

    21

    )1(221

    21

    2121

    2122

    2111

    )(

    ))(1(2)(

    ))(1(

    ))(1(

    β

    β

    β

    β

    β

    β

    }

    ))(1(

    )1()1(

    21

    2121

    22

    BB

    BBEE

    BCCCout

    iii

    iiiii

    iRiR

    ++β=∴

    +β++β=+=

    β−=−=v

    RC

    Vin+

    VCC

    R

    RC

    Vin-

    V’out Vout

    T1 T2

    i

  • 119

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

    ( ) ( )[ ]( ) ( )

    [ ])1(22

    2

    )1(22

    22

    ++

    −+−+

    +++−

    =

    =

    ++−=

    −=

    −=−=−+−+

    ββ

    β

    ββ

    β

    Rr

    R

    C

    r

    R

    D

    ininCininDout

    Rrr

    R

    out

    BCCCout

    C

    C

    ininininC

    A

    A

    AA

    iRiR

    vvvvv

    v

    v

    vvvv

    ( ) ( )[ ]( ) ( )−+−+

    +++−

    ++−−=

    +−=

    −=−=−+−+

    ininCininD

    Rrr

    R

    BCCC

    AA

    iRiR

    out

    ininininC

    out

    out

    vvvvv

    v

    v

    '

    vvvv'

    '

    )1(22

    11

    ββ

    β

    ⇒ Chegamos ao amplificador diferencial, desde que tenhamos AC=0

    ( )−+ −=⇒ ininDout Aout vvv-v ' 2 ⇒ Poderíamos tomar o sinal de saída entre vout e v’out , mas desta maneira nenhum dos dois poderia ser conectado ao terra

  • 120

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

    ⇒ A melhor maneira de se obter o amplificador diferencial é fazer AC=0

    [ ]

    ∞=⇒=

    = ++RA

    A

    C

    Rr

    R

    CC

    0

    )1(22 ββ

    Com isto obtemos um dispositivo do tipo

    +

    -

    Vin+

    Vin-

    Vout

  • 121

    AssociaAssociaçções de Transistoresões de Transistores

    Para fazer R=∞

    R2

    VCC

    R4

    R1

    T3 T4

    I3 I4

    R3

    31

    3

    3

    33

    3

    31

    RR

    VV

    BECC

    EC

    BECCI

    IRVIRV

    II

    +−=

    ++=

    334

    44

    4

    33

    3

    4

    3

    4

    3

    4

    43

    III

    IRVIRV

    R

    R

    R

    R

    R

    VV

    BEBE

    BEBE ≈+=

    +=+−

    • I3 e I4 não dependem de R2 ;

    • Para R3=R4 ⇒ I3=I4 ;

    • Variações de tensão sobre R2 vêm impedância infinita ( ρ );

    ∴ Este circuito pode ser usado como um componente de resistência infinita pelo qual passa corrente i

  • 122

    R1

    T4

    R4

    T3

    R3

    RC

    Vin+

    VCC

    RC

    Vin-

    V’out Vout

    T1 T2

    Amplificador OperacionalAmplificador Operacional

    Ponto de partida: amplificador diferencial

    Adicionam-se: estágio de ganho + estágio de driver

    • Ganho elevado (da ordem de 106)• Impedância de entrada alta• Impedância de saída baixa

  • 123

    Amplificador OperacionalAmplificador Operacional

    vout

    vd

    +VSAT

    -VSAT

    ≈ µV

    • vd ≈ 0⇒ terra virtual

    • O amplificador operacional geralmente trabalha com realimentação negativa (para sair da saturação)

  • 124

    Amplificador OperacionalAmplificador Operacional

    Aplicações “clássicas” dos amplificadores operacionais

    “Buffer”

    +

    -

    +

    -

    +

    -

    +

    -

    +

    -

    +

    -

    +

    -

    Amplificador inversorAmplificador não-inversor Somador

    Subtrator DiferenciadorIntegrador

  • 125

    Banda passante: influência de capacitânciasBanda passante: influência de capacitâncias

    Influências externas

    Capacitores são introduzidos para realizar acoplamento AC, desacoplamento DC, e também como componentes “parasitas” somados ao circuito de carga

    A

    γ

    C

    Circuito equivalente

    out

    outTv

    v'

    v'

    v=vinAvvin γ

    C

    v’

    voutRout R

  • 126

    Banda passante: influência de capacitânciasBanda passante: influência de capacitâncias

    RCiR

    outRZi

    AZ ZT ω+++ωγ

    ==11

    ;

    γ e ω são tipicamente diferentes em magnitude:

    γ → grande (acoplamento, desacoplamento)

    C → pequena (parasita, residual)

    )(1

    "1

    '1

    "

    '

    outRR

    CoutRRoutRR

    outRRAR

    o

    i

    oT

    i

    oT

    TT

    T

    T

    +

    +

    ωω−

    ωω+

    =≈

    ≈ → Freqüências altas (passa-baixa)

    → Freqüências baixas (passa-alta)

    → Freqüências intermediárias

  • 127

    Banda passante: influência de capacitânciasBanda passante: influência de capacitâncias

    Influências internas

    As influências internas são devidas à capacitância das próprias junções de semi-condutores;

    A mais importante é a capacitância de base para coletor, pois implica realimentação de sinal.

    O efeito final se traduz sobre uma variação do parâmetro β com a freqüência:

    BCBE

    rC

    i

    o

    CCC | |

    1

    1

    =

    β

    βωω+

    β

    BCBE

    fTf

    f

    of

    if

    of

    CCC

    ff

    f

    | |

    21

    =

    ≡≈β⇒≈β⇒>>

    =

    βββββ

    βπωβ

    fT é fornecido pelo fabricante.

    fT é a frequência para a qual β se reduz a 1.vin CCE voutr C

    ρ | | Rcarga

  • 128

    Banda passante: influência de capacitânciasBanda passante: influência de capacitâncias

    rCio

    rCisr

    BiCi

    rCir

    Bi

    Ci

    inZBiC

    i

    BE

    Ci

    rCir

    in

    inZBE

    B

    BiCi

    s

    CrZ

    i

    ω+β

    ω+

    ω+

    ω+

    ==β=⇒

    ==≡

    ==

    =

    11

    1

    1| |

    v

    v

  • 129

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

    Como detectar partículas ?

    Radiação

    Interação

    Detecção

    • Radiação transporta energia, como se fosse composta por partículas objetivamente

    identificáveis, cada uma veiculando uma contribuição quantitativa (quanta)

    • A detecção de partículas implica conversão da energia em algum tipo de sinal mensurável

    (Exemplos: sinais elétricos e luminosos)

  • 130

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

    Abordagem básica

    RRadiação

    incidente

    Circuito elétrico equivalente

    Thevenin

    R

    C

    Vs

    V(t) RC

    Vs

    I(t)

    Norton

    C = capacitância do detector

    R = impedância do amplificador

  • 131

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

    Montagem prática – detector a gás

    • Partícula ioniza moléculas do gás

    • Elétrons e íons migram em direção aos eletrodos

    • O movimento de cargas gera um sinal elétrico u(t)

    ( )

    +−=

    ++ t

    rp

    CVqtu

    2

    00

    0

    0

    1ln2 πεε

    µπεε

    A ação de R e C sobre o sinal se reduz a:

    ( ) ( )

    −≅ +RC

    ttutu exp

  • 132

    Registro de posição da partícula detectada

    Posição ≈≈≈≈ tempo de propagação dos sinais através da linha de retardo

    CorpoJanela

    Anodo

    Catodo

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 133

    Estrutura para detecção bidimensional

    2,54mm

    0,3mm

    1,50mm

    -15-10

    -50

    510

    15

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    -15

    -10

    -50

    51015

    (a)n = -3 a 3

    b = 3mm

    FWHM = 4,68mm

    σ(x,y)*10-15

    y(mm)

    x(mm)

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 134

    Montagem Mecânica

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 135

    Módulos de Eletrônica

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 136

    Parte Analógica: pré-amplificadores

    Composição espectral dos sinais gerados no detector

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 137

    Parte Analógica: pré-amplificadores

    Circuito de pré-amplificação: baixo ruído, banda passante adaptada à composição espectral do sinal

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas

  • 138

    Parte Analógica: pré-amplificadores

    Banda passante simulada Banda passante medida

    EletrônicaEletrônica para Detecpara Detecçção de Partão de Partíículasculas