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Certificação de Produtos do Agronegócio Certificação de Produtos do Agronegócio Brasileiro: definindo a metodologia Brasileiro: definindo a metodologia mais adequada mais adequada Brasília 03 de outubro de 2007 Comissão de Agricutlura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural Qualiagro Qualiagro Sistema de Qualidade nas Cadeias Agroindustriais Sistema de Qualidade nas Cadeias Agroindustriais Luiz Antônio Pinazza Luiz Antônio Pinazza

Certificação de Produtos do Agronegócio Brasileiro: definindo a metodologia mais adequada

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Comissão de Agricutlura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Certificação de Produtos do Agronegócio Brasileiro: definindo a metodologia mais adequada. Qualiagro Sistema de Qualidade nas Cadeias Agroindustriais. Luiz Antônio Pinazza. Brasília 03 de outubro de 2007. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Certificação de Produtos do Agronegócio Certificação de Produtos do Agronegócio Brasileiro: definindo a metodologia Brasileiro: definindo a metodologia

mais adequadamais adequada

Brasília03 de outubro de 2007

Comissão de Agricutlura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural

QualiagroQualiagroSistema de Qualidade nas Cadeias AgroindustriaisSistema de Qualidade nas Cadeias Agroindustriais

Luiz Antônio PinazzaLuiz Antônio Pinazza

Page 2: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

1. Preocupações

2. Características Básicas do Processo de Certificação

3. Modelos de padrões e certificação

4. Certificações em biocombustíveis

5. Caso etanol: modelo de negociação

6. Para pensar

RoteiroRoteiro

Page 3: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

PreocupaçõesPreocupações

Não colocar a carroça na frente dos bois; Criar uma certificação não pode ser um processo

unilateral; Para uma certificação ter valor, deve ser

amplamente reconhecida; A definição de princípios e critérios deve ser

transparente; Para se chegar a uma certificação é necessário

seguir uma metodologia.

Page 4: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Social

Ambiental Econômico

Sustentabilidade

Características Básicas do Características Básicas do Processo de CertificaçãoProcesso de Certificação

Universal

Equilíbrio entre fatores ambientais, sociais e econômicos – (Triple Bottom Line)

Page 5: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

A discussão deve envolver todos os atores interessados (multistakeholder process):

Consumidores Produtores Indústrias Trabalhadores ONG´s ambientais e sociais Transportadores Armazenadores Setor de serviços (Bancos) Academia e institutos de pesquisa Setor público

É um processo gradativo, que deve seguir uma metodologia aceita por todas as partes.

Características Básicas do Características Básicas do Processo de CertificaçãoProcesso de Certificação

Page 6: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Metodologia do Processo de Metodologia do Processo de CertificaçãoCertificação

5. Sistemas de Monitoramento

4. Identificar Indicadores

3. Definir Critérios

2. Acordar Princípios

1. Constituir Fórum PassosEstratégicos

Page 7: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Economia

Um processo de certificação pode ser formado por:Um processo de certificação pode ser formado por:

Produtos, serviços e processos com desempenho mínimolegítimo necessário verificado de forma independente e estabelecido pela sociedade.

Requisitos destinados a proteção da vida humana, da saúde e do meio ambiente;

Proteção ao Consumidor

Reduz custo de produtos, serviços e processos; Sistematiza e racionaliza as atividades produtivas.

Segurança e meio ambiente

Regulamentos (governo) Normas (mercado) NormalizaçãoNormalização

Page 8: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Modelos de Padrões e CertificaçõesModelos de Padrões e Certificações

Padrões Privados(institucionais)

Padrões Privados (multistakeholder)

Sistema ISO (153 países)FSCEUREPGAPCERFLOR4 Cs

Round Table – sojaRound Table – palmaRound Table – biofuels

Padrões Públicos(internacionais)

Padrões Públicos (nacionais)

Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)Codex AlimentariusConvenção Internacional de Proteção vegetal (CIPV)

PIFSISBOVPro-orgânicoBiocombustíveis (PBCB)

Page 9: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Sistema de gestão da qualidade, com a finalidade de melhorar os padrões dos produtos da indústria alimentícia;Originou-se como uma iniciativa dos comerciantes varejistas e supermercados europeus em 1997, na Alemanha.

EUREPGAPEUREPGAP Euro Retailer Produce Working Group EurepEuro Retailer Produce Working Group Eurep

Receita vinda de fora

Page 10: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Programa Integrado de Frutas Pró-orgânico Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos - SISBOV

Receita de governo (regulamentos): eficaz?Receita de governo (regulamentos): eficaz?

Quebra de paradigma

Diálogo com o mercado (normas)

Page 11: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Roundtable on Responsible SoyRoundtable on Responsible Soy (RTRS) (RTRS)

Sociedade Discussão começou em 2005; Formalização do RTRS em novembro de 2006; 50 membros: produtores, processadores, comerciantes e sociedade civil (toda a cadeia); Primeira Assembléia Geral: São Paulo, 8 e 9 de Maio de 2007.

Tarefas Definir critérios globais para a produção, processamento e comércio; Grupo internacional coordenará os trabalhos; A Assembléia Geral definiu princípios base:

Melhores práticas agrícolas; Proteção da biodiversidade; Melhor conversão de habitats naturais para agricultura; Respeito à propriedade da terra; Cumprimento das leis trabalhistas.

Page 12: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Objetivo Trazer as partes envolvidas com a cadeia produtiva do óleo para discutir e cooperar em torno de objetivos comuns.

Tarefas Critérios da produção sustentável e uso do óleo de palma Projetos para implantação das boas práticas sustentáveis; Solucionar problemas :melhores práticas de produção, gestão, suprimento, comércio e logística; Recursos de fundos públicos e privados para aplicação dos projetos; Comunicar os stakeholders e o público geral.

Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO)Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO)

Criação Agosto de 2003, em Kuala Lumpur, na Malásia.

Page 13: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

FSC (FSC Global Network) Promove a certificação;Define padrões adequados à realidade local;Consulta grupos de interesses locais;Atua como forum de resolução de conflitos.

Forest Stewardship Council (FSC)

MissãoDesenvolver princípios e critérios universais;Conciliar os interesses de stakeholders; Manejo responsável das florestas: padrões, políticas e guias.

Criação Em 1993 , na cidade de Toronto, Canadá; Credencia certificadoras; Define os critérios; Fora do sistema ISO.

Page 14: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Common Code for the Coffee Community Association (4C Association)

SociedadeIndependente, aberta e sem fins lucrativos

MembrosProdutores, comerciantes, industrias, organizações da sociedade civil

VisãoSem o primeiro passo, você nunca alcançará os objetivos propostos;Juntos, daremos o primeiro passo para liderar a sustentabilidade;A união faz a diferença e beneficiará produtores e consumidores.

MissãoProdução e processamento eficiente, combinado com o respeito às condições sociais e ambientais da sua produção, de modo a melhorar a situação dos produtores e trabalhadores.

Page 15: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Internacional

Regional

Nacional

Empresarial

Níveis de normas

mais exigente menos exigente

genérica restritiva

Page 16: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Certificação em Biocombustíveis: Certificação em Biocombustíveis: açodamento do processoaçodamento do processo

Memorando de Entendimento (MOU) de 9 de março de 2007:

Estabelecimento de padrões e normas: INMETRO e National

Institute of Standards and Technology (NIST)

Desenvolvimento em terceiros países: Caribe e América

Central

Avanço na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia

Iniciativa 1: Acordo Brasil e Estados Unidos

Page 17: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Iniciativa 2: Programa Brasileiro de Certificação em Biocombustíveis - PBCB

Iniciativa do governo que visa criar uma certificação para o etanol de cana-de-açúcar (unilateral); INMETRO já tem a primeira versão do programa pronta; Não houve discussão ampla para definir essa 1ª versão; I Painel INMETRO sobre Biocombustíveis (julho/07): apresentação do PBCB; II Painel INMETRO sobre Biocombustíveis (a definir): debater e definir critérios; Falta de participação do setor; Decisão política de se criar um padrão brasileiro; Lançamento em Genebra: data?

Certificação em Biocombustíveis: Certificação em Biocombustíveis: açodamento do processoaçodamento do processo

Page 18: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Iniciativa multistakeholder; Sede do Round Table na Suíça; O único representante do Brasil é uma ONG ambiental; Setor privado precisa ter assento nesse foro; O processo esta apenas no início.

Certificação privada: GrünPass Prêmio ao produtor? Crédito facilitado?

Certificação em Biocombustíveis: Certificação em Biocombustíveis: açodamento do processoaçodamento do processo

Iniciativa 3: Round Table on Sustainable Biofuels

Iniciativa 4: Convenção sobre Diversidade Biológica

Iniciativa 5: Independent Quality Standards (IQS)

Tratado ambiental criado para cuidar da biodiversidade; Discussão baseada no princípio da precaução; Foro adequado para criar padrões de sustentabilidade?

Outras iniciativas: padrões de países como Alemanha e Reino Unido e da UE.

Page 19: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

Caso etanol: modelo de negociaçãoCaso etanol: modelo de negociação

Discussão deve ser ampla e envolver todos os atores interessados;

Processo deve seguir a metodologia apresentada: criar um fórum,

estabelecer princípios, definir critérios, prever indicadores e criar

um sistema de monitoramento.

A Certificação deve ter caráter voluntário;

Atrelar financiamento público ao processo de certificação não

tem cabimento;

A certificação via negociação multistakeholder tem mais

legitimidade e transparência;

Page 20: Certificação de Produtos do Agronegócio  Brasileiro: definindo a metodologia  mais adequada

a) Servir como piso mínimo para exigências muito mais severas de parceiros comerciais (países ou empresas);

b) Aumento do custo do produto final e criação de barreiras não tarifárias;

c) Não podemos entrar na onda do ambientalismo inconseqüente em busca da retumbância política

Equívocos da certificação unilateral

Não utilização de adubos químicos e agrotóxicos; Destruição ou alteração dos ecossistemas são proibidas; Culturas transgênicas são proibidas; Restrição ao tamanho de glebas agregadas (não inferior a 200 ha - soja); Plantio contínuo da soja limitado a talhões de até 200 há.

Princípios propostos para o Índice de Sustentabilidade (MAPA)

Caso etanol: modelo de negociaçãoCaso etanol: modelo de negociação

Os critérios devem ser definidos com base em parâmetros científicos e devem considerar as especificidades dos produtos e das regiões produtoras

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Para pensarPara pensar As cadeias agrícolas devem ter uma participação ativa e direta em todo o processo que leve a uma certificação; A negociação multistakeholder traz mais legitimidade ao processo; Critérios definidos unilateralmente dificilmente terão ampla aceitação; Não se pode queimar etapas: partir direto para a definição de critérios e para a certificação não é um caminho adequado; No caso do etanol, é imprescindível que o setor se envolva rapidamente nos foros que discutem modelos de certificação; Padrões podem dar origem a barreiras não-tarifárias, mas podem se tornar aliados dos produtores/exportadores.