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Choque Hipovolêmico
O choque hipovolêmico é a perda de grandes quantidades de sangue e líquidos, que pode levar à morte rapidamente. Pode ser causada por diarreia, vômito, hemorragias, inflamações, em casos de doenças como a cólera ou acidentes.Numa situação de choque hipovolêmico o coração recebe uma menor quantidade de sangue que é distribuída em menor quantidade para o corpo afetando o funcionamento dos órgão vitais.A morte causada por redução brusca da quantidade de líquidos do corpo só ocorre se a quantidade de sangue e líquido perdida corresponder a 1/5 do volume total da quantidade de sangue de um ser humano. Significa que se um pessoa perde aproximadamente 1 litro de sangue, ela estará em choque hipovolêmico.
O choque hipovolêmico resulta da perda de líquidos e fluídos corporais, quando relacionado com perda de sangue, é conhecido como Choque Hemorrágico.
Fisiopatologia
A isquemia miocárdica leva a uma deficiência na contratilidade cardíaca, causando um baixo débito, o que resulta em hipotensão e baixa perfusão sistêmica. É muito comum a associação com o IAM, onde já se tem área de necrose e a contratilidade está prejudicada. A hipoperfusão e o débito prejudicados levam a hipóxia e ao aparecimento de várias substâncias endógenas que debilitam ainda mais a função cardíaca, podendo levar a um aumento da área de necrose e aparecimento de arritmias. A função ventricular pode ser ainda mais prejudicada pelo desenvolvimento de mecanismos compensatórios que levam a um maior consumo de oxigênio.
Sinais e Sintomas
Respiração e pulso rápido; Palidez ou pele azulada;
Lentidão no repreenchimento capilar;
Pele úmida e fria;
Transpiração forte;
Pupilas dilatadas;
Olhos escuros e fundos;
Ânsia, vômito e náusea;
Perda da consciência em choque profundo.
Tratamento:
Visa restaurar o volume intravascular, redistribuir o volume hídrico e corrigir a causa básica.
Tratamento da causa básica: se o paciente estiver num processo de hemorragia, esta deve ser interrompida o mais rápido possível, através da pressão sobre o local do sangramento ou pode ser necessário uma cirurgia para estancar o sangramento intenso. Se a causa da hipovolemia for diarréia ou vômito, devem ser administrados medicamentos.
Reposição hídrica e sangüínea: primeiramente, devem ser instalados dois acessos intravenosos que permitem a administração simultânea de líquidos e derivados do sangue. É necessário administrar líquidos que permaneçam dentro do compartimento intravascular, evitando assim, criação de deslocamento de líquidos do compartimento intravascular para o compartimento intracelular.
• Ringer lactato e cloreto de sódio: são líquidos cristalóides, isotônicos, que se deslocam livremente entre os compartimentos líquidos do corpo, não permanecendo no sistema vascular.
• Colóides: albumina e dextran a 6 %. O dextran não é indicado se a causa do choque hipovolêmico for hemorragia, pois ele interfere com a agregação plaquetária. E a albumina, expande rapidamente o volume plasmático, porém depende de doadores humanos.
• Derivados do sangue: só podem ser usados se a causa do choque for uma hemorragia. A papa de hemácia é dada para melhorar a capacidade de transporte de oxigênio do paciente e juntamente com outros líquidos que irão expandir o volume.
• Auto transfusão: coleta e retransfusão do próprio sangue do paciente, e pode ser realizada quando o paciente está sangrando para dentro de uma cavidade fechada, como tórax ou abdome.
Redistribuição de líquidos: o posicionamento do paciente, corretamente, ajuda na redistribuição hídrica (posição de Trendelemburg modificada - eleva-se as pernas do paciente e o retorno venoso é favorecido pela gravidade.
As calças militares anti-choque (CMAC) podem ser usadas nas situações de extrema emergência, quando o sangramento não pode ser controlado, como nos casos de
traumatismo ou sangramento retro peritoneal. Este dispositivo é um torniquete de três câmaras, que é enrolado nas pernas e tronco do paciente, e depois inflado no sentido de forçar o sangue das extremidades inferiores para a circulação superior. O dispositivo ajuda a controlar a hemorragia, aplicando pressão sobre o local do sangramento.
Obs.: Uma vez inflada, as CMAC não devem ser esvaziadas bruscamente por causa do risco de uma queda rápida e grave da pressão arterial. Devem ser esvaziadas lentamente (durante 30 a 60 minutos) ao mesmo tempo que se administram líquidos.
Medicamentos: Caso a administração líquida falhar na reversão do choque, deve-se fazer uso dos mesmos medicamentos dados no choque cardiogênico , porque o choque hipovolêmico ao não ser revertido evolui para o choque cardiogênico (o "círculo vicioso).
Se a causa clássica da hipovolemia tiver sido desidratação serão prescritos medicamentos como insulina que será administrada aos pacientes com desidratação secundária a hiperglicemia, desmopressina (DDVP) para diabetes insípidus, agentes anti-diarréicos para diarréia e anti-eméticos para vômito.(BRUNNER, 1998).
CHOQUE
O choque é uma síndrome caracterizada por uma incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender suas necessidades metabólicas. Essa incapacidade pode ser causada por diferentes motivos, caracterizando o tipo de choque, que pode ser: hipovolêmico, séptico ou toxêmico, neurogênico ou cardiogênico, sendo que em algumas bibliografias podem ser encontrados outros tipos de classificações.
Na emergência o tipo de choque mais comum é o hipovolêmico; os primeiros cuidados serão baseados nessa possibilidade.
O paciente chega na emergência
– Com história de perda volêmica significativa por sangramento interno
ou externo, vômitos excessivos, diarréia,
desidratação, diabete insípido,
queimaduras, ascite, entre outras
situações.
– Pode referir sede e mal-estar ou
– Estar tão agitado e confuso ou inconsciente
que não possa expressar
sintomas.
40 SOARES, GERELLI E AMORIM
Você percebe no paciente
– Inquietação, agitação.
– Taquipnéia.
– Palidez cutânea.
– Sudorese.
– Extremidades cianóticas.
Possível diagnóstico médico
Choque hipovolêmico.
Cuidados de enfermagem imediatos
t Posicionar o paciente em decúbito dorsal e cabeceira reta ou em Trendelenburg.
– Obter um (ou mais) acesso venoso calibroso e instalar solução fisiológica, se protocolo.
– Medir e comunicar alterações na freqüência cardíaca, como;
• taquicardia;
• bradicardia.
– Monitorar e comunicar alterações respiratórias, como:
• taquipnéia;
• dispnéia e tiragens.
– Medir PA e comunicar hipotensão.
– Observar e comunicar alterações do nível de consciência, como:
• agitação;
• sonolência;
• apatia;
• inquietação;
• desconforto e mal-estar.
– Observar e comunicar alterações na perfusão periférica, como:
• cianose;
• palidez cutânea;
• pele fria;
• sudorese.
– Monitorar a infusão de líquidos.
– Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar rigorosamente os itens prescritos.
t Quando a evolução do choque torna-se grave, as intervenções terapêuticas
podem tornar-