Câmara Municipal de Além Paraíba Minas Geraisalemparaiba.cam.mg.gov.br/wp-content/uploads/2019/01/Novo_Regimento... · Art. 2º A função legislativa consiste na elaboração

Câmara Municipal de Além Paraíba Minas

Gerais

Resolução nº 026, de 26 de novembro

de 2018

Regimento Interno

SUMÁRIO

RESOLUÇÃO Nº 026, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2018

TÍTULO I - DA CÂMARA MUNICIPAL ................................................... 01

CAPÍTULO I - DAS FUNÇÕES DA CÂMARA ...................................... 01

CAPÍTULO II - DA SEDE DA CÂMARA ............................................... 02

CAPÍTULO III - DA INSTALAÇÃO DA CÂMARA .............................. 04

TÍTULO II - DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL........................ 07

CAPÍTULO I - DA MESA DA CÂMARA................................................ 07

Seção I - Da Formação da Mesa e de suas Modificações ......................... 07

Seção II - Da Renúncia e da Destituição .................................................. 10

Seção III - Da Competência da Mesa Diretora......................................... 14

Seção IV- Das Atribuições Específicas dos Membros da Mesa............... 16

Subseção I - Do Presidente ................................................................... 16

Subseção II - Do Vice-Presidente ........................................................ 24

Subseção III - Da Secretaria ................................................................ 24

CAPÍTULO II - DO PLENÁRIO............................................................... 26

CAPÍTULO III - DAS COMISSÕES......................................................... 29

Seção I - Da Finalidade das Comissões e de suas Modalidades .............. 29

Subseção I - Das Comissões Permanentes ............................................ 33

Subseção II - Das Comissões Temporárias .......................................... 38

Subseção III - Das Comissões Conjuntas ............................................. 43

Seção II - Da modificação das Comissões ............................................... 43

TÍTULO III - DOS VEREADORES............................................................. 44

CAPÍTULO I - DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA ................................. 44

CAPÍTULO II- DAS LICENÇAS, DA SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO

DA VEREANÇA, DAS VAGAS E DA CONVOCAÇÃO DO

SUPLENTE..................................................................................................

46

CAPÍTULO III - DA PERDA DO MANDATO DO VEREADOR .......... 48

CAPÍTULO IV - DA INFRAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

PRATICA- DA PELO PREFEITO ............................................................

49

CAPÍTULO V - DA LIDERANÇA PARLAMENTAR ............................ 49

CAPÍTULO VI - DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICO .......... 50

TÍTULO IV - DAS PROPOSIÇÕES E DA SUA TRAMITAÇÃO............. 50

CAPÍTULO I – DAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÃO E

DE SUA FORMA ....................................................................................

50

CAPÍTULO II - DAS PROPOSIÇÕES EM ESPÉCIE ............................ 53

CAPÍTULO III - DO RITO DAS PROPOSIÇÕES.....................................

63

Seção I - Do Recebimento e tramitação do Projeto de lei e do Projeto de

Resolução.................................................................................................

63

Seção II - Do Recebimento e Tramitação dos Decretos legislativos, das

Emendas e Subemendas, dos Projetos Substitutivos, das

Representações, dos Requerimentos em geral, das Indicações, dos

Pareceres de Comissões, dos Relatórios de Comissões Especiais, dos

Recursos e das Moções..............................................................................

66

Seção III - Dos Projetos Sob o Regime de Urgência ............................... 72

Seção IV - Dos Projetos com Ritos Especiais.......................................... 75

Subseção I - Do Projeto de Lei do Orçamento...................................... 75

Subseção II - Do Julgamento das Contas ............................................ 78

Subseção III -Da Proposta de Emenda à Lei Orgânica......................... 80

Subseção IV - Dos Projetos de Codificação......................................... 82

Subseção V - Das Reformas do Regimento Interno .............................. 84

Subseção VI - Do Projeto de Lei Delegada .......................................... 84

Subseção VII - Dos Projetos de Iniciativa Popular .............................. 85

Subseção VIII - Dos Projetos de Consolidação das Leis ou de

Resoluções..............................................................................................

86

CAPÍTULO IV - DA RETIRADA E DO SOBRESTAMENTO DA

PROPOSIÇÃO ..........................................................................................

87

TÍTULO V - DAS SESSÕES DA CÂMARA.............................................. 88

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................ 88

CAPÍTULO II - DA REUNIÃO PÚBLICA E DA ORDEM DOS

TRABALHOS ............................................................................................

92

CAPÍTULO III - DO PEQUENO EXPEDIENTE ................................... 95

CAPÍTULO IV- DA ORDEM DO DIA OU GRANDE EXPEDIENTE .. 95

CAPÍTULO V - DOS ORADORES ......................................................... 97

CAPÍTULO VI - DA ORDEM DOS DEBATES, USO DA PALAVRA,

APARTES E QUESTÃO DE ORDEM .....................................................

98

Seção I- Do uso da palavra “pela ordem” e para suscitar questão

de ordem...................................................................................................

100

Seção II - Do Uso da Palavra para Assunto Urgente .............................. 101

Seção III - Dos esclarecimentos sobre assuntos da proposição de

sua autoria ................................................................................................

101

Seção IV - Da Explicação Pessoal .......................................................... 102 Seção V - Do Uso da Palavra para Fazer Comunicação de Fato Relevante 102

Seção VI - Da Declaração de Voto ......................................................... 102

Seção VII - Do Uso da Palavra pelo Vereador Citado ........................... 102

Seção VIII - Do Uso da Palavra para Reclamação ................................ 103

Seção IX - Do Encaminhamento da Votação .......................................... 103

Seção X - Dos Apartes ............................................................................

103

Seção XI- Dos Destaques ..................................................................... 104

TÍTULO VI - DAS DELIBERAÇÕES....................................................... 105

CAPÍTULO I - DAS DISCUSSÕES E DELIBERAÇÕES .................... 105

CAPÍTULO II - DA VISTA AOS PROJETOS ...................................... 107

CAPÍTULO III - DO ADIAMENTO DA DISCUSSÃO E DA VOTAÇÃO.. 108

CAPÍTULO IV - DA SOBERANIA DO PLENÁRIO ........................... 109

CAPÍTULO V - DOS PROCESSOS DE VOTAÇÃO ............................ 109

TÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS .................. 112

1 Projeto de Resolução n° 026, de 26/11/2018. Vereadores autores: Leidimar Antônio Pereira Diogo, Luiz Augusto Pinto e Francisco Antônio Nunes.

Câmara Municipal de Além Paraíba - MG

Pç. Cel. Breves, nº 30, Além Paraíba, MG. CEP 36660-000, Telefone (32)3466-2600

COMISSÃO ESPECIAL

RESOLUÇÃO Nº 026, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2018

ESTABELECE O REGIMENTO

INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL

DE ALÉM PARAÍBA, ESTADO DE

MINAS GERAIS, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.

O Povo do Município de Além Paraíba, por seus representantes no Poder

Legislativo, aprovou e eu, Presidente da Câmara Municipal de Além Paraíba,

promulgo a seguinte Resolução:

TÍTULO I

DA CÂMARA MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DAS FUNÇÕES DA CÂMARA

Art. 1º O Poder Legislativo local é exercido pela Câmara, que tem funções

legislativa, administrativa, julgadora, fiscalizadora, controladora e de assessoramento.

Art. 2º A função legislativa consiste na elaboração de emendas à lei orgânica, leis

complementares, leis ordinárias, decretos legislativos e resoluções sobre quaisquer

matérias de competência do Município.

Art. 3º A função administrativa consiste na sua organização interna, na

regulamentação de seu funcionalismo e na estruturação e direção de seus serviços

auxiliares.

Art. 4º A função julgadora consiste na competência para julgar os Vereadores e o

Prefeito que cometerem infrações político-administrativas previstas em lei.

Art. 5º A função fiscalizadora compreende a fiscalização contábil, financeira,

orçamentária e patrimonial do Município, e é exercida com o auxílio do Tribunal de

Contas do Estado, consistindo, entre outras:

I - na apreciação das contas do exercício financeiro, apresentadas pelo Prefeito e pela

Mesa Diretora;




COMISSÃO ESPECIAL

II - no acompanhamento das atividades financeiras do Município; e

III - no julgamento da regularidade das contas dos administradores e demais

responsáveis por bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas

as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público e as contas

daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte

prejuízo ao erário público.

Art. 6º A função controladora é de caráter político-administrativo e consiste na

vigilância dos atos, ações, fatos, negócios e demais situações em geral, sob os

prismas da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e da ética

político-administrativa, podendo a Câmara, por meio de requerimentos, solicitar

informações e esclarecimentos, ou promover a tomada das medidas legais que se

fizerem necessárias.

Parágrafo único. A função controladora é exercida sobre os atos de caráter político-

administrativo do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais ou ocupantes de

cargo equivalente, Chefes de Divisões, Departamentos e Setores da Prefeitura,

Presidentes e ou Gestores de Autarquias ou Empresas Públicas Municipais, empresas

prestadoras de serviços ao Município por concessão, Vereadores e servidores do

Legislativo.

Art. 7º A função de assessoramento consiste em sugerir medidas de interesse público

ao Executivo, mediante indicações.

CAPÍTULO II

DA SEDE DA CÂMARA

Art. 8º A Câmara, localizada na Praça Coronel Breves, nº 30, em Além Paraíba,

Minas Gerais, tem sua sede no Edifício Vereador Octacílio Alves Coutinho e em seus

anexos, os quais são denominados de:

I - Anexo I, Edifício Vereador José Christiano Filgueiras;

II - Anexo II, Edifício Vereador João de Deus Ribeiro; e

III - Anexo III, Edifício Vereador Antônio Adalberto Soares Guimarães.

§ 1º Reputam-se nulas as sessões da Câmara realizadas fora de sua sede, com exceção

das solenes, das comemorativas e das autorizadas na forma de lei ou deste regimento.




COMISSÃO ESPECIAL

§2º As sessões solenes ou comemorativas, por deliberação e aprovação do Plenário,

poderão ser realizadas em clubes sociais, cinemas, teatros, auditórios, ou

estabelecimentos congêneres.

§3º Havendo motivo relevante ou de força maior que impossibilite o seu

funcionamento na sede, devidamente justificado, poderá a Câmara se reunir em outro

local, por deliberação da Mesa Diretora, submetendo-a a aprovação do Plenário na

primeira reunião realizada no novo local.

§4º Caberá ao Presidente da Câmara comunicar às autoridades competentes o

endereço provisório da sede da Câmara.

§5º Para os efeitos regimentais, a legislatura, de 4 (quatro) anos, que coincide com o

mandato dos Vereadores, é dividida em 4(quatro) sessões legislativas de 1 (um) ano

cada, e cada sessão legislativa é dividida em dois períodos legislativos, o primeiro, de

1º de fevereiro a 30 de junho e, o segundo, de 1º de agosto a 15 de dezembro.

Art. 9º No recinto de reuniões do Plenário não poderão ser afixados quaisquer

símbolos, quadros, faixas, cartazes ou fotografias que impliquem propaganda

político-partidária, ideológica ou promocional de pessoas vivas, ou de entidades de

qualquer natureza.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à colocação de brasão ou

bandeira do País, do Estado ou do Município, na forma de legislação aplicável, bem

como de obra artística de autor consagrado ou fotografias dos Vereadores atuais e dos

Ex-Vereadores dessa Câmara.

Art. 10. Na sede da Câmara não se realizarão atos estranhos às suas funções, exceto:

I - nos casos previstos em leis ou resoluções;

II - a pedido de partidos políticos regularizados no Município, com autorização da

Mesa Diretora;

III - a pedido do Executivo, para realização de congressos, seminários, conclaves,

audiências e congênere, cujo interesse público se justifique, com autorização da Mesa

Diretora;

IV - por ocasião de falecimento de Vereador, Ex-Vereador, Prefeito, Ex-Prefeito,

Vice-Prefeito, Ex-Vice-Prefeito ou autoridades constituídas do Município, caso as

famílias desejem a realização de velório no local, autorizado pela Mesa Diretora; ou




COMISSÃO ESPECIAL

V - para outros fins, quando o interesse público o exigir, desde que por deliberação e

aprovação do Plenário.

Art. 11. As sessões da Câmara serão públicas, podendo qualquer cidadão assistir, na

parte do recinto que lhe é reservada, desde que:

I - não porte armas;

II - conserve-se em silêncio durante os trabalhos;

III - não manifeste apoio ou desaprovação ao que se passa em Plenário;

IV - respeite os Vereadores, os servidores e o público em geral;

V - atenda às determinações da Mesa Diretora;

VI - não interpele os Vereadores ou o orador; e

VII - não esteja sem camisa, usando roupa de banho ou trajado de forma inapropriada

ao recinto público.

CAPÍTULO III

DA INSTALAÇÃO DA CÂMARA

Art. 12. O Presidente da Câmara, em exercício, convocará os Vereadores, o Prefeito

e o Vice-Prefeito eleitos e diplomados para uma reunião prévia, a ser realizada até o

dia 20 de dezembro do ano das eleições municipais com o objetivo de definir horário

e demais detalhes referentes à sessão preparatória.

§1º A convocação descrita no caput, será feita de forma expressa aos Vereadores, ao

Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos, solicitando deles a apresentação de cópia

autenticada do Diploma expedido pela Justiça Eleitoral, nos prazos de até o dia 20 de

dezembro do ano das eleições municipais, como requisito para participação na

reunião prévia, e de até o dia 31 de dezembro do ano das eleições municipais, como

requisito para tomar posse na sessão preparatória.

§2º Os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito eleitos e diplomados poderão ser

representados nessa reunião prévia por mandatários com instrumento de procuração

específica para tal fim.




COMISSÃO ESPECIAL

§3º Nessa reunião prévia haverá o sorteio para definir os gabinetes que serão

destinados aos novos Vereadores, resguardada a permanência, em seus gabinetes, dos

Vereadores reeleitos, caso assim requeiram expressamente.

§4º Os horários disponíveis e os demais detalhes referentes à sessão preparatória

serão expostos pelo Presidente da Câmara, prevalecendo a escolha pela maioria

simples de votos dos convidados presentes.

Art. 13. A sessão preparatória ocorrerá no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da

eleição e nela é dada posse aos Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito eleitos,

bem como é feita a eleição da Mesa Diretora.

§1º A posse ocorrerá em sessão solene, que se realizará com qualquer quórum, sob a

presidência provisória do Vereador mais idoso dentre os presentes.

§2º O Presidente Provisório abrirá a sessão, dará assento ao Prefeito e Vice-Prefeito

eleito e às demais autoridades e realizará um sorteio para definir qual Vereador

prestará o juramento em nome de todos os Vereadores eleitos, os quais deverão estar

de pé no momento do juramento.

§3º Realizado o sorteio, o Vereador sorteado prestará o seguinte juramento:

“Prometo cumprir a Constituição da República, a Constituição Estadual, a Lei

Orgânica Municipal, o Regimento Interno da Câmara, observar as leis,

desempenhar o mandato que me foi confiado e trabalhar pelo progresso do

Município e pelo bem-estar de meu povo”.

§4° Cada um dos demais Vereadores, em ordem alfabética, confirmará o juramento,

declarando: “Assim o prometo”.

§5º Logo após a posse, os Vereadores apresentarão declaração de bens, sendo

transcrita em livro próprio, resumida em ata e divulgadas para o conhecimento

público.

§6º Ao término do mandato, os Vereadores deverão fazer, novamente, a declaração

de seus bens, que ficarão arquivadas na Câmara, junto com a da posse.

§7º A assinatura aposta na ata ou termo de posse completará o juramento.

§8º O Vereador que não tomar posse na sessão preparatória deverá fazê-lo dentro do

prazo de 15 (quinze) dias do início do funcionamento normal da Câmara, sob pena de

perda do mandato, salvo motivo justificado, aceito pela maioria absoluta dos

membros da Câmara, que fixará prazo razoável para sanar o vício.




COMISSÃO ESPECIAL

§9º O Vereador que se encontrar em situação incompatível com o exercício do

mandato não poderá tomar posse sem prévia comprovação da desincompatibilização,

o que se dará, impreterivelmente, prazo de 15 (quinze) dias do início do

funcionamento normal da Câmara, sob pena de perda do mandato, salvo motivo

justificado, aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara, que fixará prazo

razoável para sanar o vício.

§10º Findo o prazo previsto no §8º e no §9º, não tendo o Vereador tomado posse,

caberá à Mesa Diretora convocar o respectivo Suplente, na forma deste regimento.

Art. 14. Imediatamente após a posse, na mesma sessão preparatória, os Vereadores se

reunirão sob a Presidência Provisória do mais idoso dentre os presentes e elegerão os

componentes da Mesa Diretora por voto da maioria simples, sendo eles

automaticamente empossados neste ato.

§1º Empossada a Mesa Diretora, o Presidente Provisório declarará instalada a

Câmara, cessando, com este ato, o seu desempenho legal.

§2º A Mesa Diretora dará posse, na mesma sessão, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, que

prestarão o compromisso de cumprir a lei orgânica, as Constituições Estadual e

Federal, defendendo a Justiça Social, a paz e a equidade de todos os cidadãos

municipais.

§3º Se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-

Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado

vago.

§4º Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito, farão

suas declarações de bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara e constarão na

respectiva Ata de Posse.

§5º Inexistindo número legal para eleição da Mesa Diretora, o Presidente Provisório

dará posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, nos termos do §2º, bem como conhecerá da

renúncia do mandato solicitado no transcurso dessa reunião e convocará o Suplente.

§6º No caso do §5º, o Presidente Provisório permanecerá na Presidência e convocará

sessões diárias, até que seja eleita a Mesa Diretora, nomeando-se um Secretário ad

hoc para lavrar a ata.

Art. 15. O Vereador, o Prefeito ou o Vice-Prefeito que tomar posse após a sessão

preparatória prestará o compromisso e apresentará a declaração de bens de forma

individual, em sessão ordinária, junto à Mesa Diretora.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 16. Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador na forma prevista nos

artigos 97 e 98 deste regimento e ele prestará o juramento previsto no artigo 13, §3º,

deste regimento, uma única vez, mesmo que venha a substituir algum Vereador por

mais de uma vez.

Art. 17. Não se considera investido no mandato de Vereador aquele que deixar de

prestar o juramento na forma da lei e deste regimento.

TÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DA MESA DA CÂMARA

Seção I

Da Formação da Mesa e de suas Modificações

Art. 18. A Mesa Diretora se compõe do Presidente, do Vice-Presidente, do Primeiro-

Secretário e do Segundo-Secretário, os quais se substituirão nessa ordem, nos casos

de impedimento ou ausência.

§1º O mandato dos membros da Mesa Diretora é de 2 (dois) anos, não sendo vedada a

recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.

§2º Na constituição da Mesa Diretora é assegurada, tanto quanto possível, a

representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam

da Câmara.

§3º Na ausência dos membros da Mesa Diretora, o Vereador mais idoso assumirá a

Presidência Provisória, que nomeará um dos demais Vereadores para as funções de

Secretário ad hoc.

Art. 19. A eleição da Mesa Diretora ocorrerá da seguinte forma:

I - para primeiro biênio, se fará na sessão preparatória; e

II - para o segundo biênio, se fará na última reunião ordinária do primeiro biênio que

anteceder ao recesso legislativo, sendo os eleitos automaticamente empossados no dia

1º (primeiro) de janeiro do ano subsequente.




COMISSÃO ESPECIAL

Parágrafo único. Na impossibilidade de realização do pleito na data prevista no

inciso II, será convocada reunião extraordinária específica para esse fim.

Art. 20. A eleição dos membros da Mesa Diretora, ou o preenchimento de vaga nela

verificada, far-se-á por escrutínio secreto, observadas as normas e as seguintes

exigências e formalidades:

I - chamada para comprovação da presença da maioria absoluta dos membros da

Câmara;

II - registro de candidatura dos Vereadores para cada cargo da Mesa Diretora, sendo

que a eleição será feita separadamente para cada cargo;

III - cédulas impressas ou datilografadas, contendo cada uma o nome dos candidatos

e do respectivo cargo, sem rasuras ou marcas estranhas;

IV - realização de chamada nominal de cada Vereador para depositar na urna a

cédula correspondente à votação de cada cargo, com a seguinte ordem de eleição:

primeiro se elege o Presidente, após, procede-se nova eleição para eleger o Vice-

Presidente, depois, o Primeiro-Secretário e, por último, o Segundo-Secretário;

V - invalidação da cédula que não atenda ao disposto no inciso III;

VI - comprovação dos votos da maioria simples dos membros da Câmara para eleição

dos cargos da Mesa Diretora; e

VII - proclamação dos eleitos pelo Presidente da Câmara.

§1º Em caso de empate, considera-se eleito o candidato que não tenha representação

partidária na Mesa Diretora e, permanecendo o empate, o mais idoso, e, mantendo-se

ainda o empate, será sorteado o nome do eleito, dentre os empatados.

§2º O mesmo Vereador poderá concorrer a mais de um cargo, desde que não ganhe a

eleição para outro.

§3º No caso de eleição para cargo vago por renúncia de um Vereador, este não

poderá concorrer ao mesmo cargo que deixou vago.

§4º Inexistindo candidatos à eleição de qualquer cargo da Mesa Diretora, este cargo

será preenchido por sorteio entre os demais Vereadores.

Art. 21. Qualquer Vereador poderá se candidatar para ocupação de cargo na Mesa

Diretora, com exceção do suplente, ressalvado o disposto no §1º deste artigo.




COMISSÃO ESPECIAL

§1º O suplente de Vereador convocado somente poderá concorrer para cargo da Mesa

Diretora quando não for possível preenchê-la de outro modo.

§2º No caso do §1º, retornado o Vereador titular, o cargo na Mesa Diretora assumido

pelo suplente será declarado vago, devendo-se promover nova eleição, nos termos

deste regimento.

Art. 22. Os Vereadores eleitos como membros da Mesa Diretora serão empossados,

mediante termo lavrado pelo Primeiro-Secretário em exercício, na sessão em que se

realizar sua eleição e entrarão imediatamente em exercício, salvo no caso da eleição

para o segundo biênio, na qual os eleitos entrarão em exercício no dia 1º (primeiro)

de janeiro do ano subsequente.

Art. 23. Somente se modificará a composição da Mesa Diretora ocorrendo vaga.

§1º Se a vaga for do cargo de Presidente ou de Primeiro-Secretário, sucedê-lo-á,

respectivamente, o Vice-Presidente ou o Segundo-Secretário, promovendo-se nova

eleição para o cargo de Vice-Presidente ou de Segundo-Secretário.

§2º Se a vaga for do cargo de Vice-Presidente ou de Segundo-Secretário, promover-

se-á nova eleição para estes.

§3º Se a vaga for simultaneamente do cargo de Presidente e do cargo de Vice-

Presidente, ou do Primeiro-Secretário e do cargo de Segundo-Secretário, promover-

se-á nova eleição para todos estes cargos, assumindo-se os cargos vagos,

provisoriamente, os membros remanescentes da Mesa Diretora, observada a ordem de

substituição estabelecida no artigo 18 deste regimento.

§4º No caso do §3º, não havendo membros remanescentes da Mesa Diretora, o

Vereador mais idoso assume provisoriamente a Presidência da Mesa Diretora e

nomeará qualquer um dos demais Vereadores desimpedidos para as funções de

Secretário ad hoc.

§5º No caso de algum Vereador que componha a Mesa Diretora ter interesse em

disputar a eleição para outro cargo nela, deverá, obrigatoriamente, renunciar ao seu

atual cargo, antes da eleição.

§6º O Vereador mais idoso que assumir a Presidência Provisória e o Secretário ad

hoc podem concorrer para qualquer cargo eletivo da Mesa Diretora.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 24. Considerar-se-á vago qualquer cargo da Mesa Diretora no caso de:

I - extinção ou perda do mandato de Vereador;

II - licenciamento do Vereador por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias;

III - renúncia do cargo da Mesa Diretora pelo seu titular; ou

IV - destituição do cargo de membro da Mesa Diretora, nos termos deste regimento.

Seção II

Da Renúncia e da Destituição

Art. 25. O Vereador que pretender renunciar a seu cargo na Mesa Diretora deverá

fazê-lo por ofício a ela dirigido, sendo efetivada a renúncia a partir do momento em

que for lida em sessão ordinária, independentemente de deliberação do Plenário.

§1º Recebida a renúncia, a Mesa Diretora deverá incluí-la na pauta da próxima sessão

ordinária para ser lida.

§2º Em caso de renúncia coletiva da Mesa Diretora, o ofício respectivo será levado ao

conhecimento do Plenário e a ele dirigido, devendo a Secretaria incluí-lo na pauta da

próxima sessão ordinária.

§3º A renúncia poderá ser retratada até antes de ser lida em Plenário.

Art. 26. Qualquer membro da Mesa Diretora poderá ser destituído, pelo voto de 2/3

(dois terços) dos Vereadores, quando:

I - faltoso;

II - omisso ou comprovadamente ineficiente no desempenho de suas atribuições;

III - exorbitar das atribuições a ele conferidas por este regimento;

IV - faltar com o decoro parlamentar;

V - abusar das prerrogativas asseguradas aos membros da Câmara;

VI - perceber vantagens indevidas; ou




COMISSÃO ESPECIAL

VII - cometer outras atitudes ilícitas no desempenho de seu cargo.

Parágrafo único. Considera-se faltoso o membro da Mesa Diretora que não

comparecer a 3 (três) sessões ordinárias consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas,

salvo motivo de força maior devidamente comprovado, justificado e aceito pelo

Plenário.

Art. 27. O Processo de Destituição, por transgressão a qualquer um dos incisos do

artigo 26, terá início por representação, com ampla e especificada fundamentação

sobre as imputações apresentadas, subscrita por qualquer Vereador e será,

necessariamente, lida em Plenário, ainda que resumidamente, na sessão ordinária ou

extraordinária imediatamente posterior à sua apresentação.

§1º O Processo de Destituição tem tramitação independente de outros processos,

ainda que pelo mesmo fato, contra o mesmo Vereador.

§2º Oferecida a representação, nos termos deste artigo, serão sorteados 3 (três)

Vereadores, entre os desimpedidos para constituírem a Comissão Processante, que se

instaurará nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, sob a presidência do mais idoso de

seus membros.

§3º Instalada a Comissão Processante, o acusado será notificado dentro de 3 (três)

dias e terá prazo de 10(dez) dias para a apresentação, por escrito, de defesa.

§4º Findo o prazo estabelecido no §3º, a Comissão Processante, de posse ou não da

defesa, procederá às diligências que entender necessárias, emitindo, ao final, seu

parecer.

§5º O acusado poderá acompanhar todos os atos e diligências da Comissão

Processante.

§6º A Comissão Processante terá o prazo máximo e improrrogável de 15 (quinze)

dias para emitir e protocolar o parecer a que alude o §4º.

§7º Se o parecer concluir pela improcedência da representação será encaminhado

para aprovação, e se concluir pela procedência, a Comissão Processante deverá

anexar ao parecer o projeto de resolução propondo a destituição do acusado e

encaminhá-los para aprovação.




COMISSÃO ESPECIAL

§8º Apresentada a representação em Plenário, o pedido de renúncia do membro

acusado feito à Mesa Diretora ficará suspenso até a conclusão do Processo de

Destituição, sendo considerado sem efeito, no caso da procedência da destituição.

Art. 28. O parecer e, conforme o caso, o projeto de resolução da Comissão

Processante será apreciado, em discussão e votação única, nas fases de expediente da

primeira sessão ordinária subsequente ao protocolo.

§1º Se, por qualquer motivo, não se concluir, nas fases do expediente da primeira

sessão ordinária, a apreciação do parecer e, conforme o caso, do projeto de resolução,

as sessões ordinárias subsequentes ou as sessões extraordinárias para este fim

convocadas serão integral e exclusivamente destinadas ao prosseguimento do exame

da matéria até a definitiva deliberação do Plenário sobre a mesma.

§2º A votação do parecer e, conforme o caso, do projeto de resolução, se fará

mediante voto nominal.

Art. 29. O parecer da Comissão Processante que concluir pela procedência das

acusações será votado junto com o projeto de resolução, exigindo-se, para sua

aprovação, o voto favorável de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos Vereadores.

Art. 30. O parecer da Comissão Processante que concluir pela improcedência das

acusações será aprovado pelo voto da maioria simples dos Vereadores, procedendo-

se:

I - ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer; ou

II - à remessa do processo à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, se

rejeitado.

§1º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II, a Comissão de Legislação, Justiça e

Redação Final elaborará, dentro de 3 (três) dias da deliberação do Plenário, projeto de

resolução propondo a destituição do acusado.

§2º O projeto de resolução mencionado no § 1º será apreciado na mesma forma

prevista nos artigos 28 e 29 deste regimento.

Art. 31. Aprovado o projeto de resolução propondo a destituição do acusado, o fiel

traslado dos autos será remetido ao Ministério Público.




COMISSÃO ESPECIAL

Parágrafo único. Sem prejuízo do afastamento, que será imediato, a resolução

respectiva será promulgada e enviada à publicação, dentro de 48 (quarenta e oito)

horas da deliberação do Plenário:

I - pela Mesa Diretora, se a destituição não houver atingido a maioria dos seus

membros; ou

II - pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, no caso contrário, ou,

quando na hipótese do inciso anterior, a Mesa Diretora não o fizer dentro do prazo

estabelecido.

Art. 32. O membro da Mesa Diretora envolvido nas acusações tratadas pelo artigo 26

deste regimento, ficará afastado de sua função na Mesa, salvo decisão do Plenário em

contrário, desde a instauração da Comissão Processante até a votação do parecer,

estando igualmente impedido de participar de sua votação.

§1º No caso do acusado ser também membro da Comissão de Legislação, Justiça e

Redação Final, este fica igualmente impedido de praticar qualquer ato nessa

Comissão, referente ao processo de destituição, sendo substituído pelo seu suplente.

§2º Se o processo de destituição não se findar em até 30 (trinta) dias, o membro

afastado poderá, caso queira, retornar às suas funções na Mesa Diretora, ficando

apenas impedido de praticar atos referentes ao Processo de Destituição.

Art. 33. Para discutir o parecer da Comissão Processante ou da Comissão de

Legislação, Justiça e Redação Final, cada Vereador disporá de 10 (dez) minutos,

exceto o relator e o acusado, cada um dos quais poderá falar durante 30 (trinta)

minutos sendo vedada a cessão de tempo.

Parágrafo único. Terão preferência na ordem de inscrição, respectivamente, o relator

do parecer, os Vereadores e, por último o acusado.

Art. 34. O membro da Mesa Diretora que for destituído do seu cargo, não poderá

concorrer a nenhum cargo da Mesa no período de 4 (quatro) anos.

Art. 35. Em todos os procedimentos dessa seção é assegurado o direito da ampla

defesa e do contraditório ao acusado.




COMISSÃO ESPECIAL

Seção III

Da Competência da Mesa Diretora.

Art. 36. A Mesa Diretora é o órgão diretor de todos os trabalhos legislativos e

administrativos da Câmara.

Art. 37. Compete à Mesa Diretora, privativamente, em Colegiado:

I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos;

II - propor, ao Plenário, projetos de resoluções para criar, transformar, e extinguir

cargos, empregos ou funções da Câmara, bem como as leis para fixar as

correspondentes remunerações;

III - propor as leis para fixar ou atualizar os subsídios do Prefeito, Vice- Prefeito e

Vereadores, na forma estabelecida na lei orgânica;

IV - propor as resoluções e os decretos legislativos concessivos de licenças e

afastamentos, respectivamente, aos Vereadores e ao Prefeito;

V - elaborar a proposta orçamentária da Câmara a ser incluída no orçamento do

município;

VI - solicitar ao Executivo os projetos de lei que dispõem sobre abertura de créditos

suplementares ou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das

consignações orçamentárias da Câmara;

VII - promulgar a lei orgânica e suas emendas;

VIII - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;

IX - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender à necessidade

temporária de excepcional interesse público;

X - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de

qualquer dos membros da Câmara, nos casos previstos na lei orgânica, assegurada

ampla defesa e o contraditório;

XI - representar, em nome da Câmara, junto aos Poderes da União, do Estado e do

Distrito Federal;

XII - organizar cronograma de desembolso das dotações da Câmara;




COMISSÃO ESPECIAL

XIII - assinar, por todos os seus membros, as resoluções e os decretos legislativos;

XIV - determinar, no início da legislatura, o arquivamento das proposições não

apreciadas na legislatura anterior;

XV - credenciar, para o acompanhamento dos trabalhos legislativos, agente de

imprensa, rádio e televisão, quando o Plenário autorizar à Imprensa a transmissão por

rádio ou televisão, ou a filmagem e a gravação de sessões da Câmara;

XVI - declarar a nulidade dos atos da Câmara, quando eivados de vícios que os

tornam ilegais ou anti-regimentais;

XVII - determinar a confecção de medalhas, placas, comendas, diplomas e outras

condecorações, para serem entregues em atos da Câmara; e

XVIII - promover a atualização das leis ou resoluções, com a inserção das alterações

promovidas por nova lei ou resolução.

Parágrafo único. A atualização das leis ou das resoluções se dará sempre que houver

nova lei ou resolução que altere aquelas, devendo a Mesa Diretora confeccionar nova

versão atualizada, com a inserção das alterações promovidas, observando o seguinte:

I - a norma alterada deverá ser integralmente rescrita, sendo riscado o texto que foi

alterado por nova lei ou resolução.

II - deverá, logo após o texto riscado, ser inserido o novo texto alterado por nova

norma, contendo, ao final desta e entre parênteses, informação que explique e faça

menção à nova norma modificadora do texto;

III - a Mesa Diretora deverá, no final da lei ou resolução atualizada, informar a data

da atualização, bem como todos seus membros deverão assiná-la;

IV - após, deverá a Mesa Diretora encaminhar, ainda que por meio digital, cópia da

lei ou da resolução atualizada a todos os Vereadores, os quais terão o prazo de 3 (três)

dias para impugnar, por escrito, as atualizações, caso entendam que a Mesa Diretora

extrapolou seus limites;

V - havendo impugnação, cabe ao Plenário decidi-la;

VI - não havendo impugnação ou sendo esta rejeitada pelo Plenário, cabe à Mesa

Diretora promover a publicação da norma atualizada;




COMISSÃO ESPECIAL

VII - haverá autuação para cada procedimento de atualização de lei ou resolução,

devendo constar nos respectivos autos cópia da lei ou resolução a ser atualizada, bem

como de todas as normas posteriores que alterarem o seu teor;

VIII – a Secretaria deverá emitir certidão de que as cópias a que alude o inciso VII

conferem com os originais.

Art. 38. A Mesa Diretora decidirá por maioria simples dos votos de seus membros, e

por voto aberto, presentes a maioria absoluta deles, salvo disposição em contrário na

lei orgânica e neste regimento.

Parágrafo único. No caso de empate nos votos dos membros da Mesa Diretora, em

deliberação de matérias de sua competência, prevalece o voto de seu Presidente.

Art. 39. A Mesa Diretora reunir-se-á, independentemente do Plenário, para

apreciação prévia de assuntos que serão objeto de deliberação da Câmara e que, por

sua especial relevância, demandem intenso acompanhamento, fiscalização ou

ingerência do Legislativo.

Seção IV

Das Atribuições Específicas dos Membros da Mesa.

Subseção I

Do Presidente

Art. 40. O Presidente da Mesa Diretora é o Presidente da Câmara, seu representante

legal administrativa e judicialmente, inclusive quando ela se pronuncia

coletivamente, e o supervisor dos seus trabalhos e da sua ordem, nos termos deste

regimento.

Art. 41. Compete ao Presidente da Câmara:

I - quanto às sessões da Câmara:

a) abrir, presidir, encerrar as sessões da Câmara e suspendê-las, quando necessário;

b) manter a ordem;

c) conceder a palavra aos Vereadores;




COMISSÃO ESPECIAL

d) advertir o orador ou o aparteante quanto ao tempo de que dispõe, não permitindo

que ultrapasse o tempo regimental;

e) interromper o orador que se desviar da questão, advertindo-o em caso de

insistência e retirar-lhe a palavra;

f) determinar a leitura, pelo Primeiro-Secretário, das atas, pareceres, relatórios,

requerimentos e outras peças escritas sobre as quais deva deliberar o Plenário, na

conformidade do expediente de cada sessão;

g) cronometrar a duração do expediente e da ordem do dia e o tempo dos oradores

inscritos, anunciando o início e o término respectivos;

h) conceder a palavra aos oradores, cassando-a, disciplinando os apartes e advertindo

todos os que incidirem em excessos;

i) anunciar a matéria a ser votada e proclamar o resultado da votação;

j) proceder à verificação de quórum, de ofício ou a requerimento de Vereador;

k) convidar o Vereador ou cidadão a se retirar do recinto do Plenário, quando

perturbar a ordem;

l) decidir as questões de ordem;

m) prorrogar, de ofício, o tempo de duração da sessão ordinária ou extraordinária, em

até 1 (uma) hora;

n) conceder a retirada de Vereador que haja assinado presença no livro próprio;

o) convocar as sessões da Câmara; e

p) aplicar a censura verbal a Vereador.

II - quanto às proposições:

a) receber as proposições apresentadas ou recusar as sem observância das disposições

regimentais, por serem alheias à competência da Câmara ou por ilegalidade;

b) conceder, quando possível, o prazo de 10 (dez) dias ao autor da proposição, antes

de recusá-la, para que este possa tomar as providências que entender necessárias para

sanar os vícios ou ilegalidades da proposição;




COMISSÃO ESPECIAL

c) proceder à distribuição de matéria às comissões;

d) deferir a retirada de proposição da ordem do dia;

e) despachar as proposições aprovadas;

f) assinar os projetos de leis aprovados, para a sua remessa ao Executivo; e

g) promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que

receberem sanção tácita e aquelas cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e não

tenham sido promulgadas pelo Prefeito.

III - quanto às Comissões:

a) designar membros titulares e suplentes das Comissões Permanentes, mediante

comunicação dos líderes, ou independentemente desta, se expirado o prazo para

comunicação;

b) designar, salvo quando este regimento determinar de outra forma, membros das

demais Comissões e os seus substitutos, assegurada, tanto quanto possível, a

representação proporcional dos partidos na Câmara;

c) assegurar os meios e condições necessários ao seu pleno funcionamento; e

d) convidar o relator, ou outro membro da comissão para esclarecimento de parecer.

IV - quanto à Mesa Diretora:

a) presidir suas reuniões;

b) tomar parte nas discussões e deliberações, com direito a voto, observado o

disposto no artigo 38 deste regimento;

c) executar as suas atribuições, quando tal incumbência não for delegada a outro

membro; e

d) assinar os atos da Mesa Diretora.

V - quanto às publicações e à divulgação:




COMISSÃO ESPECIAL

a) determinar a publicação, na imprensa local, de matéria referente à Câmara;

b) fazer publicar os atos da Mesa Diretora, bem como as resoluções, os decretos

legislativos e as leis por ele promulgadas;

c) não permitir a publicação de pronunciamento ou expressões atentatórias ao decoro

parlamentar;

d) mandar publicar no quadro de publicações localizado na Câmara as matérias que a

lei ou este regimento determine; e

e) fazer publicar, ao final de cada quadrimestre, relatório de gestão fiscal, na forma da

legislação pertinente.

VI - quanto à sua competência geral, dentre outras:

a) substituir o Prefeito, em caso de impedimento deste e do Vice-Prefeito ou vacância

do cargo, assumindo a administração municipal;

b) representar a Câmara, inclusive judicialmente, propondo ações e prestando

informações em mandado de segurança contra ato da Mesa Diretora ou Plenário,

sobre assuntos pertinentes à Câmara, no curso de feitos judiciais;

c) interpretar este regimento, bem como decidir quando este for omisso;

d) realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da

comunidade;

e) requisitar força, quando necessária à preservação da regularidade de

funcionamento da Câmara;

f) declarar a renúncia ou a extinção do mandato do Prefeito ou do Vice-Prefeito, nos

casos previstos em lei, ou em decorrência de decisão judicial;

g) convocar suplente de Vereador, quando for o caso;

h) dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da

Câmara, em conformidade com as normas legais e deste regimento, praticando todos

os atos que, explícita ou implicitamente, não caibam ao Plenário, à Mesa Diretora em

conjunto, às Comissões ou a qualquer integrante de tais órgãos individualmente

considerados, e em especial exercendo as atribuições de:




COMISSÃO ESPECIAL

1 - convocar sessões extraordinárias da Câmara;

2 - superintender a organização da pauta dos trabalhos legislativos com auxílio do

Secretário; e

3 - encaminhar os processos e os expedientes às Comissões Permanentes, para

parecer, controlando o prazo deles, com auxílio da Secretaria, e, esgotado este sem

pronunciamento, nomear relator ad hoc nos casos previstos neste regimento;

i) praticar os atos essenciais de intercomunicação com o Executivo, notadamente:

1 - receber as mensagens de propostas legislativas, fazendo-as protocolizar;

2 - encaminhar ao Prefeito, por ofício, os projetos de leis aprovados e comunicar-lhe

os projetos de sua iniciativa desaprovados, bem como os vetos rejeitados ou mantidos; e

3 - solicitar ao Prefeito as informações pretendidas pelo Plenário ou pelas comissões

e convidá-lo a comparecer à Câmara para explicações, quando haja solicitação dessa;

j) ordenar e autorizar as despesas da Câmara e assinar cheques nominativos ou ordem

de pagamento juntamente com o Secretário ou com o servidor encarregado do

movimento financeiro, bem como requisitar o numerário destinado às referidas

despesas;

k) determinar licitação para contratação administrativa de competência da Câmara,

quando exigível;

l) apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balancete relativo aos

recursos recebidos e às despesas do mês anterior;

m) administrar o pessoal da Câmara fazendo lavrar e assinando os atos de nomeação,

promoção, reclassificação, exoneração, aposentadoria, concessão de férias e de

licença, dentre outros;

n) atribuir aos servidores do Legislativo vantagens legalmente autorizadas e

determinar a apuração de responsabilidades administrativas aos servidores que

descumpram seus deveres funcionais, aplicando-lhes penalidades;

o) julgar os recursos hierárquicos de servidores da Câmara;




COMISSÃO ESPECIAL

p) mandar expedir certidões requeridas para a defesa de direito e esclarecimentos de

situações de interesse de qualquer pessoa;

q) exercer atos de poder de polícia em quaisquer matérias relacionadas com as

atividades da Câmara dentro ou fora do recinto da mesma;

r) nomear Secretário ad hoc, sempre que se verificar a ausência ou impossibilidade

do Primeiro e do Segundo-Secretário, nos termos do artigo 49 deste regimento;

s) declarar a vacância do mandato nos casos de falecimento, renúncia ou perda do

mandato de Vereador;

t) zelar pelo prestígio e decoro da Câmara, bem como pela dignidade e respeito às

prerrogativas legais de seus membros, em todo o território do Município;

u) convocar e reunir, periodicamente, sob sua presidência, os Líderes dos Partidos e

os Presidentes das Comissões Permanentes para avaliação dos trabalhos da Câmara,

exame das matérias em trâmite e adoção das providências julgadas necessárias ao

bom andamento das atividades legislativas e administrativas;

v) assinar juntamente com o Primeiro-Secretário e Segundo-Secretário toda a

correspondência da Câmara;

x) cumprir e fazer cumprir o regimento, bem como representar por decisão da

Câmara sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal; e

y) solicitar, por decisão da maioria absoluta dos Vereadores, a intervenção no

Município nos casos admitidos pela Constituição da República e pela Constituição

Estadual.

z) decretar o Luto Oficial.

§1º A convite do Presidente da Câmara, o substituto legal poderá presidir, em parte

ou integralmente, as sessões ordinárias, extraordinárias, especiais e solenes.

§2º No caso do §1º, se o Presidente da Câmara estiver em Plenário, ainda assim,

ficará impedido de votar, salvo no caso do parágrafo § 3º.

§3º O Presidente da Câmara não poderá votar em Plenário, exceto:

I - no caso de escrutínio secreto;




COMISSÃO ESPECIAL

II - quando a matéria exigir maioria qualificada de 2/3 (dois terços) dos votos dos

Vereadores para a sua aprovação;

III - quando a proposição requeira número específico de Vereadores para sua

aprovação e este número só seja possível com o voto dele; ou

IV - para desempatar o resultado de votação.

§4º Para tomar parte em qualquer discussão, o Presidente da Câmara transmitirá a

Presidência ao seu substituto e não a reassumirá enquanto se debater a matéria que se

propôs a discutir.

§5º O Presidente da Câmara poderá delegar ao Vice-Presidente e ao Primeiro-

Secretário competência que lhe seja própria.

§6º Aquele que estiver, de qualquer forma, substituindo o Presidente da Câmara,

permanece com seu direito a voto no Plenário.

§7º Quando lei ou resolução não impuser outro prazo, é de 10 (dez) dias o prazo para

o Presidente da Câmara se manifestar, decidir, despachar, dentre outros, os assuntos

de competência da Mesa Diretora, da Presidência ou da Câmara.

§8º O Presidente da Câmara fica impedido de fazer parte de qualquer Comissão da

Câmara, exceto da Comissão Representativa e da Comissão Representativa Especial.

§9º O Presidente da Câmara recusando-se, por qualquer motivo, a assumir o cargo de

Prefeito, em caso de impedimento deste e do Vice-Prefeito ou vacância desses

cargos, renunciará, incontinente, à sua função de dirigente do legislativo, ensejando-

se, assim, a eleição de outro membro para ocupar, como Presidente da Câmara, a

chefia do Poder Executivo.

§ 10. O Presidente da Câmara, quando estiver substituindo o Prefeito ficará impedido

de exercer qualquer atribuição ou praticar qualquer ato que tenha implicação com a

função legislativa.

Art. 42. O Presidente da Câmara deverá decretar o Luto Oficial no caso de

falecimento de autoridades municipais em exercício e poderá decretá-lo no caso de

falecimento de pessoas que prestaram reconhecidos serviços ao município.

§1º O Luto Oficial consiste na manifestação de tristeza por parte da Câmara em

relação ao falecimento de autoridade municipal em exercício ou de pessoa que

prestou serviço relevante ao Município de Além Paraíba.




COMISSÃO ESPECIAL

§2º No decreto de Luto Oficial do Legislativo deve constar a qualificação da

autoridade ou da pessoa que prestou serviço relevante ao município, a data do óbito, a

discriminação dos serviços relevantes prestados no município, o prazo de duração do

luto, e os efeitos da decretação do luto, nos termos deste regimento.

§3º O Luto Oficial terá prazo de duração de 3 (três) dias, em regra, salvo:

I- no caso do falecimento do Prefeito ou do Presidente da Câmara, em exercício,

quando será de 8 (oito) dias; e

II- no caso de falecimento de autoridade ou ex-autoridade que tenha prestado

relevante serviço no município, quando poderá ser de até 7 (sete) dias.

§3º O luto será interrompido em dias de festa nacional, como 7 de setembro e 15 de

novembro, ou no dia do aniversário da cidade de Além Paraíba.

§4º Com a decretação do luto:

I - as Bandeiras, Nacional, Estadual e Municipal, ficarão a meio-mastro ou meia-

adriça;

II - no início de cada sessão da Câmara, a ser realizada no período do luto, o

Presidente da Câmara ou da Comissão determinará que os presentes fiquem de pé e

façam 1 (um) minuto de silêncio em homenagem ao falecido;

III - poderá ser mudada a coloração e serem inseridos dados na página oficial da

Câmara, na internet, que façam remissão ao Luto Oficial;

IV - poderá a iluminação da fachada Câmara ser alterada para a coloração que faça

remissão ao Luto Oficial;

V - poderá ser inserido símbolo na sede da Câmara que faça remissão ao Luto

Oficial;

VI - será decretado ponto facultativo no dia do enterro para que os servidores possam

comparecer ao mesmo;

VII - poderá a sessão da Câmara que coincida com o dia do enterro ser adiada para

outra data;




COMISSÃO ESPECIAL

VIII - poderá, nos termos do artigo 10, IV, deste regimento, ser o velório realizado na

sede da Câmara.

Art. 43. Sempre que tiver que se ausentar da sede do Município por mais de 48

(quarenta e oito) horas, o Presidente da Câmara passará o exercício da Presidência ao

Vice-Presidente.

Art. 44. O Presidente da Câmara poderá oferecer proposições ao Plenário, mas

deverá afastar-se da Presidência quando estiverem as mesmas em discussão.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput no caso de proposições de

iniciativa privativa da Mesa Diretora.

Subseção II

Do Vice-Presidente

Art. 45. Compete ao Vice-Presidente da Câmara:

I - substituir o Presidente da Câmara em suas faltas, ausências, impedimentos ou

licenças, e sucedê-lo em caso de vaga;

II - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os decretos

legislativos sempre que o Presidente da Câmara, ainda que se ache em exercício,

deixar de fazê-lo no prazo estabelecido;

III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o Prefeito e o

Presidente da Câmara, sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo;

IV - tomar parte nas discussões e deliberações da Mesa Diretora, com direito a voto;

e

V - executar as matérias delegadas pelo Presidente da Câmara.

Subseção III

Da Secretaria

Art. 46. Os serviços administrativos da Câmara far-se-ão por meio de sua Secretaria,

que contará com o auxílio do Primeiro-Secretário e do Segundo-Secretário, e serão

dirigidos e disciplinados pelo Presidente da Câmara.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 47. Compete ao Primeiro-Secretário da Câmara:

I - superintender os serviços administrativos e os de pessoal, observada as decisões,

em último grau, do Presidente da Câmara;

II - receber convites, representações, petições e memoriais dirigidos à Câmara;

III - receber e elaborar a correspondência oficial da Câmara, exceto a das comissões,

assinando-as juntamente com o Presidente da Câmara;

IV - interpretar e fazer observar o ordenamento jurídico de pessoal e dos serviços

administrativas da Câmara, assim como fiscalizar o desempenho dos servidores em

suas funções, observadas as decisões, em último grau, do Presidente da Câmara;

V - organizar o expediente e a ordem do dia, bem como redigir a ata das reuniões

plenárias da Câmara, registrando-a no livro próprio, podendo delegar a redação das

atas ao Segundo-Secretário da Câmara, coordenando-o;

VI - chefiar e administrar a Secretaria, inclusive baixando portarias que visem

regulamentar e organizar seu funcionamento;

VII - fazer a chamada dos Vereadores ao abrir a sessão e nas ocasiões determinadas

pelo Presidente da Câmara, anotando os comparecimentos e as ausências;

VIII - ler a ata, as proposições e os demais documentos que devam ser de

conhecimento da Câmara;

IX - fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;

X - substituir o Presidente da Câmara, no caso de impossibilidade de o Vice-

Presidente fazê-lo;

XI - cumprir todas as matérias de competência do Vice-Presidente, no caso de

impossibilidade do mesmo ou no caso de vaga neste cargo;

XII - tomar parte nas discussões e deliberações da Mesa Diretora, com direito a voto; e

XIII - executar as matérias delegadas pelo Presidente da Câmara.

Parágrafo único. O Primeiro-Secretário poderá delegar ao Segundo-Secretário

competência que lhe seja própria, salvo as que já lhe foram delegadas pelo Presidente

da Câmara.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 48. Compete ao Segundo-Secretário da Câmara:

I - substituir o Primeiro-Secretário em suas faltas, ausências, impedimentos, licenças

ou quando este substituir o Presidente da Câmara, e sucedê-lo em caso de vaga;

II - executar as matérias delegadas pelo Primeiro-Secretário;

III - tomar parte nas discussões e deliberações da Mesa Diretora, com direito a voto;

IV - substituir o Presidente da Câmara, no caso de impossibilidade de fazê-lo o Vice-

Presidente e o Primeiro-Secretário, nomeando-se, para tanto, dentre os demais

Vereadores, um Secretário ad hoc; e

V - cumprir todas as matérias de competência do Vice-Presidente e do Primeiro-

Secretário, no caso de impossibilidade dos mesmos ou de vagas em ambos os cargos,

salvo se estiver substituindo o Presidente da Câmara.

Art. 49. No caso de ausência simultânea do Primeiro-Secretário e do Segundo-

Secretário, ou impossibilidade temporária de exercerem seus cargos, o Presidente da

Câmara nomeará, para o período de ausência, um Secretário ad hoc, dentre os demais

Vereadores.

CAPÍTULO II

DO PLENÁRIO

Art. 50. O Plenário é o órgão deliberativo da Câmara, constituindo-se do conjunto

dos Vereadores em exercício, em local, forma e quórum legais para deliberar.

§1º O local é o recinto de sua sede, observado o disposto no Capítulo II do Título I

deste regimento.

§2º São nulas as reuniões da Câmara realizadas fora de sua sede, ressalvado as

exceções dispostas no Capítulo II do Título I deste regimento.

§3º A forma legal para deliberar é a sessão.

§4º Quórum é o número determinado neste regimento, na lei orgânica, na

Constituição Estadual ou na Constituição da República, para a realização das sessões

e para as deliberações.




COMISSÃO ESPECIAL

§5º Integra o Plenário o suplente de Vereador regularmente convocado, enquanto

dure a convocação.

§6º Não integra o Plenário o Presidente da Câmara, quando se achar em substituição

ao Prefeito.

Art. 51. Compete ao Plenário, entre outras, as seguintes atribuições:

I - elaborar as leis municipais sobre matérias de competência do Município, bem

como as emendas à lei orgânica;

II - discutir e votar o orçamento anual, o plano plurianual e as diretrizes

orçamentárias;

III - apreciar os vetos, rejeitando-os por maioria absoluta de seus membros;

IV - autorizar, sob a forma de lei, observadas as restrições constantes na Constituição

da República, na Constituição Estadual e na legislação incidente, os seguintes atos e

negócios administrativos:

a) abertura de créditos adicionais;

b) operações de créditos;

c) aquisição onerosa de bens imóveis;

d) alienação e oneração real de bens imóveis municipais;

e) concessão de serviço público;

f) concessão de direito real de uso de bens municipais; e

g) participação em consórcios intermunicipais;

V - expedir decretos legislativos quanto a assuntos de sua competência privativa,

notadamente nos casos de:

a) perda do mandato de Vereador;

b) perda do mandato do Prefeito;




COMISSÃO ESPECIAL

c) aprovação ou rejeição das contas do Município;

d) concessão de licença ao Prefeito ou ao Vice-Prefeito, nos casos previstos em lei;

e) consentimento para o Prefeito ou o Vice-Prefeito se ausentar do Município, por

prazo superior a 15 (quinze) dias;

f) atribuição de título de cidadão honorário a pessoas que,

reconhecidamente, tenham prestado relevantes serviços à comunidade; e

g) delegação ao Prefeito para a elaboração legislativa;

VI - fixar ou atualizar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários

Municipais, por lei de iniciativa da Câmara, observado o que dispõem os artigos 37,

XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I da Constituição da República;

VII - fixar ou atualizar os subsídios dos Vereadores;

VIII - expedir resoluções sobre assuntos internos e de sua economia, mormente

quanto aos seguintes:

a) alteração deste regimento interno;

b) destituição de membros da Mesa; e

c) concessão de licença a Vereador, nos casos permitidos em lei, ou com a aprovação

do Plenário.

IX - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos de administração quando delas

careça;

X - convocar os auxiliares diretos do Prefeito para explicações perante o Plenário

sobre matérias sujeitas à fiscalização da Câmara, sempre que assim o exigir o

interesse público;

XI - eleger a Mesa Diretora;

XII - autorizar a Imprensa a filmar, gravar ou transmitir as sessões da Câmara;

XIII - autorizar a utilização do recinto da Câmara para fins estranhos à sua




COMISSÃO ESPECIAL

finalidade, quando for do interesse público, nos termos do inciso V do artigo 10 deste

regimento;

XIV - propor a realização de consulta popular na forma estabelecida em lei; e

XV - avocar, pelo requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, qualquer

matéria ou ato submetido à deliberação da Mesa Diretora, da Presidência ou de

qualquer Comissão, para sobre eles deliberar.

Art. 52. Por deliberação da maioria absoluta dos Vereadores, a Câmara poderá

convocar Secretário Municipal ou ocupante de cargo da mesma natureza para,

pessoalmente, prestar informações acerca de assuntos previamente estabelecidos.

§1º O não comparecimento do Secretário Municipal ou ocupante de cargo da mesma

natureza, sem justificativa razoável, será considerado desacato à Câmara, e, se o

mesmo for Vereador licenciado, haverá instauração do respectivo processo, na forma

da lei federal, e consequentes penalidades.

§2º O Secretário Municipal ou ocupante de cargo da mesma natureza deverá justificar

sua ausência, até às 18 (dezoito) horas da quinta-feira anterior à reunião para a qual

foi convocado.

Art. 53. O Secretário Municipal ou ocupante de cargo da mesma natureza, a seu

pedido, poderá comparecer perante o Plenário ou qualquer comissão da Câmara para

expor assunto e discutir projeto de lei ou qualquer outro ato normativo relacionado

com o seu serviço administrativo.

Art. 54. A Mesa da Câmara poderá encaminhar pedidos escritos de informação ao

Secretário Municipal, ou ocupante de cargo da mesma natureza, importando crime de

responsabilidade a recusa ou o não atendimento no prazo de 30 (trinta) dias, bem

como a prestação de informação falsa.

CAPÍTULO III

DAS COMISSÕES

Seção I

Da Finalidade das Comissões, das suas Modalidades e das Disposições Comuns

Art. 55. As Comissões são órgãos técnicos compostos de, no mínimo, 3 (três)

Vereadores, com a finalidade de examinar matéria em tramitação na Câmara e emitir

parecer ou relatório sobre a mesma, ou de proceder a estudos sobre assuntos de




COMISSÃO ESPECIAL

natureza essencial ou, ainda, de investigar fatos determinados de interesse da

Administração.

§1º Na constituição das comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a

representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam

da Câmara.

§2º O Presidente da Comissão tem direito ao voto, em qualquer matéria de

competência desta.

§3º A Comissão decidirá pelo voto da maioria simples, e por voto aberto, presente a

maioria de seus membros, salvo disposição em contrário na lei orgânica e neste

regimento.

§4º No caso de empate, prevalece o voto do Presidente da Comissão.

§5º Na constituição de uma Comissão o número de membros deverá ser ímpar.

Art. 56. Compete à Comissão, em razão da matéria e no que lhes for aplicável:

I - discutir, votar, emitir parecer ou relatório e apresentar, respeitando seu campo

temático, emendas, subemendas ou substitutivos às proposições que lhes forem

distribuídas;

II - apresentar proposições relativas ao seu campo temático;

III - realizar audiências públicas;

IV - convocar o Secretário Municipal ou ocupante de cargo da mesma natureza para

prestar, pessoalmente, informações sobre assuntos previamente determinados ou

inerentes às suas atribuições, ou para expor assunto de relevância de seu cargo;

V - encaminhar pedidos escritos de informação ao Secretário Municipal ou ocupante

de cargo da mesma natureza, por meio da Mesa Diretora;

VI - receber petições, reclamações ou representações, relacionadas com seu campo de

atuação, de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades

públicas;

VII - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;




COMISSÃO ESPECIAL

VIII - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Executivo, inclusive os da

administração indireta;

IX - estudar qualquer assunto, compreendido no respectivo campo temático ou área

de atividade, podendo promover, em seu âmbito, conferências, exposições, palestras

ou seminários; e

X - solicitar audiência ou colaboração de órgãos ou entidades da administração

pública direta, indireta, fundacional ou da sociedade civil, para elucidação da matéria

sujeita a seu pronunciamento.

§1º Quando o projeto for apresentado por uma Comissão, considerar-se-ão autores

daquele os membros desta.

§2º A Mesa Diretora deverá, em até 48 (quarenta e oito) horas, viabilizar todos os

ofícios, convocações, audiências, requerimentos e solicitações aprovados pela

Comissão.

§3º Todos os Vereadores poderão participar das reuniões das Comissões e discutir as

matérias em pauta, porém só os membros da Comissão terão direito a voto.

§4º As reuniões das Comissões seguirão, naquilo que for aplicável, ao rito das

reuniões do Plenário.

Art. 57. As Comissões, salvo disposição em contrário, logo que constituídas, reunir-

se-ão, em até 5 (cinco) dias, para eleger os respectivos Presidentes, Vice-Presidentes

e Secretário da Comissão e prefixar os dias e horas em que se reunirão

ordinariamente.

§1º Salvo disposição em contrário, o Presidente da Comissão será substituído pelo

Vice-Presidente da Comissão, este pelo Secretário da Comissão e este último pelo

membro mais velho dos demais membros efetivos da Comissão.

§2º As Sessões Ordinárias das Comissões, a critério de seus membros, serão

realizadas, semanalmente ou quinzenalmente.

§3º Enquanto não for eleito o Presidente da Comissão, assume este cargo,

provisoriamente, o Vereador mais idoso, dentre os membros efetivos desta Comissão.

Art. 58. As Comissões poderão se reunir extraordinariamente, sempre que

necessário, devendo, para tanto, ser convocadas pelo respectivo Presidente no curso

da reunião ordinária da Comissão ou por meio de publicação por aviso afixado no




COMISSÃO ESPECIAL

recinto da Câmara.

Art. 59. Das reuniões de Comissões lavrar-se-ão atas, em livros próprios, pelo

servidor incumbido de assessorá-las, as quais serão assinadas por todos os membros.

Art. 60. O Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário das Comissões possuem,

naquilo que for cabível e dentro dos limites de atuação das comissões, as mesmas

competências do Presidente da Câmara, do Vice-Presidente e do Secretário,

dispostas, respectivamente, nos artigos 41,45 e 47 deste regimento.

§ 1º Compete ainda ao Presidente da Comissão:

I - convocar reuniões extraordinárias da Comissão respectiva por aviso afixado no

recinto da Câmara;

II - receber as matérias destinadas à Comissão e designar-lhes relator ou reservar-se

para relatá-las pessoalmente;

III - fazer observar os prazos dentro dos quais a Comissão deverá cumprir seus

trabalhos;

IV - representar a Comissão nas relações com a Mesa Diretora e com o Plenário;

V - conceder vista de matéria, por 24 (vinte e quatro) horas, ao membro da Comissão

que o solicitar, salvo no caso de tramitação em regime de urgência ou com prazo já se

findando; e

VI - avocar o expediente, para emissão do Parecer em 48 (quarenta e oito) horas,

quando não o tenha feito o relator, no prazo.

§ 2º Dos atos do Presidente da Comissão, com os quais não concorde qualquer um de

seus membros, caberá recurso ao Plenário no prazo de 3 (três) dias.

Art. 61. As Comissões da Câmara são:

I - Permanentes;

II - Temporárias; e

III - Conjuntas.




COMISSÃO ESPECIAL

Subseção I

Das Comissões Permanentes

Art. 62. As Comissões Permanentes têm a finalidade de estudar as proposições e os

assuntos distribuídos ao seu exame, manifestando sobre eles sua opinião para

orientação do Plenário.

Art. 63. A Câmara possuirá 5 (cinco) Comissões Permanentes, com as seguintes

atribuições:

I - Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, com campos temáticos ou áreas

de atividade relacionadas com:

a) aspecto jurídico, constitucional e legal das proposições;

b) aspectos regimentais e de técnica legislativa;

c) análise sob os aspectos lógico e gramatical, de modo a adequar ao bom vernáculo o

texto das proposições; e

d) redação final.

II - Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, com campos temáticos ou

áreas de atividade relacionadas com:

a) plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, abertura de créditos,

empréstimos públicos, alienação bens públicos, aquisição de bens, e as que, direta ou

indiretamente, alterem a despesa ou a receita do Município, acarretem

responsabilidades ao Erário Municipal ou interessem ao crédito e ao patrimônio

público do município;

b) política econômica, planos e programas municipais de desenvolvimento,

acompanhamento de obras e fiscalização de investimentos;

c) sistema financeiro e matéria tributária;

d) repercussão financeira das proposições;

e) comprovação de existência e disponibilidade de receita;

f) proposições que fixem ou aumentem a remuneração do servidor e que fixem ou atualizem os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários e dos Vereadores; e




COMISSÃO ESPECIAL

g) realização de audiências públicas para avaliação das metas fiscais.

III - Comissão de Obras e Serviços Públicos Municipais, com campos temáticos ou

áreas de atividade relacionadas com:

a) matérias referentes a quaisquer obras, empreendimentos e execução ou criação de

serviços públicos locais e ainda sobre assuntos ligados às atividades produtivas em

geral, oficiais ou particulares;

b) fiscalização do funcionamento dos serviços públicos municipais;

c) fiscalização da construção de obras públicas;

d) assuntos atinentes ao funcionalismo municipal; e

e) assuntos atinentes ao funcionalismo do serviço da Câmara;

IV - Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente, Ecologia e Urbanismo,

com campos temáticos ou áreas de atividade relacionada com:

a) comércio e consumo;

b) transporte, armazenamento e distribuição;

c) defesa do Consumidor;

d) fiscalização do cumprimento das disposições contidas no Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano e Código Municipal de Posturas;

e) política e direito ambientais;

f) conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais;

g) fiscalização das agressões às florestas e à fauna;

h) fiscalização da caça e da pesca;

i) proteção do ambiente e controle da poluição; e

j) repercussão ambiental de projeto que verse sobre exploração de recursos hídricos e

minerais.




COMISSÃO ESPECIAL

V - Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Ação Social, Direitos Humanos,

com campos temáticos ou áreas de atividade relacionadas com:

a) política, recursos humanos e financeiros para saúde, educação, cultura, esporte e

ação social;

b) sistema educacional;

c) proposições que tenham por objetivo a concessão de bolsas de estudo, de

reorganização administrativa do Executivo nas áreas de educação e saúde e de

implantação de centros comunitários, sob proteção oficial;

d) saúde, assistência médica, sanitária, hospitalar e saneamento básico;

e) assistência social;

f) proteção à família, à criança, ao adolescente e ao idoso;

g) defesa dos direitos individuais e coletivos; e

h) defesa dos direitos sociais.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário neste regimento, é obrigatório o

parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final em todos os projetos de

leis, decretos legislativos, resoluções e substitutivo que tramitarem pela Câmara.

Art. 64. As Comissões Permanentes compõem-se, por determinação da Mesa

Diretora, de, no mínimo, 3 (três) membros efetivos e 3 (três) membros suplentes, para

mandato de 1 (um) ano, prorrogável.

§1º A fixação do número de membros levará em conta a composição da Câmara em

face do número de Comissões, de modo a permitir a observância, sempre que

possível, do princípio da proporcionalidade partidária e demais critérios e normas

para a representação das bancadas.

§2º Todas as Comissões Permanentes terão o mesmo número de membros e de

suplentes, salvo para garantir o direito do Vereador disposto no §4º do artigo 65 deste

regimento, sendo admissíveis mais membros em uma comissão, preferencialmente na

de Legislação, Justiça e Redação Final ou na de Fiscalização Financeira e

Orçamentária.




COMISSÃO ESPECIAL

§3º A Mesa Diretora deverá exarar portaria no dia 1º de fevereiro, de cada sessão

legislativa, estabelecendo o número de membro das Comissões Permanentes e, não

exarando, prevalecerá o quantitativo anterior.

Art. 65. A distribuição das vagas nas Comissões Permanentes será organizada pelo

Presidente da Câmara, mediante indicação dos Líderes dos Partidos, ou

independentemente desta, se expirado o prazo para indicação, observado, tanto

quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos

parlamentares que participam da Câmara.

§1º Os Líderes dos Partidos deverão indicar os membros das Comissões em até 3

(três) dias, a contar do dia 1º de fevereiro de cada ano.

§2º A nomeação do membro das Comissões se dará por portaria do Presidente da

Câmara, a ser exarada no prazo máximo de 05 (cinco) dias, a contar do dia 1º de

fevereiro de cada ano, respeitado o prazo de indicação dos Líderes dos Partidos.

§3º O Presidente da Câmara deverá acatar as indicações dos Líderes dos Partidos,

salvo:

I - se houver várias indicações para uma mesma Comissão, quando deverá o

Presidente da Câmara escolher, dentre os indicados, qual irá compô-la, alocando os

demais para outras comissões; ou

II - se não for respeitado o princípio da proporcionalidade partidária, quando deverá

o Presidente da Câmara realocar os indicados.

§4º Ao Vereador será sempre assegurado o direito de integrar a 2 (duas) Comissões,

pelo menos, como titular.

Art. 66. Encaminhado qualquer expediente ao Presidente da Comissão Permanente,

este lhe designará relator em 48 (quarenta e oito) horas, se não se reservar a relatoria.

Art. 67. Salvo disposição em contrário, o prazo para qualquer Comissão Permanente

se pronunciar, a contar da data do recebimento da matéria pelo seu Presidente, é de

15 (quinze) dias, em matérias que tramitem pelo regime comum, e de 10 (dez) dias,

quando se tratar de matéria colocada em regime de urgência.

Art. 68. As Comissões poderão solicitar, ao Plenário, a requisição ao Prefeito das

informações que julgarem necessárias, desde que se refiram a proposições sob a sua

apreciação, caso em que o prazo para a emissão de parecer ficará suspenso.




COMISSÃO ESPECIAL

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também aos casos em que as

Comissões, atendendo à natureza do assunto, solicitem assessoramento externo de

qualquer tipo, inclusive à instituição oficial ou não oficial, ou assessoramento interno

por algum setor da Câmara.

Art. 69. As Comissões Permanentes deliberarão sobre o pronunciamento do Relator,

o qual, se aprovado, prevalecerá como parecer.

§1º Se forem rejeitadas as conclusões do relator, o parecer consistirá da manifestação

em contrário, assinando-o o relator como vencido.

§2º O membro da Comissão que concordar com o relator aporá ao final do

pronunciamento daquele a expressão “de acordo” seguida de sua assinatura.

§3º A aquiescência às conclusões do relator poderá ser parcial, ou por fundamento

diverso, hipótese em que o membro da Comissão que a manifestar usará a expressão

“de acordo, com restrições”, apresentando, em folha apartada, suas convicções.

§4º O parecer da Comissão poderá vir acompanhado de emendas ou substitutivo à

proposição.

§5º O parecer da Comissão deverá ser assinado por todos os seus membros, sem

prejuízo da apresentação do voto vencido em separado.

Art. 70. Qualquer Vereador ou Comissão poderá requerer, por escrito, ao Plenário, a

audiência da Comissão à qual a proposição não tenha sido previamente distribuída,

devendo fundamentar o requerimento.

Parágrafo único. Caso o Plenário acolha o requerimento, a proposição será enviada

à Comissão, que se manifestará, nos mesmos prazos a que se refere o artigo 67 deste

regimento.

Art. 71. Sempre que determinada proposição tenha tramitado em uma Comissão, sem

que esta tenha oferecido seu parecer, o Presidente da Câmara designará relator ad

hoc, escolhido entre os membros dessa Comissão, para oferecê-lo no prazo de 5

(cinco) dias.

Art. 72. Quando a proposição for distribuída a mais de uma Comissão Permanente,

cada uma delas emitirá o respectivo parecer separadamente, na seguinte ordem:




COMISSÃO ESPECIAL

I - Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final;

II - Comissão de Obras e Serviços Públicos Municipais;

III - Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente, Ecologia e Urbanismo;

IV - Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Ação Social e Direitos Humanos;

e

V - Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

§1º Os expedientes serão encaminhados de uma Comissão para outra pelo respectivo

Presidente, observado o disposto no § 3º do art. 149 deste regimento.

§2º Com o parecer da Comissão contrário à tramitação de uma proposição, esta será

encaminhada à Mesa Diretora, que deverá providenciar sua inclusão na pauta da

próxima sessão, para ser discutido e votado o parece em Plenário e, somente se o

mesmo for rejeitado, a proposição prosseguirá sua tramitação.

§3º Encerrada a apreciação conclusiva da matéria sujeita à deliberação da última

Comissão a que tenha sido distribuída, a proposição e os respectivos pareceres serão

remetidos à Mesa Diretora, que os incluirá na pauta da próxima sessão, para a

discussão e votação.

Art. 73. A nenhuma Comissão cabe manifestar-se sobre o que não for de sua

atribuição específica.

§1º O parecer será necessariamente escrito e devidamente fundamentado.

§2º Considerar-se-á como não escrito o parecer, ou parte dele, que infringir o

disposto neste artigo, o mesmo acontecerá em relação às emendas ou substitutivos

elaborados pela Comissão que não tenham relação com a sua atribuição, desde que

provido requerimento de qualquer Vereador neste sentido, apresentado antes da

aprovação definitiva do respectivo parecer no Plenário.

Subseção II

Das Comissões Temporárias

Art. 74. As Comissões Temporárias são destinadas ao estudo de assunto de especial

interesse do Legislativo e terão sua finalidade especificada na resolução ou no ato que




COMISSÃO ESPECIAL

as constituir, a qual indicará também o prazo para apresentarem o relatório de seus

trabalhos ou, conforme o caso, seu parecer.

Art. 75. As Comissões Temporárias são classificadas como:

I - Especial;

II - de Inquérito; e

III - Representativa.

§1º As Comissões Temporárias compor-se-ão do número de membros determinado

por este regimento ou, em caso de omissão, pelo número de membros previsto no ato

ou requerimento de sua constituição, observado o número mínimo de 3 (três)

membros efetivos e de 3 (três) membros suplentes.

§2º A participação do Vereador em Comissão Temporária se dará sem prejuízo às

suas funções em outras Comissões Permanentes.

§3º O Vereador poderá participar de até 3 (três) Comissões Temporárias ao mesmo

tempo.

Art. 76. A Comissão Especial é constituída, dentre outros casos, para emitir parecer

sobre:

I - proposta de emenda à lei orgânica;

II - pedido de instauração de processo por crime de responsabilidade;

III - apreciação de veto do executivo; e

IV - assunto específico para a qual foi constituída.

Parágrafo único. As Comissões Especiais serão constituídas pelo Presidente da

Câmara, de ofício, ou por requerimento de Vereador ou nos casos previstos neste

regimento, cabendo ao Presidente da Câmara a composição dos membros, salvo

disposição contrária.

Art. 77. A Câmara poderá constituir Comissão de Inquérito, com a finalidade de

apurar irregularidades administrativas do Executivo, da administração direta e

indireta e da própria Câmara.

Art. 78. A Comissão de Inquérito, composta por 5 (cinco) membros, terá poderes de




COMISSÃO ESPECIAL

investigação próprios das autoridades judiciais e será criada pela Câmara mediante

requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros, para apuração de fato determinado

e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério

Público para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

§1º Considera-se fato determinado o acontecimento ou situação de relevante interesse

para a vida pública, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de

constituição da Comissão.

§2º Protocolado o requerimento de constituição da Comissão de Inquérito deverá a

Secretaria, imediatamente, encaminhá-lo à Presidência e enviar cópias, ainda que

digitais, aos demais Vereadores.

§3º O Presidente terá o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do protocolo do

requerimento, para recebê-lo. O Presidente deixará de receber o requerimento que

não atenda aos requisitos regimentais ou determinará que os autores do requerimento

sanem o vício, sob pena de não recebê-lo, cabendo dessas decisões recurso ao

Plenário, interposto por qualquer de seus signatários, no prazo de 5 (cinco) dias.

§4º Sendo interposto recurso ao Plenário deverá, em 48 (quarenta e oito) horas, ser

distribuídos os autos à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, que terá o

prazo de 05 (cinco) dias para emitir parecer, sendo, após, incluído o recurso na

próxima sessão para deliberar o Plenário.

§5º Poderá a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, no caso do §4º,

encaminhar os autos à Procuradoria da Câmara, a qual terá o prazo de 05 (cinco) dias

para apresentar parecer opinativo, suspendendo-se o prazo para a Comissão emitir

seu parecer.

§6º Recebido o requerimento de criação da Comissão de Inquérito pelo Presidente da

Câmara, ou sendo rejeitado pelo Plenário o não recebimento, será o requerimento lido

na sessão, cabendo ao Presidente da Câmara, exarar portaria, em até 10(dez) dias,

para constituir a Comissão.

§7º No prazo de 03 (três) dias, contados da leitura do requerimento recebido, os

membros da Comissão serão indicados pelos Líderes dos Partidos, observado tanto

quanto possível, a representação proporcional dos Partidos que participem da Câmara

e será aplicado o disposto no §3º do art. 65 deste regimento.

§8º O primeiro signatário do requerimento fará, obrigatoriamente, parte da Comissão

e, no caso deste ser o Presidente da Câmara, sua vaga fica assegurada à representação

partidária a que ele pertença, por indicação do Líder do Partido.




COMISSÃO ESPECIAL

§9º Esgotado sem indicação o prazo fixado no §7º, o Presidente da Câmara, de ofício,

procederá à designação dos membros da comissão.

§10. Poderão funcionar concomitantemente até 03 (três) Comissões de Inquérito.

§11. Incumbe à Mesa Diretora o atendimento preferencial das providências

solicitadas pela Comissão de Inquérito, devendo o Presidente da Câmara prover, no

que for possível, os meios ou recursos administrativos para sua boa condição de

trabalho e bom desempenho.

§12. A Comissão de Inquérito poderá determinar diligências, fazer vistorias, ouvir

indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de órgãos e entidades da

administração pública informações e documentos e solicitar os serviços de quaisquer

autoridades, inclusive policiais.

§13. A Comissão de Inquérito poderá deslocar-se a qualquer ponto do território

municipal para a realização de investigações e audiências públicas.

§14. A Comissão de Inquérito poderá incumbir qualquer de seus membros, ou

servidores requisitados dos serviços administrativos da Câmara, a realização de

sindicâncias ou diligências necessárias aos seus trabalhos, dando conhecimento

prévio à Mesa Diretora.

§15. A Comissão de Inquérito poderá solicitar, em caráter temporário, os serviços de

qualquer órgão ou entidade da administração pública direta, indireta e fundacional, ou

do Poder Judiciário, necessários aos seus trabalhos.

§16. A Comissão de Inquérito valer-se-á, subsidiariamente, das normas contidas no

Código de Processo Penal, tendo assegurado o poder de polícia e demais

prerrogativas previstas na Legislação pertinente em vigência no País.

§17. A Comissão de Inquérito, que poderá atuar também durante o recesso

parlamentar, terá prazo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por até metade, por

requerimento da Comissão e mediante deliberação do Plenário, para conclusão de

seus trabalhos.

§18. No caso do disposto no § 17, estando em recesso a Câmara, será

automaticamente prorrogado o prazo, até que o Plenário decida.

§19. Ao término dos trabalhos, a Comissão de Inquérito encaminhará, ao Presidente

da Câmara, relatório circunstanciado com suas conclusões, o qual deverá ser

apresentado na primeira sessão ordinária realizada após sua conclusão, ou em sessão




COMISSÃO ESPECIAL

extraordinária convocada pelo Presidente da Câmara caso a conclusão do relatório

ocorra durante o recesso parlamentar.

§20. O relatório final será lido em Plenário, porém não será objeto de votação, de

forma que o Presidente da Câmara irá determinar seu encaminhamento:

I - à Mesa Diretora, para as providências de alçada desta, oferecendo, conforme o

caso e no prazo de 5 (cinco) dias, projeto de lei, de decreto legislativo, de resolução

ou indicação, que será incluído na pauta da próxima sessão para discussão e votação;

II - ao Ministério Público e, conforme o caso, ao Poder Executivo Municipal, com a

cópia da documentação, para que promova a responsabilidade civil ou criminal por

infrações apuradas e adote outras medidas decorrentes de suas funções institucionais;

III - ao Poder Executivo Municipal, conforme o caso, para adotar as providências

saneadoras de caráter disciplinar e administrativo decorrentes dos dispositivos

constitucionais e legais aplicáveis, assinando prazo hábil para seu cumprimento; e

IV - à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Câmara Municipal e

ao Tribunal de Contas do Estado, conforme o caso, para as providências cabíveis.

Art. 79. A Comissão Representativa, composta de, no mínimo 3 (três) membros,

funcionará no período de recesso legislativo, e terá as atribuições seguintes:

a) representar o Poder Legislativo;

b) convocar a Câmara extraordinariamente por solicitação do Prefeito ou por decisão

de seus membros;

c) autorizar o Prefeito a afastar-se do Município nos casos previstos na lei orgânica; e

d) solicitar que a Mesa Diretora ou algum de seus membros compareça à Câmara

para resolver assuntos urgentes e de sua competência.

§1º Os membros da Comissão Representativa serão eleitos pelo Plenário, na última

sessão ordinária do período legislativo.

§2º A Comissão Representativa reunir-se-á ordinariamente quinzenalmente, durante

os recessos.

§3º Para os trabalhos da Comissão Representativa, em tudo o que lhe for aplicável,

vigorarão as normas regimentais que regulam o funcionamento da Câmara e de

Comissão Permanente.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 80. Pode haver uma Comissão Representativa Especial, constituída de ofício

pelo Presidente da Câmara, ou a requerimento de algum Vereador, aprovado pelo

Plenário, para representar a Câmara em missão temporária, dentro ou fora do

território do Município.

Parágrafo único. A representação em missão temporária que implicar ônus para a

Câmara só poderá ser constituída se houver disponibilidade orçamentária.

Subseção III

Das Comissões Conjuntas

Art. 81. A Comissão Conjunta emitirá parecer sobre matérias em que seus autores

tenham requerido urgência na tramitação e será composta pelos membros das

Comissões Permanentes às quais a matéria deveria ser distribuída, os quais se

reunirão conjuntamente.

§1º O Presidente da Comissão conjunta será o Presidente da Comissão de Legislação,

Justiça e Redação Final, e deverá designar o relator, caso não reserve para si a

relatoria.

§2º No caso de impossibilidade ou impedimento de o Presidente da Comissão de

Legislação, Justiça e Redação Final assumir a Presidência da Comissão Conjunta,

esta será assumida pelo Presidente de outra Comissão Permanente que integre à

Comissão Conjunta, na ordem estabelecida pelo artigo 72 deste regimento, e, na

impossibilidade deste, pelo o Vereador mais idoso.

§3º O Secretário da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final secretariará a

Comissão Conjunta e, no caso de impossibilidade ou impedimentos, cabe ao

Presidente da Comissão Conjunta nomear um Secretário ad hoc.

Art. 82. A Comissão Conjunta, para emitir seu parecer, possui o prazo máximo e

improrrogável de 10 (dez) dias.

Seção II

Da modificação das Comissões

Art. 83. O membro de qualquer Comissão poderá, por motivo justificado, solicitar

dispensa da mesma.

Parágrafo único. A solicitação de dispensa será feita por ofício dirigido à Mesa




COMISSÃO ESPECIAL

Diretora e se efetivará com aprovação do Plenário.

Art. 84. Poderá ser destituído o membro da Comissão, aplicando-se as normas

estabelecidas nos artigos 26 ao 35 deste regimento, naquilo que for cabível.

Parágrafo único. O membro da Comissão que for destituído do seu cargo, não

poderá fazer parte da mesma Comissão, pelo prazo de 4 (quatro) anos.

Art. 85. As vagas nas Comissões por renúncia, destituição, por extinção ou perda de

mandato de Vereador serão supridas por qualquer outro, por livre designação do

Presidente da Câmara.

TÍTULO III

DOS VEREADORES

CAPÍTULO I

DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA

Art. 86. Os Vereadores são agentes políticos investidos de mandato legislativo

municipal para uma legislatura de 4 (quatro) anos, eleitos, pelo sistema partidário e

de representação proporcional.

Art. 87. Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no

exercício do mandato e na circunscrição do Município.

Art. 88. É assegurado ao Vereador:

I - participar de todas as discussões e votar nas deliberações do Plenário, salvo

quando tiver interesse na matéria, o que comunicará ao Presidente da Câmara;

II - votar na eleição da Mesa Diretora ou qualquer outra eleição do Plenário;

III - apresentar proposições, ressalvadas as matérias de iniciativa exclusiva do

Executivo e da Mesa Diretora, e sugerir medidas que visem o interesse coletivo;

IV - concorrer aos cargos da Mesa Diretora, ou de qualquer outro cargo por eleição,

salvo impedimento legal ou regimental; e

V - usar da palavra em defesa das proposições apresentadas que visem o interesse do

Município ou em oposição às que julgar prejudiciais ao interesse público, sujeitando-




COMISSÃO ESPECIAL

se às limitações deste regimento.

Art. 89. São deveres do Vereador, entre outros:

I - respeitar a Constituição da República, a Constituição Estadual, a lei orgânica, as

leis e esse regimento;

II - não incorrer, quando investido no mandato, em incompatibilidade prevista na

Constituição da República, Estadual ou na lei orgânica;

III - observar as determinações legais relativas ao exercício do mandato;

IV - desempenhar fielmente o mandato político, atendendo ao interesse público e às

diretrizes partidárias;

V - exercer a contento o cargo que lhe seja conferido na Mesa Diretora ou em

Comissão, não podendo escusar-se ao seu desempenho, salvo nos casos previsto neste

regimento;

VI - ser assíduo e pontual em todas as sessões da Câmara, salvo motivo de força

maior devidamente comprovado, e participar das votações, exceto quando se encontre

impedido;

VII - manter o decoro parlamentar; e

VIII - conhecer e observar este regimento.

Art. 90. Sempre que o Vereador cometer, dentro do recinto da Câmara, excesso que

deva ser reprimido, o Presidente da Câmara conhecerá do fato e tomará

imediatamente as providências seguintes, conforme a gravidade:

I - censura em Plenário;

II - cassação da palavra;

III - determinação para retirar-se do Plenário;

IV - suspensão da sessão, para entendimentos na Sala da Presidência; ou

V - proposta de perda de mandato de acordo com a legislação vigente.




COMISSÃO ESPECIAL

CAPÍTULO II

DAS LICENÇAS, DA SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DA VEREANÇA, DAS

VAGAS E DA CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE

Art. 91. O Vereador poderá licenciar-se, mediante requerimento dirigido à Mesa

Diretora, nos seguintes casos:

I - por doença ou moléstia devidamente comprovada;

II - para tratar, sem remuneração, de interesses particulares, por prazo nunca superior

a 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa; ou

III - exercer cargo de Secretário Municipal ou similar.

§1º A licença depende de requerimento fundamentado, que será lido na primeira

sessão após o seu recebimento.

§2º O Vereador que solicitar licença nos termos do inciso I deverá fundamentar o

requerimento com atestado médico e será aplicado o disposto nos artigos 102 e 103

da Lei Complementar Municipal nº 003/1993, não podendo reassumir o mandato

antes de findo o prazo da licença, salvo laudo médico que afirme a reabilitação do

Vereador.

§3º No caso do inciso II, a licença será concedida após a apreciação do pedido pelo

Plenário.

§4º No caso do inciso III, a licença deverá ser concedida após a apresentação da

nomeação do Vereador ao Cargo de Secretário ou similar.

§5º O afastamento para o desempenho de missões temporárias de interesse do

Município não será considerado como de licença, fazendo o Vereador jus ao subsídio

estabelecido.

Art. 92. Em caso de incapacidade civil absoluta, julgada por sentença de interdição,

transitada em julgado, ou comprovada, mediante laudo médico passado por junta

nomeada pela Mesa Diretora, será o Vereador suspenso de suas funções, sem direito a

remuneração do mandato, enquanto durar os seus efeitos, ouvido o Conselho de Ética

e Decoro Parlamentar, para aplicação das medidas legais.

§1º No caso de o Vereador se negar a submeter-se ao exame de saúde, poderá o

Plenário, em reunião fechada, por deliberação da maioria simples dos seus membros,

e por voto secreto, aplicar-lhe a medida suspensiva.




COMISSÃO ESPECIAL

§2º A junta médica deverá ser constituída, no mínimo, de 3 (três) médicos de

reputada idoneidade profissional.

Art. 93. As vagas na Câmara dar-se-ão por extinção ou perda do mandato do

Vereador.

§1º A extinção se verifica por morte, renúncia ou por qualquer outra causa legal

hábil.

§2º A perda dar-se-á por decisão da Mesa Diretora ou por deliberação do Plenário,

conforme o caso, na forma prevista na legislação vigente.

Art. 94. A extinção do mandato se torna efetiva pela declaração do Presidente da

Câmara, do ato ou fato extintivo, que a fará constar na ata.

Art. 95. A perda do mandato se torna efetiva a partir do decreto legislativo,

promulgado pela Mesa Diretora, ou por quem de direito, e devidamente publicado.

Art. 96. A renúncia do Vereador far-se-á por ofício dirigido ao Presidente da

Câmara, reputando-se aberta a vaga a partir da sua protocolização.

§1º Caso a renúncia seja do Vereador Presidente da Câmara, o ofício será dirigido ao

Plenário.

§2º É lícito ao Vereador, ou ao Suplente em exercício, fazer em Plenário, oralmente,

a renúncia ao mandato a qual se tornará efetiva imediatamente.

§3º Considera-se também haver renunciado:

I - o Vereador que não prestar compromisso no prazo estabelecido neste regimento; e

II - o Suplente que convocado, não se apresentar para entrar em exercício no prazo

regimental.

§4º A vacância, nos casos de renúncia, será informada, em sessão, pelo Presidente da

Câmara.

Art. 97. Em qualquer caso de vaga, licença por mais de 15 (quinze) dias ou

investidura no cargo de Secretário Municipal ou equivalente, o Presidente da Câmara

convocará imediatamente o suplente, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

§1º O suplente convocado deverá tomar posse no mesmo prazo previsto para o




COMISSÃO ESPECIAL

Vereador, a partir do conhecimento da convocação, sob pena de ser considerado

renunciante, salvo motivo justo aceito pela Câmara, que designará prazo razoável

para fazê-lo.

§2º Assiste ao suplente que for convocado o direito de se declarar impossibilitado de

assumir o exercício do mandato, informando, por escrito, ao Presidente da Câmara,

que convocará o suplente imediato.

§3º Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente da Câmara comunicará o

fato dentro de 48 (quarenta e oito) horas ao Tribunal Regional Eleitoral.

§4º Enquanto a vaga a que se refere o caput desse artigo não for preenchida, calcular-

se-á o quórum em função dos Vereadores remanescentes.

Art. 98. O Suplente de Vereador, quando convocado em caráter de substituição, não

poderá integrar a Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, salvo quando não seja

possível preencher tais cargos de outro modo.

CAPÍTULO III

DA PERDA DO MANDATO DO VEREADOR

Art. 99. O Vereador que descumprir as normas estabelecidas nos artigos 43 e 44 da

lei orgânica e nas demais normas legais será processado pelo Conselho de Ética e

Decoro Parlamentar, que realizará os procedimentos de acordo com o previsto no

Código de Ética e Decoro Parlamentar -Resolução de nº 004/2005.

§1º Qualquer cidadão, pessoa jurídica ou Vereador pode representar, por escrito,

perante o Presidente da Câmara, o descumprimento, por Vereador, das normas

contidas nos artigos 43 e 44 da lei orgânica ou nos demais casos legais.

§2º O autor da representação a protocolará na Secretaria da Câmara, atendo-se ao

disposto no artigo 143, II, deste regimento, devendo a Secretaria, imediatamente,

remetê-la à Presidência da Câmara, e enviar cópias, ainda que por meio digital, a

todos os Vereadores.

§3º A representação será dirigida ao Presidente da Câmara e, no prazo previsto no

Código de Ética e Decoro Parlamentar -Resolução de nº 004/2005, será remetida ao

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para apreciação.

§4º Caso a representação seja contra o Presidente da Câmara, esta será dirigida aos

demais membros da Mesa Diretora, que determinarão as providências informadas

neste artigo.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 100. O Vereador que infringir o inciso III, IV ou V do artigo 44 da lei orgânica,

terá a perda do mandato declarada pela Mesa Diretora, de ofício ou mediante

provocação de qualquer dos membros, partido político, pessoa jurídica ou cidadão.

Parágrafo único. Da decisão da Mesa Diretora que determinar ou não a perda do

mandato de Vereador, cabe recurso ao Plenário, pelo acusado, pelo autor da

representação, ou por qualquer Vereador, em até 3 (três) dias, que deliberará por

maioria simples.

Art. 101. Em todos os procedimentos dessa seção é assegurado o direito da ampla

defesa e do contraditório ao acusado.

CAPÍTULO IV

DA INFRAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA PRATICADA PELO

PREFEITO

Art. 102. A infração político-administrativa praticada pelo Prefeito será analisada e

processada conforme as normas legais aplicáveis, mormente o Decreto-Lei de nº

201/1967.

CAPÍTULO V

DA LIDERANÇA PARLAMENTAR

Art. 103. São considerados líderes dos partidos os Vereadores escolhidos pelas

representações partidárias para, em seu nome, expressarem, em Plenário, pontos de

vista sobre assuntos em debate.

Art. 104. No início de cada sessão legislativa, os partidos comunicarão à Mesa

Diretora a escolha de seus líderes e vice-líderes.

§1º A indicação das lideranças será feita em documento subscrito pelos Vereadores

membros de cada partido à Mesa Diretora nas 24 (vinte e quatro) horas, que se

seguirem à instalação do primeiro período legislativo anual.

§2º Os líderes indicarão os respectivos vice-líderes, dando conhecimento à Mesa

Diretora dessa designação.




COMISSÃO ESPECIAL

§3º Além de outras atribuições previstas neste regimento, os líderes indicarão os

representantes partidários nas Comissões Permanentes.

§4º Quando o líder estiver ausente ou impedido, suas atribuições serão exercidas pelo

vice-líder.

§ 5º Na falta de indicação, considerar-se-ão líder e vice-líder, respectivamente, o

primeiro e o segundo Vereadores mais votados de cada bancada.

Art. 105. As lideranças partidárias não impedem que qualquer Vereador se dirija ao

Plenário pessoalmente.

Art. 106. As lideranças partidárias não poderão ser exercidas por integrantes da Mesa

Diretora, sob pena de ser destituído o infrator do cargo que o mesmo ocupe naquela.

CAPÍTULO VI

DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

Art. 107. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais

serão fixados por lei de iniciativa da Câmara, observado o que dispõem os artigos 37,

XI, 39, §4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I da Constituição da República, bem como a

lei orgânica.

Art. 108. O subsídio dos Vereadores será fixado pela Câmara em cada legislatura

para a subsequente, até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, observado o que

dispõe a Constituição da República, bem como a lei orgânica municipal.

TÍTULO IV

DAS PROPOSIÇÕES E DA SUA TRAMITAÇÃO

CAPÍTULO I

DAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÃO E DE SUA FORMA

Art. 109. Proposição é toda matéria sujeita à deliberação do Plenário, qualquer que

seja o seu objeto.

Parágrafo único. Excepcionalmente, nos casos previstos neste regimento, os

requerimentos podem ser decididos pela Mesa Diretora, pelo Presidente da Câmara

ou pelos Presidentes das Comissões.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 110. São modalidades de proposição:

I - Projetos de emenda à lei orgânica;

II - Projetos de lei;

III - Projetos de decretos legislativos;

IV - Projetos de resolução;

V - Emendas e subemendas;

VI - Projetos substitutivos;

VII - Representações;

VIII - Requerimentos;

IX - Requerimentos de informação;

X - Requerimento de cumprimento da norma legal pelo Executivo;

XI - Indicações;

XII - Pareceres de Comissões;

XIII - Relatórios de Comissões Especiais;

XIV - Recursos;

XV – Moções; e

XVI – Projeto de Consolidação de Leis ou de Resoluções.

Art. 111. As proposições deverão ser redigidas em termos claros, objetivos e

concisos, em língua nacional e na ortografia oficial e assinadas pelo seu autor ou

autores, sendo apresentada em três vias e uma via digital.

Parágrafo único. Quando a proposição fizer referência a uma lei, deverá vir

acompanhada do respectivo texto.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 112. Os projetos de emenda à lei orgânica, projetos de lei, projetos de decretos

legislativos, projetos de resolução, projeto de consolidação de leis ou de resoluções,

projetos substitutivos, bem como as emendas e subemendas deverão observar as

normas técnicas legislativas dispostas pela Lei Complementar Federal de nº 95/1998,

no Decreto Federal nº 4.176/2002 e demais normas, e deverão estar acompanhados de

justificação da proposição, por escrito, devendo tanto o projeto quanto a sua

justificação serem assinados pelo seu respectivo autor.

Parágrafo único. É facultativa a apresentação de justificativas no caso de emendas

ou de subemendas.

Art. 113. Nenhuma proposição poderá incluir matéria estranha ao seu objeto.

Art. 114. Não será permitido apresentar proposição que guarde identidade ou

semelhança com outra em andamento na Câmara no ano corrente.

§1º Ocorrendo a hipótese referida no caput com projeto de emenda à lei orgânica,

projeto de lei, projeto de consolidação de leis ou de resoluções, projeto de resolução

ou projeto de decreto legislativo, a primeira proposição apresentada, prevalecerá e a

semelhante só poderá ser apresentada no ano seguinte caso a primeira tenha sido

rejeitada ou, no mesmo ano, caso a proposição semelhante tenha sido retirada por seu

autor.

§2º Ocorrendo a hipótese referida no caput com indicações, requerimentos em geral

ou moções, a segunda proposição apresentada poderá tramitar desde que a

semelhante anteriormente apresentada seja mencionada no texto da segunda e seja

juntada uma cópia dela.

Art. 115. Não será permitido ao Vereador apresentar proposição, nem sobre ela

discutir, emitir parecer ou votar, quando tratar de matéria de interesse particular seu,

ou de seu cônjuge, companheiro, ascendente, descendente em qualquer grau e o

colateral, até o terceiro grau, por consanguinidade ou afinidade, ou de seu amigo

íntimo, ou de pessoa jurídica da qual faça parte como associado, sócio, acionista,

empregado, dirigente, colaborador, ou quaisquer das pessoas físicas antes referidas.

§1º Fica igualmente impedido de discutir, emitir parecer ou votar o Vereador

interessado em proposição, nos termos do caput desse artigo, caso esta seja

apresentada por outro Vereador.

§2º Qualquer Vereador poderá informar à Mesa Diretora, verbalmente ou por escrito,

o impedimento do Vereador que não se manifestar.

§3º Reconhecido o impedimento, serão considerados nulos todos os atos praticados




COMISSÃO ESPECIAL

pelo impedido, em relação à proposição.

Art. 116. As proposições que não forem apreciadas até o término da Legislatura

serão arquivadas, salvo a prestação de contas do Prefeito, veto do Prefeito ao projeto

de lei e os projetos de lei ou decretos legislativos com prazo fixado para apreciação,

bem como os projetos de iniciativa popular.

Art. 117. Somente o autor da proposição poderá requerer o desarquivamento desta.

Art. 118. A proposição desarquivada ficará sujeita a nova tramitação, desde a fase

inicial, não prevalecendo pareceres, votos, emendas e substitutivos.

Art. 119. A matéria constante de projeto de lei rejeitada, somente poderá constituir

objeto de novo projeto, no mesmo ano Legislativo mediante proposta da maioria

absoluta dos membros da Câmara ou mediante a subscrição de 5% (cinco por cento)

do eleitorado do Município.

CAPÍTULO II

DAS PROPOSIÇÕES EM ESPÉCIE

Art. 120. A emenda à lei orgânica destina-se à alteração dela naquilo que não for

proibido pela Constituição da República ou pela Constituição Estadual.

Art. 121. O projeto de lei é a proposição sujeita à aprovação ou ao veto pelo

Executivo, com o objetivo de produzir uma nova lei municipal, ordinária ou

complementar, acerca de matéria que for de competência do Município.

Parágrafo único. A iniciativa dos projetos de leis cabe a qualquer Vereador, às

Comissões, ao Prefeito e aos cidadãos, nos termos do artigo 29, XIII, da Constituição

da República, ressalvados os casos de iniciativa exclusiva do Executivo, conforme

determinação legal.

Art. 122. Os decretos legislativos destinam-se a regular as matérias de exclusiva

competência da Câmara, sem a sanção do Prefeito, e que tenham efeito externo, como

as arroladas no art. 51, V deste regimento.

Art. 123. As resoluções destinam-se a regular as matérias de caráter político ou

administrativo, relativas a assuntos internos e de economia interna da Câmara, como

as arroladas no artigo 51, VIII, deste regimento.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 124. Emenda é a proposição apresentada como acessória à outra, podendo ser:

I - supressiva, que é a emenda que manda cancelar parte da proposição;

II - substitutiva, que é a emenda apresentada como sucedânea de parte de uma

proposição;

III - aditiva, que é a emenda que manda acrescentar algo à proposição; ou

IV - de redação, que é a emenda que altera somente a redação de qualquer

proposição;

Parágrafo Único – O Executivo poderá apresentar emenda, no prazo regimental que

dispõe os vereadores, apenas aos projetos de lei de sua autoria.

Art.125. Subemenda é a emenda apresentada à outra emenda, podendo ser:

I - supressiva de parte da outra emenda;

II - substitutiva de parte da outra emenda;

III - aditiva à outra emenda; ou

IV - de redação da outra emenda.

§ 1º - Não é admitida subemenda de outra subemenda;

§2º - O Executivo poderá apresentar subemenda, no prazo regimental que dispõe os

vereadores, apenas à emendas apresentadas nos termos do parágrafo único do artigo

124.

Art. 126. Substitutivo é o projeto de emenda à lei orgânica, de lei, de resolução e de

decreto legislativo apresentado por um Vereador ou Comissão para substituir outro

projeto já apresentado sobre o mesmo assunto.

§1º Não é permitido substitutivo parcial ou mais de um substitutivo ao mesmo

projeto.

§2º O Executivo pode apresentar, no prazo regimental que dispõe os Vereadores,

substitutivo ao projeto de lei que não seja de iniciativa exclusiva do Legislativo, e

vice-versa.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 127. As subemendas, emendas e o substitutivo têm preferência para votação

sobre a proposição principal.

§1º Sendo o projeto de substitutivo aprovado, considera-se, de imediato, a proposição

principal rejeitada.

§2º As emendas e subemendas aprovadas, serão, de imediato, consideradas como

integrantes da proposição principal, devendo a Comissão Legislação, Justiça e

Redação Final promover sua inclusão no texto, na forma disposta nesse regimento.

Art. 128. Representação é a manifestação da Câmara, aprovada em Plenário, dirigida

às autoridades federais, estaduais, municipais, aos representantes das autarquias,

empresas públicas, sociedades de economia mista, ou ao Ministério Público, com o

escopo de levar ao conhecimento ações ou omissões, ilícitas ou irregulares, praticadas

por agentes, servidores públicos ou por qualquer cidadão que, de alguma forma, lese

o Município.

Parágrafo único. Pode o Vereador, o cidadão ou a pessoa jurídica representar à

Câmara, contra ações ou omissões ilícitas ou irregulares praticadas por Vereadores,

servidores da Câmara, ou pelo Prefeito para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Art. 129. Requerimento é a proposição dirigida por qualquer Vereador ou Comissão

ao Plenário, à Mesa Diretora, ao Presidente da Câmara ou ao Presidente da Comissão,

sobre matéria de sua competência.

Art. 130. Os requerimentos classificam-se:

I - quanto à maneira de formulá-los:

a) verbais; ou

b) escritos.

II - quanto à competência para decidi-los:

a) sujeitos à deliberação do Presidente da Câmara;

b) sujeitos à deliberação da Mesa Diretora;

c) sujeitos à deliberação da Comissão ou do Presidente da Comissão; ou




COMISSÃO ESPECIAL

d) Sujeitos à deliberação do Plenário.

Art. 131. Estará sujeito à deliberação do Presidente da Câmara, dentre outros, o

requerimento que solicitar:

I - retirada, pelo autor, de requerimento verbal ou escrito dirigido ao Plenário, à Mesa

Diretora ou ao próprio Presidente da Câmara;

II - a palavra ou a desistência dela;

III - a leitura de qualquer matéria para conhecimento do Plenário;

IV - retificação de ata;

V - verificação de presença;

VI - verificação de votação;

VII - requisição de documento, processo, livro ou publicação existente na Câmara,

para auxílio de proposição em discussão;

VIII - retirada, pelo autor, de proposição ainda não submetida à deliberação do

Plenário;

IX - sobrestamento, pelo autor, de proposição ainda não submetida à deliberação do

Plenário;

X - a justificativa de voto e sua transcrição em ata;

XI - juntada ou desentranhamento de documentos;

XII - inclusão, na ordem do dia, de proposição em condições de nela figurar;

XIII - informações oficiais, quando não requerida ao Plenário;

XIV - convocação de sessão extraordinária ou especial;

XV - destaque de matéria para votação;

XVI - encerramento de discussão;




COMISSÃO ESPECIAL

XVII - justificação de falta do Vereador às sessões plenárias ou reuniões de comissões; e

XVIII - constituição de Comissão de Inquérito.

§1º Serão necessariamente escritos os requerimentos a que aludem os incisos VII, XI

e XVIII.

§2º No caso do inciso XVIII, o requerimento deverá estar assinado por, no mínimo,

1/3 (um terço) dos Vereadores e deverá observar os dispostos nos artigos 77 e 78

deste regimento.

Art.132. O requerimento sujeito à deliberação da Mesa Diretora será requerido,

necessariamente por escrito, por Vereador àquela, sobre assuntos de sua competência,

mormente quando se solicita que a Mesa pratique algum ato disposto no art. 37 deste

regimento.

Art. 133. O requerimento sujeito à deliberação da Comissão ou do seu Presidente

será requerido por Vereador, sobre assuntos de competência dessa Comissão ou de

seu Presidente.

Art. 134. Dependerá de deliberação do Plenário o requerimento, dentre outros, que

solicitar:

I - adiamento de discussão ou votação de proposições, bem como seu encerramento

de discussão;

II - retirada, pelo autor, de proposição submetida à discussão no Plenário, antes da

votação em primeiro turno;

III - sobrestamento, pelo autor, de proposição submetida à discussão no Plenário,

antes da votação em primeiro turno;

IV - preferência para votação de proposição dentro do mesmo projeto ou em projetos

distintos;

V - prorrogação da sessão;

VI - inversão da pauta;

VII - dispensa de leitura da matéria constante da ordem do dia;




COMISSÃO ESPECIAL

VIII - dispensa de leitura de emendas, requerimentos em geral ou indicações, cujas

cópias tenham sido entregues, ainda que por meio digital, a cada Vereador, com, no

mínimo, 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, e estejam disponíveis, na integra,

no site oficial da Câmara;

IX - providências junto a órgãos de Administração Pública e pedidos de informações

ao Prefeito;

X - informação aos Secretários Municipais, por intermédio do Prefeito; ou

XI - concessão de vista em projeto, por 24 (vinte e quatro) horas;

§ 1º Serão necessariamente escritos e sujeitos à deliberação do Plenário, dentre

outros, os requerimentos que versem sobre:

I - licença de Vereador;

II - audiência de Comissão;

III - inserção de documentos em ata;

IV - redução de qualquer prazo regimental, no máximo até a metade, em caso de

urgência, devidamente justificada no requerimento, para apreciação da matéria pelas

Comissões e Órgãos da Câmara, ou para apresentação de emendas, pareceres,

relatórios e congêneres, salvo no caso de Comissão com prazo certo para atuar;

V - inclusão de proposição em regime de urgência;

VI - constituição de Comissões Especiais, fora dos casos que a constituição se dá de

ofício;

VII - convocação de Secretário Municipal ou de ocupantes de cargos da mesma

natureza para prestar esclarecimentos em Plenário;

VIII - convidar cidadãos ou autoridades para prestar esclarecimentos em Plenário; ou

IX - constituição de Comissão Representativa Especial.

§ 2º No caso dos incisos VII e VIII do parágrafo único, o autor, caso queira, pode

apresentar, em seu requerimento, perguntas a ser esclarecidas pelo convocado ou




COMISSÃO ESPECIAL

convidado.

§ 3º Sendo aprovado pelo Plenário o requerimento disposto no inciso VII ou VIII do

parágrafo único, cabe ao Presidente da Câmara indagar ao Plenário se outro Vereador

pretende apresentar outras perguntas, escritas, aos convidados ou convocados, e, em

caso positivo, deverá apresentá-las em até três dias.

§ 4º É admitido ao Presidente da Câmara apresentar perguntas escritas aos

convidados ou convocados, nos termos § 3º.

Art. 135. O requerimento de cumprimento da norma legal pelo Executivo será

proposto por qualquer Vereador ou Comissão e, após discussão e votação do

Plenário, será enviado ao Executivo para fazer cessar ação ou omissão de algum

órgão do Executivo local que seja contrária às leis, à Constituição Estadual, à

Constituição da República ou às demais normas cogentes.

§1º Aprovado pelo Plenário, a Mesa Diretora enviará, por meio de ofício, ao Prefeito,

o requerimento para que este cumpra ou determine que seus subordinados cumpram a

norma legal desrespeitada, podendo ele se justificar no prazo de 10 (dez) dias.

§2º Caso o Executivo não cumpra a norma legal, nem justifique o motivo do

descumprimento, a Câmara deverá promover todas as medidas legais cabíveis,

inclusive representando, de ofício, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas ou

aos demais órgãos relacionados com a matéria descumprida.

§3º Justificando-se o Prefeito, no prazo do §1º, a Câmara deliberará acerca da

justificativa e, sendo esta rejeitada, será cumprido o disposto no §2º.

Art. 136. Os requerimentos de informações serão escritos e versarão sobre atos da

Mesa Diretora ou da Câmara, do Executivo e dos órgãos a ele subordinados, das

autarquias, empresas e fundações municipais, podendo ser requerido por qualquer

Vereador, por escrito.

§1º Os requerimentos de informações estarão sujeitos à discussão e votação no

Plenário.

§2º O requerido deverá prestar as informações solicitadas dentro de 30 (trinta) dias.

§3º Em caso de informações consideradas urgentes pela Câmara, o prazo para

prestação de informação será de 10 (dez) dias.




COMISSÃO ESPECIAL

§4º Não sendo apresentadas as informações, a Câmara deverá promover todas as

medidas legais cabíveis, inclusive representando, de ofício, ao Ministério Público, ao

Tribunal de Contas ou aos demais órgãos relacionados com a matéria descumprida.

Art. 137. Indicação é a proposição na qual o Vereador sugere às autoridades do

Município, medidas de interesse público.

Art.138. O parecer da Comissão é o pronunciamento, por escrito, da Comissão sobre

matéria que lhe seja regimentalmente distribuída, que será apreciado pelo Plenário.

Parágrafo único. O parecer, quando autorizado por lei ou por este regimento, poderá

vir acompanhado de emenda ou de projeto substitutivo ao projeto de lei, decreto

legislativo ou resolução a qual se manifestou a Comissão.

Art. 139. Relatório de Comissão Especial é o pronunciamento escrito e por esta

elaborada, apresentado para o conhecimento do Plenário, que encerra as suas

conclusões sobre o assunto que motivou a sua constituição.

Parágrafo único. Quando as conclusões de Comissões Especiais indicarem a tomada

de medidas legislativas, o relatório poderá ser acompanhado de projeto de lei, decreto

legislativo ou resolução, nos termos deste regimento.

Art. 140. Recurso é toda petição de Vereador ao Plenário contra atos da Mesa

Diretora, do Presidente da Câmara ou das Comissões.

§1º Os recursos serão apresentados quando houver discordância dos atos da Mesa

Diretora, do Presidente da Câmara ou das Comissões e serão analisados e decididos

pelo voto da maioria simples dos Vereadores, salvo disposição em contrário, ficando

impedido de votar o Vereador que recorrer.

§2º Não cabe recurso contra:

I - as decisões do Plenário;

II - a interpretação do regimento dada pelo Presidente da Câmara; e

III - as decisões do Presidente da Câmara aos requerimentos dispostos nos incisos I,

II, III, V, XII, XIV e XVI do art. 131.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 141. Moção é qualquer proposição submetida à apreciação do Plenário que

expressa o pensamento da Câmara em face de acontecimentos que afeta, de alguma

forma, o Município.

§1º Moção pode expressar seu regozijo, congratulação, louvor, pesar, tristeza, ou

ainda o seu repúdio, desprezo ou indignação contra ação ou omissão que afeta, de

alguma forma, o Município.

§2º Aprovada a moção, esta será expedida pelo Presidente da Câmara, em até 48

(quarenta e oito) horas, e será assinada por cada Vereador que votou favorável a ela.

Art. 142. O projeto de consolidação de leis ou de resoluções é a integração de todas

as leis ou de resoluções pertinentes à determinada matéria em um único diploma

legal.

§1º As leis municipais ou as resoluções da Câmara serão reunidas em codificações e

consolidações, integradas por volumes contendo matérias conexas ou afins, aplicado,

no que couber, o estabelecido pela Lei Complementar Federal nº 95/1998 e pelo

Decreto Federal nº4.176/2002.

§2º As matérias conexas ou afins de leis deverão versar sobre a seguinte classificação

de temas:

I - Educação e Cultura;

II - Código de Postura;

III - Normas de Edificação, Zoneamento Urbano e Parcelamento do Solo;

IV - Saúde;

V - Código Tributário;

VI - Denominações e Efemérides;

VII - Esporte, Lazer e Turismo;

VIII - Meio Ambiente e Proteção dos Animais;

IX - Saneamento Básico;




COMISSÃO ESPECIAL

X - Trânsito e Transporte;

XI - Estatuto do Servidor Público;

XII - Ciência e Tecnologia;

XIII - Segurança Pública;

XIV - Controle Social;

XV - Desenvolvimento Social; ou

XVI - outros que não estejam contemplados pelas alíneas anteriores.

§ 3º As matérias conexas ou afins de resoluções deverão versar sobre a seguinte

classificação de temas:

I - Verbas Indenizatórias;

II - Diária de Viagens e Adiantamento;

III - Homenagens Cívicas e Títulos;

IV - Frente parlamentar;

IV - Administração da Câmara;

V - Economia Interna da Câmara; ou

VI - outros que não estejam contemplados pelas alíneas anteriores.

§4º A Câmara procederá, sempre que necessário, ao levantamento da legislação

municipal em vigor e formulará projeto de consolidação de lei, ou de resolução, que

tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a indicação precisa

dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados.

§5º A iniciativa para a formulação de projeto de consolidação de lei caberá à Mesa

Diretora, à Comissão da Câmara, ao Vereador e ao Prefeito, e, no caso de formulação

de projeto de consolidação de resolução da Câmara, caberá aos três primeiros.

§6º Nos novos projetos de lei ou resolução que versem sobre assuntos já consolidados

em um novo diploma legal, os autores deverão fazer, em seu projeto, remissão




COMISSÃO ESPECIAL

expressa à norma consolidada.

§7º O autor do projeto deverá apresentar o texto consolidado, observando, no que

couber, a norma técnica disposta na Lei Complementar Federal nº 95/1998 e no

Decreto Federal nº 4.176/2002, juntado cópias dos diplomas normativos que se

pretende unificar.

CAPÍTULO III

DO RITO DAS PROPOSIÇÕES

Seção I

Do Recebimento e tramitação do Projeto de lei e do Projeto de resolução

Art. 143. Os Projetos de lei e de resolução tramitarão seguindo o presente rito:

I - serão protocolados na Secretaria, que informará a data e os numerarão, bem como

irá disponibilizar cópias dos projetos, ainda que por meio digital, a todos os

Vereadores;

II - no momento do protocolo do projeto, deve o seu autor juntar cópia digital do

mesmo, no formato de .PDF ou .Word, por meio de pen drive ou e-mail dirigido à

Secretaria, sob pena de não ser admitido o protocolo pelo servidor responsável;

III - tendo sido cumprido os incisos anteriores, a Secretaria, em 24 (vinte e quatro)

horas, os encaminhará à Mesa Diretora para providenciar sua apresentação em

Plenário, na primeira reunião ordinária subsequente;

IV - recebidos pela Mesa Diretora, o Primeiro-Secretário deverá incluí-lo na pauta da

sessão;

V - apresentado em Plenário, pelo Presidente da Câmara, o projeto será remetido à

Procuradoria da Câmara para exarar parecer opinativo acerca da constitucionalidade,

legalidade e técnica legislativa, bem como para indicar por quais Comissões deve ser

analisado, tudo, no prazo previsto no artigo 67 deste regimento;

VI - em caso de impossibilidade de análise pela Procuradoria da Câmara, por

ausência do Procurador, o projeto será remetido à Comissão de Legislação, Justiça e

Redação Final, para indicar as Comissões que devem analisar o projeto;

VII - a Procuradoria ou a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, conforme

o caso, encaminhará o projeto às Comissões Permanentes indicadas que, no prazo

previsto no artigo 67 deste regimento, exararão seus pareceres sobre a proposição,




COMISSÃO ESPECIAL

bem como darão prosseguimento à mesma, observado o disposto no artigo 72 deste

regimento;

VIII - após tramitar pelas Comissões Permanentes e ter recebido os pareceres das

mesmas, o projeto será remetido à Mesa Diretora que o incluirá, pelo Primeiro-

Secretário, na pauta da reunião ordinária seguinte para discussão e votação dos

pareceres, podendo ser, ainda, discutido e votado o projeto em primeiro turno; e

IX - se aprovado em primeiro turno, o projeto será incluído na pauta da reunião

seguinte, para votação, sem discussão, em segundo turno.

§1º A Secretaria ficará responsável pelo acompanhamento dos projetos enquanto

estes estiverem sendo analisados pelas Comissões devendo alertar os Presidentes de

Comissões sobre os prazos.

§2º Se alguma das Comissões der parecer contrário à tramitação dos projetos, o

parecer será, nos termos do disposto no § 2º do artigo 72 deste regimento, votado na

sessão ordinária subsequente, seguindo-se os projetos imediatamente para o arquivo,

caso o parecer contrário seja aprovado pelo Plenário.

§3º Os projetos de autoria do Executivo seguirão o mesmo rito previsto no presente

artigo.

§4º Os projetos de leis que versem sobre denominação de logradouros ou de prédios

públicos, bem como os que dispõem exclusivamente sobre data comemorativa ou

homenagem cívica, serão discutidos e votados em turno único.

§5º Os projetos de lei complementar serão aprovados se obtiverem, nos dois turnos

de votação, maioria absoluta dos Vereadores.

§6º Os projetos de leis que versem sobre orçamento, sobre consolidação de leis ou

resoluções ou que criem códigos tramitarão pelo regime especial disposto nesse

regimento.

Art. 144. Os projetos de lei, quando aprovados pelo Plenário, serão encaminhados,

em 3 (três) dias, pelo Presidente da Câmara ao Prefeito para sanção ou veto.

§1º Se o Prefeito considerar o projeto de lei, no todo ou em parte, inconstitucional ou

contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15(quinze)




COMISSÃO ESPECIAL

dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 (quarenta e

oito) horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

§2º O veto parcial sobre o projeto de lei somente abrangerá texto integral de artigo,

de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§3º Decorrido o prazo de 15 (quinze dias) úteis, o silêncio do Prefeito importará

sanção.

§4º O veto será apreciado pela Câmara, dentro de 30 (trinta) dias a contar de seu

recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

§5º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §4º, o veto será colocado na

ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação

final.

§6º Recebido o veto, o Presidente da Câmara irá encaminhá-lo à Comissão Especial

criada para apreciar o veto do executivo, que disporá do prazo de 5 (cinco) dias para

emitir seu parecer, devolvendo-o à Secretaria para sua inclusão na pauta para próxima

Sessão Ordinária na qual o parecer e o projeto serão discutidos e votados.

§7º A Comissão Especial, informado no § 6º, poderá remeter o veto à Procuradoria da

Câmara para exarar parecer opinativo sobre o mesmo, no prazo de 5 (cinco) dias,

suspendendo o prazo da Comissão.

§8º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito.

§9º. Se a lei não for promulgada dentro de 48 (quarenta e oito) horas pelo Prefeito,

nos casos dos § 3º e § 8º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer

em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 145. Deverá o Presidente da Câmara, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,

promulgar as resoluções que tenham sido aprovadas em Plenário e, não as

promulgando, cabe ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo, no mesmo prazo,

obrigatoriamente.

Art. 146. Sendo o projeto aprovado em primeiro turno com emendas, será este

enviado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final para, no prazo de 3 (três)

dias, prover a redação final do projeto, incluindo as emendas ao texto do mesmo.




COMISSÃO ESPECIAL

Parágrafo único. Efetivada a redação final, o projeto será remetido à Mesa Diretora

para dar o seguimento devido ao mesmo.

Art. 147. As matérias constantes de projetos de resolução rejeitados, não poderão

constituir objetos de novos projetos, na mesma sessão legislativa, salvo por proposta

da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 148. Em caso de necessidade poderá ser convocada sessão extraordinária para

apresentar, discutir ou votar qualquer projeto, parecer ou veto disposto nessa seção.

Seção II

Do Recebimento e Tramitação dos Decretos legislativos, das Emendas e

Subemendas, dos Projetos Substitutivos, das Representações, dos

Requerimentos em geral, das Indicações, dos Pareceres de Comissões, dos

Relatórios de Comissões Especiais, dos Recursos e das Moções.

Art. 149. Todas as proposições, salvo as verbais, serão apresentadas, com cópias

digitas, nos termos do inciso II do artigo 143 deste regimento, na Secretaria que

informará a data e as numerarão, encaminhando-as, em seguida, à Mesa Diretora ou a

quem se destine.

§1º Protocolada a proposição na Secretaria, esta deverá, em até 24 (vinte e quatro)

horas, enviar cópias, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores.

§2º Os requerimentos encaminhados para apreciação da Mesa Diretora, do Presidente

da Câmara, da Comissão ou do Presidente da Comissão, poderão ser protocolados

diretamente no gabinete do Presidente da Câmara, nos dois primeiros casos, ou do

Presidente da Comissão, nos dois últimos, apresentando-se a cópia digital, que se

refere o inciso II do art. 143 deste regimento, diretamente a esses.

§3º Os pareceres, relatórios, emendas e substitutivos feitos pelas Comissões, bem

como o parecer da Procuradoria, poderão ser apresentados nos próprios autos dos

processos, com encaminhamento de suas cópias digitais à Secretaria, que dará ciência

a todos os Vereadores, enviando cópias a esses.

Art. 150. Os substitutivos e as emendas serão protocolados no prazo máximo de 15

(quinze) dias, a contar da apresentação em Plenário da proposição principal.

§1º O prazo a que se refere este artigo será de 10 (dez) dias, quando se tratar de

matéria colocada em regime de urgência.




COMISSÃO ESPECIAL

§2º Protocolados, tempestivamente, os substitutivos e as emendas, a Secretaria

enviará cópias digitais para os demais Vereadores e irá encaminhá-los às mesmas

Comissões Permanentes do projeto principal, para apresentarem seus pareceres.

§3º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, ou a Comissão Conjunta,

quando for o caso, poderá enviar os substitutivos e as emendas à Procuradoria da

Câmara para exarar parecer opinativo no prazo previsto no caput ou no §1º,

suspendendo o prazo para apreciação dessa Comissão.

§4º Os substitutivos e as emendas serão votados em turno único, antes da votação em

primeiro turno do projeto principal e, sendo aprovados, serão considerados como

projeto principal, no caso do substitutivo, ou incluído ao principal, no caso de

emendas.

Art. 151. Cada Comissão poderá, respeitada a sua pertinência temática, apresentar

sua emenda ou substitutivo ao projeto, no mesmo prazo que possui para emitir seu

parecer.

Parágrafo único. A emenda ou substitutivo que a Comissão apresentar seguirá o

disposto no artigo 150 deste regimento, naquilo que for aplicável, ficando dispensada

a respectiva Comissão de emitir parecer acerca da sua própria emenda ou

substitutivo.

Art. 152. As subemendas poderão ser apresentadas no prazo máximo de 5 (cinco)

dias, a contar da disponibilização da emenda ao conhecimento dos Vereadores, e

seguirá o disposto nos artigos 150 e 151 deste regimento, naquilo que for aplicável.

Parágrafo único. Em caso de urgência o prazo será de até 2 (dois) dias.

Art. 153. Se, antes da votação do projeto em primeiro turno, verificar que o projeto

possui vício ou situação contrária ao interesse público passível de ser sanado por

emenda, qualquer Vereador ou Comissão pode requerer ao Plenário a apresentação,

no prazo de até 10 (dez) dias, de emenda ou subemenda para sanar o projeto.

§1º Em caso de urgência o prazo será de até 5 (cinco) dias.

§2º A emenda ou subemenda que dispõe esse artigo seguirá o disposto nos parágrafos

2º, 3º e 4º do artigo 150 deste regimento.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 154. O projeto principal só poderá ser votado junto de seus substitutivos,

emendas ou subemendas, se existirem.

Art. 155. O projeto que apresentar erro gramatical em seu texto ou erro na ordem

cronológica dos artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou itens, poderá, mesmo após

votação em segundo turno, ser remetido, pelo Presidente da Câmara, de ofício ou a

requerimento de qualquer Vereador, à Comissão de Legislação, Justiça e Redação

Final para, em 3 (três) dias, corrigir o erro, sem interferir no sentido do texto, por

meio da redação final.

§1º O Presidente da Câmara enviará cópias da proposição corrigida pela Comissão a

todos os Vereadores, que poderão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, requerer a

apreciação da redação final pelo Plenário, caso entendam que a Comissão exorbitou

sua atribuição.

§2º Rejeitada pelo Plenário, a proposição voltará ao seu texto original, seguindo seu

trâmite normal.

§3º No caso de projeto que deva ser enviado ao Prefeito para sanção ou veto, a

redação final só poderá ser utilizada até antes do envio deste ao Executivo.

Art. 156. O autor do projeto que receber substitutivo ou emenda estranha ao seu

objeto poderá reclamar, por escrito, contra a sua admissão, no prazo de 5 (cinco) dias,

a contar do conhecimento do substitutivo ou da emenda.

§1º Compete ao Presidente da Câmara decidir sobre a reclamação e, desta decisão,

cabe recurso ao Plenário pelo autor do projeto, do substitutivo ou da emenda.

§2º Na decisão do recurso poderá o Plenário determinar que as emendas ou

substitutivos que não se referirem diretamente à matéria do projeto sejam destacados

para constituírem projetos separados.

Art. 157. Os projetos de decreto legislativo serão elaborados pela Mesa Diretora,

pelas Comissões ou por mais quem este regimento ou lei determinar, e virão, quando

for o caso, acompanhados dos pareceres da Comissão Permanente ou do relatório da

Comissão Especial.

§1º Os projetos de decreto legislativo serão apresentados na Secretaria, nos termos do

artigo 149 deste regimento, ou poderão ser apresentados nos próprios autos dos




COMISSÃO ESPECIAL

processos aos quais eles se referirem, com encaminhamento de suas cópias digitais à

Secretaria, que dará ciência a todos os Vereadores, enviando cópias a esses.

§2º A Secretaria cientificará a Mesa Diretora da apresentação do projeto de decreto

legislativo, caso não tenha sido originário dessa, e a Mesa Diretora promoverá a

inclusão dele na pauta da primeira sessão ordinária subsequente ou convocará sessão

extraordinária, caso seja necessária, para discussão e votação em turno único.

§3º Sendo aprovado, cabe ao Presidente da Câmara a promulgação do decreto

legislativo, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, e, não o fazendo, cabe ao Vice-

Presidente da Câmara fazê-lo, obrigatoriamente no mesmo prazo.

Art. 158. A representação da Câmara dirigida às autoridades federais, estaduais,

municipais tramitará conforme o seguinte rito:

I - a representação será protocolada na Secretaria, com cópias digitais dela e dos

documentos que a acompanha, observado o inciso II do artigo 143 deste regimento;

II - a Secretaria deve disponibilizar cópia da representação e dos documentos que a

acompanharem, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores, e encaminhará a

representação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, diretamente para o Presidente da

Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final para emissão de parecer, em 5

(cinco) dias, sobre a legalidade da mesma;

III - poderá o Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final remeter

a representação à Procuradoria Jurídica dessa Casa para que, em 5 (cinco) dias, emita

parecer opinativo acerca da constitucionalidade, legalidade e norma técnica da

mesma;

IV - no caso do inciso III, o prazo da Comissão será suspenso até a apresentação do

parecer pela Procuradoria Jurídica da Câmara ou até o esgotamento do prazo desta;

V - com o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, a

representação será devolvida à Secretaria, a qual a incluirá na sessão ordinária

seguinte, ou extraordinária, convocada para tal fim, na qual será lida, discutida e

votada pelos Vereadores;

VI - não tendo sido exarado o parecer sobre representação pelo Presidente da

Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, no prazo de 5 (cinco) dias, a

representação será levada ao Presidente da Câmara para que nomeie outro Vereador

para exarar parecer, em 3 (três) dias;




COMISSÃO ESPECIAL

VII - o autor da representação fica naturalmente impedido de exarar parecer sobre a

mesma.

VIII - sendo aprovada pelo Plenário, em turno único de discussão e votação, a

representação seguirá para a Mesa Diretora que tomará as providências nela contidas

e previstas; e

IX - não sendo aprovada, a representação seguirá para o arquivo da Câmara, só

podendo ser reapresentada, no mesmo ano, caso seja apresentado fato novo,

devidamente documentado, ou mediante proposta da maioria absoluta dos

Vereadores.

Parágrafo único. As representações serão acompanhadas, obrigatoriamente, dos

documentos hábeis que as instruam.

Art. 159. A representação à Câmara contra atos praticados por seus Vereadores será

processada de acordo com o previsto no Código de Ética e Decoro Parlamentar, ou,

em se tratando de infração político-administrativa praticada pelo Prefeito, será

processada conforme as normas legais aplicáveis, mormente o Decreto-Lei de nº

201/1967.

Parágrafo único. No caso de representação à Câmara contra atos de suposta

irregularidade no serviço público praticado por seus servidores, será promovida

sindicância ou processo administrativo disciplinar, nos termos da Lei Complementar

Municipal de nº 003/1996 e demais normas pertinentes.

Art. 160. Os requerimentos não verbais, os requerimentos de informação, os

requerimentos de cumprimento da norma legal pelo Executivo e as indicações

tramitarão conforme o seguinte rito:

I - protocolado na Secretaria, com cópias digitais, observado o disposto no inciso II

do artigo 143 deste regimento, a Secretaria deverá disponibilizar, em até 24 (vinte e

quatro) horas, ainda que por meio digital, cópias do requerimento a todos os

Vereadores e incluir na pauta da próxima sessão ordinária;

II - o Primeiro-Secretário fará a leitura integral desses requerimentos ou indicações,

ou apenas fará a leitura do número de ordem deles, no caso de ser dispensada aquela,

nos termos do disposto no artigo 134, VIII deste regimento;

III - após a leitura, os requerimentos ou indicações serão, em conjunto, colocados em

discussão e votação pelo Presidente da Câmara;




COMISSÃO ESPECIAL

IV - qualquer Vereador poderá, no momento em que o Primeiro-Secretário estiver

fazendo a leitura, pedir destaque e solicitar que seja lido na íntegra ou que seja

discutido e votado em separado, o que será deferido pelo Presidente da Câmara;

V - aprovados pela maioria simples dos Vereadores, em turno único de discussão e

votação, essas proposições retornarão à Secretaria, a qual tomará as providências

previstas nas proposições;

VI - não aprovados pelos Vereadores, os requerimentos ou indicações seguirão para o

arquivo, só podendo ser reapresentados no ano seguinte, salvo por proposta da

maioria absoluta dos Vereadores.

Art. 161. Durante os debates, na ordem do dia, poderão ser apresentados

requerimentos que se refiram estritamente ao assunto discutido, sujeitos à imediata

deliberação do Presidente da Câmara ou do Plenário, conforme o caso.

Art. 162. Os pareceres das Comissões Permanentes observarão o disposto nos artigos

66 a 73, 143, VII e VIII, 144, § 6º, 149, § 3º, bem como nas demais normas disposta

neste regimento ou em resolução atinente à matéria, sendo discutidos e votados em

turno único, antes da discussão e votação da proposição principal.

Art. 163. A Comissão especial emitirá seu relatório, observado o caput e o § 3º do

artigo 149 deste regimento e demais normas atinente à matéria, o qual será

apresentado ao Plenário, seguindo-se as normas regimentais.

Art. 164. Os recursos contra atos da Mesa Diretora, do Presidente da Câmara ou da

Comissão, serão interpostos, pelo autor da proposição, dentro do prazo de 5 (cinco)

dias, salvo quando outro prazo for estipulado por este regimento, contados da data de

ciência da decisão, por simples petição escrita e protocolada na Secretaria, em 3 (três)

vias e com cópias digitas nos termos do artigo 143, II, deste regimento.

§1º Protocolado o recurso, a Secretaria promoverá o envio de cópias a todos os

Vereadores e o encaminhará à Mesa Diretora, que deverá colocá-lo em pauta na

próxima sessão para ser discutido e votado, em turno único, só podendo ser deferido

pela concordância da maioria simples dos Vereadores.

§2º Contra o ato ou decisão do Presidente da Câmara, praticado em sessão, cabe, logo

em seguida, recurso verbal, ressalvado os casos disposto no § 2º do artigo 140, sendo

que deverá, imediatamente, ser decidido, sem discussão, pelo Plenário, por maioria

simples dos Vereadores, salvo em caso de matérias que devam ser decididas por voto

da maioria qualificada.




COMISSÃO ESPECIAL

§3º Não recorrendo em sessão, nos termos do § 2º, o autor da proposição dispõe,

ainda, do prazo previsto no caput para apresentar recurso, escrito, contra a decisão

exarada em sessão, ressalvados os casos disposto no § 2º do artigo140.

§4º Pode a Mesa Diretora, o Presidente da Câmara ou da Comissão se retratar da

decisão, até antes da matéria ser discutida em Plenário.

Art. 165. O projeto de moção será protocolado na Secretaria, observado o artigo 143,

II, deste regimento, e será incluído na pauta da próxima sessão ordinária para sua

discussão e votação.

§1º Em caso de urgência poderá ser discutida e votada em sessão extraordinária.

§2º Recebido o projeto, a Secretaria enviará cópias, ainda que por meio digital, a

todos os Vereadores.

Art. 166. O projeto de moção será discutido e votado, em turno único, e será

aprovado por maioria simples.

Parágrafo único. O projeto de moção de pesar ou tristeza por falecimento de cidadão

será votado, sem discussão.

Art. 167. Aprovado o projeto de moção, será observado o disposto no artigo 141, §

2º, deste regimento.

Parágrafo único. Rejeitado projeto de moção, as matérias constantes nele não

poderão constituir objetos de novos projetos, na mesma sessão legislativa, salvo por

proposta da maioria absoluta dos Vereadores.

Seção III

Dos Projetos Sob o Regime de Urgência

Art. 168. Entrarão sob o regime de urgência as proposições cuja urgência foi

aprovada pela maioria simples da Câmara.

Art. 169. A urgência poderá ser requerida por qualquer Vereador ao Plenário,

quando:

I - tratar-se de matéria que envolva a defesa da sociedade;

II - tratar-se de providência para atender a calamidade pública;




COMISSÃO ESPECIAL

III - visar o cumprimento de prazos legais das proposições a se findarem, ou à

adoção ou alteração de lei para aplicar-se em época certa e próxima; e

IV - para os demais casos em que o interesse público o justifique.

Parágrafo único. O requerimento de urgência deverá ser escrito e fundamentado.

Art. 170. As proposições entrarão sob o regime de urgência, independente de

aprovação do Plenário, quando:

I - estiverem acompanhadas de informações escritas e assinadas por, no mínimo, a

maioria absoluta dos Vereadores, que declarem ser urgente a tramitação da

proposição;

II - decorridos mais de 20 (vinte) dias sem a deliberação da Câmara sobre o veto;

III - ultrapassados mais de 2/3(dois terços) do prazo sem a votação em primeiro turno

dos projetos de lei, decreto legislativo ou resolução com prazo certo para serem

concluídos;

IV - faltem menos de 20 (vinte) dias para o término do primeiro período legislativo e

não tenha sido votado o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária, ou faltem menos

de 20 (vinte) dias para o término do segundo período legislativo e não tenham sido votados os Projetos de Lei do Plano Plurianual e de Lei Orçamentária do Município; ou

V - o Prefeito solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa.

Art. 171. Os projetos de leis, de resoluções e os de decreto legislativo sob o regime

de urgência terão prioridade de tramitação em relação às proposições sob o rito

normal e, caso a Câmara não se manifeste sobre eles dentro de 45 (quarenta e cinco)

dias, será incluída na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação dos demais assuntos

para que se ultime a votação.

§1º As emendas, subemendas ou substitutivos ao projeto sob o regime de urgência,

correrão nesse mesmo rito, observado, ainda, o disposto no artigo 150, § 1º, e no

artigo 152, parágrafo único, deste regimento.

§2º As demais proposições sob o regime de urgência terão prioridade em tramitação

em relação às proposições sob o rito normal e, caso a Câmara não se manifeste sobre

eles dentro de 30 (trinta) dias, será incluída na ordem do dia, sobrestando-se a




COMISSÃO ESPECIAL

deliberação dos demais assuntos para que se ultime a votação, salvo os projetos de

leis, de resoluções ou de decretos legislativos sob o regime de urgência.

§3º Cabe ao Presidente da Câmara convocar, se for o caso, sessões extraordinárias

para que se ultime o trâmite das proposições sob o regime de urgência.

§ 4º O prazo previsto neste artigo não corre nos períodos de recesso.

Art. 172. No caso de urgência de várias proposições terão preferência:

I - as que tiverem prazos constitucionais ou legais para serem apreciadas;

II - as do Executivo;

III - os projetos de decreto legislativo, de lei ou de resolução, nessa ordem; e

IV - as demais proposições, na ordem de seu protocolo.

Art. 173. Os projetos de lei e de resolução que tramitarem sob o regime de urgência

observarão o seguinte rito:

I - serão protocolados na Secretaria, nos termos do artigo 143, I e II, deste regimento,

devendo a Secretaria disponibilizar cópias dos projetos, a serem enviadas

previamente, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores e incluí-los na pauta

da sessão;

II - o Presidente da Câmara providenciará a apresentação em Plenário desses

projetos, em sessão ordinária ou extraordinária;

III - apresentados em Plenário, pelo Presidente da Câmara, os projetos serão

remetidos à Procuradoria da Câmara para exarar parecer opinativo, no prazo previsto

no artigo 82 deste regimento, acerca da constitucionalidade, legalidade e técnica

legislativa do projeto, e encaminhará os mesmos à Comissão Conjunta que observará

o disposto nos artigos 81 e 82 deste regimento;

IV - em caso de impossibilidade de análise pela Procuradoria da Câmara, por

ausência do Procurador, os projetos serão encaminhados diretamente à Comissão

Conjunta;

V - após, os projetos, com o parecer da Comissão Conjunta, serão remetidos à Mesa

Diretora, que os incluirão na pauta da reunião ordinária seguinte ou convocará

reunião extraordinária para discussão e votação dos pareceres, devendo ser discutido

e votado o projeto em primeiro turno, na mesma sessão; e




COMISSÃO ESPECIAL

VI - se aprovados em primeiro turno, os projetos serão incluídos na pauta da reunião

seguinte, ou convocada sessão extraordinária, para votação, sem discussão, em

segundo turno;

§1º Se a urgência for solicitada com os projetos já em tramitação em Comissão

Permanente, esta irá remetê-los à Comissão Conjunta, para fins de aplicação desse

artigo;

§2º As emendas, subemendas ou substitutivos aos projetos sob o regime de urgência

cabem à Comissão Conjunta, no mesmo prazo que possuir para exarar seu parecer, e

aos Vereadores, no prazo disposto no artigo 150, §1º, artigo 152, parágrafo único, ou

no artigo 153, §1º deste regimento.

§3º Sendo propostas emendas, subemendas ou substitutivos por Vereador, estas serão

enviadas à Comissão Conjunta para emitir seu parecer no prazo regimental.

Art. 174. Qualquer Vereador pode requerer ao Plenário, em casos de extrema

necessidade devidamente fundamentada e por escrito, a redução do prazo regimental,

nos termos do inciso IV do § 1º do artigo 134 deste regimento, para apreciação da

matéria pelas Comissões e Órgãos da Câmara.

Parágrafo único. O disposto nesse artigo não se aplica ao prazo que possui a

Comissão de Inquérito para atuar.

Art. 175. Sendo o projeto aprovado em primeiro turno de votação, com emendas ou

subemendas, este será enviado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final

para, no prazo de 24 (vinte quatro) horas, incluir as emendas ou subemendas ao texto

do projeto, remetendo-o à Mesa Diretora para dar o devido seguimento ao mesmo.

Seção IV

Dos Projetos com Ritos Especiais

Subseção I

Do Projeto de Lei do Orçamento

Art. 176. Recebida do Prefeito a proposta orçamentária, dentro do prazo e na forma

legal, observado o disposto no art. 143, II, o Presidente da Câmara mandará publicá-

la no quadro de publicações localizado na Câmara e distribuirá cópia, ainda que

digital, da mesma aos Vereadores.

Art. 177. O Presidente da Câmara deverá incluir a proposta orçamentária na pauta da

próxima reunião ordinária para promover a apresentação em Plenário, enviando-a




COMISSÃO ESPECIAL

para a Secretaria que aguardará a apresentação de emendas pelos Vereadores, naquilo

que for cabível, no prazo 15 (quinze) dias.

§1º Deverá ser enviado à Procuradoria e ao Setor Contábil da Câmara cópia integral,

ainda que por meio digital, da proposta orçamentária, para que ambos os setores

emitam pareceres opinativos, acerca da constitucionalidade, legalidade e técnica

legislativa, no caso do primeiro setor, e sobre os aspectos contábeis, no caso do

segundo, tudo no prazo de 15 (quinze) dias.

§2º Apresentadas emendas à proposta orçamentária, a Secretaria, no prazo de 24

(vinte e quatro) horas, deverá remeter cópias, ainda que por meio digital, a todos os

Vereadores.

§3º As subemendas poderão ser apresentadas no prazo de 5 (cinco) dias após a

apresentação das emendas, a contar de data em que forem remetidas cópias destas aos

Vereadores pela Secretaria.

Art. 178. Transcorrido o prazo no artigo 177, com ou sem apresentação de emendas e

com os pareceres opinativos da Procuradoria e do Setor Contábil, a Secretaria

encaminhará a proposta orçamentária ao Presidente da Comissão Especial, composta

por todos os membros da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e da

Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, que terá o prazo de 15 (quinze)

dias para emitir parecer sobre o projeto e as emendas, se houver, bem como para

apresentar suas emendas, naquilo que for cabível.

§1º O Presidente, Vice-Presidente e o Secretário da Comissão de Legislação, Justiça

e Redação Final serão, respectivamente, o Presidente, Vice-Presidente e o Secretário

da Comissão Especial.

§2º Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária será o relator

da Comissão Especial.

Art. 179. Findo o prazo disposto no artigo 178 deste regimento, o projeto será

colocado na pauta da próxima sessão ordinária para discussão e votação das emendas

e do parecer, bem como para discussão e votação do projeto, em primeiro turno.

§1º Se, antes da votação do projeto em primeiro turno, verificar-se que o projeto

possui vício ou situação contrária ao interesse público passível de ser sanado por

emenda, qualquer Vereador ou Comissão pode requerer ao Plenário a apresentação,

no prazo de até 05 (cinco) dias, de emenda ou subemenda para sanar o projeto.

§2º A Comissão Especial irá analisar e emitir parecer sobre a emenda ou subemenda

apresentadas nos termos do §1º, no prazo de 05 (cinco) dias, sendo o projeto colocado




COMISSÃO ESPECIAL

na pauta da próxima sessão ordinária para discussão e votação das emendas ou

subemenda e do parecer, bem como para discussão e votação do projeto, em primeiro

turno.

Art. 180. Na sessão informada no artigo 179 deste regimento, poderão os Vereadores

se manifestar, no prazo regimental, sobre os projetos, pareceres e as emendas,

assegurada a preferência do relator do parecer da Comissão Especial e dos autores

das emendas para o uso da palavra.

Art. 181. A matéria retornará à Comissão Especial, com as emendas que forem

aprovadas, para que estas sejam adicionadas ao texto, no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 182. Não havendo emendas ao projeto ou sendo este devolvido pela Comissão

com emendas já adicionadas ao texto, será incluído imediatamente em pauta, para

segunda votação, sem discussão.

§1º São aplicáveis o disposto nos artigos 144, 148, 154, 155 e 156 deste regimento.

§2º Sendo o projeto aprovado em segundo turno, será enviado ao Executivo, com

cópia integral das emendas aprovadas, se existirem, para sanção ou veto.

§3º O Prefeito poderá, ainda, vetar as emendas ao projeto e, não sendo derrubado o

veto pela Câmara, o projeto orçamentário será considerado aprovado com o texto

original, sem as emendas vetadas.

Art. 183. O projeto de lei orçamentária tem preferência sobre todos os demais, na

discussão e votação, e não pode conter disposições estranhas à receita e à despesa do

Município.

Parágrafo único. Estando o projeto de lei orçamentária na ordem do dia, a parte do

pequeno expediente é de 30 (trinta) minutos, improrrogáveis, sendo a ordem do dia

destinada exclusivamente ao orçamento.

Art. 184. Em caso de necessidade, poderá ser convocada sessão extraordinária para

apresentar, discutir ou votar o projeto, emenda ou parecer dispostos nessa subseção.

Art. 185. A Câmara Municipal deverá ater-se ao prazo disposto no artigo 250 da lei

orgânica para apreciação dos projetos orçamentários e não poderá entrar em recesso

parlamentar:

I - no primeiro período legislativo, enquanto não for votado o Projeto de Lei de

Diretrizes Orçamentárias; e




COMISSÃO ESPECIAL

II - no segundo período legislativo, enquanto não forem votados os Projetos de Lei

do Plano Plurianual e de Lei Orçamentária do Município.

Art. 186. Os projetos orçamentários só entrarão em regime de urgência nos casos

dispostos nos artigo 170, III e IV deste regimento e, neste caso, trancarão a pauta, não

podendo ser votada ou discutida outra proposição, salvo a com prazo legal ou

constitucional para apreciação.

Parágrafo único. No caso do caput, os prazos previstos nessa subseção serão

reduzidos:

I - de 15 (quinze) dias, para 8 (oito) dias; e

II - de 5 (cinco) dias, para 2 (dois) dias.

Art. 187. Aplicam-se as normas desta Subseção à proposta do plano plurianual e das

diretrizes orçamentárias.

Subseção II

Do Julgamento das Contas

Art. 188. Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas, independente da leitura

em Plenário, o Presidente fará distribuir cópias do mesmo, bem como do balanço

anual, a todos os Vereadores, enviando o processo à Comissão de Fiscalização

Financeira e Orçamentária, que terá 15 (quinze) dias para apresentar ao Plenário seu

parecer, acompanhado do projeto de decreto legislativo, pela aprovação ou rejeição

das contas.

§1º Até 5 (cinco) dias depois do recebimento do processo, a Comissão de

Fiscalização Financeira e Orçamentária receberá pedidos escritos dos Vereadores

solicitando informações sobre itens determinados da prestação de contas.

§2º Para responder aos pedidos de informação, a Comissão poderá realizar quaisquer

diligências e vistorias externas, bem como, mediante entendimento prévio com o

Prefeito, examinar quaisquer documentos existentes na Prefeitura.

§3º A Comissão, caso entenda necessário, poderá encaminhar o processo de

julgamento das Contas ao Setor Jurídico e ao Setor Contábil dessa Câmara, os quais

terão o prazo de 10 (dez) dias para apresentar parecer opinativo, suspendendo-se o

prazo para a Comissão emitir seu parecer.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 189. O parecer e o projeto de decreto legislativo apresentado pela Comissão de

Fiscalização Financeira e Orçamentária sobre a prestação de contas será submetido à

única discussão e votação.

§1º O projeto de decreto legislativo da Comissão de Fiscalização Financeira e

Orçamentária que for contrário ao parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado

deverá conter os motivos de discordância e só será aprovado se obtiver votos

favoráveis de 2/3 (dois terços) dos Vereadores.

§ 2º Não sendo aprovado o projeto de decreto legislativo, nos termos do § 1º, será

considerado aprovado o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, devendo a

Mesa Diretora, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar novo decreto legislativo de

acordo com exarado pelo referido Tribunal, com menção dos Vereadores que

votaram a favor e contra o parecer prévio do referido Tribunal, colhendo suas

assinaturas.

§3º O projeto de decreto legislativo da Comissão de Fiscalização Financeira e

Orçamentária que for de acordo com parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado

só poderá ser rejeitado pelo voto de 2/3 (dois terços) dos Vereadores, devendo a ata

da Sessão conter os motivos de discordância expostos pelos Vereadores.

§4º No caso do §3º, a Mesa Diretora, no prazo de 5 (cinco) dias, deverá expedir o

decreto legislativo, contrário ao exarado pelo Tribunal de Contas do Estado e com

exposição do motivo da discordância, com menção dos Vereadores que votaram a

favor e contra o parecer prévio do referido Tribunal, colhendo suas assinaturas.

Art. 190. O decreto legislativo será enviado pelo Presidente da Câmara, em até 48

(quarenta e oito) horas, ao Tribunal de Contas do Estado ou órgão equivalente.

Art. 191. Não se admitirão emendas ou alteração ao projeto de decreto legislativo,

salvo a informada no artigo 155 deste regimento.

Art. 192. Nas sessões em que se devam discutir as contas do Município, o pequeno

expediente será de 30 (trinta) minutos e a ordem do dia será destinada exclusivamente

à matéria.

Art. 193. Se as Contas não forem julgadas pela Câmara no prazo de 90 (noventa)

dias, contado do recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas, entrará em

regime de urgência e haverá o trancamento da pauta, não podendo ser submetida à

discussão e votação de nenhuma outra proposição, salvo as com prazo constitucional




COMISSÃO ESPECIAL

ou legal para apreciação.

Parágrafo único. No caso do caput, os prazos previstos nessa subseção serão

reduzidos:

I - de 10 (dez) dias, para 5 (dias) dias;

II - de 5 (cinco) dias, para 2 (dois) dias; e

III - de 48 (quarenta e oito) horas, para 24 (vinte e quatro) horas.

Subseção III

Da Proposta de Emenda à Lei Orgânica

Art. 194. A Câmara apreciará proposta de emenda à lei orgânica, apresentada:

I - por 1/3 (um terço) dos Vereadores;

II - pela população, conforme dispõe o artigo 29, XIII da Constituição da República; ou

III - pelo Prefeito.

Parágrafo único. A lei orgânica não pode ser emendada na vigência de estado de

sítio ou estado de defesa, nem quando o Município estiver sob intervenção estadual.

Art. 195. A proposta de emenda à lei orgânica será protocolada na Secretaria, nos

termos do artigo 143, I, II, deste regimento, a qual, em 24 (vinte e quatro) horas,

disponibilizará cópias, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores e remeterá a

proposta à Mesa Diretora para providenciar sua apresentação em Plenário, na

primeira reunião ordinária subsequente.

Art. 196. Apresentada a proposta de emenda à lei orgânica, esta será encaminhada à

Procuradoria da Câmara que emitirá parecer opinativo, no prazo de 10 (dez) dias,

acerca da constitucionalidade, legalidade e técnica legislativa, enviando-a a Comissão

de Legislação, Justiça e Redação Final que, em igual prazo, emitirá parecer sobre a

admissibilidade do projeto.

§1º Se inadmitida a proposta de emenda à lei orgânica, a Comissão de Legislação,

Justiça e Redação Final informará a razão ao autor que poderá recorrer, por escrito,

da decisão ao Plenário, no prazo de 3 (três) dias.




COMISSÃO ESPECIAL

§2º Sendo a proposta de emenda à lei orgânica de iniciativa popular o recurso de que

trata o §1º será de oficio.

§3º Não recorrendo ou mantida a decisão de inadmissibilidade pelo Plenário, o

projeto será arquivado.

Art. 197. Os substitutivos e as emendas poderão ser apresentados pela Comissão de

Legislação, Justiça e Redação Final, junto com seu parecer sobre a admissibilidade

do projeto, ou pelos Vereadores, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da apresentação

da proposição em Plenário.

§1º Apresentados os substitutivos ou as emendas, a Secretaria deverá, em até 24

(vinte e quatro) horas, remeter cópias, ainda que por meio digital, a todos os

Vereadores.


apresentação das emendas, a contar da data em que forem remetidas cópias destas aos


§3º Ocorrendo o disposto no artigo 196, §3º deste regimento, os substitutivos,

emendas ou subemendas serão prejudicados.

Art. 198. Admitida a proposta, a Comissão enviará o projeto ao Presidente da

Câmara que designará, de ofício, Comissão Especial, composta por no mínimo 5

(cinco) Vereadores, escolhidos por aquele, para, em análise do exame do mérito da

proposição, proferir parecer sobre esta e sobre os substitutivos, emendas ou

subemendas, se houver, no prazo de 10 (dez) dias.

§1º Recebido pelo Presidente da Câmara o parecer da Comissão Especial, será

incluída a proposta na ordem do dia para discussão e votação do parecer da

Comissão, dos substitutivos, emendas ou subemendas, se houver, podendo ser

discutido e votado a proposta em primeiro turno.

§2º A proposta será submetida a dois turnos de discussão e votação, com interstício

mínimo de 10 (dez) dias.

§3º Sendo a proposta aprovada no primeiro turno de votação com emendas ou

subemendas, será ela enviada à Comissão Especial para, no prazo de 3 (três) dias,

incluí-la ao texto do projeto, remetendo a proposta à Mesa Diretora para dar

seguimento.

§4º Será aprovada a proposta que obtiver, em ambos os turnos, 2/3 (dois terços) dos

votos dos membros da Câmara.




COMISSÃO ESPECIAL

§5º Se, antes da votação do projeto em primeiro turno, verificar que o projeto possui

vício ou situação contrária ao interesse público passível de ser sanado por emenda,

qualquer Vereador pode requerer ao Plenário a apresentação, no prazo de até 05

(cinco) dias, de emenda ou subemenda para sanar o projeto.

§6º A Comissão Especial irá analisar e emitir parecer sobre a emenda ou subemenda,

que trata o § 5º, no prazo de 05 (cinco) dias, sendo o projeto colocado na pauta da

próxima sessão ordinária para discussão e votação das emendas ou subemenda e do

parecer, bem como para discussão e votação do projeto, em primeiro turno.

§7º Aplica-se o disposto nos artigos 154, 155 e 156 deste regimento.

Art. 199. Deverá a Mesa Diretora, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, promulgar

a emenda à lei orgânica que tenham sido aprovadas em Plenário.

Parágrafo único. Caso a Mesa Diretora não promulgue a emenda à lei orgânica no

prazo do caput, cabe ao Presidente da Câmara fazê-lo, no mesmo prazo, e, não o

fazendo, cabe ao Vice-Presidente fazê-lo obrigatoriamente e no mesmo prazo.

Art. 200. Em caso de necessidade, poderá ser convocada sessão extraordinária para

apresentar, discutir ou votar qualquer proposta de emenda à lei orgânica ou parecer.

Art. 201. A proposta de emenda à lei orgânica apresentada pela população não

poderá ter emendas ou substitutivos que desconfigure o projeto inicial.

Art. 202. As matérias constantes de projetos de emenda à lei orgânica rejeitada, não

poderão constituir objetos de novos projetos, na mesma sessão legislativa.

Subseção IV

Dos Projetos de Codificação

Art. 203. O projeto de código observará o seguinte rito:

I - será protocolado na Secretaria, observado o disposto no artigo 143, I e II, deste

regimento, a qual, em 24 (vinte e quatro) horas, disponibilizará cópias, ainda que por

meio digital, a todos os Vereadores e remeterá a proposta à Mesa Diretora para

providenciar sua apresentação em Plenário, na primeira reunião ordinária

subsequente;

II - apresentado em Plenário, o Presidente da Câmara irá remetê-lo à Procuradoria da

Câmara para exarar parecer opinativo acerca da constitucionalidade, legalidade e

técnica legislativa, no prazo de 20 (vinte) dias e, após, remetê-lo à Comissão Especial




COMISSÃO ESPECIAL

que, em igual prazo, emitirá parecer sobre a matéria e sobre o substitutivo, emendas

ou subemendas, se houver;

III - em caso de impossibilidade de análise pela Procuradoria da Câmara, por

ausência do Procurador, o projeto será remetido diretamente à Comissão Especial;

IV - o parecer da Comissão Especial que for contrário à tramitação da matéria, será

incluído na pauta da reunião seguinte para discussão e votação e seguirá

imediatamente para o arquivo, caso seja aprovado pelo Plenário, ou será o projeto

discutido e votado em primeiro turno, caso o parecer seja rejeitado pelo Plenário;

V - o parecer da Comissão Especial que for favorável à tramitação da matéria, será

incluído na pauta da reunião seguinte para discussão e votação do parecer e do

projeto, em primeiro turno;

VI - se aprovado em primeiro turno, o projeto será incluído na pauta da próxima

reunião, para votação, sem discussão, em segundo turno.

§1º A Comissão Especial que trata esse artigo será composta por todos os membros

da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e por mais 2 (dois) membros, de

livre escolha do Presidente da Câmara.

§2º O Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário da Comissão de Legislação,

Justiça e Redação Final serão, respectivamente, o Presidente, o Vice-Presidente e o

Secretário da Comissão Especial.

§3º Sendo o projeto aprovado em primeiro turno com emendas, será este enviado à

Comissão Especial para, no prazo de 5 (cinco) dias, prover a redação final do projeto,

incluindo as emendas ao texto do mesmo.

Art. 204. Os substitutivos e emendas poderão ser apresentados pela Comissão

Especial, junto com seu parecer, ou pelos Vereadores, no prazo de 20 (vinte) dias, a

contar da apresentação da proposição em Plenário.

§1º Apresentado os substitutivos ou as emendas, a Secretaria deverá, em até 24 (vinte

e quatro) horas, remeter cópias, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores.


apresentação das emendas, a contar da data em que forem remetidas cópias destas aos


Art. 205. Aplica-se a essa subseção o disposto nos artigos 144, 148, 154, 155, 156 e




COMISSÃO ESPECIAL

200 deste regimento.

Art. 206. O projeto de lei que modifique pequena parte de Código Municipal seguirá

o rito comum, dispostos no artigo 143 e seguintes deste regimento.

Parágrafo único. Considera-se que o projeto de lei modifica pequena parte do

Código Municipal quando modificar até 30% (trinta por cento) dos artigos dele.

Subseção V

Das Reformas do Regimento Interno

Art. 207. O regimento poderá ser alterado ou reformado, no todo ou em parte, por

meio de projeto de resolução de iniciativa dos Vereadores, da Mesa Diretora ou de

uma Comissão.

Parágrafo único. A Mesa Diretora fará a atualização e publicação de todas as

alterações introduzidas no Regimento antes do final de cada sessão legislativa.

Art. 208. Os projetos de resolução que visem à alteração ou reforma do regimento

tramitarão seguindo o rito disposto nos artigos 195, 196, caput e §§ 1º e 3º, 197, 198,

caput e §§ 1º, 3º, 5º, 6º e 7º, 199 e 200 deste regimento.

§1º A proposta será submetida a dois turnos, sendo que no primeiro haverá discussão

e votação e, no segundo, apenas votação.

§2º Será aprovada a proposta que obtiver, em ambos os turnos, maioria simples dos

votos dos Vereadores.

Art. 209. A matéria constante de projeto de resolução que vise à alteração do

regimento rejeitada, somente poderá constituir objeto de novo projeto, no mesmo ano

legislativo, mediante proposta da maioria absoluta dos Vereadores.

Subseção VI

Do Projeto de Lei Delegada

Art. 210. O projeto de lei delegada destina-se a regular matéria de competência do

Município, excluídas as de competência exclusiva da Câmara, a reservada a lei

complementar e a legislação sobre:

I - matéria tributária;




COMISSÃO ESPECIAL

II - diretrizes orçamentárias, orçamento, operações de crédito e dívida pública

municipal; ou

III - aquisição e alienação de bens móveis, imóveis e semoventes;

Parágrafo único. A lei delegada será elaborada pelo Prefeito, nos termos da

delegação concedida pela Câmara.

Art. 211. O pedido de delegação observará o seguinte rito:

I - a mensagem do Prefeito contendo o pedido de delegação será protocolada na

Secretaria da Câmara e seguirá o rito disposto no artigo 143, I ao VII, deste

regimento;

II - após o pedido de delegação tramitar pelas Comissões Permanentes, informadas

pela Procuradoria, e receber pareceres favoráveis, ou ter o Plenário rejeitado o

parecer contrário, o pedido de delegação será remetido ao Presidente da Câmara que

designará uma Comissão Especial, bem como nomeará seus membros, para

apresentar o projeto de resolução; e

III - o projeto de resolução será submetido a dois turnos, sendo, no primeiro turno,

submetido à discussão e votação e, no segundo turno, apenas à votação.

§1º A resolução de concessão da delegação especificará o conteúdo da delegação e os

termos de seu exercício.

§2º O projeto de lei delegada será apresentado à Câmara pelo Prefeito, caso a

resolução que lhe concedeu a delegação determine o exame da matéria pela Câmara,

devendo esta, em votação e discussão única, deliberar sobre projeto de lei delegada,

vedada qualquer emenda.

Subseção VII

Dos Projetos de Iniciativa Popular

Art. 212. A iniciativa popular de projetos de lei ou de emenda à lei orgânica será

exercida mediante a subscrição de, no mínimo, 5% (cinco por cento) de eleitores do

Município, da Cidade, do Bairro ou Comunidade Rural, conforme o interesse ou

abrangência da proposta.

§1º Os projetos de lei, apresentados através da iniciativa popular, serão inscritos

prioritariamente na ordem do dia da Câmara e seguirão o trâmite normal da




COMISSÃO ESPECIAL

proposição.

§2º Os projetos serão discutidos e votados no prazo máximo de 90 (noventa) dias,

garantidas as defesas em plenário por um dos cinco primeiros signatários.

§3º Decorrido o prazo disposto no §2º, o projeto irá automaticamente para votação,

independente de pareceres, e entrará em regime de urgência, trancando a pauta, não

podendo ser submetida à discussão e votação de nenhuma outra proposição, salvo as

com prazo constitucional ou legal para apreciação.

§4º Não tendo sido votado até o encerramento da sessão legislativa, o projeto estará

inscrito para a votação na sessão seguinte da mesma legislatura ou na primeira sessão

da legislatura subsequente.

Art. 213. O referendo popular sobre a emenda, sobre a lei orgânica ou sobre as leis

aprovadas pela Câmara é obrigatório, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data

da aprovação, caso haja requerimento subscrito por 5% (cinco por cento) dos

eleitores do Município.

Subseção VIII

Dos Projetos de Consolidação das Leis ou de Resoluções

Art. 214. O Prefeito, a Mesa Diretora, as Comissões da Câmara, ou os Vereadores

poderão formular projeto de consolidação de leis, e, estes três últimos, o de

consolidação de resoluções, visando à sistematização, à correção, ao aditamento, à

supressão e à conjugação de textos legais, cuja elaboração cingir-se-á aos aspectos

formais, resguardada a matéria de mérito, nos termos da Lei Complementar Federal

nº 95/1998 e no Decreto Federal nº 4.176/2002.

Parágrafo único. O projeto de observar o disposto no artigo 142 deste regimento e

observará o seguinte rito:

I - será protocolado na Secretaria, nos termos do artigo 143, II, que disponibilizará

cópias, ainda que por meio digital, a todos os Vereadores e remeterá o projeto ao

Presidente da Câmara, em até 24 (vinte e quatro) horas;

II - o Presidente da Câmara promoverá ampla publicação do projeto, providenciará a

apresentação em Plenário e criará uma Comissão Especial para análise e

aprimoramento do projeto de consolidação das leis ou de resoluções;

III - a Comissão Especial receberá o projeto de consolidação e aguardará o prazo de

30 (trinta) dias, para que possam ser oferecidas, por quaisquer pessoas, sugestões




COMISSÃO ESPECIAL

sobre outras leis ou resoluções que possam integrar à consolidação, ou sugestões de

alterações ou modificações a serem efetuadas no projeto;

IV - a Comissão Especial decidirá se irá acatar, ou não, as sugestões apresentadas e

irá, no prazo previsto no inciso III, proceder a pesquisas de outras normas de devam

ser interadas no texto do projeto;

V - a Comissão Especial possui o prazo de até 10 (dez) dias, após o prazo informado

no inciso III, para remeter o projeto de consolidação das leis ou de resoluções à Mesa

Diretora, com as alterações que entender pertinentes;

VI - devolvido o projeto, o mesmo seguirá o rito do projeto de codificação, disposto

nos artigos 203 ao 206, devendo a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final

ao apreciar o projeto, se ater às normas técnicas dispostas pela Lei Complementar

Federal nº 95/1998 e no Decreto Federal nº 4.176/2002, naquilo que for aplicável ao

processo de consolidação.

CAPÍTULO IV

DA RETIRADA E DO SOBRESTAMENTO DA PROPOSIÇÃO

Art. 215. As proposições poderão ser retiradas ou sobrestadas mediante requerimento

de seus autores ao Presidente da Câmara, se ainda não se encontrarem sob

deliberação do Plenário, ou com a anuência deste, em caso contrário.

§1º Quando a proposição haja sido subscrita por mais de um autor, é condição de sua

retirada ou de seu sobrestamento que todos seus autores subscrevam esse

requerimento.

§2° Quando o autor for o Executivo, a retirada ou sobrestamento deverá ser

comunicado por meio de ofício.

§3° Caso a proposição tenha sido votada em Plenário, não será mais possível a sua

retirada ou sobrestamento da mesma.

§4° Retirada a proposição por seu autor, esta será remetida ao arquivo.

§5° Sobrestada a proposição, esta só retornará a seu trâmite com o pedido do autor e,

não retornando seu trâmite até o término da sessão legislativa, será arquivada.

§6° Não será permitida a retirada ou sobrestamento de proposições de iniciativa

popular.




COMISSÃO ESPECIAL

TÍTULO V

DAS SESSÕES DA CÂMARA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 216. As sessões da Câmara serão públicas e terão as seguintes nomenclaturas:

I - Preparatória, a primeira reunião em que se procede a posse e a eleição da Mesa;

II - Ordinária, a que se realizar durante as sessões legislativas, semanalmente, em dia

e hora definidos por resolução específica, proibida a realização de mais de uma por

semana;

III - Extraordinária, a que se realizar em dia ou horário diferente do fixado para as

ordinárias;

IV - Solene, prevista em lei, decreto ou resolução para realização de comemorações

especiais ou para entregas de comendas, medalhas, diplomas, títulos e congêneres; e

V - Especial, a que se realizar para homenagear grandes obras, realizações, eventos e

congêneres, bem como para homenagear entidades ou pessoas, ou para receber

autoridades, alta personalidade, ou servidores.

§1º A sessão preparatória seguirá o disposto nos artigos 12 a 17 deste regimento.

§2º As sessões ordinárias e extraordinárias somente poderão ser abertas com a

presença da maioria absoluta dos Vereadores, observado o horário regimental.

§3º A sessão extraordinária realizar-se-á em qualquer dia da semana e a qualquer

hora, inclusive domingos e feriados, podendo, ainda, ser realizada antes ou após as

sessões ordinárias.

§4º Somente se realizará sessão extraordinária quando se tratar de matérias altamente

relevantes e urgentes.

§5º A sessão solene e especial realizar-se-ão a qualquer dia e hora, para fim

específico, não havendo prefixação de sua duração, e se farão com qualquer quórum,

salvo se for determinado quórum específico por meio de lei ou resolução.

§6º A sessão solene e especial para entrega de Títulos e Moções são regulamentadas




COMISSÃO ESPECIAL

por resolução específica.

§7º O Vereador que assinar o livro de presença até o início da ordem do dia,

participar dos trabalhos do Plenário e das votações, considerar-se-á presente à sessão.

§8º Para assegurar-se publicidade às sessões da Câmara, publicar-se-ão a pauta e o

resumo dos seus trabalhos por meio da imprensa, oficial ou não, em até 48 (quarenta

e oito) horas após sua aprovação.

Art. 217. O Prefeito deverá ser convidado pela Presidência da Câmara a comparecer

à primeira reunião ordinária, no início de cada sessão legislativa, observando-se o

disposto no artigo 41 da lei orgânica.

Art. 218. A sessão ordinária da Câmara terá duração de 4 (quatro) horas, podendo ser

prorrogada, se for necessário, por até 1 (uma) hora.

Art. 219. A Câmara reunir-se-á extraordinariamente quando convocada, com prévia

declaração de motivos:

I - pelo Presidente da Câmara;

II - pelo Prefeito, caso a Câmara esteja em recesso parlamentar; ou

III - pela maioria absoluta dos Vereadores.

§1º A sessão extraordinária terá duração de 4 (quatro) horas, podendo ser prorrogada,

se for necessário, por até 1 (uma) hora.

§2º A sessão extraordinária não será remunerada.

Art. 220. A convocação da sessão extraordinária determinará dia, hora e a ordem do

dia dos trabalhos e será comunicada aos Vereadores em sessão ou por meio de

comunicação individual pelo Presidente da Câmara.

§1º No caso previsto no artigo 219, I, deste regimento, a sessão será marcada com

intervalo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas da comunicação direta a todos os

Vereadores em sessão anterior ou por meio de edital afixado no lugar de costume na

sede da Câmara.

§ 2º Nos casos do artigo 219, II e III, o Presidente marcará a sessão com intervalo

mínimo de 24 (vinte e quatro) horas do recebimento da convocação e convocará os

Vereadores por meio de comunicação direta a todos eles, feita na sessão anterior, ou




COMISSÃO ESPECIAL

por meio de edital afixado no lugar de costume na sede da Câmara.

Art. 221. A Câmara só realizará suas sessões com o quórum disposto no artigo 216,

§§ 2º e 5º deste regimento, no dia e hora marcados, e com, até, no máximo, 15

(quinze) minutos de atraso.

§ 1º Se encerrado o prazo de tolerância e não se achar presente o mínimo legal de

Vereadores, o Presidente da Câmara deixará de abrir a sessão, anunciando a

manutenção da mesma pauta para a sessão seguinte.

§ 2º Não se encontrando o Presidente da Câmara no início da sessão, esta observará a

regra estabelecida no artigo 18, caput e § 3º, deste regimento.

§3º Da ata do dia em que não houver sessão por falta de quórum, constarão os fatos

verificados, registrando-se o nome dos Vereadores presentes e ausentes.

§4º Só poderá o Vereador ausentar-se da sessão, uma vez assinado o livro de

presença, com autorização do Presidente da Câmara, sob pena de receber censura

pública na sessão ordinária subsequente em que se fizer presente e ainda ter

descontado o dia da sessão em seu subsídio mensal.

§5º Para efeito de descontos no subsídio mensal do Vereador em razão de faltas em

cada sessão da Câmara ou de suas Comissões, não autorizadas ou com justificativas

não aceitas por quem de direito, considerar-se-á como valor do dia de serviço do

Vereador a divisão do seu subsídio mensal pelo número total de sessões das quais o

mesmo deveria participar durante o mês.

§6º Para os fins do disposto no §5º, considera-se como número total de sessões o

somatório de todas as sessões preparatórias, ordinárias, extraordinárias, especiais,

solenes, ou das Comissões de que faça parte o Vereador, realizadas dentro de um

mês.

§7º A falta do Vereador não autorizada ou com justificativa não aceita por quem de

direito, deverá ser comunicada pelo Presidente da Câmara ou da Comissão, conforme

o caso, ao setor competente para o devido desconto no subsídio mensal do Vereador.

Art. 222. A Câmara poderá realizar sessão especial mediante requerimento de

qualquer de seus membros e por deliberação do Plenário.

§1º Na sessão especial poderão ser admitidos convidados à Mesa Diretora e ao




COMISSÃO ESPECIAL

Plenário.

§2º Só usarão da palavra os Vereadores previamente inscritos.

Art. 223. A sessão da Câmara poderá ser suspensa por conveniência da manutenção

da ordem, não se computando o tempo da suspensão no prazo regimental.

Art. 224. A sessão da Câmara só poderá ser cancelada antes do prazo previsto para o

término dos seus trabalhos, no caso de:

I - tumulto grave;

II - falecimento de Vereador da Legislatura, do Prefeito ou Vice-Prefeito, de Chefe

de um dos Poderes do Estado e da União ou quando for decretado Luto Oficial; ou

III - por motivo relevante requerido por Vereador mediante aprovação de maioria

simples dos Vereadores.

Art. 225. O prazo de duração da sessão será prorrogável pelo Presidente, de ofício,

ou quando requerido por Vereadores e aprovado pelo Plenário, por tempo nunca

superior a 1(uma) hora, para continuar a discussão e votação de matéria da ordem do

dia.

Art. 226. Para a manutenção da ordem, respeito e austeridade das sessões, serão

observadas as seguintes regras:

I - não será permitida conversa que perturbe a ordem dos trabalhos;

II - o Presidente da Câmara e os demais Vereadores falarão sentados, podendo, se

desejarem, falar de pé;

III - não será permitido a nenhum Vereador perturbar a ordem ou o andamento dos

trabalhos, podendo o Presidente da Câmara censurá-lo verbalmente ou, conforme a

gravidade, solicitar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar a instauração de

processo disciplinar para aplicação das sanções cabíveis.

Art. 227. O Vereador, nas sessões preparatória, ordinária e extraordinária, deverá

usar paletó, podendo, se desejar, fazer uso de gravata.

Parágrafo único. Nas sessões especiais e solenes o uso do traje passeio completo, ou

seja, camisa, gravata, sapato social, paletó e calça da mesma cor, será obrigatório ao




COMISSÃO ESPECIAL

Vereador.

Art. 228. A Vereadora, nas sessões preparatória, ordinária e extraordinária, poderá

usar calça esporte fino.

Parágrafo único. Nas sessões solenes e especiais, o uso do traje passeio completo,

ou seja, tailleur, vestido ou saia de tamanho médio, camisa social, será obrigatório à

Vereadora.

Art. 229. Os servidores da Câmara que, por força do ofício, tenham de transitar no

Plenário durante as sessões, deverão seguir as mesmas regras impostas aos

Vereadores nos artigos 227 e 228 deste regimento.

Art. 230. No recinto do Plenário, durante as sessões, só será admitida a presença dos

Vereadores, dos inscritos para a Tribuna, dos funcionários, dos assessores da Câmara

e dos repórteres credenciados, que terão locais especialmente para eles reservados.

§1º As credenciais serão fornecidas pela Mesa Diretora, mediante requerimento do

interessado, com prazo máximo de 1 (um) ano de validade, nunca extrapolando o

mandato da Mesa Diretora que a emitiu.

§2º A emissão de credenciais aos membros da imprensa deverá ocorrer até 10 (dez)

dias após o recebimento do requerimento.

CAPÍTULO II

DA REUNIÃO PÚBLICA E DA ORDEM DOS TRABALHOS

Art. 231. À hora do início da sessão, os membros da Mesa Diretora e os Vereadores

ocuparão seus lugares.

Art. 232. Verificado o número legal no livro próprio, o Presidente da Câmara dará

por aberto os trabalhos.

Art. 233. Não alcançado o quórum, o Presidente da Câmara deixará de abrir a sessão,

anunciando a manutenção da pauta para a sessão ordinária seguinte, observado o

disposto no artigo 221 deste regimento.

Art. 234. A pauta das sessões, que é elaborada pelo Primeiro-Secretário e

supervisionada pelo Presidente da Câmara, conterá os trabalhos, deliberações e

demais disposições que compõem a ordem do dia, e só poderá ser alterada nos casos

de urgência ou adiamento, devendo ser publicada e distribuídas suas cópias aos




COMISSÃO ESPECIAL

Vereadores até 24 (vinte) horas antes da realização da sessão.

Art. 235. Os trabalhos, após abertos pelo Presidente da Câmara, obedecerão à

seguinte ordem:

I - Primeira Parte: pequeno expediente, com duração de uma hora e meia,

improrrogável, compreendendo:

a) abertura;

b) leitura da ata da reunião anterior;

c) leitura de correspondência e comunicações, já visadas pelo Presidente da Câmara e

pelo Primeiro-Secretário;

d) apresentação, sem discussão, de proposições;

e) apresentação dos nomes de cidadãos, Secretários Municipais ou ocupantes de

cargos da mesma natureza, presentes na sessão, quando convocados ou convidados

pela Câmara, conforme o caso, para prestarem esclarecimentos.

f) apresentação dos nomes e ordens dos inscritos para participação dos trabalhos

através da Tribuna Popular;

g) pronunciamento, pelo período de 7 (sete) minutos, dos cidadãos inscritos para

participação dos trabalhos através da Tribuna Popular, conforme resolução

específica;

h) apresentação dos nomes e ordens dos Vereadores inscritos para falarem no

pequeno expediente;

i) pronunciamento dos Vereadores inscritos para falarem no pequeno expediente, pelo

período de 7 (sete) minutos;

j) pronunciamento do Prefeito, quando presente na sessão, pelo período de 7 (sete)

minutos, para falar, caso queira, na Tribuna, independente de inscrição; e

k) encerramento.

II - Segunda Parte: grande expediente ou ordem do dia, com duração de duas horas e

meia, que observará o disposto no artigo 248 e seguintes deste regimento,

compreendendo:




COMISSÃO ESPECIAL

a) abertura;

b) pronunciamento, pelo período de 7 (sete) minutos, dos cidadãos inscritos e que não

tenham chegado a usar da palavra no pequeno expediente, por esgotamento do tempo,

para participação dos trabalhos através da Tribuna Popular;

c) leitura dos pareceres ou relatórios das Comissões;

d) discussão e votação de pareceres das Comissões e das proposições, que constarem

na pauta;

e) comunicações ao Plenário feitas por Vereadores por tempo não superior a 3 (três)

minutos;

f) pronunciamento de cidadãos, Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da

mesma natureza, convocados ou convidados pela Câmara, conforme o caso, para, no

prazo de 15 (quinze) minutos, prorrogável por mais 10 (dez) minutos, prestarem

esclarecimentos e responderem as perguntes já formuladas pelos Vereadores nos

termos do § 2º, do §3º e do § 4º do art. 134;

g) perguntas verbais dos Vereadores aos convocados ou convidados pela Câmara para

prestarem esclarecimentos, e respostas destes, no prazo de 3 (três) minutos, para cada

pergunta;

h) apresentação dos nomes dos Vereadores inscritos para falarem no grande

expediente;

i) pronunciamento dos Vereadores inscritos para falarem no grande expediente, pelo

período de 7 (sete) minutos;

j) pronunciamento do Prefeito, quando presente na sessão, pelo período de 7 (sete)

minutos, para falar, caso queira, na Tribuna, independente de inscrição;

k) convocação da reunião seguinte; e

l) encerramento.

§ 1º Cada Vereador, incluindo o Presidente da Câmara, poderá fazer até no máximo 2

(duas) perguntas verbais, em sessão, aos convocados ou convidados pela Câmara, no

prazo de 1 (um) minuto para cada pergunta.




COMISSÃO ESPECIAL

§ 2º O Vereador pode ceder seu direito de perguntar para outro Vereador.

Art. 236. Esgotada a matéria destinada à primeira parte da reunião, ou findo o prazo

de sua duração, dar-se-á início à segunda parte.

Art. 237. A presença de Vereadores será registrada em livro próprio, com suas

assinaturas, no início das reuniões.

CAPÍTULO III

DO PEQUENO EXPEDIENTE

Art. 238. Aberta a reunião, o Primeiro-Secretário fará a leitura da ata da reunião

anterior, ou de um resumo, que serão submetidos à discussão e votação, podendo ser

impugnada por qualquer Vereador, antes da votação.

Parágrafo único. Havendo impugnação ou reclamação, o Primeiro-Secretário

prestará os esclarecimentos que julgar convenientes, constando a retificação, se

procedente, na ata seguinte.

Art. 239. As atas conterão as descrições resumidas dos trabalhos da Câmara, durante

cada reunião, e serão assinadas pelo Presidente da Câmara, pelo Primeiro-Secretário e

pelos demais Vereadores, depois de aprovadas.

Parágrafo único. No último dia de reunião, ao fim de cada legislatura, o Presidente

da Câmara suspenderá os trabalhos até que seja redigida a ata para ser discutida e

aprovada na mesma reunião.

Art. 240. Aprovada a ata, lido e despachado o expediente, bem como as

correspondências e comunicações, terá início a parte destinada à apresentação, sem

discussão, de proposições, seguindo-se, após, o disposto no artigo 235, I, alíneas “e”,

“f”, “g”, “h”, “i”, “j” e “k” deste regimento, nessa ordem.

CAPÍTULO IV

DA ORDEM DO DIA OU GRANDE EXPEDIENTE

Art. 241. A ordem do dia terá duração de 150 (cento e cinquenta) minutos, sendo os

50 (cinquenta) minutos finais destinados aos oradores inscritos.




COMISSÃO ESPECIAL

§1º Os Vereadores inscritos que não chegarem a usar da palavra no pequeno

expediente, por esgotamento de prazo, ficarão automaticamente inscritos para o

grande expediente, obedecida a ordem de inscrição no livro.

§2º Os oradores terão direito de ceder, salvo disposição em contrário, a palavra a

outros oradores, também inscritos, abrindo mão do seu tempo, no todo ou em parte.

§3º O tempo da ordem do dia reservado aos oradores poderá ser aumentado se não

houver matéria em pauta ou se a existente não ocupar os 100 (cem) minutos iniciais

da ordem do dia.

§4º Na ordem do dia, cada Vereador poderá discorrer até 2 (duas) vezes sobre a

matéria em debate, exceto se autor desta, o qual disporá de mais 5 (cinco) minutos

para esclarecer assuntos sobre a matéria, após a fala de todos os Vereadores.

§5º Na ordem do dia serão garantidas as leituras de cartas de pessoas interessadas em

manifestar suas opiniões por escrito sobre as proposições, salvo se já tiverem sido

lidas no pequeno expediente.

Art. 242. O Vereador poderá requerer ao Presidente da Câmara a inclusão de

qualquer proposição na pauta, em condições de nela figurar, ressalvado o disposto no

artigo 243.

Parágrafo único. O requerimento será decidido somente após a informação do

Primeiro-Secretário sobre o andamento da proposição.

Art. 243. Nenhum projeto de lei, de resolução, de decreto legislativo ou de emenda à

lei orgânica poderá ser posto em discussão e votação sem que tenha sido incluída na

ordem do dia regularmente publicada, com antecedência mínima de 24 (vinte e

quatro) horas do início das sessões, salvo disposição em contrário da lei orgânica.

Art. 244. A organização da pauta da ordem do dia obedecerá à seguinte ordem

preferencial:

I - matérias em regime de urgência;

II - vetos;

III - matérias em discussão única;

IV - matérias a serem votadas em segundo turno;




COMISSÃO ESPECIAL

V - matérias em primeira discussão e votação;

VI - recursos; e

VII - demais proposições.

§1º As matérias, pela ordem de preferência, figurarão na pauta, observada a ordem

cronológica de sua apresentação entre aquelas de mesma classificação.

§ 2º Será observado o disposto no parágrafo único do artigo 183 deste regimento,

quanto às matérias orçamentárias, bem como será observado o disposto no artigo 192

deste regimento, quanto se tratar de julgamento das contas do Prefeito.

CAPÍTULO V

DOS ORADORES

Art. 245. Os Vereadores farão, opcionalmente, em livro próprio, suas inscrições para

assegurarem a prioridade de discorrer na sessão, sobre qualquer assunto de seu

interesse, observado o seguinte:

I - o Vereador poderá se inscrever para falar no pequeno expediente até antes da

abertura da sessão; e

II - até antes do encerramento do pequeno expediente poderá o Vereador se inscrever

para falar no grande expediente.

§1º É vedado ao orador inscrever-se, de uma só vez, para mais de uma reunião.

§2º Só usarão da palavra, no pequeno ou grande expediente, salvo nos casos previstos

neste regimento, os Vereadores devidamente inscritos nos livros próprios, cujas

inscrições serão encerradas com o visto do Primeiro-Secretário.

Art. 246. Os cidadãos, para participação dos trabalhos através da Tribuna Popular,

deverão se inscrever nos termos da resolução específica que trata da matéria.

Art. 247. Ao Prefeito, quando presente na Sessão, é assegurado, independente de

inscrição, o uso da palavra na Tribuna, nos termos do disposto na alínea “j” do inciso

I e na alínea “j” do inciso II, ambos, do artigo 235, para tratar de qualquer assunto do

interesse do Município.




COMISSÃO ESPECIAL

CAPÍTULO VI

DA ORDEM DOS DEBATES, USO DA PALAVRA, APARTES E QUESTÃO

DE ORDEM

Art. 248. Os debates deverão realizar-se em ordem e com posturas próprias à

Câmara, não podendo o Vereador falar sem que o Presidente da Câmara lhe tenha

concedido a palavra.

§1º O Vereador dirigirá sempre o seu discurso ao Presidente da Câmara ou à Câmara

em geral.

§2º O Vereador falará, como preferir, da Tribuna ou do Plenário.

Art. 249. O Vereador só poderá falar nos expressos termos deste regimento:

I - duas vezes sobre cada proposição em discussão;

II - pela ordem;

III - para questão de ordem;

IV - para tratar de assuntos urgentes;

V - para esclarecer assuntos sobre proposição de sua autoria;

VI - em explicação pessoal;

VII - para fazer comunicação de fato relevante;

VIII - para reclamação;

IX - em nome ou por delegação do Líder do Partido a que pertence para encaminhar

votação;

X - para declaração de voto;

XI - quando for citado no Plenário por outro Vereador ou orador, sem direito à

réplica do Vereador ou orador que tivê-lo citado;

XII - para solicitar aparte; ou




COMISSÃO ESPECIAL

XIII - para pedir destaque em proposição.

§1º Cada Vereador disporá de 5 (cinco) minutos para falar nos termos dos incisos I,

II, III, IV, V e VI; de 3 (três) minutos para falar nos termos dos incisos VII, VIII e

IX; e de 2 (dois) minutos para falar nos termos dos incisos X e XI; devendo o

Presidente da Câmara cassar-lhe a palavra, se ela não for usada estritamente para o

fim solicitado.

§2º No caso do inciso II, o Vereador disporá de 5 (cinco) minutos para cada vez de

discussão.

§3º No caso dos incisos XII e XIII, o Vereador deverá ser breve e só poderá falar em

momento oportuno.

§4º É vedado o acúmulo do tempo não utilizado em uma fala para ser aproveitado em

outra, salvo disposição em contrário.

Art. 250. A palavra será dada ao Vereador que primeiro a tiver solicitado, cabendo ao

Presidente da Câmara regular a precedência em caso de pedidos simultâneos.

Parágrafo único. O autor de qualquer proposição e o relator de parecer têm

preferência para usar da palavra sobre a matéria de seu trabalho.

Art. 251. O Vereador que solicitar a palavra, na discussão de proposição, não poderá:

I - desviar-se da matéria em debate;

II - usar de linguagem imprópria;

III - ultrapassar o prazo que lhe foi concedido; ou

IV - deixar de atender às advertências do Presidente.

Art. 252. Havendo infração a este regimento, no curso dos debates, o Presidente da

Câmara fará advertência ao Vereador, retirando-lhe a palavra, se não for atendido.

§1º Persistindo a infração, o Presidente da Câmara tomará as medidas disposta no

artigo 90 deste regimento.

§2º O Presidente da Câmara, entendendo ter havido infração ao decoro parlamentar

remeterá o fato ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.




COMISSÃO ESPECIAL

Seção I

Do uso da palavra “pela ordem” e para suscitar questão de ordem

Art. 253. A ordem dos trabalhos poderá ser interrompida, em qualquer fase da

sessão, quando o Vereador pedir a palavra “pela ordem”, apenas nos seguintes casos:

I - para lembrar melhor método de trabalho;

II - para reclamar contra a infração ao regimento;

III - para apontar qualquer irregularidade nos trabalhos.

IV - para fazer algum requerimento verbal em relação à matéria em debate ou a

acontecimento na sessão; ou

V - para o autor de proposição apresentar, quando cabível, recurso ao plenário contra

decisão do Presidente da Câmara ou da Mesa Diretora, proferida em sessão.

Parágrafo único. Cabe ao Presidente da Câmara decidir ou esclarecer, salvo no caso

do inciso V, as questões levantadas pelo Vereador.

Art. 254. A dúvida sobre a interpretação do regimento, sobre sua aplicação ou sobre

suposta contradição deste com a lei orgânica, com a Constituição Estadual ou com a

Constituição da República, constitui questão de ordem que poderá ser suscitada em

qualquer fase da reunião.

Art. 255. As “questões de ordem” serão formuladas com clareza e com a indicação

das disposições que pretendem elucidar.

§ 1º Se o Vereador não indicar inicialmente as disposições na forma do caput, o

Presidente da Câmara retirar-lhe-á a palavra e determinará que sejam as alegações

feitas excluídas da ata destinada à publicação.

§2º Não se poderá interromper o orador na Tribuna para levantar questão de ordem.

§3º Durante a ordem do dia, só poderá ser levantada questão de ordem atinente à

matéria que nela figura ou que nela se decida.

§4º Sobre a mesma questão de ordem, o Vereador só poderá falar uma vez, salvo

permissão em contrário da Mesa Diretora.

Art. 256. Todas as questões de ordem suscitadas durante a reunião serão resolvidas




COMISSÃO ESPECIAL

pelo Presidente da Câmara.

§1º As decisões sobre as questões de ordem serão consideradas como precedentes

regimentais e deverão ser registradas em livro próprio, e só perderão sua força

vinculante no caso de alteração deste regimento que a prejudique ou por avocação do

Plenário para sobre ela deliberar, a qualquer tempo.

§2º O autor da questão de ordem somente poderá recorrer ao Plenário, da decisão do

Presidente da Câmara, quando a questão de ordem estiver relacionada à Constituição

da República, à Constituição Estadual ou à lei orgânica.

§3º Aplica-se o disposto no artigo 285 à interpretação do regimento dada pelo

Presidente da Câmara.

Art. 257. O membro da Comissão poderá formular questão de ordem relacionada

com a matéria em debate ao Presidente da Comissão, observadas as exigências dos

artigos anteriores, no que forem aplicáveis.

Parágrafo único. Da decisão do Presidente da Comissão caberá recurso para ao

Plenário.

Seção II

Do Uso da Palavra para Assunto Urgente

Art. 258. O Vereador que quiser propor urgência usará a fórmula: “Peço a palavra

para assunto urgente”, declarando, de imediato e de sua bancada, em resumo, o

assunto a ser tratado.

§1º Considerar-se-á urgente o assunto cuja discussão se torne ineficaz caso não seja

tratado imediatamente ou cujo adiamento resulte inconveniente para o interesse

público.

§2º O Presidente da Câmara, alertando sobre as condições previstas § 1º, submeterá

ao Plenário, sem discussão, o pedido de urgência e, se aprovado, determinará a

apreciação imediata do mérito.

Seção III

Dos esclarecimentos sobre assuntos da proposição de sua autoria

Art. 259. O Vereador autor da proposição em debate, além de poder falar nos termos




COMISSÃO ESPECIAL

do inciso I do artigo 249 deste regimento, disporá de mais 05 (cinco) minutos para

esclarecer assuntos sobre a mesma, após o encerramento da discussão e antes da

votação desta.

§1º Na discussão de proposição em que o autor é o Executivo, o Prefeito, ou alguém

por este indicado, por escrito, poderá, após a discussão dos Vereadores sobre a

matéria, subir à Tribuna para esclarecer assuntos sobre a mesma, pelo tempo de 5

(cinco) minutos.

§2º Tendo vários autores, o prazo para prestar esclarecimentos será de até 10 (dez)

minutos, cabendo a estes dividi-lo como melhor entenderem. O mesmo direito assiste

aos 5 (cinco) primeiros signatários de proposição de iniciativa popular.

Seção IV

Da Explicação Pessoal

Art. 260. O Vereador poderá usar da palavra, em explicação pessoal, para esclarecer

o sentido ou a extensão de suas palavras que julgar terem sido mal compreendidas

pela Câmara ou pelo público em geral, apenas por uma vez e somente depois de

esgotada a matéria da ordem do dia,

Seção V

Do Uso da Palavra para Fazer Comunicação de Fato Relevante

Art. 261. O Vereador poderá usar da palavra para fazer comunicação à Câmara de

fato que entender relevante, apenas por uma vez e somente depois de esgotada a

matéria da ordem do dia.

Seção VI

Da Declaração de Voto

Art. 262. Anunciado o resultado da votação, qualquer Vereador poderá requerer a

palavra para declaração de voto e para que seja inserida na ata sua declaração, se

assim o desejar.

Seção VII

Do Uso da Palavra pelo Vereador Citado




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 263. Sempre que for citado o nome do Vereador no Plenário, por Vereador ou

por orador com o uso da palavra, aquele terá direito de resposta, sem direito à réplica

deste.

Seção VIII

Do Uso da Palavra para Reclamação

Art. 264. O autor de proposição que não seja aprovada, seja indeferida ou seja

alterada pelo Plenário, pela Mesa Diretora ou pelo Presidente da Câmara, terá direito

à palavra para manifestar seu inconformismo, devendo, caso queira, constar em ata

suas reclamações.

Seção IX

Do Encaminhamento da Votação

Art. 265. O encaminhamento é a orientação do Líder do Partido sobre a votação de

uma proposição.

§1º O encaminhamento se fará sobre a proposição no seu todo, inclusive emendas.

§2º Não haverá encaminhamento de votação quando se tratar da proposta

orçamentária, das diretrizes orçamentárias, do plano plurianual, de julgamento das

contas do Município, de processo de destituição ou de representações, requerimentos,

indicações, pareceres de Comissões, relatórios de Comissões Especiais, recursos e

moções.

Art. 266. Ao ser anunciada a votação, e após os esclarecimentos do autor desta, o

Líder do Partido poderá obter a palavra para encaminhá-la.

Parágrafo único. Não haverá encaminhamento caso só esteja presente o Líder do

Partido na sessão, não existindo ou não estando presente outro Vereador membro da

bancada.

Seção X

Dos Apartes

Art. 267. Aparte é a interrupção breve e oportuna, ao orador, para indagação ou

esclarecimento relativo à matéria em debate.

§1º O Vereador, ao apartear, solicita permissão ao orador.

§2º Não será permitido aparte:




COMISSÃO ESPECIAL

I - quando o Presidente da Câmara estiver usando a palavra;

II - quando o orador não permitir, tácita ou expressamente;

III - paralelo ao discurso do orador;

V - quando o orador estiver utilizado a palavra nos termos dos incisos II ao XIII do

artigo 249 deste regimento ou quando estiver fazendo uso da Tribuna; ou

VI - quando um Vereador estiver aparteando outro. Art. 268. Os apartes consentidos pelo orador serão computados no prazo de que o

mesmo dispuser para seu pronunciamento.

Seção XI

Dos Destaques

Art. 269. Será concedido destaque para:

I - votação em separado de parte de proposição, desde que requerido por 1/10 (um

décimo) dos Vereadores ou por Líderes que representem esse número, a fim de que

sejam suprimidos dispositivos de proposição;

II - leitura, ainda que de forma resumida, de uma proposição que só tenha sido lida o

seu número de ordem; e

III - votação em separado de uma proposição cuja apreciação seja em bloco ou em

conjunto;

§1º Estando em termos o pedido de destaque, deverá o Presidente da Câmara acatá-

lo.

§2º No caso do inciso I, só poderão ser destacados artigos, parágrafos, incisos, alíneas

ou itens de uma proposição, em sua integralidade.

§3º A parte destacada, nos termos do §2º, será discutida e votada em separado, após

ser aprovada a proposição principal e, sendo aprovada a supressão da parte destacada,

o projeto será remetido à Comissão Legislação, Justiça e Redação Final, ou à

Comissão Conjunta, em caso de regime de urgência, para promover a redação final

do texto, suprimidos os dispositivos destacados.

Art. 270. Em relação aos destaques serão obedecidas as seguintes normas:




COMISSÃO ESPECIAL

I - o requerimento deve ser formulado até ser anunciada a votação da proposição em

primeiro turno;

II - o requerimento, no caso do disposto no artigo 269, I, deste regimento, será

obrigatoriamente escrito e só será possível quando o texto destacado possa ser

retirado sem que perca o sentido da proposição;

III - antes de iniciar a votação da matéria principal, a Presidência dará conhecimento

ao Plenário dos requerimentos de destaque apresentados à Mesa Diretora;

IV - concedido o destaque para votação em separado a que se refere o artigo 269, I

deste regimento, submeter-se-á a votos, primeiramente, a matéria principal e, em

seguida, a destacada; e

V - havendo retirada do requerimento de destaque, a matéria destacada voltará ao

grupo a que pertencer.

TÍTULO VI

DAS DELIBERAÇÕES

CAPÍTULO I

DAS DISCUSSÕES E DELIBERAÇÕES

Art. 271. Discussão é a fase por que passa a proposição, quando em debate no

Plenário.

§1º Será objeto de discussão apenas a proposição constante da ordem do dia.

§2º Anunciada a discussão de qualquer matéria, o Primeiro-Secretário procederá à

leitura dos pareceres, ainda que de forma resumida, podendo estes ser votados em

conjunto caso todos sejam favoráveis.

§3º As proposições que não possam ser apreciadas no mesmo dia ficam transferidas

para a reunião seguinte, na qual têm preferência sobre as que forem apresentadas

posteriormente.

Art. 272. As deliberações do Plenário serão tomadas por maioria simples, sempre que

não se exija a maioria absoluta ou a maioria de 2/3 (dois terços), conforme as

determinações constitucionais, legais ou regimentais aplicáveis em cada caso.

Parágrafo único. Para efeito de quórum computar-se-á a presença de Vereador

impedido de votar.




COMISSÃO ESPECIAL

Art. 273. É necessário o voto de 2/3 (dois terços) dos Vereadores para:

I - decretar a perda de mandato do Vereador, salvo no caso disposto no artigo 44, §

2º, da lei orgânica;

II - decretar a perda do mandato do Prefeito ou do Vice-Prefeito;

III - cassar mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito ou de Vereador, por motivo de

infração político-administrativa;

IV - recusar o parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas sobre as contas que o

Prefeito deve apresentar anualmente;

V - para aprovação de resolução da Câmara que pretenda alterar o topônimo, nos

termos do artigo 168 da Constituição Estadual;

VI - destituir membro da Mesa Diretora; ou

VII - aprovar proposta de emenda à lei orgânica.

Art. 274. É necessário o voto da maioria absoluta dos Vereadores para:

I - aprovar lei complementar;

II - solicitar intervenção no Município nos casos admitidos pela Constituição da

República e pela Constituição Estadual;

III - rejeitar o veto do Prefeito;

IV - autorizar, mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, a

realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital;

V - aprovar a justificativa apresentada pelo Vereador sobre o fato de não ter tomado

posse no prazo legal;

VI - o Plenário avocar matéria ou ato sobre que deva deliberar a Mesa Diretora, a

Presidência ou qualquer Comissão;

VII - convocar o Secretário Municipal.

Art. 275. Dar-se-á o encerramento de qualquer discussão quando não houver mais




COMISSÃO ESPECIAL

Vereador para discutir a matéria ou quando todos tiverem feito uso de seu tempo para

discussão.

Art. 276. A votação é o complemento da discussão.

Art. 277. A deliberação se realiza através da votação.

Parágrafo único. Considerar-se-á qualquer matéria em fase de votação a partir do

momento em que o Presidente da Câmara anunciar o início desta.

Art. 278. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo disposição

contrária neste regimento.

Art. 279. O projeto de lei e o de resolução terão discussão e votação em primeiro

turno, e votação, sem discussão, em segundo turno.

§1º O projeto de emenda à lei orgânica terá discussão e votação nos dois turnos.

§2º O projeto de decreto legislativo para concessão título de cidadania honorária e

benemérita, ou o diploma de honra ao mérito, seguirá o rito previsto em resolução

específica que trate do assunto.

§3º Serão submetidos à votação única os decretos legislativos, os requerimentos em

geral, as indicações, as representações, os recursos, as moções e os projetos de lei que

dêem denominação a logradouro público ou prédio público e que versem sobre datas

comemorativas e homenagens cívicas.

Art. 280. Na discussão dos projetos, votam-se os pareceres, as emendas e finalmente

o projeto.

CAPÍTULO II

DA VISTA AOS PROJETOS

Art. 281. O Vereador poderá solicitar vista de projeto pelo prazo máximo de 24

(vinte e quatro) horas, ouvido o Plenário.

§1º A vista será concedida até o momento de se anunciar a votação do projeto.

§2º Se o Projeto for de autoria do Prefeito e com prazo de apreciação fixado, será

concedido vista na Secretaria.




COMISSÃO ESPECIAL

CAPÍTULO III

DO ADIAMENTO DA DISCUSSÃO E DA VOTAÇÃO

Art. 282. A discussão poderá ser adiada uma vez.

§1º O autor do requerimento de adiamento terá o tempo máximo de 5 (cinco) minutos

para justificá-lo.

§2º O requerimento de adiamento de discussão de projeto com prazo de apreciação

fixado na Constituição da República ou Estadual só será recebido se a sua aprovação

não importar na perda do prazo para apreciação da matéria.

Art. 283. Ocorrendo dois ou mais requerimentos para o adiamento da discussão será

votado em primeiro lugar o que fixar prazo menor.

Parágrafo único. Rejeitado o primeiro requerimento de adiamento, ficam os demais,

se houver, prejudicados, não podendo ser reproduzido, ainda que por outra forma,

prosseguindo-se logo na discussão interrompida.

Art. 284. Uma vez iniciada a votação, esta só poderá ser interrompida:

I - se for verificada a falta de quórum, caso em que os votos já colhidos serão

considerados prejudicados.

II - pelo término do horário da reunião ou da sua prorrogação;

III - por outro motivo, previsto neste regimento.

§1º Não será permitido ao Vereador abandonar o Plenário no curso da votação, salvo

se acometido de mal súbito, sendo considerado o voto que já tenha proferido.

§2º Cessada a interrupção, a votação terá prosseguimento. §3º Não sendo cessada a interrupção, a matéria será colocada para votação na

próxima sessão, nos termos do artigo 271, § 3º deste regimento.

§4º Existindo matéria a ser votada e não havendo quórum, o Presidente da Câmara

poderá promover a discussão da matéria na sessão, sendo marcada outra apenas para

a votação.




COMISSÃO ESPECIAL

CAPÍTULO IV

DA SOBERANIA DO PLENÁRIO

Art. 285. Em decorrência da soberania do Plenário, este pode avocar, pelo

requerimento, oral ou por escrito, da maioria absoluta dos Vereadores, qualquer

matéria ou ato submetidos à deliberação da Mesa Diretora, da Presidência ou de

qualquer Comissão.

§1º Caso a deliberação sobre o ato ou a matéria em questão seja realizada em sessão,

poderá, a maioria absoluta dos Vereadores fazer requerimento oral de avocação dela

pelo Plenário.

§2º No caso do §1º, o representante da maioria absoluta deverá informar os nomes

dos Vereadores, presentes na sessão que concordam com o requerimento de

avocação, devendo cada um deles confirmar sua aquiescência.

§3º Verificada a aprovação do requerimento oral de avocação pelo voto da maioria

absoluta dos Vereadores, o Presidente da Câmara deverá, de imediato, submeter a

matéria ou o ato à deliberação do Plenário, o qual proferirá decisão, respeitados os

quóruns de votação estabelecidos neste regimento.

§4º No caso de requerimento escrito de avocação, este deverá ser feito no prazo de

até 5 (cinco) dias contados da data da publicação da decisão do Presidente da

Câmara, da Mesa Diretora ou do Presidente de Comissão, e será incluído na ordem

do dia da próxima sessão, para discussão e deliberação do Plenário, o qual proferirá

decisão, respeitados os quóruns de votação estabelecidos neste regimento.

CAPÍTULO V

DOS PROCESSOS DE VOTAÇÃO

Art. 286. São três os processos de votação:

I - simbólico;

II - nominal;

III - escrutínio secreto.

Art. 287. Adota-se o processo simbólico nas votações, salvo exceções regimentais.

§1º Na votação simbólica, o Presidente da Câmara solicita aos Vereadores que




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ocupem os seus lugares no Plenário, convidando a permanecerem sentados os que

estiverem a favor da matéria.

§2º Inexistindo requerimento de verificação, o resultado proclamado torna-se

definitivo.

Art. 288. A votação será nominal quando:

I- requerida por qualquer Vereador e aprovada pela Câmara; e

II- nos seguintes casos, além dos já expressamente mencionados neste regimento:

a) apreciação das contas do Prefeito;

b) recebimento, ou não, de denúncia contra o Prefeito ou contra Vereador;

c) julgamento político-administrativo do Prefeito ou de Vereador; ou

d) destituição de membros da Mesa Diretora ou de Comissão.

§1º Na votação nominal, o Primeiro-Secretário fará a chamada dos Vereadores,

cabendo-lhe a anotação dos nomes dos que votarem “SIM” e dos que votarem

“NÃO”, quanto à matéria em exame.

§2º Encerrada a votação, o Presidente da Câmara proclamará o resultado, não

admitindo o voto de Vereador que tenha dado entrada no Plenário após a chamada do

último da lista geral.

Art. 289. O Presidente da Câmara somente participa das votações nos casos previstos

no artigo 41, §3º, deste regimento.

Art. 290. A votação por escrutínio secreto será realizada:

I - nas eleições para composição da Mesa da Câmara; ou

II - nos casos previstos no artigo 92, §1º, deste regimento.

Parágrafo único. Na votação por escrutínio secreto, observar-se-ão as seguintes

normas e formalidades:

a) chamada para comprovação de quórum;




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b) cédulas impressas ou datilografadas;

c) designação de dois Vereadores para servirem como fiscais e escrutinadores;

d) chamada do Vereador para votação;

e) repetição da chamada dos Vereadores ausentes na primeira;

f) colocação pelo votante, da sobrecarta na urna;

g) abertura de urna, retirada das sobrecartas, contagem e verificação de coincidência

dentre seu número e o dos votantes, pelos escrutinadores;

h) ciência, ao Plenário, da exatidão entre o número de sobrecartas e dos votantes;

i) apuração dos votos, através de leitura em voz alta e anotação pelos escrutinadores;

j) invalidação da cédula, que não atenda ao disposto na alínea “b”;

k) proclamação, pelo Presidente da Câmara, do resultado de votação.

Art. 291. As proposições acessórias, compreendendo inclusive os requerimentos

incidentes na tramitação, serão votadas pelo processo aplicável à proposição

principal.

Art. 292. A falta de número para votação não prejudicará a discussão das matérias

constantes da ordem do dia.

§1º A proposição que exija maioria absoluta dos Vereadores, ou qualquer outra

maioria qualificada, para sua aprovação, só poderá ser votada se presente a mesma

quantidade de Vereadores desimpedidos para a votação e aprovação da mesma.

§2º A matéria que tenha sido discutida em uma sessão, mas que não tenha sido

votada por falta de quórum, será votada na próxima sessão, sem discussão.

Art. 293. Qualquer que seja o método de votação, ao Primeiro-Secretário compete

apurar o resultado e ao Presidente da Câmara anunciá-lo.

Art. 294. Enquanto o Presidente da Câmara não haja proclamado o resultado da

votação, o Vereador que já tenha votado poderá retificar o seu voto.




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Art. 295. Proclamado o resultado da votação, será permitido ao Vereador requerer a

sua verificação.

§ 1º Para verificação, o Presidente da Câmara, invertendo o processo usado na

votação simbólica, convidará a permanecerem sentados os Vereadores que tenham

votado contra a matéria.

§2º A Mesa Diretora considerará prejudicado o requerimento, quando constatar,

durante a verificação, o afastamento de qualquer Vereador do Plenário.

§3º Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação.

§4º O requerimento de verificação é exclusivamente utilizado no processo simbólico.

§5º Nas votações nominais, as dúvidas, quanto ao seu resultado, poderão ser sanadas

com as notas do redator de atas.

§6º Se a dúvida for levantada contra o resultado da votação secreta, o Presidente da

Câmara solicitará aos escrutinadores a recontagem dos votos.

Art. 296. Logo que concluídas, as deliberações serão lançadas pelo Presidente da

Câmara nos respectivos papéis, com a sua rubrica.

TÍTULO VII

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 297. Os serviços administrativos da Câmara incumbem à sua Secretaria e serão

regidos por ato regulamentar próprio baixado pelo Primeiro-Secretário da Mesa

Diretora, respeitados os atos, determinações ou portarias do Presidente da Câmara.

Art. 298. A Secretaria manterá os registros necessários aos serviços da Câmara.

§1º São obrigatórios os seguintes livros:

I - de atas das sessões;

II - de atas das reuniões das Comissões Permanentes;

III - de registro de leis;

IV - de registro de decretos legislativos;




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V - de registro de resoluções;

VI - de atos da Mesa Diretora e atos da Presidência;

VII - de termos de posse de servidores;

VIII - de termos de contratos; e

IX - de precedentes regimentais.

§2º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Primeiro-Secretário da

Mesa Diretora.

Art. 299. Os papéis da Câmara serão confeccionados no tamanho oficial e timbrados

com símbolo identificativo.

Art. 300. As despesas da Câmara serão ordenadas pelo Presidente da Câmara,

respeitando os limites das disponibilidades orçamentárias consignadas no orçamento

do Município e dos créditos adicionais.

§1º A publicidade de ato, programa, obra, serviço e campanha de órgão público, por

qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter informativo, educativo ou

de orientação social, e dela não constarão nome, símbolo ou imagem que

caracterizem a promoção pessoal de autoridade, servidor público ou partido político.

§2º A Câmara publicará, trimestralmente, o montante das despesas com publicidade

paga ou contratada naquele período com cada agência ou veículo de comunicação.

Art. 301. Nos dias de sessão deverão estar hasteadas, no edifício e no recinto do

Plenário, as bandeiras do país, do Estado e do Município, observada a legislação

federal.

Art. 302. Os prazos previstos neste regimento, salvo disposição em contrário, são

contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.

§1º Os prazos contam-se em dias ou horas corridos, quando não estiver

expressamente discriminado que eles são úteis.

§2º Na contagem de prazo em dias úteis, não são computados os sábados, domingos

ou feriados.




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§3º A contagem do prazo em horas será computada a partir do horário da publicação

ou informação do ato e, sendo horas úteis, será suspenso o período que coincidir com

sábados, domingos e feriados.

§4º Caso o início ou o fim do prazo se dê em dia não útil, será prorrogado para o

primeiro dia útil seguinte.

§5º Os prazos regimentais serão suspensos no recesso, salvo disposição em contrário.

Art. 303. Quando este regimento determinar eleições dos Vereadores para assumirem

cargos em alguma Comissão ou na Mesa Diretora e não existirem candidatos, a

composição se dará por sorteio, respeitado, sempre que possível, a proporcionalidade

partidária.

Art. 304. A cada 4 (quatro) anos, a contar da publicação do presente regimento, o

Presidente da Câmara nomeará uma Comissão Especial, composta por 3 (três)

Vereadores, para avaliar a necessidade de alteração ou revisão deste regimento.

Art. 305. Ficam mantidos o número e os membros da Mesa Diretora e das Comissões

já formadas na sessão legislativa em curso, devendo o número e os membros da Mesa

Diretora e das Comissões, criadas ou alteradas a partir da vigência deste regimento

obedecer às normas nele estabelecidas.

Art. 306. Para efeito de publicação das proposições disponibilizadas por meio digital

aos Vereadores ou aos setores da Câmara, a Secretaria deverá apresentar, nos

gabinetes dos Vereadores ou setores da Câmara, comunicação escrita de que foram

disponibilizadas cópias das proposições digitais a estes.

Parágrafo único. Estando fechado o gabinete ou setor, a publicação será considerada

realizada com a afixação da comunicação no mural de publicação da Câmara.

Art. 307. A organização e o funcionamento das audiências públicas promovidas pela

Câmara serão disciplinados por resolução própria.

Art. 308. As proposições que forem protocoladas nessa Câmara até antes da vigência

desse regimento, correrão sob o rito disposto na Resolução de nº 29/2006.

Art. 309. Este regimento entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a

Resolução de nº 29/2006.




COMISSÃO ESPECIAL

Câmara Municipal de Além Paraíba, 26 de Novembro de 2018.

GERSON PINTO BARRETO DA SILVA

Presidente

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