14
Chiroptera Neotropical , 5(1-2), 1999 Page 105 MORCEGOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO CAIUÁ, PARANÁ (SUL DO BRASIL) Michel Miretzki Museu de História Natural Capão da Imbuia, Seção de Mamíferos - Prefeitura Municipal de Curitiba. Rua Prof. Benedito Conceição 407, Curitiba – Paraná – Brasil, 82810-080. MÜLLERIANA - Sociedade Fritz Müller de Ciências Naturais. Caixa Postal 1644, 80011-970. Email: [email protected] T. Cristina C. Margarido Curso de Pós-Graduação em Zoologia – Universidade Federal do Paraná O extremo noroeste do Paraná corresponde à área mais alterada pela atividade antrópica no estado. Explorada intensamente a partir da década de 50 (Jacobs 1997), apresenta atualmente menos de 2 % de vegetação remanescente, dos quase dois milhões de ha originais (Maack 1981). Para assegurar a preservação dessa parcela remanescente existem na região três unidades de conservação, sendo a maior com 78 mil ha, o Parque Nacional de Ilha Grande, a Estação Ecológica do Caiuá com 1.427 ha e o Parque Estadual de Amaporã com 204 ha (Jacobs 1997). Embora tenha sido acumulado algum conhecimento sobre a mastofauna regional (Lorini & Persson 1990), pouco ou quase nada se sabe sobre os morcegos, sendo escassos registros museológicos e bibliográficos sobre o grupo. Estudos recentes realizados em regiões limítrofes ao Arenito Caiuá, onde a floresta é mais pujante devido à qualidade do solo 'terra-roxa', revelaram um rica diversidade de quirópteros (Vizzoto et al. 1976, Reis et al. 1993, Reis & Muller 1995, Sekiama 1996, Sekiama et al. 1998) sugerindo uma mesma condição para essa área. O levantamento aqui apresentado subsidiou o Plano de Manejo da Estação. A Estação Ecológica do Caiuá (EEC) localiza-se no Terceiro Planalto Paranaense no município de Diamante do Norte, a 22º39’S e 52º51’W, na margem esquerda do rio Paranapanema (fig. 1). O clima é do tipo subtropical úmido (Cfa), sem estação seca e com verão quente, com média anual de 22 ºC e precipitação anual média de 1.300 mm (Maack 1981). O relevo é suave- ondulado, com altitude média de 300 m. Como região fitofisionômica está incluída nos limites ocidentais do Bioma Floresta Atlântica (Workshop Mata Atlântica 1996) sendo ocupada por vegetação primária da Floresta Estacional Semidecidual (79 % da área), com vegetação secundária em diferentes estádios de sucessão, monocultura de Paulownia sp. (kiri) e pastagem (21 %) (C.V. Roderjan e Y.S. Kuniyoshi, com. pess.). O trabalho foi desenvolvido num total de oito dias de campo. Redes de neblina (mist-nets) foram dispostas sobre trilhas e clareiras existentes na EEC, procurando representar todos os ambientes existentes, inclusive bordas de mata. As redes eram abertas às 18 h, revisadas em intervalos de trinta minutos e fechadas às 22 h, em um total de 32 h de coleta. Espécimes testemunhos foram coletados, fixados em formol 10% por 24 horas, conservados em álcool 70%, seguindo- se Peterson (1965). Todo o material está depositado no acervo do Museu de História Natural Capão da Imbuia (MHNCI) em Curitiba. Foram capturados 66 exemplares de quatro famílias e 14 espécies (quadro 1). Essas espécies representam 27% dos quirópteros do Paraná (M. Miretzki com. pess.) e 15% daquelas esperadas para o Bioma Mata Atlântica. A família Phyllostomidae apresentou o maior número de espécies (8; 58%), seguida de Molossidae (3; 21%), Vespertilionidae (2; 14%) e Noctilionidae (1; 7%). Apesar de numericamente dominantes na área estudada, nesse estudo os filostomídeos representaram apenas 16% das espécies atlânticas, sobressaindo os molossídeos com 20%. Noctilio albiventris, com 26 exemplares (39%), foi a A rticles Figura 1 – Localização da Estação Ecológica do Caiuá, Município de Diamante do Norte – Paraná. Cover photo: Crotopterus auritus - Carlos Esbérard CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48 105

CN5_1999

Embed Size (px)

DESCRIPTION

MORCEGOS DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DOCAIUÁ, PARANÁ (SUL DO BRASIL)

Citation preview

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 105

    MORCEGOS DA ESTAO ECOLGICA DOCAIU, PARAN (SUL DO BRASIL)

    Michel MiretzkiMuseu de Histria Natural Capo da Imbuia, Seode Mamferos - Prefeitura Municipal de Curitiba.Rua Prof. Benedito Conceio 407, Curitiba Paran Brasil, 82810-080. MLLERIANA -Sociedade Fritz Mller de Cincias Naturais. CaixaPostal 1644, 80011-970. Email:[email protected]

    T. Cristina C. MargaridoCurso de Ps-Graduao em Zoologia Universidade Federal do Paran

    O extremo noroeste do Paran corresponde rea maisalterada pela atividade antrpica no estado. Exploradaintensamente a partir da dcada de 50 (Jacobs 1997),apresenta atualmente menos de 2 % de vegetaoremanescente, dos quase dois milhes de ha originais(Maack 1981). Para assegurar a preservao dessaparcela remanescente existem na regio trs unidadesde conservao, sendo a maior com 78 mil ha, o ParqueNacional de Ilha Grande, a Estao Ecolgica doCaiu com 1.427 ha e o Parque Estadual de Amaporcom 204 ha (Jacobs 1997).

    Embora tenha sido acumulado algum conhecimentosobre a mastofauna regional (Lorini & Persson 1990),pouco ou quase nada se sabe sobre os morcegos, sendoescassos registros museolgicos e bibliogrficos sobreo grupo. Estudos recentes realizados em regieslimtrofes ao Arenito Caiu, onde a floresta maispujante devido qualidade do solo 'terra-roxa',revelaram um rica diversidade de quirpteros (Vizzotoet al. 1976, Reis et al. 1993, Reis & Muller 1995,Sekiama 1996, Sekiama et al. 1998) sugerindo umamesma condio para essa rea. O levantamento aquiapresentado subsidiou o Plano de Manejo da Estao.

    A Estao Ecolgica doCaiu (EEC) localiza-seno Terceiro PlanaltoParanaense no municpiode Diamante do Norte, a2239S e 5251W, namargem esquerda do rioParanapanema (fig. 1). Oclima do tipo subtropical

    mido (Cfa), sem estao seca e com vero quente,com mdia anual de 22 C e precipitao anual mdiade 1.300 mm (Maack 1981). O relevo suave-ondulado, com altitude mdia de 300 m. Como regiofitofisionmica est includa nos limites ocidentais doBioma Floresta Atlntica (Workshop Mata Atlntica1996) sendo ocupada por vegetao primria daFloresta Estacional Semidecidual (79 % da rea), comvegetao secundria em diferentes estdios desucesso, monocultura de Paulownia sp. (kiri) epastagem (21 %) (C.V. Roderjan e Y.S. Kuniyoshi,com. pess.).

    O trabalho foi desenvolvido num total de oito dias decampo. Redes de neblina (mist-nets) foram dispostassobre trilhas e clareiras existentes na EEC, procurandorepresentar todos os ambientes existentes, inclusivebordas de mata. As redes eram abertas s 18 h,revisadas em intervalos de trinta minutos e fechadass 22 h, em um total de 32 h de coleta. Espcimestestemunhos foram coletados, fixados em formol 10%por 24 horas, conservados em lcool 70%, seguindo-se Peterson (1965). Todo o material est depositadono acervo do Museu de Histria Natural Capo daImbuia (MHNCI) em Curitiba.

    Foram capturados 66 exemplares de quatro famlias e14 espcies (quadro 1). Essas espcies representam27% dos quirpteros do Paran (M. Miretzki com.pess.) e 15% daquelas esperadas para o Bioma MataAtlntica. A famlia Phyllostomidae apresentou omaior nmero de espcies (8; 58%), seguida deMolossidae (3; 21%), Vespertilionidae (2; 14%) eNoctilionidae (1; 7%). Apesar de numericamentedominantes na rea estudada, nesse estudo osfilostomdeos representaram apenas 16% das espciesatlnticas, sobressaindo os molossdeos com 20%.

    Noctilio albiventris, com 26 exemplares (39%), foi a

    A rt i c l es

    Figura 1 Localizao da Estao Ecolgica do Caiu, Municpio de Diamante doNorte Paran.

    Cover photo: Crotopterus auritus- Carlos Esbrard

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48105

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 106

    espcie mais frequente nas capturas. Trs outras:Artibeus fimbriatus (9), Sturnira lilium (8),Platyrrhinus lineatus (6) concentraram 35% do totaldas coletas. Dessa forma as demais (10) somam 26%da amostra, ficando assim distribudas: trs espciescom trs exemplares cada: Micronycteris megalotis,Myotis nigricans e Mollossops temminckii (13%); umacom dois exemplares: Eptesicus brasiliensis (3%) eseis com um exemplar cada: Phyllostomus hastatus,Carollia perspicillata, Artibeus lituratus, Chirodermadoriae, Molossus ater, Molossus molossus (9%).

    M. temminckii registrado pela primeira vez para oParan e N. albiventris citado para uma segundalocalidade no estado, tambm em rea de FlorestaEstacional Semidecidual (cf. Reis et al. 1998). Umanica espcie ameaada foi constatada, C. doriae(Aguiar & Taddei 1995). exceo dessa ltima, que endmica do sul e sudeste do Brasil (Fonseca et al.1996), todas as demais apresentam ampla distribuiono neotrpico (Koopman 1982).

    A prevalncia em capturas de N. albiventris sobre asdemais espcies tambm foi observada por Leite etal . (1998) nos Pantanais de Aquidauana eNhecolndia, no Mato Grosso do Sul. Esse morcegovive em colnias que podem passar dos 100 indivduos(Reis & Peracchi 1987), muito embora Nogueira &Pol (1998) as tenham observado em duas ocasies comapenas oito. O seu perodo de atividade crepuscular(Almansa & Martinez 1982, Nogueira & Pol 1998) equase que exclusivamente sobre o espelho dgua na

    busca de insetos, sua principal fonte de alimento (Hood& Pitocchelli 1983). provvel que esses fatorestenham influeciando a alta taxa de captura de N.albiventris nessa amostragem, visto as coletas teremsido realizadas durante o perodo de maior atividadeda espcie e com redes armadas sobre um lago, que osmorcegos usavam regularmente.

    A presena das espcies frugvoras A. fimbriatus, A.lituratus, P. lineatus e S. lilium, j foi documentadaem toda a regio norte e noroeste do estado do Paran,sendo especialmente abundantes em reas alteradaspela atividade antrpica (Muller & Reis 1992, Reis &Muller 1995, Sekiama 1996). Significativa porm abaixa frequncia de C. perspicillata , espciecomumente amostrada em levantamentos na regio,que representou menos de 2% das capturas.

    Essa composio, com a abundncia de algumasespcies e a presena de muitas raras tipica paracomunidades de morcegos tropicais (Trajano 1984,Fleming et al. 1972, Pedro & Taddei 1997). Noentanto, ela pode ser afetada pela ao antrpica sobreos hbitats, que gera uma acentuada simplificao nacomposio da comunidade (Aguiar 1994).Lamentavelmente, inexistem dados que permitamcomparar os efeitos da expressiva fragmentao daregio com os dados obtidos.

    Todavia, pode-se inferir que a EEC mantm uma altariqueza de espcies de quirpteros, apesar de suapequena dimenso, afirmao que se justifica aocompar-la com outras unidades de conservao daregio. No estado de So Paulo, o Parque EstadualMorro do Diabo com seus 33.900 ha, apresentou em66 horas de capturas um total de 345 indivduos de15 espcies (Reis et al. 1996). Para o Parque EstadualMata dos Godoy em Londrina, 144 horas revelaram19 espcies em 608 indivduos (Sekiama 1996).Esperava-se que essas trs reas apresentem umamesma composio, por apresentarem fitofisionomiasemelhante (Hueck, 1972), similitude climtica emesmo regime de chuvas (AbSaber 1977, Maack1981), estarem separadas por pequena distncia lineare, por fim, serem contemporneas no isolamento. Noentanto, apenas quatro das 29 espcies listadas (14%)so comuns a todas. Das restantes, onze (38%)ocorrem em duas reas e a grande maioria (14; 48%)ocorrem exclusivamente em uma. possvel, portanto,que a continuidade dos estudos venha a revelar umariqueza mais significativa de espcies e uma maiorhomogeneidade na composio das comunidadesdessas trs unidades de conservao.

    AGRADECIMENTOS

    A equipe do Instituto Ambiental do Paran - Regional

    Classe MammaliaOrdem ChiropteraFamlia Noctilionidae

    Noctilio albiventris Desmarest, 1818Famlia Phyllostomidae

    Artibeus fimbriatus Gray, 1838Artibeus lituratus (Olfers, 1818)Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758)Chiroderma doriae Thomas, 1891Micronycteris megalotis (Gray, 1842)Phyllostomus hastatus (Pallas, 1767)Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810)Sturnira lilium (E. Geoffroy, 1810)

    Famlia VespertilionidaeEptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819)Myotis nigricans (Schinz, 1821)

    Famlia MolossidaeMolossops temminckii (Burmeister, 1854)Molossus ater E. Geoffroy, 1805Molossus molossus (Pallas, 1766)

    Quadro 1 - Lista de espcies de quirpteros daEstao Ecolgica do Caiu, Diamante do Norte -Paran.

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48106

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 107

    de Paranava, na pessoa do Geogrfo D. R. de Oliveira,gerente da EEC; aos Guardas-Parque D. S. Boni e R.Barboza e a J. M. Ribeiro da Silva (in memorian) pelaagradvel acolhida na EEC e assistncia nas atividadesde campo. A J. Quadros, F. C. Straube, G. V. Bianconi,R. S. Brnils e F. Stender de Oliveira pela leitura esugestes ao manuscrito e imensurvel incentivo emnossas pesquisas.

    REFERNCIAS

    AbSaber, A.N. 1977. Os domnios morfoclimticosna Amrica do Sul: primeira aproximao.Geomorfologia, 52:1-21.

    Aguiar, L.M.S. 1994. Comunidade de Chiroptera emtrs reas de Mata Atlntica em diferentes estgiosde sucesso - Estao Biolgica de Caratinga, MinasGerais. ICB-Universidade Federal de Minas Gerais.Dissertao de Mestrado. 90 p.

    Aguiar, L.M.S. & Taddei, V.A. 1995. Workshop sobrea conservao dos morcegos brasileiros. ChiropteraNeotropical, 1(2):24-29.

    Almansa, J.C. & Martinez, L.M.A.R.. 1982. Ritmode actividade de cuatro especies de murcielagosneotropicales. Hist. Nat., 2(24):213-220.

    Fleming, T.H.; Hooper, E.T. & Wilson, D.E. 1972.Three Central American bat communities: structure,reproductive cycles, and movement patterns.Ecology, 53(4):555-569.

    Fonseca, G.A.B.; Herrmann, G.; Leite, Y.L.R.;Mittermeier, R.A.; Rylands, A.B. & Patton, J.L.1996. Lista anotada dos mamferos do Brasil.Conservation International, occas. Papers, n 3. 35p.

    Hood, C.S & Pitocchelli, J. 1983. Noctilio albiventris.Mammalian Species, 197:1-5.

    Hueck, K. 1972. As florestas da Amrica do Sul:ecologia, composio e importncia econmica.Editora Polgono S/A, So Paulo. 466 p.

    Jacobs, G.A. 1997. Unidades de conservao no Estadodo Paran: reflexes sob um contexto histrico-ambiental. Anais do Congresso Brasileiro deUnidades de Conservao, 2:68-80.

    Koopman, K.F. 1982. Biogeography of bats of SouthAmerica. In:. Mammalian biology in South America.M.A. Mares & H.H. Genoways (eds.), pp. 273-302. The Pymatuning Symmposia in Ecology vol. 6.Special Publication Series, University of Pittsburg,Pittsburg.

    Leite, A.P.; Meneghelli, M. & Taddei, V.A. 1998.Morcegos (Chiroptera: Mammalia) dos pantanais

    de Aquidauana e da Nhecolndia, Mato Grosso doSul. I diversidade de espcies. Ensaios e Cincia,2(2):149-163.

    Lorini, M.L. & Persson, V.G. 1990. A Contribuiode Andr Mayer Histria Natural no Paran(Brasil). II - Mamferos do Terceiro PlanaltoParanaense. Arq. Biol. Tecnol., 33(1):117-132.

    Maack, R. 1981. Geografia fsica do Estado doParan. 2 ed. Editora Jos Olympio. Rio de Janeiro.450 p.

    Muller, M.F. & Reis, N.R. 1992. Particio de recursosalimentares entre quatro espcies de morcegosfrugvoros (Chiroptera, Phyllostomidae). Rev.Brasil. Zool. 9(3/4):345-355.

    Nogueira, M.R. & Pol, A. 1998. Observaes sobreos hbitos de Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied,1820) e Noctilio albiventris Desmarest, 1818(Mammalia: Chiroptera). Rev. Brasil. Biol. ,58(3):473-480.

    Pedro, W.A. & Taddei, V.A. 1997. Taxonomicassemblage of bats from Panga Reserve,southeastern Brazil: abundance patterns and trophicrelations in the Phylostomidae (Chiroptera). Bol.Mus. Biol. Mello Leito, n. sr., 6:3-21.

    Peterson, B.L. 1965. Collecting bat specimens, forscientific purposes. University of Toronto, Toronto.8 p.

    Reis, N.R. & Peracchi, A.L. 1987. Quirpteros daregio de Manaus, Amazonas, Brasil (Mammalia,Chiroptera). Bol. Mus. Par. Emilio Goeldi, n. sr.zool., 3(2):161-182.

    Reis, N.R.; Peracchi, A.L. & Onuki, M.K. 1993.Quirpteros de Londrina, Paran, Brasil(Mammalia:Chiroptera). Rev. Bras. Zool. ,10(3):371-381.

    Reis, N.R.; Peracchi, A.L.; Muller, M.F.; Bastos, E.A.& Soares, E.S. 1996. Quirpteros do ParqueEstadual Morro do Diabo, So Paulo, Brasil(Mammalia, Chiroptera). Rev. Brasil. Biol. ,56(1):87-92.

    Reis, N.R.; Peracchi, A.L.; Lima, I.P.; Sekiama, M.L.& Rocha, V.J. 1998. Update list of the Chiropteraof the city of Londrina, Paran, Brazil. ChiropteraNeotropical, 4(2):96-98.

    Reis, N.R. & Muller, M.F. 1995. Bat diversity of forestsand open areas in a subtropical region of SouthBrazil. Ecologia Austral, 5:31-36.

    Sekiama, M.L. 1996. Estrutura de comunidade dequirpteros (Chiroptera: Mammalia) no Parque

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48107

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 108

    Estadual Mata dos Godoy, Londrina, Paran.Universidade Federal do Paran, Departamento deZoologia. Dissertao de Mestrado. 90 p.

    Sekiama, M.L.; Reis, N.R. & Rocha, V.J. 1998.Levantamento preliminar dos morcegos(Mammalia-Chiroptera) do Parque Nacional doIguau, Brasil. XIII Jornadas Argentinas deMastozoologia. Libro de Resmenes. p. 58.

    Trajano, E. 1984. Ecologia de populaes de morcegoscaverncolas em uma regio crstica do Sudeste doBrasil. Rev. Bras. Zool., 2(5):255-320.

    Vizotto, L.D.; Taddei, V.A.; Cais, A. & Renesto, O.1976. Nota preliminar sobre morcegos do sudoestede So Paulo e norte do Paran. 28 Reunio Anualda Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia.Resumos. p. 432-433.

    Workshop Mata Atlntica. 1996. Padres dedistribuio da biodiversidade da Mata Atlntica dosul e sudeste brasileiro. CIBrasil, Biodiversitas,SOS Mata Atlntica, Fund. Tropical de Pesquisas eTecnologia Andr Tosello, Campinas, SP.

    ESTADO DE CONSERVACIN DE LOSMURCILAGOS DE BOLIVIA

    Luis F. AguirreUnidad de Biodiversidad y Gentica, UniversidadMayor de San Simn, casilla 538, Cochabamba,Bolivia; Programa para la Conservacin de losMurcilagos de Bolivia, casilla 994, La Paz, Bolivia

    INTRODUCCIN

    En las ltimas dcadas se ha venido reconociendo elvalor de los murcilagos para los ecosistemas dondeellos estn presentes (Wilson 1996). Paralelamentese ha visto que antes que se conozcan mejor a losmurcilagos estos se encuentran cada vez msamenazados por causas antropognicas,principalmente por la destruccin del hbitat (Tuttle1988, Richarz & Limbruner 1993, Wilson 1996).

    En Bolivia han habido esfuerzos importantesrelacionados a la categorizacin de especiesamenazadas que sin embargo no han considerado alos murcilagos, por ejemplo para la creacin del LibroRojo de los Vertebrados de Bolivia no se considerarona estos mamferos en el anlisis dejando el mismopara un momento en que haya mas informacindisponible (Tarifa 1996). El propsito de este trabajoes proponer una lista de especies amenazadas de

    murcilagos de Bolivia que vaya a cubrir aquel granvaco que existe en este importante grupo demamferos que representan un tercio de la fauna demamferos de Bolivia (Anderson 1997).

    METODOLOGA

    Para conocer el estado de conservacin de losmurcilagos de Bolivia se emple una modificacindel anlisis realizado para los murcilagos del Brasil(Aguiar & Taddei 1996). Los criterios para esteanlisis fueron los siguientes:

    Estado general de conservacin de los murcilagos(Wilson 1997): basado en una larga experiencia delautor y en cuestionarios enviados a varios especialistasen el mundo este autor propone una lista extensa delestado de conservacin de los murcilagos en elmundo. Los parmetros seguidos de su puntaje fueron:estable (0), potencialmente vulnerable (1), vulnerable(2), en peligro (3), sin informacin suficiente (+).

    Nivel de dependencia del bosque (Medelln & Redford1992): se refiere al grado de plasticidad de losmurcilagos y para este anlisis se interpreta como sucapacidad de adaptarse a cambios en el ecosistema omodificacin y destruccin del hbitat. Los parmetrosson: ocurren en ambientes abiertos o sabanas pero nodependen de estos (0), ocurren en bosque pero nodependen de este (1), nunca ocurre en bosque y sonsabana dependientes (2), dependiente del bosque, sineste no estn presentes (3), sin informacin suficiente(+).

    Distribucin en ecoregiones (adaptado de Aguiar &Taddei 1996): se refiere al tamao y tipo dedistribucin que los murcilagos presentan,incluyendo por ejemplo a aquellas especies queocurren en varias ecoregiones o aquellas dedistribucin disyunta. Los parmetros son:distribucin amplia, en mas de una ecoregin (0),distribucin amplia en una sola ecoregin (1),distribucin restringida o disyunta (2), sin informacinsuficiente (+).

    Tamao poblacional: Aguiar & Taddei (1996) sugierenque a falta de informacin sobre las poblaciones demurcilagos se utilice la abundancia relativa sugeridaen bibliografa. En este anlisis se considera el estatusde las especies segn los rangos de distribucin en elneotrpico propuestos por Emmons y Feer (1997) yKoopman (1982). Los parmetros son: muy comn,especie muy frecuente en su rea de distribucin (0),comn, especie frecuente en su rea de distribucin(1), poco comn, especie poco frecuente en su rea dedistribucin (2), rara, especie rara en su rea dedistribucin o disyunta (3), sin informacin suficiente(+).

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48108

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 109

    Estado de conservacin de ecosistemas I (Ribera1992): Se refiere a la presencia de murcilagos enecoregiones que presenten diversos grados deconservacin. Ribera (1992) propone 36 ecoregionescorrespondientes a seis regiones mayores yproporciona una clasificacin del estado deconservacin. Los parmetros son: especie presenteprincipalmente en ecoregiones poco alteradas (0),especie presente principalmente en ecoregionesalteradas (1), especie presente principalmente enecoregiones muy alteradas (2), sin informacinsuficiente (+).

    Estado de conservacin de ecoregiones II (Dinersteinet al. 1995): estos investigadores presentan un mapadel estado de conservacin de las regiones a nivelsudamericano, la escala es mucho mas grande y seanaliza lo incluido para Bolivia. El tipo de anlisis essimilar al anterior caso, donde los parmetros son:especie presentes principalmente en regiones en estadorelativamente estable (0), especie presenteprincipalmente en regiones en estado vulnerable (1),especie presente principalmente en regiones en peligro(2), especie presente principalmente en regiones enestado crtico (3), sin informacin suficiente (+).

    Grado de amenaza de las ecoregiones (Ribera 1992):este autor presenta en su anlisis el grado de amenazade las ecoregiones de Bolivia. Los parmetros para laevaluacin del estado de conservacin de losmurcilagos de Bolivia son: especie presenteprincipalmente en ecoregiones poco amenazadas (0),especie principalmente en ecoregiones amenazadas(1), especie principalmente en ecoregiones muyamenazadas (2), sin informacin suficiente (+).

    Presencia en reas protegidas: Los parmetrosempleados son: especie en tres o ms unidades deconservacin a nivel nacional, si se encuentradistribuida en una sola ecoregin entonces presenteen al menos una unidad de conservacin (0), especiepresente en dos unidades de conservacin a nivelnacional (1), especie presente en una sola unidad deconservacin (2), especie no presente en unidades deconservacin (3).

    Una vez elaborada la matriz de anlisis se otorg unpuntaje a los murcilagos para determinar el estadode conservacin en base a las mismas categorasempleadas por Wilson (1997) (Tabla 1). Como dichascategoras no corresponden a aquellas propuestas porla Unin Internacional para la Conservacin de laNaturaleza (1996) se adaptaron los resultados paraque concuerden con esta ltima que es la que sepresenta como resultado final.

    Para el anlisis de la informacin se empleprincipalmente aquella contenida en el trabajo de

    Anderson (1997) que cita colecciones de murcilagoshasta 1995 y se actualizaron las listas de murcilagoshasta mayo de 1998 (Fundacin Amigos de laNaturaleza & Wildlife Conservation Society 1994,Fundacin Amigos de la Naturaleza & The NatureConservancy 1996, Estacin Biolgica del Beni 1997,Tarifa 1997, Bernal 1998) incluyendo reportes nopublicados citados en el presente trabajo conautorizacin de los investigadores (N. Bernal y T.Tarifa de la Coleccin Boliviana de Fauna en La Paz,A. Torrico del Museo de Historia Natural Noel KempfMercado Santa Cruz, A. Vargas del CentroUniversitario de Estudios en Medio Ambiente deCochabamba). A la fecha se han seguido realizandoprospecciones de algunos lugares en relacin a la faunade murcilagos de Bolivia pero estos nuevos aportesno han cambiado el panorama general de 1998.

    RESULTADOS

    A partir del anlisis detallado anteriormente acontinuacin se muestra la lista de las especies demurcilagos consideradas como amenazadas y de bajoriesgo para Bolivia segn una adaptacin a los criteriosde la UICN (1996):

    Amenazadas-en peligro:

    Familia Phyllostomidae

    Vampyrum spectrum (Linnaeus, 1758)

    Especie de distribucin restringida a las sabanas delos llanos de Moxos, considerada una de las regionesmas amenazadas por presentar hbitats muy frgilescomo son las islas de bosque y los bosques de galera.Los dos ejemplares encontrados hasta el momentoprovienen de esa regin y fueron colectados con unintervalo de tiempo muy largo entre el primer y elsegundo ejemplar (5 aos). Se presume su presenciaen otras regiones de Bolivia. No se encuentrarepresentada en unidades de conservacin.

    Amenazadas-vulnerable:

    Familia Phyllostomidae

    Lonchorhina aurita Tomes, 1863

    Hasta la fecha se ha encontrado un solo individuo enlas sabanas del Pantanal, siendo este ecosistema muyfrgil y susceptible a perturbaciones.

    Micronycteris daviesi (Hill), 1964

    Presenta distribucin restringida en reas de altapresin antrpica en los Yungas (bosque montano ypie de monte) de La Paz.

    Micronicteris nicefori Sanborn, 1949

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48109

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 110

    Presenta distribucin restringida en reas de altapresin antrpica en los Yungas (bosque montano) deLa Paz.

    Linchonycteris obscura Thomas, 1895

    Presenta distribucin restringida en reas de altapresin antrpica en el bosque montano deCochabamba.

    Platyrrhinus vittatus (Petters), 1860

    Presenta distribucin restringida en los bosquesmontanos (Yungas) de Cochabamba y no est presenteen unidades de conservacin.

    Sturnira magna de la Torre, 1966

    Presenta distribucin disyunta en los hbitats muyfrgiles de los Yungas de Cochabamba y La Paz y nose encuentra presente en unidades de conservacin.

    Familia Molossidae

    Eumops glaucinus glaucinus (Wagner), 1843

    Especie de distribucin pequea en varias ecoregionesde Bolivia pero presente en ambientes frgiles de fuerteinfluencia antrpica.

    Nyctinomops macrotis (Gray), 1839

    Especie de distribucin pequea en varias ecoregionesde Bolivia pero presente en ambientes frgiles de fuerteinfluencia antrpica y no presente en unidades deconservacin.

    Bajo riesgo y cerca de estar amenazadas:

    Familia Phyllostomidae

    Tonatia carrikeri (Allen), 1910

    Un solo individuo fue colectado en 1976 y se encuentradistribuido en una ecoregin poco alterada y pocoamenazada del bosque tropical boliviano.

    Anura cultrata Handley, 1960

    Se tiene muy poca informacin sobre esta especie perose encuentra distribuida solamente en los Yungas deLa Paz.

    Artibeus hartii Thomas, 1892

    De amplia distribucin en la los bosques nublados ypie de monte de los Yungas de La Paz y Cochabambapero presente en hbitats frgiles y muy amenazados.

    Vampyressa pusilla thyone Thomas, 1909

    Especie de distribucin restringida en ambientes

    frgiles de los bosques hmedos de la amazonaboliviana.

    Familia Vespertilionidae

    Myotis keaysi keaysi J. A. Allen, 1914

    Distribucin en varias ecoregiones frgiles de Boliviay de alta intervencin antrpica.

    Familia Molossidae

    Eumops perotis (Schinz), 1821

    Presenta distribucin restringida en ecoregionesfrgiles de Bolivia (principalmente sabanas).

    Molossops planirostris (Peters), 1895

    Especie de distribucin pequea en varias ecoregionesde Bolivia pero presente en ambientes frgiles de fuerteinfluencia antrpica.

    Nyctinomops laticaudatus (E.Geoffroy Saint-Hilaire),1805

    Especie con poblaciones pequeas de distribucin envarias ecoregiones de Bolivia pero presente enambientes frgiles de fuerte influencia antrpica.

    Pomops nasutus ancilla Thomas, 1915

    Especie poco conocida con distribucin restringida auna ecoregin (Chaco).

    Tadarida brasiliensis (I.Geoffroy Saint-Hilaire), 1824

    Especie de distribucin en ecoregiones frgiles deBolivia (Yungas y Chaco)

    DISCUSIONES

    La mayor amenaza sobre los murcilagos en elneotrpico y en Bolivia en particular es la destruccindel hbitat, es por ello que el anlisis realizadopresenta una fuerte inclinacin hacia la presencia oausencia de especies segn la calidad de los hbitats,entendida esta como el grado de conservacin yamenaza de las mismas. Sumada la rareza natural deuna especie con su presencia en un ecosistemaaltamente amenazado hace que esta se encuentre a simisma muy amenazada.

    De las 106 especies de murcilagos analizadas paraBolivia se pudo establecer que 19 de ellas seencuentran bajo alguna categora de amenaza segnlos criterios de la Unin Internacional para laConservacin de la Naturaleza. De estas, una seencontrara En Peligro (Vampyrum spectrum)principalmente por su pequea distribucin en unnmero reducido de localidades. Un total de ocho

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48110

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 111

    especies son Vulnerables y propicias a estar En Peligrotambin por presentar pequeas distribuciones enlugares muy frgiles y de alta influencia humana. Porotro lado, diez especies se encontraran en la categorade Bajo Riesgo y cerca de estar amenazadasprincipalmente por la destruccin de sus hbitatas,localizados en ecoregiones frgiles y susceptibles acambios.

    Algunas de las medidas que se sugieren para laproteccin de los murcilagos en Bolivia son:

    incluir a los murcilagos en polticas deconservacin de la biodiversidad en Bolivia y ensus unidades de conservacin. Esto incluye tenerreglas rigurosas para la captura e investigacinde especies de murcilagos.

    desarrollar programas educativos y tcnicos queenfrente el problema del murcilagos hematfagoy su diferencia con otras especies benficas en elpas tanto a nivel urbano como rural

    incluir a las especies amenazadas de murcilagosde Bolivia en estrategias de conservacin debiodiversidad y crear planes de accin para elestudio y recuperacin de poblaciones naturalesque as las necesiten

    prospeccin y proteccin de guaridas demurcilagos, especialmente cuevas, y desarrollode planes ecotursticos apropiados para algunode esos lugares

    desarrollar programas de prospeccin ymonitoreo de especies amenazadas y promoverla bsqueda de nuevas especies en Bolivia.

    AGRADECIMIENTOS

    Este trabajo se basa en la obra de toda una vida delDr. Sydney Anderson a quien le estoy profundamenteagradecido. Agradecimientos a Isabel Galarza, NuriaBernal, Teresa Tarifa, Aide Vargas, Aida Espinoza ya todas aquellas personas que me permitieron utilizar

    su informacin. A Cecilia Aguirre por la ayuda en eltratamiento de los mapas temticos.

    BIBLIOGRAFA

    Aguiar, L.M.S. & Taddei, V.A.1996. Workshop sobrea conservao dos morcegos Brasileiros. ChiropteraNeotropical, 1(2): 24-30.

    Anderson, S. 1997. Mammals of Bolivia, Taxonomyand Distribution. Bulletin of the American Museumof Natural History, 231: 1- 652.

    Bernal, N. 1998. Estudio de biodiversidad en elparque nacioanl Carrasco, bloque Chimor I.Instituto de Ecologa, La Paz. 43 pp.

    Dinerstein, E., Olson, D.M., Grahan, D.J., Webster,A.L., Primm, S.A., Bookbinder, M.P. & Ledec, G.1995. Una evaluacin del estado de conservacinde las ecoregiones terrestres de Amrica Latina y elCaribe. WWF-WB, Washington. 129 p.

    Estacin Biolgica del Beni, 1997. Gua de aves ymamferos de la Reserva de la Biosfera EstacinBiolgica del Beni, EBB, La Paz. 57 p.

    Emmons, L.H. & Feer, F. 1997. Neotropical RainforestMammals, a Field Guide. The University of ChicagoPress, Chicago. 307 p.

    Fundacin Amigos de la Naturaleza & The NatureConservancy. 1996. Plan de Manjeo ParqueNacional Noel Kempf Mercado, Santa Cruz. 345 p.

    Fundacin Amigos de la Naturaleza & WildlifeConservation Society. 1994. Plan de Manejo Reservade Vida Silvestre Ros Blanco y Negro. WCS-PL480, Santa Cruz. 457 p.

    Koopman, K. 1982. Biogeography of bats of SouthAmerica. In: Mammalian Biology in South America.M.A. Mares & H. H. Genoways (eds) SpecialPublication Pymatuning Laboratory of Ecology, 6:1-539.

    Medelln, R. A. & Redford, K.H. 1992. The role ofmammals in neotropical forest-savanna boundaries.

    Puntuacin Categora Correspondencia con categoras(sumatoria de los puntos de la UICN (1996)obtenidos en la matriz)Menor a 5 puntos o menos de 5 cruces (+) EstableEntre 6 a 8 puntos o mas de 5 cruces (+) Potencialmente Vulnerable Bajo Riesgo-Prximo a

    amenazado (LRnt)Entre 9 a 15 puntos Vulnerable Amenazado-Vulnerable (VU)Mas de 16 puntos En Peligro Amenazado-En peligro (EN)

    Tabla 1. Puntajes y parmetros para el establecimiento del estado de conservacin de los murcilagos deBolivia.

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48111

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 112

    In: Nature and dynamics of forest-savannaboundaries. P.A. Furley, J. Proctor y J. A. Ratter(eds). Pp: 519-548. Chapman and Hall, London.

    Richarz, K & A. Limbruner. 1993. The world of bats.Christopher Helm, London. 255 p.

    Ribera, M. O. 1992. Regiones Ecolgicas. In:Conservacin de la diversidad biolgica en Bolivia.M. Marconi (ed.). Pp: 9-71. CDC-Bolivia y USAID-Bolivia.

    Tarifa, T. P.1996. Mamferos. In: Libro rojo de losvertebrados de Bolivia. Ergueta & C. de Morales(eds). Pp: 165-264.CDC-Bolivia, La Paz.

    Tarifa, T. 1997. Mamferos. In: Informe Tcnico, Plande Manejo Reserva Nacional de Fauna Ulla Ulla.Mimisterio de Desarrollo y Medio Ambiente.Reporte no publicado.

    Tuttle, M. D. 1988. Americas Neighborhood Bats.University of Texas Press, Austin. 96 p.

    Unin Internacional para la Conservacin de laNaturaleza. 1996. Red list of threatened animals.IUCN The Conservation Union. 368 p.

    Wilson, D. E. 1996. Neotropical bats: a checklist withconservation status. In: Neotropical Biodiversityand Conservation. A. C. Gibons (ed.). Pp: 167-177.Mildred E. Mathias Botanical Garden, California.

    Wilson, D. E. 1997. Bats in question, the Smithsoniananswer book. Smithsonian Institution Press,Washington. 168 p.

    mist netting found 13 genera comprising at least 26species. As expected from mist net bias, virtually allthe bats captured were understory phyllostomids, withfew exceptions. Nonetheless, high ecological diversitywas confirmed with frugivorous, nectarivorous,insectivorous and sanguivorous guilds represented.Estimates using extrapolation place the real understorydiversity somewhere above 30 species, making this akey site for conservation of bats in general, and thegenera Sturnira, Platyrrhinus, and Vampyressa, inparticular.

    INTRODUCTION

    Studies in New World tropics are only now beginningto assess the true diversity of Neotropical bats, butsampling has been confined to a handful of well-documented sites where research stations happen tobe located (Voss & Emmons 1996, Simmons & Voss1998). This approach has left unexamined vast areasof Neotropical forests, for which there are very fewcomprehensive mammalian inventories. One suchcritical information gap corresponds to the ColombianChoc (Voss & Emmons 1996). Based on its highendemism and threats from human disturbance, theChoc tropical rainforest has been identified as aglobal biodiversity hotspot (Olson & Dinerstein 1996).

    Early mammal collections from the Pacific slopes ofthe West Andes in Cauca list no bats for the nearbylocality of El Cocal, at 1200 m elevation (Allen 1916).Collections by Kjell von Sneidern in the 1930s at fivelocalities in west Cauca left a gap in elevation between900 and 1700 meters (Tamsitt and Valdivieso 1966).Modern bat surveys in southwest Colombia have beenspotty, with only a handful of noteworthy recordsresulting in publication (e.g., Alberico 1987, 1994).The picture that emerges from these previous worksis still fragmentary one. So far, the only sustainedeffort to inventory the middle elevation bat faunas ofthe Choc has taken place in Nario (south of Cauca,bordering Ecuador) at Reserva Natural La Planada,1,525 m elevation (Ospina-Ante & Gmez 1995). Oursurvey lays ground for future in-depth study of amontane bat fauna from the middle elevations of thePacific slopes of the West Andes in Cauca, Colombia.

    METHODS AND MATERIALS

    Field Locality

    Tambito Nature Reserve is located 50 km west ofPopayn on the Pacific slope of the CordilleraOccidental, Cauca, Colombia, at 0230N 7700W.It is adjacent to Parque Nacional Natural (PNN)Munchique, and encompasses c. 3,000 ha. of veryhumid premontane forest and very humid lowermontane forest, at 1,0502,800 m. The yearly rainfall

    THE BAT FAUNA OF TAMBITO, COLOMBIA

    Liliana M. DvalosGraduate Fellow - Department of Mammalogy,American Museum of Natural HistoryCentral Park West at 79th StreetNew York, New York 10024-5192 [email protected]

    Jimmy A. GuerreroMonitor de la Coleccin - Museo de HistoriaNatural, Universidad del CaucaCra. 1ra No. 1A-27, Barrio CaldasPopayn, [email protected]

    ABSTRACT

    This paper summarizes a first account of the bat faunain the middle elevations of the Tambito Nature Reservein the Colombian Choc. A month-long survey using

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48112

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 113

    varies from 3,800mm to 7,000mm, increasing withaltitude. A seven-year rainfall record from Tambitoindicates a bimodal seasonality with October/November and February/March being the wettestmonths. The summer represents the dry season, withhigh sensitivity to El Nio and La Nia. In 1997 (astrong El Nio year), just 20mm of rain fell in the 3months from June to September. Average temperaturesrange from 13C to 19C depending on altitude.Relative humidity is above 90% for much of the day(Jarvis and Dvalos 1999).

    The topography of Tambito is extremely complex. Theslopes are steep, being as high as 60 degrees in places,with a great deal of spatial complexity on a small scale.Epiphytic mosses characterize the physical appearanceof the forest in the upper reaches of the catchmentand in the more humid. Netting sites were selectedon the bases of accessibility from the cabin, diversityof microhabitats, and striving to maintain samplingat the same elevation, c. 1,500m.

    METHODS

    Ground-level (0-3 m) mist-netting and specimenpreparation followed standard methods described inSimmons & Voss (1998) and Handley (1988)respectively. Each captured bat was identified in thefield using Emmons (1997), Reid (1998), andKoopman (1994). We also used unpublisheddichotomous keys for bats of the Choc kindlyfacilitated by Drs. C.O. Handley (SmithsonianInstitution, Washington, D.C.) and M.S. Alberico

    (Universidad del Valle, Cali). Following Voss &Emmons (1996) vouchers of all species encounteredwere preserved to document identification. Wecollected liver tissue from each specimen for DNAstudies, prior to immersion in formaldehyde.Conspicuous ectoparasites were also collected. Thespecimen collection resulting from our study wasdeposited at the Museo de Ciencias Naturales,Universidad del Cauca (Popayn, Cauca). Tissuesamples and parasites were deposited at the MolecularLaboratory of Instituto Alexander Von Humboldt (Cali,Colombia).

    RESULTS

    In 24 nights of netting we captured 90 bats of 13genera. A definitive account, comprising at least 26species recorded is in progress (Dvalos & Guerreroin prep.). All, except one (Myotis), of the 13 generarecorded were Phyllostomids.

    Taxonomic account

    The preliminary taxonomic list resulting from oursampling is summarized in Table 1.

    Community ecology

    A summary of relative capture abundance for differentdiet-based guilds is presented in Table 2. As expectedfrom our sampling bias, most captured bats(stenodermatines and carolliines) correspond to theunder-story frugivore guild. Size varies greatly amongthe frugivores from large, e.g., Platyrrhinus, to

    Genus Species (or number of species) MicrohabitatDesmodus rotundus SecondaryPhyllostomus 2 PrimaryMimon crenulatum EdgeLonchorhina aurita SecondaryLonchophylla robusta Secondary, edgeAnoura 2 Primary, secondary, edgeCarollia 2 Primary, secondarySturnira 5 Secondary, edge, streamPlatyrrhinus 3 Primary, secondary, edgeVampyressa 2 Secondary, edgeEnchisthenes hartii EdgeArtibeus (Dermanura) 2 Primary, secondaryMyotis 3 Secondary, edge

    Table 1. Bats sampled at Tambito

    Diet-based guild Number captures Percent capturesFrugivore 71 76.3%Insectivore 11 12.0%Nectarivore 8 8.6%Sanguivore 1 1.1%

    Table 2. Relative abundance in captures for different bat guilds

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48113

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 114

    medium, e.g., Sturnira and Carollia, to small, e.g.,Vampyressa. Insectivores also show great size variationfrom tiny, e.g. Myotis, to medium-large, e.g.Lonchorhina, but size variation among nectarivoreswas almost null.

    DISCUSSION

    Pending definitive identification, the bat speciesrichness recorded at Tambito is relatively high, whencompared with sites of similar elevation. For themiddle elevations of Nario, 12 species have beendefinitely recognized by Cadena et al. (1998), five ofwhich are also reported by Ospina-Ante & Gmez(1995) in their species list that rises to 20. The resultsof the latter, however, are inconclusive, as theirtaxonomic account is still being revised (L.G. Gmezpers. comm.).

    Even with the limitations inherent to mist-netsampling (Remsen & Good 1996), there was no signof saturation in capture for our survey (Figure 1) andthe number and range size of species suggests a richand ecologically diverse understory bat community.Although estimation by extrapolation from capturedata is still in its infancy (Colwell & Coddington1994), the use of parametric and non-parametricestimators indicate that real understory richness wouldbe somewhere between 30 and 45 species as seen inFigure 1.

    Because mist netting was the only method used and itis known to bypass most (if not all) aerial insectivores(Simmons et al. 1998), the overall bat richness inTambito may be substantially higher. This, and thefact that several Chocoan species of genera found inTambito (Sturnira, Platyrrhinus, Vampyressa) arelisted as near threatened or threatened by the IUCN(IUCN 1996) confirm the reserves status as a keysite for the conservation of flying vertebrates (Donegan& Dvalos 1999).

    For conservation purposes, further bat inventoriesusing other methods e.g., ultrasound recording, willallow more comprehensive study of the communityespecially since all modern surveys have used mistnetting protocols similar to our own. Additionallyresearch in basic ecology and natural history ofvirtually all the bats recorded is indispensable, as thesebasic data are still unknown. There are, to ourknowledge, no published studies documenting specificforaging behavior of bats in cloud forests of theColombian Choc. Extensive work over severaldecades on Barro Colorado Island, Panama, has shownfine-grain partition of resources in the lowland batcommunity (Kalko et al. 1996), similar efforts arenecessary to characterize rich chiropterancommunities of higher elevations.

    ACKNOWLEDGEMENTS

    Figure 1. Parametric and non-parametric estimation by extrapolation from limited capture data. Observed capturesrandomized 100 times are in black dots with error bars, adjusted Michaelis-Menten curve in black with maximum-likelihood upper-boundary in squares, non-parametric estimators: jackknife and Chaos in crosses and triangles,respectively.

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48114

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 115

    Fieldwork for this survey was sponsored by the RoyalGeographic Society, Bat Conservation International,the Institute for Latin American and Iberian Studiesand the Center for Environmental Research andConservation at Columbia University, and theExplorers Club. Dr. Nancy B. Simmons providedcountless letters of recommendation and scientificadvice. Dr M. Mulligan and his HERB project atKings College London, the Museo de Historia Naturaland Fundacin Proselva in Popayn facilitatedlogistics. Many thanks to Q. Lame, Olga, L. Gonzlezand A. Bernal at the Tambito cabin. S. Reddy wrotethe programs for data analyses. This paper is dedicatedto the late A.J. Negret.

    REFERENCES

    Alberico, M.S. 1994. First record of Sturnira mordaxfrom Colombia with range extensions for other batspecies. Trianea, 5: 335-341.

    Alberico, M.S. 1987. Notes on distribution of somebats from southwestern Colombia. FieldianaZoology, 39: 133-135.

    Allen, J.A. 1916. List of mammals collected inColombia by the American Museum of NaturalHistory expeditions, 1910-1915. Bull. Amer. Mus.Nat. Hist. 25(18): 191-238.

    Cadena, A., Anderson, R.P. & Rivas-Pava, P. 1998.Colombian mammals from the Chocoan slopes ofNario. Occasional Papers of the Museum of TexasTech University: 180.

    Colwell, R.K. & Coddington, J.A. 1994. Estimatingterrestrial biodiversity through extrapolation. Phil.Trans. R. Soc. Lond B 345: 101-118.

    Donegan, T.M. & Dvalos, L.M. 1999. Ornithologicalobservations from Reserva Natural Tambito, Cauca,south-west Colombia. Cotinga, 12: 48-55.

    Emmons, L.H. & Feer, F. 1997. Neotropical rainforestmammals, a Field Guide, Second Edition. Universityof Chicago Press, Chicago.

    Handley, C.O. 1988. Specimen preparation. In;Ecological and behavioral methods for the study ofbats. Kunz, T.H. ed. Smithsonian Institution Press,Washington, DC.

    Holdridge, J.R. 1967. Life zone ecology. San Jos,Costa Rica Tropical Science Center.

    IUCN. 1996. IUCN Red List of Threatened AnimalsDatabase. Online document available http://www.wcmc.org.uk.

    Jarvis, A. & Dvalos, L.M. 1999. Project Negret:exploring innovative techniques in measuring and

    monitoring biological diversity in the tropicalmontane rain forests of Cauca, Colombia.Unpublished report to the Royal Geographic Society.40 pp.

    Kalko, E.K.V. 1997. Diversity in tropical bats. In:Tropical biodiversity and systematicsProceedingsof the International Symposium on Biodiversity andSystematics in Tropical Ecosystems, Bonn 1994.Ulrich, H. ed. Pp. 13-43. ZoologischesForschungsinstitut und Museum Alexander Koenig,Bonn.

    Kalko, E.K.V., Handley, C.O. & Handley, D. 1996.Organization, Diversity and long-term dynamics ofa Neotropical Bat Community. In: Long-TermStudies of Vertebrate Communities. Cody M.L. &J.A. Smallwood, eds. Academic Press, San Diego.

    Koopman, K.F. 1994. Chiroptera: Systematics.Handbuch der Zoologie: VII.

    Olson D.M. & Dinerstein, E. 1997. Global 200:conserving the worlds distinctive Ecoregions. Mappublished by WWF-US, Washington, DC.

    Ospina-Ante, O. & Gomez, L.G. 1995. Estudiocomparativo de la comunidad de murcilagos en laReserva Natural La Planada (Narinho). Unpublishedtechnical report to Programa de Becas GrupoEcolgico GEA-Programa de Becas FundacinMacArthur. 80pp.

    Reid, F.A. 1998. A Field Guide to the Mammals ofCentral America and Southeast Mexico. OxfordUniversity Press, New York.

    Remsen, J.V. & Good, D.A. 1996. Misuse of data frommist-net captures to assess relative abundance inbird populations. The Auk 113(2): 381-398.

    Simmons, N.B. & Voss, R.S. 1998. The mammals ofParacou, French Guiana: a neotropical lowlandrainforest fauna. Part 1: Bats. Bull. Amer. Mus. Nat.Hist. 237.

    Simmons, N.B., Voss, R.S. & Kalko, E.K.V. 1998.Efficacy of faunal inventory methods in theNeotropics: an example from French Guiana.Program and abstracts of the 28th Annual NorthAmerican Symposium on Bat Research.

    Tamsitt, J.R. & Valdivieso, D. 1966. Bats fromColombia in the Swedish Museum of NaturalHistory, Stockholm. Mammalia 30: 97-104.

    Voss, R.S. & Emmons, L.H. 1996. Mammaliandiversity in neotropical lowland rainforests: apreliminary assessment. Bull. Amer. Mus. Nat. Hist.230.

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48115

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 116

    UM NOVO MTODO PARA MARCAO DEMORCEGOS

    Carlos Esbrard

    Caio DaemonProjeto Morcegos Urbanos, Fundao RIOZOO,Quinta da Boa Vista s.n, Rio de Janeiro, RJ,22.251-040, Brasil. E-mail :[email protected] e [email protected]

    O uso de marcadores individualizados para morcegos essencial para a realizao de pesquisas ecolgicas.O mais empegado no mundo consiste no uso de anilhasnumeradas, metlicas ou plsticas. As mesmas soadaptadas ao antebrao dos morcegos capturados,podendo ou no ser necessria a realizao de cortesno uropatgio. As anilhas podem apresentar algumasdesvantagens para os pesquisadores brasileiros, entreas quais podemos citar o elevado custo final com aadio de frete e impostos de importao. Ainexistncia de fabricantes nacionais de modelosadequados aos morcegos brasileiros inviabiliza muitasvezes sua utilizao.

    Vrios outros mtodos j foram testados por nossaequipe ou descritos na bibliografia, como tatuagensou furos no dactilopatgio, que apresentam poucadurabilidade e necessitam ser refeitos com intervalosregulares, impossibilitando seu uso em anlises delonga durao.

    Recentemente foi descrito o uso de colar de bolas deao inoxidvel, ao qual adaptado uma anilhanumerada. Tal mtodo, aparentemente menosestressante para os morcegos que a realizao de cortesno patgio para uso de anilhas ainda apresenta oinconveniente do custo elevado, no entanto, as anilhasa serem empregadas so mais simples e um nicotamanho, dispensando o uso de vrios tamanhos e deaplicadores especficos para cada tamanho.

    Adaptamos o uso de coleiras plsticas para osmorcegos capturados. Aps experimentos com 3modelos diferentes de amarras plsticas encontramosum que se adapta s nossas necessidades e apresentaas caracteristicas desejadas GI-5000 (Baumgarten)

    Figura 1 Amarras plsticas, modelo GI-5000, fabricadaspela Baumgarten Ltda, Atlanta, USA, com 12,8 mm decomprimento.

    DETECTION OF RABIES VIRUS FROMARTIBEUS LITURATUS OLFERS, 1818, BY

    THE IMMUNOPEROXIDASE AND RT/PCRTECHNIQUES

    Cardoso, T. C.Wagner A. PedroRahal, P.Pilz, D & Silva, L.H.Q.Laboratrio de Chiroptera, Dept de Apoio,Produo e Sade Animal, UNESP-Araatuba, Cx.Postal 341, CEP 16050-680-Araatuba, SP. e-mail:[email protected]

    A diagnostic capability that includes virus isolationand identification in cell cultures is highly desirable,even in countries where rabies is not endemic. Thepotential use of CER in the diagnosis of rabiesinfection has also been evaluated and this system canbe used to study the processes of infection. In thisstudy the challenge virus standard (CVS) and fieldrabies strain isolated from a frugivurous bat Artibeuslituratus Olfers, 1818, were propagated in CERmonolayer, and 72h post-infection the cytophatic effectwas observed. Than, the monolayer were fixed withacetone:ethanol (3:2) and the goat g-globulin antirabies was added at 1: 2000 dilution, and incubatedover night. The immunoperoxidase technique was asimple and relatively cheap technique, which can beespecially useful for epidemiological surveys. Theantigen could be visualized with an invertedmicroscope, and carried out in laboratories that donot have the necessary equipment for fluorescentantibody. The RT-PCR was performed using the primer304 and primer 10g for amplified the nucleoprotein(NP) sequence of the genome. The RT-PCR resultsdemonstrated that the rabies isolation performedinfecting the CER monolayers was successful andequaly sensitive. Moreover, it was possible to comparethe time needs to obtain the results, and it wasconcluded that the mouse inoculation test wasmore laborious to perform.

    Work supported by FAPESP proc n98/13717-9; 98/08940-0.

    N ews

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48116

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 117

    - (1) malevel, no limitando os movimentos dosanimais; (2) comprimento satisfatrio facilitando omanuseio no momento da aplicao 12,65 mm, (3)peso adequado a todas as espcies de morcegosPhyllostomidae 0,2 g e (4) fina o bastante parapermitir os movimentos normais da cabea. Talmodelo (Figura 1) comercializado pelo fabricante econtatos podem ser efetuados pela Internet(www.baumgarten.com).

    Para permitir a realizao de observaesindividualizadas idealizamos o uso de cilindrosplsticos coloridos. Visando o baixo custo e afacilidade de preparo por qualquer pesquisador emqualquer parte do pas usamos a cobertura dos fios demonofilamento de cobre de 1,5 mm, que foi cortada acada 2-3 mm, formando anis. Tal fio encontradoatualmente no mercado com, pelo menos, 7 cores.Adotamos para cada cor um algarismo romano (azul I, verde V, preto X, amarelo L, vermelho C,branco D, laranja M), permitindo numerar asanilhas empregadas seqencialmente, simplesmenteintroduzindo os anis na sequncia desejada. A coleiraassim produzida permite identificar at 3.999indivduos, sem a adoo de novas cores. Calculamoso mximo de 14 anis coloridos para a amostra, quepermitiria que a coleira tivesse um dimetro de at22,65 mm, adaptvel s menores espcies dePhyllostomidae j registradas para o estado do Rio deJaneiro Glossophaga soricina (10,58 + 2,48 g, N =234) e Vampyressa pusilla (11,49 + 2,36 g, N = 49)(C.E. Esbrard, com. pess.).

    Considerando que o peso do marcador deve ser o maisreduzido possvel estimamos que o peso mximo dacoleira varia de 0,3 a 0,6 g, correspondendo a 0,064 -0,068% do peso mdio das menores espcies, quemostra-se abaixo de outros marcadores j descritos.

    A espessura reduzida deste modelo no resulta eminconveniente, mesmo para as espcies dePhyllostominae que apresentam com freqnciadesenvolvimento da glndula esternal Phyllostomushastatus e Phylloderma stenopus. Ao ser fechadatorna-se inviolvel e praticamente invisvel, excetopelo fecho na nuca do animal. Pela inexistncia deaberturas ou arestas no se prende com facilidade nasredes de neblina na eventualidade de uma recaptura.A colocao no animal contido demanda uma nicapessoa e necessita de alguns segundos.

    Com essas caractersticas e principalmente ao seubaixo custo, acreditamos que o mtodo mostra-se tilpara uma variada gama de trabalhos de campo.

    FLIGHT MORPHOLOGY, DIET ANDCOMPOSITION OF A BAT ASSEMBLAGE

    (MAMMALIA: CHIROPTERA) IN THE RIODOCE STATE PARK, SOUTH-EAST BRAZIL

    Valria da Cunha Tavares

    Master Course in Ecology, Conservation and WildlifeManagement - Universidade Federal of Minas Gerais,Brazil. e-mail: [email protected]

    Functional morphology is a valuable approach tounderstand the organism performance and fitness.This study examines some morphological features ofthe wings and tail membranes of phyllostomid bats inorder to analyze the relationship between flightmorphology and feeding preferences. Data is alsopresented on community structure and diversity, andthe responses of some bat species to environmentaldisturbance. I studied the bat community in the RioDoce State Park, the largest protected area of AtlanticForest in the state of Minas Gerais, southeasternBrazil. Bats were sampled through capture with mist-nets and by searching for diurnal roosts.

    Surveys of the bat fauna were carried out in threedifferent areas which differed in their degree ofdisturbance through human activities: 1) Campolina tall mature forest, 2) Secondary a forest ofintermediate disturbance, 3) Campo de Pouso highlydisturbed low secondary forest and open area.Chiropterochorous plants were recorded in each,examining their distribution and average height.

    The diets of the bats were determined through theanalysis of fecal samples. The outstretched wings oflive bats were also photographed in the field formorphological analysis. Cecropia glaziovi and Ficusspp. were important canopy species in the well-preserved area of tall forest (Campolina), with Piperbeing frequent in the understorey of both primary andsecondary growth areas. Cecropia pachystachia wasfound in all of three areas but the tallest individuals,reaching the canopy, occurred in the Campolina area.Vismia magnoliifolia was recorded only in the mostdisturbed area (Campo de Pouso). Sixteen of 28 speciesof bats registered for the Park were new records. Fiveof them were found in diurnal roosts.

    The known geographic distributions of Micronycterisschmidtorum and Uroderma magnirostrum wereexpanded. The Campo de Pouso area was less diverseand showed the lowest evenness in terms of speciescomposition and abundance. The Campolina area (tallmature forest) and the Secondary area (of intermediatedisturbance) showed similar diversities, but evennesswas higher in the latter. Cecropia and Ficus were the

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48117

  • Chiroptera Neotropical, 5(1-2), 1999

    Page 118

    main dietary item of the Stenodermatinae fruit bats,and Piper was dominant in the fecal samples ofCarollia perspicillata. Vismia magnoliifolia fruitswere recorded as a food item for bats for the first time.

    The relative abundance of Desmodus rotundus, C.perspicillata and the presence/absence ofPhyllostominae (with the exception of the genusPhyllostomus) were considered as potential indicatorsof the levels of habitat disturbance in the south-eastof Brazil. The phyllostomid bats had variable WingLoading (WL), generally low Aspect Ratio (AR), andlarge wing areas indicating high maneuverability. TheWing Area (S) increases more than expected with bodymass for phyllostomid fruit bats.

    On the other hand, the WL increases less than expectedwith the increase in body mass. The low values of WLand the large wing areas of phyllostomids enables aslow and maneuverable flight. The AR was constantin relation to increase in body mass and was alwayslow.

    Each of the phyllostomids were characterized in termsof their flight attributes. The bats considered here astypical of the understorey (Caroliinae andPhyllostominae) were of small to medium body size,had a low WL and rounded (high values for theWingtip Shape Index - TSI) to triangular wingtips(Phyllostominae, foliage-gleaning insectivorous bats).

    The fruit bats considered being canopy foragers andthe species with the most flexible foraging habitats(Stenodermatinae) had comparatively higher WL androunded (in the case of 'flexible bats') or pointedwingtips ('canopy bats'). A niche matrix was produced,based on the foraging strategies, feeding preferencesand relative abundance of each species, grouping theminto foraging guilds and splitting them by body weight.

    Twelve foraging guilds were proposed for the batcommunity of the Park, based on a modified divisionof 10 guilds described previously. In this classification,phyllostomid fruit bats fell into three distinct guilds:the Canopy fruit bats Cecropia and Ficus consumerswith relatively high WL, variable AR (tending to lowvalues), large wings with pointed wingtips, extremelyagile with high maneuverability.

    The Understorey fruit bats Piper consumers withlow WL and AR and rounded wingtips, and a highlymaneuverable flight with the ability to hover, and theFlexible fruit bats with a more generalized diet offruits, presenting flight characteristics of the canopybats, but frequently caught in disturbed areas.Ecomorphological studies of flight are an importanttool for solving questions regarding resource use andmicrohabitat selection of Neotropical bat communities,

    since wing morphology evidently plays a verysignificant role in the interaction of bats with theirhabitat and food sources.

    We would be most grateful if you could send usinformation on projects, research groups, events(congresses, symposia, and workshops), recentpublications, activities of bat societies and NGOs,news items or opinions of recent events and suchlike,either in the form of manuscripts (double-spaced) orin diskettes for PC compatible text-editors (ASCIIfiles, AmiPro, MS-Word, Wordperfect, Wordstar).Articles, not exceeding six pages, can include smallblack-and-white photographs, figures, maps, tablesand references, but please keep them to a minimum.

    Please send contributions to the editors:

    Chiroptera Neotropical home pagehttp://www.unb.br/ib/zoo/chiroptera

    Ludmilla M. de S. AguiarCLN 212 bloco D sala 103 - 70.864-540 -Braslia - DF - [email protected]

    Valdir A. TaddeiLaboratrio de Chiroptera, Departamento deBiologia - UNIDERP - Universidade para oDesenvolvimento do Estado e da Regio doPantanal - CP 2153 - CEP 79003-010 - CampoGrande - Mato Grosso do Sul. email:[email protected]

    C ontr ibut i ons

    Design and Composition: Ricardo B. Machado & Ludmilla Aguiar.

    Este nmero foi produzido graas ao apoio e os recursos doPrograma do Brasil da Conservation International

    This number was supported by Conservation International- Brazil Program

    CN5-1-2.pmd 15/1/2003, 16:48118