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Cdigo de Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Paran

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CDIGO DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS DO ESTADO DO PARANLEI ESTADUAL N 7297, de 8 de janeiro de 1980.Smula: Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Paran.

A Assemblia Legislativa do Estado do Paran decretou e eu sanciono a seguinte lei: CDIGO DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS DO ESTADO DO PARAN DISPOSIO PRELIMINAR Art. 1. Este Cdigo dispe sobre a Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Paran e disciplina o funcionamento dos rgos incumbidos da administrao da Justia e de seus servios auxiliares. LIVRO I Da Organizao Judiciria Ttulo I Da Organizao Judiciria Captulo nico Dos rgos do Poder Judicirio Art. 2 So rgos do Poder Judicirio no Estado: . I - O Tribunal de Justia; II - O Tribunal de Alada; III - Os Tribunais do Jri;

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IV - Os Juzes de Direito; V - Os Juzes Substitutos;(1) (102) VI - Os Juizados Especiais;(1) (2) (102) (108) VII - Os Juzes de Paz. (1) (102) 1 Os componentes desses rgos so autoridades judicirias e, dentro . de sua competncia, a eles esto sujeitos todos os assuntos judicirios que se suscitarem no territrio do Estado, qualquer que seja a natureza da ao ou qualidade das pessoas que neles intervenham. 2. So Juzes Substitutos: I - os de incio de carreira, para substituio nas entrncias inicial e intermediria, com sede na comarca que encabear a respectiva Seo, nomeados mediante concurso, nos termos dos arts. 41 a 45, com a incumbncia definida nos arts. 46 e 47; II - os de entrncia final, para substituir nas comarcas dessa categoria nelas sediados, promovidos entre os de entrncia intermediria, sendo observado o disposto no inciso III do art. 41; III os de substituio em segundo grau, classificados na entrncia final, para substituir membros dos Tribunais, com preenchimento mediante remoo, entre os titulares de Vara: a) a designao ser feita pelo Presidente do Tribunal de Justia, cabendo ao Presidente do Tribunal de Alada, quando for o caso, a respectiva solicitao; b) o Juiz Substituto em segundo grau, durante a substituio, ter a mesma competncia atribuda ao substitudo, exceto em relao s matrias administrativas. 3 Em regime de exceo decretado pelo rgo Especial em virtude do . acmulo de processos, os Juzes Substitutos em segundo grau podero ser convocados para auxiliar mediante atribuio de processos certos. 4 Os Juzes Substitutos em segundo grau gozaro frias coletivas, . exceto quando convocados.(102) Art. 3. Para fazer executar decises ou diligncias, que ordenarem, podero os Tribunais e Juzes requisitar da autoridade competente o auxlio da fora pblica.

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Ttulo II Do Tribunal de Justia. Captulo I Da Composio

Art. 4. O Tribunal de Justia, com sede na Capital e Jurisdio em todo o territrio do Estado, compe-se de quarenta e trs (43) Desembargadores.

- dispositivo alterado pela lei 13328/01 Art. 5 Os Desembargadores sero nomeados pelo Governador do Estado . dentre os Juzes do Tribunal de Alada e os de Direito, por antigidade e merecimento alternadamente. 1 No caso de antigidade, apurada na ltima entrncia, o Tribunal de . Justia poder recusar o mais antigo, pelo voto da maioria de seus membros, repetindo-se a votao at se fixar a indicao. 2 No caso de merecimento, a indicao far-se- em lista trplice. . 3 Havendo mais de uma vaga a ser preenchida por merecimento, a lista . conter, se possvel, nmero de magistrados igual ao das vagas, mais dois para cada uma delas. Art. 6 Para efeito de acesso ao Tribunal de Justia, sero considerados . de entrncia final os Juzes do Tribunal de Alada. Pargrafo nico. Os Juzes que integram o Tribunal de Alada somente concorrero s vagas no Tribunal de Justia correspondentes classe dos magistrados. Art. 7 Um quinto dos lugares do Tribunal de Justia ser preenchido por . advogados, no efetivo exerccio da profisso e membros do Ministrio Pblico, todos de notrio merecimento e idoneidade moral, com dez (10) anos, pelo menos, de prtica forense.

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1 Os lugares reservados aos membros do Ministrio Pblico ou . advogados sero preenchidos, respectivamente, por membros do Ministrio Pblico e por advogados indicados em lista trplice pelo Tribunal de Justia. 2 Em sendo mpar o nmero de vagas destinadas ao quinto . constitucional, uma delas ser, alternada e sucessivamente, preenchida por advogado e membro do Ministrio Pblico, de tal forma que, tambm sucessiva e alternadamente, os representantes de uma dessas classes superem os da outra em unidade. 3 No se consideram membros do Ministrio Pblico, para . preenchimento da vaga correspondente, os juristas estranhos carreira nomeados em comisso para o cargo de Procurador Geral da Justia, ou outro de chefia. Art. 8 Verificada a vaga, que deva ser provida de conformidade com o . artigo anterior, o Presidente do Tribunal de Justia far publicar edital, com o prazo de dez (10) dias, chamando inscrio os candidatos ao respectivo preenchimento. 1 Os interessados devero apresentar requerimento acompanhado de . todos os documentos e ttulos que comprovem os requisitos exigidos. 2 Os requerimentos, que sero protocolados no Gabinete da . Presidncia e tero tramitao sigilosa, sero relatados pelo Presidente, tambm em sesso secreta do Tribunal Pleno e, uma vez votada a lista trplice, sero incinerados, sem que se divulgue o nome dos inscritos. 3 Sem prejuzo do disposto nos dois pargrafos anteriores, o . Presidente do Tribunal de Justia, ou qualquer de seus membros, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil - Seo do Paran, e o Instituto dos Advogados do Paran, se a vaga couber a advogado, ou a Procuradoria Geral da Justia, se a vaga couber a membro do Ministrio Pblico, podero submeter considerao do Tribunal no mesmo prazo, nomes de pessoas que preencham os requisitos legais. Captulo II Do funcionamento

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Art. 9 O Tribunal de Justia ser dirigido por um de seus membros, como . Presidente. Dois outros Desembargadores exercero as funes de VicePresidente e Corregedor da Justia, respectivamente. 1 O Tribunal de Justia, em sesso plenria, pela maioria de seus . membros e por votao secreta, eleger, dentre seus Juzes mais antigos, em nmero correspondente ao dos cargos de direo, os titulares destes, com mandato de dois (2) anos, proibida a reeleio. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direo por quatro (4) anos, ou o de Presidente, no figurar mais entre os elegveis, at que se esgotem todos os nomes na ordem de antigidade. obrigatria a aceitao do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleio. 2 O disposto no pargrafo anterior no se aplica ao Juiz eleito para . completar o perodo de mandato inferior a um (1) ano. Art. 10. Vagando a Presidncia, o Vice-Presidente a exercer pelo perodo restante, sendo substitudo em seu cargo pelo Desembargador mais antigo, aplicando-se este ltimo princpio quando a vaga for de Corregedor da Justia. Art 11. O Tribunal de Justia funcionar em tribunal Pleno, em rgo Especial, em Conselho da Magistratura, em Grupo de Cmaras Cveis e em Grupo de Cmaras Criminais, em oito (08) Cmaras Cveis Isoladas e duas (02) Cmaras Criminais Isoladas. - dispositivo alterado pela lei 13328/01 Pargrafo nico. O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor da Justia no integraro Cmaras ou Grupo de Cmaras. (4) (104) Art. 12. O Tribunal constituir Comisses Internas, permanentes ou no, cuja composio, atribuies e funcionamento sero disciplinados pelo Regimento Interno. Captulo III Do Tribunal Pleno

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Art. 13. Ao Tribunal Pleno, constitudo por todos os membros do Tribunal de Justia, compete, privativamente: I - eleger seus dirigentes e indicar os membros do rgo Especial e do Conselho da Magistratura, observado o disposto no presente Cdigo, dando-lhes posse; II - propor ao Poder Legislativo, pela maioria absoluta de seus membros, alterao da presente Lei, vedadas emendas estranhas ao objeto da proposta ou que determinem aumento de despesas; desde que, entretanto, a proposta implique em aumento de despesa, o Tribunal de Justia encaminhar ao Governador do Estado, para iniciativa do processo legislativo; III - elaborar seu Regimento Interno e organizar os servios auxiliares de sua Secretaria, provendo os cargos por ato da Presidncia; IV - organizar a lista para provimento de cargos de Desembargador; V- ...suprimido.. (5) VI - ..suprimido..(5) Captulo IV Do rgo Especial Art. 14. O rgo Especial ser composto pelo Presidente e pelo VicePresidente do Tribunal de Justia, pelo Corregedor da Justia, que nele exercero funes iguais, e por mais vinte e dois (22) Desembargadores de maior antigidade no cargo, respeitada a representao de advogados e membros do Ministrio Pblico, sendo inadmitida a recusa do encargo. (6) Art. 15. So atribuies do rgo Especial: I - representar Assemblia Legislativa sobre a suspenso da execuo, no todo ou em parte, de lei, ato ou decreto estadual ou municipal, cuja inconstitucionalidade haja sido declarada por deciso definitiva; II - aprovar a proposta do oramento da despesa do Poder Judicirio a ser encaminhada, em poca oportuna, ao Governador do Estado; III - aprovar as propostas de abertura de crditos adicionais;

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IV - conhecer da prestao de contas a ser encaminhada anualmente, ao rgo competente da administrao estadual; V - deliberar sobre pedidos de informao de comisso parlamentar de inqurito; VI - propor ao Executivo e Assemblia Legislativa, conforme o caso, a elaborao de leis que visem criao ou extino de cargos e fixao dos respectivos vencimentos, bem como a de quaisquer outras de interesse do Poder Judicirio; VII - aprovar modelo de vestes talares para os magistrados e servidores da Justia; VIII - determinar a instalao de Cmaras, Comarcas, Varas e Ofcios de Justia; IX - aplicar sanes disciplinares s autoridades judicirias, em processos de sua competncia; X - determinar a perda do cargo, a remoo ou disponibilidade dos Desembargadores e Juzes, nos casos e pela forma previstos em lei; XI - promover a aposentadoria compulsria de magistrado, mediante competente exame de sade, nos casos de doena ou outros previstos em lei; XII - homologar o resultado de concursos para o ingresso na magistratura; XIII - solicitar a interveno federal, nos casos previstos na Constituio do Brasil; XIV - aprovar smulas de sua jurisprudncia predominante; XV - conhecer das sugestes contidas nos relatrios anuais da Presidncia, da Corregedoria da Justia e dos Juzes de Direito, podendo organizar comisses para estudos das matrias de interesse da Justia; XVI - decidir sobre o pedido de frias e de licenas dos Desembargadores; (7) XVII - declarar a vacncia, por abandono de cargo, na magistratura; (7) XVIII - conhecer e julgar as dvidas, que no se manifestarem em forma de conflito, sobre a distribuio, preveno, competncia e ordem de servio, em matria de suas atribuies, e dirimir, por assento, as dvidas sobre competncia

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das Cmaras, rgos dirigentes do Tribunal e Desembargadores, valendo as decises tomadas, neste caso, como normativas; XIX - conhecer e julgar os recursos das decises de recebimento ou rejeio de queixa ou denncia, nos crimes de sua competncia originria, e os dos demais atos do relator, suscetveis de recurso; XX - exercer as demais atribuies conferidas em lei, neste Cdigo ou no Regimento Interno. Art. 16. Compete, privativamente, ao rgo Especial: I - propor ao Poder Legislativo, atravs do Poder Executivo, alterao numrica dos membros do Tribunal de Justia, do Tribunal de Alada e dos Juzes de primeiro grau, observadas as regras do artigo 106 e seus pargrafos da Lei Orgnica da Magistratura Nacional; II - solicitar, pela maioria absoluta de seus membros, ao Supremo Tribunal Federal, a interveno da Unio no Estado, quando o regular exerccio das funes do Poder Judicirio for impedido por falta de recursos decorrente de injustificada reduo de sua proposta oramentria, ou pela no satisfao oportuna das dotaes que lhe correspondam; (8) III - indicar os magistrados, advogados e membros do Ministrio Pblico que devam compor o Tribunal de Alada; os magistrados e os juristas que devam participar do Tribunal Regional Eleitoral e os magistrados de primeiro grau, para efeito de remoo, opo e promoo; (8) IV - processar e julgar originariamente: (8) a) o Governador do Estado e os Deputados Estaduais, nos crimes comuns; b) os Secretrios de Estado e o Procurador Geral da Justia, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvado o disposto no pargrafo segundo do artigo 129 da Constituio Federal; c) os membros do Tribunal de Alada, os Juzes de primeiro grau, os membros do Ministrio Pblico, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, ressalvadas a competncia da Justia Eleitoral e a do Tribunal do Jri, quanto aos ltimos; d) os crimes contra a honra em que for querelante qualquer das pessoas referidas nas letras anteriores, quando oposta e admitida exceo de verdade;

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e) os mandados de segurana contra atos seus e do Presidente do Tribunal; V - processar e julgar originariamente: a) os mandados de segurana contra atos do Governador, da Assemblia Legislativa, sua mesa e seu Presidente, do Vice-Presidente do Tribunal de Justia e do Corregedor da Justia, do Procurador Geral da Justia, do Conselho da Magistratura, das Cmaras, do Tribunal de Contas e de seu Presidente; b) ...(suprimido) (113) c) as habilitaes e outros incidentes, nos processos de sua competncia originria ou recursal; d) as aes rescisrias de seus acrdos e as revises criminais; e) as suspeies opostas a Desembargadores e ao Procurador Geral da Justia, quando no reconhecidas; f) as representaes contra membros do Tribunal de Justia e do Tribunal de Alada, por excesso de prazo previsto em lei; g) a execuo de julgados em causas de sua competncia originria, podendo delegar primeira instncia a prtica de atos no decisrios; h) as reclamaes, quando o ato reclamado for pertinente a execuo de acrdos seus; VI - julgar: a) os embargos infringentes opostos aos acrdos dos Grupos de Cmaras, em ao rescisria, e os recursos de despachos que os no admitirem; b) os agravos de despachos do Presidente que, em mandado de segurana, ordenarem a suspenso da execuo de medida liminar ou de sentena que o houver concedido; c) os agravos ou outros recursos cabveis de despachos proferidos nos feitos de sua competncia pelo Presidente, Vice-Presidente ou relator; d) os recursos das decises do Conselho da Magistratura: VII - deliberar sobre: a) assunto de ordem interna, quando especialmente convocado para este fim pelo Presidente, por ato prprio, ou a requerimento de um ou mais Desembargadores;

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b) a permuta ou a remoo voluntria de Desembargadores de uma para outra Cmara; c) quaisquer propostas ou sugestes do Conselho da Magistratura, notadamente as concernentes organizao da Secretaria do Tribunal de Justia e servios auxiliares; d) a permuta ou remoo voluntria dos Juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio; e) a proposio de projetos de lei de sua iniciativa. Pargrafo nico. Os Desembargadores no integrantes do rgo Especial, observada a ordem decrescente de antigidade, podero ser convocados pelo Presidente para substituir os que o componham, nos casos de afastamento ou impedimento. Captulo V Do Conselho da Magistratura Art. 17. O Conselho da Magistratura, com funo disciplinar, do qual so membros natos o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal de Justia, e o Corregedor da Justia, compor-se- de mais cinco (5) Desembargadores, sendo trs (3) eleitos e dois (2) outros, os mais modernos do Tribunal. (9) 1 A eleio ser realizada na mesma sesso de eleio da direo do Tribunal, com mandato coincidente com o desta, quando necessrio, para complementao do mandato. (10) 2 .O Conselho da Magistratura ter como rgo superior o rgo Especial a que alude o captulo anterior. 3 Alm do que for estabelecido pelo Regimento Interno, compete ao . Conselho da Magistratura: (10) I - discutir sobre a proposta do oramento da despesa do Poder Judicirio e sobre as propostas de abertura de crditos especiais, a serem examinadas pelo rgo Especial (art. 15, II e III); II - exercer controle sobre a execuo do oramento da despesa do Poder Judicirio;

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III - declarar a vacncia de cargo, por abandono, nas serventias de Justia; IV - indicar serventurio da Justia para remoo; V - opinar sobre o pedido de permuta dos serventurios da Justia; VI - julgar os recursos interpostos contra decises em concursos para nomeao de serventurios da Justia, bem como homolog-lo e indicar candidato nomeao; VII - julgar os recursos interpostos contra as decises do Corregedor da Justia; VIII - delegar poderes a Desembargadores para procederem correies nas Comarcas, mediante propostas do Corregedor da Justia; IX - referendar ou alterar, por proposta do Corregedor da Justia, a designao de substituto aos servidores da Justia, em caso de vacncia (art. 50, X). Captulo VI Das Cmaras Cveis e Criminais Isoladas Art. 18. As Cmaras Cveis Isoladas e as Cmaras Criminais Isoladas, composta por quatro (4) Desembargadores cada uma, tero a competncia e o funcionamento disciplinados no Regimento Interno. Captulo VII Dos Grupos de Cmaras Art. 19. Os Grupos de Cmaras Cveis, em nmero de quatro (04), e o Grupo de Cmaras Criminais, tm a constituio, a competncia e o funcionamento estabelecidos no Regimento Interno do Tribunal de Justia. - dispositivo alterado pela lei 13328/01 Captulo VIII Da Cmara de Frias Art. 20. A Cmara de Frias ter a constituio, a competncia e o funcionamento estabelecidos no Regimento Interno.

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Captulo IX Da Corregedoria da Justia Art. 21. Compete Corregedoria da Justia a inspeo permanente sobre todos os Juzes e serventurios da Justia, para instru-los, emendar-lhes os erros ou punir-lhes as faltas e abusos, devendo manter, para esses efeitos, cadastro funcional prprio de cada uma daquelas pessoas. Art. 22. A Corregedoria tem como titular o Corregedor da Justia, com jurisdio extraordinria permanente sobre todos os Juzes e serventurios da Justia do Estado. Art. 23. Anualmente, o Corregedor da Justia visitar, obrigatoriamente, pelo menos dez (10) Comarcas em correio geral ordinria, sem prejuzo das correies extraordinrias gerais ou parciais que entenda fazer, ou haja de realizar por determinao do Conselho da Magistratura. 1 As correies nos cartrios dos ofcios do foro judicial e extrajudicial e . demais rgos, na Comarca de Curitiba, sero feitas por Juzes de Direito e presididas pelo Corregedor da Justia. (11) 2 Para esse fim, e por proposta da Corregedoria da Justia, o Conselho . da Magistratura poder autorizar a convocao, pelo prazo mximo de dois (2) anos, de Juzes de Direito da Comarca de Curitiba, em nmero no superior a quatro (4). (11) 3 Os Juzes convocados exercero, tambm, funes correlatas, a . critrio do Conselho da Magistratura. (11) Art. 24. O Juiz convocado, pelo exerccio das funes mencionadas no artigo anterior, nenhuma vantagem pecuniria perceber, salvo transporte e diria para alimentao e pousada, quando se deslocar de sua sede (art. 129, da L. O. M. N.). (12) Art. 25. Haver, na Corregedoria, livro prprio para registro de queixas, de qualquer do povo, por abusos, erros ou omisses das autoridades judicirias, seus auxiliares, serventurios e funcionrios da Justia. (13)

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Ttulo III Das Atribuies e Competncia dos Dirigentes do Tribunal de Justia Captulo I Do Presidente do Tribunal Art. 26. Ao Presidente do Tribunal de Justia compete: I - superintender todo o servio da Justia, velando por seu regular funcionamento e pela exao das autoridades judicirias no cumprimento de seus deveres, expedindo, para esse fim as ordens ou recomendaes que entender convenientes; II - representar o Poder Judicirio em suas relaes com os demais Poderes e corresponder-se com as autoridades pblicas sobre todos os assuntos que se relacionem com a administrao da Justia; III - dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir s sesses deste, do rgo Especial, do Conselho da Magistratura e do Tribunal Especial, mantendo a ordem, regulando a discusso e os debates, encaminhando e apurando votaes e proclamando seus resultados; IV - representar o Tribunal nos casos em que este no deseje faz-lo por comisso, podendo delegar a incumbncia ao Vice-Presidente ou a outro Desembargador; V - expedir edital para o preenchimento de vaga de Desembargador que deva ser provida pelo quinto constitucional; VI - expedir editais de concurso para ingresso na carreira da Magistratura, conhecendo dos pedidos de inscrio, deferindo-os ou no; VII - expedir edital, no caso de abandono de cargo, e declarar a respectiva vaga, salvo quando se tratar de magistrado; VIII - intervir nos julgamentos de natureza administrativa e nas deliberaes do Conselho da Magistratura; IX - tomar parte no julgamento dos feitos em que houver posto seu "visto" como relator ou revisor;

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X - proferir voto de qualidade, quando houver empate, se a soluo deste no estiver de outro modo regulada; XI - participar do julgamento das questes constitucionais do rgo Especial e funcionar como relator privativo, com direito a voto, nos seguintes feitos: a) suspeio de Desembargador e do Procurador Geral; b) reclamao sobre antigidade dos magistrados; c) aposentadoria dos magistrados; d) reverso ou aproveitamento de magistrados; e) nos demais casos previstos em lei ou neste cdigo; XII - conceder prorrogao de prazo para posse e exerccio; XIII - presidir a audincia de instalao de Comarcas ou Vara Judicial, podendo delegar essa atribuio a qualquer Desembargador; XIV - fazer reorganizar e publicar, anualmente, as listas de antigidade de Desembargadores, Juzes e servidores da Secretaria do Tribunal; XV - convocar sesso extraordinria do Tribunal Pleno, do rgo Especial e do Conselho da Magistratura; XVI - designar Juzes para o servio de substituio e para auxiliar os Juzes de Direito, estabelecendo competncia e atribuies; XVII - conceder frias a Juzes e ao pessoal do Tribunal de Justia, podendo alter-las segundo a convenincia do servio; XVIII - conceder licenas para casamentos, nos casos do artigo 183, nmero XVI, do Cdigo Civil; XIX - fazer organizar folha de pagamento de dirias e de ajudas de custo; XX - assinar os acrdos do Tribunal Pleno, do rgo Especial, do Conselho da Magistratura e do Tribunal Especial, quando tiver presidido ao julgamento; XXI - expedir em seu nome, com sua assinatura, as ordens que no dependerem de acrdo; XXII - ordenar o pagamento, em virtude de sentenas proferidas contra a Fazenda Pblica;

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XXIII - determinar o incio do processo de restaurao de autos perdidos na Secretaria do Tribunal; XXIV - justificar as faltas de comparecimento dos Desembargadores; XXV - expedir provises de solicitadores e autorizar sua renovao, na forma da lei; XXVI - impor penas disciplinares; XXVII - conceder licena aos magistrados e servidores da Justia; XXVIII - mandar contar tempo de servio e acrscimos constitucionais; XXIX - nomear, exonerar, demitir, aposentar e lotar os funcionrios da Justia, bem como enquadr-los e reclassific-los nos termos da legislao vigente; XXX - autorizar e dispensar convites, tomadas de preo e concorrncias; XXXI - firmar contratos, bem como atos de outra natureza, pertinentes administrao do Poder Judicirio; XXXII - dispensar duodcimos dos crditos oramentrios; XXXIII - autorizar o pagamento de vencimentos e vantagens do pessoal da Justia, dos inativos e em disponibilidade, bem assim atribuir gratificaes em razo ao servio judicirio; XXXIV - encaminhar, em poca oportuna, a proposta oramentria relativa ao Poder Judicirio, bem como a abertura de crditos adicionais; XXXV - requisitar as dotaes oramentrias destinadas ao Poder Judicirio; XXXVI - arbitrar e determinar pagamento de dirias e ajudas de custo; XXXVII - encaminhar os originais das folhas de pagamento do pessoal da Justia ao Tribunal de Contas; XXXVIII - autorizar o afastamento do pas de magistrados e servidores da Justia; XXXIX - conhecer as reclamaes contra a exigncia de custas indevidas ou excessivas no Tribunal, ordenando restituies e impondo penas cabveis, providncias que podero ser tomadas independentemente de reclamao, sempre que tais ocorrncias constarem dos autos ou papis que lhe forem presentes;

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XL - admitir ou rejeitar os recursos para as instncias superiores federais, process-los na forma de lei e decidir as questes que suscitarem; XLI - prestar informaes s instncias superiores federais, quando requisitadas; XLII - receber, mandar autuar e remeter ao Juzo Arbitral os compromissos relativos a causas pendentes no Tribunal de Justia; XLIII - conceder licena-prmio a quem de direito; XLIV - providenciar sobre o movimento, entrega e cobrana de autos e papis, quando tais medidas no forem da competncia dos relatores; XLV - assinar cartas de sentena, mandados executrios e ofcios requisitrios; XLVI - ressalvada a competncia do Corregedor, mandar coligir provas para verificao de responsabilidade das pessoas que so processadas e julgadas pelo Tribunal, remetendo-as ao Procurador Geral da Justia; XLVII - despachar as peties de recursos interpostos de acrdos do Tribunal, as de simples juntada e, no estando presente o relator, as referentes a assuntos urgentes, que puderem ficar prejudicadas pela demora; XLVIII - exercer as funes inerentes correio permanente na Secretaria do Tribunal; XLIX - exercer a alta poltica do Tribunal, mantendo a ordem, determinando a expulso dos que a perturbarem e a priso dos desobedientes, fazendo lavrar os respectivos autos; L - prover, na forma da lei, os cargos do Quadro de Funcionrios da Secretaria do Tribunal de Justia; LI - processar e julgar as suspeies e dvidas suscitadas pelos funcionrios sujeitos a sua autoridade direta; LII - julgar os recursos voluntrios sobre incluso ou excluso de jurados e os interpostos de ofcios, no caso do pargrafo 3 do artigo 64 do Cdigo de Organizao e Diviso Judicirias; LIII - apresentar, no ms de maro de cada ano, relatrio dos trabalhos do Tribunal no ano anterior;

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LIV - receber e despachar auto de priso em flagrante de autoridade judiciria e t-la sob sua custdia; LV - baixar instrues para o atendimento das despesas; LVI - determinar abertura de concursos; LVII - compor, livremente, as Comisses no permanentes; LVIII - determinar a inscrio de magistrados nos rgos da previdncia do Estado e o desconto, em folha de pagamento, das alquotas correspondentes contribuio de cada um; LIX - administrar e regular o uso de prdios de propriedade do Estado, quando destinados a Frum ou residncia de Juiz; LX - organizar e manter matrcula dos magistrados; LXI - designar Juzes para as Comarcas ou Varas declaradas em regime de exceo, estabelecendo-lhes as atribuies; LXII - exercer outras quaisquer atribuies mencionadas em lei, neste Cdigo ou no Regimento Interno. Captulo II Do Vice-Presidente do Tribunal Art. 27. Ao Vice-Presidente compete: I - substituir o Presidente em seus impedimentos ocasionais, nas licenas e nas frias; II - participar do rgo Especial e do Conselho da Magistratura; III - colaborar com o Presidente na representao e na administrao do Tribunal; (14) IV - presidir, em audincia pblica semanal, a mesa de distribuio dos processos de natureza cvel e criminal; V - encaminhar ao Presidente, antes do sorteio do relator ou no estando este presente, os feitos e peties que demandem despacho urgente, na forma da lei; VI - homologar as desistncias de recursos cveis, formuladas antes da distribuio;

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VII - determinar a baixa de processos cveis; julgar desertos os recursos dessa natureza nos casos ocorrentes; resolver os incidentes surgidos e mandar cumprir os acrdos da Superior Instncia; VIII - abrir, rubricar e encerrar os livros destinados aos servios do Tribunal; IX - processar e julgar o pedido de concesso de justia gratuita, quando o feito no estiver distribudo ou depois de cessarem as atribuies do relator; X - exercer as funes administrativas expressamente delegadas pelo Presidente e, de comum acordo, colaborar com este nos atos de representao do Tribunal; Art. 28. Compete ainda ao Vice-Presidente exercer outras quaisquer atribuies mencionadas em lei, neste Cdigo ou no Regimento Interno. Captulo III Do Corregedor da Justia Art. 29. Ao Corregedor da Justia, alm da inspeo e correio permanentes dos servios Judicirios, compete: I - participar do rgo Especial e do Conselho da Magistratura; II - tomar parte nas deliberaes do Tribunal Pleno e do rgo Especial sobre matrias de natureza constitucional ou administrativa; III- coligir provas para a efetivao da responsabilidade dos magistrados e para que o Conselho da Magistratura possa desempenhar suas funes; IV - proceder a correies peridicas gerais; V - proceder a correies gerais ou parciais extraordinrias, bem como inspeo correicional em Comarcas e Distritos, por deliberao prpria, do Tribunal, do rgo Especial ou suas Cmaras e do Conselho da Magistratura, quando constar a prtica de abusos que prejudiquem a distribuio da Justia; VI - proceder, por determinao do Tribunal, do rgo Especial ou suas Cmaras, a correies extraordinrias em prises, sempre que em processo de HABEAS CORPUS, houver indcios veementes de ocultao ou remoo de presos, com o intuito de ser burlada a ordem ou dificultada sua execuo;

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VII - receber e processar as reclamaes contra Juzes, funcionando como relator no julgamento pelo Conselho da Magistratura; VIII - receber, processar e decidir as reclamaes contra os serventurios da Justia, impondo-lhes as penas disciplinares em que incorrerem; IX - delegar a Juiz de Direito, quando estiver impedido de comparecer, poderes para proceder correio que no versar sobre ato do Juiz de Direito da Comarca; X - instaurar "ex-officio" ou mediante representao de qualquer autoridade judiciria ou de membro do Ministrio Pblico, inqurito administrativo para apurao de falta grave ou invalidez de servidores da Justia, de cujas concluses far relatrio ao Conselho da Magistratura; XI - verificar, determinando as providncias que julgar convenientes para a imediata cessao das irregularidades que encontrar: a) se os ttulos de nomeao dos Juzes e servidores da Justia se revestem das formalidades legais; b) se os Juzes praticam qualquer das faltas referidas neste Cdigo; c) se os servidores da Justia observam o Regimento de Custas; se servem com presteza e urbanidade s partes ou se retardam, indevidamente, atos de ofcio; se tm todos os livros ordenados, na forma da lei, e se cumprem seus deveres funcionais com perfeita exao; d) se consta a prtica de erros ou abusos que devem ser emendados, evitados ou punidos, no interesse e na defesa do prestgio da Justia; e) se todos os atos relativos a posse, concesso de frias, licenas e conseqente substituio dos servidores da Justia, exceto os do Tribunal, so regulares; f) se os autos cveis ou criminais findos ou pendentes apresentam erro, irregularidades ou omisses, promovendo-se suprimento, se possvel; g) se as contas esto cotadas, ordenando a restituio das custas cobradas indevida ou excessivamente; XII - providenciar, "ex officio" ou a requerimento, sobre o retardamento da tramitao de processo;

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XIII - apreciar, nos cartrios, a disposio do arquivo, as condies de higiene e a ordem dos trabalhos, dando aos serventurios as instrues que forem convenientes; XIV - verificar se os Oficiais do Registro Civil criam dificuldades aos nubentes impondo-lhes exigncias ilegais; XV - rever as contas de tutores e curadores; XVI - assinar o prazo dentro do qual, com a cominao da pena disciplinar, devem ser: a) dados tutores ou curadores a menores interditos; b) removidos tutores e curadores inidneos ou ilegalmente nomeados, ou que no tiverem hipoteca legalmente inscrita; c) iniciados os inventrios ainda no comeados ou reativados os que estiverem preparados; XVII - averiguar e providenciar: a) sobre o que se relaciona com os direitos de menores abandonados ou rfos; b) sobre arrecadao de impostos devidos em autos, livros ou papis submetidos a correio; c) sobre arrecadao e inventrio de bens de ausentes e de herana jacentes; XVIII - impor penas disciplinares; XIX - designar por escala semanal, que dever ser publicada no Dirio da Justia e na imprensa oficial, os Juzes de Direito Substitutos da Comarca de Curitiba, para o fim de, nos dias feriados ou naqueles em que no houver expediente no Foro, conhecerem dos pedidos de HABEAS CORPUS, das representaes de priso preventiva e das comunicaes de flagrante delito; XX - relatar, perante o rgo Especial e o Conselho da Magistratura, conforme o caso: a) os processos de remoo e opo de Juzes; b) os processos de permuta e reverso de Juzes; c) os processos de habilitao dos candidatos a Juiz Substituto;

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d) os processos de concurso para provimento dos cargos de serventurios da Justia; XXI - expor, perante o Conselho da Magistratura, os relatrios anuais remetidos pelos Juzes e mandar organizar as estatsticas respectivas; XXII - baixar instrues para realizao dos concursos relativos aos servidores da Justia e instaurar processos de abandono de cargo; XXIII - pronunciar-se sobre pedido de remoo ou promoo de titular de Ofcio da Justia; XXIV - marcar prazo, em prorrogao, para serem expedidas certides a cargo da Corregedoria e dos Ofcios de Justia; XXV - instaurar sindicncia, visando ao afastamento, "ex-officio", de serventurios da Justia, podendo determinar o referido afastamento at trinta (30) dias; XXVI - executar diligncias complementares no caso de priso em flagrante de autoridade judiciria; XXVII - funcionar como instrutor nos processos de disponibilidade e remoo compulsria de Juzes; XXVIII - baixar instrues para redistribuio de processos, livros e papis cartorrios, quando necessrio; XXIX - propor ao Conselho da Magistratura a declarao de regime de exceo de qualquer Comarca ou Vara; XXX - exercer outras quaisquer atribuies mencionadas em lei, neste Cdigo ou no Regimento Interno. Ttulo IV Do Tribunal de Alada Captulo I Da Organizao e Competncia Art. 30. O Tribunal de Alada, com sede na Capital do Estado e jurisdio em todo o seu territrio compe-se de quarenta e nove (49) Juzes, cujo nmero,

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mediante proposta do rgo Especial do Tribunal de Justia, poder ser alterado. (90) (94) Art. 31. Os Juzes do Tribunal de Alada sero nomeados pelo Governador do Estado, mediante indicao do rgo Especial do Tribunal de Justia, observadas as normas constitucionais. Art. 32. Aplica-se, no que couber, ao Tribunal de Alada, o disposto no artigo 9 e seu pargrafo, e nos artigos 11 e 12 do presente Cdigo. Art. 33. O Tribunal de Alada ter a seguinte competncia: (111) I - em matria cvel, a recursos: (90) a) nas aes relativas a locao de imveis; b) nas aes possessrias; c) nas aes relativas matria fiscal da competncia dos Municpios; d) nas aes de acidentes do trabalho; e) nas aes de procedimento sumarssimo, em razo da matria; f) nas execues por ttulo executivo extrajudicial e nas aes existncia, validade e eficcia de ttulo executivo extrajudicial, exceto nas pertinentes matria fiscal de competncia do Estado; g) nas medidas cautelares e nos embargos de terceiros referentes s aes especificadas nas letras anteriores. II - em matria penal, HABEAS CORPUS e recursos: (111) a) nos crimes contra o patrimnio, seja qual for a natureza da pena cominada; b) nas demais infraes a que no seja cominada pena de recluso, isolada, cumulativa ou alternativa, excetuados os crimes ou contravenes relativos a txicos ou entorpecentes, e falncia. Art. 34. Nos casos de conexo ou continncia entre aes de competncia do Tribunal de Justia e do Tribunal de Alada, prorrogar-se- a do primeiro, o mesmo ocorrendo quando, em matria penal, houver desclassificao para crime de competncia do ltimo. Art. 35. O Tribunal de Alada funcionar em Tribunal Pleno, em Grupo de Cmaras Cveis, Grupo de Cmaras Criminais e em Cmaras Cveis Isoladas e

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Cmaras Criminais Isoladas, na forma que dispuser o respectivo Regimento Interno. Art. 36. O Tribunal de Alada no tem ao administrativa e disciplinar sobre os Juzes, cumprindo-lhe, todavia, comunicar ao Presidente do Tribunal de Justia, as faltas observadas. Ttulo V Do Tribunal Especial Capitulo nico Da Organizao e Funcionamento Art. 37. O Tribunal Especial, alm do Presidente, ser composto de dez (10) membros, sendo cinco (5) Deputados eleitos pela Assemblia Legislativa, e cinco (5) Desembargadores, sorteados em sesso pblica do Tribunal de Justia, que para esse fim, poder ser convocado extraordinariamente. 1 O sorteio dos Desembargadores obedecer ao sistema comum e ser . feito em Sesso Plenria, devendo o Desembargador escolhido, que se julgar impedido ou suspeito, assim se declarar desde logo, a fim de que, se aceito o impedimento ou procedente a suspeio, se renove o sorteio. 2 O Desembargador poder requerer que a sesso se tome secreta, . exclusivamente para o fim de expor os motivos da recusa a integrar o Tribunal Especial. Art. 38. Sua presidncia caber ao Presidente do Tribunal de Justia, o qual, em matria decisria, ter apenas o voto de desempate. Art. 39. O Presidente instalar o Tribunal Especial mediante convocao pessoal de cada um dos membros, dentro de (5) dias, aps receber do Presidente da Assemblia Legislativa a comunicao de se haver declarado procedente a acusao contra o Governador ou o Secretrio, se for o caso, com a indicao dos Deputados eleitos para a respectiva composio.

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Art. 40. O Tribunal Especial funcionar no edifcio do Tribunal de Justia, em sala previamente designada e obedecer ao Regimento Interno do Tribunal, no que for aplicvel. LIVRO II Dos Magistrados Ttulo I Dos Magistrados de Primeira Instncia Captulo nico Da Constituio Art. 41. A Magistratura na primeira Instncia constituda de: (91) I - Juiz Substituto; II - Juiz de Direito de entrncia inicial; III - Juiz de Direito de entrncia intermediria;(3)(6) IV - Juiz de Direito Substituto; V - Juiz de Direito de entrncia final; 1 O Juiz Substituto ter sede na Comarca que encabear a Seo . respectiva. 2 O Juiz de Direito Substituto ter sede nas Comarcas de Cascavel, . Curitiba, Londrina, Maring, Ponta Grossa e Foz do Iguau. (95) 3 Na Comarca de Curitiba, alm dos Juzes de Direito Substitutos das . Sees Judicirias, existiro mais quatro que podero ser designados para auxiliarem o Presidente do Tribunal de Justia e o Corregedor da Justia. Ttulo II Dos Juzes Substitutos Captulo I Da Nomeao

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Art. 42. Os Juzes Substitutos sero nomeados mediante concurso de provas e ttulos, perante Comisso Examinadora integrada pelo Presidente do Tribunal de Justia, Corregedor Geral de Justia, representante da Ordem dos Advogados do Brasil e Desembargadores indicados pelo rgo Especial do Tribunal de Justia. (109) Art. 43. Para ser admitido ao concurso, que ser vlido por (1) ano, o candidato preencher os seguintes requisitos: I - ser brasileiro, e estar em exerccio dos direitos civis e polticos e quite com o servio militar; II - no ter mais de quarenta e cinco (45) anos de idade, na data do ltimo dia de inscrio; (19) III - ser bacharel em Direito; (20) (21) IV - fazer prova de bons antecedentes, mediante certido de Escrivania competente da jurisdio onde residiu, depois de completar dezoito (18) anos, e de idoneidade moral, atestada por Juiz ou autoridade perante a qual haja servido; V- fazer prova de sanidade fsica e mental, mediante laudos passados por rgo oficial do Estado; VI - exibir ttulo de habilitao em curso oficial de preparao para a Magistratura. Art. 44. No pedido de inscrio, dever o candidato indicar todos os cargos da atividade que tiver exercido, ficando a seu arbtrio a apresentao de ttulos comprobatrios da capacidade intelectual. Art. 45. O Regimento Interno disciplinar a forma e as condies do concurso, cabendo ao Conselho da Magistratura elaborar o Regulamento respectivo. Pargrafo nico. Sero indicados para nomeao, pela ordem de classificao, candidatos em nmero correspondente s vagas, mais dois para cada vaga, se possvel. Captulo II Da Competncia

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Art. 46. O Juiz Substituto, quando no exerccio de substituio, ou quando designado para auxiliar os Juzes de Direito ter a mesma competncia dos magistrados vitalcios. Pargrafo nico. Na falta, mesmo eventual, de Juiz Criminal, ao Juiz Substituto caber a atribuio de decidir os pedidos de HABEAS CORPUS e de priso preventiva na Seo Judiciria de que titular. Art. 47. 0 Juiz Substituto, quando no estiver no exerccio de Substituio, dever auxiliar os Juzes de Direito das Comarcas da Seo Judiciria respectiva. 1 O Presidente do Tribunal de Justia, ouvido o Corregedor, baixar o . ato de designao, indicando o Juiz ou Juzos em que ser prestado o auxlio, estabelecendo as atribuies a serem desempenhadas. 2 O Juiz Substituto poder ser designado para o exerccio de auxiliar . em Juzos de Comarcas de outras Sees Judicirias, observada a disposio do pargrafo anterior. Ttulo III Dos Juzes de Direito Captulo I Da Nomeao Art. 48. Aps dois (2) anos de exerccio, ou antes, a critrio do rgo Especial, o Juiz Substituto poder ser nomeado Juiz de Direito, independentemente de novo concurso, mediante aferio de sua conduta pessoal e capacidade judicante, atravs de critrios objetivos fundados em relatrios apresentados Corregedoria da Justia e observaes desta, aprovados pelo mesmo rgo Especial. Captulo II Da Competncia

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Art. 49. Salvo disposies em contrrio, compete ao Juiz de Direito o exerccio, em primeira instncia, de toda a jurisdio civil, criminal ou de qualquer outra natureza. Pargrafo nico. Cumpre ao Juiz defender, pelas vias regulares de Direito, a prpria jurisdio. Art. 50. Incumbe, ainda, aos Juzes de Direito em geral, ressalvadas as atribuies das autoridades competentes, funes relativas esfera administrativa e em especial: I - inspecionar as Serventias da Justia da Comarca ou Vara e instruir os respectivos serventurios e funcionrios sobre seus deveres, dispensando-lhes elogios ou punindo-os conforme o caso; II - determinar a remessa de peas processuais ao rgo do Ministrio Pblico, quando verificar a existncia de qualquer crime em autos ou papis sujeitos a seu conhecimento; III - levar ao conhecimento do rgo competente da Ordem dos Advogados, no Estado, as infraes do respectivo Estatuto, quando imputveis advogado ou solicitador; IV - levar ao conhecimento da Corregedoria do Ministrio Pblico as infraes de tica funcional, quando imputveis aos respectivos representantes locais; V - conceder licena, at trinta (30) dias, e frias aos servidores da Justia, dando cincia, obrigatoriamente, ao Corregedor, para efeitos de assentamento; VI - remeter ao Corregedor, nas pocas prprias, relatrios de suas atividades funcionais, de acordo com os modelos aprovados; VII - requisitar da autoridade policial local o auxlio de fora, quando necessrio; VIII - presidir a concurso de Oficial de Justia, Porteiro de Auditrio, Auxiliar de Cartrio, Comissrio de Vigilncia e de Servente, encaminhando os autos respectivos ao Presidente do Tribunal de Justia, para nomeao; IX - nomear ad hoc servidores, quando no houver ou estiver impedido ou fora da sede da Comarca o respectivo titular, ou seu substituto legal, devendo o nomeado prestar o compromisso do cargo;

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X - designar substituto aos servidores da Justia nos casos de vacncia ad referendum do Conselho da Magistratura (art. 17, 3 IX), bem assim nos , casos de licena ou frias, nos termos do art. 178 deste Cdigo; (22) XI - deferir compromisso e dar posse aos servidores da Justia e s autoridades judicirias ou policiais, ressalvada, quanto s ltimas, a competncia concorrente da autoridade administrativa; XII - presidir a concursos para provimento dos cargos de serventurios da Justia; XIII - apreciar as declaraes de suspeio ou impedimento do Juiz de Paz e dos servidores do Juzo, e prover no sentido das respectivas substituies; XIV - desempenhar atribuies delegadas ou solicitadas por autoridade judiciria federal ou estadual, de acordo com a lei; XV - representar ao Corregedor da Justia sobre o afastamento dos serventurios e funcionrios da Justia, sujeitos a processo administrativo, ou incursos em falta considerada grave; XVI - exercer qualquer outra funo no especificada, mas decorrente de lei, regulamento ou regimento; XVII - nomear, como comissrio de vigilncia voluntrios, pessoas com os mesmos requisitos exigidos para as funes de Juiz de Paz, constituindo o encargo, desde que efetivamente exercido, servio pblico relevante. Art. 51. A competncia dos Juzes de Direito, nas Comarcas onde houver mais de um Juiz, ser por distribuio entre as Varas, na forma estabelecida neste Cdigo. (23) 1 Nas Comarcas de entrncia final, a direo do frum ser exercida . por um dos Juzes Titulares, pelo mximo de dois (2) anos, sob indicao do rgo Especial e designao do Presidente do Tribunal de Justia. (91) 2 Nas Comarcas do interior do Estado, a Direo do Frum ser . exercida por um dos Juzes Titulares, pelo prazo mximo de dois (2) anos, mediante sucesso automtica e obedecendo-se ordem de antigidade na Comarca. (24)

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3 As substituies eventuais do Juiz de Direito Diretor do Frum sero . exercidas pelo Juiz de Direito mais antigo na Comarca, independente de designao. (91) Art. 52. 0 Juiz de Direito Auxiliar poder ser designado para o exerccio das funes contidas no Captulo II, Ttulo II, deste Livro. Ttulo IV Dos Conselhos e Auditoria da Justia Militar Captulo I Da Composio e Funcionamento Art. 53. A Justia da Polcia Militar ser exercida: I - pelos Conselhos Militares e pelo Juiz de Direito de Vara da Auditoria da Justia Militar, em primeira instncia, com jurisdio em todo o Estado; (25) II - pelo Tribunal de Justia, em segunda instncia. Art. 54. O Juzo da Vara da Auditoria da Justia Militar ser exercido por Juiz de Direito da Comarca de Curitiba. (25) Art. 55. A Auditoria compor-se-, alm do Juiz de Direito e de um Promotor de Justia, de um Escrivo e de um Oficial de Justia. (25) Pargrafo nico. Para os cargos de Escrivo e Oficial de Justia, o Juiz Auditor requisitar um oficial inferior e um praa de pr da corporao, respectivamente. Art. 56. Quanto composio dos Conselhos Militares, observar-se-, no que for aplicvel, o disposto na legislao da Justia Militar. Art. 57. Em seus eventuais impedimentos ou ausncias, o Juiz da Vara da Auditoria da Justia Militar ser substitudo por Juiz de Direito Substituto, designado pelo Presidente do Tribunal de Justia. (25) Captulo II Da Competncia

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Art. 58. Compete aos rgos da Justia Militar, em primeiro grau, o processo e julgamento dos crimes militares, praticados pelos oficiais e praas da Polcia Militar do Estado e seus assemelhados, bem como de outros assim definidos por lei, regulando-se sua jurisdio e competncia pelas normas traadas na legislao militar. Ttulo V Tribunal do Jri Captulo I Composio e Funcionamento Art. 59. O Tribunal do Jri, instalado nas sedes das Comarcas, obedecer, em sua composio e funcionamento, s normas do Cdigo de Processo Penal. Art. 60. As reunies do Tribunal do Jri sero mensais, devendo instalar-se mediante convocao do Juiz Presidente. 1 Ser dispensada a convocao onde no houver processo preparado . para julgamento. 2 O presidente do Tribunal de Justia poder determinar, sempre que . exigir o interesse da Justia, reunio extraordinria do Tribunal do Jri, em qualquer Comarca. Art. 61. Se a lei instituir outros Tribunais populares, estes funcionaro conforme as disposies respectivas, observadas, no que forem aplicveis, as normas do artigo anterior e seus pargrafos. Captulo II Atribuies e Competncia Art. 62. Compete ao Tribunal do Jri o julgamento dos crimes dolosos contra a vida e dos que lhes forem conexos, consumados ou tentados, referidos no Cdigo Penal.

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1 Nas comarcas onde houver mais de uma Vara Criminal, os processos . de competncia do Tribunal do Jri sero definidos pela distribuio. Pronunciado o ru, os autos sero remetidos ao Presidente do Tribunal do Jri para julgamento. (91) 2 Nas Comarcas de Curitiba e Londrina, a Vara privativa do Tribunal do . Jri no participar da distribuio referida no pargrafo anterior. (91) Ttulo Vl Dos Juzes de Paz Captulo I Da Nomeao Art. 63. Os Juzes de Paz e dois (2) suplentes sero nomeados, pelo Governador do Estado, para cada um dos Distritos Judicirios, inclusive da Capital, mediante escolha em lista trplice, organizada pelo Presidente do Tribunal de Justia, ouvido o Juiz de Direito Diretor do Frum da respectiva Comarca, e composta por eleitores residentes no Distrito, no pertencentes a rgo de direo ou de ao de partido poltico; os demais nomes constantes da mesma lista trplice sero nomeados primeiro e segundo suplentes. Art. 64. So requisitos para nomeao de Juiz de Paz e respectivos suplentes: a) cidadania brasileira e maioridade civil; b) gozo dos direitos civis, polticos e quitao com o servio militar; c) domiclio e residncia na sede do Distrito. 1 O Juiz de Paz e suplentes tomaro posse perante o Juiz de Direito da . Comarca ou, havendo nesta mais de uma vara, perante o Juiz que exercer as funes de Diretor do Frum. 2 No ato do compromisso de cada um, o Juiz examinar a regularidade . da investidura. 3 Negando a posse, o Juiz de Direito recorrer para o Presidente do . Tribunal de Justia.

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Art. 65. O exerccio efetivo da funo de Juiz de Paz constitui servio pblico relevante e assegurar priso especial, em caso de crime comum, at definitivo julgamento. Captulo II Atribuies, Competncia e Substituio Art. 66. O Juiz de Paz, que poder ser substitudo, na sua falta e impedimento, pelo 1 Suplente e este pelo 2 Suplente, tem competncia somente para o processo de habilitao e a celebrao de casamento, no respectivo Distrito Judicirio. 1 Nos casos de falta, ausncia ou impedimento do Juiz de Paz e de . seus suplentes, caber ao Juiz de Direito Diretor do Frum da respectiva Comarca a nomeao de Juiz de Paz ad hoc. 2 A impugnao regularidade do processo de habilitao matrimonial . e a contestao a impedimento oposto sero decididas pelo Juiz de Direito competente, da respectiva Comarca. Ttulo VII Da Remoo, Permuta e Promoo dos Juzes de Direito Captulo I Da Remoo e Permuta Art. 67. A remoo de uma para outra Comarca, alternadamente, por antigidade e merecimento, preceder o provimento inicial e a promoo por merecimento, com ressalva do direito de opo dos Juzes de outras Varas da mesma Comarca pela que houver vagado, se o manifestarem no prazo de oito (8) dias, a contar da publicao do Decreto que deu causa vaga, e respeitada a ordem de antigidade. 1 A remoo por merecimento far-se- mediante escolha pelo Poder . Executivo de nome constante em lista trplice, organizada pelo rgo Especial do

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Tribunal de Justia, dentre os candidatos com mais de dois (2) anos de efetivo exerccio, que a requererem prazo de dez (10) dias, a contar da publicao do edital que deu causa vaga, que deve ser imediatamente veiculada pelo Dirio da Justia, salvo se no houver, com tal requisito, quem aceite o lugar vago ou se foram recusados, pela maioria absoluta dos membros do rgo Especial, candidatos que hajam completado o perodo. 2 A Juzo do rgo Especial do Tribunal de Justia poder ser provida, . pelo mesmo critrio, vaga decorrente de remoo destinando-se a seguinte, obrigatoriamente, ao provimento por promoo. 3 No caso de remoo por antigidade, o rgo Especial do Tribunal . de Justia poder recusar o Juiz mais antigo pelo voto da maioria absoluta de seus membros, repetindo-se a votao at se fixar a indicao. Art. 68. A permuta far-se- por proposta do rgo Especial do Tribunal de Justia e ato do Governador do Estado. Captulo II Da Promoo Art. 69. A promoo dos Juzes de Direito far-se- de entrncia a entrncia, por antigidade e por merecimento, alternadamente observado o seguinte: I - no caso de antigidade, o rgo Especial do Tribunal de Justia poder recusar o Juiz mais antigo, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, repetindo-se a votao at se fixar a indicao; havendo empate na antigidade, ter precedncia o Juiz mais antigo na carreira; II - no caso de merecimento, ser precedida a inscrio dos interessados, para formao de lista trplice, a ser encaminhada ao Poder Executivo, com acrscimo de tantos Juzes quantas sejam as vagas, mais dois, quando mais de uma vaga houver de ser preenchida por esse critrio, sendo obrigatria a promoo de Juiz que figurar pela quinta vez consecutiva em lista de merecimento;

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III - somente aps dois (2) anos de exerccio na respectiva entrncia, poder o Juiz ser promovido, salvo se no houver com tal requisito quem aceite o lugar vago ou se forem recusados pela maioria absoluta dos membros do rgo Especial, candidatos que hajam completado o perodo. Pargrafo nico. Ocorrendo vaga a ser preenchida por promoo, o Presidente do Tribunal far expedir edital de chamamento dos candidatos, com indicao dos que o devam ser por antigidade ou por merecimento, e abertura de prazo de dez (10) dias, contado da publicao no Dirio da Justia, para a respectiva inscrio. Ttulo VIII Do Compromisso, Posse, Exerccio e Antigidade Captulo I Do Compromisso, Posse e Exerccio Art.. 70. Nenhuma autoridade judiciria poder entrar em exerccio do cargo sem apresentar o respectivo ttulo de nomeao ao rgo ou autoridade competente para a posse, a qual se efetivar mediante compromisso solene no momento de honrar seu cargo e de desempenhar com retido suas funes, cumprindo a Constituio e as leis. 1 O compromisso dever ser reduzido a termo e a posse somente se . completar pela entrada em exerccio. 2 Ao receber a investidura inicial, o Juiz dever apresentar declarao . pblica de seus bens. Art. 71. O prazo para entrada em exerccio de trinta (30) dias, contando da publicao oficial do ato de nomeao, prorrogvel por perodo idntico, mediante solicitao do interessado. 1 O pedido de prorrogao, dirigido autoridade competente, ser . acompanhado de prova de justo impedimento, sob pena de no ser conhecido. 2 Nos casos de promoo, remoo ou permuta, o prazo de entrada . em exerccio de quinze (15) dias, prorrogvel por igual perodo, na forma do

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pargrafo anterior, exceto no havendo mudana de Comarca, quando a assuno ser imediata. (91) Art. 72. Perder o direito ao cargo, que ser havido como vago, quem no prestar o compromisso e no entrar em exerccio nos prazos do artigo anterior. Pargrafo nico. O rgo ou autoridade competente para a posse verificar se foram satisfeitas, no ato da investidura, as condies estabelecidas em lei. Art. 73. Os Desembargadores e Juzes do Tribunal de Alada tomaro posse perante o respectivo Tribunal, em sesso plena salvo manifestao em contrrio. 1 Os Juzes de Direito e os Juzes Substitutos tomaro posse perante o . Presidente do Tribunal de Justia, e os Juzes de Paz perante o Juiz de Direito Diretor do Frum. (26) 2 Os atos em referncia podero ter lugar em perodo de frias. . 3 O termo de compromisso ser lavrado em livro prprio, anotando-se a . data da posse no verso do ttulo de nomeao. 4 A Secretaria do Tribunal de Justia manter um fichrio atualizado . das atividades dos Desembargadores, Juzes do Tribunal de Alada, Juzes de Direito e Juzes Substitutos. (26) 5 As anotaes no fichrio, aludido no pargrafo anterior, sero . iniciadas aps o nomeado prestar o compromisso legal e entrar no exerccio, devendo referir-se s remoes, promoes, licenas, interrupes de exerccio e quaisquer ocorrncias que possam interessar ao cmputo de tempo de servio. Captulo II Da Antigidade Art. 74. O quadro de antigidade dos Desembargadores, dos Juzes do Tribunal de Alada, dos Juzes de Direito e Substitutos, composto das listas correspondentes a cada categoria de magistrado, ser atualizado anualmente pelo Presidente e publicada no Dirio da Justia. (91)

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Pargrafo nico. O quadro ser publicado at o dia quinze (15) de fevereiro seguinte. Art. 75. A antigidade ser apurada na data do efetivo exerccio na entrncia, prevalecendo, no caso de empate, a colocao na imediatamente inferior, e assim por diante, at se fixar a indicao, considerando-se para esse efeito o tempo exercido como Juiz Substituto. 1 Persistindo a igualdade, a antigidade ser resolvida pelo tempo de . servio pblico prestado ao Estado do Paran. 2 Os que se considerarem prejudicados podero reclamar no prazo de . quinze (15) dias, contado da respectiva publicao. 3 . No rejeitada a reclamao liminarmente, por manifesta improcedncia, sero ouvidos os interessados, cuja antigidade possa ser prejudicada pela deciso, no prazo mximo de quinze (15) dias, findo o qual ser apreciada pelo rgo Especial. 4 Julgada procedente, a lista de antigidade ser novamente publicada. . Ttulo IX Dos Vencimentos, Representaes, Gratificaes, Ajudas de Custo e Dirias Captulo I Dos Vencimentos, Representaes e Gratificaes Art. 76. Os vencimentos, assim entendido o estipndio fixo acrescido da verba de representao, so fixados por lei, em valor certo. 1 So irredutveis os vencimentos dos magistrados, sujeitando-se, . entretanto, aos impostos gerais, inclusive o de renda e aos extraordinrios, bem assim aos descontos para fins previdencirios, estabelecidos, em igual base, para os servidores pblicos. 2 Os vencimentos dos Desembargadores do Tribunal de Justia no . sero inferiores aos dos Secretrios de Estado, sem ultrapassar, todavia, os conferidos aos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

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3 A remunerao das demais classes de magistrados obedece aos . seguintes preceitos: I - os Juzes do Tribunal de Alada recebem noventa e cinco por cento (95%) dos vencimentos atribudos aos Desembargadores; II - os Juzes de Direito de entrncia final auferem oito nonos (8/9) dos vencimentos determinados para os Desembargadores; III - a seguir, a diferena de vencimentos dos Juzes de Direito, de uma para outra entrncia, de dez por cento (10%). 4 Para efeito do pargrafo anterior, os Juzes Substitutos so . considerados de categoria imediatamente inferior entrncia inicial. Art. 77. Aos magistrados de qualquer instncia ser concedida gratificao adicional de cinco por cento (5%) sobre seus vencimentos, por qinqnio de servio, at o mximo de sete (7), respeitado o disposto no artigo 145 da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. 1 E vedada a percepo, a qualquer ttulo, de gratificao adicional por . tempo de servio diversa da que trata o "caput" deste artigo. (28) (92) (93) 2 Na forma da legislao, assegura-se ao magistrado a percepo de . salrio famlia. (28) Art. 78. A lei poder conceder ajuda de custo para moradia, nas Comarcas em que no houver residncia oficial para o Juiz, exceto na Capital. 1 O magistrado que residir em prprio do Estado, ou mantido por ele, . no far jus vantagem prevista neste artigo. 2 defeso ao magistrado receber ajuda de custo para moradia, ou sua . complementao de qualquer outra fonte. Art. 79. Mediante Lei, poder ser concedida aos Magistrados titulares de Comarca de difcil provimento a gratificao de que trata o artigo 65, inciso X, da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. Art. 80. O rgo Especial do Tribunal de Justia disciplinar a gratificao de magistrio, por aula proferida em curso oficial de preparao para Magistratura ou de aperfeioamento de magistrados. Art. 81. Os Presidentes do Tribunal de Justia e do Tribunal de Alada percebero, mensalmente, a ttulo de representao, a importncia

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correspondente a vinte e cinco por cento (25%) sobre seus vencimentos (art. 76); os Vice-Presidentes do Tribunal de Justia e do Tribunal de Alada e o Corregedor da Justia, da mesma forma, percebero vinte por cento (20%); e os Juzes de Direito Diretores de Frum, pelo mesmo ttulo, faro jus a cinco por cento (5%) sobre seus vencimentos. (29) 1 Pela substituio transitria, o Substituto ter direito s mesmas . vantagens estabelecidas para o substitudo, salvo as de carter pessoal. 2 Em caso de vacncia do cargo, licena ou afastamento no . remunerado, o Substituto perceber a remunerao devida ao substitudo, salvo as de carter pessoal. 3 O exerccio do cargo de Juiz de Paz gratuito. . Captulo II Das Ajudas de Custo e Dirias Art. 82. O magistrado que for promovido ou removido far jus a ajuda de custo para despesas de transporte e mudana, em importncia no excedente a trs e no inferior a um ms de vencimentos, observando-se a distncia, o tempo e as condies de viagem. O Presidente do Tribunal de Justia poder, ainda, conceder ajuda de custo ao magistrado autorizado a freqentar curso de aperfeioamento e estudo. (91) 1 A critrio do Presidente do Tribunal de Justia, a ajuda de custo . poder ser adiantada. 2 No ser concedida ajuda de custo nos casos de permuta e quando . se tratar de mais de uma remoo no binio. Art. 83. Ao magistrado que, devidamente autorizado pelo Presidente do Tribunal, deslocar-se da respectiva sede, a servio do Poder Judicirio, ser concedida diria para se ressarcir das despesas de transporte, alimentao e pousada. 1 A diria corresponder a 1/30 avos dos vencimentos do magistrado e . ser paga em dobro se o afastamento ocorrer para fora do Estado.

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2 Ao Juiz Substituto que se deslocar da respectiva sede, no . desempenho de suas funes, tambm autorizado pelo Presidente do Tribunal, ser reconhecido o direito ao recebimento de dirias. 3 Igualmente ao magistrado, pelo exerccio em rgo disciplinar ou de . correio, ser reconhecido o direito a dirias quando se deslocar da respectiva sede. 4 Aplica-se s dirias a norma constante do pargrafo 1 do artigo . anterior. Art. 84. Os afastamentos, no desempenho de suas funes, dos Presidentes dos Tribunais de Justia e de Alada e do Corregedor da Justia independem de autorizao, e as dirias a que fizerem jus sero por eles requisitadas. Pargrafo nico. Quando as dirias forem devidas aos Juzes do Tribunal de Alada, competir ao respectivo Presidente as atribuies que, neste Captulo, so prerrogativas do Presidente do Tribunal de Justia. Ttulo X Das Licenas, Concesses e Frias Captulo I Das Licenas Art. 85. 0 magistrado poder licenciar-se: I - para tratamento de sade; II - por motivo de doena na pessoa de seu cnjuge, ascendente ou descendente, at seis (6) meses, prorrogveis. 1 A licena para tratamento de sade, at trinta (30) dias, ser . concedida mediante atestado mdico oficial ou assistente do requerente, com expressa declarao do tempo necessrio ao tratamento. 2 A licena para tratamento de sade, por prazo superior a trinta (30) . dias, assim entendida a prorrogao, depender de laudo expedido por junta mdica, nomeada pelo Presidente do Tribunal de Justia, quando se tratar do

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Desembargador ou Juiz de primeiro grau, ou pelo Presidente do Tribunal de Alada, quando se tratar de Juiz daquela Corte. 3 O magistrado de sexo feminino ter direito a licena especial para . gestante, deferida s servidoras pblicas. Art. 86. Aps vinte e quatro (24) meses de afastamento consecutivo, o magistrado ser submetido inspeo de sade, devendo reassumir suas funes dentro de dez (10) dias, contados da data do laudo que concluir por seu restabelecimento . Art. 87. O magistrado licenciado no pode exercer qualquer de suas funes jurisdicionais ou administrativas, nem exercer qualquer funo pblica ou particular. 1 Os perodos de Licenas concedidos aos magistrados no tero limites inferiores aos reconhecidos por lei ao funcionalismo estadual. 2 Salvo contra-indicao mdica o magistrado licenciado poder . proferir decises em processos que, antes da licena, lhe sejam conclusos para julgamento ou tenham recebido seu visto como relator ou revisor. Captulo II Das Concesses Art. 88. Sem prejuzo dos vencimentos, ou qualquer vantagem legal, o magistrado poder afastar-se de suas funes, at oito (8) dias consecutivos, por motivo de: I - casamento; II - falecimento do cnjuge, ascendente, descendente ou irmo. 1 Conceder-se- afastamento ao magistrado, sem prejuzo de seus . vencimentos e vantagens: I - Para freqentar a cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos, a critrio do rgo Especial do Tribunal de Justia, quando se tratar de Desembargador ou Juiz de primeiro grau, ou da Presidncia do Tribunal de Alada, quando se tratar de Juiz daquela Corte; II - para prestao de servios exclusivamente Justia Eleitoral.

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Capitulo III Das Frias Art. 89. Os magistrados tero direito a sessenta (60) dias de frias anuais coletivas ou individuais. 1 Os Desembargadores do Tribunal de Justia e os Juzes do Tribunal . de Alada gozaro frias coletivas, nos perodos de 02 a 31 de janeiro e de 02 a 31 de julho. 2 Os Presidentes e Vice-Presidentes do Tribunal de Justia e do . Tribunal de Alada, o Corregedor da Justia e os membros da Cmara de Frias gozaro individualmente trinta (30) dias consecutivos por semestre. 3 Os Juzes de Direito titulares gozaro frias coletivas, nos perodos . indicados no 1 (30) . 4 Os Juzes de Direito Substitutos, os Juzes de Direito Auxiliares e os . Juzes Substitutos gozaro frias individuais conforme escala referente a cada classe, organizada pelo Presidente do Tribunal de Justia. 5 As frias devero ser cumpridas, obrigatoriamente, no ano, salvo . motivo de interesse da Justia. 6 As frias individuais no podem fracionar-se em perodos inferiores a . trinta (30) dias e somente podem acumular-se por imperiosa necessidade de servio, pelo mximo de dois (2) meses. 7 O Tribunal de Justia e o Tribunal de Alada iniciaro e terminaro . seus trabalhos, respectivamente, no primeiro e ltimo dias teis cada perodo, com realizao de sesso. 8 vedado o afastamento do Tribunal de Justia, do Tribunal de . Alada ou de qualquer de seus rgos judicantes, em gozo de frias individuais, no mesmo perodo, de Juzes em nmero que possa comprometer o QUORUM de julgamento. Art. 90. Durante as frias e nos feriados no se praticaro atos processuais, exceto aqueles definidos pelo Cdigo de Processo Civil e por lei

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federal, alm da tramitao dos processos criminais referentes a rus presos e os HABEAS CORPUS. Pargrafo nico. Nos perodos de frias coletivas, todas as intimaes aos advogados sero feitas, pessoalmente, atravs de mandado. Ttulo Xl Das Substituies nos Tribunais e nas Comarcas Captulo I Da Substituio nos Tribunais Art. 91. 0 Presidente do Tribunal de Justia substitudo pelo VicePresidente, e este e o Corregedor pelos demais membros, na ordem decrescente de antigidade. Art. 92. A substituio dos membros do Conselho da Magistratura far-se- por Desembargador da designao do Presidente do Tribunal. Art. 93. Os Desembargadores sero substitudos nos Grupos de Cmaras e Cmaras Isoladas, nos casos de ausncia ou impedimento eventual, para o efeito de compor o QUORUM de julgamento por outro da mesma Cmara, ou de outra, na forma prevista no Regimento Interno. Art. 94. (Revogado pela Lei Complementar n 54, de 22 de dezembro de 1986, publicada no Dirio Oficial da Unio n 246, de 24 de dezembro de 1986. Art. 95. Quando o afastamento for por perodo igual ou superior a trs (3) dias, sero redistribudos, mediante oportuna compensao, os HABEAS CORPUS, os mandados de segurana e os feitos que, consoante fundada alegao do interessado, reclamem soluo urgente. Em caso de vaga, ressalvados esses processos, os demais sero atribudos ao nomeado para preench-la. Art. 96. No Tribunal de Alada, o Vice substituir o Presidente e os Juzes sero substitudos na forma dos artigos precedentes, no que aplicveis. Art. 97. (Revogado pela Lei Complementar n 54, de 22 de dezembro de 1986, publicada no Dirio Oficial da Unio n 246, de 24 de dezembro de 1986.

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Art. 98. (Revogado pela Lei Complementar n 54, de 22 de dezembro de 1986, publicada no Dirio Oficial da Unio n 246, de 24 de dezembro de 1986. Captulo II Das Substituies nas Comarcas Art. 99. Os Juzes de Direito das Comarcas de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguau, Londrina, Maring e Ponta Grossa sero substitudos por Juzes de Direito Substitutos, observada a Seo Judiciria respectiva, ou por designao do Presidente do Tribunal de Justia que, excepcionalmente, poder se valer de Juzes Substitutos. (91)(95) Art. 100. O Presidente do Tribunal de Justia poder designar, se necessrio, o mesmo Juiz de Direito Substituto para substituir, cumulativamente, em duas ou mais Varas da mesma ou diversa Seo Judiciria. (31) Art. 101. A substituio por motivo de frias, licena, afastamento, impedimento e vacncia do cargo pelos Juzes de Direito Substitutos, Juzes de Direito Auxiliares, conforme o caso, e Juzes Substitutos, nas Sees respectivas, ser automtica e comunicada, incontinente, ao Presidente do Tribunal de Justia e Corregedoria da Justia. Art. 102. Os Juzes de Direito Auxiliares e os Substitutos substituiro, ordinariamente, os Juzes de Direito das Comarcas que compuserem a respectiva Seo Judiciria. 1 Nas Comarcas com trs ou mais Varas, excludas as de entrncia . final, o Juiz de Direito Auxiliar substituir automaticamente os Juzes de Direito nas aes em que os Juzes Substitutos no tiveram competncia; no caso de ausncia do Juiz Substituto, a substituio plena depender de ato do Presidente do Tribunal de Justia. (32) 2 O Presidente do Tribunal de Justia, por imperiosa necessidade do . servio, poder determinar que o Juiz de Direito Auxiliar ou o Juiz Substituto de uma Seo Judiciria substitua em outra.

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3 Nos casos de impedimento, de suspeio ou conforme as exigncias . do servio, as substituies podero ser exercidas por Juiz de Direito, mediante designao do Presidente do Tribunal de Justia. Ttulo XII Das Incompatibilidades, dos Impedimentos e das Suspeies Captulo I Das Incompatibilidades Art. 103. vedado ao magistrado, sob pena de perda do cargo: I - exercer, ainda que em disponibilidade, quaisquer outra funo, salvo um cargo de magistrio superior, pblico ou particular, desde que haja correlao de matrias e compatibilidade de horrios, vedado, em qualquer hiptese, o desempenho de funo de direo administrativa ou tcnica de estabelecimento de ensino; II - receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, percentagens ou custas nos processos sujeitos a seu despacho e julgamento; III - exercer atividade poltico-partidria; IV - exercer o comrcio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista; V - exercer cargo de direo ou tcnico de sociedade civil, associao ou fundao, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associao de classe, e sem remunerao; VI - manifestar, por qualquer meio de comunicao, opinio sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juzo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenas de rgos judiciais, ressalvada a crtica nos autos e em obras tcnicas ou no exerccio de magistrio. Pargrafo nico. A proibio a que alude o inciso I no obsta o desempenho de funo docente em curso de preparao para a judicatura ou aperfeioamento de magistrados.

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Captulo II Dos Impedimentos Art. 104. defeso ao magistrado exercer suas funes no processo contencioso ou voluntrio: I - de que for parte; II - em que interveio como mandatrio da parte, oficiou como perito, funcionou como rgo do Ministrio Publico ou prestou depoimento como testemunha; III- que conheceu em primeiro grau de jurisdio, tendo-lhe proferido sentena ou deciso, ressalvados os despachos de mero expediente; IV- quando nele estiver funcionando, ou funcionou, como advogado da parte, rgo do Ministrio Pblico, autoridade policial, auxiliar de Justia, seu cnjuge ou qualquer parente seu consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at segundo grau; V- quando cnjuge, parente, consangneo ou afim de alguma das partes, em linha reta ou colateral, at terceiro grau; VI- quando for rgo de direo ou de administrao de pessoa jurdica, parte na causa. Pargrafo nico. No caso do nmero IV, o impedimento s se verifica quando o advogado j est exercendo o patrocnio da causa, , porm, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do Juiz. Art. 105. defeso, ainda, o desempenho das funes de rbitro ou de Juiz, fora dos casos previstos em lei. Captulo III Das Suspeies Art. 106. Reputa-se fundada a suspeio de parcialidade do magistrado quando: I- amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

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II- alguma das partes for credora ou devedora do Juiz, de seu cnjuge ou de parentes destes, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau; III- herdeiro presuntivo, donatrio ou empregador de alguma das partes; IV- receber ddivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou subministrar meios para atender s despesas do litgio; V- interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. Pargrafo nico. Poder ainda o Juiz declarar-se suspeito por motivo ntimo. Art. 107. Nos Tribunais, no podero ter assento, na mesma Cmara ou Grupo de Cmaras, cnjuge e parentes consangneos ou afins ou linha reta, bem como em linha colateral, at o terceiro grau. Pargrafo nico. Nas sesses do Tribunal Pleno ou rgo Especial, o primeiro dos membros mutuamente impedidos, que votar, excluir a participao do outro no julgamento. Art. 108. Exceto em Curitiba, Londrina, Maring e Ponta Grossa (e em Cascavel, de conformidade com a Lei 8.280, de 24 de janeiro de1986, e Foz do Iguau, de conformidade com a Lei 9.280 de 29 de maio de l990, que elevou estas Comarcas entrncia final), no podero servir, conjuntamente, na mesma Comarca, como Juiz de Direito, Juiz Substituto e serventurios, os que sejam parentes at o terceiro grau, em linha reta ou colateral, consangneos ou afins. (33) Ttulo XIII Da Aposentadoria e da Reverso Captulo I Da Aposentadoria Art. 109. A aposentadoria dos magistrados ser compulsria aos setenta (70) anos de idade ou por invalidez comprovada e, facultativa, aps trinta (30)

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anos de servio pblico, sempre com vencimentos integrais, ressalvado o disposto nos artigos 50 e 56 da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. Art. 110. Os proventos da aposentadoria sero reajustados na mesma proporo dos aumentos dos vencimentos concedidos, a qualquer ttulo, aos magistrados em atividade. Art. 111. Ao Desembargador, ou Juiz do Tribunal de Alada, nomeados para os lugares reservados a advogados, nos termos da Constituio Federal, ser computado o tempo at de quinze (15) anos, para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade. Art. 112. O Regimento Interno dos Tribunais disciplinar o processo de verificao de invalidez do magistrado, para efeito de sua aposentadoria. Art. 113. No caso do artigo anterior, sero observados os princpios contidos no artigo 76 da Lei Orgnica da Magistratura Nacional. Captulo II Da Reverso Art. 114. A reverso do magistrado de carreira, aposentado por invalidez, bem como o aproveitamento daquele em disponibilidade, depender de requerimento do interessado, podendo o rgo Especial do Tribunal de Justia deixar de acolher o pedido, se assim for do interesse da Justia. 1 Em qualquer caso, ser necessria a existncia de vaga, a ser . preenchida pelo critrio de merecimento, de categoria igual que ocupava o requerente, o qual dever provar idade no superior a cinqenta e cinco (55) anos e aptido fsica e mental, mediante laudo de inspeo de sade, expedido por junta mdica nomeada pelo Presidente do Tribunal, ouvido o Conselho da Magistratura, sendo relator o Corregedor. 2 A reverso e o aproveitamento no excluem o cumprimento do . interstcio completo, a contar da data do novo exerccio salvo para os que j o tiverem satisfeito. 3 ...vetado...

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Ttulo XIV Dos Direitos e Garantias Captulo nico Art. 115. Todo magistrado gozar de prerrogativas expressamente estabelecidas na Constituio, assim como de todas as demais nela implicitamente contidas, alm das seguintes: I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autoridade ou Juiz de instncia igual ou superior; II - no ser preso seno por ordem escrita do rgo Especial competente para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafianvel, caso em que a autoridade far imediata comunicao e apresentao do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado; III - ser recolhido a priso especial, ou a sala especial de Estado Maior, por ordem e disposio do rgo Especial competente, quando sujeito a priso antes do julgamento final; IV - no estar sujeito a notificao ou intimao para comparecimento, salvo se expedida por autoridade judicial; V - portar arma de defesa pessoal. Pargrafo nico. Quando, no curso de investigao, houver indcio de prtica de crime por parte do magistrado, a autoridade policial, civil ou militar remeter os respectivos autos, em quarenta e oito (48) horas, ao rgo Especial competente para o julgamento, a fim de que se prossiga na investigao. Art. 116. A categoria do Juiz no ser alterada por efeito de classificao da Comarca, continuando a nela ter exerccio. Pargrafo nico. Em caso de mudana, facultado ao Juiz remover-se para a nova sede ou para a Comarca de igual entrncia, ou obter disponibilidade sem prejuzo de seus direitos. Art. 117. Havendo desdobramento ou criao de Varas, o Juiz ocupante da Vara desdobrada, ou da qual sarem as atribuies, ter direito a optar pela de

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sua preferncia, nos dez (10) dias seguintes publicao do ato respectivo; no o fazendo, entender-se- que preferiu a Vara de que titular. Ttulo XV Dos Deveres, Das Penalidades e Da Responsabilidade Civil Captulo I Dos Deveres Art. 118. So deveres do magistrado: I - cumprir e fazer cumprir, com independncia, serenidade e exatido as disposies legais e os atos de ofcio; II - no exceder injustificadamente os prazos de sentena ou despachos; III - determinar as providncias necessrias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais; IV - tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministrio Pblico, os advogados, as testemunhas, os funcionrios e os auxiliares da Justia, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quando se tratar de providncia que reclame e possibilite soluo de urgncia; V - residir na sede da Comarca, salvo autorizao do rgo disciplinar a que estiver subordinado; VI - comparecer pontualmente hora de iniciar-se o expediente ou a sesso, e no se ausentar injustificadamente antes de seu trmino; VII - exercer assdua fiscalizao sobre os subordinados, especialmente no que se refere a cobrana de custas e emolumentos, embora no haja reclamao das partes; VIII - manter conduta irrepreensvel na vida pblica e particular. Art. 119. Os Tribunais faro publicar mensalmente, no rgo oficial, dados estatsticos sobre seus trabalhos no ms anterior, entre os quais: o nmero de votos que cada um de seus membros, nominalmente indicado, proferiu como relator e revisor; o nmero de feitos que Ihe foram distribudos no mesmo perodo; o nmero de processos que recebeu em conseqncia de pedido de

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vista ou como revisor; a relao dos feitos que Ihe foram conclusos para voto, despacho e lavratura de acrdo, ainda no devolvidos, embora decorridos os prazos legais, como as datas das respectivas concluses. Pargrafo nico. Compete ao Presidente do Tribunal velar pela regularidade e pela exatido das publicaes. Art. 120. Sempre que, encerrada a sesso, restarem em pauta ou em mesa mais de vinte (20) feitos sem julgamento, o Presidente far realizar uma ou mais sesses extraordinrias, destinadas ao julgamento daqueles processos. Art. 121. Os Juzes remetero, at o dia dez (10) de cada ms ao rgo corregedor competente de segunda instncia, informao a respeito dos feitos em seu poder, cujos prazos para despacho ou deciso hajam sido excedidos, bem como indicao do nmero de sentenas proferidas no ms anterior. Captulo II Das Penalidades Art. 122. A atividade censria do Tribunal de Justia e do Conselho da Magistratura exercida com o resguardo devido dignidade e independncia do magistrado. Art. 123. Salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem, o magistrado no pode ser punido ou prejudicado pelas opinies que manifestar ou pelo teor das decises que proferir. Art. 124. So penas disciplinares: I - advertncia; II - censura; III - remoo compulsria; IV - disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de servio; V- demisso. Pargrafo nico. As penas de advertncia e de censura somente so aplicveis aos Juzes de primeira instncia. Art. 125. A pena de advertncia aplicar-se- reservadamente, por escrito, no caso de negligncia no cumprimento dos deveres do cargo.

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Art. 126. A pena de censura ser aplicada reservadamente, por escrito, no caso de reiterada negligncia no cumprimento dos deveres do cargo, ou no de procedimento incorreto, se a infrao no justificar punio mais grave. Art. 127. O rgo Especial do Tribunal de Justia poder determinar, por motivo de interesse pblico, em escrutnio secreto e pelo voto de dois teros (2/3) dos seus membros efetivos: I - a remoo de Juiz de instncia inferior; II - a disponibilidade de membro do prprio Tribunal, do Tribunal de Alada ou de Juiz de instncia inferior, com vencimentos proporcionais ao tempo de servio. Pargrafo nico. Na determinao do QUORUM da deciso, ser levada em conta o nmero de Desembargadores em condies legais de votar, como tal se considerando os no atingidos por impedimento ou suspeio e os no licenciados por motivo de sade. Art. 128. O procedimento para decretao da remoo ou disponibilidade de magistrado ser o mesmo estabelecido para o de demisso. Art. 129. A pena de demisso ser aplicada: I - aos magistrados vitalcios, nos casos de ao penal por crime comum ou de responsabilidade, e em procedimento administrativo nas hipteses previstas no artigo 103 e seus incisos; II - aos Juzes nomeados mediante concurso de provas e ttulos, enquanto no adquirirem a vitaliciedade, em caso de falta grave, inclusive se se manifestarem negligentes no cumprimento dos deveres do cargo, se tiverem procedimento incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro de suas funes, se forem de escassa ou insuficiente capacidade de trabalho, ou tiverem proceder funcional incompatvel com o bom desempenho das atividades do Poder Judicirio. Art. 130. O procedimento para a perda do cargo ou demisso ter incio por determinao do rgo Especial de ofcio ou mediante representao fundamentada do Poder Executivo ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.

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1 Em qualquer hiptese, a instaurao do processo proceder-se- da . defesa prvia do magistrado, no prazo de quinze (15) dias, contado da entrega da cpia do teor da acusao e das provas existentes, que Ihe remeter o Presidente do Tribunal, mediante ofcio, nas quarenta e oito (48) horas imediatamente seguintes apresentao da acusao. 2 Findo o prazo da defesa prvia, haja ou no sido apresentada, o . Presidente, no dia til imediato, convocar o rgo Especial para que, em sesso secreta, decida sobre a instaurao do processo e, caso determinada esta, no mesmo dia distribuir o feito e far entreg-lo ao relator. 3 O rgo Especial na sesso em que ordenar a instaurao do . processo, bem como no curso dele, poder afastar o magistrado do exerccio de suas funes, sem prejuzo dos vencimentos e das vantagens, at a deciso final. 4 As provas requeridas e deferidas, bem como as que o relator . determinar de ofcio, sero produzidas no prazo de vinte (20) dias, cientes o Ministrio Pblico, o magistrado ou o procurador por ele constitudo, a fim de que possam delas participar. 5 Finda a instaurao, o Ministrio Pblico e o magistrado ou seu . procurador tero, sucessivamente, vista dos autos por dez (10) dias, para razes. 6 O Julgamento ser realizado em sesso secreta do rgo Especial, . depois do relatrio oral, e a deciso no sentido de apenar o magistrado s ser tomada pelo voto de dois teros (2/3) dos membros do colegiado, em escrutnio secreto. 7 Da deciso, publicar-se- somente a concluso. . 8 Se a deciso concluir pela perda do cargo, ser comunicada, . imediatamente, ao Poder Executivo, para a formalizao do ato. Art. 131. O Regimento Interno do Tribunal de Justia estabelecer o procedimento para a apurao de faltas punveis com advertncia ou censura. Captulo III Da Responsabilidade Civil Art. 132. Responder por perdas e danos o magistrado, quando:

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I - no exerccio de suas funes, proceder com dolo ou fraude; II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providncia que deva ordenar de ofcio, ou a requerimento das partes. Pargrafo nico. Reputar-se-o verificadas as hipteses previstas no inciso II somente depois que a parte, por intermdio do escrivo, requerer ao magistrado que determine a providncia e este no Ihe atender o pedido dentro de dez (10) dias. Ttulo XVI Do Tratamento, das Vestes Talares e do Expediente Captulo nico Do Tratamento, das Vestes Talares e do Expediente Art. 133. Aos Tribunais de Justia e de Alada, suas Cmaras ou Turmas, cabe o tratamento de "Egrgio", e a todos os Magistrados o de "Excelncia". Os membros do Tribunal de Justia tm o ttulo de "Desembargador". Pargrafo nico. O magistrado, embora aposentado, conservar o ttulo e as honras correspondentes ao cargo. Art. 134. Nos Juzos colegiados e nos atos solenes da Justia comum, como a celebrao de casamento, e as audincias cveis e criminais, obrigatrio o uso de vestes talares, conforme modelo aprovado pelo rgo Especial. Pargrafo nico. O Juiz de Paz, na celebrao de casamento, usar faixa verde e amarela de dez (10) centmetros de largura, posta a tiracolo, do lado direito para o esquerdo. Art. 135. Os Magistrados de primeira instncia devero comparecer diariamente sede do Juzo, das treze e trinta (13:30) s dezessete (17:00) horas, ou enquanto necessrio ao servio, salvo quando em diligncia externa.(91) Art. 136. As normas do artigo anterior e seu pargrafo no se aplicam aos Juzes de Varas de atendimento permanente.

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Pargrafo nico. O Presidente do Tribunal de Justia, ouvido o Corregedor, baixar ato disciplinando o funcionamento dessas Varas e Ofcios. Livro III Dos Auxiliares da Justia Ttulo I Dos Serventurios e dos Funcionrios da Justia Captulo nico Disposies Preliminares Art. 137. Os servios auxiliares do Poder Judicirio so desempenhados por servidores, com a denominao especfica de: I - Serventurio da Justia; II - Funcionrio da Justia. Art. 138. Os serventurios so os titulares de Ofcios de Justia, que se distinguem em duas categorias: I - do foro judicial: a) as Escrivanias do Cvel; b) as Escrivanias do Crime; c) os Ofcios do Distribuidor, do Contador, do Partidor, Avaliador e Depositrio Pblico; II- do foro extrajudicial: a) os Ofcios dos Registros Pblicos; b) os Ofcios de Protestos de Ttulos; c) os Tabelionatos de Notas; d) as Escrivanias Distritais. 1 Os previstos na alnea "c" do inciso 1, deste artigo, podero funcionar . anexados um ao outro, no interesse da Justia. 2 Os Ofcios dos Registros Pblicos so: . a) Registro Civil das Pessoas Naturais;

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b) Registro Civil das Pessoas Jurdicas; c) Registro de Ttulos e Documentos; d) Registro de Imveis; 3 Os Ofcios previstos na alnea "a" do pargrafo anterior, que . compreendem os Registros de Nascimento, Casamento e bito, podero funcionar anexados, conforme o interesse da Justia, ocorrendo o mesmo com o Regist