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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PONTA GROSSA 2010

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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA

2010

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“O que vale na vida não é o

ponto de partida e sim a

caminhada.

Caminhando e semeando, no

fim terás o que colher”.

(Cora Coralina).

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SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO.................................... ................................................................5

II. FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP (Nacionais e Estaduai s)...............................7

III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.............. ...........................................9

1. DADOS GERAIS .................................... .............................................................9

1.1 - ENDEREÇO...................................................................................9

1.2 - MUNICÍPIO ....................................................................................9

1.3 - E-mail ....................................... .....................................................9

1.4 - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO.................. .......................9

1.5 - CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO .................... ..........................9

1.6 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ................... ...........................9

1.7 - ENTIDADE MANTENEDORA......................... ...............................9

1.8 - REGIME DE TEMPO ESCOLAR...................... .............................9

1.9 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................... ............................9

1.10 - OFERTA DE ENSINO ................................................................10

1.11 - TURNO DE FUNCIONAMENTO................................................10

1.12- HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO................ .....................11

1.13- DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS E DOS RECURSOS

MATERIAIS EXISTENTES............................... ....................................13

2. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA................... ......................................16

2.1 CONSELHO ESCOLAR ............................... .................................16

2.2 DIREÇÃO.......................................................................................17

2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA .............................. ..................................17

2.4 CORPO DOCENTE........................................................................17

2.5 SETOR TÉCNICO - ADMINISTRATIVO ................. .......................19

2.7 ESTRATÉGIAS E/OU AÇÕES PARA ARTICULAÇÕES COM AS

FAMÍLIAS E A COMUNIDADE ............................ ................................22

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................... ..............................................23

3.1 FILOSOFIA EDUCACIONAL.......................... ...............................23

3.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES......................................................28

3.3. OBJETIVOS GERAIS .............................. .....................................30

3.4. DIRETRIZES DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO ......... ............32

IV. MARCO SITUACIONAL .............................. ........................................................35

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V. MARCO CONCEITUAL ................................ ........................................................42

1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE SOCIEDADE ............... ................................42

2. CONCEPÇÃO EDUCACÃO / ESCOLA............... .......................................43

3. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O PA PEL DOS

PROFESSORES ...................................................................................................47

4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E DA RELAÇÃO PROFESSOR –A LUNO

CURRÍCULO .........................................................................................................52

5. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.......................... ..............................................57

VI. MARCO OPERACIONAL .............................. ......................................................62

1. FORMA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA..................... .......................................62

2. FORMAÇÃO CONTINUADA............................. ................................................66

4. ESPECIFICAÇÕES DAS LINHAS PARA O TRABALHO PEDAGÓ GICO,

ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E POLÍTICO-EDUCACIONAL. . .....................69

5. DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA TRATARÁ NA ORGANIZAÇÃ O, DE

TODAS AS DISCIPLINAS AO LONGO DO ANO LETIVO, CONTEÚ DOS

CURRICULARES DE ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA DOS PO VOS AFRO-

BRASILEIRA (LEI11645/2008, LEI 10639/2003, ART. 26 E DELIBERAÇÃO

CEE04/06). ............................................................................................................73

6- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ A EDUCAÇÃ O

AMBIENTAL (COMPONENTE OBRIGATÓRIO DA EDUCAÇÃO FORM AL E

NÃO FORMAL) NOS TERMOS DA LEI 9795/1999........... ..................................75

7- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ CONTEÚDOS DE

HISTÓRIA DO PARANÁ EM CUMPRIMENTO A LEI ESTADUAL (L EI 13.381/01)

...............................................................................................................................76

8- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ O ENSINO DE

HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (L EI 11645/2008)

...............................................................................................................................78

9. ESPECIFICAÇÕES DE AÇÕES VOLTADAS PARA A QUALIFIC AÇÃO DOS

EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS ........................... ...........................................80

10. ESPECIFICAÇÕES DAS AÇÕES QUE ENVOLVAM OUTRAS

INSTITUIÇÕES......................................................................................................82

11. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCO LA E PARA

AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOG OS E

FUNCIONÁRIOS ...................................................................................................83

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VII. PROJETOS ANUAIS ........................... ...........................................................85

VIII. RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECID OS PELO

ESTABELECIMENTO .................................... .........................................................109

IX. REFERÊNCIAS .................................................................................................110

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I. APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de documentar a

ação que se deseja realizar no Colégio baseando-se nos fundamentos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96, que diz em seu artigo 12,

Inciso I, “que os estabelecimentos de Ensino deverão respeitar as normas comuns e

as dos seus Sistemas de Ensino e terão a incumbência de elaborar e executar sua

Proposta Pedagógica”. E no artigo 13, diz que: “Os docentes incumbir-se-ão de”:

I-Participar da elaboração da Proposta Pedagógica do Estabelecimento de

Ensino;

II-Elaborar e cumprir Plano de Trabalho, segundo a Proposta Pedagógica do

Estabelecimento de Ensino.

Estes artigos citados estão em consonância com a Deliberação CEE 014/99,

no seu artigo 2º que nos determina: “A elaboração da Proposta Pedagógica

envolverá todos os segmentos da comunidade escolar”.

A construção do Projeto Político Pedagógico no Colégio tem como finalidade

expressar a identidade do ambiente escolar, evidenciando de forma coletiva o

processo educacional na produção de saberes, concretizando a organização de um

trabalho escolar centrado no diálogo, enriquecido com opiniões e colaborações de

todos na escola, destacando como ponto fundamental a prática através do cotidiano

de cada escola. O projeto pedagógico, como instrumento de planejamento coletivo,

resgata a unidade do trabalho escolar, garantindo a visão do todo. Sendo assim, de

posse do conhecimento de todo o trabalho escolar, os diversos profissionais e

segmentos envolvidos (gestores, docentes, discentes, pais e comunidade) cumprem

seus papéis específicos, sem torná-los estanques e fragmentados. Todos se tornam

partícipes da prática educativa.

Para que a escola seja espaço de inovação, investigação e torne-se

autônoma é fundamental a opção por um referencial teórico metodológico que

permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à

singularidade, à transparência, à solidariedade, à participação e que adote a postura

de ação integradora, tendo a visão de que todos os alunos pertencem à escola e à

comunidade, favorecendo mudança de atitudes de discriminação e de exclusão de

alunos considerados especiais com a competência técnica pedagógica e clareza

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quanto ao compromisso na tarefa de educar estabelecerá o fortalecimento e a

integração do educar do cidadão deste novo tempo.

Por isso, a educação preconizada no Projeto Político Pedagógico de nossa

escola, fundamenta-se no princípio de ofertar uma educação que contribua para a

formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, através da

construção, disseminação do conhecimento e (re)leitura de mundo, num processo

contínuo de aprendizado e envolvendo professores, alunos, funcionários e toda a

comunidade.

A proposta apresentada prioriza a oferta de uma educação que contribua para

a reflexão, ação e construção de uma nova realidade social. Enfatiza também a

intencionalidade da realização de um desafio: “promover ações educativas, no

sentido de desvelar as causas da exclusão, de possibilitar a vivência de práticas

inclusivas, tanto no que se refere ao conhecimento que é trabalhado, quanto nas

formas de participação de espaço escolar”.

Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho

coletivo, a qual possa ofertar subsídios para vencer as barreiras e entraves que

inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício

pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social. Espaço em que

se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros.

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II. FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP (Nacionais e Estaduai s)

Entendemos que diante das transformações ocorridas no contexto

pós-moderno, da globalização e das mudanças, faz-se necessário e urgente

repensar o Ensino Fundamental e Ensino Médio tendo em vista a concepção

de homem que se quer para a sociedade atual, considerando as questões

políticas, sociais e tecnológicas com base nas novas orientações emanadas

do MEC e SEED.

Assim, o Colégio Estadual General Osório Ensino Fundamental e

Médio através de seus recursos humanos procurará garantir os princípios de

permanência do aluno na escola, assegurando-lhe melhor aproveitamento

escolar, maior qualidade e relevância das aprendizagens, tendo por

fundamentação legal:

A nova LDB, Lei Nº 9.394/96 prevê no seu artigo 12, inciso I, que “os

estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu

sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta

pedagógica”.

Além de prever no seu artigo 3º o ensino será ministrado com base

nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional de educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas

sociais.

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Nacionais:

Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96;

Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8069/90;

Lei nº 10172/2001 – PNE (Plano Nacional de Educação);

Lei nº 9795/99 - Política Nacional de Ed. Ambiental/PNEA/Agenda 21;

Diretrizes Curriculares Nacionais – EF / EM;

DCN da Educação do Campo;

DCN para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10639) e o Parecer 03/04-

CNE.

Estaduais:

Plano Estadual de Educação (em processo de conclusão);

Deliberação 07/99 – CEE / PR (Avaliação);

Deliberação 14/99 – CEE / PR (Proposta Pedagógica);

Deliberação 16/99 – CEE / PR (Regimento Escolar);

Diretrizes curriculares estaduais;

Programa de formação da cidadania plena (decreto 4588 de

05/04/2005)

Programa de prevenção e promoção da vida – PREVIDA.

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III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 1. DADOS GERAIS

1.1 - ENDEREÇO

AVENIDA GENERAL CARLOS CAVALCANTI, Nº1553

1.2 - MUNICÍPIO

PONTA GROSSA

CÓDIGO: 2010

1.3 - E-mail

[email protected]

1.4 - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA

1.5 - CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO

CÓDIGO: 25

1.6 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

SEED – PARANÁ

1.7 - ENTIDADE MANTENEDORA

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

1.8 - REGIME DE TEMPO ESCOLAR

O regime de tempo escolar é seriado anual.

1.9 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O currículo é organizado por disciplinas.

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1.10 - OFERTA DE ENSINO

É ofertado Ensino Fundamental e Médio

1.11 - TURNO DE FUNCIONAMENTO

É ofertado em três turnos: manhã, tarde e noite.

1.12 - NÚMERO DE TURMAS

O Colégio Estadual General Osório é uma entidade pública estadual de

Ensino Fundamental e Médio, seriado anual atendendo nos três turnos, com doze

salas de aula distribuídas:

3 turmas de 8ª série ( Ensino Fundamental)

4 turmas de 1ª série ( Ensino Médio)

3 turmas de 2ª série ( Ensino Médio)

MANHÃ

12

TURMAS

2 turmas de 3ª série ( Ensino Médio)

Horário das aulas:

07 h 20 min / 08h 10 min / 09 h 00 min / 10 h 05 min / 10 h 55 min às 11 h 45 min

4 turmas de 5ª série ( Ensino Fundamental )

4 turmas de 6ª série ( Ensino Fundamental )

TARDE

12

TURMAS 4 turmas de 7ª série ( Ensino Fundamental )

Horário das aulas:

13 h 00 min / 13h 50 min / 14 h 40 min / 15 h 45 min / 16 h 35 min às 17 h 25 min

1 turma de 6ª série ( Ensino Fundamental )

1 turma de 7ª série ( Ensino Fundamental )

1 turma de 8 série ( Ensino Fundamental )

3 turmas de 1ª série ( Ensino Médio )

3 turmas de 2ª série ( Ensino Médio )

NOITE

11

TURMAS

2 turmas de 3ª série ( Ensino Médio )

Horário das aulas:

18 h 30 min / 19h 20 min / 20 h 10 min / 21 h 10 min / 21 h 55 min às 22 h 40 min

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1.13- HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

O prédio onde funciona o Colégio Estadual General Osório foi doado

ao Estado do Paraná em 1938, na Gestão do então Prefeito Albari

Guimarães, transferido em pagamento de uma dívida que o Município tinha

com o Estado, sendo nesta época governador, Manoel Ribas. A oficialização

deste ato deu-se em julho de 1942. A escola começou a funcionar

efetivamente em 1939 como Grupo Escolar, devido ao agrupamento das

Escolas Isoladas existentes no Bairro de Uvaranas. As atividades escolares

começaram com cerca de 120 alunos distribuídos em classes de 1ª, 2ª, 3ª e

4ª séries do Ensino Fundamental, contando com 07 (sete) professores, e o

primeiro diretor foi, Valdevino Lopes.

Pelo Decreto nº 7457/62, de 29 de março de 1962, publicado no DOE

Nº24, de 30/03/1962, foi criado oficialmente o Grupo Escolar General

Osório.

O nome do patrono deste Estabelecimento de Ensino foi dado em

homenagem ao General Manoel Luis Osório, o qual nasceu em 10 de maio

de 1808, em Conceição do Arroio, no Rio Grande do Sul e faleceu em 04 de

outubro de 1879. Este nome justifica-se também, pelo fato da Escola estar

localizada próxima ao então 13º Regimento de Infantaria, hoje 13º Batalhão

de Infantaria Blindada; por atender muitos filhos de militares e os próprios

soldados que cumpriam o serviço militar e estudavam na escola, no período

noturno.

Em 1968 passou a funcionar no estabelecimento o 5º ano (com Exame

de Admissão), sendo que, a partir de 1975, a Escola deixou de atender o

ensino de 1ª a 4ª séries do 1º Grau Regular, passando a atuar com séries

de 5ª a 8ª, nos turnos da manhã, tarde e noite. Pelo Decreto nº1407/75 de

23/12/75, o Estabelecimento passou a denominar-se Escola Estadual

General Osório - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau. Através da

Resolução nº2772/81, de 24/11/81, a Escola passou a chamar-se Escola

Estadual General Osório - Ensino de 1º Grau e Supletivo, denominação que

ostentou até 19/11/1990. Por meio da Resolução nº3568/90, de 20/11/90,

publicada no DOE Nº3405 de 06/12/90, a Secretaria de Estado da Educação

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cessou definitivamente o Ensino Supletivo de 1º Grau, fase I, da escola, até

deliberação posterior. Assim sendo, a escola passou a denominar-se Escola

Estadual General Osório - Ensino de 1º grau.

Em 30/09/1992, através da Resolução nº3204/92, a escola obteve a

autorização para implantação do Ensino de 2º Grau Regular, curso

Educação Geral em 06/04/93, através da Resolução nº1790/93, obteve

autorização para o seu funcionamento.

O prazo inicial foi prorrogado pela Resolução nº 5009/94, até o final

de 1996 e pela Resolução nº 4341/96 até o final do ano de 1998, passando

a denominar-se Colégio Estadual General Osório – Ensino de 1º e 2º Graus.

O reconhecimento do Ensino de 2º Grau foi através da Resolução

nº4341/98 de 03/02/99.

Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 DOE de 11/09/98, o

Colégio Estadual General Osório - Ensino de 1º e 2º Graus passou a

denominar-se COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

O Estabelecimento de Ensino nos turnos matutino, vespertino e

noturno possui 1310 alunos, sendo que 05 destes com necessidades

educacionais especiais.

Além disso, cabe explicitar que para a organização do trabalho

pedagógico contamos com 55 professores, 06 pedagogos, 18 funcionários,

02 diretores auxiliares, além do diretor geral.

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1.13- DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS E DOS RECURSOS MATERIAIS

EXISTENTES

O Colégio Estadual General Osório contém um espaço físico amplo com área

medindo 3.200 m2, com área construída de 1.900 m2 e área livre de 1.300 m2.

Contendo as seguintes dependências:

• 12 salas de aula;

• 01 sala de direção;

• 01 sala de secretaria;

• 01 sala de biblioteca;

• 01 sala de informática;

• 01 sala para laboratório de Física, Química e Biologia;

• 01 sala de professores;

• 01 cozinha para funcionários;

• 01 cozinha para funcionários e materiais de limpeza;

• 01 depósito de materiais para manutenção;

• 01 sala de recursos;

• 01 sala de apoio;

• 01 sala de depósito para material fanfarra;

• 01 depósito de alimentos;

• 02 sanitários femininos;

• 02 sanitários masculinos;

• 02 sanitários para professores;

• 01 pátio coberto;

• 01 pátio aberto;

• 01 jardim interno;

• 01 jardim externo;

• 01 horta;

• 01 sala de arquivo permanente;

• 01 sala para livros;

• 01 sala de apoio recursos pedagógicos;

• 12 aparelhos de TV Pendrive;

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• 13aparelhos de Vídeos Cassete: (03 funcionando regularmente);

• 15 aparelhos de DVD;

• 04 retroprojetores;

• 01 Piano – Marca ESSENFELDER, com armário;

• 15 microcomputadores: (a maioria defasados);

• 03 impressoras;

• 01 rádio microsistem;

• 01 amplificador;

• 02 caixas amplificadas de som;

• 04 câmeras de vídeo instaladas na biblioteca e em frente às

salas nºs 01 e 02 na parte externa ao pátio e sala de vídeo;

• Mimeógrafos: 01 a tinta, 02 a álcool;

• Acervo de vídeos didático-pedagógicos e filmes recreativos em

geral;

• Fitas de vídeo;

• Tabela Periódica (atual e velha);

• Acervo de mapas geográficos, históricos e biológicos;

• Material mínimo necessitando novas aquisições para o

laboratório de Física, Química e Biologia;

• Slides e projetor de slides;

• 33 computadores;

• 01 projetor de multimídia;

• 07 retroprojetores;

• 01 tela para projetores;

• 01 aparelho de fax;

• Coleções de CD;

• Coleções de Enciclopédias;

• Bolas;

• Raquetes;

• Jogos Educativos;

• Jogos Esportivos;

• 16 ventiladores;

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• Redes para esporte;

• 04 aparelhos de telefone;

• Acervo de 10.000 livros;

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2. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

2.1 CONSELHO ESCOLAR

CONSELHO ESCOLAR: é uma organização da entidade escolar. O Colégio

Estadual General Osório seguindo a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 faz

articulações com as famílias e a comunidade visando um processo de integração da

sociedade com a escola mediando o Conselho Escolar. Todas as pessoas da escola

são representadas para decidir questões sobre os aspectos administrativos,

financeiros e pedagógicos através de reuniões, tornando-se um instrumento de

gestão da própria escola. Congrega alunos, pais, professores, diretores, funcionários

e pessoas da comunidade, pois segundo Gadottti: “...não há educação e

aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence

à própria natureza do ato pedagógico” (GADOTTI, 1997, p. 66)

Representantes da Comunidade Escolar:

NOME FUNÇÃO ESCOLA

Nilton Roberson Delega Diretor

Sandra Margarete Inglês Santos Equipe Pedagógica

Ana Maria Paulin Teixeira Equipe Administrativa

Rosa Maria Martins Santos Equipe Apoio

Eliane Dias Moreira Professora Ensino Médio

Celina Ferreira Costa Professora Ensino Fundamental

Bruna F.Vieira Representante Aluno Ensino Fundamental

Bruno Romanowski Representante Aluno Ensino Médio

Paulo Afonso Pinheiro Representante Grêmio

Representantes Pais e/ou Responsáveis:

NOME FUNÇÃO ESCOLA

Alcir Augusto Pantaleão Representante dos Pais do Ensino Médio

Rosimery Roth Franco Representante dos Pais do Ensino Fundamental

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Representantes Sociais:

NOME FUNÇÃO

Auri Alves de Araújo Representante da Comunidade

2.2 DIREÇÃO

DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR.

Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,

definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no

Regimento Escolar.

Nilton Roberson Delega – Diretor

Cleto de Assis Alves – Diretor auxiliar

Reginaldo Aparecido Nunes Siqueira – Diretor auxiliar

2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica é formada por professores pedagogos cujas atribuições

são a de coordenação, implantação e implementação das Diretrizes, emanadas da

Secretaria da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na escola, além

das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.

I. Maria de Fátima Borsato Guimarães;

II. Vera Regina Messias Strack

ΙΙΙ. Mara Lucia Furmann

IV. Maria Leonice Pontarolo

V. Erli Joana da Silva

VI. Sandra Margarete Inglês

2.4 CORPO DOCENTE

EQUIPE DE PROFESSORES

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como

regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar

ativamente na elaboração do PPP suas funções estão relacionadas no Regimento

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Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de

Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de

produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como

uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.

ADRIANA KISIELEWICZ MIGLIORINI EDUCAÇÃO FÍSICA ALCILEIA JAKELINE FELIX DA SILVA BIOLOGIA ALETA MARIA BOBATO PORTUGUÊS CELINA FERREIRA DA COSTA MATEMÁTICA CLETO DE ASSIS ALVES FÍSICA E ENSINO RELIGIOSO CRISTINA SOVEK OYARZABAL INGLÊS ELIANE DIAS MOREIRA QUÍMICA GISLENE MARIA RODRIGUES PORTUGUÊS GLAUCIA MARISE SCORTEGAGNA MATEMÁTICA JOAO ANTONIO DAS CHAGAS PORTUGUÊS JOSE LOIR PEDROSO DA SILVA GEOGRAFIA

JUCIRLEI DE LIMA MATEMÁTICA LUCIA DE FATIMA DA LUZ BATISTA MATEMÁTICA LUCIANA DE FATIMA CORDEIRO CIÊNCIAS LUIZ CARLOS SIGWALT STREMEL MATEMÁTICA MANOEL ROSA FLORINDO INGLÊS MARIA HELENA MARTINS SOLTES GEOGRAFIA MIRIAM IZELLI HISTÓRIA RONALDO DA SILVA HISTÓRIA

ROSANE ELISABETE DE JEZUS CARDOSO PEDAGOGA acompanhante de aluno especial

ROSANGELA DE FATIMA DA SILVA HISTÓRIA SIMONE APARECIDA DA SILVA FÍSICA SIMONE APARECIDA DE ALMEIDA KRECHINSKI PORTUGUÊS

SONIA TEREZINHA FERREIRA HISTÓRIA SUELI KRZESINSKI DOS SANTOS CIÊNCIAS VALERIA GLAPINSKI INGLÊS VERA MARIA JARDIM STRACK CIÊNCIAS

VERA REGINA MESSIAS STRACK ENSINO RELIGIOSO WALDIR KING HISTÓRIA

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2.5 SETOR TÉCNICO - ADMINISTRATIVO

A Equipe Administrativa é composta por Agente Educacional I e Agente Educacional

II. Este setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do

Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais

funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento Escolar.

AIRTON DE OLIVEIRA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST ANA MARIA PAULIN TEIXEIRA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST BEATRIZ APARECIDA RIBEIRO BATISTA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST IZAURA MAIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS JESSICA FABIANI DE ARAUJO ASSISTENTE DE EXECUCAO

JOCEMARA MARTINS PENTEADO CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS JOSELIA MARGARIDA MULLER SIQUEIRA ASSISTENTE DE EXECUCAO LEOCADIA APARECIDA DA COSTA CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS LILIAN APARECIDA STANCZYK CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST LINDAMIR CORREIA DE LIMA CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST LUIZ OTAVIO KUSTER RODRIGUES FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA APARECIDA MAYER FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA CECILIA DE SOUZA LOPES SECRETARIO/ESCOLA MARIA NEUZA GALDINO FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA SLUCARZ GARCIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARLENE CORREIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARLI CRISTINA DA SILVA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS NOELIA CATARINA DOS SANTOS FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

ROBERSON JOSE ALMEIDA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST ROSA MARIA MARTINS DOS SANTOS FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS SANDRA REGINA DE LIMA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST SANDRO MARCELO REIS DE ALMEIDA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST TEREZA ADRIANCZYK FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS

2.6 ÓRGÃOS AUXILIARES (APMF e Grêmio Estudantil)

2.6.1. GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é outro órgão de gestão colegiada no Colégio General

Osório, pois aponta um caminho para a democratização da Escola, ele é um apoio à

Direção. Exercem papel importante na formação de liderança, de cidadania devendo

ter uma dimensão social, cultural e também política.

Assim, o grêmio representa e contribui decisivamente para a formação e

enriquecimento educacional. O Grêmio é a organização dos estudantes da escola, é

formado por alunos desenvolvendo atividades culturais e esportivas, organizando

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20

debates sobre assuntos de interesse dos estudantes ou reivindicações que os

alunos julgam importantes.

A organização, o funcionamento e as atividades do grêmio são estabelecidas

em estatuto próprio, aprovado em Assembléia geral do corpo discente do Colégio.

As atividades do grêmio são supervisionadas por conselheiro, o qual deve seguir

várias competências.

6.6.2. APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcioná rios )

A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, não

tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.A Associação

de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão associativo, constituído pelos pais ou

responsáveis dos alunos matriculados e frequentando normalmente as aulas, pelos

membros do corpo docente e funcionários e tem como finalidade principal, a

integração Escola-família-comunidade, bem como a promoção de atividades que

gerem algum benefício educacional, social, desportivo ou cultural para os alunos

e/ou suas famílias.

A A.P.M.F. é regida por estatuto próprio, aprovado pela direção do colégio e

pelo colegiado, através de Assembléia. No seu âmbito de ação discute sobre ações

de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família-

escola-comunidade, emitindo sugestões, em consonância com a proposta

pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe pedagógica -

administrativa; presta assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a

proposta pedagógica do colégio busca a integração dos segmentos da sociedade

organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando a

realidade da comunidade.

Proporciona condições ao educando, para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil e apoiando-o em suas

atividades que representam os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo

dessa forma para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal; promovendo o entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários e toda a comunidade através de atividades sócio-educativa cultural-

desportivas, ouvido o Conselho Escolar; busca e administra os recursos financeiros

próprios e os que lhe forem repassados através de convênios, de acordo com as

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prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com

registro em ata; colabora com a manutenção e conservação do prédio escolar e

suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta

ação. A contribuição da A.P.M.F. é voluntária não podendo estar vinculada ao ato de

matrícula podendo acontecer em qualquer época do ano letivo, pode esta

contribuição ser em moeda corrente ou outras formas de arrecadação, tais como:

materiais de consumo, de expediente e serviços.

Cargo Nome Filho na Escola / Nome Série

Presidente Antonio Kogut Pai aluno: André Kogut Vice- Presidente

Nilton Carlos Brasilio Pai aluno: Nilton Filho

1º Secretário Ana Maria Paulin Teixeira Func. Técnico administrativo -secretaria 2º Secretário Eliane Dias Moreira Professora: Química 1º Tesoureiro Maria Elizabete Silva Farina Mãe aluna: Daniele Silva Farina 2º Tesoureiro Patrícia Cavalli Mãe da aluna: Gabriela C. Mendes 1º Diretor Sócio Cultur.

Paulo César Rodrigues Professor Ed. Física

2º Diretor Sócio Cultural

Airton de Oliveira Func. Técnico administrativo

Cons. Del. Fiscal Leocádia Apª da Costa Func. Agente de Apoio Cons. Del. Fiscal Sandra Regina de Lima Func. Administrativo -Biblioteca Cons. Del. Fiscal Sandra Margarete Inglês

Santos Professora: Pedagoga tarde

Cons. Del. Fiscal João Antonio das Chagas Professor: Português Cons. Del. Fiscal João Luiz Guedes Pai aluno: Wagner Renan Gouveia

Guedes Cons. Del. Fiscal Silmara Kugler Mãe aluna: Kimberly Kugler Marin Cons. Del. Fiscal Rosemeri Roth Franco Mãe aluno: Bruna Franco Vieira Cons. Del. Fiscal Gilcelia Apª Socoloski Mãe aluno: João Luiz Socoloski Busato

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2.7 ESTRATÉGIAS E/OU AÇÕES PARA ARTICULAÇÕES COM AS FAMÍLIAS E A

COMUNIDADE

O corpo discente do colégio “Osório” é formado pela comunidade do Bairro

Uvaranas, composto por inúmeras vilas.

Além disso, a escola está localizada em um local de fácil acesso, sendo muito

bem servida por transporte coletivo, fator que serve de atrativo para que alunos de

bairros distantes se matriculem aqui ou daqui não queiram sair, mesmo que mudem

de residência para outros locais. Existe também a tradição familiar em estudar nesta

escola que repassa por gerações como fator indicativo de qualidade de ensino em

relação à escola pública.

O Colégio diante da realidade da comunidade vem empenhando esforços

para atraí-la cada vez mais, promovendo reuniões para tratar da vida escolar e

melhoria do desempenho dos alunos, através de palestras passa orientações aos

pais quanto a educação dos filhos, a importância do estudo, prevenção sobre

drogas, orientação sexual, meio ambiente e outras; através de festividades procura

trazer os pais até a escola, objetivando a socialização entre os alunos e as famílias.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 FILOSOFIA EDUCACIONAL

Tendo como princípio assumir a responsabilidade de atuar na

transformação e na busca do desenvolvimento social, devemos nos

empenhar na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo.

Por isso, buscamos trabalhar no sentido de formar cidadãos

conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na

busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Na dimensão pedagógica, reside a intencionalidade da nossa escola,

que é a de formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados,

críticos e criativos.

Visto a realidade em que se insere nossa escola, em que a maior

parte de nossos alunos pertencem à classe média-baixa e passa-se

necessariamente pelo entendimento de que se deve possibilitar a reflexão a

partir do lugar em que ela está inserida, na prática social dos sujeitos a fim

de se reconhecer a construção de uma identidade cultural e de um

sentimento de pertencimento, condição fundamental para a formação que se

almeja.

O conceito de nossa escola em torno desse tipo de educação, pelo

princípio de que ela deve funcionar como um local de produção e

socialização cultural, valorizando os saberes e estimulando a criação de

novos saberes, visando ao pleno desenvolvimento do aluno.

Assim, a preocupação com a formação cidadã, humana e abrangente

vem de encontro à realidade que enfrentamos, pois muitos dos problemas

sociais e educacionais em que nos deparamos, contrapõe-se a problemas

vigentes na sociedade, em caráter mais amplo.

Nessa lógica compreendemos que o homem éo sujeito da educação,

está situado no tempo e no espaço,inserido num contexto sócio-econômico-

cultural-político, enfim num contexto histórico.

Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação educativa

deverá contemplará promoção humana na construção do cidadão

competente, crítico, criativo e participativo.

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Desse modo a participação do homem como sujeito na sociedade, na

cultura, nahistória, se faz na medida de sua conscientização, a qual implica

a desmitificação e transformação desta sociedade.

Assim nossa população escolar, frente a questionamentos

apresentados, define a importância da escola e um projeto de educação,

abrangendo os seguintes aspectos:

- a escola é um local que proporciona a socialização do aluno;

- é um ambiente que torna possível a criticidade, desenvolve novas

visões de mundo, conscientiza sobre direitos e deveres, favorece a

participação ativa e consciente do indivíduo em sociedade e estimula a

vivência da cidadania plena;

-a escola contribui para o enfrentamento dos desafios e das

exigências do mercado de trabalho;

-favorece e complementa a formação da pessoa

Entendemos que pensar o papel político e pedagógico que a escola

cumpre no interior de uma sociedade, dividida em classes sociais, dentro de

um modo de produção capitalista implica em reconhecer a educação como

um ato político, que possui uma intencionalidade e contraditoriamente, vem

contribuindo, ou para reforçar o modelo de sociedade, sua ideologia, a

cultura e os saberes que são considerados relevantes para os grupos que

possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se

articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço

emancipatória, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os

saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua história negada,

silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes

historicamente acumulados e sistematizados na história da humanidade.

Outra questão de grande relevância e que deve permear todo o

trabalho escolar é o de que vivemos em uma sociedade em que as minorias

sociais, especificamente a raça negra, os deficientes, a classe menos

favorecida, padece por conta da existência do preconceito. Muitas vezes

camuflado, porém, sem deixar de existir, atinge boa parte das pessoas,

chegando à vivência escolar.

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25

A própria história da humanidade retrata a história vivida pelas

minorias, em que são relatados fatos como a opressão, a exploração, a

aculturação e a violência tanto física, como também a violência moral.

A forma de vivência e sobrevivência ao qual se submeteu essa

minoria os levou a tornar-se um povo lutador por seus direitos, embora nem

sempre respeitados pela grande massa de exploradores. Surgem leis, ao

longo dos tempos, em que tem como principal intuito, fazer com que os

direitos desse povo fossem respeitados e viabilizados em sociedade.

Surgem também diversas contribuições culturais, que mesmo massacrada,

não desiste de firmar a riqueza de princípios, costumes e valores,

especialmente da raça negra. Princípios, costumes e valores que

contribuem imensamente para a preservação e enriquecimentos da cultura

brasileira.

Atualmente, percebe-se que paralelamente à situação vivenciada pelo

negro e outras minorias no mundo, em nosso país, em nosso estado, no

nosso município e especificamente, nas pequenas comunidades e

aglomerações sociais, como nas escolas, retrata situações de

desvalorização e pré-conceito, o que tem causado conflitos de identidade.

O homem contemporâneo se vê obrigado a conviver com um

“verdadeiro espetáculo de diferenças” e percebemos claramente isso nas

escolas, em que se torna complicado o nosso aluno tanto do Ensino

Fundamental, como do Ensino Médio, conviver, aceitar e respeitar a

diversidade. Por isso, a visão de nosso colégio é de que deve haver um

empreendimento no sentido de desenvolver um trabalho pedagógico, no

sentido de contribuir para a construção de uma visão particular de

convivência, em que os alunos possam debater, pesquisar e construir uma

outra visão quanto às diversidades.

Portanto, entendemos ser necessário partir de situações mais amplas,

até abranger a nossa própria realidade, ou seja, a nossa escola, retratando

não só as “amarguras” vivenciadas pelas minorias sociais ao longo do

desenvolvimento da Humanidade, como também as grandes contribuições

culturais deixadas por essas minorias e que se inserem de maneira

significativa nos valores contemporâneos.

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26

Partimos do princípio de que resgatando valores de tolerância,

convivência coletiva e respeito às diferenças, estaremos contribuindo para

que o nosso aluno possa viver e construir um tipo de sociedade diferente da

que vivemos. Se não for possível a extinção do preconceito e da

discriminação, permanece o sonho de uma sociedade mais digna para as

futuras gerações. “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele

me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho

ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar

de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.(FREIRE)

A partir da realidade em que se insere o colégio, partimos do princípio

de que ela deve dar conta de formar cidadãos conscientes de seu papel

para com as mudanças sociais, não sendo mero expectador dos desafios

enfrentados em sociedade, ser crítico, contribuindo para mudanças,

responsável, autônomo, solidário, criativo, e capaz de responder aos

desafios do mundo contemporâneo, usando o conhecimento aprendido na

escola para entender a sua realidade e contribuindo consequentemente,

para as transformações necessárias; e estas transformações também estão

ligadas a religiosidade da sociedade neste momento histórico, vale a pena

destacar que a religiosidade pode funcionar como mecanismo de controle

social. E ela passa a ser, instrumentalizada dentro das diversas instituições,

como espiritualidade no contexto do mundo. E é dentro de uma perspectiva

mais ampla de compreensão de religiosidade (em relação ao conceito de

religião), e de psicologização de religião, que, talvez, se possa entender

porque espiritualidade parece estar sendo considerada, fundamentalmente,

como a procura por valores, por conexões, por vivências, que transcendam

a materialidade. Uma postura devida que buscaria sentido, significado para

o “estar” no mundo (família, trabalho) e equilíbrio entre as diversas esferas

da vida (racional, afetiva, social), enfatizando uma postura humanista diante

do mundo (amor, respeito ao próximo, fraternidade, ecologia).

Num processo educacional em que se trabalha a formação do cidadão

de forma interdisciplinar não podemos deixar de lado a visão educacional de

que o trabalho é um dos eixos do processo educativo, porque é através dele

que o homem se modifica, ao modificar a natureza, também se modifica uma

perspectiva que incorpora a própria história da formação humana. Portanto,

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o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o ensino. Ter o

trabalho como princípio educativo implica em compreender a natureza, da

relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como

as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o

que chamamos de sociedade.

Assim, a educação é também uma manifestação histórica do estar e

do fazer humano, o que fundamenta o processo de socialização.

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3.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES

O Colégio deve ser uma instituição cuja finalidade seja a de dar ao

aluno a formação global, visando ao desenvolvimento harmonioso de sua

personalidade, adotando técnicas modernas de aprendizagem, integrando-o

ao mio, objetivando seu crescimento e dando-lhe oportunidade de tornar-se

um ser humano basicamente feliz.

Por isso, essa instituição buscará ministrar seu ensino com base nos

princípios estabelecidos no Título II, art. 2º e 3º da Lei 9394/96 e Capítulo

III, sessão I, Art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do

Brasil, de 1988.

Essa Filosofia da Educação é resultante de uma ação educativa a

nível nacional que contempla:

“A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios

de liberdade em ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

E ainda:

O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I-Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;

II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

V – Coexistência de instituições privadas de ensino;

VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – Valorização do profissional da educação escolar;

VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da

legislação dos sistemas de ensino;

IX – Garantia de padrão de qualidade;

X – Valorização da experiência extraescolar;

XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

A idéia chave do trabalho de nossa instituição respalda-se na relação

que se pretende estabelecer com os professores, alunos e os conteúdos de

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aprendizagem através de atividades planejadas cuidadosamente. Essas

deverão ser significativas, voltadas para os alunos para um futuro de

resolução de problemas, de tomada de consciência, de decisões e de

aprendizagem.

Apresentamos ainda alguns eixos fundamentais da proposta de nosso

trabalho pedagógico:

� Desenvolver a criatividade;

� Possibilitar a resolução de problemas;

� Construção de competências;

� Relacionar o conhecimento adquirido ao cotidiano dentro de um

contexto e em sua globalidade;

� Fazer com que os conteúdos deixem de ser um fim em si

mesmos e passam a ser meios para ampliar a formação crítica e dinâmica.

Concluímos que o ensino deve ser uma tarefa onde a reflexão deve

ser a razão da escolha da rota definida, corrigindo-se rumos a cada passo

dado. Os mecanismos didáticos e os recursos pedagógicos ajudam, porém,

sozinhos, no são o núcleo de um ensino autêntico.

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3.3. OBJETIVOS GERAIS

• Consolidar no espaço escolar que dispomos a legítima garantia de

acesso e permanência com sucesso do educando, uma vez que, em cada

prática educativa, está representada a intenção de desenvolvimento da

educação permanente e do resgate do valor da escola pública para o

Paraná e para o Brasil;

• Conquistar maior autonomia para a unidade escolar, abrindo

possibilidades para a realização de experiências inovadoras, desafiadoras;

• Organizar e desenvolver situações de ensino, reconhecendo e

respeitando diferenças relacionadas a fatores tais como: nível sócio-

econômico, cultura, etnia, gênero, religião e outros; formulando objetivos de

ensino contextualizados, possíveis de serem atingidos e expressos com

clareza, selecionando conteúdos e estratégias de ensino e aprendizagem

adequadas às condições dos alunos e aos objetivos pretendidos, planejando

instrumentos de avaliação diversificados, que sejam capazes de captar a

gama de resultados obtidos com situações criadas e experiências vividas;

• Utilizar os conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural,

política e social para compreender o contexto em que está inserida a prática

social para compreender o contexto em que está inserida a prática

educativa, explicando as relações entre o meio social e a educação e

comprometendo-se com a transformação dessa realidade;

• Consolidar no espaço escolar que dispomos a legítima garantia de

acesso e permanência do educando, uma vez que, em cada prática

educativa, está representada a intenção do desenvolvimento da educação

permanente e do resgate do valor da escola pública para o Paraná para o

Brasil;

• Operacionalizar no cotidiano escolar, de forma concreta, a

democratização do saber à luz das análises, reflexões e interpretações do

currículo vivido no contexto escolar;

• Oportunizar uma prática educativa com princípios éticos e voltados

para a efetiva reinterpretação significativa das discussões do currículo,

tanto formal como oculto, para que sejam tratadas de maneira articulada a

metodologia docente, a relação professor-aluno e a avaliação;

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31

• Efetivar em nosso estabelecimento de ensino uma valorização

profissional, humana e efetiva de todos os educadores presentes no

ambiente escolar, sejam eles não – docentes, ou mesmo docentes;

• Superar o caráter fragmentário que as práticas escolares supõe para,

em seguida, elucidarmos a idéia de que nosso Projeto Político Pedagógico é

um instrumento de luta, a exemplo do que recomenda VASCONCELLOS

(2006, P.21);

• Articular a tensa vivência da descentralização, e através disto permitir

o diálogo consistente e fecundo com a comunidade, e mesmo com os

órgãos dirigentes. VASCONCELLOS (2006, P.21)

• Ponderar a ação educativa com vistas a dimensão pública da escola

ao balizá-la com sua função social.

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3.4. DIRETRIZES DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO

As Diretrizes Curriculares norteadoras da ação pedagógica em

exercício ambiente escolar que está situado o Colégio Estadual General

Osório em seu caráter processual decorre de um planejamento como

processo contínuo do conhecimento e da análise da realidade escolar em

suas condições concretas, de busca de alternativas para a solução de

problemas e de tomada de decisões, possibilitando correção no rumo das

ações.

Assim estamos procurando entender nossas diretrizes curriculares

como nos remete o estudo de LIBÂNEO (2004, p. 150) que expressa:

O caráter de processo indica, também, que um plano prévio é um

roteiro para a prática, ele antecipa mentalmente a prática, prevê os passos

a seguir, mas não pode determinar rigidamente os resultados, pois estes

vão se delineando no desenvolvimento do trabalho, implicando permanente

ação, reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática em curso.

Neste sentido, considerando nossas diretrizes curriculares dentro de

uma cultura organizacional. E, assim, como quer LIBÂNEO (2004, p. 152)

procuraremos sintetizar os interesses, os desejos, as propostas dos

educadores, que trabalham no cotidiano escolar, para em seguida

respondermos de forma reflexiva as perguntas feitas por LIBÂNEO (2004, p.

152) de forma a repensarmos as ações escolares, com vistas a:

• Que tipo de escola, nós profissionais desse colégio, queremos?

• Que objetivos e metas correspondem às necessidades e

expectativas dessa comunidade escolar?

• Que necessidades precisam atender em termos de formação de

alunos e alunas para a autonomia, cidadania e participação?

• Como faremos para colocar o projeto em permanente avaliação,

dentro da prática ação-reflexão-ação?”

Com tais encaminhamentos nossa ação pedagógica não irá se referir

apenas ao “como se faz”, orientando o trabalho educativo para as

finalidades sociais e políticas almejadas pelo grupo de educadores. Assim

assumiremos uma visão crítica da Pedagogia, que terá uma atitude

pedagógica revelada pela direção do sentido, um rumo, às práticas

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cotidianas pedagógicas, como já nos alertava LIBÂNEO (1998). Assim

sendo, percorreremos a compreensão de LIBÂNEO (2004, p. 154), que

lembra a necessidade de instaurarmos e entendermos a pedagogia como

prática cultural, envolvendo uma prática intencional de produção e

internalização de significados, que constituem um caráter de mediação

cultural. Para o que necessitamos recorrer ainda nestas diretrizes às

características da atitude tomada pelo estabelecimento face ao rumo que

daremos às ações pedagógicas.

Tais características apontadas por LIBÂNEO (2004, p. 154)

constituem a idéia que:

• Compreende a educação como prática social de assimilação ativa

da experiência humana, historicamente acumulada e culturalmente

organizada, portanto, como mediação da cultura;

• Essa prática de mediação cultural visa ao pleno desenvolvimento

das capacidades humanas, conforme necessidades e exigências sociais

concretas postas à humanização (emancipação humana) num determinado

contexto histórico-social, contexto esse sempre em transformação;

• Formula objetivo e implementa as condições organizativas e

metodológicas para a viabilização da atividade educativa.

Dessa forma estamos entendendo nossas diretrizes curriculares, ao

indicar o referencial concreto desta proposta curricular por meio do que,

também, estamos entendendo por currículo como projeção e desdobramento

do projeto pedagógico. Assim, buscamos em SACRISTÁN (1998) a idéia de

que o currículo é a concretização da posição da escola diante da cultura

produzida pela sociedade, ou ainda, como diz STENHOUSE (Pedra, 1997),

o currículo comunica princípios essenciais de uma proposta educativa,

aberta a um exame crítico para que possa ser traduzida na prática.

Em nossas práticas cotidianas escolares estamos instaurando a

compreensão da idéia de que o currículo é, além da seleção da cultura

produzida pela sociedade, uma ambientação para vivenciar experiências

culturais.

Como ainda, compreendemos que Currículo é “um modo pelo qual a

cultura é representada e reproduzida no cotidiano das instituições

escolares” (Pedra, 1997, p. 38).

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO ENSINO FUNDAMENTAL E … · formas de participação de espaço escolar”. Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho

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A partir destas conceituações alinhamos nossas diretrizes curriculares

nossa compreensão do que entendemos por currículo e assim, fazemos a

presente projeção dos objetivos e orientações operacionais deste Projeto

Político Pedagógico, que se realimenta a cada nova ação educativa diária,

de forma a entrecruzar-se e modificar-se, tendo em sintonia os critérios

filosóficos, políticos, culturais, sociológicos e pedagógicos, com as

experiências educacionais que estamos provendo aos alunos por meio do

currículo que consolidamos.

Nesta dimensão compreende a estrutura pedagógica que também

prevê a existência de “Experiências Exitosas” que estão “dando certo” no

colégio e, que fazem parte do cotidiano que temos e está se aperfeiçoando

por meio dos encaminhamentos das atividades e projetos integrados ao

P.P.P.

Assim, estamos partindo da compreensão que nortearemos as ações

educativas a partir da clareza do que concebemos por currículo neste PPP.

Em nossas abordagens metodológicas e perspectivas pedagógicas

configuramos como singular a opção de STENHOUSE (1984, p.24) apud

SCRISTÁN & PÉREZ GÓMES (1998, P.147) que explicitam:

“O currículo é uma tentativa para comunicar os princípios e traços

essenciais de um propósito educativo, de tal forma que permaneça aberto à

discussão crítica e possa ser transferido efetivamente para a prática”

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35

IV. MARCO SITUACIONAL

As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel

diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e

reestruturação capitalista mundial. De fato, o novo paradigma econômico, os

avanços científicos e tecnológicos, a reestruração do sistema de produção e as

mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização do trabalho e o perfil

dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e, por conseqüência,

nos sistemas de ensino e nas escolas.Temos hoje em dia uma sociedade onde

muitas pessoas parecem que estão sozinhas no espaço, muitas pessoas

deprimidas, usando drogas e álcool, violências de todas às ordens (furtos e roubos),

a degradação da natureza acontece sem preocupação com a sustentabilidade.

Ainda, a indiferença com a miséria e a pobreza é marca distintiva deste modelo

social, as desigualdades sociais são naturalizadas.

O modelo social atual é organizado para poucos, que por meio da exploração

alguns vivem na mordomia e a maioria sobrevive desumanamente, nas ruas,

favelas, etc. Em face de tal realidade, estamos nós educadores do século 21, com a

tarefa de formar subjetividades para conservar tal sistema social ou transformá-lo. É

neste contexto que a teoria crítica pode nos dar referenciais para constituir uma

pedagogia que contribua para promover formas de sociabilidades voltadas a uma

nova maneira de viver, que passa, também, não somente, pela educação, mas sem

ela não é possível. Os conjuntos das informações aqui apresentados refletem as

diferentes realidades existentes no nosso país, no estado e até em nossa cidade. As

dificuldades encontradas na sociedade refletem questionamentos que por vezes

chegam a levantar questões que abalam as estruturas da escola.

O Colégio Estadual General Osório está localizado na Avenida Carlos

Cavalcanti, no bairro de Uvaranas, que é composto de inúmeras vilas. O local onde

ele está situado é de fácil acesso, sendo muito bem servido por transporte coletivo,

fato que serve de atrativos para que os alunos das vilas e bairros distantes se

matriculem aqui e mesmo quando mudam de residências para outros locais, não se

transferem. Existem também as tradições familiares em estudar neste Colégio que

repassa por gerações, como fator indicativo de qualidades de ensino em relação à

escola pública. As famílias podem ser consideradas, em sua maioria, de classe

média baixa, sendo que algumas possuem casa própria com infraestrutura (água e

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esgoto) com uma situação financeira razoável. Outras moram em casa alugada ou

cedida com infra estrutura precária e uma situação financeira de classe média baixa

e outros moram em casas bem humildes, sem infra-estrutura e com bastante

dificuldades financeiras. Quanto à escolaridade dos pais podemos dizer que poucos

possuem nível superior e médio completo, sendo que a maioria possui o ensino

médio e o ensino fundamental incompleto e ainda alguns pais são analfabetos.

O Colégio Estadual General Osório é organizado em três turnos: manhã das

7horas e 20 minutos, tarde das 13 horas às 17 horas e vinte minutos e a noite das

18 horas e 30 minutos às 22 horas e 40 minutos. Possui doze salas de aula que

atende uma demanda de 35 a 40 alunos por turma oferta o ensino Fundamental e

Médio, anual seriado. Possui uma classe de apoio que funciona em período

contrário em uma sala muito pequena e visa a recuperação de alunos quintas séries

em defasagem nas disciplinas de Português e Matemática. Conta ainda, com uma

sala de direção, uma para a equipe pedagógica, sala dos professores, sala para os

funcionários secretaria, laboratório de Informática, laboratório para as disciplinas de

Física, Química, Biologia e Ciências, biblioteca, cozinha, almoxarifado.

O tempo escolar é a unidade de medida do trabalho escolar, que pode

envolver uma sessão de ano, meses, dias ou hora. Refere-se ao tempo em que a

escola e a comunidade escolar destinam para a realização de suas atividades

educativas.

Desse modo o tempo é um aspecto importante na vida de uma escola e dele

depende todo o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

A distribuição do tempo deve sempre ter em conta o aluno, as suas

capacidades e limitações, o seu ritmo de trabalho, a fadiga, o tempo de

concentração, os interesses e necessidades, considerando sempre que o tempo

está a serviço do principal ator deste processo que é o aluno.

Portanto, o calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos, as férias,

os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e religiosos, as

datas para reuniões pedagógicas, os períodos para avaliações, eventos a serem

realizados no Colégio e o Conselho de Classe. O calendário escolar é embasado na

LDBEN nº 9394/96, a qual determina o mínimo de 800 horas (oitocentas horas),

anuais, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho

escolar.

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O Colégio obedecendo às normas e a grade curricular estabelece em horário

escolar, o número de horas por semana de cada disciplina, sendo que varia em

razão do número de aulas que cada disciplina tem. O tempo de ensino é de 25 horas

semanais e 5 aulas diárias de 50 minutos no matutino e vespertino, sendo que no

período noturno são 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos.

Todos os envolvidos no processo educativo devem ter idéia do tempo útil

como reflexo de uma concepção do mundo moderno; sendo assim, cada integrante

do quadro de funcionários e professores do Colégio e inclusive as instâncias

colegiadas (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil) realizem um planejamento

a ser desenvolvido durante o ano letivo com especificidade das ações e tempo

previsto para realizá-lo.

Todos devem ter consciência das exigências do seu tempo e seu

comportamento deverá estar pautado pelas determinações deste tempo, dentro de

um controle disciplinar, utilizando o seu tempo escolar adequadamente e

organizando suas atividades de acordo com o tempo que dispõe. Tal organização

contribui para o sucesso na obtenção de seus objetivos e o sucesso do aluno.

A localização da quadra esportiva no meio do colégio dificulta o deslocamento

para a ala superior e vice-versa, além de atrapalhar nas salas devido ao barulho

durante as aulas de Educação Física. A escola não possui pátio, sendo a quadra

ocupada como pátio, para os alunos; com isso ocorre transtornos na passagem de

professores, funcionários e alunos com a movimentação de bolas que podem atingir

os transeuntes.

O Colégio passou por uma reforma no ano de 2008 que deixou muito a

desejar, pois continua com as goteiras em algumas salas e corredores, também não

foram feitas passarelas cobertas entre um bloco para outro; ao deslocar-se de um

bloco os professores molham-se em dias de chuva. Faltou também uma cobertura

onde estão dispostas mesas para os alunos lancharem; também necessita de mais

uma quadra, mesmo que não seja coberta e banheiros para pessoas com

necessidades especiais.

Neste sentido em relação a inclusão, a visão que norteia os princípios do

Colégio, é a preocupação com as diferenças que constituem os seres humanos.

Na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9394/96, que

estabelece que o atendimento aos educandos com necessidades educacionais

especiais sejam preferencialmente ofertada na rede regular de ensino. O Colégio

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Estadual General Osório está em consonância com as leis estabelecidas atendendo

as especificidades e singularidades de cada aluno; haverá quando necessário,

serviços de apoio especializado, para atender às peculiaridades da clientela da

educação especial.

O Colégio recebe também alunos do distrito de Itaiacoca que utilizam o

transporte escolar cedido pelo município e estado para poderem prosseguir seus

estudos cursar o Ensino Médio. Esses alunos moram em fazendas, chácaras, sítios

sendo que muitos dos pais desses alunos são empregados rurais, poucos são

proprietários do local onde moram.

O rendimento escolar em 2009 demonstra que no ensino fundamental o

índice de aprovação foi de 70% e demonstra 27% de reprovação, sendo a quinta

série e sétima série com maior índice de repetência.

Os alunos matriculados nas quintas séries têm vindo com déficit nos

conteúdos básicos da fase inicial de alfabetização, dificultando o processo de ensino

e aprendizagem, justificando o projeto da sala de apoio que é ofertada aos mesmos

nas disciplinas de Português e Matemática. O maior entrave encontrado nessa série

é a alta defasagem dos alunos, pois muitos alunos vêem para as escolas estaduais

sem dominar os conteúdos básicos: leitura, escrita, raciocínio lógico matemático e

operações básicas.

O Ensino Médio ofertado é anual seriado e o índice de aprovação foi de

75,50%, sendo o primeiro ano com maior índice de reprovação chegando a 19,50%

no total. O Ensino Médio ofertado no período matutino o número de evasão é

pequeno. No período noturno o índice de evasão é de 4,90% de abandono sendo

grande, pois os alunos deixam de estudar para trabalhar e também por desinteresse

pessoal e familiar. Tal índice é devido ao perfil dos alunos que são trabalhadores,

que labutam em indústrias, fábricas, na construção civil como serventes, são

diaristas, babás, domésticas, balconistas e trabalhadores rurais. Também

recebemos outros alunos oriundos de outras escolas próximas e de outros períodos

do Colégio os quais tem uma defasagem idade/série devido as reprovações e

problemas disciplinares que são encaminhados para esse período noturno, na

tentativa de resgatar seu compromisso com a escola. Diante desta realidade, a

equipe pedagógica do período noturno procura desenvolver ações junto aos alunos,

a família, promovendo a autoestima, resgate de valores, conscientizando-os da

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importância do conhecimento para suas vidas e desta forma terem condições de

fazer a diferença no contexto social em que vivem.

No período noturno o Ensino Fundamental é ofertado e direcionado para os

alunos com mais de 14 anos, com defasagem escolar em idade/série, sendo o

mesmo um resgate social desses jovens que pararam de estudar devido à

repetência, indisciplina e trabalho.

A LDB, em consonância com a demanda atual do mundo do trabalho, afirma

que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da

educação, assegurando-lhes, aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive

com licenciamento periódico remunerado para os professores que participam do

PDE.

Cabe ressaltar que a formação continuada é um direito de todos os

profissionais que atuam em instituição educacional, uma vez que não só ela

possibilita a progressão funcional baseado na titulação, na qualificação e na

competência dos profissionais, mas também propícia o desenvolvimento

profissional.

A realidade educacional hoje, exige dos profissionais uma constante

atualização e os professores do Colégio Estadual General Osório conscientes desta

necessidade estão empenhados, interessados em aperfeiçoar-se através de estudos

a todo o momento, participando de cursos de capacitação promovidos pelo Núcleo

Regional de Educação de Ponta Grossa, pelas instituições de Ensino Superior,

grupos de estudos por área de conhecimento, participando em palestras com

especialistas nas diversas áreas. Participando em grupos de estudo em rede online

e também participando do Programa de Desenvolvimento Educacional _ PDE

oferecido pela SEED do Paraná.

Temos no Colégio Estadual General Osório 51 professores com curso de pós-

graduação, 10 professores com curso superior nas diversas áreas de ensino e 5

professores com mestrado. Em relação aos funcionários o Colégio dispõe de 5

funcionários com curso superior, 11 funcionários com Ensino Médio , 2 funcionários

com Ensino Fundamental e 2 funcionários com Ensino Fundamental incompleto e 4

funcionários com pós graduação.

Os funcionários do Colégio têm grande relevância no processo educativo,

assim em nossa realidade são considerados profissionais da educação, educadores

não docentes. Participam do curso Profuncionário de nível técnico que oferece

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várias modalidades como: infraestrutura escolar, secretarias, multimeios didáticos e

alimentação escolar; idealizado pelo MEC e que o governo do Paraná através da Lei

123/09/2008 regulamenta o plano de cargos e salários desses funcionários da

educação, garantindo também a capacitação e a elevação de nível. Participam

também dos cursos de capacitação oferecidos pelo NRE de Ponta Grossa e

realizam grupos de estudos oferecidos pela SEED/PR.

A formação continuada é instituída também pela organização da hora-

atividade que é destinada a assuntos educacionais de interesse da comunidade

escolar como: estudos, reflexões sobre os conteúdos curriculares, elaboração de

projetos, trocas de experiências, correção de tarefas e também atendimento aos

alunos e pais. No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as

orientações do NRE (dentro do possível, pois muitos professores trabalham em

outros estabelecimentos de ensino), favorecendo o bom rendimento escolar do

aluno e propiciando um trabalho compartilhado e coletivo. O acompanhamento das

atividades executadas durante a hora-atividade é de responsabilidade da equipe

pedagógica e do gestor escolar. O quadro de distribuição da hora-atividade está

sempre exposto na sala dos professores.

Para promover a articulação com as famílias e a comunidade, o Colégio

organiza palestras educativas faz reuniões bimestralmente, para conscientizar os

pais sobre a responsabilidade sobre os filhos, além de informar as notas e

freqüência dos alunos.

A maior dificuldade do colégio são o grande número de alunos por turma no

período matutino e os índices de evasão no período noturno, alunos faltosos em

todos os períodos e casos de gravidez na adolescência.

O quadro de pessoal é composto por funcionários e professores do quadro

próprio e contratados, sendo que os professores atuam em sala de aula em suas

respectivas disciplinas conforme distribuição interna e via Núcleo Regional de

Educação sob orientação da Direção e coordenação da Equipe Pedagógica,

atendendo a legislação vigente.

Nesta perspectiva, cabe o compromisso de todos os educadores do Colégio

promover a práxis, partindo da prática buscar a teoria e analisá-la, e novamente

voltar a prática, para encontrar respostas aos desafios que são postos a educação,

como prática da liberdade. Visto que “o enfrentamento dialético ação-reflexão é o

que dá origem à mudança, tanto do nível de consciência, como da estrutura social”

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(GUTIÉRREZ, 1999, p. 28). Assim, o processo educativo vai ao encontro de uma

educação emancipatória, em que os sujeitos aprendem a pensar saídas para os

problemas e os instrumentos que lhe oprimem. Como diz Freire, “num pensar

dialético, ação e mundo, mundo e ação, estão intimamente solidários” (FREIRE,

2005, p. 44)

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V. MARCO CONCEITUAL 1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE SOCIEDADE

O homem, como sujeito de sua história é condicionante e condicionado. Ele

precisa entender também essa aparente contradição do seu viver histórico. Se

quiser viver a suprema liberdade humana, muito além dos discursos ideológicos, é

preciso escolher o caminho da busca e do conhecimento vivenciado, mais além das

aparências e dos parâmetros impostos. De qualquer maneira, é um ser biográfico. O

viver humano envolve o lógico, o afetivo e o espiritual. Muitas vezes de difícil

conciliação, outras vezes, exige opções até existenciais. O homem é um ser que se

constrói. A compreensão desta profunda realidade vai permitir que a nossa conduta,

na prática educativa, tome dimensões além do aprender a fazer por fazer.

A sociedade em que vivemos é excludente e fragmentada economicamente,

pertencer a grupos sociais é ao mesmo tempo tão decisivo e tão comum que,

geralmente, os indivíduos não se dão conta da importância desse fato. Só quando

segregados é que os indivíduos tendem a perceber a importância fundamental do

grupo para a vida humana. A sociedade é constituída por grupos sociais regidos por

um conjunto de regras e procedimentos próprios – as instituições – e formado por

indivíduos vinculados a uma ou a outra classe da estratificação social. A partir do

nascimento, o ser humano é obrigado a submeter-se a um conjunto de regras e

procedimentos que lhe são impostos pela sociedade. Tais regras e procedimentos

chegam a ele por meio dos grupos aos quais está integrado, e o papel da escola é o

de contribuir para a qualificação da cidadania a fim de tornar a sociedade mais justa,

inclusiva e democrática, que privilegie valores fundamentais para a existência

humana como respeito à vida, a diferença e ao próximo.

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2. CONCEPÇÃO EDUCACÃO / ESCOLA

A concepção educacional que alicerça o Colégio Estadual General

Osório, está se consolidando à medida que, gradativamente, vem ocorrendo

institucionalmente as oportunidades de reflexão pedagógica no interior da

escola e, assim, partimos dos ideais da fundamentação sociológica de

currículo, nestes termos optamos por aproximar às nossas reflexões as

abordagens da seleção epistemológica concreta de como estaremos

concebendo a sociedade, o homem que estão presentes na escola. Para

elucidarmos estas concepções identificamos e escolhermos a conceituação

de MORIN (2002, p.105 e 106), que considera:

“... indivíduo/sociedade/espécie são não apenas inseparáveis, mas

co-produtores um do outro. Cada um destes termos é, ao mesmo

tempo, meio e fim dos outros. Não se pode absolutizar nenhum deles

e fazer de um só o fim supremo da tríade. Esta é, em si própria,

rotativamente, seu próprio fim. Estes elementos não poderiam, por

conseqüência, ser entendidos como dissociados: qualquer concepção

do gênero humano significa desenvolvimento conjunto das autonomias

individuais, das participações comunitárias e do sentimento de

pertencer à espécie humana. No seio desta tríade complexa emerge a

consciência”.

Para tanto, procuramos expressar nesta concepção educacional os

entendimentos iniciais das teorias críticas sobre currículo, como quer SILVA

(2003 p.17). A idéia do currículo oculto com vistas às possibilidades de

ascendermos até a compreensão das teorias pós-críticas que acenam para

a reflexão por meio da identidade, diferença, subjetividade, significação,

cultura, poderão estar reveladas mas nossa práxis, uma vez que as relações

curriculares assim se determinam.

Com vistas à teorização crítica sobre o currículo, que inicialmente,

concentrou-se nas chamadas “teorias da reprodução”, na realidade escolar

decidimos reinterpretar as reflexões do currículo real que instauramos na

ação pedagógica que demanda a transmissão e a transformação do

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conhecimento científico, que percorremos a cada ação educativa iniciada no

espaço escolar.

Para o que estruturamos a proposta política e pedagógica a partir da

compreensão de autonomia como já insistia Paulo Freire em sua “Pedagogia

da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.”

O Colégio concebe a educação como agente transformador numa atitude

de liberdade, visão crítica e humanitária. “(...) A educação, portanto, não transforma

de modo direto e imediato e sim de modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre os

sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p. 85).

Nesse sentido, a educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a

Finalidade de formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na

realidade, visando o bem estar do homem, no plano pessoal e coletivo. O

processo educacional deve oportunizar o conhecimento científico e cultural,

visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo da vida

em sociedade.

Nestes termos, elucidamos a concepção educacional com vistas ao

pensamento singular freiriano, que explicita os princípios de ensinar. Que

exige rigorosidade metódica. Em FREIRE (1998, p.28-29) temos:

“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua

prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua

curiosidade, sua insubmissão, uma de suas tarefas primordiais é

trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem

se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade

metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente

transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste

sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do

conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das

condições em que aprender criticamente é possível. E essas

condições implicam ou exigem a presença de educadores e de

educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos

humildes e persistentes”.

A partir da reflexão freiriana fundimos as reflexões e estruturas deste

projeto acerca dos princípios da gestão democrática para, assim,

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garantirmos o acesso e a permanência do educando na realidade do Colégio

Estadual General Osório, Ensino Fundamental e Médio.

Porém, ainda que tenhamos um olhar voltado para as teorias críticas

e pós-críticas do currículo cabe considerar que estamos sujeitos a uma

Política Escolar que constitui-se, intrinsecamente, como um sistema de

idéias institucionalizado segundo um corpo de regras que estabelece

simbolicamente as relações entre “escola, sociedade e Estado”, legitimando

e definindo as linhas de atuação do estado sobre a escola. Ela também é

um sistema de práticas de exercícios de poder que, ao incidir sobre o

sistema escolar, reproduz ou reformula sua estrutura e organização, reforça

ou modifica a correlação, de forças entre as ações docentes e

administrativas.

A política escolar no Brasil tem se constituído como um “sistema de

idéias” e de “práticas controladoras”, que nada mais sugerem do que

determinações estruturais e ideológicas. Na política escolar, como “sistema

de práticas controladoras apresentam-se como conjunto de medidas em

parte contraditórias, mas que à luz da reflexão permanente estaremos

instaurando os princípios da autonomia na realidade do Colégio”.

Nesse sentido, a escola é o local privilegiado para promover o conhecimento

sistematizado, oportunizando o espaço físico adequado e contribuindo para que

ocorra a aprendizagem.

A escola deve tornar-se um espaço de criação, valorizando a existência de

diferentes culturas, despertando assim no aluno o espírito de pesquisa, e busca no

aprender e no conhecer coisas novas.

Para tanto, faz-se necessário que a escola objetive qualidade, torne-se

espaço de formação cultural, tecnológica e científica, efetivando-se como formadora

de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.

Assim, a escola legitima sua função quando possibilita a vivência de um

sentimento de pertinência e inclusão ao vivenciar situações em que a realização

pessoal seja compartilhada com a realização de projetos coletivos; que a satisfação

individual e a coletiva sejam interdependentes; que o auto-respeito dependa, além

dos diversos êxitos na realização dos projetos de vida, do respeito pelos valores e

regras morais, estas como parte integrante da identidade pessoal, da imagem

positiva de si, para que assim, haja conforme tais regras. A escola oferecerá

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qualidade de ensino necessário ao realizar seus projetos, organizando o convívio

escolar de maneira que os conceitos de justiça, respeito e solidariedade sejam

vivificados e compreendidos pelos alunos.

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3. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O PA PEL DOS

PROFESSORES

O ensino aprendizagem busca favorecer o desenvolvimento do pensamento,

este objeto de trabalho do professor, deve estar diretamente relacionado aos

conteúdos sistematizados e construído historicamente. Essa relação se efetiva

quando as experiências dos alunos são consideradas a favorecer o processo de

aprendizagem quando se percebe a funcionalidade destes novos conhecimentos

construídos para os diferentes contextos existentes.

Segundo Libâneo o processo ensino-aprendizagem “é um processo que se

caracteriza pelo desenvolvimento e transformação progressiva das capacidades

intelectuais dos alunos em direção ao domínio dos conhecimentos e sua aplicação”,

enquanto que aprender, para o autor seria a assimilação ativa de conhecimento e de

operações mentais para compreendê-los e aplicá-los consciente e autonomamente.

Nessa lógica a aprendizagem realiza-se nas relações face a face ou melhor

ouvido a ouvido de alunos e professores postos à escutadas vozes que os

interpelam. Ao educando cabe a palavra da realidade nova interpelante, ao

educador, a palavra alicerçada na experiência de vida, na capacidade de

discernimento, no compromisso com a busca do saber, com a precisão, cabe

também a disciplina do estudo a interpelação ética da vontade coletiva, na fidelidade

ao projeto da emancipação humana,

O ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do professor; favorecer o

diálogo dos alunos entre si e com o professor, sem deixar de valorizar o diálogo com

a cultura acumulada historicamente; levar em conta os interesses dos alunos, os

ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, sem perder de vista a

sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do

processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.

A interpretação da realidade a visão de mundo; a práxis (prática articulada à

teoria); a materialidade (organização dos homens em sociedade para a produção da

vida); e a concreticidade (caráter histórico sobre a organização que os homens

constroem através de sua história).

O movimento dialético parte da realidade empírica (baseada na experiência,

no real aparente, o objeto como se apresenta à primeira vista), e por meios de

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abstrações (reflexões, teorias elaboração do pensamento), chegar ao concreto

pensado (compreensão elaborada do que há de essencial no objeto-síntese de

múltiplas determinações).

Nesta concepção da lógica dialética, o professor pode superar o senso

comum que está arraigado no ambiente educacional, terá que fazer uma reflexão

teórica para chegar a consciência filosófica. No seguinte movimento: parte do

conhecimento da realidade empírica da educação, e por meio do estudo de teoria,

movimento do pensamento, abstrações, chegar à realidade concreta. No processo

de ensino e aprendizagem, a mediação do professor é de suma importância para o

desenvolvimento dos indivíduos que passam pela escola.

Dessa forma o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a partir da base

material (prática social dos homens e processos de transformação da natureza por

eles forjados); porém as organizações culturais, artísticas, políticas, econômicas,

religiosas, jurídicas etc. também são expressões sociais que inferem na construção

do conhecimento. Portanto, é a existência social dos homens que gera o

conhecimento, pois este resulta do trabalho humano, no processo histórico de

transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo.

O conhecimento, como fato histórico e social supõe sempre continuidades,

rupturas, reelaborações, reincorporações, permanências e avanços (GASPARIN,

2005).

O processo de ensino e aprendizagem envolve um conteúdo que é ao mesmo

tempo produção e produto. Parte de um conhecimento que é formal (curricular) e

outro que é latente, ocultam e provêm dos indivíduos.

É preciso compreender que o processo ensino e aprendizagem se dão na

relação entre indivíduos que possuem sua história devida e estão inseridos em

contextos de vida própria. Pela diversidade individual e pela potencialidade que esta

pode oferecer à produção de conhecimento, conseqüentemente, ao processo de

ensino e aprendizagem, pode-se entender que a necessidade de estabelecer

vínculos significativos entre as experiências de vida dos alunos, os conteúdos

oferecidos pela escola e as exigências da sociedade, estabelecendo também

relações necessárias para compreensão da realidade social em que vive e

mobilização em direção a novas aprendizagens com sentido concreto.

Nesta perspectiva os conteúdos devem ser enfocados de maneira

contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano, evidenciando que

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este advém da história produzida pelos homens nas relações sociais de trabalho.

Essa didática objetiva um equilíbrio entre teoria e prática, envolvendo os educandos

em uma aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos e políticos, para

que estes sejam agentes participativos de uma sociedade democrática :

.. nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do

saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto,

apreendido pelos educandos. (FREIRE, 1996, p.26)

Desta maneira, na escola, o trabalho intencional, planejado e sistematizado

do professor permite aos educandos apropriarem-se dos instrumentos culturais

construídos pela humanidade historicamente, caracterizando o processo de

humanização desses indivíduos.

Nessa perspectiva, ser professor significa exercer o domínio de seu

específico campo e processo de trabalho, passo a passo e a qualquer momento, o

que requer trabalhar com o rigor científico dos conhecimentos que faz seu e com os

meios materiais e instrumentos de que se apropria na capacidade de elabora-los ou

de reconstruí-los segundo as exigências da proposto pedagógica do Colégio. E a

esse cabedal de conhecimento e habilidades técnicas é importante que o professor

acrescente uma competência comunicativa muito própria, que corresponda ao

caráter eminentemente dialogal de seu fazer pedagógico. Tudo isso, porém, muito

pouco significa sem a paixão pelo homem que está no aluno, a quem busca conferir

o imenso privilégio de acreditar em si, desde a segurança afetiva até as capacidades

adquiridas.

O papel do professor é o de dirigir e orientar a atividade mental dos alunos de

modo que cada um deles seja um sujeito consciente ativo e autônomo.

Para que se efetive o processo ensino e aprendizagem cabe aos professores

algumas atitudes tais como:

- Elaborar o plano de ação do docente anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu

cumprimento em consonância com a proposta curricular e pedagógica do

estabelecimento de ensino, com os princípios norteadores das políticas

educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional;

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- Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando as

especificidades dos alunos;

- Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas dos

saberes e atividades escolares;

- Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de

construção do conhecimento dos alunos;

- Elaborar instrumentos de avaliação diversificados;

- Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou

dificuldades;

- Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos programas de

capacitação ofertados pela mantenedora e/ou por outras instituições, mantendo

atitude permanente de estudo, pesquisa e produção;

- Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e qualifiquem o

trabalho pedagógico;

- Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que

possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade no

processo ensino-aprendizagem e situações conflituosas;

- Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes escolares;

- Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos;

- Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos de apoio

pedagógico;

- Exprimir-se com clareza na correção de atividades propostas aos alunos;

- Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira emocionalmente

equilibrada e ter capacidade para mediar situações de conflito;

- Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e aluno-aluno,

favorecendo a atitude dialógica;

- Adotar uma postura reflexiva, critica e questionadora, orientando os alunos a

formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e situações;

- Expressar-se por meio de varias linguagens, visando o enriquecimento e a

Inteligibilidade de suas aulas bem como dos materiais produzidos para apoio

pedagógico;

- Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com dicção clara;

- Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a disciplina e

especificidades dos educandos;

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- Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente, na Legislação

Estadual e demonstrar, em situações práticas, as atividades propostas aos

educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais, auditivos e motores;

- Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos de sua

área/disciplina;

- Participar e/ou colaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas

dinamizadas dentro do contexto escolar.

- Selecionar livros, textos, materiais e atividades complementares, videos, dinâmicas

de grupo, experiências, passeios e visitas, estabelecendo um cronograma, aplicando

e avaliando no dia-a-dia as atividades planejadas;

- Propor jogos recreativos e exercícios para estimular o desenvolvimento global do

educando;

- Desenvolver atividades que explorem conhecimentos gerais como: noticias de

jornais e datas comemorativas entre outros, promovendo um relacionamento

cooperativo de trabalho com seus colegas, pais, e com os diversos segmentos da

sociedade;

- Organizar tarefas coletivas para estimular a socialização dos educandos,

resguardando sempre o respeito e integridade;

- Entender as dificuldades e necessidades individuais de cada aluno, assegurando

que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor, raça, religião ou

classes sociais;

- Ser assíduo e pontual nos seus compromissos;

- Comunicar com antecedência, sempre que possível, os atrasos e faltas eventuais,

para que sejam tomadas as providências necessárias;

- Participar ativamente de reuniões, comemorações e atividades cívicas promovidas

no estabelecimento de ensino.

A escola é um palco de ações e reações, onde ocorre o saber –fazer. É

constituída por características políticas, social, cultural e crítica. Ela é um sistema

vivo aberto e deve ser considerada como em contínuo processo de desenvolvimento

influenciando e sendo influenciada pelo ambiente, onde existe um feedback

dinâmico e contínuo.

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4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E DA RELAÇÃO PROFESSOR –A LUNO

CURRÍCULO

O currículo é a proposta que concebe a educação escolar como uma prática

que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam

suas capacidades e aprendam os conteúdos para construir o conhecimento, sendo

capazes de atuar com competência na sociedade em que vivem.

O currículo constitui o elemento nuclear do projeto pedagógico, é ele que

viabiliza o processo de ensino e aprendizagem.

Desse modo o currículo, abrange tudo o que ocorre na escola, as atividades

programadas e desenvolvidas sob a sua responsabilidade e que envolvem a

aprendizagem dos conteúdos escolares pelos alunos, na própria escola ou fora dela.

O currículo reflete intenções (objetivos) e ações (conhecimentos,

procedimentos, valores, formas de gestão, de avaliação, etc), tornadas realidade

pelo trabalho dos professores e sob determinados condições providas pela

organização escolar, tendo em vista a melhor qualidade do processo de ensino e

aprendizagem (Carvalho e Diogo , 1994 ).

Assim a construção e a elaboração da proposta curricular implica

compreender que o currículo é mais do que os conteúdos escolares inscritos nas

disciplinas. Constitui-se dos vários tipos de aprendizagem, aquelas exigidas pelo

processo de escolarização, mas também aqueles valores, comportamentos, atitudes

que se adquirem nas vivências cotidianas na comunidade, nos jogos e no recreio e

outras atividades concretas que acontecem na escola.

Nas palavras de Saviani (2008, p. 31),“[...] trata-se de retomar vigorosamente

a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das

camadas populares. Lutar contra a marginalidade por meio da escola significa

engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino de melhor

qualidade possível nas condições históricas atuais”.

A escola através de seu currículo representa a dimensão científica do

conhecimento. Eles expressam o conjunto de conhecimentos socialmente

produzidos e historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade

que permitem sua transmissão e reapropriação; e foram também estruturados com

métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e possivelmente

orientar a natureza e as atividades humanas. O papel do professor, como mediador,

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é definir a relação e estabelecer a ligação entre os conceitos científicos e os

cotidianos. A integração entre os conceitos científicos e cotidianos vão possibilitando

o desenvolvimento na perspectiva da cientificidade que necessariamente retornará

ao cotidiano dos alunos.

O professor é o mediador e isto só acontece à medida que ele conhece tanto

os conceitos científicos quanto os cotidianos. Desta forma, sua primeira ação

consiste em apropriar-se adequadamente dos conhecimentos científicos. Essas

duas ações docentes desenvolvem-se em tempos e lugares diferentes. A

apropriação dos conceitos científicos dar-se antes de sua aula e o conhecimento dos

conceitos espontâneos é obtido durante a aula.

O papel do professor consiste em ações intencionais que conduzem os

alunos à reflexão sobre os conceitos que estão sendo propostos. Sua função é

explicitar, explicar, demonstrar os conceitos científicos, social e historicamente

elaborados. Sendo essa caminhada um processo dialético, o professor tanto pode

agir partindo do empírico, ascendendo ao abstrato até chegar ao concreto no

pensamento quanto pode apresentar os conceitos já prontos, analisando-os junto

com os alunos para que estes os incorporem, tornando-se empíricos, cotidianos.

Para a realização de seu trabalho, o professor elabora ações que busquem

desenvolver capacidades que ainda não estão desenvolvidas nos educandos, mas

encontra-se em fase de construção. Conhecendo o cotidiano do aluno e o conteúdo

escolar, o professor age no sentido de que o educando, de início reproduza

ativamente para si o conteúdo científico, recriando-o, tornando-o seu e, portanto

novo para ele. Esta assimilação ativa é possibilitada por múltiplas ações do

professor e dos alunos, pela utilização de técnicas e metodologias e as tecnologias.

Para Sacristán &Pérez Gómez (1998, p.157) afirmam que a função do

currículo não é refletir uma realidade fixa, mas pensar sobre a realidade social. É

demonstrar que o conhecimento e os fatos sociais são produtos históricos.

Dessa forma ele oferece uma visão de realidade como um processo mutante

e descontínuo, cujos agentes são os seres humanos, os quais, portanto, estão em

condições de realizar sua transformação.

Assim sendo, as concepções críticas de ensino se convergem como

compreensão da realidade para transforma-la, visando a construção de novas

relações sociais, de modo a eliminar as mazelas sociais existentes como a pobreza,

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a violência, o desemprego, a destruição do meio ambiente, enfim as desigualdades

sociais e econômicas.

O currículo não deve ser concebido de maneira que o aluno deva se adaptar

aos moldes que a escola oferece, mas como um campo aberto à diversidade que

cada aluno pode aprender. Rompendo com o silêncio, nele as relações de poder são

redimensionadas.

O cotidiano se apresenta como impulsionador do saber docente, e a

experiência, a prática pedagógica e a formação profissional são elementos

imprescindíveis para a construção desse saber.

"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem

selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que

tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema

numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações"

(Sacristán, 2000:46).

Desta forma o currículo deve ser amplamente discutido e estudado, e que a

organização dos conteúdos sejam significativos buscando uma nova forma de saber,

uma nova forma de encaminhamentos metodológicos, favorecendo a compreensão

dos conhecimentos científicos-tecnológicos, históricos, filosóficos e sociais.

O currículo deve contemplar a diversidade cultural e as diferenças, pois fazem

parte do contexto social escolar. Deve estar aberto para captar as significações que

esses sujeitos fazem de si mesmos e dos outros através da experiência

compartilhada e de vivências. Assim uma educação e um currículo multicultural ao

acolhimento da diversidade, das diferenças, à diversificação da cultura escolar.

Em consonância com essa realidade multicultural e respeito as diferenças a

inclusão dos alunos com necessidades especiais na escola e na rede regular de

ensino é uma política que vem sendo desenvolvida desde a década de 90

principalmente com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

9394/96, que estabelece que o atendimento aos educandos com necessidades

educacionais especiais seja preferencialmente na rede regular de ensino. Para tanto

haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola para atender

às peculiaridades da clientela da educação especial. No Estado do Paraná a forma

de trabalho adotada e a posição assumida é da Inclusão Responsável, onde

inúmeras medidas estão sendo desenvolvidas. Portanto ao reconhecer a

importância de fazer-se cumprir tal condição o Colégio contempla a inclusão de

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alunos com necessidades especiais de modo que não apenas possamos receber os

alunos, mas sim que possamos nos preparar para atender as diferenças.

Nessa perspectiva o professor deve estar voltada para a ação-reflexão-ação

do ato pedagógico onde o professor reflexivo busca interagir com os alunos numa

dialética que envolve o saber ser, o saber fazer, observando as condições dos

mesmos, do ambiente escolar, da sua comunidade, os materiais didáticos

disponíveis orientando, dirigindo o processo ensino aprendizagem, inclusive

modificando o currículo de acordo com as aptidões, interesses e as características

dos educandos

É bem ilustrativa a declaração de Giroux (1994, p.145-146* é [...] Uma política

cultural requer o desenvolvimento de uma pedagogia atenta as histórias e às

experiências que os alunos trazem à escola [...] começando por essas formas

subjetivas, os educadores poderão desenvolver uma linguagem e um conjunto de

práticas que confirmem, acolham e desafiem formas contraditórios de capital

cultural.

Dessa maneira o papel da escola sustenta a importância da ação dos sujeitos

e as possibilidades de um currículo crítico centrado na cultura dos oprimidos.

A interdisciplinaridade dentro do currículo do Colégio favorece a integração de

aprendizagem e de saberes e a busca de saberes úteis para lidar com questões e

problemas da realidade (levar o aluno a confrontar-se com a realidade, como

cidadão). O resultado prático da interdisciplinaridade entre as disciplinas escolares,

de modo que os conhecimentos, procedimentos e atitudes sejam integrados na

estrutura mental do aluno. Alguns princípios da interdisciplinaridade são: ter como

referêncial sujeito que aprende e sua relação com o saber, suscitar e garantir

processos integradores e a apropriação de saberes enquanto produtos cognitivos

dos alunos, estabelecer ligações entre teoria e prática, estabelecer ligações entre

pontos de vista distintos acerca de um objeto de conhecimento. Fazer o caminho

entre a especialização disciplinar e a integração interdisciplinar e vice-versa.

O currículo do Colégio também contempla os temas transversais que se

referem a questões que interferem na vida dos alunos e com os quais se vêem

confrontados no seu dia a dia. São apresentados como temas transversais: ética,

saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural.

Portanto mobilizar procedimentos, técnicas, meios de tornar as experiências

de sala da aula mais agradáveis, mais prazerosas, que possibilitem aos professores

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conversar mais com alunos, deixa-los falar, expor seus sentimentos, seus desejos,

de forma organizada. A busca da articulação entre o cognitivo, o social e o afetivo

possibilitam compreender o papel da escola e da equipe docente em ajudar os

alunos a construírem sua subjetividade como pessoas humanas e com sujeitos

portadores de uma identidade cultural e pertencente à humanidade.

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5. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

O ato de avaliar opera com a idéia de aprendizagem processo colocando-se

sempre numa perspectiva de busca constante por melhores resultados. É dinâmica,

dá-se ao longo de um continuum (avaliação contínua; avaliação permanente).

Também é diagnóstica, pois visa a partir dos resultados provisórios

alcançados, tomar decisões para a melhoria de ensino e aprendizagem, é inclusiva

porque não descarta, não hierarquiza, mas convida para a melhoria; é democrática

supõe que todos podem aprender, não visa selecionar e excluir; é dialógica sugere o

diálogo, a parceria entre professor e aluno para o alcance dos objetivos educativos.

Luckesi diz que “toda avaliação é qualitativa(...), avaliação por ser avaliação já

é qualitativa”

Para o Colégio a avaliação é compreendida como parte indispensável e de

aprendizagem e como mecanismo essencial que permite tanto aos professores

quanto aos alunos, reorientar as suas ações de maneira a garantir a aprendizagem

para os alunos.

Compreendemos que a avaliação formativa se propõe à desempenhar a

função ajustadora do ensino evidenciando os êxitos como parte do reforço das

aprendizagens adquiridas. Assim, a Avaliação Formativa estaria intrinsecamente

ligada à constituição de estruturas cognitivas positivas, se materializando a partir da

análise do processo ensino-aprendizagem na perspectiva de detectar os pontos

frágeis e ajustá-los.

De acordo com Luckesi (2003): “A avaliação é um processo dinâmico,

podendo ser instrumento que auxilia o professor na seleção e intervenção

pedagógica e permite ao aluno uma tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades e possibilidades”.

Toda avaliação implica num ato de cuidado com a aprendizagem do aluno(...)

Ser professor é cuidar que o aluno aprenda ( Pedro Demo).

Ela se materializa no cotidiano escolar como ferramenta dialógica,

democrática e coerente, a este tipo de avaliação se agregam alguns princípios

norteadores da prática avaliativa. São eles: a negociação (mediações das inter-

relações no âmbito educativo deixando de fora imposições e autoritarismos); a

pertinência cognitivo-epistemológica (coerência avaliativa levando em conta as reais

possibilidades dos estudantes frente aos conteúdos e as avaliações; o formativo é

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referente à finalidade avaliativa no sentido de fornecer os elementos necessários à

continuidade do processo; o emancipador aponta o caráter libertador onde a

avaliação está comprometida com a criticidade e a liberdade; e por fim, o ético que

trata do dever avaliativo e, sobretudo, do dever do avaliador em propor avaliações

coerentes sobre o que se ensinou, sem que faça disso um momento de

engrandecimento do saber docente, tornando o aprendente o sujeito mais

importante do processo).

Assim, o sistema de avaliação da aprendizagem atende as necessidades de

ensino-aprendizagem, entre outros fatores, está intrinsecamente relacionada a um

projeto arrojado de transformação conceitual, procedimental e atitudinal, para

educandos e educadores. Não para que se forme um conceito unívoco, mas para

que, sobretudo se estabeleçam práticas coerentes à formação de sujeitos

emancipados e críticos, sujeitos sociais, sujeitos cidadãos.

O avaliador entende claramente do que trata a avaliação e compreende o

processo avaliativo como normal. Daí a importância da total clareza em relação ao

que se quer. Também todo avaliador precisa ser avaliado, porque é disso que retira

a sua autoridade. Além disso, a avaliação do avaliador é um ato democrático.

Toda avaliação apresenta critérios transparentes nos procedimentos. Isso

garante a confiabilidade do processo. O aluno confia no professor pois sabe que não

será pego em surpresa.

Toda a avaliação é refeita, toda nota é provisória não termina o bimestre, o

semestre ou o ano. Trabalho mal feito deve ser refeito, pois avaliação é um processo

permanente. A nota não é a finalidade da avaliação. A finalidade da avaliação é a

aprendizagem. Por isso, a recuperação é da aprendizagem, nunca da nota.

Assim a avaliação é discutível. Faz parte da avaliação o desejo do aluno, o

que implica trazê-lo para a discussão, oferecer-lhe oportunidade de revisão,

propiciar a discussão. Ela tem uma razão de ser estritamente pedagógica, ou seja,

tem como razão de ser educar, aprender.

Compartilhar objetivos é uma condição indispensável para uma avaliação

formativa.(...) O objetivo fundamental da avaliação é conhecer para ajudar.” ( Zabala,

1998, p.209).

A sistemática de avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos de acordo com o currículo e os objetivos propostos pelo

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estabelecimento de ensino e os resultados expressões em notas de 0,0 a 10,0 ( de

zero a dez ).

A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento da avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

seqüência e ordenação de conteúdos, sempre pensando que ato avaliativo é sempre

provisória visando sempre a aprendizagem dos alunos.

Serão considerados aprovados os alunos que obtiverem média anual de

aprovação igual ou superior a 6,0 (seis) e freqüência anual igual ou superior a 75%

(setenta e cinco por cento)

Serão considerados reprovados os alunos que obtiverem qualquer média

anual e freqüência inferior a 75% ( setenta e cinco).

Após análise do Conselho de Classe poderão ser considerados aprovados os

alunos que obtiverem média anual superior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou

superior a 75% ( setenta e cinco ) .

Fórmula do Sistema de Avaliação: MF= 1 B +2 B +3 B+4 B= 6,0

4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou

superior a 75% ( setenta e cinco por cento) sobre o total das horas letivas e média

inferior a 6,0 (seis vírgula zero ); freqüência inferior a 75 ( setenta e cinco por cento )

sobre o total de horas letivas com qualquer média anual.

O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75%(setenta e cinco

por cento) e média anual inferior a 6,0 mesmo após a recuperação de estudos, de

forma paralela, ao longo do período letivo, será submetido à análise do Conselho de

Classe, que definirá pela aprovação ou não do aluno.

Para o fortalecimento do ato avaliativo temos o conselho de Classe que é um

órgão colegiado e uma instância avaliativa que analisa, discute e delibera sobre os

processos e aprendizagem. É mais do que uma reunião pedagógica, é parte

integrante do processo de avaliação desenvolvido pelo Colégio, é um momento

privilegiado para definir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a

fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que

realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem. Configura-se portanto como

oportunidade de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do

colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino com

vistas à superação dos problemas levantados.

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É um espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizado mediado

pela equipe pedagógica junto com os alunos e professores ainda que em

momentos diferentes.Tem como critérios os avanços obtidos na aprendizagem, o

trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem, o desempenho do

aluno em todas as disciplinas e o acompanhamento do aluno no ano seguinte,

reflete também situações de inclusão, questões estruturais que prejudicam o aluno,

não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram a média para

aprovação devem ser submetidos à análise, não há número de disciplinas para

aprovar ou reprovar mesmo que o aluno tenha sido reprovado em todas as

disciplinas o que está em análise é sua possibilidade de acompanhar a série

seguinte, questões disciplinares não são indicativos para reprovação deve-se

priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou

seu comportamento, ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não

quer dizer que não possa ser novamente aprovado no ano seguinte. ( Base Legal :

LDBEN 9394/96, Parecer 12/19997- CNE, Deliberação 007/99 – CEE, Deliberação

014/99 – CEE, Deliberação 002/2002 – CEE, calendário escolar.)

Garantimos para todos os alunos a recuperação de estudos é direito dos

alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A

recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo

ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados durante todo o ano letivo. Os

resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,

sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

Quanto ao preenchimento do livro de classe de acordo com a Instrução

014/2008 e sob acompanhamento, orientação e vistoria técnica da Equipe

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, sob responsabilidade inicial de cada

professor, bem como da Direção e secretaria. Os livros de registro de classe são

preparados, a cada início de ano letivo pela equipe técnico-administrativa que tem

encapado todos os livros para posterior entrega aos docentes, bem como a

conferência dos espelhos com listagens dos alunos face as suas vidas escolares tais

como: desistência, transferência, remanejamento de alunos junto ao SERE. Ao

término de cada ano letivo os livros de registro de classe são arquivados

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adequadamente no Estabelecimento e são tecnicamente conferidos e assinados

pelas Pedagogas responsáveis por cada turno.

Sendo assim a prática avaliativa deve ser transformadora, preocupando-se

mais com o objetivo maior que é a transformação social. Deve-se ter como função

primordial auxiliar os professores, pedagogos, diretores e comunidade local no

reconhecimento dos caminhos já percorridos e na identificação dos caminhos a

serem perseguidos.

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VI. MARCO OPERACIONAL

1. FORMA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

O processo de constituição da identidade dos sujeitos ocorre no social. A

ação praticada pelos humanos é social quando os sujeitos orientam suas ações para

outros indivíduos sendo ao mesmo tempo influenciado por eles. Como diz Paulo

Freire ”o homem está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo

não haveria transcendência nem se objetivaria a si mesmos. Mas como pode

objetivar-se pode também distinguir entre um eu e não eu.

Isso o torna um ser capaz de relacionar-se de sair de si, de projetar-se nos

outros de transcender” ( FREIRE, 1995,p 30)

Sintonizando com o pensamento do autor vemos que não podemos fugir de

nossa natureza social e consequentemente nossos atos sempre devem convergir

tendo em mente os outros. Assim a ação não pode ser irrefletida, mas, precisa ter

uma intencionalidade.

O eixo, a vértebra central para uma gestão democrática voltada para a

cidadania é à participação, e ao resgate do sentido público do Colégio.

Buscamos assim no espaço concreto do Colégio elementos que superem a

passividade, criando possibilidades de mudanças, uma escola que se admira com

seus sucessos e mais ainda acreditando na pessoa humana, na vida e na

esperança, uma instituição que parte para uma identidade coletiva, pois educar para

a cidadania é preocupar-se com o outro.

Para DEMO (1999, p.71) * a cidadania fundamental é aquela em que as

pessoas têm consciência das injustiças, descobre os direitos, vislumbra estratégias

de reação e tenta mudar o rumo da história.

Uma gestão democrática se preocupa com a prática da pergunta, do diálogo,

em que se ensine e se aprenda com seriedade. O diálogo é, portanto o caminho

indispensável.

A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder

da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a

prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que

elimina a exploração; da solidariedade que supera a opressão.

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Assim o gestor deve ter competência técnica, científica e humana para gerir a

organização escolar. Liderança e firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar

decisões com segurança, como elementos de competência pedagógica, ética e

profissional para assegurar que decisões tomadas de forma participativa e

respaldadas técnica, pedagógica e teoricamente sejam efetivamente cumpridas por

todos.

Desse modo o planejamento participativo pode e deve implementar

intervenções coletivas sobre o social, refletidas e conscientes. Construindo sentidos

e mudanças que se fizerem necessárias. A ação prático-reflexiva que engendra

pode desenvolver grande capacidade de sensibilização de suas consciências e

potenciar a coesão dos grupos. Isso porque provoca a comunicação, como diálogo

de diversos, entre os integrantes do processo.

Para FREIRE,( 1983,p. 69 ) “ o diálogo tem estímulo e significação: pela fé no

homem e em suas possibilidades, pela fé na pessoa que pode chegar a união de

todos: pela fé de que somente chego a ser um mesmo quando os demais chegam a

ser eles mesmos”.

Imprescindível é o compromisso profissional dos gestores com a comunidade

interna e externa. Sentindo-se compromissados ele é capaz de agir e refletir.

Refletindo na ação ele verá que muitas coisas podem ser mudadas e transformadas

Assim FREIRE diz:”somente um ser que é capaz de sair de seu contexto, de

distanciar-se dele para ficar com ele; capaz de admira-lo para, objetivando-o

transforma-lo e, transformando-o, saber-se transformado pela sua própria criação,

um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é

capaz, por tudo isto, de comprometer-se.”( FREIRE, 1995, p. 17)

Só se pode falar em gestão democrática e participativa quando se estabeleça,

na ação a igualdade básica das pessoas e de suporte como consequência, a

desacomodação gerada pela aceitação do saber do outro. Nesse sentido a

aceitação do saber do outro se estabelecem relações de confiança, união em que

todos embarcam para uma expedição para um ligar definido, com objetivos e metas

que foram definidos por todos.

Desse modo a direção e coordenação são funções típicas dos profissionais

que respondem por uma área ou setor da escola tanto em âmbito administrativo

quanto pedagógico.

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Dirigir e coordenar são tarefas que canalizam o esforço coletivo das pessoas

para os objetivos e metas estabelecidos. A função da direção escolar é por em ação,

de forma integrada e articulada, todos os elementos do processo organizacional

(planejamento, organização, avaliação) envolvendo atividades de mobilização,

liderança motivação, comunicação, coordenação. A coordenação é um aspecto da

direção, significando a articulação e a convergência do esforço de cada integrante

de um grupo visando a atingir os objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade

de integrar, reunir esforços, liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas. A

tarefa da direção visa a: dirigir e coordenar o andamento dos trabalhos, o clima de

trabalho, a eficácia na utilização dos recursos e meios, em função dos objetivos da

escola; assegurar o processo participativo de tomada de decisões e, ao mesmo

tempo, cuidar para que essas decisões se convertam em ações concretas;

supervisionar e responder por todas as atividades administrativas e pedagógicas da

escola bem como as atividades com os pais e a comunidade e com outras instâncias

da sociedade civil; assegurar as condições e meios de manutenção de um ambiente

de trabalho favorável e de condições materiais necessárias à consecução dos

objetivos da escola, incluindo a responsabilidade pelo patrimônio e sua adequação e

utilização; promover a integração e a articulação entre a escola e a comunidade

próxima, com o apoio e iniciativa do Conselho de Escola, mediante atividades de

cunho pedagógico, científico, social, esportivo, cultural; organizar e coordenar as

atividades de planejamento e do projeto político pedagógico, bem como sua

avaliação e controle de sua execução; conhecer a legislação educacional e do

ensino, as normas emitidas pelos órgãos competentes e o Regimento Escolar,

assegurando o seu cumprimento; garantir a aplicação das diretrizes de

funcionamento da instituição e das normas disciplinares, apurando ou fazendo

apurar irregularidades de qualquer natureza de forma transparente e explícita,

mantendo a comunidade escolar sistematicamente informada das medidas; conferir

e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências e

expedientes da escola, de comum acordo com a secretaria escolar; supervisionar a

avaliação da produtividade do Colégio em seu conjunto, incluindo a avaliação do

projeto pedagógico, da organização escolar, do currículo e dos professores; buscar

todos os meios e condições que favoreçam a atividade profissional dos professores,

pedagogos, funcionários visando à boa qualidade do ensino; supervisionar e

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responsabilizar-se pela organização financeira e controle das despesas da escola,

em comum acordo com o Conselho Escolar, pedagogos e professores.

Nesta ação colegiada usa-se como instrumentos o diálogo, troca de idéias e

experiências, parceria com outras entidades e com membros da comunidade nos

diversos projetos organizados. Em todas as tomadas de decisão a comunidade

escolar é ouvida (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, professores, alunos,

funcionários), quer seja para compra de materiais, estabelecimento das diretrizes

curriculares, planejamento do ano letivo dentro e fora da sala de aula,

implementação de projetos.

Pois é somente unindo forças, havendo informações que se vencem as

dificuldades existentes dentro da escola em prol de uma educação de qualidade.

Quando todos buscam soluções o grupo se fortalece e assim aprende

também a explorar possibilidades, respeitar as diferenças e limites, usar alianças e

parcerias conquistando assim a cidadania.

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2. FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada é outra das funções da organização escolar,

envolvendo tanto o setor pedagógico como o técnico e administrativo. A formação

continuada é condição para a aprendizagem permanente e para o desenvolvimento

pessoal, cultural e profissional de professores e especialista.

É no Colégio, no contexto de trabalho, que os professores enfrentam e

resolvem problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam e recriam

estratégias de trabalho e, com isso vão promovendo mudanças pessoais e

profissionais.

Uma formação permanente que se prolonga por toda a vida, torna-se crucial

numa profissão que lida com a transmissão e internalizarão de saberes e com a

formação humana, numa época em que se renovam os currículos, introduzem-se

novas tecnologias, acentuam-se os problemas sociais e econômicos, modificam-se

os modos de viver e de aprender, reconhece-se a diversidade social e cultural dos

alunos.

O perfil dos alunos se modifica em decorrência dos meios de informação e

comunicação, da urbanização social e da violência, com saberes evidentes e com

repercussões na sala de aula.

Com relação a essas novas e difíceis condições de exercício da profissão a

refletividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os professores a

tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando

formas de enfrentá-las. Porém não basta apenas saber sobre as dificuldades da

profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções de preferência, mediante

ações coletivas.

No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as orientações do

NRE, possibilitando o encontro interdisciplinar entre as disciplinas afins na medida

possível, de modo que favoreça o bom rendimento escolar do aluno e propiciando

um trabalho compartilhado e coletivo. O acompanhamento das atividades

executadas durante a hora-atividade é de responsabilidade da equipe pedagógica e

o gestor escolar. O quadro de distribuição da hora-atividade fica sempre exposto na

sala dos professores, e da equipe pedagógica, sala da direção e secretaria, para

que todos possam se organizar quanto à preparação das atividades escolares.

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67

Este trabalho sistemático, porém organizado e intencionalmente coletivo visa

desenvolver a construção da identidade e da autonomia dos alunos bem como

trabalhar com o desenvolvimento integral e harmônico do educando.

Frente a essa nova concepção, Demo (apud TOLEDO; ARAUJO;

PALHARES, 2005,p. 38) afirma que o professor competente “[...] deve ser um

pesquisador envolto pela capacidade de dialogar, elaborar ciência e ter consciência

teórica, metodológica, empírica e prática em sua atuação”. Assim, o professor passa

a desenvolver no aluno o hábito da pesquisa objetivando criar novos mestres ao

invés de apenas discípulos.

A reflexão possibilita transformar o mal-estar, a revolta, o desânimo, em

problemas, os quais podem ser diagnosticadas, explicadas a até resolvida com mais

consciência, com mais método. Ou seja, uma prática reflexiva nas reuniões

pedagógicas, nas entrevistas com a coordenação pedagógica, nos cursos de

aperfeiçoamento, nos conselhos de classe leva e uma relação ativa e não queixosa

com os problemas e dificuldades. A formação continuada consiste de ações de

formação dentro da jornada de trabalho, na hora atividade, grupos de estudos,

seminários, reuniões de trabalho para discutir a prática com colegas, pesquisas, mini

cursos de atualização, estudos a distância, etc.

. Segundo Freire (1997, P.55) “Como professor crítico, sou um aventureiro

responsável, predisposto à mudanças, a aceitação do diferente. Nada do que

experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se.”Na

verdade, o inacabamento do ser ou sua inclusão é próprio da experiência vital”.

Portanto, enquanto seres em constante transformação.

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68

3. Ações Relativas à Recuperação de Estudos dos Alu nos

Dado o compromisso do educador com a aprendizagem dos educandos, a

recuperação, mais do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do

educador no sentido de garantir essa aprendizagem por parte de todos os alunos,

especialmente daqueles que tem maior dificuldade em determinados momentos e

conteúdos.

Assim o Colégio dá a importância da recuperação, que se dá no ato mesmo

de ensinar, a partir dos erros (como material de análise), de percepção das

necessidades dos educandos.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível

de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será

organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-

metodológicos diversificados.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

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4. ESPECIFICAÇÕES DAS LINHAS PARA O TRABALHO PEDAGÓ GICO,

ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E POLÍTICO-EDUCACIONAL.

A autonomia administrativa, ou seja, a liberdade de organizar-se internamente é

condição para o exercício pleno das dimensões didática e científica. A contrapartida

é a responsabilidade pela eficiência na utilização de recursos humanos e materiais

para cumprimento de sua missão.

O quadro de pessoal é composto por funcionários e professores do quadro

próprio e contratados, sendo que os professores atuam em sala de aula em suas

respectivas disciplinas conforme distribuição interna e via Núcleo Regional de

Educação sob orientação da Direção e coordenação da Equipe Pedagógica,

atendendo a legislação vigente. Os Agentes Educacionais I e II, são distribuídos em

suas funções por turno e horário sob a coordenação da direção, tendo suas

atividades específicas.

O patrimônio físico é gerenciado através da atualização anual por funcionário

capacitado pela SEAP – Secretaria de Administração Pública – Setor Patrimônio.

É ainda atendido programas de governo como distribuição do Leite da

Criança, Transporte Escolar Urbano e Rural Gratuito através da Prefeitura –

Secretaria Municipal de Educação, Bolsa Família e Bolsa Família Jovem, programas

estes atendidos por funcionários designados pela Direção.

A merenda escolar é investimento do governo, em benefício dos alunos do ensino

fundamental e médio. É coordenado pelo Programa Estadual de Alimentação

Escolar.

A dimensão financeira tem como captação de recursos o Programa Dinheiro

Direto na Escola (PDDE) que tem por finalidade prestar assistência financeira, em

caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, e

às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins

lucrativos. Este recurso é recebido uma vez ao ano com aplicação de 50% destinado

a bens permanentes e 50% para custeio (consumo, manutenção da escola).

Também contamos com uma verba em 2009, 2010 para os projetos Mais Educação

que estão sendo desenvolvidos em período contrário de aulas.

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Do Governo Estadual é recebido o Fundo Rotativo em dez (10) parcelas para

manutenção, limpeza e material de consumo, ainda é recebido quatro cotas

destinada a serviços, exclusivamente, para mão-de-obra.

Outros recursos são advindos das contribuições voluntárias da associação de

Pais Mestres e Funcionários (APMF), que arrecadados são utilizados para a

melhoria da qualidade de ensino e no atendimento ao aluno carente, ouvindo o

Conselho Escolar.

Para a utilização dos recursos é elaborado um plano de aplicação pela a

Associação de Pais Mestres e Funcionários junto com o Conselho Escolar para

definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos bem como para a

prestação de contas desses recursos, com registro em ata.

Já o professor pedagogo responde pela viabilização, integração e articulação

do trabalho pedagógico em ligação direta com os professores, em função da

qualidade do ensino. Cabe registrar suas atribuições:

- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto político-

pedagógico e do plano de ação do Colégio;

- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola, a

partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares

Nacionais do CNE;

- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de

propostas de intervenção na realidade do Colégio ;

- Participar e intervir, junto a direção, da organização do trabalho pedagógico escolar

no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar ;

- Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os

profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do

trabalho pedagógico escolar;

- Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;

- Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-

pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na elaboração do

calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário

semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da hora-atividade e de outras

atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;

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71

- Coordenar, junto a direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a

partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta pedagógica do Colégio

;

- Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido no Colégio pelo

coletivo dos profissionais que nela atuam;

- Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico

escolar pela comunidade interna e externa;

- Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou criticas que promovam o

desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o

projeto político-pedagógico, a proposta curricular e o plano de acão do Colégio e as

políticas educacionais da SEED;

- Coordenar a elaboração de critérios para aquisição empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico, a partir da proposta

curricular e do projeto político pedagógico do Colégio;

- Participar da organização pedagógica da biblioteca do Colégio , assim como do

processo de aquisição de livros e periódicos;

- Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo

de professores do Colégio;

- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da

escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas

pedagógicas;

- Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e promover

ações para sua efetivação;

- Organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a

garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico

desenvolvido em sala de aula;

- Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação

de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de

aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização

do conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive;

- Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo

coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e

em sala de aula, alem de coordenar a elaboração de propostas de intervenção

decorrentes desse processo;

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- Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar,

de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a

aprendizagem de todos os alunos;

- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar do colégio, garantindo a participação democrática de toda a comunidade

escolar;

- Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo

pedagógico numa perspectiva transformadora;

- Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a

ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao

saber e de melhoria das condições de vida da população;

- Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as

discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico

escolar do Colégio;

- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação

nos diversos momentos e órgãos colegiados do Colégio;

- Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do

compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais;

- Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor com o

Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da pratica educativa.

O Colégio Estadual General Osório desenvolve um trabalho bastante

significativo contra a evasão e exclusão escolar através do Programa FICA, uma

parceria entre Escola, Conselho Tutelar e Ministério Público. O FICA é um programa

do governo que tem por finalidade criar uma rede de enfrentamento à evasão e

exclusão escolar, promovendo a inserção no sistema educacional das crianças e

dos adolescentes que tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à

escola.

O sentido pedagógico reside na possibilidade da efetivação do papel da

escola, onde são definidas ações educativas que levam a escola a cumprir esse

papel, que é formação do cidadão participativo e responsável. Sendo o papel

primordial da escola o ato de ensinar e de aprender.

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5. DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA TRATARÁ NA ORGANIZAÇÃ O, DE TODAS

AS DISCIPLINAS AO LONGO DO ANO LETIVO, CONTEÚDOS

CURRICULARES DE ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA DOS PO VOS

AFRO-BRASILEIRA (LEI11645/2008, LEI 10639/2003, ART . 26 E

DELIBERAÇÃO CEE04/06).

A Lei nº11645, de 10 de março de 2008 prevê que todos os Estabelecimentos

de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, públicos e privados contemplem em seu

currículo estudo da História e Cultura dos povos afrodescentes do Brasil. Os

conteúdos deverão estar inserido em todos o currículo escolar, em especial nas

áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiros.

O presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, sancionou o Estatuto da

Igualdade Racial, onde define alguns direitos conquistados pelos brasileiros negros.

Entre alguns itens aprovados estão: a obrigatoriedade do ensino da história da

África, linhas de financiamentos especiais para sociedades quilombolas, a capoeira

reconhecida como esporte, ouvidorias em defesa da igualdade racial e a prática de

cultos religiosos de origem africana.

O ensino da História e Cultura Afro brasileira tem como objetivo e metas a

serem perseguidos para superar as injustiças raciais existentes no País por meio da

adoção de políticas de ações afirmativas, associadas às políticas universais. Ele

considera ainda, nas suas proposições, a contribuição dos diversos agentes

governamentais e da sociedade civil envolvidos nesse enorme desafio que é o

superar as iniquidades cometidas contra grupos étnicos em nosso país.

Um dos momentos importantes em que a discriminação se faz presente na

vida das pessoas é o momento da socialização via inserção escolar. É a escola,

juntamente com as famílias, os espaços privilegiados de reprodução e, portanto,

também de destruição, de estereótipos, de segregação e de visualização dos efeitos

perversos que esses fenômenos têm sobre os indivíduos.

O enfrentamento das desigualdades e da discriminação deve agir em

diferentes frentes, entre as quais na educação básica.

A situação desfavorável em relação a negro na inserção da escola,

especialmente no Ensino Médio; na defasagem escolar – inadequação na escola

entre idade série, na evasão, na repetência tem sido frequente. É importante

empreender políticas com vistas a sanar esses hiatos. Além disto, é preciso

Page 75: COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO ENSINO FUNDAMENTAL E … · formas de participação de espaço escolar”. Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho

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combater a discriminação e os alicerces do preconceito por meio de políticas

valorizativas. Os professores e o ambiente escolar devem propagar valores de

equidade e não perpetuar atitudes, idéias, valores favoráveis a discriminação.

Evitar a imposição dos padrões estéticos europeus, da ideologia do

branqueamento ditando as normas de superioridade do branco sobre o negro faz-se

necessário.

O reconhecimento dos padrões culturais é importante para o renascer de uma

sociedade melhor mais justa.

Realizar a conscientização de que todos são iguais e que todos são da raça

humana.

Ressaltar a contribuição dos povos afrodescendentes na economia, política e

cultura da história do Brasil.

Será trabalhado durante todo o ano letivo em várias disciplinas e as

metodologias e estratégias ficarão a critério de cada professor.

“O importante é a conscientização de igualdade racial”.

Page 76: COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO ENSINO FUNDAMENTAL E … · formas de participação de espaço escolar”. Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho

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6- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ A EDUCAÇÃ O

AMBIENTAL (COMPONENTE OBRIGATÓRIO DA EDUCAÇÃO FORM AL E

NÃO FORMAL) NOS TERMOS DA LEI 9795/1999

A Lei nº9795/1999 – Lei da Educação Ambiental, dispõe sobre a educação

ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências – data da legislação: 27/04/1999 – Publicação DOU, de 28/04/1999, em

seu capítulo I no:

Art.1º – Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Art.2º – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis

e modalidades do processo educativo, em caráter forma e não formal.

Art.3º – Como parte do processo educativo, todos têm direito à educação ambiental.

A degradação ambiental, o risco de colapso ecológico e o avanço da

desigualdade e da pobreza são sinais da crise do mundo globalizado.

O saber ambiental emerge de uma reflexão sobre a construção social do

mundo atual, onde hoje convergem e se precipitam os tempos históricos que já não

são mais os tempos cósmicos, da evolução biológica e da transcendência histórica.

A influência de processos físicos, biológicos e simbólicos reconduzidos pela

intervenção do homem, da economia, da ciência e da tecnologia, para um anova

ordem geofísica, da vida e da cultura.

Vivemos hoje um mundo de complexidade, na qual se amalgamam a

natureza, por isso faz-se necessário que a escola como propulsora de projetos de

transformação socioambiental, tenha clareza acerca de seus limites. A educação

ambiental, no âmbito escolar ou fora dele, compõe um conjunto de ações que visam

a melhoria da qualidade de vida. Quando se esperam grandes mudanças a partir de

projetos pedagógicos, não se valorizam os avanços possíveis, fundamentais para

consolidar a confiança no processo da transformação gradual e contínuo.

O conhecimento não pode ser negligenciado, o rigor com os conceitos e

transparência ao problematizar as questões ambientais é uma das medidas de

coerência e intervenções educativas. Também é preciso que haja um entendimento

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acerca da nossa relação com o ambiente, de como viemos, que tipo de habitação

vivemos, o que e quanto consumimos, onde jogamos nossos restos.

O conhecimento sobre Educação ambiental deverá objetivar envolvimento da

comunidade escolar e do entorno na reflexão sobre os diferentes problemas

ocasionados pela geração de lixo e sobre as possíveis soluções.

Como incentivo junto aos alunos, a escola deverá ainda proporcionar aos

mesmos junto a comunidade escolar, atividades de reeducação na redução do

consumo, a reutilização e a coleta seletiva do lixo produzido na escola e nas suas

casas e ainda proporcionar geração de renda com material reciclado.

A metodologia deverá envolver atividades como eleições de guardiões

ambientais, concursos de logomarca e slogan de atividades envolvendo reciclagens,

curso de educação ambiental para educandos e a comunidade, painéis (mesas-

redondas), excursões com os alunos, oficinas e experimentos físicos e matemáticos

com materiais recicláveis, distribuição de placas educativas, lembretes, murais,

cartazes, pastas e outros produtos para exposição e arrecadação de fundos; textos

educativos, peças teatrais, teatros, fantoches, peças educativas, oficinas

permanentes de reciclagem de papel.

A escola que educa através de todos os espaços, deverá ser uma escola em

que mobilize toda a sua estrutura para a condução de fazeres pedagógicos que se

ampliem dos espaços de aula e adentrem a alma da escola, desde a forma como os

alunos são recebidos no portão da entrada até a forma como cuida dos resíduos

produzidos em seu interior.

“Se queremos formar pessoas que respeitem a vida, a natureza, devemos

ensiná-las como viver nela, repensando e refletindo nosso presente e o futuro no

Planeta”.

7- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ CONTEÚDOS DE

HISTÓRIA DO PARANÁ EM CUMPRIMENTO A LEI ESTADUAL (L EI

13.381/01)

A Lei nº13381 – 18/12/2001, torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do

Paraná.

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O conteúdo História do Paraná contemplará conteúdos nas disciplinas de

História e Geografia levando o aluno a compreender com clareza elementos

formadores da cidadania paranaense, partindo sobre os estudos das comunidades,

municípios e microrregiões do Estado.

O acelerado processo da globalização tende a criar a sensação de que o

mundo não passa de uma aldeia. Se, por um lado, esta percepção é a tendência

dominante, por outro tende a sufocar o que é local, na medida que elimina as

diferenças. O estudo sobre o conhecimento da História do Paraná deverá buscar a

reflexão sobre a memória construída no espaço paranaense, bem como o processo

histórico do povoamento das comunidades, municípios e microrregiões do Estado

reconhecendo a importância da formação dos povos e imigração e cultura

paranaense. As raízes regionais, situações econômicas e riquezas paranaenses

devem estar claras como conteúdos possibilitando o aluno pesquisas, investigar

fontes históricas necessárias.

As atividades propostas para os alunos deverá contemplar formas variadas e

dinâmicas no processo ensino aprendizagem proporcionando recursos necessários

no incentivo aos temas sugeridos na história do Paraná, com recursos

cinematográficos, pesquisas, memoriais, documentários, vinhetas, noticiários,

cartões postais, outdoors, anúncios acompanhados de imagens mobilizando o aluno

na investigação destas atividades. Poderá ainda sugerir recursos diferenciados de

acordo com os temas propostos o incentivo a música, poesia como sugestão

interdisciplinar.

As abordagens poderão também serem feitas junto aos alunos com

excursões, visitas aos pontos turísticos do Paraná incentivando o aluno a

reconhecer o memorial histórico da formação cultural paranaense.

Partindo do ponto de vista que perdeu-se o hábito da prática do civismo e de

cidadania, a escola deve proporcionar aos alunos práticas regulares em

comemorações históricas, com o hasteamento da Bandeira e Canto do Hino do

Paraná reconhecendo a bandeira, o escudo e o hino como partes integrantes

importantes na história e na cultura.

O Colégio deverá proporcionar aos alunos através de um processo dinâmico,

o respeito e o civismo; visando no futuro ter cidadãos responsáveis, patriotas,

críticos e interventores.

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8- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ O ENSINO DE HISTÓRIA

E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (LEI 11645/ 2008)

A Lei nº11645 de 10 de março de 2008 prevê que em todos os

estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados

contemplem em seu currículo estudo da história e cultura dos povos indígenas no

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Brasil. Os conteúdos deverão estar inseridos em todo o currículo escolar, em

especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.

As metas precisas no ensino da história e da cultura dos povos indígenas

objetivam-se na urgente necessidade de transformação que resgatem o respeito

pelo indígena e a promoção do resgate cultural as futuras gerações. Estas devem

promover ações políticas de iniciativas, e conscientização no combate a

discriminação.

Inicialmente, ao se propor uma reflexão sobre trabalho com a cultura

indígena, é importante destacar princípios fundamentais: o atendimento à diferença

e à diversidade, a interculturalidade e o bilinguismo. Tais princípios contém a

compreensão de que:

− a escola pública é direito de todos e quanto maior a diversidade existente

entre os alunos atendidos, maiores serão as possibilidades de que esta

instituição seja identificada como escola de todos;

− as sociedades indígenas compartilham de elementos básicos que são

comuns a todas elas e que as diferenciam da sociedade não-indígena;

− cada um dos povos indígenas é ao mesmo tempo único, possui identidade

própria, presente na língua materna, nas crenças, costumes, história

organização social, em formas próprias de ocupação das Terras Indígenas e

da exploração dos recursos que nelas são encontrados.

A escola tem um papel decisivo nas perspectivas de futuro das comunidades

indígenas como meio de apropriação do conhecimento, as novas tecnologias, como

espaço de discussão e preservação dessa cultura, principalmente como instrumento

de defesa diante da pressão exercida pela sociedade não indígena. A escola deve

atender as necessidades advindas desta clientela, ajudando-a no sentido de vencer

as dificuldades existentes vistos a socialização e o entrosamento ao ambiente

escolar e a apropriação do conhecimento e a língua.

Para isso deve-se partir de aspectos que visem o resgate de sua memória,

como:

− identificação como grupos distintos;

− sua cultura;

− seus costumes, modos de vida;

− constituição familiar;

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− atividades de sobrevivência;

− sua localização;

− sua herança.

O Colégio tratará deste assunto em todas as séries e níveis de ensino, em

forma de oficinas e projetos retomando sempre quando houver necessidade.

9. ESPECIFICAÇÕES DE AÇÕES VOLTADAS PARA A QUALIFIC AÇÃO DOS

EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS

Quanto às novas tecnologias em educação, os professores utilizam com

propriedade a questão, bem como o uso das seguintes novas técnicas de mediação

da aprendizagem: informática, computador, multimídias, CD-ROM, hipermídia;

ferramentas para educação à distância como chats ou bate-papo, listas de

discussão, correios eletrônicos, teleconferências etc.

Essas novas tecnologias são instrumentos que auxiliam e intermedeiam o

ensino- aprendizagem e de auto-aprendizagem e interaprendizagem. Seu uso

adequado requer que sejam escolhidas, planejadas e usadas de forma integrada,

atendendo aos objetivos previstos de modo que a aprendizagem significativa

aconteça.

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Com a chegada das redes de computadores e da mídia no contexto

educacional, os estudantes participam e entram em contato com os melhores

pesquisadores das diversas áreas do conhecimento de seu interesse específico.

A escola pública, hoje, procura acompanhar estes avanços, colocando à

disposição dos alunos as ferramentas necessárias para sua inserção na sociedade

com conhecimento do manuseio e exploração dos equipamentos.

Com isso, a escola pública dá um salto de qualidade e inovação com a colocação de

laboratório de informática, TV multimídia, DVDs, os quais possibilitam aulas mais

criativas,

Desta maneira, o professor não mais será apenas um propagador do

conhecimento, como ocorria anteriormente, mas um incentivador da aprendizagem,

gerenciando-a e propiciando uma troca no campo do saber

A capacidade de produzir sons, imagens, textos e animações pelo

computador, também contribuem na qualidade do ensino, redefinindo o papel da

educação.

As facilidades de acesso às redes e os avanços nas telecomunicações

mudam os conceitos de presença e distância, no ensino, desenvolvendo raciocínios,

criatividade e aguçando a inteligência e coordenação. As imagens animadas

exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos

atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às

vezes, perda de informações de grande valor (MORAN, 1998). Nesse sentido,

aprender é reorganizar as estruturas do conhecimento, interagindo os estilos de

pensamento e o saber realizar, que ocorre em um processo dialógico intersubjetivo,

subjetivo e também com o universo em que se encontram inseridas e

contextualizadas.

Dessa forma, tendo a educação como elemento-chave na construção de uma

sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado, o governo

vem criando diversos projetos e estimulando parcerias que envolvem a

informatização do ensino, a capacitação de docentes e a prática do ensino a

distância. O MEC criou no dia 9 de abril de 1997, através da Portaria n. 522, o

Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), objetivo de introduzir

novas tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas de ensino

médio e fundamental. O programa vem sendo desenvolvido pela Secretaria de

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Educação a Distância (SEED), do MEC, em parceria com os governos estaduais e

algumas prefeituras (MORAN, 1998).

Não se pode continuar produzindo uma educação onde as pessoas sejam

incapazes de pensar e de construir seu conhecimento. Na nova escola, o

conhecimento é produto de uma constante construção, das interações e de

enriquecimentos mútuos de alunos e professores (MORAIS, 2000).

O novo educador deve estar aberto às novas descobertas, encarar as novas

tecnologias como auxiliares no seu desenvolvimento educacional e, através desses

equipamentos que fazem parte do dia-a-dia do seu aluno, chamar a atenção para o

uso de tais meios em educação. O educador precisara saber manusear os meios de

comunicação, interagir e criar em seus alunos o gosto pela pesquisa com a

utilização dos novos recursos. Sob este aspecto, a comunidade virtual fornece tanto

ao aluno como ao professor uma aprendizagem colaborativa (MUNHOZ, 2002), pois,

ao debater certos temas, eles mesmos aprofundam seus conhecimentos e tentam

achar soluções.

Em suma, os conteúdos que serão desenvolvidos pelo professor deverão

levar em conta a realidade vivida pelo aluno. A educação voltada aos meios

tecnológicos visa à apropriação coletiva do conhecimento, proporcionando um saber

interativo.

10. ESPECIFICAÇÕES DAS AÇÕES QUE ENVOLVAM OUTRAS IN STITUIÇÕES.

- Conselho Tutelar – apoio em relação aos alunos que necessitam de atendimento

por diversos motivos; ficha do FICA.

- Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – fornece o transporte escolar urbano e

rural ( alunos de Itaiacoca)

- Universidade Estadual de Ponta Grossa: estágio, Pró-egresso, Iniciação Científica,

Incentivo à isenção para vestibular, PSS...

- Cescage com palestras sobre cursos ofertados e visitação dos alunos

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11. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCO LA E PARA

AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOG OS E

FUNCIONÁRIOS

A avaliação deve levar a mudança de que tem que ser mudado

Portanto os sistemas de ensino e as escolas se vêem hoje diante da avaliação

da produtividade da escola . De fato é indispensável verificar a efetividade dos

serviços prestados em função das responsabilidades sociais da escola. Se os testes

e outras formas de aferição do rendimento forem bem elaborados é possível

detectar problemas e dificuldades no ensino das matérias de forma que a escola e

os professores tomem providências para saná-los.

O Colégio realiza junto com o corpo docente e funcionários as seguintes

ações para a sua devida execução no decorrer do ano letivo: acompanhamento de

todo o processo pedagógicos através de planejamento coletivo das principais ações

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desenvolvidas no decorrer do ano, dinamizar reflexões para a melhoria constante da

qualidade de ensino, definir problemas e identificar problemas e identificar soluções,

levando em consideração a opinião de todos , orientar todas as atividades da

escola através de reuniões, na hora atividade, nos conselhos de classe, em reuniões

pedagógicas .

Nesse sentido a avaliação da escola precisa considerar os elementos

determinantes da oferta de serviços de ensino e do sucesso escolar dos alunos, tais

como: características dos alunos, rendimento escolar por classe, composição do

corpo docente, condições de trabalho, e motivação dos professores, recursos físicos

e materiais, materiais didáticos e informacionais.

Cada vez mais aparecem na imprensa, nas escolas, os resultados das

avaliações feitas pelo sistema: Saeb, Enem , PSS que utilizam instrumentos de

verificação do aproveitamento escolar e que possibilitam as instituições escolares

um parâmetro de como está a qualidade de ensino de cada escola.

No Presente projeto, o Colégio busca uma educação de caráter amplo e que

não se restrinja a situações formais de ensino e aprendizagem. Se compreendermos

a educação como um ato político, o conhecimento como transformação contínua, à

verdadeira avaliação do processo consiste na auto-avaliação e na avaliação mútua e

permanente da prática educativa por todos e com a participação da direção, equipe

pedagógica, funcionários, professores, alunos, pais, para juntos buscarmos as

reformulações, adaptações e retomadas de pontos necessários à melhoria do

processo educativo.

Sendo a educação um processo contínuo, compreendemos que este projeto

político pedagógico é flexível e pode ser adequado às mudanças que se fizerem

necessárias a fim de realimentá-lo num processo contínuo.

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VII. PROJETOS ANUAIS

1 . Projeto teatro e expressão corporal

DESCRIÇÃO:

O Projeto consiste em produzir em sala de aula, atividades de expressão

corporal, onde o aluno, de forma simples e dentro da sua visão mostre como se

comunicaria da forma não-falada, em primeira instancia fazendo trabalhos de

interpretação musical, um cantar somente com gestos, as músicas devem ser

escolhidas pelo professor, evitando assim, que sejam escolhidas músicas que já

tenham coreografias conhecidas dentro de uma expressão corporal.

Seguindo uma progressão pedagógica, é interessante que seja

posteriormente elaborado um teatro, que seja mais utilizada a expressão corporal e

diminuindo ao máximo o número de falas e/ou diálogos de uma peça normal.

Como anteriormente no projeto é trabalhado expressão corporal com

músicas, principalmente de teor jovem e de músicas com conteúdo “inteligente com

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consistência e coerência dentro de um contexto de cultura erudita”, é dado como

temas principais dos teatros assuntos da juventude, do cotidiano e populares,

também visando textos com o mesmo teor, ou mesmo potencialidade das músicas

trabalhadas anteriormente com conteúdos “inteligentes”.

OBJETIVOS:

Objetiva-se proporcionar ao aluno uma maneira de comunicar-se de maneira

diversa e diferente das convencionais, principalmente a comunicação não-verbal.

• desenvolvimento integral e harmônico do aluno(criança);

• a descoberta de si mesmo, no que concerne ao aluno, em relação ao seu

mundo social;

• auto-valorização no conjunto grupal das participações;

• auto-realização;

• integração no meio ambiental.

OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:

• auto-descoberta;

• integração ambiental adequada;

• relacionamento social adequado;

• desenvolvimento da cooperação;

• desenvolvimento da responsabilidade;

• auto-disciplina;

• desinibição;

• desenvolvimento das potencialidades físico-mentais;

• desenvolvimento da expressão e comunicação;

• desenvolvimento da psicomotricidade;

• reconhecimento dos recursos naturais e a maneira de colocá-los em prática;

• aquisição de atitudes de higiene e respeito ao próprio corpo físico;

• aquisição de atitudes de higiene e respeito ao próprio corpo mental;

• aquisição e desenvolvimento das funções de liderança positiva;

• aquisição de conhecimentos sobre espaço, tempo e ritmo;

• desenvolvimento da consciência crítica, sintética e analítica;

• reconhecimento do espaço próprio em razão do espaço alheio;

• reconhecimento da importância da participação individual no contexto grupal;

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• desenvolvimento das potencialidades intelectuais de raciocínio, percepção,

criatividade;

• análise, através dos resultados práticos, das deficiências físico-mentais dos

educandos;

• correção da coordenação motora;

• correção das deficiências comportamentais sem maiores consequencias;

• correção de atitudes essencialmente sociais;

• correção da postura física;

• recreação, etc.

2. Projeto conheça seu corpo dançando

DESCRIÇÃO:

Após apresentar vários estilos de danças, o professor pode separar a sala em

grandes grupos, cerca de 10 alunos cada grupo, e esses devem escolher duas

danças uma folclórica ou de salão e uma dança mais moderna, esse grupo deve

montar as coreografias, e fazer um pequeno seminário sobre a história, influencias,

principais representantes dessas danças ( o seminário é para aqueles que se

recusam a se apresentar na coreografia).

Como conhecimento vasto de todas as danças é privilégio de poucos,

devemos trabalhar de uma forma gradual, até mesmo para adquirir noção das

inúmeras danças, deve se basear nos passos bases de todos os estilos de danças,

e montar a coreografia baseado nesses passos, fazendo pequenas alterações, e

dando ritmo a dança.

Hoje como o advento da internet facilitou muito a forma de aprendermos

coisas novas e os sites de vídeos, principalmente o youtube, nos ajuda muito mais, e

devemos abusar dessa ferramenta, não nos tornaremos nenhum dançarino

profissional assistindo vídeos, mas podemos identificar a base para cada dança e

auxiliar a montagem das coreografias.

OBJETIVOS:

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O objetivo principal desse projeto é fazer com que o aluno, produza uma

atividade física de maneira descontraída e divertida, onde o aluno possa por ele

mesmo, e com apenas orientação dos professores, criar formas e maneira com que

ele veja as mais diversas danças, nacionais e internacionais, modernas ou antigas.

Outros objetivos são a questão da socialização que a dança gera, pois a

dança necessita que haja interatividade entre os participantes da dança, não há

necessidade de uma sincronia perfeita dos alunos, mas sim a aproximação dos

movimentos.

Como último objetivo é a de produção de trabalhos na sala de aula, esses

trabalhos podem posteriormente serem direcionados para exposição em eventos

competitivos ou não, com o trabalho feito já em sala de aula, diminui a necessidade

de utilização muitos de ensaios fora de horário de aula.

3. Projeto agenda 21

Criado na data de 18/10/2005 o 1º Fórum com a comunidade do Colégio

Estadual General Osório para a Construção da Agenda 21, constituída pela ex-

diretora professora Gislaine Maria Estevão Batista, coordenadora do Projeto Maria

Helena Martins Soltes e representantes do corpo discente e docente, APMF, Equipe

Pedagógica e Funcionários.

No Projeto Agenda 21, os alunos do Ensino Fundamental e Médio poderão vivenciar

na prática como reaproveitar os materiais não orgânicos para diversas finalidades e

partindo do princípio que a escola tem influência efetiva não apenas dentro de seus

muros, nos momentos formais, mas também a toda a comunidade formada pelos

respectivos familiares dos alunos e moradores de seu entorno. Os envolvidos neste

projeto buscam conscientizar e disseminar a consciência ecológica e o bem estar do

planeta.

Na tentativa de promover em escala planetária um novo padrão de

desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, programa esse que já

está sendo amplamente desenvolvido no Colégio a mais de quatro anos, sempre

com a orientação da Professora Maria Helena Soltes e envolvendo toda a

comunidade escolar, são desenvolvidos vários projetos complementares tais como:

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4. Projeto lixo em lixeira

No ano em que o Colégio completou 70 anos foi presenteado com uma

reforma total em suas dependências. Na ocasião muitos materiais deveriam ser

descartados, dentre eles os galões que envolviam a textura utilizada na pintura

externa do Colégio.

Pensando em proteção ambiental e que tais materiais demorariam um tempo

substancial para se incorporarem à natureza, os alunos das primeiras séries A, B, C

e D do período diurno juntamente com a professora de Artes, desenvolveram um

projeto que visava a reciclagem dos mesmos. Os alunos foram orientados a

recuperá-los e participaram ativamente desde as primeiras etapas que foi reforçar

suas bases com jornal, até a arte final. Foram confeccionadas 19 novas lixeiras, uma

para cada sala de aula e também para as dependências administrativas da escola e

elas receberão apenas o lixo que poderá ser reciclado. A conscientização será feita

por todos os professores nos três turnos de funcionamento.

O trabalho foi gratificante, pois houve adesão total dos alunos, Equipe

Pedagógica, Direção e APMF, trazendo o material necessário e opinando sobre as

técnicas a serem empregadas. E o que seria lixo transformou-se em belas lixeiras,

embelezando ainda mais a escola.

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5. Projeto Osório fashion

Dando continuidade ao Projeto Agenda 21, nos quais alunos do Ensino

Fundamental e Médio poderão vivenciar na prática como reaproveitar os materiais

não orgânicos e partindo do princípio que a escola tem influência efetiva não apenas

dentro de seus muros, nos momentos formais, mas também a toda a comunidade

visando a integração aluno/aluno, aluno/escola e aluno/professor/funcionário para

que juntos tenham um espírito competitivo através da socialização destes dentro da

escola, e venham perceber que o estudo, participação e socialização tornam o aluno

um ser participativo e ativo.

O projeto busca conscientizar e disseminar a consciência ecológica e o bem

estar do planeta, assim foi desenvolvido o concurso do Garoto e Garota Osório e o

Primeiro Desfile Faschion tendo como requisito a criação de modelos

confeccionados com materiais reciclados com o intuito de refletir sobre a

necessidade de preservação do meio ambiente, bem como, a importância da

reciclagem.

6. Projeto de leitura “ Eu leio, nós lemos

( Desenvolvido pela Professora Aleta )

1- TÍTULO:

“EU LEIO, NÓS LEMOS”

2 – OBJETIVOS:

– GERAIS:

Formar leitores críticos e conscientes;

Desenvolver o hábito da leitura;

2.2– ESPECÍFICOS:

a. adquirir o hábito da pesquisa em biblioteca;

b. conhecer os vários contextos sociais e culturais que o escritor utiliza

para escrever uma ideia;

c. desenvolver a iniciativa na pesquisa;

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d. tomar decisões no tocante a buscar novos conhecimentos;

e. interagir com o autor da obra que está estudando.

3- JUSTIFICATIVA:

Muitos educandos não tem contato com leitura de qualidade porque não têm

adultos leitores que leiam com eles. Mesmo que o professor os incentive e os leve à

biblioteca, retiram livros e os devolvem, sem ler. Foi por isso que resolvemos ler com

eles, para formar leitores, ampliando pela leitura da palavra, a leitura do mundo. Sob

a supervisão e orientação das Professoras Aleta Maria Bobato, Naiane Maria de

Paula Barboza e Elisabete Camargo Carneiro.

4- PÚBLICO-ALVO

Estudantes das 5as e 6as séries do Ensino Fundamental do Colégio Estadual

General Osório, do período vespertino, ano letivo 2010.

5- METODOLOGIA:

• escolher os livros e separá-los em caixa para que fiquem disponíveis;

• combinar o dia da leitura;

• distribuir o mesmo livro para todos os alunos da turma;

• ler, cada um na sua vez, respeitando o colega e fazendo silêncio;

• parar quando necessário, comentar a respeito de um ou de outro

personagem;

• avaliar em forma de trabalhos, provas, cartas, histórias em quadrinhos,

dramatizações, etc.

6- CRONOGRAMA

BIMESTRES / 2010 / ATIVIDADES

SÉRIES 1º/FEV.MAR.A

BR

2º/MAIO.JUN 3º/AGO.SET. 4º/AGO.SET.

5ª série - O fantástico

mistério de

Feiurinha -

- O menino

do dedo

verde –

- Quem conta

um conto.

Ana Maria

- Histórias de

Fadas. Oscar

Wilde. Editora

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Pedro

Bandeira –

FTD -

1ªEDIÇÃO

Maurice

Druon –

Tradução-

.D.Marcos

Barbosa-José

Olympio

Editora – 36ª

ED.

Machado.

Cristina

Porto. Flávio

de Souza.

Ruth Rocha.

Sylvia Orthof.

FTD Editora.

1ª Edição.

Volume 2

Nova

Fronteira;

- A árvore que

dava

dinheiro.

Domingos

Pellegrini.

Ilustrações.

Robson

Araújo.

Editora Ática

– 1ª Edição.

6ª série -O menino do

dedo verde –

Maurice

Druon –

Tradução-

.D.Marcos

Barbosa-José

Olympio

Editora – 36ª

ED.

- Os

miseráveis.

Victor Hugo.

Editora FTD –

2001.

- A árvore que

dava

dinheiro.

Domingos

Pellegrini.

Editora Atica-

1ª Edição

- Ruth Rocha

conta a

Odisséia.

Editora

Conpanhia

das

Letrinhas.

8ª série - Um

assassinato,

um mistério e

um

casamento

de Mark

Twain;

- A ilha do

tesouro de

Robert Louis

Stevenson.

- A árvore que

dava dinheiro

– Domingos

Pellegrini;

- Sonho de

uma noite de

verão de

Willian

Sheaskeaspe

ar (adaptação

de Fernando

- Odisséia de

Ruth Rocha;

- Historinhas

pescadas.

- Os

miseráveis de

Vitor Hugo;

- Raptado de

Robert Louis

Stevenson.

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Nuno);

7- RECURSOS

Os recursos serão provenientes do fundo rotativo, PDE ou tentativa de

patrocínio.

8- AVALIAÇÃO

Passado o período de um ano da concretização do projeto, observou-se

mudanças satisfatórias, como cita-se a seguir:

• Maior entrosamento entre eles evidenciando uma melhora na sociabilidade;

• Crescimento na tomada de decisões;

• Percepção de iniciativa por parte dos educandos;

• Disciplinarização do raciocínio lógico e subjetivo;

• Melhora na interpretação e produção de textos;

• Evidência de socialização do saber no contexto escolar;

• Formação de leitores críticos e independentes.

7. Projeto o corpo que não se (re)conhece não con strói sua história

movimento hip hop professora: Adriana kisielewicz m igliorini (pde )

Professor orientador: Nei alberto salles filho

Disciplina: Educação Física

1 - DESCRIÇÃO

A dinâmica de aprendizagem no contexto educacional contemporâneo

deve levar em conta a necessidade de aproximação dos conteúdos das diferentes

áreas do conhecimento às diversas realidades escolares. Na disciplina de Educação

Física, a crença de que o esporte é o único tema a ser abordado nas aulas, levou ao

empobrecimento das mesmas e a um consequente distanciamento da real

importância do corpo inserido neste processo. O objetivo desse trabalho é discutir

possibilidades de mobilizar o interesse dos alunos para a compreensão dos

conteúdos de forma autônoma e cidadã, construindo e reconstruindo perspectivas

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da cultura corporal numa ação crítica e consciente. O projeto será realizado com

alunos do primeiro ano do Ensino Médio, seguindo algumas linhas gerais.

Inicialmente serão encaminhadas análises e discussões a partir do movimento Hip

Hop. Em seguida será feito um levantamento construído pelos próprios participantes,

a partir de suas experiências de vida, o que servirá como contextualização ao tema

abordado. Considerando esse desenvolvimento, será organizado um festival cultural

apresentando a produção obtida em todas as etapas do processo. As discussões

serão encaminhadas a partir das propostas de rap, break e grafite. Nesse sentido

será refletido, através de uma abordagem crítica, o papel da Educação Física na

compreensão do significado do corpo como elemento histórico, social e cultural.

Com esse processo pretende-se que os alunos estejam mobilizados para

compreender elementos da cultura corporal de maneira significativa, analisando,

discutindo e incorporando-os em suas ações cotidianas, tornando-se protagonistas

de sua própria história.

2 - JUSTIFICATIVA

A Cultura Hip Hop representa a alternativa cultural da atualidade que atrai

nossos alunos pela facilidade com que se identificam com a proposta. O gosto pelos

seus elementos favorecem a inclusão de temáticas importantes para a Educação

Física no que se refere a produção e compreensão dos conteúdos.

Através da Pesquisação, também chamada Metodologia Qualitativa, serão

encaminhadas análises e discussões a partir do tema.

Será feito um levantamento pelos próprios participantes a partir de suas

experiências de vida: relatos, entrevistas, produção de textos e desenhos, criação de

letras de rap ou coreografias que expressem de alguma forma a realidade dos

envolvidos. O material servirá de contextualização e proporcionará a criação de uma

relação próxima dessas discussões com alguns dos conteúdos abordados pela

disciplina de Educação Física ao longo do ano letivo, considerando esse

desenvolvimento, será organizado um Festival Cultural.

3 - OBJETIVOS GERAIS

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- Analisar o papel da Educação Física na compreensão do significado do corpo

como elemento histórico, social e cultural;

- Refletir a importância da corporalidade como elemento articulador da

aprendizagem individual e social;

- Compreender o Movimento Hip Hop na escola como elemento cultural

provocador das relações entre corpo, cultura corporal e Educação Física Escolar.

4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Aproximar o contato dos alunos com o Movimento Hip Hop;

- Discutir o Movimento Hip Hop como conhecimento da cultura corporal na

Educação Física Escolar.

- Aplicar um conjunto de ações pedagógicas, envolvendo o Movimento Hip

Hop, na interface com as questões da corporalidade.

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8. Projetos do Programa Mais Educação

O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Inter-ministerial n.o

17/2007 e integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como

uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a

organização curricular, na perspectiva da Educação Integral.

Trata-se da construção de uma ação intersetorial entre as políticas públicas

educacionais e sociais, para a diminuição das desigualdades educacionais, quanto

para a valorização da diversidade cultural brasileira. Por isso coloca em diálogo as

ações empreendidas pelos Ministérios da Educação – MEC, da Cultura – MINC, do

Esporte – ME, do Meio Ambiente – MMA, do Desenvolvimento Social e Combate à

Fome – MDS, da Ciência e da Tecnologia – MCT e, também da Secretaria Nacional

de Juventude e da Assessoria Especial da Presidência da República, esta última por

meio do Programa Escolas-Irmãs.

Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, oportunidades

educativas e o compartilhamento da tarefa de Educar entre os profissionais da

educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a

coordenação da escola e dos professores. Isso porque a Educação Integral,

associada ao processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à

vida e ao universo de interesse e de possibilidades das crianças, adolescentes e

jovens.

O ideal da Educação Integral traduz a compreensão do direito de aprender

como inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à

convivência familiar e comunitária e como condição para o próprio desenvolvimento

de uma sociedade republicana e democrática. Por meio da Educação Integral, se

reconhece a múltipla dimensão do ser humano e a peculiaridade do

desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens.

Esse ideal está presente na legislação educacional brasileira e pode ser

apreendido em nossa Constituição Federal, nos artigos 205, 206 e 227; no Estatuto

da Criança e do Adolescente (Lei n.o 9089/1990); em nossa Lei de Diretrizes e

Bases (Lei n.o 9394/1996), nos artigos 34 e 87; no Plano Nacional de Educação (Lei

n.o 10.179/2001) e no Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

Fundamental e de Valorização do Magistério (Lei n.o 11.494/2007).

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O Programa Mais Educação atende, prioritariamente, escolas de baixo IDEB,

situadas em capitais, regiões metropolitanas e territórios marcados por situações de

vulnerabilidade social, que requerem a convergência prioritária de políticas públicas,

é operacionalizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade (SECAD), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), por

meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as escolas e regiões prioritárias.

8.1. MATEMÁTICA JUSTIFICATIVA:

A ressignificativa da importância do ensino da matemática, tanto fora como

dentro do ambiente escolar, se deve ao fato de que as mudanças ocorridas através

da história e a construção diária da matemática, enquanto disciplina escolar, nos

mostra uma ruptura entre o nascimento da matemática e a atualidade, tendo como

origem as necessidades do cotidiano das comunidades, por isto é importante

apresentar ao aluno todo este processo de organização dos conteúdos matemáticos

e a relação com a vida prática.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para

eles,

Instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e

o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até

os dias de hoje (STRUIK, apud Paraná, 2008).

Tendo por orientação LORENZATO e VILA citado nas diretrizes curriculares:

É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que

“compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e

comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas

matemáticos com segurança” (PARANÁ, 2008).

Cabe a nós educador a responsabilidade em suas atividades escolares

diárias nos aspectos cognitivos, emocional e social, por isso de apresentamos esse

projeto de ação para o ano de 2010, visando os alunos com dificuldade na disciplina

de matemática e em risco social de exclusão.

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CONTEÚDOS ESTRURANTES

Números e Álgebra

Conteúdos Específicos

As quatro operações básicas;

Conjuntos numéricos e Equações;

Proporcionalidade;

Potenciação;

Resolução de problemas (ler e interpretar);

Expressões numéricas (ordem das operações).

OBJETIVOS

Elencar as dificuldades que trazem para 5ª série angustias, ansiedades, etc. para

efetuar um trabalho de resgate, principalmente da auto-estima;

Integrar os alunos dentro do contexto escolar, propiciando uma melhor adaptação

aos alunos com dificuldades no ambiente escolar;

Acompanhar o processo educacional, dando subsídios para vencer as etapas do

aprendizado durante o ano letivo;

Desenvolver práticas que contribuam para que os alunos com nota abaixo da média

ou que não tenha atingido objetivos dentro do processo ensino-aprendizagem,

levando-o através da aprendizagem, ao sucesso escolar resgatando a confiança

na própria capacidade de aprender;

Desenvolver o hábito de estudos em casa, na escola, através de atividades

propostas em sala;

Resignificar a necessidade do hábito de desenvolver tarefas para casa;

Enfim ver no educando não só dificuldades, mas, possibilidades.

ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

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A interdependência dos Conteúdos Estruturantes com os conteúdos

específicos evitando-se abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de

ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, pois “[...] o significado

curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus

conteúdos, mas sim do modo como se articulam” (MACHADO, apud Paraná, 2008).

Assumir o compromisso com a aprendizagem implica em empenhar-se na

revisão do que é realmente indispensável de maior relevância social e que

possibilitem o desenvolvimento das diferentes capacidades, pois a apropriação do

conhecimento deve ser ao nosso aluno um processo vivo, dinâmico e significativo.

Partindo do princípio de que todo aluno é capaz de aprender e de que a

interação professor/ aluno / escola / pais é fator fundamental.

O encaminhamento metodológico do projeto requer uma dinâmica de

presença do educador / educando, favorecendo interações estimulando a

participação de todos, mobilizando interesses, valorizando conhecimentos prévios,

visando o crescimento do aluno enquanto ser humano inserido no contexto social.

Para mobilizar os alunos a partir em busca do conhecimento e ampliar as

possibilidades de aprendizagem deverá ser retomado assuntos já estudados ou que

estão em estudos:

Aprender a refletir: o que está aprendendo? O que aprendemos?;

Refletir a construção de significados;

Não só aula expositiva: problematizar, não dar a resposta pronta;

Explorar: através de materiais; produção de cartazes; fração – tangram – fita

métrica; estratégias metodológicas: “dança dos quadrados” – “dança dos

triângulos”;

Pesquisas;

Mini-aulas (através dos alunos);

Trabalhar jogos;

Problemas desafios (através de projetos);

Fazer com que o aluno reflita o social;

Livros paradidáticos: olhar para a leitura; questionamento; focar alguns pontos de

observação; citar idéias importantes;

Forma de apresentação: (dinamização, teatro, aula expositiva).

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AVALIAÇÃO A finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para

aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como

fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, apud PARANA,

2009).

Tendo por base as orientações das Diretrizes Curriculares, deve-se

considerar as vivências diárias do educando, pois, sua assimilação durante o

decorrer de todo o processo estará voltado a compreensão dos conteúdos

abordados e a sua relação com o cotidiano. Desta forma, possibilitar a educando ir

além da teoria ensinada em sala de aula e entender sua aplicabilidade prática.

Será avaliado mensalmente (durante o desenvolvimento dos conteúdos pelo

professor). Utilizando diferentes instrumentos avaliativos, tais como: pesquisa,

avaliação escrita, comunicação do processo de aprendizagem aos colegas e

professores.

8.2. Projeto leitura como base escolar ;

1) JUSTIFICATIVA:

Considerando que a leitura estimula o imaginário, oferece a possibilidade de

dar vazão às emoções e permite o exercício da criatividade.

Considerando que é crescente a preocupação da nossa em assumir, de modo

claro o ensino da leitura, já que muitas crianças chegam até nós sem letramento,

sem interesse por atividades de leitura.

Considerando que compete à escola fornecer aos alunos instrumentos para

se tornarem leitores não só de textos, mas do mundo que os cerca.

2) CONTEÚDOS:

Contos populares em prosa;

Poemas narrativos;

Contos em prosa poética;

Contos de fadas;

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Contos fantásticos;

3) OBJETIVOS:

- Fornecer a leitura de livros diversos através de visitas à biblioteca;

- Exercitar as habilidades de ouvir, observar, localizar, sequenciar, comparar

textos em diferentes linguagens, essenciais para a comunicação;

- Saber ouvir;

- Estimular comentários e questionamentos, necessários à interpretação;

- Dramatizar os textos permitindo descontração e leveza;

- Explorar as potencialidades no desenvolvimento da aprendizagem

significativa;

- Motivar para a leitura.

8.3. Música – projeto fanfarra: a musicalidade em prol da educação Justificativa:

A música é um ótimo recurso para ligar várias disciplinas. Quando os alunos

estudam a divisão das partituras em compassos são orientados a observar a

pontuação, que é a forma de divisão dos textos. Muitos são os caminhos, recursos,

meios da educação musical e defendemos a idéia de que eles só atingem seu valor

na medida em que o professor torne presente o elemento de beleza contido em cada

técnica. A escola deve propiciar aos jovens as progressivas alegrias dos encontros

com a música, naquilo que ela tem de genial. Tais encontros devem ser

entrelaçados à preferência cotidiana dos estudantes. A música é a forma de cultura

que toca a maioria dos jovens, na qual eles investem mais tempo, os alunos

possuem uma cultura musical mais rica, mais estruturada, tem preferência e

escolhas mais firmes. Hoje, o gosto pela música constitui uma das forças vibrantes

da vida dos jovens, um de seus componentes mais cheio de promessas. O professor

de arte é, portanto, favorecido, já que a imensa maioria de seus alunos aprecia a

música. Múltiplos são os caminhos da educação musical, seus recursos. Defende-se

a idéia de que eles atingem seu pleno valor na medida em que o professor torne

presente, real, o elemento de beleza contido no interior de cada técnica investida em

cada tipo de atividade. Houve um tempo em que toda escola tinha sua fanfarra ou

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banda, elas são um dos mais expressivos elementos da cultura artística e que ao

longo do tempo, vem compondo a trilha sonora de nossa cidade, além de despertar

a consciência cívica, favorecer a revelação de talentos e estabelecer base para

posterior educação musical.

Conteúdos: Elementos formais: Timbre, intensidade, altura, duração e densidade.

Composição: Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico, intervalo harmônico,

tonal, modal, gêneros, técnicas e improvisação.

Movimentos e Períodos: Coreografia, tempo, espaço e expressão corporal.

Objetivos:

Objetivos gerais:

- Desenvolver uma atividade de grupo para a formação de uma fanfarra escolar

onde mobilize o ambiente, mostre habilidades individuais e coletivas dos envolvidos

e resgate os valores cívicos, participação em grupo criatividade, auto-estima e

solidariedade.

- Estabelecer no espaço escolar uma proposta extracurricular visando assim

ampliação de conhecimento e da cultura da criança e adolescente nele envolvidos.

- Objetivos específicos Revelar o gosto pelas composições cívicas;

- Perceber e reproduzir estruturas rítmicas e o senso artístico;

- Proceder a ritmos e executar movimentos em seqüência;

- Vivenciar hábitos e atitudes de apreciação musical;

- Adquirir as primeiras noções de teoria musical, explorando os elementos sonoros;

- Formar a fanfarra da escola;

- Aumentar a capacidade de concentração através da atividade musical.

Encaminhamentos Metodológicos:

Os alunos envolvidos terão momentos significativos para o trabalho individual e em

grupo, pesquisas sobre o tema proposto e ensaios em grupos e individual. Na

fanfarra, os estudantes aprendem as noções fundamentais da música, especialmente

ritmo e melodia. Antes de ensinar qualquer instrumento, as atitudes principais da

fanfarra, disciplinando-os em uma igualdade de gestos e atitudes. As posições como

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o alinhamento, sentido, a noção de marcação em conjunto, pois todos na fanfarra são

igualmente necessários. Acontecerão ensaios semanais, com o estudo das primeiras

noções musicais, de desenvolvimento rítmico e harmônico, da composição de batidas

e evoluções. Noções fundamentais da música: ritmo, teste rítmico através jogos

musicais com exploração da pausa, tempo lento ou aceleradamente. Estrutura rítmica

será trabalhada com os instrumentos musicais.

Infraestrutura:

Pátio coberto, laboratório e espaços cedidos pela União.

Resultados Esperados:

Que os alunos adquiram as primeiras noções de teoria musical, formação da

fanfarra escolar, cuja pretensão não é formar músicos, mas, ajudar a refinar a

sensibilidade dos alunos, aumentar a capacidade de concentração, disciplina,

atitudes, noções de conjunto, estes sendo um dos princípios educativos previstos no

projeto político pedagógico.

*Critérios de Participação:

Alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental, em nossa escola, que

apresentam interesse e disponibilidade, e ainda aqueles que apresentam

necessidades sócio educacionais. Também os alunos indicados pelo colegiado de

professores.

5) ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

- Após reuniões com diretores, bibliotecários, professores e equipe

pedagógica as ações seriam:

A verificação e análise das necessidades apresentadas (alunos com déficit de

aprendizagem e advindos de realidades conflitantes). Tal análise será feita através

da observação direta pelos professores a aplicação de um questionário sócio-

econômico.

A primeira preocupação será com os alunos não alfabetizados. O incentivo à

leitura será através de visitas freqüente à biblioteca retirada semanal de livros,

leitura, dramatização e narração de histórias. Serão priorizados textos que

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estimulem o imaginário e que dêem vazão às emoções, como contos fantásticos, de

fadas, contos populares, poemas narrativos e outros...

6) INFRAESTRUTURA:

- Salas de aula e biblioteca do Colégio.

7) RESULTADOS ESPERADOS:

- Reunião bimestral para avaliar o desenvolvimento do projeto e detectar

pontos positivos e negativos.

- Fazer um levantamento dos alunos que realmente estão lendo, observar seu

progresso e negociar com os professores algum conceito, como estímulo.

- Espera-se que haja progresso na aprendizagem dos alunos.

8) CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Dar-se à preferência à participação de alunos com déficit na aprendizagem e

advindos de realidades conflitantes.

8.4 . História-cultura regional: Patrimônio da “E scola” Estadual General Osório Justificativa Observando que os alunos, do Colégio Estadual General Osório não valorizam o

patrimônio edificado bem como toda a infraestrutura do pátio, jardins e horta.

Percebendo as mudanças ocorridas na sociedade decidimos participar do projeto

Patrimônio Vivo da Escola.

Conteúdos: Identificar reações sociais no seu próprio grupo de convívio familiar, resgatando a

história da família na comunidade onde estão inseridos.

Compreender a história individual como parte integrante da história coletiva da

comunidade pontagrossense.

Valorizar o patrimônio cultural e respeitar as diversidades sociais, considerando

critérios éticos.

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Respeitar o patrimônio edificado conservando-o, fiscalizando-o para preservação da

sua história e do meio ambiente.

Objetivos: Incentivar os alunos do Colégio General Osório para observar o patrimônio edificado

e o meio ambiente que os rodeia.

Encaminhamentos Metodológicos : Reuniões;

Orientações;

Contatos;

Entrevistas;

Pesquisas de campo e bibliográficas;

Catalogação;

Produção de texto;

Exposição de fotografias do colégio;

Avaliação;

Publicação;

Infraestrutura: Será desenvolvido no colégio, na comunidade em geral, com entrevistas, regate de

fotografias, filmes entre outros;

Resultados Esperados: Desenvolver nos alunos o gosto pela pesquisa histórica, de modo que possam

analisar e diferenciar conceitos históricos e suas relações com as transformações

ocorridas através dos tempos, tendo influencia na vida cotidiana.

Questionar a realidade formulando-se problemas e apresentando sugestões para

resolve-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise critica, selecionando procedimentos para a formação da

verdadeira cidadania.

Critérios de Participação:

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O projeto deverá ser desenvolvido com os professores de história, alunos do grêmio

estudantil e alunos voluntários e pessoas da comunidade.

8.5. Educação Física - volei

O mundo atual passa por varias transformações, sejam elas sociais,

econômicas e políticas, a escola não esta alheia a esta transformação e sente o

reflexo das mudanças em seu cotidiano principalmente em relação ao convívio em

comunidade, pois abriga em um mesmo espaço, uma grande diversidade de credos,

raças, ideologias, etc...

Um dos pontos que geram muitos conflitos estão ligados aos valores

humanos que estão sendo degradados pela presente geração, onde a família esta

sendo deixada em segundo plano, e o que importa é vencer. Pensando então nesta

problemática e que o presente projeto pretende despertar através do esporte,

voleibol, valores inerentes a sociedade em geral e que estão intimamente ligados ao

esporte com respeitar o outro, respeito as regras, disciplina, saber ganhar e perder,

persistência, coragem, vencer desafios e principalmente despertar através do

esporte educacional a cultura da paz.

Percebemos que os esportes produzem um interesse impar nas crianças e

adolescentes, e quando trabalhado este interesse em prol de um objetivo claro e

conciso os resultados podem ser surpreendentes. Acreditamos que investir no ser

humano é a única forma de transformar o mundo em um lugar melhor, mais

saudável para se viver, e com certeza o esporte, voleibol, pode e deve ser um aliado

nesta busca constante para resgatar valores humanos saudáveis e conquistar a paz.

Conteúdos: Voleibol iniciação;

Voleibol cooperação;

Voleibol competição;

Regras, principais jogos;

Mídia e voleibol;

Olimpíadas;

Superação através do voleibol;

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Voleibol adaptado (sentado);

As regras do jogo X as regras da sociedade;

Valores humanos saudáveis;

Cultura da paz

A vida de um atleta;

Nutrição;

O esporte na nossa escola;

Jogos municipais;

Festivais de voleibol;

Objetivos Gerais: Proporcionar a pratica do voleibol para alunos que estão em risco social como forma

de transformação de valores humanos em busca da vivencia da cultura da paz e da

superação de limites.

Específicos: Oportunizar um ambiente favorável para a cooperação, integração e amizade; Aplicar técnicas de socialização, cooperação e utilização de valores humanos

saudáveis;

Vivenciar as regras do jogo, competitivo, cooperativo e lúdico;

Oferecer palestras, debates sobre voleibol, mídia e saúde;

Desenvolver festivais de voleibol na escola;

Encaminhamentos Metodológicos:

Proporcionar através de atividades teórico/práticas, assuntos envolvendo voleibol e

valores humanos, através da vivencia de situações problemas, onde os participantes

possam intervir opinar e colaborar no produto final, bem como despertar o interesse

e o gosto pelo o esporte educacional como uma pratica de atividade física

prazerosa.

Utilização de multimeio para fomentar o interesse pelo assunto com atividades

pratica sobre as técnicas e táticas do voleibol, conhecer espaços onde o voleibol é

praticado.

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Infraestrutura:

Quadra coberta do colégio e salas de aulas.

Resultados Esperados:

Transformação do comportamento dos alunos em relação aos valores humanos e o

convívio social dentro e fora da ambiente escolar, Valorização do Ser Humano em

relação ao capital.

Colaboração efetiva na educação do cidadão crítico e atuante na sociedade na qual

está inserido.

Critérios de Participação:

Alunos que possuem problemas de comportamento e que estão em risco social.

Será desenvolvido junto a equipe pedagógica e professores um levantamento de

alunos que possuem características agressivas e de comportamento disciplinar

alterado e alunos que convivem em ambiente onde há alcoólatras, drogados,

prostituição, e desestrutura familiar.

Publico alvo alunos da 5ª série.

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VIII. RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECID OS PELO ESTABELECIMENTO

Em 30/09/1992, através da Resolução nº3204/92, a escola obteve a

autorização para implantação do Ensino de 2º Grau Regular, curso

Educação Geral, e, em 06/04/93, através da Resolução nº1790/93, obteve

autorização para o seu funcionamento.

O prazo inicial foi prorrogado pela Resolução nº 5009/94, até o final

de 1996 e pela Resolução nº 4341/96 até o final do ano de 1998, passando

a denominar-se Colégio Estadual General Osório – Ensino de 1º e 2º Graus.

O reconhecimento do Ensino de 2º Grau foi através da Resolução

nº4341/98 de 03/02/99.

Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 DOE de 11/09/98, o

Colégio Estadual General Osório - Ensino de 1º e 2º Graus passou a

denominar-se COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

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IX. REFERÊNCIAS Lei no 10.639/03 – acrescenta artigos 26-A, 79-A e 79-B, referentes à inclusão, no

currículo oficial da rede de ensino, da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ e

dá outras providências.

Lei no 9.795/99 – dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. PARANÁ, CEE. Deliberação no 014/99 – Indicação no 004/99. 1999. _______. Deliberação nº 04/06 - Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. _______. Deliberação no 07/99 . Normas para Avaliação, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos. _______. Deliberação no 06/06 . Normas complementares às Diretrizes Curriculare sNacionais - DCN para a inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio. _______. Deliberação no 07/06. Inclusão dos conteúdos de História do Paraná no Currículo da Educação Básica. Parecer no 03/04 - CNE/CP – DCN para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Instrução n 015/2010 -SUED/SEED PICOLI, Elaine Sinhorini Arneiro. CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de. Projeto Pedagógico : uma construção “coletiva”. Universidade Estadual de Maringá – UEM. ProjetoPDE, 2007. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança . Tradução de Moacir Godotti e Lílian Lopes Martins. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia : Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1997. 342 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido . Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1981. LOPES, A. O. et al. Repensando a didática . São Paulo, SP: Papirus, 1988. LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2003. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento – um processo sócio – histórico. S. P. Scipione, 1993, p.23-76.

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SACRISTÁN, J Gimeno. Compreender e transformar o esnino. Artmed, 1998 & PEREZ, Gomes, A.I. GIROUX, H. Os professores como intelectuais: Rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Trad. Daniel Bueno Porto Alegre : Artes Médicas, 1997. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5a. ed. VASCONCELOS, C. dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico . Do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula .4. ed. São Paulo: Libertad, 2002. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação de aprendizagem : um ato amoroso. In. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e prepos ição – 15 ed.São Paulo, Cortez, 2003, p. 168 a 180 . GADOTTI, Moacyr. Escola Cidadã . São Paulo: Cortez, 2004.

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