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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA
2010
1
“O que vale na vida não é o
ponto de partida e sim a
caminhada.
Caminhando e semeando, no
fim terás o que colher”.
(Cora Coralina).
2
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO.................................... ................................................................5
II. FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP (Nacionais e Estaduai s)...............................7
III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.............. ...........................................9
1. DADOS GERAIS .................................... .............................................................9
1.1 - ENDEREÇO...................................................................................9
1.2 - MUNICÍPIO ....................................................................................9
1.3 - E-mail ....................................... .....................................................9
1.4 - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO.................. .......................9
1.5 - CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO .................... ..........................9
1.6 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ................... ...........................9
1.7 - ENTIDADE MANTENEDORA......................... ...............................9
1.8 - REGIME DE TEMPO ESCOLAR...................... .............................9
1.9 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ....................... ............................9
1.10 - OFERTA DE ENSINO ................................................................10
1.11 - TURNO DE FUNCIONAMENTO................................................10
1.12- HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO................ .....................11
1.13- DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS E DOS RECURSOS
MATERIAIS EXISTENTES............................... ....................................13
2. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA................... ......................................16
2.1 CONSELHO ESCOLAR ............................... .................................16
2.2 DIREÇÃO.......................................................................................17
2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA .............................. ..................................17
2.4 CORPO DOCENTE........................................................................17
2.5 SETOR TÉCNICO - ADMINISTRATIVO ................. .......................19
2.7 ESTRATÉGIAS E/OU AÇÕES PARA ARTICULAÇÕES COM AS
FAMÍLIAS E A COMUNIDADE ............................ ................................22
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................... ..............................................23
3.1 FILOSOFIA EDUCACIONAL.......................... ...............................23
3.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES......................................................28
3.3. OBJETIVOS GERAIS .............................. .....................................30
3.4. DIRETRIZES DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO ......... ............32
IV. MARCO SITUACIONAL .............................. ........................................................35
3
V. MARCO CONCEITUAL ................................ ........................................................42
1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE SOCIEDADE ............... ................................42
2. CONCEPÇÃO EDUCACÃO / ESCOLA............... .......................................43
3. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O PA PEL DOS
PROFESSORES ...................................................................................................47
4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E DA RELAÇÃO PROFESSOR –A LUNO
CURRÍCULO .........................................................................................................52
5. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO.......................... ..............................................57
VI. MARCO OPERACIONAL .............................. ......................................................62
1. FORMA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA..................... .......................................62
2. FORMAÇÃO CONTINUADA............................. ................................................66
4. ESPECIFICAÇÕES DAS LINHAS PARA O TRABALHO PEDAGÓ GICO,
ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E POLÍTICO-EDUCACIONAL. . .....................69
5. DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA TRATARÁ NA ORGANIZAÇÃ O, DE
TODAS AS DISCIPLINAS AO LONGO DO ANO LETIVO, CONTEÚ DOS
CURRICULARES DE ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA DOS PO VOS AFRO-
BRASILEIRA (LEI11645/2008, LEI 10639/2003, ART. 26 E DELIBERAÇÃO
CEE04/06). ............................................................................................................73
6- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ A EDUCAÇÃ O
AMBIENTAL (COMPONENTE OBRIGATÓRIO DA EDUCAÇÃO FORM AL E
NÃO FORMAL) NOS TERMOS DA LEI 9795/1999........... ..................................75
7- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ CONTEÚDOS DE
HISTÓRIA DO PARANÁ EM CUMPRIMENTO A LEI ESTADUAL (L EI 13.381/01)
...............................................................................................................................76
8- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ O ENSINO DE
HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (L EI 11645/2008)
...............................................................................................................................78
9. ESPECIFICAÇÕES DE AÇÕES VOLTADAS PARA A QUALIFIC AÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS ........................... ...........................................80
10. ESPECIFICAÇÕES DAS AÇÕES QUE ENVOLVAM OUTRAS
INSTITUIÇÕES......................................................................................................82
11. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCO LA E PARA
AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOG OS E
FUNCIONÁRIOS ...................................................................................................83
4
VII. PROJETOS ANUAIS ........................... ...........................................................85
VIII. RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECID OS PELO
ESTABELECIMENTO .................................... .........................................................109
IX. REFERÊNCIAS .................................................................................................110
5
I. APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de documentar a
ação que se deseja realizar no Colégio baseando-se nos fundamentos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº9394/96, que diz em seu artigo 12,
Inciso I, “que os estabelecimentos de Ensino deverão respeitar as normas comuns e
as dos seus Sistemas de Ensino e terão a incumbência de elaborar e executar sua
Proposta Pedagógica”. E no artigo 13, diz que: “Os docentes incumbir-se-ão de”:
I-Participar da elaboração da Proposta Pedagógica do Estabelecimento de
Ensino;
II-Elaborar e cumprir Plano de Trabalho, segundo a Proposta Pedagógica do
Estabelecimento de Ensino.
Estes artigos citados estão em consonância com a Deliberação CEE 014/99,
no seu artigo 2º que nos determina: “A elaboração da Proposta Pedagógica
envolverá todos os segmentos da comunidade escolar”.
A construção do Projeto Político Pedagógico no Colégio tem como finalidade
expressar a identidade do ambiente escolar, evidenciando de forma coletiva o
processo educacional na produção de saberes, concretizando a organização de um
trabalho escolar centrado no diálogo, enriquecido com opiniões e colaborações de
todos na escola, destacando como ponto fundamental a prática através do cotidiano
de cada escola. O projeto pedagógico, como instrumento de planejamento coletivo,
resgata a unidade do trabalho escolar, garantindo a visão do todo. Sendo assim, de
posse do conhecimento de todo o trabalho escolar, os diversos profissionais e
segmentos envolvidos (gestores, docentes, discentes, pais e comunidade) cumprem
seus papéis específicos, sem torná-los estanques e fragmentados. Todos se tornam
partícipes da prática educativa.
Para que a escola seja espaço de inovação, investigação e torne-se
autônoma é fundamental a opção por um referencial teórico metodológico que
permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à
singularidade, à transparência, à solidariedade, à participação e que adote a postura
de ação integradora, tendo a visão de que todos os alunos pertencem à escola e à
comunidade, favorecendo mudança de atitudes de discriminação e de exclusão de
alunos considerados especiais com a competência técnica pedagógica e clareza
6
quanto ao compromisso na tarefa de educar estabelecerá o fortalecimento e a
integração do educar do cidadão deste novo tempo.
Por isso, a educação preconizada no Projeto Político Pedagógico de nossa
escola, fundamenta-se no princípio de ofertar uma educação que contribua para a
formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade, através da
construção, disseminação do conhecimento e (re)leitura de mundo, num processo
contínuo de aprendizado e envolvendo professores, alunos, funcionários e toda a
comunidade.
A proposta apresentada prioriza a oferta de uma educação que contribua para
a reflexão, ação e construção de uma nova realidade social. Enfatiza também a
intencionalidade da realização de um desafio: “promover ações educativas, no
sentido de desvelar as causas da exclusão, de possibilitar a vivência de práticas
inclusivas, tanto no que se refere ao conhecimento que é trabalhado, quanto nas
formas de participação de espaço escolar”.
Portanto, sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho
coletivo, a qual possa ofertar subsídios para vencer as barreiras e entraves que
inviabilizam a construção de uma escola pública que eduque de fato para o exercício
pleno da cidadania e seja instrumento real de transformação social. Espaço em que
se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros.
7
II. FUNDAMENTOS LEGAIS DO PPP (Nacionais e Estaduai s)
Entendemos que diante das transformações ocorridas no contexto
pós-moderno, da globalização e das mudanças, faz-se necessário e urgente
repensar o Ensino Fundamental e Ensino Médio tendo em vista a concepção
de homem que se quer para a sociedade atual, considerando as questões
políticas, sociais e tecnológicas com base nas novas orientações emanadas
do MEC e SEED.
Assim, o Colégio Estadual General Osório Ensino Fundamental e
Médio através de seus recursos humanos procurará garantir os princípios de
permanência do aluno na escola, assegurando-lhe melhor aproveitamento
escolar, maior qualidade e relevância das aprendizagens, tendo por
fundamentação legal:
A nova LDB, Lei Nº 9.394/96 prevê no seu artigo 12, inciso I, que “os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta
pedagógica”.
Além de prever no seu artigo 3º o ensino será ministrado com base
nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional de educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
8
Nacionais:
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96;
Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8069/90;
Lei nº 10172/2001 – PNE (Plano Nacional de Educação);
Lei nº 9795/99 - Política Nacional de Ed. Ambiental/PNEA/Agenda 21;
Diretrizes Curriculares Nacionais – EF / EM;
DCN da Educação do Campo;
DCN para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10639) e o Parecer 03/04-
CNE.
Estaduais:
Plano Estadual de Educação (em processo de conclusão);
Deliberação 07/99 – CEE / PR (Avaliação);
Deliberação 14/99 – CEE / PR (Proposta Pedagógica);
Deliberação 16/99 – CEE / PR (Regimento Escolar);
Diretrizes curriculares estaduais;
Programa de formação da cidadania plena (decreto 4588 de
05/04/2005)
Programa de prevenção e promoção da vida – PREVIDA.
9
III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 1. DADOS GERAIS
1.1 - ENDEREÇO
AVENIDA GENERAL CARLOS CAVALCANTI, Nº1553
1.2 - MUNICÍPIO
PONTA GROSSA
CÓDIGO: 2010
1.3 - E-mail
1.4 - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PONTA GROSSA
1.5 - CÓDIGO DO ESTABELECIMENTO
CÓDIGO: 25
1.6 - DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
SEED – PARANÁ
1.7 - ENTIDADE MANTENEDORA
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.8 - REGIME DE TEMPO ESCOLAR
O regime de tempo escolar é seriado anual.
1.9 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O currículo é organizado por disciplinas.
10
1.10 - OFERTA DE ENSINO
É ofertado Ensino Fundamental e Médio
1.11 - TURNO DE FUNCIONAMENTO
É ofertado em três turnos: manhã, tarde e noite.
1.12 - NÚMERO DE TURMAS
O Colégio Estadual General Osório é uma entidade pública estadual de
Ensino Fundamental e Médio, seriado anual atendendo nos três turnos, com doze
salas de aula distribuídas:
3 turmas de 8ª série ( Ensino Fundamental)
4 turmas de 1ª série ( Ensino Médio)
3 turmas de 2ª série ( Ensino Médio)
MANHÃ
12
TURMAS
2 turmas de 3ª série ( Ensino Médio)
Horário das aulas:
07 h 20 min / 08h 10 min / 09 h 00 min / 10 h 05 min / 10 h 55 min às 11 h 45 min
4 turmas de 5ª série ( Ensino Fundamental )
4 turmas de 6ª série ( Ensino Fundamental )
TARDE
12
TURMAS 4 turmas de 7ª série ( Ensino Fundamental )
Horário das aulas:
13 h 00 min / 13h 50 min / 14 h 40 min / 15 h 45 min / 16 h 35 min às 17 h 25 min
1 turma de 6ª série ( Ensino Fundamental )
1 turma de 7ª série ( Ensino Fundamental )
1 turma de 8 série ( Ensino Fundamental )
3 turmas de 1ª série ( Ensino Médio )
3 turmas de 2ª série ( Ensino Médio )
NOITE
11
TURMAS
2 turmas de 3ª série ( Ensino Médio )
Horário das aulas:
18 h 30 min / 19h 20 min / 20 h 10 min / 21 h 10 min / 21 h 55 min às 22 h 40 min
11
1.13- HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
O prédio onde funciona o Colégio Estadual General Osório foi doado
ao Estado do Paraná em 1938, na Gestão do então Prefeito Albari
Guimarães, transferido em pagamento de uma dívida que o Município tinha
com o Estado, sendo nesta época governador, Manoel Ribas. A oficialização
deste ato deu-se em julho de 1942. A escola começou a funcionar
efetivamente em 1939 como Grupo Escolar, devido ao agrupamento das
Escolas Isoladas existentes no Bairro de Uvaranas. As atividades escolares
começaram com cerca de 120 alunos distribuídos em classes de 1ª, 2ª, 3ª e
4ª séries do Ensino Fundamental, contando com 07 (sete) professores, e o
primeiro diretor foi, Valdevino Lopes.
Pelo Decreto nº 7457/62, de 29 de março de 1962, publicado no DOE
Nº24, de 30/03/1962, foi criado oficialmente o Grupo Escolar General
Osório.
O nome do patrono deste Estabelecimento de Ensino foi dado em
homenagem ao General Manoel Luis Osório, o qual nasceu em 10 de maio
de 1808, em Conceição do Arroio, no Rio Grande do Sul e faleceu em 04 de
outubro de 1879. Este nome justifica-se também, pelo fato da Escola estar
localizada próxima ao então 13º Regimento de Infantaria, hoje 13º Batalhão
de Infantaria Blindada; por atender muitos filhos de militares e os próprios
soldados que cumpriam o serviço militar e estudavam na escola, no período
noturno.
Em 1968 passou a funcionar no estabelecimento o 5º ano (com Exame
de Admissão), sendo que, a partir de 1975, a Escola deixou de atender o
ensino de 1ª a 4ª séries do 1º Grau Regular, passando a atuar com séries
de 5ª a 8ª, nos turnos da manhã, tarde e noite. Pelo Decreto nº1407/75 de
23/12/75, o Estabelecimento passou a denominar-se Escola Estadual
General Osório - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau. Através da
Resolução nº2772/81, de 24/11/81, a Escola passou a chamar-se Escola
Estadual General Osório - Ensino de 1º Grau e Supletivo, denominação que
ostentou até 19/11/1990. Por meio da Resolução nº3568/90, de 20/11/90,
publicada no DOE Nº3405 de 06/12/90, a Secretaria de Estado da Educação
12
cessou definitivamente o Ensino Supletivo de 1º Grau, fase I, da escola, até
deliberação posterior. Assim sendo, a escola passou a denominar-se Escola
Estadual General Osório - Ensino de 1º grau.
Em 30/09/1992, através da Resolução nº3204/92, a escola obteve a
autorização para implantação do Ensino de 2º Grau Regular, curso
Educação Geral em 06/04/93, através da Resolução nº1790/93, obteve
autorização para o seu funcionamento.
O prazo inicial foi prorrogado pela Resolução nº 5009/94, até o final
de 1996 e pela Resolução nº 4341/96 até o final do ano de 1998, passando
a denominar-se Colégio Estadual General Osório – Ensino de 1º e 2º Graus.
O reconhecimento do Ensino de 2º Grau foi através da Resolução
nº4341/98 de 03/02/99.
Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 DOE de 11/09/98, o
Colégio Estadual General Osório - Ensino de 1º e 2º Graus passou a
denominar-se COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
O Estabelecimento de Ensino nos turnos matutino, vespertino e
noturno possui 1310 alunos, sendo que 05 destes com necessidades
educacionais especiais.
Além disso, cabe explicitar que para a organização do trabalho
pedagógico contamos com 55 professores, 06 pedagogos, 18 funcionários,
02 diretores auxiliares, além do diretor geral.
13
1.13- DESCRIÇÃO DOS ESPAÇOS FÍSICOS E DOS RECURSOS MATERIAIS
EXISTENTES
O Colégio Estadual General Osório contém um espaço físico amplo com área
medindo 3.200 m2, com área construída de 1.900 m2 e área livre de 1.300 m2.
Contendo as seguintes dependências:
• 12 salas de aula;
• 01 sala de direção;
• 01 sala de secretaria;
• 01 sala de biblioteca;
• 01 sala de informática;
• 01 sala para laboratório de Física, Química e Biologia;
• 01 sala de professores;
• 01 cozinha para funcionários;
• 01 cozinha para funcionários e materiais de limpeza;
• 01 depósito de materiais para manutenção;
• 01 sala de recursos;
• 01 sala de apoio;
• 01 sala de depósito para material fanfarra;
• 01 depósito de alimentos;
• 02 sanitários femininos;
• 02 sanitários masculinos;
• 02 sanitários para professores;
• 01 pátio coberto;
• 01 pátio aberto;
• 01 jardim interno;
• 01 jardim externo;
• 01 horta;
• 01 sala de arquivo permanente;
• 01 sala para livros;
• 01 sala de apoio recursos pedagógicos;
• 12 aparelhos de TV Pendrive;
14
• 13aparelhos de Vídeos Cassete: (03 funcionando regularmente);
• 15 aparelhos de DVD;
• 04 retroprojetores;
• 01 Piano – Marca ESSENFELDER, com armário;
• 15 microcomputadores: (a maioria defasados);
• 03 impressoras;
• 01 rádio microsistem;
• 01 amplificador;
• 02 caixas amplificadas de som;
• 04 câmeras de vídeo instaladas na biblioteca e em frente às
salas nºs 01 e 02 na parte externa ao pátio e sala de vídeo;
• Mimeógrafos: 01 a tinta, 02 a álcool;
• Acervo de vídeos didático-pedagógicos e filmes recreativos em
geral;
• Fitas de vídeo;
• Tabela Periódica (atual e velha);
• Acervo de mapas geográficos, históricos e biológicos;
• Material mínimo necessitando novas aquisições para o
laboratório de Física, Química e Biologia;
• Slides e projetor de slides;
• 33 computadores;
• 01 projetor de multimídia;
• 07 retroprojetores;
• 01 tela para projetores;
• 01 aparelho de fax;
• Coleções de CD;
• Coleções de Enciclopédias;
• Bolas;
• Raquetes;
• Jogos Educativos;
• Jogos Esportivos;
• 16 ventiladores;
15
• Redes para esporte;
• 04 aparelhos de telefone;
• Acervo de 10.000 livros;
16
2. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
2.1 CONSELHO ESCOLAR
CONSELHO ESCOLAR: é uma organização da entidade escolar. O Colégio
Estadual General Osório seguindo a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 faz
articulações com as famílias e a comunidade visando um processo de integração da
sociedade com a escola mediando o Conselho Escolar. Todas as pessoas da escola
são representadas para decidir questões sobre os aspectos administrativos,
financeiros e pedagógicos através de reuniões, tornando-se um instrumento de
gestão da própria escola. Congrega alunos, pais, professores, diretores, funcionários
e pessoas da comunidade, pois segundo Gadottti: “...não há educação e
aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem. A participação pertence
à própria natureza do ato pedagógico” (GADOTTI, 1997, p. 66)
Representantes da Comunidade Escolar:
NOME FUNÇÃO ESCOLA
Nilton Roberson Delega Diretor
Sandra Margarete Inglês Santos Equipe Pedagógica
Ana Maria Paulin Teixeira Equipe Administrativa
Rosa Maria Martins Santos Equipe Apoio
Eliane Dias Moreira Professora Ensino Médio
Celina Ferreira Costa Professora Ensino Fundamental
Bruna F.Vieira Representante Aluno Ensino Fundamental
Bruno Romanowski Representante Aluno Ensino Médio
Paulo Afonso Pinheiro Representante Grêmio
Representantes Pais e/ou Responsáveis:
NOME FUNÇÃO ESCOLA
Alcir Augusto Pantaleão Representante dos Pais do Ensino Médio
Rosimery Roth Franco Representante dos Pais do Ensino Fundamental
17
Representantes Sociais:
NOME FUNÇÃO
Auri Alves de Araújo Representante da Comunidade
2.2 DIREÇÃO
DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR.
Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,
definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no
Regimento Escolar.
Nilton Roberson Delega – Diretor
Cleto de Assis Alves – Diretor auxiliar
Reginaldo Aparecido Nunes Siqueira – Diretor auxiliar
2.3 EQUIPE PEDAGÓGICA
A Equipe Pedagógica é formada por professores pedagogos cujas atribuições
são a de coordenação, implantação e implementação das Diretrizes, emanadas da
Secretaria da Educação, visando a melhoria da qualidade de ensino na escola, além
das atribuições relacionadas no Regimento Escolar.
I. Maria de Fátima Borsato Guimarães;
II. Vera Regina Messias Strack
ΙΙΙ. Mara Lucia Furmann
IV. Maria Leonice Pontarolo
V. Erli Joana da Silva
VI. Sandra Margarete Inglês
2.4 CORPO DOCENTE
EQUIPE DE PROFESSORES
É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como
regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar
ativamente na elaboração do PPP suas funções estão relacionadas no Regimento
18
Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de
Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de
produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como
uma forma de melhorar o desempenho dos docentes.
ADRIANA KISIELEWICZ MIGLIORINI EDUCAÇÃO FÍSICA ALCILEIA JAKELINE FELIX DA SILVA BIOLOGIA ALETA MARIA BOBATO PORTUGUÊS CELINA FERREIRA DA COSTA MATEMÁTICA CLETO DE ASSIS ALVES FÍSICA E ENSINO RELIGIOSO CRISTINA SOVEK OYARZABAL INGLÊS ELIANE DIAS MOREIRA QUÍMICA GISLENE MARIA RODRIGUES PORTUGUÊS GLAUCIA MARISE SCORTEGAGNA MATEMÁTICA JOAO ANTONIO DAS CHAGAS PORTUGUÊS JOSE LOIR PEDROSO DA SILVA GEOGRAFIA
JUCIRLEI DE LIMA MATEMÁTICA LUCIA DE FATIMA DA LUZ BATISTA MATEMÁTICA LUCIANA DE FATIMA CORDEIRO CIÊNCIAS LUIZ CARLOS SIGWALT STREMEL MATEMÁTICA MANOEL ROSA FLORINDO INGLÊS MARIA HELENA MARTINS SOLTES GEOGRAFIA MIRIAM IZELLI HISTÓRIA RONALDO DA SILVA HISTÓRIA
ROSANE ELISABETE DE JEZUS CARDOSO PEDAGOGA acompanhante de aluno especial
ROSANGELA DE FATIMA DA SILVA HISTÓRIA SIMONE APARECIDA DA SILVA FÍSICA SIMONE APARECIDA DE ALMEIDA KRECHINSKI PORTUGUÊS
SONIA TEREZINHA FERREIRA HISTÓRIA SUELI KRZESINSKI DOS SANTOS CIÊNCIAS VALERIA GLAPINSKI INGLÊS VERA MARIA JARDIM STRACK CIÊNCIAS
VERA REGINA MESSIAS STRACK ENSINO RELIGIOSO WALDIR KING HISTÓRIA
19
2.5 SETOR TÉCNICO - ADMINISTRATIVO
A Equipe Administrativa é composta por Agente Educacional I e Agente Educacional
II. Este setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do
Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais
funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento Escolar.
AIRTON DE OLIVEIRA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST ANA MARIA PAULIN TEIXEIRA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST BEATRIZ APARECIDA RIBEIRO BATISTA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST IZAURA MAIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS JESSICA FABIANI DE ARAUJO ASSISTENTE DE EXECUCAO
JOCEMARA MARTINS PENTEADO CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS JOSELIA MARGARIDA MULLER SIQUEIRA ASSISTENTE DE EXECUCAO LEOCADIA APARECIDA DA COSTA CAT. FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS LILIAN APARECIDA STANCZYK CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST LINDAMIR CORREIA DE LIMA CAT. FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST LUIZ OTAVIO KUSTER RODRIGUES FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA APARECIDA MAYER FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA CECILIA DE SOUZA LOPES SECRETARIO/ESCOLA MARIA NEUZA GALDINO FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARIA SLUCARZ GARCIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARLENE CORREIA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS MARLI CRISTINA DA SILVA FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS NOELIA CATARINA DOS SANTOS FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
ROBERSON JOSE ALMEIDA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST ROSA MARIA MARTINS DOS SANTOS FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS SANDRA REGINA DE LIMA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST SANDRO MARCELO REIS DE ALMEIDA FUNC.-APOIO/TEC ADMINIST TEREZA ADRIANCZYK FUNC.-AUX.SERVICOS GERAIS
2.6 ÓRGÃOS AUXILIARES (APMF e Grêmio Estudantil)
2.6.1. GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é outro órgão de gestão colegiada no Colégio General
Osório, pois aponta um caminho para a democratização da Escola, ele é um apoio à
Direção. Exercem papel importante na formação de liderança, de cidadania devendo
ter uma dimensão social, cultural e também política.
Assim, o grêmio representa e contribui decisivamente para a formação e
enriquecimento educacional. O Grêmio é a organização dos estudantes da escola, é
formado por alunos desenvolvendo atividades culturais e esportivas, organizando
20
debates sobre assuntos de interesse dos estudantes ou reivindicações que os
alunos julgam importantes.
A organização, o funcionamento e as atividades do grêmio são estabelecidas
em estatuto próprio, aprovado em Assembléia geral do corpo discente do Colégio.
As atividades do grêmio são supervisionadas por conselheiro, o qual deve seguir
várias competências.
6.6.2. APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcioná rios )
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, não
tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.A Associação
de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão associativo, constituído pelos pais ou
responsáveis dos alunos matriculados e frequentando normalmente as aulas, pelos
membros do corpo docente e funcionários e tem como finalidade principal, a
integração Escola-família-comunidade, bem como a promoção de atividades que
gerem algum benefício educacional, social, desportivo ou cultural para os alunos
e/ou suas famílias.
A A.P.M.F. é regida por estatuto próprio, aprovado pela direção do colégio e
pelo colegiado, através de Assembléia. No seu âmbito de ação discute sobre ações
de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família-
escola-comunidade, emitindo sugestões, em consonância com a proposta
pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe pedagógica -
administrativa; presta assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em consonância com a
proposta pedagógica do colégio busca a integração dos segmentos da sociedade
organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando a
realidade da comunidade.
Proporciona condições ao educando, para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil e apoiando-o em suas
atividades que representam os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo
dessa forma para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal; promovendo o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade através de atividades sócio-educativa cultural-
desportivas, ouvido o Conselho Escolar; busca e administra os recursos financeiros
próprios e os que lhe forem repassados através de convênios, de acordo com as
21
prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com
registro em ata; colabora com a manutenção e conservação do prédio escolar e
suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta
ação. A contribuição da A.P.M.F. é voluntária não podendo estar vinculada ao ato de
matrícula podendo acontecer em qualquer época do ano letivo, pode esta
contribuição ser em moeda corrente ou outras formas de arrecadação, tais como:
materiais de consumo, de expediente e serviços.
Cargo Nome Filho na Escola / Nome Série
Presidente Antonio Kogut Pai aluno: André Kogut Vice- Presidente
Nilton Carlos Brasilio Pai aluno: Nilton Filho
1º Secretário Ana Maria Paulin Teixeira Func. Técnico administrativo -secretaria 2º Secretário Eliane Dias Moreira Professora: Química 1º Tesoureiro Maria Elizabete Silva Farina Mãe aluna: Daniele Silva Farina 2º Tesoureiro Patrícia Cavalli Mãe da aluna: Gabriela C. Mendes 1º Diretor Sócio Cultur.
Paulo César Rodrigues Professor Ed. Física
2º Diretor Sócio Cultural
Airton de Oliveira Func. Técnico administrativo
Cons. Del. Fiscal Leocádia Apª da Costa Func. Agente de Apoio Cons. Del. Fiscal Sandra Regina de Lima Func. Administrativo -Biblioteca Cons. Del. Fiscal Sandra Margarete Inglês
Santos Professora: Pedagoga tarde
Cons. Del. Fiscal João Antonio das Chagas Professor: Português Cons. Del. Fiscal João Luiz Guedes Pai aluno: Wagner Renan Gouveia
Guedes Cons. Del. Fiscal Silmara Kugler Mãe aluna: Kimberly Kugler Marin Cons. Del. Fiscal Rosemeri Roth Franco Mãe aluno: Bruna Franco Vieira Cons. Del. Fiscal Gilcelia Apª Socoloski Mãe aluno: João Luiz Socoloski Busato
22
2.7 ESTRATÉGIAS E/OU AÇÕES PARA ARTICULAÇÕES COM AS FAMÍLIAS E A
COMUNIDADE
O corpo discente do colégio “Osório” é formado pela comunidade do Bairro
Uvaranas, composto por inúmeras vilas.
Além disso, a escola está localizada em um local de fácil acesso, sendo muito
bem servida por transporte coletivo, fator que serve de atrativo para que alunos de
bairros distantes se matriculem aqui ou daqui não queiram sair, mesmo que mudem
de residência para outros locais. Existe também a tradição familiar em estudar nesta
escola que repassa por gerações como fator indicativo de qualidade de ensino em
relação à escola pública.
O Colégio diante da realidade da comunidade vem empenhando esforços
para atraí-la cada vez mais, promovendo reuniões para tratar da vida escolar e
melhoria do desempenho dos alunos, através de palestras passa orientações aos
pais quanto a educação dos filhos, a importância do estudo, prevenção sobre
drogas, orientação sexual, meio ambiente e outras; através de festividades procura
trazer os pais até a escola, objetivando a socialização entre os alunos e as famílias.
23
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 FILOSOFIA EDUCACIONAL
Tendo como princípio assumir a responsabilidade de atuar na
transformação e na busca do desenvolvimento social, devemos nos
empenhar na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo.
Por isso, buscamos trabalhar no sentido de formar cidadãos
conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na
busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
Na dimensão pedagógica, reside a intencionalidade da nossa escola,
que é a de formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados,
críticos e criativos.
Visto a realidade em que se insere nossa escola, em que a maior
parte de nossos alunos pertencem à classe média-baixa e passa-se
necessariamente pelo entendimento de que se deve possibilitar a reflexão a
partir do lugar em que ela está inserida, na prática social dos sujeitos a fim
de se reconhecer a construção de uma identidade cultural e de um
sentimento de pertencimento, condição fundamental para a formação que se
almeja.
O conceito de nossa escola em torno desse tipo de educação, pelo
princípio de que ela deve funcionar como um local de produção e
socialização cultural, valorizando os saberes e estimulando a criação de
novos saberes, visando ao pleno desenvolvimento do aluno.
Assim, a preocupação com a formação cidadã, humana e abrangente
vem de encontro à realidade que enfrentamos, pois muitos dos problemas
sociais e educacionais em que nos deparamos, contrapõe-se a problemas
vigentes na sociedade, em caráter mais amplo.
Nessa lógica compreendemos que o homem éo sujeito da educação,
está situado no tempo e no espaço,inserido num contexto sócio-econômico-
cultural-político, enfim num contexto histórico.
Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação educativa
deverá contemplará promoção humana na construção do cidadão
competente, crítico, criativo e participativo.
24
Desse modo a participação do homem como sujeito na sociedade, na
cultura, nahistória, se faz na medida de sua conscientização, a qual implica
a desmitificação e transformação desta sociedade.
Assim nossa população escolar, frente a questionamentos
apresentados, define a importância da escola e um projeto de educação,
abrangendo os seguintes aspectos:
- a escola é um local que proporciona a socialização do aluno;
- é um ambiente que torna possível a criticidade, desenvolve novas
visões de mundo, conscientiza sobre direitos e deveres, favorece a
participação ativa e consciente do indivíduo em sociedade e estimula a
vivência da cidadania plena;
-a escola contribui para o enfrentamento dos desafios e das
exigências do mercado de trabalho;
-favorece e complementa a formação da pessoa
Entendemos que pensar o papel político e pedagógico que a escola
cumpre no interior de uma sociedade, dividida em classes sociais, dentro de
um modo de produção capitalista implica em reconhecer a educação como
um ato político, que possui uma intencionalidade e contraditoriamente, vem
contribuindo, ou para reforçar o modelo de sociedade, sua ideologia, a
cultura e os saberes que são considerados relevantes para os grupos que
possuem maior poder, ou para desvelar a própria forma como a escola se
articula com a sociedade e seu projeto político, constituindo-se num espaço
emancipatória, de construção de uma contra-ideologia, onde a cultura e os
saberes dos grupos sociais que historicamente têm sua história negada,
silenciada, distorcida, esteja em diálogo permanente com os saberes
historicamente acumulados e sistematizados na história da humanidade.
Outra questão de grande relevância e que deve permear todo o
trabalho escolar é o de que vivemos em uma sociedade em que as minorias
sociais, especificamente a raça negra, os deficientes, a classe menos
favorecida, padece por conta da existência do preconceito. Muitas vezes
camuflado, porém, sem deixar de existir, atinge boa parte das pessoas,
chegando à vivência escolar.
25
A própria história da humanidade retrata a história vivida pelas
minorias, em que são relatados fatos como a opressão, a exploração, a
aculturação e a violência tanto física, como também a violência moral.
A forma de vivência e sobrevivência ao qual se submeteu essa
minoria os levou a tornar-se um povo lutador por seus direitos, embora nem
sempre respeitados pela grande massa de exploradores. Surgem leis, ao
longo dos tempos, em que tem como principal intuito, fazer com que os
direitos desse povo fossem respeitados e viabilizados em sociedade.
Surgem também diversas contribuições culturais, que mesmo massacrada,
não desiste de firmar a riqueza de princípios, costumes e valores,
especialmente da raça negra. Princípios, costumes e valores que
contribuem imensamente para a preservação e enriquecimentos da cultura
brasileira.
Atualmente, percebe-se que paralelamente à situação vivenciada pelo
negro e outras minorias no mundo, em nosso país, em nosso estado, no
nosso município e especificamente, nas pequenas comunidades e
aglomerações sociais, como nas escolas, retrata situações de
desvalorização e pré-conceito, o que tem causado conflitos de identidade.
O homem contemporâneo se vê obrigado a conviver com um
“verdadeiro espetáculo de diferenças” e percebemos claramente isso nas
escolas, em que se torna complicado o nosso aluno tanto do Ensino
Fundamental, como do Ensino Médio, conviver, aceitar e respeitar a
diversidade. Por isso, a visão de nosso colégio é de que deve haver um
empreendimento no sentido de desenvolver um trabalho pedagógico, no
sentido de contribuir para a construção de uma visão particular de
convivência, em que os alunos possam debater, pesquisar e construir uma
outra visão quanto às diversidades.
Portanto, entendemos ser necessário partir de situações mais amplas,
até abranger a nossa própria realidade, ou seja, a nossa escola, retratando
não só as “amarguras” vivenciadas pelas minorias sociais ao longo do
desenvolvimento da Humanidade, como também as grandes contribuições
culturais deixadas por essas minorias e que se inserem de maneira
significativa nos valores contemporâneos.
26
Partimos do princípio de que resgatando valores de tolerância,
convivência coletiva e respeito às diferenças, estaremos contribuindo para
que o nosso aluno possa viver e construir um tipo de sociedade diferente da
que vivemos. Se não for possível a extinção do preconceito e da
discriminação, permanece o sonho de uma sociedade mais digna para as
futuras gerações. “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele
me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho
ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar
de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.(FREIRE)
A partir da realidade em que se insere o colégio, partimos do princípio
de que ela deve dar conta de formar cidadãos conscientes de seu papel
para com as mudanças sociais, não sendo mero expectador dos desafios
enfrentados em sociedade, ser crítico, contribuindo para mudanças,
responsável, autônomo, solidário, criativo, e capaz de responder aos
desafios do mundo contemporâneo, usando o conhecimento aprendido na
escola para entender a sua realidade e contribuindo consequentemente,
para as transformações necessárias; e estas transformações também estão
ligadas a religiosidade da sociedade neste momento histórico, vale a pena
destacar que a religiosidade pode funcionar como mecanismo de controle
social. E ela passa a ser, instrumentalizada dentro das diversas instituições,
como espiritualidade no contexto do mundo. E é dentro de uma perspectiva
mais ampla de compreensão de religiosidade (em relação ao conceito de
religião), e de psicologização de religião, que, talvez, se possa entender
porque espiritualidade parece estar sendo considerada, fundamentalmente,
como a procura por valores, por conexões, por vivências, que transcendam
a materialidade. Uma postura devida que buscaria sentido, significado para
o “estar” no mundo (família, trabalho) e equilíbrio entre as diversas esferas
da vida (racional, afetiva, social), enfatizando uma postura humanista diante
do mundo (amor, respeito ao próximo, fraternidade, ecologia).
Num processo educacional em que se trabalha a formação do cidadão
de forma interdisciplinar não podemos deixar de lado a visão educacional de
que o trabalho é um dos eixos do processo educativo, porque é através dele
que o homem se modifica, ao modificar a natureza, também se modifica uma
perspectiva que incorpora a própria história da formação humana. Portanto,
27
o trabalho deve ser o centro da formação humana em todo o ensino. Ter o
trabalho como princípio educativo implica em compreender a natureza, da
relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como
as relações sociais em suas tessituras institucionais, as quais desenham o
que chamamos de sociedade.
Assim, a educação é também uma manifestação histórica do estar e
do fazer humano, o que fundamenta o processo de socialização.
28
3.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES
O Colégio deve ser uma instituição cuja finalidade seja a de dar ao
aluno a formação global, visando ao desenvolvimento harmonioso de sua
personalidade, adotando técnicas modernas de aprendizagem, integrando-o
ao mio, objetivando seu crescimento e dando-lhe oportunidade de tornar-se
um ser humano basicamente feliz.
Por isso, essa instituição buscará ministrar seu ensino com base nos
princípios estabelecidos no Título II, art. 2º e 3º da Lei 9394/96 e Capítulo
III, sessão I, Art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do
Brasil, de 1988.
Essa Filosofia da Educação é resultante de uma ação educativa a
nível nacional que contempla:
“A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
de liberdade em ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
E ainda:
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I-Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V – Coexistência de instituições privadas de ensino;
VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escolar;
VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extraescolar;
XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
A idéia chave do trabalho de nossa instituição respalda-se na relação
que se pretende estabelecer com os professores, alunos e os conteúdos de
29
aprendizagem através de atividades planejadas cuidadosamente. Essas
deverão ser significativas, voltadas para os alunos para um futuro de
resolução de problemas, de tomada de consciência, de decisões e de
aprendizagem.
Apresentamos ainda alguns eixos fundamentais da proposta de nosso
trabalho pedagógico:
� Desenvolver a criatividade;
� Possibilitar a resolução de problemas;
� Construção de competências;
� Relacionar o conhecimento adquirido ao cotidiano dentro de um
contexto e em sua globalidade;
� Fazer com que os conteúdos deixem de ser um fim em si
mesmos e passam a ser meios para ampliar a formação crítica e dinâmica.
Concluímos que o ensino deve ser uma tarefa onde a reflexão deve
ser a razão da escolha da rota definida, corrigindo-se rumos a cada passo
dado. Os mecanismos didáticos e os recursos pedagógicos ajudam, porém,
sozinhos, no são o núcleo de um ensino autêntico.
30
3.3. OBJETIVOS GERAIS
• Consolidar no espaço escolar que dispomos a legítima garantia de
acesso e permanência com sucesso do educando, uma vez que, em cada
prática educativa, está representada a intenção de desenvolvimento da
educação permanente e do resgate do valor da escola pública para o
Paraná e para o Brasil;
• Conquistar maior autonomia para a unidade escolar, abrindo
possibilidades para a realização de experiências inovadoras, desafiadoras;
• Organizar e desenvolver situações de ensino, reconhecendo e
respeitando diferenças relacionadas a fatores tais como: nível sócio-
econômico, cultura, etnia, gênero, religião e outros; formulando objetivos de
ensino contextualizados, possíveis de serem atingidos e expressos com
clareza, selecionando conteúdos e estratégias de ensino e aprendizagem
adequadas às condições dos alunos e aos objetivos pretendidos, planejando
instrumentos de avaliação diversificados, que sejam capazes de captar a
gama de resultados obtidos com situações criadas e experiências vividas;
• Utilizar os conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural,
política e social para compreender o contexto em que está inserida a prática
social para compreender o contexto em que está inserida a prática
educativa, explicando as relações entre o meio social e a educação e
comprometendo-se com a transformação dessa realidade;
• Consolidar no espaço escolar que dispomos a legítima garantia de
acesso e permanência do educando, uma vez que, em cada prática
educativa, está representada a intenção do desenvolvimento da educação
permanente e do resgate do valor da escola pública para o Paraná para o
Brasil;
• Operacionalizar no cotidiano escolar, de forma concreta, a
democratização do saber à luz das análises, reflexões e interpretações do
currículo vivido no contexto escolar;
• Oportunizar uma prática educativa com princípios éticos e voltados
para a efetiva reinterpretação significativa das discussões do currículo,
tanto formal como oculto, para que sejam tratadas de maneira articulada a
metodologia docente, a relação professor-aluno e a avaliação;
31
• Efetivar em nosso estabelecimento de ensino uma valorização
profissional, humana e efetiva de todos os educadores presentes no
ambiente escolar, sejam eles não – docentes, ou mesmo docentes;
• Superar o caráter fragmentário que as práticas escolares supõe para,
em seguida, elucidarmos a idéia de que nosso Projeto Político Pedagógico é
um instrumento de luta, a exemplo do que recomenda VASCONCELLOS
(2006, P.21);
• Articular a tensa vivência da descentralização, e através disto permitir
o diálogo consistente e fecundo com a comunidade, e mesmo com os
órgãos dirigentes. VASCONCELLOS (2006, P.21)
• Ponderar a ação educativa com vistas a dimensão pública da escola
ao balizá-la com sua função social.
32
3.4. DIRETRIZES DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO
As Diretrizes Curriculares norteadoras da ação pedagógica em
exercício ambiente escolar que está situado o Colégio Estadual General
Osório em seu caráter processual decorre de um planejamento como
processo contínuo do conhecimento e da análise da realidade escolar em
suas condições concretas, de busca de alternativas para a solução de
problemas e de tomada de decisões, possibilitando correção no rumo das
ações.
Assim estamos procurando entender nossas diretrizes curriculares
como nos remete o estudo de LIBÂNEO (2004, p. 150) que expressa:
O caráter de processo indica, também, que um plano prévio é um
roteiro para a prática, ele antecipa mentalmente a prática, prevê os passos
a seguir, mas não pode determinar rigidamente os resultados, pois estes
vão se delineando no desenvolvimento do trabalho, implicando permanente
ação, reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática em curso.
Neste sentido, considerando nossas diretrizes curriculares dentro de
uma cultura organizacional. E, assim, como quer LIBÂNEO (2004, p. 152)
procuraremos sintetizar os interesses, os desejos, as propostas dos
educadores, que trabalham no cotidiano escolar, para em seguida
respondermos de forma reflexiva as perguntas feitas por LIBÂNEO (2004, p.
152) de forma a repensarmos as ações escolares, com vistas a:
• Que tipo de escola, nós profissionais desse colégio, queremos?
• Que objetivos e metas correspondem às necessidades e
expectativas dessa comunidade escolar?
• Que necessidades precisam atender em termos de formação de
alunos e alunas para a autonomia, cidadania e participação?
• Como faremos para colocar o projeto em permanente avaliação,
dentro da prática ação-reflexão-ação?”
Com tais encaminhamentos nossa ação pedagógica não irá se referir
apenas ao “como se faz”, orientando o trabalho educativo para as
finalidades sociais e políticas almejadas pelo grupo de educadores. Assim
assumiremos uma visão crítica da Pedagogia, que terá uma atitude
pedagógica revelada pela direção do sentido, um rumo, às práticas
33
cotidianas pedagógicas, como já nos alertava LIBÂNEO (1998). Assim
sendo, percorreremos a compreensão de LIBÂNEO (2004, p. 154), que
lembra a necessidade de instaurarmos e entendermos a pedagogia como
prática cultural, envolvendo uma prática intencional de produção e
internalização de significados, que constituem um caráter de mediação
cultural. Para o que necessitamos recorrer ainda nestas diretrizes às
características da atitude tomada pelo estabelecimento face ao rumo que
daremos às ações pedagógicas.
Tais características apontadas por LIBÂNEO (2004, p. 154)
constituem a idéia que:
• Compreende a educação como prática social de assimilação ativa
da experiência humana, historicamente acumulada e culturalmente
organizada, portanto, como mediação da cultura;
• Essa prática de mediação cultural visa ao pleno desenvolvimento
das capacidades humanas, conforme necessidades e exigências sociais
concretas postas à humanização (emancipação humana) num determinado
contexto histórico-social, contexto esse sempre em transformação;
• Formula objetivo e implementa as condições organizativas e
metodológicas para a viabilização da atividade educativa.
Dessa forma estamos entendendo nossas diretrizes curriculares, ao
indicar o referencial concreto desta proposta curricular por meio do que,
também, estamos entendendo por currículo como projeção e desdobramento
do projeto pedagógico. Assim, buscamos em SACRISTÁN (1998) a idéia de
que o currículo é a concretização da posição da escola diante da cultura
produzida pela sociedade, ou ainda, como diz STENHOUSE (Pedra, 1997),
o currículo comunica princípios essenciais de uma proposta educativa,
aberta a um exame crítico para que possa ser traduzida na prática.
Em nossas práticas cotidianas escolares estamos instaurando a
compreensão da idéia de que o currículo é, além da seleção da cultura
produzida pela sociedade, uma ambientação para vivenciar experiências
culturais.
Como ainda, compreendemos que Currículo é “um modo pelo qual a
cultura é representada e reproduzida no cotidiano das instituições
escolares” (Pedra, 1997, p. 38).
34
A partir destas conceituações alinhamos nossas diretrizes curriculares
nossa compreensão do que entendemos por currículo e assim, fazemos a
presente projeção dos objetivos e orientações operacionais deste Projeto
Político Pedagógico, que se realimenta a cada nova ação educativa diária,
de forma a entrecruzar-se e modificar-se, tendo em sintonia os critérios
filosóficos, políticos, culturais, sociológicos e pedagógicos, com as
experiências educacionais que estamos provendo aos alunos por meio do
currículo que consolidamos.
Nesta dimensão compreende a estrutura pedagógica que também
prevê a existência de “Experiências Exitosas” que estão “dando certo” no
colégio e, que fazem parte do cotidiano que temos e está se aperfeiçoando
por meio dos encaminhamentos das atividades e projetos integrados ao
P.P.P.
Assim, estamos partindo da compreensão que nortearemos as ações
educativas a partir da clareza do que concebemos por currículo neste PPP.
Em nossas abordagens metodológicas e perspectivas pedagógicas
configuramos como singular a opção de STENHOUSE (1984, p.24) apud
SCRISTÁN & PÉREZ GÓMES (1998, P.147) que explicitam:
“O currículo é uma tentativa para comunicar os princípios e traços
essenciais de um propósito educativo, de tal forma que permaneça aberto à
discussão crítica e possa ser transferido efetivamente para a prática”
35
IV. MARCO SITUACIONAL
As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel
diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e
reestruturação capitalista mundial. De fato, o novo paradigma econômico, os
avanços científicos e tecnológicos, a reestruração do sistema de produção e as
mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização do trabalho e o perfil
dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e, por conseqüência,
nos sistemas de ensino e nas escolas.Temos hoje em dia uma sociedade onde
muitas pessoas parecem que estão sozinhas no espaço, muitas pessoas
deprimidas, usando drogas e álcool, violências de todas às ordens (furtos e roubos),
a degradação da natureza acontece sem preocupação com a sustentabilidade.
Ainda, a indiferença com a miséria e a pobreza é marca distintiva deste modelo
social, as desigualdades sociais são naturalizadas.
O modelo social atual é organizado para poucos, que por meio da exploração
alguns vivem na mordomia e a maioria sobrevive desumanamente, nas ruas,
favelas, etc. Em face de tal realidade, estamos nós educadores do século 21, com a
tarefa de formar subjetividades para conservar tal sistema social ou transformá-lo. É
neste contexto que a teoria crítica pode nos dar referenciais para constituir uma
pedagogia que contribua para promover formas de sociabilidades voltadas a uma
nova maneira de viver, que passa, também, não somente, pela educação, mas sem
ela não é possível. Os conjuntos das informações aqui apresentados refletem as
diferentes realidades existentes no nosso país, no estado e até em nossa cidade. As
dificuldades encontradas na sociedade refletem questionamentos que por vezes
chegam a levantar questões que abalam as estruturas da escola.
O Colégio Estadual General Osório está localizado na Avenida Carlos
Cavalcanti, no bairro de Uvaranas, que é composto de inúmeras vilas. O local onde
ele está situado é de fácil acesso, sendo muito bem servido por transporte coletivo,
fato que serve de atrativos para que os alunos das vilas e bairros distantes se
matriculem aqui e mesmo quando mudam de residências para outros locais, não se
transferem. Existem também as tradições familiares em estudar neste Colégio que
repassa por gerações, como fator indicativo de qualidades de ensino em relação à
escola pública. As famílias podem ser consideradas, em sua maioria, de classe
média baixa, sendo que algumas possuem casa própria com infraestrutura (água e
36
esgoto) com uma situação financeira razoável. Outras moram em casa alugada ou
cedida com infra estrutura precária e uma situação financeira de classe média baixa
e outros moram em casas bem humildes, sem infra-estrutura e com bastante
dificuldades financeiras. Quanto à escolaridade dos pais podemos dizer que poucos
possuem nível superior e médio completo, sendo que a maioria possui o ensino
médio e o ensino fundamental incompleto e ainda alguns pais são analfabetos.
O Colégio Estadual General Osório é organizado em três turnos: manhã das
7horas e 20 minutos, tarde das 13 horas às 17 horas e vinte minutos e a noite das
18 horas e 30 minutos às 22 horas e 40 minutos. Possui doze salas de aula que
atende uma demanda de 35 a 40 alunos por turma oferta o ensino Fundamental e
Médio, anual seriado. Possui uma classe de apoio que funciona em período
contrário em uma sala muito pequena e visa a recuperação de alunos quintas séries
em defasagem nas disciplinas de Português e Matemática. Conta ainda, com uma
sala de direção, uma para a equipe pedagógica, sala dos professores, sala para os
funcionários secretaria, laboratório de Informática, laboratório para as disciplinas de
Física, Química, Biologia e Ciências, biblioteca, cozinha, almoxarifado.
O tempo escolar é a unidade de medida do trabalho escolar, que pode
envolver uma sessão de ano, meses, dias ou hora. Refere-se ao tempo em que a
escola e a comunidade escolar destinam para a realização de suas atividades
educativas.
Desse modo o tempo é um aspecto importante na vida de uma escola e dele
depende todo o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.
A distribuição do tempo deve sempre ter em conta o aluno, as suas
capacidades e limitações, o seu ritmo de trabalho, a fadiga, o tempo de
concentração, os interesses e necessidades, considerando sempre que o tempo
está a serviço do principal ator deste processo que é o aluno.
Portanto, o calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos, as férias,
os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e religiosos, as
datas para reuniões pedagógicas, os períodos para avaliações, eventos a serem
realizados no Colégio e o Conselho de Classe. O calendário escolar é embasado na
LDBEN nº 9394/96, a qual determina o mínimo de 800 horas (oitocentas horas),
anuais, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho
escolar.
37
O Colégio obedecendo às normas e a grade curricular estabelece em horário
escolar, o número de horas por semana de cada disciplina, sendo que varia em
razão do número de aulas que cada disciplina tem. O tempo de ensino é de 25 horas
semanais e 5 aulas diárias de 50 minutos no matutino e vespertino, sendo que no
período noturno são 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos.
Todos os envolvidos no processo educativo devem ter idéia do tempo útil
como reflexo de uma concepção do mundo moderno; sendo assim, cada integrante
do quadro de funcionários e professores do Colégio e inclusive as instâncias
colegiadas (Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil) realizem um planejamento
a ser desenvolvido durante o ano letivo com especificidade das ações e tempo
previsto para realizá-lo.
Todos devem ter consciência das exigências do seu tempo e seu
comportamento deverá estar pautado pelas determinações deste tempo, dentro de
um controle disciplinar, utilizando o seu tempo escolar adequadamente e
organizando suas atividades de acordo com o tempo que dispõe. Tal organização
contribui para o sucesso na obtenção de seus objetivos e o sucesso do aluno.
A localização da quadra esportiva no meio do colégio dificulta o deslocamento
para a ala superior e vice-versa, além de atrapalhar nas salas devido ao barulho
durante as aulas de Educação Física. A escola não possui pátio, sendo a quadra
ocupada como pátio, para os alunos; com isso ocorre transtornos na passagem de
professores, funcionários e alunos com a movimentação de bolas que podem atingir
os transeuntes.
O Colégio passou por uma reforma no ano de 2008 que deixou muito a
desejar, pois continua com as goteiras em algumas salas e corredores, também não
foram feitas passarelas cobertas entre um bloco para outro; ao deslocar-se de um
bloco os professores molham-se em dias de chuva. Faltou também uma cobertura
onde estão dispostas mesas para os alunos lancharem; também necessita de mais
uma quadra, mesmo que não seja coberta e banheiros para pessoas com
necessidades especiais.
Neste sentido em relação a inclusão, a visão que norteia os princípios do
Colégio, é a preocupação com as diferenças que constituem os seres humanos.
Na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) 9394/96, que
estabelece que o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais sejam preferencialmente ofertada na rede regular de ensino. O Colégio
38
Estadual General Osório está em consonância com as leis estabelecidas atendendo
as especificidades e singularidades de cada aluno; haverá quando necessário,
serviços de apoio especializado, para atender às peculiaridades da clientela da
educação especial.
O Colégio recebe também alunos do distrito de Itaiacoca que utilizam o
transporte escolar cedido pelo município e estado para poderem prosseguir seus
estudos cursar o Ensino Médio. Esses alunos moram em fazendas, chácaras, sítios
sendo que muitos dos pais desses alunos são empregados rurais, poucos são
proprietários do local onde moram.
O rendimento escolar em 2009 demonstra que no ensino fundamental o
índice de aprovação foi de 70% e demonstra 27% de reprovação, sendo a quinta
série e sétima série com maior índice de repetência.
Os alunos matriculados nas quintas séries têm vindo com déficit nos
conteúdos básicos da fase inicial de alfabetização, dificultando o processo de ensino
e aprendizagem, justificando o projeto da sala de apoio que é ofertada aos mesmos
nas disciplinas de Português e Matemática. O maior entrave encontrado nessa série
é a alta defasagem dos alunos, pois muitos alunos vêem para as escolas estaduais
sem dominar os conteúdos básicos: leitura, escrita, raciocínio lógico matemático e
operações básicas.
O Ensino Médio ofertado é anual seriado e o índice de aprovação foi de
75,50%, sendo o primeiro ano com maior índice de reprovação chegando a 19,50%
no total. O Ensino Médio ofertado no período matutino o número de evasão é
pequeno. No período noturno o índice de evasão é de 4,90% de abandono sendo
grande, pois os alunos deixam de estudar para trabalhar e também por desinteresse
pessoal e familiar. Tal índice é devido ao perfil dos alunos que são trabalhadores,
que labutam em indústrias, fábricas, na construção civil como serventes, são
diaristas, babás, domésticas, balconistas e trabalhadores rurais. Também
recebemos outros alunos oriundos de outras escolas próximas e de outros períodos
do Colégio os quais tem uma defasagem idade/série devido as reprovações e
problemas disciplinares que são encaminhados para esse período noturno, na
tentativa de resgatar seu compromisso com a escola. Diante desta realidade, a
equipe pedagógica do período noturno procura desenvolver ações junto aos alunos,
a família, promovendo a autoestima, resgate de valores, conscientizando-os da
39
importância do conhecimento para suas vidas e desta forma terem condições de
fazer a diferença no contexto social em que vivem.
No período noturno o Ensino Fundamental é ofertado e direcionado para os
alunos com mais de 14 anos, com defasagem escolar em idade/série, sendo o
mesmo um resgate social desses jovens que pararam de estudar devido à
repetência, indisciplina e trabalho.
A LDB, em consonância com a demanda atual do mundo do trabalho, afirma
que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive
com licenciamento periódico remunerado para os professores que participam do
PDE.
Cabe ressaltar que a formação continuada é um direito de todos os
profissionais que atuam em instituição educacional, uma vez que não só ela
possibilita a progressão funcional baseado na titulação, na qualificação e na
competência dos profissionais, mas também propícia o desenvolvimento
profissional.
A realidade educacional hoje, exige dos profissionais uma constante
atualização e os professores do Colégio Estadual General Osório conscientes desta
necessidade estão empenhados, interessados em aperfeiçoar-se através de estudos
a todo o momento, participando de cursos de capacitação promovidos pelo Núcleo
Regional de Educação de Ponta Grossa, pelas instituições de Ensino Superior,
grupos de estudos por área de conhecimento, participando em palestras com
especialistas nas diversas áreas. Participando em grupos de estudo em rede online
e também participando do Programa de Desenvolvimento Educacional _ PDE
oferecido pela SEED do Paraná.
Temos no Colégio Estadual General Osório 51 professores com curso de pós-
graduação, 10 professores com curso superior nas diversas áreas de ensino e 5
professores com mestrado. Em relação aos funcionários o Colégio dispõe de 5
funcionários com curso superior, 11 funcionários com Ensino Médio , 2 funcionários
com Ensino Fundamental e 2 funcionários com Ensino Fundamental incompleto e 4
funcionários com pós graduação.
Os funcionários do Colégio têm grande relevância no processo educativo,
assim em nossa realidade são considerados profissionais da educação, educadores
não docentes. Participam do curso Profuncionário de nível técnico que oferece
40
várias modalidades como: infraestrutura escolar, secretarias, multimeios didáticos e
alimentação escolar; idealizado pelo MEC e que o governo do Paraná através da Lei
123/09/2008 regulamenta o plano de cargos e salários desses funcionários da
educação, garantindo também a capacitação e a elevação de nível. Participam
também dos cursos de capacitação oferecidos pelo NRE de Ponta Grossa e
realizam grupos de estudos oferecidos pela SEED/PR.
A formação continuada é instituída também pela organização da hora-
atividade que é destinada a assuntos educacionais de interesse da comunidade
escolar como: estudos, reflexões sobre os conteúdos curriculares, elaboração de
projetos, trocas de experiências, correção de tarefas e também atendimento aos
alunos e pais. No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as
orientações do NRE (dentro do possível, pois muitos professores trabalham em
outros estabelecimentos de ensino), favorecendo o bom rendimento escolar do
aluno e propiciando um trabalho compartilhado e coletivo. O acompanhamento das
atividades executadas durante a hora-atividade é de responsabilidade da equipe
pedagógica e do gestor escolar. O quadro de distribuição da hora-atividade está
sempre exposto na sala dos professores.
Para promover a articulação com as famílias e a comunidade, o Colégio
organiza palestras educativas faz reuniões bimestralmente, para conscientizar os
pais sobre a responsabilidade sobre os filhos, além de informar as notas e
freqüência dos alunos.
A maior dificuldade do colégio são o grande número de alunos por turma no
período matutino e os índices de evasão no período noturno, alunos faltosos em
todos os períodos e casos de gravidez na adolescência.
O quadro de pessoal é composto por funcionários e professores do quadro
próprio e contratados, sendo que os professores atuam em sala de aula em suas
respectivas disciplinas conforme distribuição interna e via Núcleo Regional de
Educação sob orientação da Direção e coordenação da Equipe Pedagógica,
atendendo a legislação vigente.
Nesta perspectiva, cabe o compromisso de todos os educadores do Colégio
promover a práxis, partindo da prática buscar a teoria e analisá-la, e novamente
voltar a prática, para encontrar respostas aos desafios que são postos a educação,
como prática da liberdade. Visto que “o enfrentamento dialético ação-reflexão é o
que dá origem à mudança, tanto do nível de consciência, como da estrutura social”
41
(GUTIÉRREZ, 1999, p. 28). Assim, o processo educativo vai ao encontro de uma
educação emancipatória, em que os sujeitos aprendem a pensar saídas para os
problemas e os instrumentos que lhe oprimem. Como diz Freire, “num pensar
dialético, ação e mundo, mundo e ação, estão intimamente solidários” (FREIRE,
2005, p. 44)
42
V. MARCO CONCEITUAL 1. CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE SOCIEDADE
O homem, como sujeito de sua história é condicionante e condicionado. Ele
precisa entender também essa aparente contradição do seu viver histórico. Se
quiser viver a suprema liberdade humana, muito além dos discursos ideológicos, é
preciso escolher o caminho da busca e do conhecimento vivenciado, mais além das
aparências e dos parâmetros impostos. De qualquer maneira, é um ser biográfico. O
viver humano envolve o lógico, o afetivo e o espiritual. Muitas vezes de difícil
conciliação, outras vezes, exige opções até existenciais. O homem é um ser que se
constrói. A compreensão desta profunda realidade vai permitir que a nossa conduta,
na prática educativa, tome dimensões além do aprender a fazer por fazer.
A sociedade em que vivemos é excludente e fragmentada economicamente,
pertencer a grupos sociais é ao mesmo tempo tão decisivo e tão comum que,
geralmente, os indivíduos não se dão conta da importância desse fato. Só quando
segregados é que os indivíduos tendem a perceber a importância fundamental do
grupo para a vida humana. A sociedade é constituída por grupos sociais regidos por
um conjunto de regras e procedimentos próprios – as instituições – e formado por
indivíduos vinculados a uma ou a outra classe da estratificação social. A partir do
nascimento, o ser humano é obrigado a submeter-se a um conjunto de regras e
procedimentos que lhe são impostos pela sociedade. Tais regras e procedimentos
chegam a ele por meio dos grupos aos quais está integrado, e o papel da escola é o
de contribuir para a qualificação da cidadania a fim de tornar a sociedade mais justa,
inclusiva e democrática, que privilegie valores fundamentais para a existência
humana como respeito à vida, a diferença e ao próximo.
43
2. CONCEPÇÃO EDUCACÃO / ESCOLA
A concepção educacional que alicerça o Colégio Estadual General
Osório, está se consolidando à medida que, gradativamente, vem ocorrendo
institucionalmente as oportunidades de reflexão pedagógica no interior da
escola e, assim, partimos dos ideais da fundamentação sociológica de
currículo, nestes termos optamos por aproximar às nossas reflexões as
abordagens da seleção epistemológica concreta de como estaremos
concebendo a sociedade, o homem que estão presentes na escola. Para
elucidarmos estas concepções identificamos e escolhermos a conceituação
de MORIN (2002, p.105 e 106), que considera:
“... indivíduo/sociedade/espécie são não apenas inseparáveis, mas
co-produtores um do outro. Cada um destes termos é, ao mesmo
tempo, meio e fim dos outros. Não se pode absolutizar nenhum deles
e fazer de um só o fim supremo da tríade. Esta é, em si própria,
rotativamente, seu próprio fim. Estes elementos não poderiam, por
conseqüência, ser entendidos como dissociados: qualquer concepção
do gênero humano significa desenvolvimento conjunto das autonomias
individuais, das participações comunitárias e do sentimento de
pertencer à espécie humana. No seio desta tríade complexa emerge a
consciência”.
Para tanto, procuramos expressar nesta concepção educacional os
entendimentos iniciais das teorias críticas sobre currículo, como quer SILVA
(2003 p.17). A idéia do currículo oculto com vistas às possibilidades de
ascendermos até a compreensão das teorias pós-críticas que acenam para
a reflexão por meio da identidade, diferença, subjetividade, significação,
cultura, poderão estar reveladas mas nossa práxis, uma vez que as relações
curriculares assim se determinam.
Com vistas à teorização crítica sobre o currículo, que inicialmente,
concentrou-se nas chamadas “teorias da reprodução”, na realidade escolar
decidimos reinterpretar as reflexões do currículo real que instauramos na
ação pedagógica que demanda a transmissão e a transformação do
44
conhecimento científico, que percorremos a cada ação educativa iniciada no
espaço escolar.
Para o que estruturamos a proposta política e pedagógica a partir da
compreensão de autonomia como já insistia Paulo Freire em sua “Pedagogia
da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.”
O Colégio concebe a educação como agente transformador numa atitude
de liberdade, visão crítica e humanitária. “(...) A educação, portanto, não transforma
de modo direto e imediato e sim de modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre os
sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p. 85).
Nesse sentido, a educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a
Finalidade de formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na
realidade, visando o bem estar do homem, no plano pessoal e coletivo. O
processo educacional deve oportunizar o conhecimento científico e cultural,
visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo da vida
em sociedade.
Nestes termos, elucidamos a concepção educacional com vistas ao
pensamento singular freiriano, que explicita os princípios de ensinar. Que
exige rigorosidade metódica. Em FREIRE (1998, p.28-29) temos:
“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua
prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua
curiosidade, sua insubmissão, uma de suas tarefas primordiais é
trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem
se “aproximar” dos objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade
metódica não tem nada que ver com o discurso “bancário” meramente
transferidor do perfil do objeto ou do conteúdo. É exatamente neste
sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do
conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das
condições em que aprender criticamente é possível. E essas
condições implicam ou exigem a presença de educadores e de
educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos
humildes e persistentes”.
A partir da reflexão freiriana fundimos as reflexões e estruturas deste
projeto acerca dos princípios da gestão democrática para, assim,
45
garantirmos o acesso e a permanência do educando na realidade do Colégio
Estadual General Osório, Ensino Fundamental e Médio.
Porém, ainda que tenhamos um olhar voltado para as teorias críticas
e pós-críticas do currículo cabe considerar que estamos sujeitos a uma
Política Escolar que constitui-se, intrinsecamente, como um sistema de
idéias institucionalizado segundo um corpo de regras que estabelece
simbolicamente as relações entre “escola, sociedade e Estado”, legitimando
e definindo as linhas de atuação do estado sobre a escola. Ela também é
um sistema de práticas de exercícios de poder que, ao incidir sobre o
sistema escolar, reproduz ou reformula sua estrutura e organização, reforça
ou modifica a correlação, de forças entre as ações docentes e
administrativas.
A política escolar no Brasil tem se constituído como um “sistema de
idéias” e de “práticas controladoras”, que nada mais sugerem do que
determinações estruturais e ideológicas. Na política escolar, como “sistema
de práticas controladoras apresentam-se como conjunto de medidas em
parte contraditórias, mas que à luz da reflexão permanente estaremos
instaurando os princípios da autonomia na realidade do Colégio”.
Nesse sentido, a escola é o local privilegiado para promover o conhecimento
sistematizado, oportunizando o espaço físico adequado e contribuindo para que
ocorra a aprendizagem.
A escola deve tornar-se um espaço de criação, valorizando a existência de
diferentes culturas, despertando assim no aluno o espírito de pesquisa, e busca no
aprender e no conhecer coisas novas.
Para tanto, faz-se necessário que a escola objetive qualidade, torne-se
espaço de formação cultural, tecnológica e científica, efetivando-se como formadora
de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
Assim, a escola legitima sua função quando possibilita a vivência de um
sentimento de pertinência e inclusão ao vivenciar situações em que a realização
pessoal seja compartilhada com a realização de projetos coletivos; que a satisfação
individual e a coletiva sejam interdependentes; que o auto-respeito dependa, além
dos diversos êxitos na realização dos projetos de vida, do respeito pelos valores e
regras morais, estas como parte integrante da identidade pessoal, da imagem
positiva de si, para que assim, haja conforme tais regras. A escola oferecerá
46
qualidade de ensino necessário ao realizar seus projetos, organizando o convívio
escolar de maneira que os conceitos de justiça, respeito e solidariedade sejam
vivificados e compreendidos pelos alunos.
47
3. CONCEPÇÃO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O PA PEL DOS
PROFESSORES
O ensino aprendizagem busca favorecer o desenvolvimento do pensamento,
este objeto de trabalho do professor, deve estar diretamente relacionado aos
conteúdos sistematizados e construído historicamente. Essa relação se efetiva
quando as experiências dos alunos são consideradas a favorecer o processo de
aprendizagem quando se percebe a funcionalidade destes novos conhecimentos
construídos para os diferentes contextos existentes.
Segundo Libâneo o processo ensino-aprendizagem “é um processo que se
caracteriza pelo desenvolvimento e transformação progressiva das capacidades
intelectuais dos alunos em direção ao domínio dos conhecimentos e sua aplicação”,
enquanto que aprender, para o autor seria a assimilação ativa de conhecimento e de
operações mentais para compreendê-los e aplicá-los consciente e autonomamente.
Nessa lógica a aprendizagem realiza-se nas relações face a face ou melhor
ouvido a ouvido de alunos e professores postos à escutadas vozes que os
interpelam. Ao educando cabe a palavra da realidade nova interpelante, ao
educador, a palavra alicerçada na experiência de vida, na capacidade de
discernimento, no compromisso com a busca do saber, com a precisão, cabe
também a disciplina do estudo a interpelação ética da vontade coletiva, na fidelidade
ao projeto da emancipação humana,
O ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do professor; favorecer o
diálogo dos alunos entre si e com o professor, sem deixar de valorizar o diálogo com
a cultura acumulada historicamente; levar em conta os interesses dos alunos, os
ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, sem perder de vista a
sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do
processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.
A interpretação da realidade a visão de mundo; a práxis (prática articulada à
teoria); a materialidade (organização dos homens em sociedade para a produção da
vida); e a concreticidade (caráter histórico sobre a organização que os homens
constroem através de sua história).
O movimento dialético parte da realidade empírica (baseada na experiência,
no real aparente, o objeto como se apresenta à primeira vista), e por meios de
48
abstrações (reflexões, teorias elaboração do pensamento), chegar ao concreto
pensado (compreensão elaborada do que há de essencial no objeto-síntese de
múltiplas determinações).
Nesta concepção da lógica dialética, o professor pode superar o senso
comum que está arraigado no ambiente educacional, terá que fazer uma reflexão
teórica para chegar a consciência filosófica. No seguinte movimento: parte do
conhecimento da realidade empírica da educação, e por meio do estudo de teoria,
movimento do pensamento, abstrações, chegar à realidade concreta. No processo
de ensino e aprendizagem, a mediação do professor é de suma importância para o
desenvolvimento dos indivíduos que passam pela escola.
Dessa forma o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a partir da base
material (prática social dos homens e processos de transformação da natureza por
eles forjados); porém as organizações culturais, artísticas, políticas, econômicas,
religiosas, jurídicas etc. também são expressões sociais que inferem na construção
do conhecimento. Portanto, é a existência social dos homens que gera o
conhecimento, pois este resulta do trabalho humano, no processo histórico de
transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo.
O conhecimento, como fato histórico e social supõe sempre continuidades,
rupturas, reelaborações, reincorporações, permanências e avanços (GASPARIN,
2005).
O processo de ensino e aprendizagem envolve um conteúdo que é ao mesmo
tempo produção e produto. Parte de um conhecimento que é formal (curricular) e
outro que é latente, ocultam e provêm dos indivíduos.
É preciso compreender que o processo ensino e aprendizagem se dão na
relação entre indivíduos que possuem sua história devida e estão inseridos em
contextos de vida própria. Pela diversidade individual e pela potencialidade que esta
pode oferecer à produção de conhecimento, conseqüentemente, ao processo de
ensino e aprendizagem, pode-se entender que a necessidade de estabelecer
vínculos significativos entre as experiências de vida dos alunos, os conteúdos
oferecidos pela escola e as exigências da sociedade, estabelecendo também
relações necessárias para compreensão da realidade social em que vive e
mobilização em direção a novas aprendizagens com sentido concreto.
Nesta perspectiva os conteúdos devem ser enfocados de maneira
contextualizada em todas as áreas do conhecimento humano, evidenciando que
49
este advém da história produzida pelos homens nas relações sociais de trabalho.
Essa didática objetiva um equilíbrio entre teoria e prática, envolvendo os educandos
em uma aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos e políticos, para
que estes sejam agentes participativos de uma sociedade democrática :
.. nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do
saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto,
apreendido pelos educandos. (FREIRE, 1996, p.26)
Desta maneira, na escola, o trabalho intencional, planejado e sistematizado
do professor permite aos educandos apropriarem-se dos instrumentos culturais
construídos pela humanidade historicamente, caracterizando o processo de
humanização desses indivíduos.
Nessa perspectiva, ser professor significa exercer o domínio de seu
específico campo e processo de trabalho, passo a passo e a qualquer momento, o
que requer trabalhar com o rigor científico dos conhecimentos que faz seu e com os
meios materiais e instrumentos de que se apropria na capacidade de elabora-los ou
de reconstruí-los segundo as exigências da proposto pedagógica do Colégio. E a
esse cabedal de conhecimento e habilidades técnicas é importante que o professor
acrescente uma competência comunicativa muito própria, que corresponda ao
caráter eminentemente dialogal de seu fazer pedagógico. Tudo isso, porém, muito
pouco significa sem a paixão pelo homem que está no aluno, a quem busca conferir
o imenso privilégio de acreditar em si, desde a segurança afetiva até as capacidades
adquiridas.
O papel do professor é o de dirigir e orientar a atividade mental dos alunos de
modo que cada um deles seja um sujeito consciente ativo e autônomo.
Para que se efetive o processo ensino e aprendizagem cabe aos professores
algumas atitudes tais como:
- Elaborar o plano de ação do docente anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu
cumprimento em consonância com a proposta curricular e pedagógica do
estabelecimento de ensino, com os princípios norteadores das políticas
educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional;
50
- Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando as
especificidades dos alunos;
- Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas dos
saberes e atividades escolares;
- Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de
construção do conhecimento dos alunos;
- Elaborar instrumentos de avaliação diversificados;
- Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou
dificuldades;
- Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos programas de
capacitação ofertados pela mantenedora e/ou por outras instituições, mantendo
atitude permanente de estudo, pesquisa e produção;
- Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e qualifiquem o
trabalho pedagógico;
- Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que
possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade no
processo ensino-aprendizagem e situações conflituosas;
- Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes escolares;
- Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos;
- Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos de apoio
pedagógico;
- Exprimir-se com clareza na correção de atividades propostas aos alunos;
- Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira emocionalmente
equilibrada e ter capacidade para mediar situações de conflito;
- Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e aluno-aluno,
favorecendo a atitude dialógica;
- Adotar uma postura reflexiva, critica e questionadora, orientando os alunos a
formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e situações;
- Expressar-se por meio de varias linguagens, visando o enriquecimento e a
Inteligibilidade de suas aulas bem como dos materiais produzidos para apoio
pedagógico;
- Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com dicção clara;
- Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a disciplina e
especificidades dos educandos;
51
- Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente, na Legislação
Estadual e demonstrar, em situações práticas, as atividades propostas aos
educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais, auditivos e motores;
- Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos de sua
área/disciplina;
- Participar e/ou colaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas
dinamizadas dentro do contexto escolar.
- Selecionar livros, textos, materiais e atividades complementares, videos, dinâmicas
de grupo, experiências, passeios e visitas, estabelecendo um cronograma, aplicando
e avaliando no dia-a-dia as atividades planejadas;
- Propor jogos recreativos e exercícios para estimular o desenvolvimento global do
educando;
- Desenvolver atividades que explorem conhecimentos gerais como: noticias de
jornais e datas comemorativas entre outros, promovendo um relacionamento
cooperativo de trabalho com seus colegas, pais, e com os diversos segmentos da
sociedade;
- Organizar tarefas coletivas para estimular a socialização dos educandos,
resguardando sempre o respeito e integridade;
- Entender as dificuldades e necessidades individuais de cada aluno, assegurando
que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor, raça, religião ou
classes sociais;
- Ser assíduo e pontual nos seus compromissos;
- Comunicar com antecedência, sempre que possível, os atrasos e faltas eventuais,
para que sejam tomadas as providências necessárias;
- Participar ativamente de reuniões, comemorações e atividades cívicas promovidas
no estabelecimento de ensino.
A escola é um palco de ações e reações, onde ocorre o saber –fazer. É
constituída por características políticas, social, cultural e crítica. Ela é um sistema
vivo aberto e deve ser considerada como em contínuo processo de desenvolvimento
influenciando e sendo influenciada pelo ambiente, onde existe um feedback
dinâmico e contínuo.
52
4. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO E DA RELAÇÃO PROFESSOR –A LUNO
CURRÍCULO
O currículo é a proposta que concebe a educação escolar como uma prática
que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam
suas capacidades e aprendam os conteúdos para construir o conhecimento, sendo
capazes de atuar com competência na sociedade em que vivem.
O currículo constitui o elemento nuclear do projeto pedagógico, é ele que
viabiliza o processo de ensino e aprendizagem.
Desse modo o currículo, abrange tudo o que ocorre na escola, as atividades
programadas e desenvolvidas sob a sua responsabilidade e que envolvem a
aprendizagem dos conteúdos escolares pelos alunos, na própria escola ou fora dela.
O currículo reflete intenções (objetivos) e ações (conhecimentos,
procedimentos, valores, formas de gestão, de avaliação, etc), tornadas realidade
pelo trabalho dos professores e sob determinados condições providas pela
organização escolar, tendo em vista a melhor qualidade do processo de ensino e
aprendizagem (Carvalho e Diogo , 1994 ).
Assim a construção e a elaboração da proposta curricular implica
compreender que o currículo é mais do que os conteúdos escolares inscritos nas
disciplinas. Constitui-se dos vários tipos de aprendizagem, aquelas exigidas pelo
processo de escolarização, mas também aqueles valores, comportamentos, atitudes
que se adquirem nas vivências cotidianas na comunidade, nos jogos e no recreio e
outras atividades concretas que acontecem na escola.
Nas palavras de Saviani (2008, p. 31),“[...] trata-se de retomar vigorosamente
a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das
camadas populares. Lutar contra a marginalidade por meio da escola significa
engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino de melhor
qualidade possível nas condições históricas atuais”.
A escola através de seu currículo representa a dimensão científica do
conhecimento. Eles expressam o conjunto de conhecimentos socialmente
produzidos e historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade
que permitem sua transmissão e reapropriação; e foram também estruturados com
métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e possivelmente
orientar a natureza e as atividades humanas. O papel do professor, como mediador,
53
é definir a relação e estabelecer a ligação entre os conceitos científicos e os
cotidianos. A integração entre os conceitos científicos e cotidianos vão possibilitando
o desenvolvimento na perspectiva da cientificidade que necessariamente retornará
ao cotidiano dos alunos.
O professor é o mediador e isto só acontece à medida que ele conhece tanto
os conceitos científicos quanto os cotidianos. Desta forma, sua primeira ação
consiste em apropriar-se adequadamente dos conhecimentos científicos. Essas
duas ações docentes desenvolvem-se em tempos e lugares diferentes. A
apropriação dos conceitos científicos dar-se antes de sua aula e o conhecimento dos
conceitos espontâneos é obtido durante a aula.
O papel do professor consiste em ações intencionais que conduzem os
alunos à reflexão sobre os conceitos que estão sendo propostos. Sua função é
explicitar, explicar, demonstrar os conceitos científicos, social e historicamente
elaborados. Sendo essa caminhada um processo dialético, o professor tanto pode
agir partindo do empírico, ascendendo ao abstrato até chegar ao concreto no
pensamento quanto pode apresentar os conceitos já prontos, analisando-os junto
com os alunos para que estes os incorporem, tornando-se empíricos, cotidianos.
Para a realização de seu trabalho, o professor elabora ações que busquem
desenvolver capacidades que ainda não estão desenvolvidas nos educandos, mas
encontra-se em fase de construção. Conhecendo o cotidiano do aluno e o conteúdo
escolar, o professor age no sentido de que o educando, de início reproduza
ativamente para si o conteúdo científico, recriando-o, tornando-o seu e, portanto
novo para ele. Esta assimilação ativa é possibilitada por múltiplas ações do
professor e dos alunos, pela utilização de técnicas e metodologias e as tecnologias.
Para Sacristán &Pérez Gómez (1998, p.157) afirmam que a função do
currículo não é refletir uma realidade fixa, mas pensar sobre a realidade social. É
demonstrar que o conhecimento e os fatos sociais são produtos históricos.
Dessa forma ele oferece uma visão de realidade como um processo mutante
e descontínuo, cujos agentes são os seres humanos, os quais, portanto, estão em
condições de realizar sua transformação.
Assim sendo, as concepções críticas de ensino se convergem como
compreensão da realidade para transforma-la, visando a construção de novas
relações sociais, de modo a eliminar as mazelas sociais existentes como a pobreza,
54
a violência, o desemprego, a destruição do meio ambiente, enfim as desigualdades
sociais e econômicas.
O currículo não deve ser concebido de maneira que o aluno deva se adaptar
aos moldes que a escola oferece, mas como um campo aberto à diversidade que
cada aluno pode aprender. Rompendo com o silêncio, nele as relações de poder são
redimensionadas.
O cotidiano se apresenta como impulsionador do saber docente, e a
experiência, a prática pedagógica e a formação profissional são elementos
imprescindíveis para a construção desse saber.
"O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem
selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que
tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema
numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações"
(Sacristán, 2000:46).
Desta forma o currículo deve ser amplamente discutido e estudado, e que a
organização dos conteúdos sejam significativos buscando uma nova forma de saber,
uma nova forma de encaminhamentos metodológicos, favorecendo a compreensão
dos conhecimentos científicos-tecnológicos, históricos, filosóficos e sociais.
O currículo deve contemplar a diversidade cultural e as diferenças, pois fazem
parte do contexto social escolar. Deve estar aberto para captar as significações que
esses sujeitos fazem de si mesmos e dos outros através da experiência
compartilhada e de vivências. Assim uma educação e um currículo multicultural ao
acolhimento da diversidade, das diferenças, à diversificação da cultura escolar.
Em consonância com essa realidade multicultural e respeito as diferenças a
inclusão dos alunos com necessidades especiais na escola e na rede regular de
ensino é uma política que vem sendo desenvolvida desde a década de 90
principalmente com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
9394/96, que estabelece que o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais seja preferencialmente na rede regular de ensino. Para tanto
haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola para atender
às peculiaridades da clientela da educação especial. No Estado do Paraná a forma
de trabalho adotada e a posição assumida é da Inclusão Responsável, onde
inúmeras medidas estão sendo desenvolvidas. Portanto ao reconhecer a
importância de fazer-se cumprir tal condição o Colégio contempla a inclusão de
55
alunos com necessidades especiais de modo que não apenas possamos receber os
alunos, mas sim que possamos nos preparar para atender as diferenças.
Nessa perspectiva o professor deve estar voltada para a ação-reflexão-ação
do ato pedagógico onde o professor reflexivo busca interagir com os alunos numa
dialética que envolve o saber ser, o saber fazer, observando as condições dos
mesmos, do ambiente escolar, da sua comunidade, os materiais didáticos
disponíveis orientando, dirigindo o processo ensino aprendizagem, inclusive
modificando o currículo de acordo com as aptidões, interesses e as características
dos educandos
É bem ilustrativa a declaração de Giroux (1994, p.145-146* é [...] Uma política
cultural requer o desenvolvimento de uma pedagogia atenta as histórias e às
experiências que os alunos trazem à escola [...] começando por essas formas
subjetivas, os educadores poderão desenvolver uma linguagem e um conjunto de
práticas que confirmem, acolham e desafiem formas contraditórios de capital
cultural.
Dessa maneira o papel da escola sustenta a importância da ação dos sujeitos
e as possibilidades de um currículo crítico centrado na cultura dos oprimidos.
A interdisciplinaridade dentro do currículo do Colégio favorece a integração de
aprendizagem e de saberes e a busca de saberes úteis para lidar com questões e
problemas da realidade (levar o aluno a confrontar-se com a realidade, como
cidadão). O resultado prático da interdisciplinaridade entre as disciplinas escolares,
de modo que os conhecimentos, procedimentos e atitudes sejam integrados na
estrutura mental do aluno. Alguns princípios da interdisciplinaridade são: ter como
referêncial sujeito que aprende e sua relação com o saber, suscitar e garantir
processos integradores e a apropriação de saberes enquanto produtos cognitivos
dos alunos, estabelecer ligações entre teoria e prática, estabelecer ligações entre
pontos de vista distintos acerca de um objeto de conhecimento. Fazer o caminho
entre a especialização disciplinar e a integração interdisciplinar e vice-versa.
O currículo do Colégio também contempla os temas transversais que se
referem a questões que interferem na vida dos alunos e com os quais se vêem
confrontados no seu dia a dia. São apresentados como temas transversais: ética,
saúde, meio ambiente, orientação sexual e pluralidade cultural.
Portanto mobilizar procedimentos, técnicas, meios de tornar as experiências
de sala da aula mais agradáveis, mais prazerosas, que possibilitem aos professores
56
conversar mais com alunos, deixa-los falar, expor seus sentimentos, seus desejos,
de forma organizada. A busca da articulação entre o cognitivo, o social e o afetivo
possibilitam compreender o papel da escola e da equipe docente em ajudar os
alunos a construírem sua subjetividade como pessoas humanas e com sujeitos
portadores de uma identidade cultural e pertencente à humanidade.
57
5. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
O ato de avaliar opera com a idéia de aprendizagem processo colocando-se
sempre numa perspectiva de busca constante por melhores resultados. É dinâmica,
dá-se ao longo de um continuum (avaliação contínua; avaliação permanente).
Também é diagnóstica, pois visa a partir dos resultados provisórios
alcançados, tomar decisões para a melhoria de ensino e aprendizagem, é inclusiva
porque não descarta, não hierarquiza, mas convida para a melhoria; é democrática
supõe que todos podem aprender, não visa selecionar e excluir; é dialógica sugere o
diálogo, a parceria entre professor e aluno para o alcance dos objetivos educativos.
Luckesi diz que “toda avaliação é qualitativa(...), avaliação por ser avaliação já
é qualitativa”
Para o Colégio a avaliação é compreendida como parte indispensável e de
aprendizagem e como mecanismo essencial que permite tanto aos professores
quanto aos alunos, reorientar as suas ações de maneira a garantir a aprendizagem
para os alunos.
Compreendemos que a avaliação formativa se propõe à desempenhar a
função ajustadora do ensino evidenciando os êxitos como parte do reforço das
aprendizagens adquiridas. Assim, a Avaliação Formativa estaria intrinsecamente
ligada à constituição de estruturas cognitivas positivas, se materializando a partir da
análise do processo ensino-aprendizagem na perspectiva de detectar os pontos
frágeis e ajustá-los.
De acordo com Luckesi (2003): “A avaliação é um processo dinâmico,
podendo ser instrumento que auxilia o professor na seleção e intervenção
pedagógica e permite ao aluno uma tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades e possibilidades”.
Toda avaliação implica num ato de cuidado com a aprendizagem do aluno(...)
Ser professor é cuidar que o aluno aprenda ( Pedro Demo).
Ela se materializa no cotidiano escolar como ferramenta dialógica,
democrática e coerente, a este tipo de avaliação se agregam alguns princípios
norteadores da prática avaliativa. São eles: a negociação (mediações das inter-
relações no âmbito educativo deixando de fora imposições e autoritarismos); a
pertinência cognitivo-epistemológica (coerência avaliativa levando em conta as reais
possibilidades dos estudantes frente aos conteúdos e as avaliações; o formativo é
58
referente à finalidade avaliativa no sentido de fornecer os elementos necessários à
continuidade do processo; o emancipador aponta o caráter libertador onde a
avaliação está comprometida com a criticidade e a liberdade; e por fim, o ético que
trata do dever avaliativo e, sobretudo, do dever do avaliador em propor avaliações
coerentes sobre o que se ensinou, sem que faça disso um momento de
engrandecimento do saber docente, tornando o aprendente o sujeito mais
importante do processo).
Assim, o sistema de avaliação da aprendizagem atende as necessidades de
ensino-aprendizagem, entre outros fatores, está intrinsecamente relacionada a um
projeto arrojado de transformação conceitual, procedimental e atitudinal, para
educandos e educadores. Não para que se forme um conceito unívoco, mas para
que, sobretudo se estabeleçam práticas coerentes à formação de sujeitos
emancipados e críticos, sujeitos sociais, sujeitos cidadãos.
O avaliador entende claramente do que trata a avaliação e compreende o
processo avaliativo como normal. Daí a importância da total clareza em relação ao
que se quer. Também todo avaliador precisa ser avaliado, porque é disso que retira
a sua autoridade. Além disso, a avaliação do avaliador é um ato democrático.
Toda avaliação apresenta critérios transparentes nos procedimentos. Isso
garante a confiabilidade do processo. O aluno confia no professor pois sabe que não
será pego em surpresa.
Toda a avaliação é refeita, toda nota é provisória não termina o bimestre, o
semestre ou o ano. Trabalho mal feito deve ser refeito, pois avaliação é um processo
permanente. A nota não é a finalidade da avaliação. A finalidade da avaliação é a
aprendizagem. Por isso, a recuperação é da aprendizagem, nunca da nota.
Assim a avaliação é discutível. Faz parte da avaliação o desejo do aluno, o
que implica trazê-lo para a discussão, oferecer-lhe oportunidade de revisão,
propiciar a discussão. Ela tem uma razão de ser estritamente pedagógica, ou seja,
tem como razão de ser educar, aprender.
Compartilhar objetivos é uma condição indispensável para uma avaliação
formativa.(...) O objetivo fundamental da avaliação é conhecer para ajudar.” ( Zabala,
1998, p.209).
A sistemática de avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos de acordo com o currículo e os objetivos propostos pelo
59
estabelecimento de ensino e os resultados expressões em notas de 0,0 a 10,0 ( de
zero a dez ).
A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em
cada instrumento da avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na
seqüência e ordenação de conteúdos, sempre pensando que ato avaliativo é sempre
provisória visando sempre a aprendizagem dos alunos.
Serão considerados aprovados os alunos que obtiverem média anual de
aprovação igual ou superior a 6,0 (seis) e freqüência anual igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento)
Serão considerados reprovados os alunos que obtiverem qualquer média
anual e freqüência inferior a 75% ( setenta e cinco).
Após análise do Conselho de Classe poderão ser considerados aprovados os
alunos que obtiverem média anual superior a 6,0 (seis) e freqüência igual ou
superior a 75% ( setenta e cinco ) .
Fórmula do Sistema de Avaliação: MF= 1 B +2 B +3 B+4 B= 6,0
4
Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou
superior a 75% ( setenta e cinco por cento) sobre o total das horas letivas e média
inferior a 6,0 (seis vírgula zero ); freqüência inferior a 75 ( setenta e cinco por cento )
sobre o total de horas letivas com qualquer média anual.
O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75%(setenta e cinco
por cento) e média anual inferior a 6,0 mesmo após a recuperação de estudos, de
forma paralela, ao longo do período letivo, será submetido à análise do Conselho de
Classe, que definirá pela aprovação ou não do aluno.
Para o fortalecimento do ato avaliativo temos o conselho de Classe que é um
órgão colegiado e uma instância avaliativa que analisa, discute e delibera sobre os
processos e aprendizagem. É mais do que uma reunião pedagógica, é parte
integrante do processo de avaliação desenvolvido pelo Colégio, é um momento
privilegiado para definir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a
fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que
realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem. Configura-se portanto como
oportunidade de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do
colegiado, permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino com
vistas à superação dos problemas levantados.
60
É um espaço de diagnóstico do processo de ensino e aprendizado mediado
pela equipe pedagógica junto com os alunos e professores ainda que em
momentos diferentes.Tem como critérios os avanços obtidos na aprendizagem, o
trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem, o desempenho do
aluno em todas as disciplinas e o acompanhamento do aluno no ano seguinte,
reflete também situações de inclusão, questões estruturais que prejudicam o aluno,
não há nota mínima estabelecida: todos os alunos que não atingiram a média para
aprovação devem ser submetidos à análise, não há número de disciplinas para
aprovar ou reprovar mesmo que o aluno tenha sido reprovado em todas as
disciplinas o que está em análise é sua possibilidade de acompanhar a série
seguinte, questões disciplinares não são indicativos para reprovação deve-se
priorizar o nível de conhecimento que o aluno demonstra ter e não suas atitudes ou
seu comportamento, ter sido aprovado em conselho de classe no ano anterior não
quer dizer que não possa ser novamente aprovado no ano seguinte. ( Base Legal :
LDBEN 9394/96, Parecer 12/19997- CNE, Deliberação 007/99 – CEE, Deliberação
014/99 – CEE, Deliberação 002/2002 – CEE, calendário escolar.)
Garantimos para todos os alunos a recuperação de estudos é direito dos
alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A
recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem e será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados durante todo o ano letivo. Os
resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
Quanto ao preenchimento do livro de classe de acordo com a Instrução
014/2008 e sob acompanhamento, orientação e vistoria técnica da Equipe
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, sob responsabilidade inicial de cada
professor, bem como da Direção e secretaria. Os livros de registro de classe são
preparados, a cada início de ano letivo pela equipe técnico-administrativa que tem
encapado todos os livros para posterior entrega aos docentes, bem como a
conferência dos espelhos com listagens dos alunos face as suas vidas escolares tais
como: desistência, transferência, remanejamento de alunos junto ao SERE. Ao
término de cada ano letivo os livros de registro de classe são arquivados
61
adequadamente no Estabelecimento e são tecnicamente conferidos e assinados
pelas Pedagogas responsáveis por cada turno.
Sendo assim a prática avaliativa deve ser transformadora, preocupando-se
mais com o objetivo maior que é a transformação social. Deve-se ter como função
primordial auxiliar os professores, pedagogos, diretores e comunidade local no
reconhecimento dos caminhos já percorridos e na identificação dos caminhos a
serem perseguidos.
62
VI. MARCO OPERACIONAL
1. FORMA DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
O processo de constituição da identidade dos sujeitos ocorre no social. A
ação praticada pelos humanos é social quando os sujeitos orientam suas ações para
outros indivíduos sendo ao mesmo tempo influenciado por eles. Como diz Paulo
Freire ”o homem está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo
não haveria transcendência nem se objetivaria a si mesmos. Mas como pode
objetivar-se pode também distinguir entre um eu e não eu.
Isso o torna um ser capaz de relacionar-se de sair de si, de projetar-se nos
outros de transcender” ( FREIRE, 1995,p 30)
Sintonizando com o pensamento do autor vemos que não podemos fugir de
nossa natureza social e consequentemente nossos atos sempre devem convergir
tendo em mente os outros. Assim a ação não pode ser irrefletida, mas, precisa ter
uma intencionalidade.
O eixo, a vértebra central para uma gestão democrática voltada para a
cidadania é à participação, e ao resgate do sentido público do Colégio.
Buscamos assim no espaço concreto do Colégio elementos que superem a
passividade, criando possibilidades de mudanças, uma escola que se admira com
seus sucessos e mais ainda acreditando na pessoa humana, na vida e na
esperança, uma instituição que parte para uma identidade coletiva, pois educar para
a cidadania é preocupar-se com o outro.
Para DEMO (1999, p.71) * a cidadania fundamental é aquela em que as
pessoas têm consciência das injustiças, descobre os direitos, vislumbra estratégias
de reação e tenta mudar o rumo da história.
Uma gestão democrática se preocupa com a prática da pergunta, do diálogo,
em que se ensine e se aprenda com seriedade. O diálogo é, portanto o caminho
indispensável.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder
da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a
prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que
elimina a exploração; da solidariedade que supera a opressão.
63
Assim o gestor deve ter competência técnica, científica e humana para gerir a
organização escolar. Liderança e firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar
decisões com segurança, como elementos de competência pedagógica, ética e
profissional para assegurar que decisões tomadas de forma participativa e
respaldadas técnica, pedagógica e teoricamente sejam efetivamente cumpridas por
todos.
Desse modo o planejamento participativo pode e deve implementar
intervenções coletivas sobre o social, refletidas e conscientes. Construindo sentidos
e mudanças que se fizerem necessárias. A ação prático-reflexiva que engendra
pode desenvolver grande capacidade de sensibilização de suas consciências e
potenciar a coesão dos grupos. Isso porque provoca a comunicação, como diálogo
de diversos, entre os integrantes do processo.
Para FREIRE,( 1983,p. 69 ) “ o diálogo tem estímulo e significação: pela fé no
homem e em suas possibilidades, pela fé na pessoa que pode chegar a união de
todos: pela fé de que somente chego a ser um mesmo quando os demais chegam a
ser eles mesmos”.
Imprescindível é o compromisso profissional dos gestores com a comunidade
interna e externa. Sentindo-se compromissados ele é capaz de agir e refletir.
Refletindo na ação ele verá que muitas coisas podem ser mudadas e transformadas
Assim FREIRE diz:”somente um ser que é capaz de sair de seu contexto, de
distanciar-se dele para ficar com ele; capaz de admira-lo para, objetivando-o
transforma-lo e, transformando-o, saber-se transformado pela sua própria criação,
um ser que é e está sendo no tempo que é o seu, um ser histórico, somente este é
capaz, por tudo isto, de comprometer-se.”( FREIRE, 1995, p. 17)
Só se pode falar em gestão democrática e participativa quando se estabeleça,
na ação a igualdade básica das pessoas e de suporte como consequência, a
desacomodação gerada pela aceitação do saber do outro. Nesse sentido a
aceitação do saber do outro se estabelecem relações de confiança, união em que
todos embarcam para uma expedição para um ligar definido, com objetivos e metas
que foram definidos por todos.
Desse modo a direção e coordenação são funções típicas dos profissionais
que respondem por uma área ou setor da escola tanto em âmbito administrativo
quanto pedagógico.
64
Dirigir e coordenar são tarefas que canalizam o esforço coletivo das pessoas
para os objetivos e metas estabelecidos. A função da direção escolar é por em ação,
de forma integrada e articulada, todos os elementos do processo organizacional
(planejamento, organização, avaliação) envolvendo atividades de mobilização,
liderança motivação, comunicação, coordenação. A coordenação é um aspecto da
direção, significando a articulação e a convergência do esforço de cada integrante
de um grupo visando a atingir os objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade
de integrar, reunir esforços, liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas. A
tarefa da direção visa a: dirigir e coordenar o andamento dos trabalhos, o clima de
trabalho, a eficácia na utilização dos recursos e meios, em função dos objetivos da
escola; assegurar o processo participativo de tomada de decisões e, ao mesmo
tempo, cuidar para que essas decisões se convertam em ações concretas;
supervisionar e responder por todas as atividades administrativas e pedagógicas da
escola bem como as atividades com os pais e a comunidade e com outras instâncias
da sociedade civil; assegurar as condições e meios de manutenção de um ambiente
de trabalho favorável e de condições materiais necessárias à consecução dos
objetivos da escola, incluindo a responsabilidade pelo patrimônio e sua adequação e
utilização; promover a integração e a articulação entre a escola e a comunidade
próxima, com o apoio e iniciativa do Conselho de Escola, mediante atividades de
cunho pedagógico, científico, social, esportivo, cultural; organizar e coordenar as
atividades de planejamento e do projeto político pedagógico, bem como sua
avaliação e controle de sua execução; conhecer a legislação educacional e do
ensino, as normas emitidas pelos órgãos competentes e o Regimento Escolar,
assegurando o seu cumprimento; garantir a aplicação das diretrizes de
funcionamento da instituição e das normas disciplinares, apurando ou fazendo
apurar irregularidades de qualquer natureza de forma transparente e explícita,
mantendo a comunidade escolar sistematicamente informada das medidas; conferir
e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou correspondências e
expedientes da escola, de comum acordo com a secretaria escolar; supervisionar a
avaliação da produtividade do Colégio em seu conjunto, incluindo a avaliação do
projeto pedagógico, da organização escolar, do currículo e dos professores; buscar
todos os meios e condições que favoreçam a atividade profissional dos professores,
pedagogos, funcionários visando à boa qualidade do ensino; supervisionar e
65
responsabilizar-se pela organização financeira e controle das despesas da escola,
em comum acordo com o Conselho Escolar, pedagogos e professores.
Nesta ação colegiada usa-se como instrumentos o diálogo, troca de idéias e
experiências, parceria com outras entidades e com membros da comunidade nos
diversos projetos organizados. Em todas as tomadas de decisão a comunidade
escolar é ouvida (APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, professores, alunos,
funcionários), quer seja para compra de materiais, estabelecimento das diretrizes
curriculares, planejamento do ano letivo dentro e fora da sala de aula,
implementação de projetos.
Pois é somente unindo forças, havendo informações que se vencem as
dificuldades existentes dentro da escola em prol de uma educação de qualidade.
Quando todos buscam soluções o grupo se fortalece e assim aprende
também a explorar possibilidades, respeitar as diferenças e limites, usar alianças e
parcerias conquistando assim a cidadania.
66
2. FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada é outra das funções da organização escolar,
envolvendo tanto o setor pedagógico como o técnico e administrativo. A formação
continuada é condição para a aprendizagem permanente e para o desenvolvimento
pessoal, cultural e profissional de professores e especialista.
É no Colégio, no contexto de trabalho, que os professores enfrentam e
resolvem problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam e recriam
estratégias de trabalho e, com isso vão promovendo mudanças pessoais e
profissionais.
Uma formação permanente que se prolonga por toda a vida, torna-se crucial
numa profissão que lida com a transmissão e internalizarão de saberes e com a
formação humana, numa época em que se renovam os currículos, introduzem-se
novas tecnologias, acentuam-se os problemas sociais e econômicos, modificam-se
os modos de viver e de aprender, reconhece-se a diversidade social e cultural dos
alunos.
O perfil dos alunos se modifica em decorrência dos meios de informação e
comunicação, da urbanização social e da violência, com saberes evidentes e com
repercussões na sala de aula.
Com relação a essas novas e difíceis condições de exercício da profissão a
refletividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os professores a
tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando
formas de enfrentá-las. Porém não basta apenas saber sobre as dificuldades da
profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções de preferência, mediante
ações coletivas.
No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as orientações do
NRE, possibilitando o encontro interdisciplinar entre as disciplinas afins na medida
possível, de modo que favoreça o bom rendimento escolar do aluno e propiciando
um trabalho compartilhado e coletivo. O acompanhamento das atividades
executadas durante a hora-atividade é de responsabilidade da equipe pedagógica e
o gestor escolar. O quadro de distribuição da hora-atividade fica sempre exposto na
sala dos professores, e da equipe pedagógica, sala da direção e secretaria, para
que todos possam se organizar quanto à preparação das atividades escolares.
67
Este trabalho sistemático, porém organizado e intencionalmente coletivo visa
desenvolver a construção da identidade e da autonomia dos alunos bem como
trabalhar com o desenvolvimento integral e harmônico do educando.
Frente a essa nova concepção, Demo (apud TOLEDO; ARAUJO;
PALHARES, 2005,p. 38) afirma que o professor competente “[...] deve ser um
pesquisador envolto pela capacidade de dialogar, elaborar ciência e ter consciência
teórica, metodológica, empírica e prática em sua atuação”. Assim, o professor passa
a desenvolver no aluno o hábito da pesquisa objetivando criar novos mestres ao
invés de apenas discípulos.
A reflexão possibilita transformar o mal-estar, a revolta, o desânimo, em
problemas, os quais podem ser diagnosticadas, explicadas a até resolvida com mais
consciência, com mais método. Ou seja, uma prática reflexiva nas reuniões
pedagógicas, nas entrevistas com a coordenação pedagógica, nos cursos de
aperfeiçoamento, nos conselhos de classe leva e uma relação ativa e não queixosa
com os problemas e dificuldades. A formação continuada consiste de ações de
formação dentro da jornada de trabalho, na hora atividade, grupos de estudos,
seminários, reuniões de trabalho para discutir a prática com colegas, pesquisas, mini
cursos de atualização, estudos a distância, etc.
. Segundo Freire (1997, P.55) “Como professor crítico, sou um aventureiro
responsável, predisposto à mudanças, a aceitação do diferente. Nada do que
experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se.”Na
verdade, o inacabamento do ser ou sua inclusão é próprio da experiência vital”.
Portanto, enquanto seres em constante transformação.
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3. Ações Relativas à Recuperação de Estudos dos Alu nos
Dado o compromisso do educador com a aprendizagem dos educandos, a
recuperação, mais do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do
educador no sentido de garantir essa aprendizagem por parte de todos os alunos,
especialmente daqueles que tem maior dificuldade em determinados momentos e
conteúdos.
Assim o Colégio dá a importância da recuperação, que se dá no ato mesmo
de ensinar, a partir dos erros (como material de análise), de percepção das
necessidades dos educandos.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem e será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do
aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de
Classe.
69
4. ESPECIFICAÇÕES DAS LINHAS PARA O TRABALHO PEDAGÓ GICO,
ADMINISTRATIVO, FINANCEIRO E POLÍTICO-EDUCACIONAL.
A autonomia administrativa, ou seja, a liberdade de organizar-se internamente é
condição para o exercício pleno das dimensões didática e científica. A contrapartida
é a responsabilidade pela eficiência na utilização de recursos humanos e materiais
para cumprimento de sua missão.
O quadro de pessoal é composto por funcionários e professores do quadro
próprio e contratados, sendo que os professores atuam em sala de aula em suas
respectivas disciplinas conforme distribuição interna e via Núcleo Regional de
Educação sob orientação da Direção e coordenação da Equipe Pedagógica,
atendendo a legislação vigente. Os Agentes Educacionais I e II, são distribuídos em
suas funções por turno e horário sob a coordenação da direção, tendo suas
atividades específicas.
O patrimônio físico é gerenciado através da atualização anual por funcionário
capacitado pela SEAP – Secretaria de Administração Pública – Setor Patrimônio.
É ainda atendido programas de governo como distribuição do Leite da
Criança, Transporte Escolar Urbano e Rural Gratuito através da Prefeitura –
Secretaria Municipal de Educação, Bolsa Família e Bolsa Família Jovem, programas
estes atendidos por funcionários designados pela Direção.
A merenda escolar é investimento do governo, em benefício dos alunos do ensino
fundamental e médio. É coordenado pelo Programa Estadual de Alimentação
Escolar.
A dimensão financeira tem como captação de recursos o Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE) que tem por finalidade prestar assistência financeira, em
caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, e
às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins
lucrativos. Este recurso é recebido uma vez ao ano com aplicação de 50% destinado
a bens permanentes e 50% para custeio (consumo, manutenção da escola).
Também contamos com uma verba em 2009, 2010 para os projetos Mais Educação
que estão sendo desenvolvidos em período contrário de aulas.
70
Do Governo Estadual é recebido o Fundo Rotativo em dez (10) parcelas para
manutenção, limpeza e material de consumo, ainda é recebido quatro cotas
destinada a serviços, exclusivamente, para mão-de-obra.
Outros recursos são advindos das contribuições voluntárias da associação de
Pais Mestres e Funcionários (APMF), que arrecadados são utilizados para a
melhoria da qualidade de ensino e no atendimento ao aluno carente, ouvindo o
Conselho Escolar.
Para a utilização dos recursos é elaborado um plano de aplicação pela a
Associação de Pais Mestres e Funcionários junto com o Conselho Escolar para
definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos bem como para a
prestação de contas desses recursos, com registro em ata.
Já o professor pedagogo responde pela viabilização, integração e articulação
do trabalho pedagógico em ligação direta com os professores, em função da
qualidade do ensino. Cabe registrar suas atribuições:
- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto político-
pedagógico e do plano de ação do Colégio;
- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola, a
partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares
Nacionais do CNE;
- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a elaboração de
propostas de intervenção na realidade do Colégio ;
- Participar e intervir, junto a direção, da organização do trabalho pedagógico escolar
no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar ;
- Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o aprimoramento do
trabalho pedagógico escolar;
- Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola;
- Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-
pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo na elaboração do
calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do horário
semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da hora-atividade e de outras
atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico;
71
- Coordenar, junto a direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a
partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta pedagógica do Colégio
;
- Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido no Colégio pelo
coletivo dos profissionais que nela atuam;
- Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico
escolar pela comunidade interna e externa;
- Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou criticas que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o
projeto político-pedagógico, a proposta curricular e o plano de acão do Colégio e as
políticas educacionais da SEED;
- Coordenar a elaboração de critérios para aquisição empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático pedagógico, a partir da proposta
curricular e do projeto político pedagógico do Colégio;
- Participar da organização pedagógica da biblioteca do Colégio , assim como do
processo de aquisição de livros e periódicos;
- Orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo
de professores do Colégio;
- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da
escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas
pedagógicas;
- Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e promover
ações para sua efetivação;
- Organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a
garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico
desenvolvido em sala de aula;
- Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação
de estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de
aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização
do conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive;
- Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo
coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela escola e
em sala de aula, alem de coordenar a elaboração de propostas de intervenção
decorrentes desse processo;
72
- Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar,
de forma a promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a
aprendizagem de todos os alunos;
- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar do colégio, garantindo a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
- Orientar a comunidade escolar a interferir na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva transformadora;
- Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade, de forma a
ampliar os espaços de participação, de democratização das relações, de acesso ao
saber e de melhoria das condições de vida da população;
- Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico
escolar do Colégio;
- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação
nos diversos momentos e órgãos colegiados do Colégio;
- Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do
compromisso ético-político com todas as categorias e classes sociais;
- Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em vigor com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da pratica educativa.
O Colégio Estadual General Osório desenvolve um trabalho bastante
significativo contra a evasão e exclusão escolar através do Programa FICA, uma
parceria entre Escola, Conselho Tutelar e Ministério Público. O FICA é um programa
do governo que tem por finalidade criar uma rede de enfrentamento à evasão e
exclusão escolar, promovendo a inserção no sistema educacional das crianças e
dos adolescentes que tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à
escola.
O sentido pedagógico reside na possibilidade da efetivação do papel da
escola, onde são definidas ações educativas que levam a escola a cumprir esse
papel, que é formação do cidadão participativo e responsável. Sendo o papel
primordial da escola o ato de ensinar e de aprender.
73
5. DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA TRATARÁ NA ORGANIZAÇÃ O, DE TODAS
AS DISCIPLINAS AO LONGO DO ANO LETIVO, CONTEÚDOS
CURRICULARES DE ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA DOS PO VOS
AFRO-BRASILEIRA (LEI11645/2008, LEI 10639/2003, ART . 26 E
DELIBERAÇÃO CEE04/06).
A Lei nº11645, de 10 de março de 2008 prevê que todos os Estabelecimentos
de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, públicos e privados contemplem em seu
currículo estudo da História e Cultura dos povos afrodescentes do Brasil. Os
conteúdos deverão estar inserido em todos o currículo escolar, em especial nas
áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiros.
O presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, sancionou o Estatuto da
Igualdade Racial, onde define alguns direitos conquistados pelos brasileiros negros.
Entre alguns itens aprovados estão: a obrigatoriedade do ensino da história da
África, linhas de financiamentos especiais para sociedades quilombolas, a capoeira
reconhecida como esporte, ouvidorias em defesa da igualdade racial e a prática de
cultos religiosos de origem africana.
O ensino da História e Cultura Afro brasileira tem como objetivo e metas a
serem perseguidos para superar as injustiças raciais existentes no País por meio da
adoção de políticas de ações afirmativas, associadas às políticas universais. Ele
considera ainda, nas suas proposições, a contribuição dos diversos agentes
governamentais e da sociedade civil envolvidos nesse enorme desafio que é o
superar as iniquidades cometidas contra grupos étnicos em nosso país.
Um dos momentos importantes em que a discriminação se faz presente na
vida das pessoas é o momento da socialização via inserção escolar. É a escola,
juntamente com as famílias, os espaços privilegiados de reprodução e, portanto,
também de destruição, de estereótipos, de segregação e de visualização dos efeitos
perversos que esses fenômenos têm sobre os indivíduos.
O enfrentamento das desigualdades e da discriminação deve agir em
diferentes frentes, entre as quais na educação básica.
A situação desfavorável em relação a negro na inserção da escola,
especialmente no Ensino Médio; na defasagem escolar – inadequação na escola
entre idade série, na evasão, na repetência tem sido frequente. É importante
empreender políticas com vistas a sanar esses hiatos. Além disto, é preciso
74
combater a discriminação e os alicerces do preconceito por meio de políticas
valorizativas. Os professores e o ambiente escolar devem propagar valores de
equidade e não perpetuar atitudes, idéias, valores favoráveis a discriminação.
Evitar a imposição dos padrões estéticos europeus, da ideologia do
branqueamento ditando as normas de superioridade do branco sobre o negro faz-se
necessário.
O reconhecimento dos padrões culturais é importante para o renascer de uma
sociedade melhor mais justa.
Realizar a conscientização de que todos são iguais e que todos são da raça
humana.
Ressaltar a contribuição dos povos afrodescendentes na economia, política e
cultura da história do Brasil.
Será trabalhado durante todo o ano letivo em várias disciplinas e as
metodologias e estratégias ficarão a critério de cada professor.
“O importante é a conscientização de igualdade racial”.
75
6- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ A EDUCAÇÃ O
AMBIENTAL (COMPONENTE OBRIGATÓRIO DA EDUCAÇÃO FORM AL E
NÃO FORMAL) NOS TERMOS DA LEI 9795/1999
A Lei nº9795/1999 – Lei da Educação Ambiental, dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências – data da legislação: 27/04/1999 – Publicação DOU, de 28/04/1999, em
seu capítulo I no:
Art.1º – Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art.2º – A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis
e modalidades do processo educativo, em caráter forma e não formal.
Art.3º – Como parte do processo educativo, todos têm direito à educação ambiental.
A degradação ambiental, o risco de colapso ecológico e o avanço da
desigualdade e da pobreza são sinais da crise do mundo globalizado.
O saber ambiental emerge de uma reflexão sobre a construção social do
mundo atual, onde hoje convergem e se precipitam os tempos históricos que já não
são mais os tempos cósmicos, da evolução biológica e da transcendência histórica.
A influência de processos físicos, biológicos e simbólicos reconduzidos pela
intervenção do homem, da economia, da ciência e da tecnologia, para um anova
ordem geofísica, da vida e da cultura.
Vivemos hoje um mundo de complexidade, na qual se amalgamam a
natureza, por isso faz-se necessário que a escola como propulsora de projetos de
transformação socioambiental, tenha clareza acerca de seus limites. A educação
ambiental, no âmbito escolar ou fora dele, compõe um conjunto de ações que visam
a melhoria da qualidade de vida. Quando se esperam grandes mudanças a partir de
projetos pedagógicos, não se valorizam os avanços possíveis, fundamentais para
consolidar a confiança no processo da transformação gradual e contínuo.
O conhecimento não pode ser negligenciado, o rigor com os conceitos e
transparência ao problematizar as questões ambientais é uma das medidas de
coerência e intervenções educativas. Também é preciso que haja um entendimento
76
acerca da nossa relação com o ambiente, de como viemos, que tipo de habitação
vivemos, o que e quanto consumimos, onde jogamos nossos restos.
O conhecimento sobre Educação ambiental deverá objetivar envolvimento da
comunidade escolar e do entorno na reflexão sobre os diferentes problemas
ocasionados pela geração de lixo e sobre as possíveis soluções.
Como incentivo junto aos alunos, a escola deverá ainda proporcionar aos
mesmos junto a comunidade escolar, atividades de reeducação na redução do
consumo, a reutilização e a coleta seletiva do lixo produzido na escola e nas suas
casas e ainda proporcionar geração de renda com material reciclado.
A metodologia deverá envolver atividades como eleições de guardiões
ambientais, concursos de logomarca e slogan de atividades envolvendo reciclagens,
curso de educação ambiental para educandos e a comunidade, painéis (mesas-
redondas), excursões com os alunos, oficinas e experimentos físicos e matemáticos
com materiais recicláveis, distribuição de placas educativas, lembretes, murais,
cartazes, pastas e outros produtos para exposição e arrecadação de fundos; textos
educativos, peças teatrais, teatros, fantoches, peças educativas, oficinas
permanentes de reciclagem de papel.
A escola que educa através de todos os espaços, deverá ser uma escola em
que mobilize toda a sua estrutura para a condução de fazeres pedagógicos que se
ampliem dos espaços de aula e adentrem a alma da escola, desde a forma como os
alunos são recebidos no portão da entrada até a forma como cuida dos resíduos
produzidos em seu interior.
“Se queremos formar pessoas que respeitem a vida, a natureza, devemos
ensiná-las como viver nela, repensando e refletindo nosso presente e o futuro no
Planeta”.
7- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ CONTEÚDOS DE
HISTÓRIA DO PARANÁ EM CUMPRIMENTO A LEI ESTADUAL (L EI
13.381/01)
A Lei nº13381 – 18/12/2001, torna obrigatório, no Ensino Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do
Paraná.
77
O conteúdo História do Paraná contemplará conteúdos nas disciplinas de
História e Geografia levando o aluno a compreender com clareza elementos
formadores da cidadania paranaense, partindo sobre os estudos das comunidades,
municípios e microrregiões do Estado.
O acelerado processo da globalização tende a criar a sensação de que o
mundo não passa de uma aldeia. Se, por um lado, esta percepção é a tendência
dominante, por outro tende a sufocar o que é local, na medida que elimina as
diferenças. O estudo sobre o conhecimento da História do Paraná deverá buscar a
reflexão sobre a memória construída no espaço paranaense, bem como o processo
histórico do povoamento das comunidades, municípios e microrregiões do Estado
reconhecendo a importância da formação dos povos e imigração e cultura
paranaense. As raízes regionais, situações econômicas e riquezas paranaenses
devem estar claras como conteúdos possibilitando o aluno pesquisas, investigar
fontes históricas necessárias.
As atividades propostas para os alunos deverá contemplar formas variadas e
dinâmicas no processo ensino aprendizagem proporcionando recursos necessários
no incentivo aos temas sugeridos na história do Paraná, com recursos
cinematográficos, pesquisas, memoriais, documentários, vinhetas, noticiários,
cartões postais, outdoors, anúncios acompanhados de imagens mobilizando o aluno
na investigação destas atividades. Poderá ainda sugerir recursos diferenciados de
acordo com os temas propostos o incentivo a música, poesia como sugestão
interdisciplinar.
As abordagens poderão também serem feitas junto aos alunos com
excursões, visitas aos pontos turísticos do Paraná incentivando o aluno a
reconhecer o memorial histórico da formação cultural paranaense.
Partindo do ponto de vista que perdeu-se o hábito da prática do civismo e de
cidadania, a escola deve proporcionar aos alunos práticas regulares em
comemorações históricas, com o hasteamento da Bandeira e Canto do Hino do
Paraná reconhecendo a bandeira, o escudo e o hino como partes integrantes
importantes na história e na cultura.
O Colégio deverá proporcionar aos alunos através de um processo dinâmico,
o respeito e o civismo; visando no futuro ter cidadãos responsáveis, patriotas,
críticos e interventores.
78
8- DEFINIÇÃO DE COMO A ESCOLA CONTEMPLARÁ O ENSINO DE HISTÓRIA
E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL (LEI 11645/ 2008)
A Lei nº11645 de 10 de março de 2008 prevê que em todos os
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados
contemplem em seu currículo estudo da história e cultura dos povos indígenas no
79
Brasil. Os conteúdos deverão estar inseridos em todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e histórias brasileiras.
As metas precisas no ensino da história e da cultura dos povos indígenas
objetivam-se na urgente necessidade de transformação que resgatem o respeito
pelo indígena e a promoção do resgate cultural as futuras gerações. Estas devem
promover ações políticas de iniciativas, e conscientização no combate a
discriminação.
Inicialmente, ao se propor uma reflexão sobre trabalho com a cultura
indígena, é importante destacar princípios fundamentais: o atendimento à diferença
e à diversidade, a interculturalidade e o bilinguismo. Tais princípios contém a
compreensão de que:
− a escola pública é direito de todos e quanto maior a diversidade existente
entre os alunos atendidos, maiores serão as possibilidades de que esta
instituição seja identificada como escola de todos;
− as sociedades indígenas compartilham de elementos básicos que são
comuns a todas elas e que as diferenciam da sociedade não-indígena;
− cada um dos povos indígenas é ao mesmo tempo único, possui identidade
própria, presente na língua materna, nas crenças, costumes, história
organização social, em formas próprias de ocupação das Terras Indígenas e
da exploração dos recursos que nelas são encontrados.
A escola tem um papel decisivo nas perspectivas de futuro das comunidades
indígenas como meio de apropriação do conhecimento, as novas tecnologias, como
espaço de discussão e preservação dessa cultura, principalmente como instrumento
de defesa diante da pressão exercida pela sociedade não indígena. A escola deve
atender as necessidades advindas desta clientela, ajudando-a no sentido de vencer
as dificuldades existentes vistos a socialização e o entrosamento ao ambiente
escolar e a apropriação do conhecimento e a língua.
Para isso deve-se partir de aspectos que visem o resgate de sua memória,
como:
− identificação como grupos distintos;
− sua cultura;
− seus costumes, modos de vida;
− constituição familiar;
80
− atividades de sobrevivência;
− sua localização;
− sua herança.
O Colégio tratará deste assunto em todas as séries e níveis de ensino, em
forma de oficinas e projetos retomando sempre quando houver necessidade.
9. ESPECIFICAÇÕES DE AÇÕES VOLTADAS PARA A QUALIFIC AÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS PEDAGÓGICOS
Quanto às novas tecnologias em educação, os professores utilizam com
propriedade a questão, bem como o uso das seguintes novas técnicas de mediação
da aprendizagem: informática, computador, multimídias, CD-ROM, hipermídia;
ferramentas para educação à distância como chats ou bate-papo, listas de
discussão, correios eletrônicos, teleconferências etc.
Essas novas tecnologias são instrumentos que auxiliam e intermedeiam o
ensino- aprendizagem e de auto-aprendizagem e interaprendizagem. Seu uso
adequado requer que sejam escolhidas, planejadas e usadas de forma integrada,
atendendo aos objetivos previstos de modo que a aprendizagem significativa
aconteça.
81
Com a chegada das redes de computadores e da mídia no contexto
educacional, os estudantes participam e entram em contato com os melhores
pesquisadores das diversas áreas do conhecimento de seu interesse específico.
A escola pública, hoje, procura acompanhar estes avanços, colocando à
disposição dos alunos as ferramentas necessárias para sua inserção na sociedade
com conhecimento do manuseio e exploração dos equipamentos.
Com isso, a escola pública dá um salto de qualidade e inovação com a colocação de
laboratório de informática, TV multimídia, DVDs, os quais possibilitam aulas mais
criativas,
Desta maneira, o professor não mais será apenas um propagador do
conhecimento, como ocorria anteriormente, mas um incentivador da aprendizagem,
gerenciando-a e propiciando uma troca no campo do saber
A capacidade de produzir sons, imagens, textos e animações pelo
computador, também contribuem na qualidade do ensino, redefinindo o papel da
educação.
As facilidades de acesso às redes e os avanços nas telecomunicações
mudam os conceitos de presença e distância, no ensino, desenvolvendo raciocínios,
criatividade e aguçando a inteligência e coordenação. As imagens animadas
exercem um fascínio semelhante às do cinema, vídeo e televisão. Os lugares menos
atraentes visualmente costumam ser deixados em segundo plano, o que acarreta, às
vezes, perda de informações de grande valor (MORAN, 1998). Nesse sentido,
aprender é reorganizar as estruturas do conhecimento, interagindo os estilos de
pensamento e o saber realizar, que ocorre em um processo dialógico intersubjetivo,
subjetivo e também com o universo em que se encontram inseridas e
contextualizadas.
Dessa forma, tendo a educação como elemento-chave na construção de uma
sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado, o governo
vem criando diversos projetos e estimulando parcerias que envolvem a
informatização do ensino, a capacitação de docentes e a prática do ensino a
distância. O MEC criou no dia 9 de abril de 1997, através da Portaria n. 522, o
Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO), objetivo de introduzir
novas tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas de ensino
médio e fundamental. O programa vem sendo desenvolvido pela Secretaria de
82
Educação a Distância (SEED), do MEC, em parceria com os governos estaduais e
algumas prefeituras (MORAN, 1998).
Não se pode continuar produzindo uma educação onde as pessoas sejam
incapazes de pensar e de construir seu conhecimento. Na nova escola, o
conhecimento é produto de uma constante construção, das interações e de
enriquecimentos mútuos de alunos e professores (MORAIS, 2000).
O novo educador deve estar aberto às novas descobertas, encarar as novas
tecnologias como auxiliares no seu desenvolvimento educacional e, através desses
equipamentos que fazem parte do dia-a-dia do seu aluno, chamar a atenção para o
uso de tais meios em educação. O educador precisara saber manusear os meios de
comunicação, interagir e criar em seus alunos o gosto pela pesquisa com a
utilização dos novos recursos. Sob este aspecto, a comunidade virtual fornece tanto
ao aluno como ao professor uma aprendizagem colaborativa (MUNHOZ, 2002), pois,
ao debater certos temas, eles mesmos aprofundam seus conhecimentos e tentam
achar soluções.
Em suma, os conteúdos que serão desenvolvidos pelo professor deverão
levar em conta a realidade vivida pelo aluno. A educação voltada aos meios
tecnológicos visa à apropriação coletiva do conhecimento, proporcionando um saber
interativo.
10. ESPECIFICAÇÕES DAS AÇÕES QUE ENVOLVAM OUTRAS IN STITUIÇÕES.
- Conselho Tutelar – apoio em relação aos alunos que necessitam de atendimento
por diversos motivos; ficha do FICA.
- Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – fornece o transporte escolar urbano e
rural ( alunos de Itaiacoca)
- Universidade Estadual de Ponta Grossa: estágio, Pró-egresso, Iniciação Científica,
Incentivo à isenção para vestibular, PSS...
- Cescage com palestras sobre cursos ofertados e visitação dos alunos
83
11. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCO LA E PARA
AVALIAÇÃO GERAL DE DESEMPENHO DOS DOCENTES, PEDAGOG OS E
FUNCIONÁRIOS
A avaliação deve levar a mudança de que tem que ser mudado
Portanto os sistemas de ensino e as escolas se vêem hoje diante da avaliação
da produtividade da escola . De fato é indispensável verificar a efetividade dos
serviços prestados em função das responsabilidades sociais da escola. Se os testes
e outras formas de aferição do rendimento forem bem elaborados é possível
detectar problemas e dificuldades no ensino das matérias de forma que a escola e
os professores tomem providências para saná-los.
O Colégio realiza junto com o corpo docente e funcionários as seguintes
ações para a sua devida execução no decorrer do ano letivo: acompanhamento de
todo o processo pedagógicos através de planejamento coletivo das principais ações
84
desenvolvidas no decorrer do ano, dinamizar reflexões para a melhoria constante da
qualidade de ensino, definir problemas e identificar problemas e identificar soluções,
levando em consideração a opinião de todos , orientar todas as atividades da
escola através de reuniões, na hora atividade, nos conselhos de classe, em reuniões
pedagógicas .
Nesse sentido a avaliação da escola precisa considerar os elementos
determinantes da oferta de serviços de ensino e do sucesso escolar dos alunos, tais
como: características dos alunos, rendimento escolar por classe, composição do
corpo docente, condições de trabalho, e motivação dos professores, recursos físicos
e materiais, materiais didáticos e informacionais.
Cada vez mais aparecem na imprensa, nas escolas, os resultados das
avaliações feitas pelo sistema: Saeb, Enem , PSS que utilizam instrumentos de
verificação do aproveitamento escolar e que possibilitam as instituições escolares
um parâmetro de como está a qualidade de ensino de cada escola.
No Presente projeto, o Colégio busca uma educação de caráter amplo e que
não se restrinja a situações formais de ensino e aprendizagem. Se compreendermos
a educação como um ato político, o conhecimento como transformação contínua, à
verdadeira avaliação do processo consiste na auto-avaliação e na avaliação mútua e
permanente da prática educativa por todos e com a participação da direção, equipe
pedagógica, funcionários, professores, alunos, pais, para juntos buscarmos as
reformulações, adaptações e retomadas de pontos necessários à melhoria do
processo educativo.
Sendo a educação um processo contínuo, compreendemos que este projeto
político pedagógico é flexível e pode ser adequado às mudanças que se fizerem
necessárias a fim de realimentá-lo num processo contínuo.
85
VII. PROJETOS ANUAIS
1 . Projeto teatro e expressão corporal
DESCRIÇÃO:
O Projeto consiste em produzir em sala de aula, atividades de expressão
corporal, onde o aluno, de forma simples e dentro da sua visão mostre como se
comunicaria da forma não-falada, em primeira instancia fazendo trabalhos de
interpretação musical, um cantar somente com gestos, as músicas devem ser
escolhidas pelo professor, evitando assim, que sejam escolhidas músicas que já
tenham coreografias conhecidas dentro de uma expressão corporal.
Seguindo uma progressão pedagógica, é interessante que seja
posteriormente elaborado um teatro, que seja mais utilizada a expressão corporal e
diminuindo ao máximo o número de falas e/ou diálogos de uma peça normal.
Como anteriormente no projeto é trabalhado expressão corporal com
músicas, principalmente de teor jovem e de músicas com conteúdo “inteligente com
86
consistência e coerência dentro de um contexto de cultura erudita”, é dado como
temas principais dos teatros assuntos da juventude, do cotidiano e populares,
também visando textos com o mesmo teor, ou mesmo potencialidade das músicas
trabalhadas anteriormente com conteúdos “inteligentes”.
OBJETIVOS:
Objetiva-se proporcionar ao aluno uma maneira de comunicar-se de maneira
diversa e diferente das convencionais, principalmente a comunicação não-verbal.
• desenvolvimento integral e harmônico do aluno(criança);
• a descoberta de si mesmo, no que concerne ao aluno, em relação ao seu
mundo social;
• auto-valorização no conjunto grupal das participações;
• auto-realização;
• integração no meio ambiental.
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS:
• auto-descoberta;
• integração ambiental adequada;
• relacionamento social adequado;
• desenvolvimento da cooperação;
• desenvolvimento da responsabilidade;
• auto-disciplina;
• desinibição;
• desenvolvimento das potencialidades físico-mentais;
• desenvolvimento da expressão e comunicação;
• desenvolvimento da psicomotricidade;
• reconhecimento dos recursos naturais e a maneira de colocá-los em prática;
• aquisição de atitudes de higiene e respeito ao próprio corpo físico;
• aquisição de atitudes de higiene e respeito ao próprio corpo mental;
• aquisição e desenvolvimento das funções de liderança positiva;
• aquisição de conhecimentos sobre espaço, tempo e ritmo;
• desenvolvimento da consciência crítica, sintética e analítica;
• reconhecimento do espaço próprio em razão do espaço alheio;
• reconhecimento da importância da participação individual no contexto grupal;
87
• desenvolvimento das potencialidades intelectuais de raciocínio, percepção,
criatividade;
• análise, através dos resultados práticos, das deficiências físico-mentais dos
educandos;
• correção da coordenação motora;
• correção das deficiências comportamentais sem maiores consequencias;
• correção de atitudes essencialmente sociais;
• correção da postura física;
• recreação, etc.
2. Projeto conheça seu corpo dançando
DESCRIÇÃO:
Após apresentar vários estilos de danças, o professor pode separar a sala em
grandes grupos, cerca de 10 alunos cada grupo, e esses devem escolher duas
danças uma folclórica ou de salão e uma dança mais moderna, esse grupo deve
montar as coreografias, e fazer um pequeno seminário sobre a história, influencias,
principais representantes dessas danças ( o seminário é para aqueles que se
recusam a se apresentar na coreografia).
Como conhecimento vasto de todas as danças é privilégio de poucos,
devemos trabalhar de uma forma gradual, até mesmo para adquirir noção das
inúmeras danças, deve se basear nos passos bases de todos os estilos de danças,
e montar a coreografia baseado nesses passos, fazendo pequenas alterações, e
dando ritmo a dança.
Hoje como o advento da internet facilitou muito a forma de aprendermos
coisas novas e os sites de vídeos, principalmente o youtube, nos ajuda muito mais, e
devemos abusar dessa ferramenta, não nos tornaremos nenhum dançarino
profissional assistindo vídeos, mas podemos identificar a base para cada dança e
auxiliar a montagem das coreografias.
OBJETIVOS:
88
O objetivo principal desse projeto é fazer com que o aluno, produza uma
atividade física de maneira descontraída e divertida, onde o aluno possa por ele
mesmo, e com apenas orientação dos professores, criar formas e maneira com que
ele veja as mais diversas danças, nacionais e internacionais, modernas ou antigas.
Outros objetivos são a questão da socialização que a dança gera, pois a
dança necessita que haja interatividade entre os participantes da dança, não há
necessidade de uma sincronia perfeita dos alunos, mas sim a aproximação dos
movimentos.
Como último objetivo é a de produção de trabalhos na sala de aula, esses
trabalhos podem posteriormente serem direcionados para exposição em eventos
competitivos ou não, com o trabalho feito já em sala de aula, diminui a necessidade
de utilização muitos de ensaios fora de horário de aula.
3. Projeto agenda 21
Criado na data de 18/10/2005 o 1º Fórum com a comunidade do Colégio
Estadual General Osório para a Construção da Agenda 21, constituída pela ex-
diretora professora Gislaine Maria Estevão Batista, coordenadora do Projeto Maria
Helena Martins Soltes e representantes do corpo discente e docente, APMF, Equipe
Pedagógica e Funcionários.
No Projeto Agenda 21, os alunos do Ensino Fundamental e Médio poderão vivenciar
na prática como reaproveitar os materiais não orgânicos para diversas finalidades e
partindo do princípio que a escola tem influência efetiva não apenas dentro de seus
muros, nos momentos formais, mas também a toda a comunidade formada pelos
respectivos familiares dos alunos e moradores de seu entorno. Os envolvidos neste
projeto buscam conscientizar e disseminar a consciência ecológica e o bem estar do
planeta.
Na tentativa de promover em escala planetária um novo padrão de
desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, programa esse que já
está sendo amplamente desenvolvido no Colégio a mais de quatro anos, sempre
com a orientação da Professora Maria Helena Soltes e envolvendo toda a
comunidade escolar, são desenvolvidos vários projetos complementares tais como:
89
4. Projeto lixo em lixeira
No ano em que o Colégio completou 70 anos foi presenteado com uma
reforma total em suas dependências. Na ocasião muitos materiais deveriam ser
descartados, dentre eles os galões que envolviam a textura utilizada na pintura
externa do Colégio.
Pensando em proteção ambiental e que tais materiais demorariam um tempo
substancial para se incorporarem à natureza, os alunos das primeiras séries A, B, C
e D do período diurno juntamente com a professora de Artes, desenvolveram um
projeto que visava a reciclagem dos mesmos. Os alunos foram orientados a
recuperá-los e participaram ativamente desde as primeiras etapas que foi reforçar
suas bases com jornal, até a arte final. Foram confeccionadas 19 novas lixeiras, uma
para cada sala de aula e também para as dependências administrativas da escola e
elas receberão apenas o lixo que poderá ser reciclado. A conscientização será feita
por todos os professores nos três turnos de funcionamento.
O trabalho foi gratificante, pois houve adesão total dos alunos, Equipe
Pedagógica, Direção e APMF, trazendo o material necessário e opinando sobre as
técnicas a serem empregadas. E o que seria lixo transformou-se em belas lixeiras,
embelezando ainda mais a escola.
90
5. Projeto Osório fashion
Dando continuidade ao Projeto Agenda 21, nos quais alunos do Ensino
Fundamental e Médio poderão vivenciar na prática como reaproveitar os materiais
não orgânicos e partindo do princípio que a escola tem influência efetiva não apenas
dentro de seus muros, nos momentos formais, mas também a toda a comunidade
visando a integração aluno/aluno, aluno/escola e aluno/professor/funcionário para
que juntos tenham um espírito competitivo através da socialização destes dentro da
escola, e venham perceber que o estudo, participação e socialização tornam o aluno
um ser participativo e ativo.
O projeto busca conscientizar e disseminar a consciência ecológica e o bem
estar do planeta, assim foi desenvolvido o concurso do Garoto e Garota Osório e o
Primeiro Desfile Faschion tendo como requisito a criação de modelos
confeccionados com materiais reciclados com o intuito de refletir sobre a
necessidade de preservação do meio ambiente, bem como, a importância da
reciclagem.
6. Projeto de leitura “ Eu leio, nós lemos
( Desenvolvido pela Professora Aleta )
1- TÍTULO:
“EU LEIO, NÓS LEMOS”
2 – OBJETIVOS:
– GERAIS:
Formar leitores críticos e conscientes;
Desenvolver o hábito da leitura;
2.2– ESPECÍFICOS:
a. adquirir o hábito da pesquisa em biblioteca;
b. conhecer os vários contextos sociais e culturais que o escritor utiliza
para escrever uma ideia;
c. desenvolver a iniciativa na pesquisa;
91
d. tomar decisões no tocante a buscar novos conhecimentos;
e. interagir com o autor da obra que está estudando.
3- JUSTIFICATIVA:
Muitos educandos não tem contato com leitura de qualidade porque não têm
adultos leitores que leiam com eles. Mesmo que o professor os incentive e os leve à
biblioteca, retiram livros e os devolvem, sem ler. Foi por isso que resolvemos ler com
eles, para formar leitores, ampliando pela leitura da palavra, a leitura do mundo. Sob
a supervisão e orientação das Professoras Aleta Maria Bobato, Naiane Maria de
Paula Barboza e Elisabete Camargo Carneiro.
4- PÚBLICO-ALVO
Estudantes das 5as e 6as séries do Ensino Fundamental do Colégio Estadual
General Osório, do período vespertino, ano letivo 2010.
5- METODOLOGIA:
• escolher os livros e separá-los em caixa para que fiquem disponíveis;
• combinar o dia da leitura;
• distribuir o mesmo livro para todos os alunos da turma;
• ler, cada um na sua vez, respeitando o colega e fazendo silêncio;
• parar quando necessário, comentar a respeito de um ou de outro
personagem;
• avaliar em forma de trabalhos, provas, cartas, histórias em quadrinhos,
dramatizações, etc.
6- CRONOGRAMA
BIMESTRES / 2010 / ATIVIDADES
SÉRIES 1º/FEV.MAR.A
BR
2º/MAIO.JUN 3º/AGO.SET. 4º/AGO.SET.
5ª série - O fantástico
mistério de
Feiurinha -
- O menino
do dedo
verde –
- Quem conta
um conto.
Ana Maria
- Histórias de
Fadas. Oscar
Wilde. Editora
92
Pedro
Bandeira –
FTD -
1ªEDIÇÃO
Maurice
Druon –
Tradução-
.D.Marcos
Barbosa-José
Olympio
Editora – 36ª
ED.
Machado.
Cristina
Porto. Flávio
de Souza.
Ruth Rocha.
Sylvia Orthof.
FTD Editora.
1ª Edição.
Volume 2
Nova
Fronteira;
- A árvore que
dava
dinheiro.
Domingos
Pellegrini.
Ilustrações.
Robson
Araújo.
Editora Ática
– 1ª Edição.
6ª série -O menino do
dedo verde –
Maurice
Druon –
Tradução-
.D.Marcos
Barbosa-José
Olympio
Editora – 36ª
ED.
- Os
miseráveis.
Victor Hugo.
Editora FTD –
2001.
- A árvore que
dava
dinheiro.
Domingos
Pellegrini.
Editora Atica-
1ª Edição
- Ruth Rocha
conta a
Odisséia.
Editora
Conpanhia
das
Letrinhas.
8ª série - Um
assassinato,
um mistério e
um
casamento
de Mark
Twain;
- A ilha do
tesouro de
Robert Louis
Stevenson.
- A árvore que
dava dinheiro
– Domingos
Pellegrini;
- Sonho de
uma noite de
verão de
Willian
Sheaskeaspe
ar (adaptação
de Fernando
- Odisséia de
Ruth Rocha;
- Historinhas
pescadas.
- Os
miseráveis de
Vitor Hugo;
- Raptado de
Robert Louis
Stevenson.
93
Nuno);
7- RECURSOS
Os recursos serão provenientes do fundo rotativo, PDE ou tentativa de
patrocínio.
8- AVALIAÇÃO
Passado o período de um ano da concretização do projeto, observou-se
mudanças satisfatórias, como cita-se a seguir:
• Maior entrosamento entre eles evidenciando uma melhora na sociabilidade;
• Crescimento na tomada de decisões;
• Percepção de iniciativa por parte dos educandos;
• Disciplinarização do raciocínio lógico e subjetivo;
• Melhora na interpretação e produção de textos;
• Evidência de socialização do saber no contexto escolar;
• Formação de leitores críticos e independentes.
7. Projeto o corpo que não se (re)conhece não con strói sua história
movimento hip hop professora: Adriana kisielewicz m igliorini (pde )
Professor orientador: Nei alberto salles filho
Disciplina: Educação Física
1 - DESCRIÇÃO
A dinâmica de aprendizagem no contexto educacional contemporâneo
deve levar em conta a necessidade de aproximação dos conteúdos das diferentes
áreas do conhecimento às diversas realidades escolares. Na disciplina de Educação
Física, a crença de que o esporte é o único tema a ser abordado nas aulas, levou ao
empobrecimento das mesmas e a um consequente distanciamento da real
importância do corpo inserido neste processo. O objetivo desse trabalho é discutir
possibilidades de mobilizar o interesse dos alunos para a compreensão dos
conteúdos de forma autônoma e cidadã, construindo e reconstruindo perspectivas
94
da cultura corporal numa ação crítica e consciente. O projeto será realizado com
alunos do primeiro ano do Ensino Médio, seguindo algumas linhas gerais.
Inicialmente serão encaminhadas análises e discussões a partir do movimento Hip
Hop. Em seguida será feito um levantamento construído pelos próprios participantes,
a partir de suas experiências de vida, o que servirá como contextualização ao tema
abordado. Considerando esse desenvolvimento, será organizado um festival cultural
apresentando a produção obtida em todas as etapas do processo. As discussões
serão encaminhadas a partir das propostas de rap, break e grafite. Nesse sentido
será refletido, através de uma abordagem crítica, o papel da Educação Física na
compreensão do significado do corpo como elemento histórico, social e cultural.
Com esse processo pretende-se que os alunos estejam mobilizados para
compreender elementos da cultura corporal de maneira significativa, analisando,
discutindo e incorporando-os em suas ações cotidianas, tornando-se protagonistas
de sua própria história.
2 - JUSTIFICATIVA
A Cultura Hip Hop representa a alternativa cultural da atualidade que atrai
nossos alunos pela facilidade com que se identificam com a proposta. O gosto pelos
seus elementos favorecem a inclusão de temáticas importantes para a Educação
Física no que se refere a produção e compreensão dos conteúdos.
Através da Pesquisação, também chamada Metodologia Qualitativa, serão
encaminhadas análises e discussões a partir do tema.
Será feito um levantamento pelos próprios participantes a partir de suas
experiências de vida: relatos, entrevistas, produção de textos e desenhos, criação de
letras de rap ou coreografias que expressem de alguma forma a realidade dos
envolvidos. O material servirá de contextualização e proporcionará a criação de uma
relação próxima dessas discussões com alguns dos conteúdos abordados pela
disciplina de Educação Física ao longo do ano letivo, considerando esse
desenvolvimento, será organizado um Festival Cultural.
3 - OBJETIVOS GERAIS
95
- Analisar o papel da Educação Física na compreensão do significado do corpo
como elemento histórico, social e cultural;
- Refletir a importância da corporalidade como elemento articulador da
aprendizagem individual e social;
- Compreender o Movimento Hip Hop na escola como elemento cultural
provocador das relações entre corpo, cultura corporal e Educação Física Escolar.
4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Aproximar o contato dos alunos com o Movimento Hip Hop;
- Discutir o Movimento Hip Hop como conhecimento da cultura corporal na
Educação Física Escolar.
- Aplicar um conjunto de ações pedagógicas, envolvendo o Movimento Hip
Hop, na interface com as questões da corporalidade.
96
8. Projetos do Programa Mais Educação
O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Inter-ministerial n.o
17/2007 e integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como
uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a
organização curricular, na perspectiva da Educação Integral.
Trata-se da construção de uma ação intersetorial entre as políticas públicas
educacionais e sociais, para a diminuição das desigualdades educacionais, quanto
para a valorização da diversidade cultural brasileira. Por isso coloca em diálogo as
ações empreendidas pelos Ministérios da Educação – MEC, da Cultura – MINC, do
Esporte – ME, do Meio Ambiente – MMA, do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome – MDS, da Ciência e da Tecnologia – MCT e, também da Secretaria Nacional
de Juventude e da Assessoria Especial da Presidência da República, esta última por
meio do Programa Escolas-Irmãs.
Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, oportunidades
educativas e o compartilhamento da tarefa de Educar entre os profissionais da
educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a
coordenação da escola e dos professores. Isso porque a Educação Integral,
associada ao processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada à
vida e ao universo de interesse e de possibilidades das crianças, adolescentes e
jovens.
O ideal da Educação Integral traduz a compreensão do direito de aprender
como inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à
convivência familiar e comunitária e como condição para o próprio desenvolvimento
de uma sociedade republicana e democrática. Por meio da Educação Integral, se
reconhece a múltipla dimensão do ser humano e a peculiaridade do
desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens.
Esse ideal está presente na legislação educacional brasileira e pode ser
apreendido em nossa Constituição Federal, nos artigos 205, 206 e 227; no Estatuto
da Criança e do Adolescente (Lei n.o 9089/1990); em nossa Lei de Diretrizes e
Bases (Lei n.o 9394/1996), nos artigos 34 e 87; no Plano Nacional de Educação (Lei
n.o 10.179/2001) e no Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Lei n.o 11.494/2007).
97
O Programa Mais Educação atende, prioritariamente, escolas de baixo IDEB,
situadas em capitais, regiões metropolitanas e territórios marcados por situações de
vulnerabilidade social, que requerem a convergência prioritária de políticas públicas,
é operacionalizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade (SECAD), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB), por
meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as escolas e regiões prioritárias.
8.1. MATEMÁTICA JUSTIFICATIVA:
A ressignificativa da importância do ensino da matemática, tanto fora como
dentro do ambiente escolar, se deve ao fato de que as mudanças ocorridas através
da história e a construção diária da matemática, enquanto disciplina escolar, nos
mostra uma ruptura entre o nascimento da matemática e a atualidade, tendo como
origem as necessidades do cotidiano das comunidades, por isto é importante
apresentar ao aluno todo este processo de organização dos conteúdos matemáticos
e a relação com a vida prática.
Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para
eles,
Instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e
o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até
os dias de hoje (STRUIK, apud Paraná, 2008).
Tendo por orientação LORENZATO e VILA citado nas diretrizes curriculares:
É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que
“compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas
matemáticos com segurança” (PARANÁ, 2008).
Cabe a nós educador a responsabilidade em suas atividades escolares
diárias nos aspectos cognitivos, emocional e social, por isso de apresentamos esse
projeto de ação para o ano de 2010, visando os alunos com dificuldade na disciplina
de matemática e em risco social de exclusão.
98
CONTEÚDOS ESTRURANTES
Números e Álgebra
Conteúdos Específicos
As quatro operações básicas;
Conjuntos numéricos e Equações;
Proporcionalidade;
Potenciação;
Resolução de problemas (ler e interpretar);
Expressões numéricas (ordem das operações).
OBJETIVOS
Elencar as dificuldades que trazem para 5ª série angustias, ansiedades, etc. para
efetuar um trabalho de resgate, principalmente da auto-estima;
Integrar os alunos dentro do contexto escolar, propiciando uma melhor adaptação
aos alunos com dificuldades no ambiente escolar;
Acompanhar o processo educacional, dando subsídios para vencer as etapas do
aprendizado durante o ano letivo;
Desenvolver práticas que contribuam para que os alunos com nota abaixo da média
ou que não tenha atingido objetivos dentro do processo ensino-aprendizagem,
levando-o através da aprendizagem, ao sucesso escolar resgatando a confiança
na própria capacidade de aprender;
Desenvolver o hábito de estudos em casa, na escola, através de atividades
propostas em sala;
Resignificar a necessidade do hábito de desenvolver tarefas para casa;
Enfim ver no educando não só dificuldades, mas, possibilidades.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
99
A interdependência dos Conteúdos Estruturantes com os conteúdos
específicos evitando-se abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de
ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, pois “[...] o significado
curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus
conteúdos, mas sim do modo como se articulam” (MACHADO, apud Paraná, 2008).
Assumir o compromisso com a aprendizagem implica em empenhar-se na
revisão do que é realmente indispensável de maior relevância social e que
possibilitem o desenvolvimento das diferentes capacidades, pois a apropriação do
conhecimento deve ser ao nosso aluno um processo vivo, dinâmico e significativo.
Partindo do princípio de que todo aluno é capaz de aprender e de que a
interação professor/ aluno / escola / pais é fator fundamental.
O encaminhamento metodológico do projeto requer uma dinâmica de
presença do educador / educando, favorecendo interações estimulando a
participação de todos, mobilizando interesses, valorizando conhecimentos prévios,
visando o crescimento do aluno enquanto ser humano inserido no contexto social.
Para mobilizar os alunos a partir em busca do conhecimento e ampliar as
possibilidades de aprendizagem deverá ser retomado assuntos já estudados ou que
estão em estudos:
Aprender a refletir: o que está aprendendo? O que aprendemos?;
Refletir a construção de significados;
Não só aula expositiva: problematizar, não dar a resposta pronta;
Explorar: através de materiais; produção de cartazes; fração – tangram – fita
métrica; estratégias metodológicas: “dança dos quadrados” – “dança dos
triângulos”;
Pesquisas;
Mini-aulas (através dos alunos);
Trabalhar jogos;
Problemas desafios (através de projetos);
Fazer com que o aluno reflita o social;
Livros paradidáticos: olhar para a leitura; questionamento; focar alguns pontos de
observação; citar idéias importantes;
Forma de apresentação: (dinamização, teatro, aula expositiva).
100
AVALIAÇÃO A finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para
aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como
fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, apud PARANA,
2009).
Tendo por base as orientações das Diretrizes Curriculares, deve-se
considerar as vivências diárias do educando, pois, sua assimilação durante o
decorrer de todo o processo estará voltado a compreensão dos conteúdos
abordados e a sua relação com o cotidiano. Desta forma, possibilitar a educando ir
além da teoria ensinada em sala de aula e entender sua aplicabilidade prática.
Será avaliado mensalmente (durante o desenvolvimento dos conteúdos pelo
professor). Utilizando diferentes instrumentos avaliativos, tais como: pesquisa,
avaliação escrita, comunicação do processo de aprendizagem aos colegas e
professores.
8.2. Projeto leitura como base escolar ;
1) JUSTIFICATIVA:
Considerando que a leitura estimula o imaginário, oferece a possibilidade de
dar vazão às emoções e permite o exercício da criatividade.
Considerando que é crescente a preocupação da nossa em assumir, de modo
claro o ensino da leitura, já que muitas crianças chegam até nós sem letramento,
sem interesse por atividades de leitura.
Considerando que compete à escola fornecer aos alunos instrumentos para
se tornarem leitores não só de textos, mas do mundo que os cerca.
2) CONTEÚDOS:
Contos populares em prosa;
Poemas narrativos;
Contos em prosa poética;
Contos de fadas;
101
Contos fantásticos;
3) OBJETIVOS:
- Fornecer a leitura de livros diversos através de visitas à biblioteca;
- Exercitar as habilidades de ouvir, observar, localizar, sequenciar, comparar
textos em diferentes linguagens, essenciais para a comunicação;
- Saber ouvir;
- Estimular comentários e questionamentos, necessários à interpretação;
- Dramatizar os textos permitindo descontração e leveza;
- Explorar as potencialidades no desenvolvimento da aprendizagem
significativa;
- Motivar para a leitura.
8.3. Música – projeto fanfarra: a musicalidade em prol da educação Justificativa:
A música é um ótimo recurso para ligar várias disciplinas. Quando os alunos
estudam a divisão das partituras em compassos são orientados a observar a
pontuação, que é a forma de divisão dos textos. Muitos são os caminhos, recursos,
meios da educação musical e defendemos a idéia de que eles só atingem seu valor
na medida em que o professor torne presente o elemento de beleza contido em cada
técnica. A escola deve propiciar aos jovens as progressivas alegrias dos encontros
com a música, naquilo que ela tem de genial. Tais encontros devem ser
entrelaçados à preferência cotidiana dos estudantes. A música é a forma de cultura
que toca a maioria dos jovens, na qual eles investem mais tempo, os alunos
possuem uma cultura musical mais rica, mais estruturada, tem preferência e
escolhas mais firmes. Hoje, o gosto pela música constitui uma das forças vibrantes
da vida dos jovens, um de seus componentes mais cheio de promessas. O professor
de arte é, portanto, favorecido, já que a imensa maioria de seus alunos aprecia a
música. Múltiplos são os caminhos da educação musical, seus recursos. Defende-se
a idéia de que eles atingem seu pleno valor na medida em que o professor torne
presente, real, o elemento de beleza contido no interior de cada técnica investida em
cada tipo de atividade. Houve um tempo em que toda escola tinha sua fanfarra ou
102
banda, elas são um dos mais expressivos elementos da cultura artística e que ao
longo do tempo, vem compondo a trilha sonora de nossa cidade, além de despertar
a consciência cívica, favorecer a revelação de talentos e estabelecer base para
posterior educação musical.
Conteúdos: Elementos formais: Timbre, intensidade, altura, duração e densidade.
Composição: Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico, intervalo harmônico,
tonal, modal, gêneros, técnicas e improvisação.
Movimentos e Períodos: Coreografia, tempo, espaço e expressão corporal.
Objetivos:
Objetivos gerais:
- Desenvolver uma atividade de grupo para a formação de uma fanfarra escolar
onde mobilize o ambiente, mostre habilidades individuais e coletivas dos envolvidos
e resgate os valores cívicos, participação em grupo criatividade, auto-estima e
solidariedade.
- Estabelecer no espaço escolar uma proposta extracurricular visando assim
ampliação de conhecimento e da cultura da criança e adolescente nele envolvidos.
- Objetivos específicos Revelar o gosto pelas composições cívicas;
- Perceber e reproduzir estruturas rítmicas e o senso artístico;
- Proceder a ritmos e executar movimentos em seqüência;
- Vivenciar hábitos e atitudes de apreciação musical;
- Adquirir as primeiras noções de teoria musical, explorando os elementos sonoros;
- Formar a fanfarra da escola;
- Aumentar a capacidade de concentração através da atividade musical.
Encaminhamentos Metodológicos:
Os alunos envolvidos terão momentos significativos para o trabalho individual e em
grupo, pesquisas sobre o tema proposto e ensaios em grupos e individual. Na
fanfarra, os estudantes aprendem as noções fundamentais da música, especialmente
ritmo e melodia. Antes de ensinar qualquer instrumento, as atitudes principais da
fanfarra, disciplinando-os em uma igualdade de gestos e atitudes. As posições como
103
o alinhamento, sentido, a noção de marcação em conjunto, pois todos na fanfarra são
igualmente necessários. Acontecerão ensaios semanais, com o estudo das primeiras
noções musicais, de desenvolvimento rítmico e harmônico, da composição de batidas
e evoluções. Noções fundamentais da música: ritmo, teste rítmico através jogos
musicais com exploração da pausa, tempo lento ou aceleradamente. Estrutura rítmica
será trabalhada com os instrumentos musicais.
Infraestrutura:
Pátio coberto, laboratório e espaços cedidos pela União.
Resultados Esperados:
Que os alunos adquiram as primeiras noções de teoria musical, formação da
fanfarra escolar, cuja pretensão não é formar músicos, mas, ajudar a refinar a
sensibilidade dos alunos, aumentar a capacidade de concentração, disciplina,
atitudes, noções de conjunto, estes sendo um dos princípios educativos previstos no
projeto político pedagógico.
*Critérios de Participação:
Alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental, em nossa escola, que
apresentam interesse e disponibilidade, e ainda aqueles que apresentam
necessidades sócio educacionais. Também os alunos indicados pelo colegiado de
professores.
5) ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
- Após reuniões com diretores, bibliotecários, professores e equipe
pedagógica as ações seriam:
A verificação e análise das necessidades apresentadas (alunos com déficit de
aprendizagem e advindos de realidades conflitantes). Tal análise será feita através
da observação direta pelos professores a aplicação de um questionário sócio-
econômico.
A primeira preocupação será com os alunos não alfabetizados. O incentivo à
leitura será através de visitas freqüente à biblioteca retirada semanal de livros,
leitura, dramatização e narração de histórias. Serão priorizados textos que
104
estimulem o imaginário e que dêem vazão às emoções, como contos fantásticos, de
fadas, contos populares, poemas narrativos e outros...
6) INFRAESTRUTURA:
- Salas de aula e biblioteca do Colégio.
7) RESULTADOS ESPERADOS:
- Reunião bimestral para avaliar o desenvolvimento do projeto e detectar
pontos positivos e negativos.
- Fazer um levantamento dos alunos que realmente estão lendo, observar seu
progresso e negociar com os professores algum conceito, como estímulo.
- Espera-se que haja progresso na aprendizagem dos alunos.
8) CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
Dar-se à preferência à participação de alunos com déficit na aprendizagem e
advindos de realidades conflitantes.
8.4 . História-cultura regional: Patrimônio da “E scola” Estadual General Osório Justificativa Observando que os alunos, do Colégio Estadual General Osório não valorizam o
patrimônio edificado bem como toda a infraestrutura do pátio, jardins e horta.
Percebendo as mudanças ocorridas na sociedade decidimos participar do projeto
Patrimônio Vivo da Escola.
Conteúdos: Identificar reações sociais no seu próprio grupo de convívio familiar, resgatando a
história da família na comunidade onde estão inseridos.
Compreender a história individual como parte integrante da história coletiva da
comunidade pontagrossense.
Valorizar o patrimônio cultural e respeitar as diversidades sociais, considerando
critérios éticos.
105
Respeitar o patrimônio edificado conservando-o, fiscalizando-o para preservação da
sua história e do meio ambiente.
Objetivos: Incentivar os alunos do Colégio General Osório para observar o patrimônio edificado
e o meio ambiente que os rodeia.
Encaminhamentos Metodológicos : Reuniões;
Orientações;
Contatos;
Entrevistas;
Pesquisas de campo e bibliográficas;
Catalogação;
Produção de texto;
Exposição de fotografias do colégio;
Avaliação;
Publicação;
Infraestrutura: Será desenvolvido no colégio, na comunidade em geral, com entrevistas, regate de
fotografias, filmes entre outros;
Resultados Esperados: Desenvolver nos alunos o gosto pela pesquisa histórica, de modo que possam
analisar e diferenciar conceitos históricos e suas relações com as transformações
ocorridas através dos tempos, tendo influencia na vida cotidiana.
Questionar a realidade formulando-se problemas e apresentando sugestões para
resolve-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise critica, selecionando procedimentos para a formação da
verdadeira cidadania.
Critérios de Participação:
106
O projeto deverá ser desenvolvido com os professores de história, alunos do grêmio
estudantil e alunos voluntários e pessoas da comunidade.
8.5. Educação Física - volei
O mundo atual passa por varias transformações, sejam elas sociais,
econômicas e políticas, a escola não esta alheia a esta transformação e sente o
reflexo das mudanças em seu cotidiano principalmente em relação ao convívio em
comunidade, pois abriga em um mesmo espaço, uma grande diversidade de credos,
raças, ideologias, etc...
Um dos pontos que geram muitos conflitos estão ligados aos valores
humanos que estão sendo degradados pela presente geração, onde a família esta
sendo deixada em segundo plano, e o que importa é vencer. Pensando então nesta
problemática e que o presente projeto pretende despertar através do esporte,
voleibol, valores inerentes a sociedade em geral e que estão intimamente ligados ao
esporte com respeitar o outro, respeito as regras, disciplina, saber ganhar e perder,
persistência, coragem, vencer desafios e principalmente despertar através do
esporte educacional a cultura da paz.
Percebemos que os esportes produzem um interesse impar nas crianças e
adolescentes, e quando trabalhado este interesse em prol de um objetivo claro e
conciso os resultados podem ser surpreendentes. Acreditamos que investir no ser
humano é a única forma de transformar o mundo em um lugar melhor, mais
saudável para se viver, e com certeza o esporte, voleibol, pode e deve ser um aliado
nesta busca constante para resgatar valores humanos saudáveis e conquistar a paz.
Conteúdos: Voleibol iniciação;
Voleibol cooperação;
Voleibol competição;
Regras, principais jogos;
Mídia e voleibol;
Olimpíadas;
Superação através do voleibol;
107
Voleibol adaptado (sentado);
As regras do jogo X as regras da sociedade;
Valores humanos saudáveis;
Cultura da paz
A vida de um atleta;
Nutrição;
O esporte na nossa escola;
Jogos municipais;
Festivais de voleibol;
Objetivos Gerais: Proporcionar a pratica do voleibol para alunos que estão em risco social como forma
de transformação de valores humanos em busca da vivencia da cultura da paz e da
superação de limites.
Específicos: Oportunizar um ambiente favorável para a cooperação, integração e amizade; Aplicar técnicas de socialização, cooperação e utilização de valores humanos
saudáveis;
Vivenciar as regras do jogo, competitivo, cooperativo e lúdico;
Oferecer palestras, debates sobre voleibol, mídia e saúde;
Desenvolver festivais de voleibol na escola;
Encaminhamentos Metodológicos:
Proporcionar através de atividades teórico/práticas, assuntos envolvendo voleibol e
valores humanos, através da vivencia de situações problemas, onde os participantes
possam intervir opinar e colaborar no produto final, bem como despertar o interesse
e o gosto pelo o esporte educacional como uma pratica de atividade física
prazerosa.
Utilização de multimeio para fomentar o interesse pelo assunto com atividades
pratica sobre as técnicas e táticas do voleibol, conhecer espaços onde o voleibol é
praticado.
108
Infraestrutura:
Quadra coberta do colégio e salas de aulas.
Resultados Esperados:
Transformação do comportamento dos alunos em relação aos valores humanos e o
convívio social dentro e fora da ambiente escolar, Valorização do Ser Humano em
relação ao capital.
Colaboração efetiva na educação do cidadão crítico e atuante na sociedade na qual
está inserido.
Critérios de Participação:
Alunos que possuem problemas de comportamento e que estão em risco social.
Será desenvolvido junto a equipe pedagógica e professores um levantamento de
alunos que possuem características agressivas e de comportamento disciplinar
alterado e alunos que convivem em ambiente onde há alcoólatras, drogados,
prostituição, e desestrutura familiar.
Publico alvo alunos da 5ª série.
109
VIII. RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECID OS PELO ESTABELECIMENTO
Em 30/09/1992, através da Resolução nº3204/92, a escola obteve a
autorização para implantação do Ensino de 2º Grau Regular, curso
Educação Geral, e, em 06/04/93, através da Resolução nº1790/93, obteve
autorização para o seu funcionamento.
O prazo inicial foi prorrogado pela Resolução nº 5009/94, até o final
de 1996 e pela Resolução nº 4341/96 até o final do ano de 1998, passando
a denominar-se Colégio Estadual General Osório – Ensino de 1º e 2º Graus.
O reconhecimento do Ensino de 2º Grau foi através da Resolução
nº4341/98 de 03/02/99.
Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 DOE de 11/09/98, o
Colégio Estadual General Osório - Ensino de 1º e 2º Graus passou a
denominar-se COLÉGIO ESTADUAL GENERAL OSÓRIO – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
110
IX. REFERÊNCIAS Lei no 10.639/03 – acrescenta artigos 26-A, 79-A e 79-B, referentes à inclusão, no
currículo oficial da rede de ensino, da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ e
dá outras providências.
Lei no 9.795/99 – dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. PARANÁ, CEE. Deliberação no 014/99 – Indicação no 004/99. 1999. _______. Deliberação nº 04/06 - Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. _______. Deliberação no 07/99 . Normas para Avaliação, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos. _______. Deliberação no 06/06 . Normas complementares às Diretrizes Curriculare sNacionais - DCN para a inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio. _______. Deliberação no 07/06. Inclusão dos conteúdos de História do Paraná no Currículo da Educação Básica. Parecer no 03/04 - CNE/CP – DCN para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Instrução n 015/2010 -SUED/SEED PICOLI, Elaine Sinhorini Arneiro. CARVALHO, Elma Júlia Gonçalves de. Projeto Pedagógico : uma construção “coletiva”. Universidade Estadual de Maringá – UEM. ProjetoPDE, 2007. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança . Tradução de Moacir Godotti e Lílian Lopes Martins. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia : Saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1997. 342 FREIRE, P. Pedagogia do oprimido . Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1981. LOPES, A. O. et al. Repensando a didática . São Paulo, SP: Papirus, 1988. LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2003. OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento – um processo sócio – histórico. S. P. Scipione, 1993, p.23-76.
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