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PROFESSOR: PROFESSOR: ENG° MARIA HELENA DE A. ORTH ENG° MARIA HELENA DE A. ORTH Presidente da Associação Brasileira de Resíduos Presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Publica Sólidos e Limpeza Publica 2 O . SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NAS UNIVERSIDADES SANTA MARIA – RIO GRANDE DO SUL 3 A 5 DE NOVEMBRO DE 2004 COLETA SELETIVA A REALIDADE BRASILEIRA 2 O . SIMP . SIMPÓ SIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE SIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE RES RESÍ DUOS NAS UNIVERSIDADES DUOS NAS UNIVERSIDADES SANTA MARIA SANTA MARIA – RIO GRANDE DO SUL RIO GRANDE DO SUL 3 A 5 DE NOVEMBRO DE 2004 3 A 5 DE NOVEMBRO DE 2004 COLETA SELETIVA COLETA SELETIVA A REALIDADE BRASILEIRA A REALIDADE BRASILEIRA

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PROFESSOR: PROFESSOR: ENG° MARIA HELENA DE A. ORTHENG° MARIA HELENA DE A. ORTH

Presidente da Associação Brasileira de Resíduos Presidente da Associação Brasileira de Resíduos

Sólidos e Limpeza PublicaSólidos e Limpeza Publica

2O. SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NAS UNIVERSIDADES

SANTA MARIA – RIO GRANDE DO SUL

3 A 5 DE NOVEMBRO DE 2004

COLETA SELETIVA

A REALIDADE BRASILEIRA

22OO. SIMP. SIMPÓÓSIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE SIO INTERNACIONAL SOBRE GERENCIAMENTO DE RESRESÍÍDUOS NAS UNIVERSIDADESDUOS NAS UNIVERSIDADES

SANTA MARIA SANTA MARIA –– RIO GRANDE DO SULRIO GRANDE DO SUL

3 A 5 DE NOVEMBRO DE 20043 A 5 DE NOVEMBRO DE 2004

COLETA SELETIVACOLETA SELETIVA

A REALIDADE BRASILEIRAA REALIDADE BRASILEIRA

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ABLPABLPABLPASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA

E RESÍDUOS SÓLIDOSE RESÍDUOS SÓLIDOS

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COLETA SELETIVA NO BRASIL

No Brasil 237 municípios fazem a coleta seletiva, 34 municípios no R.G.do Sul.

A reciclagem no Brasil movimentou R$ 3 bilhões em 2002 acordo com dados do Compromisso Empresarial da Reciclagem – CEMPRE.

Apesar de a quase totalidade dos municípios brasileiros possuir sistema de reciclagem dos resíduos domiciliares, a coleta seletiva estápresente em apenas 4,3% destes municípios (CEMPRE-2004).

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(.

VIDROS16,00%

PLÁSTICOS15,00%

PAPEIS E PAPELÕES

35,00%

ALUMÍNIO2,00%

REJEITOS 18,00%

METAIS 8,00%

DIVERSOS 4,00%

EMBALAGEM LONGA VIDA

2,00%

COMPOSIÇÃO EM PESO DOS RESÍDUOS COLETADOS SELETIVAMENTE NAS CIDADES BRASILEIRAS EM 2004

Fonte: CEMPRE -2004.

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

Em 2000 ( IBGE) na cidade de São Paulo, mais de 20 mil pessoas atingidas pelo desemprego retiravam sua sobrevivência da operação de catação e comercialização dos materiais recicláveis descartados junto com os resíduos domiciliares.

A C.S. iniciou em agosto de 2001. A Prefeitura incorporou e ampliou a atuação das cooperativas, associações comunitárias, associações de catadores e catadores isolados

O modelo de coleta seletiva estabelece que os Resíduos Sólidos Recicláveis –RSR são originados de:

- Coleta Seletiva Porta a Porta quando o munícipe separa os materiais recicláveis secos (papel, plástico, vidro e metal) e os disponibiliza para o sistema de coleta seletiva de resíduos recicláveis da Prefeitura, e

• - Pontos de Entrega Voluntária – PEV’s em praças ou locais de fácil acesso onde são colocados recipientes para a população depositar os RSR.

Os RSR vão para as Centrais de Triagem que operam sob a responsabilidade das Cooperativas de Catadores .

Em 2000 ( IBGE) na cidade de SEm 2000 ( IBGE) na cidade de Sãão Paulo, mais de 20 mil pessoas atingidas o Paulo, mais de 20 mil pessoas atingidas pelo desemprego retiravam sua sobrevivpelo desemprego retiravam sua sobrevivêência da operancia da operaçãção de catao de cataçãção e o e comercializacomercializaçãção dos materiais reciclo dos materiais reciclááveis descartados junto com os resveis descartados junto com os resííduos duos domiciliares.domiciliares.

A C.S. iniciou em agosto de 2001. A Prefeitura incorporou e amplA C.S. iniciou em agosto de 2001. A Prefeitura incorporou e ampliou a iou a atuaatuaçãção o das cooperativas, associadas cooperativas, associaçõções comunites comunitáárias, associarias, associaçõções de catadores e es de catadores e catadores isoladoscatadores isolados

O modelo de coleta seletiva estabelece que os O modelo de coleta seletiva estabelece que os ResResííduos Sduos Sóólidos Recicllidos Reciclááveis veis ––RSR sRSR sãão originados de:o originados de:

-- Coleta Seletiva Porta a PortaColeta Seletiva Porta a Porta quando o munquando o muníícipe separa os materiais cipe separa os materiais reciclreciclááveis secos (papel, plveis secos (papel, pláástico, vidro e metal) e os disponibiliza para o stico, vidro e metal) e os disponibiliza para o sistema de coleta seletiva de ressistema de coleta seletiva de resííduos reciclduos reciclááveis da Prefeitura, eveis da Prefeitura, e

•• -- Pontos de Entrega VoluntPontos de Entrega Voluntáária ria –– PEVPEV’’ss em praem praçças ou locais de fas ou locais de fáácil acesso cil acesso onde sonde sãão colocados recipientes para a populao colocados recipientes para a populaçãção depositar os RSR.o depositar os RSR.

Os RSR vOs RSR vãão para as o para as Centrais de TriagemCentrais de Triagem que operam sob a que operam sob a responsabilidade das Cooperativas de Catadoresresponsabilidade das Cooperativas de Catadores . .

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

CENTRAL de TRIAGEMCENTRAL de TRIAGEM :Classifica:Classificaçãção ,separao ,separaçãção ,prensagem e enfardamento.o ,prensagem e enfardamento.

COOPERATIVAS:COOPERATIVAS: comercializacomercializaçãção diretamente para as empresas recicladoras, o diretamente para as empresas recicladoras, sem intermedisem intermediáários, obtendo assim melhores prerios, obtendo assim melhores preçços de comercializaos de comercializaçãção.o.

RECEITARECEITA auferida na comercializaauferida na comercializaçãção dos RSR o dos RSR éé distribudistribuíída entre da entre os cooperadosos cooperados..

O Programa de Coleta Seletiva foi oficializado em SO Programa de Coleta Seletiva foi oficializado em Sãão Paulo a partir do Decreto o Paulo a partir do Decreto nnºº 42.290, de 15 de agosto de 2002, que instituiu o Programa S42.290, de 15 de agosto de 2002, que instituiu o Programa Sóóciocio--Ambiental Ambiental ““Cooperativa de Catadores de Material ReciclCooperativa de Catadores de Material Recicláávelvel””. .

A Prefeitura implanta as Centrais de Triagem e instala ;A Prefeitura implanta as Centrais de Triagem e instala ;

-- Esteira para triagem manual com 15 metros de comprimento;Esteira para triagem manual com 15 metros de comprimento;

•• -- Prensa para latas e plPrensa para latas e pláásticossticos;;

•• -- Prensa para papeis e papelPrensa para papeis e papelõões;es;

•• -- BalanBalançça ea e

•• -- Infraestrutura administrativaInfraestrutura administrativa..

A Prefeitura estabelece um A Prefeitura estabelece um convconvêênionio com as com as cooperativascooperativas por um perpor um perííodo odo determinado para ocupadeterminado para ocupaçãção e uso desses equipamentoso e uso desses equipamentos..

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

O projeto prevO projeto prevêê a implantaa implantaçãção de um total de o de um total de 31 Centrais de Triagem 31 Centrais de Triagem atatéé

final de 2004. final de 2004.

AtAtéé o momento, o momento, 11 Centrais11 Centrais jjáá estestãão em funcionamento e o em funcionamento e

recebem recebem RSRRSR’’s coletados s coletados em cercaem cerca

de de 2200 PEV's de materiais recicl2200 PEV's de materiais reciclááveis veis

que fazem parte da rede de coleta de que fazem parte da rede de coleta de

materiais reciclmateriais reciclááveis e da operaveis e da operaçãção de coleta porta a portao de coleta porta a porta. .

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

COLETA PORTA A PORTACOLETA PORTA A PORTA

INICIOINICIO-- 5 de Junho de 20035 de Junho de 2003, Dia Internacional do Meio Ambiente, do projeto , Dia Internacional do Meio Ambiente, do projeto piloto de coleta seletiva porta a porta, em piloto de coleta seletiva porta a porta, em ááreas das Subprefeituras da Sreas das Subprefeituras da Séé e da e da Mooca. Mooca.

OCORROCORRÊÊNCIANCIA-- dias e hordias e horáários previamente estabelecidos para os roteiros rios previamente estabelecidos para os roteiros experimentais das ruas. experimentais das ruas.

UTILIZAUTILIZAÇÃÇÃO de VEO de VEÍÍCULOS ADAPTADOSCULOS ADAPTADOS especialmente para recolher os especialmente para recolher os resresííduos reciclduos reciclááveis, previamente segregados pela populaveis, previamente segregados pela populaçãção para serem o para serem doados ao programa de reciclagem.doados ao programa de reciclagem.

FREQFREQÜÊÜÊNCIANCIA--a coleta do a coleta do lixo recicllixo recicláávelvel nas residnas residêências ncias éé realizada realizada uma vez uma vez por semana.por semana.

A Coleta Convencional, em dias alternadosA Coleta Convencional, em dias alternados. O lixo . O lixo úúmido continua sendo mido continua sendo disposto para a coleta regular nos hordisposto para a coleta regular nos horáários e dias de costume.rios e dias de costume.

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULO O PAULO

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO

PONTOS DE ENTREGA VOLUNTPONTOS DE ENTREGA VOLUNTÁÁRIA RIA –– PEVPEV’’SS

O sistema de PEVO sistema de PEV’’s faz parte do Programa de Coleta Seletiva e possibilita s faz parte do Programa de Coleta Seletiva e possibilita aos munaos muníícipes a opcipes a opçãção de entregar seus materiais reciclo de entregar seus materiais reciclááveis,veis, contribuindo contribuindo com o implemento da coleta seletiva em grande escala.com o implemento da coleta seletiva em grande escala.

NUMERONUMERO--TTêêmm--se 4.500 contse 4.500 contêêineres com capacidade de 1000 litros, ineres com capacidade de 1000 litros, ee““CicleasCicleas”” com capacidade de 2.500 litros .com capacidade de 2.500 litros .

DISTRIBUIDISTRIBUIÇÃÇÃOO--em diversos pontos da cidadeem diversos pontos da cidade : escolas, postos de sa: escolas, postos de saúúde, de, centros esportivos, delegacias, bibliotecas, parques, pracentros esportivos, delegacias, bibliotecas, parques, praçças, postos de as, postos de gasolina, supermercados, bancas de jornal, condomgasolina, supermercados, bancas de jornal, condomíínios e outros.nios e outros.

FREQFREQÜÊÜÊNCIANCIA--coletadoscoletados uma vez por semana.uma vez por semana.

AtAtéé o o final de 2004 final de 2004 deverdeverãão sero ser instalados 10.000 PEVinstalados 10.000 PEV’’s. s.

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO

RESULTADOS DA COLETA SELETIVARESULTADOS DA COLETA SELETIVAOs dados apontam para um aumento significativo da quantidade de Os dados apontam para um aumento significativo da quantidade de material material

coletado no programa Coleta Seletiva Solidcoletado no programa Coleta Seletiva Solidááriaria. .

0

200

400

600

800

1000

JANEIR

O

FEVEREIRO

ABRILMAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

m ês

(tone

lada

s/m

ês)

USINA VILA LEOPOLDINA VEÍCULOS DAS COOPERATIVAS VEÍCULOS DE EMPRESAS

EVOLUEVOLUÇÃÇÃO DAS QUANTIDADES DE RESO DAS QUANTIDADES DE RESÍÍDUOS RECICLADOS NO MUNICDUOS RECICLADOS NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO--20032003

-— Usina Vila Leopoldina: Materiais recicláveis originados nas operações de triagem e reciclagem da usina, essa usina encontra-se hoje desativada.

-— Veículos das Cooperativas: Coleta de recicláveis realizada por veículos de propriedade das cooperativas.

-— Veículos das Empresas: Coleta de recicláveis realizada por veículos de empresas privada contratadas pela Prefeitura de São Paulo.

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO

OPERAÇÃO DE TRIAGEM MANUAL DE RESÍDUOS SECOS EM CENTRAL DE TRIAGEM

DA MOOCA, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULO

OPERAÇÃO DE TRIAGEM MANUAL DE RESÍDUOS SECOS EM CENTRAL DE TRIAGEM NO MUNICÍPIO DE BETIM, MINAS GERAIS

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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICPROGRAMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍÍPIO DE SPIO DE SÃÃO PAULOO PAULOEDUCAEDUCAÇÃÇÃO AMBIENTAL E DIVULGAO AMBIENTAL E DIVULGAÇÃÇÃO DA COLETA SELETIVAO DA COLETA SELETIVA

A DivisA Divisãão de Educao de Educaçãção e Divulgao e Divulgaçãção do Departamento de Limpeza Urbana o do Departamento de Limpeza Urbana --LIMPURB da LIMPURB da Prefeitura Municipal de SPrefeitura Municipal de Sãão Paulo desenvolve projetos de educao Paulo desenvolve projetos de educaçãção so sóóciocio--ambiental.ambiental.

OBJETIVOS:OBJETIVOS:

-- PropiciarPropiciar reflexreflexãão cro crííticatica frente frente ààs quests questõões de meio ambiente incentivando aes de meio ambiente incentivando açõções de combate es de combate ao desperdao desperdíício e cio e àà minimizaminimizaçãção de impactos ambientais, diretos e indiretos.o de impactos ambientais, diretos e indiretos.

-- Promover agentes multiplicadoresPromover agentes multiplicadores de educade educaçãção ambiental atravo ambiental atravéés da socializas da socializaçãção de o de informainformaçõções e construes e construçãção conjunta de conhecimento.o conjunta de conhecimento.

-- Estimular o desenvolvimentoEstimular o desenvolvimento de valores e atitudes individuais e coletivas de integrade valores e atitudes individuais e coletivas de integraçãção de o de diversos grupos da comunidade, visando a maior participadiversos grupos da comunidade, visando a maior participaçãção na busca de soluo na busca de soluçõções e es e integraintegraçãção de vivo de vivêências.ncias.

-- -- Promover a competPromover a competêência da comunidadencia da comunidade para apara açõções futuras e autonomia quanto es futuras e autonomia quanto ààs s questquestõões ambientais.es ambientais.

-- Estimular a avaliaEstimular a avaliaçãção de resultados o de resultados para realimentar novas apara realimentar novas açõções.es.

DIVULGADIVULGAÇÃÇÃOO-- éé feita atravfeita atravéés de reunis de reuniõões, palestras, participaes, palestras, participaçãção em eventos, teatro interativo o em eventos, teatro interativo de bonecos e atividades educativas como a produde bonecos e atividades educativas como a produçãção artesanal de papel.So artesanal de papel.Sãão feitas palestras em o feitas palestras em escolas e associaescolas e associaçõções em parcerias com outras Secretarias e Coordenadorias de Ensines em parcerias com outras Secretarias e Coordenadorias de Ensino para o para atender atender àà demanda de profissionais de educademanda de profissionais de educaçãção, de sao, de saúúde, na formade, na formaçãção dos novos o dos novos ““Agentes de Agentes de SaSaúúdede””, assim como para a implanta, assim como para a implantaçãção de Programas de Coleta Seletiva.o de Programas de Coleta Seletiva.

Em Em 20032003 foram atendidas cerca de foram atendidas cerca de 20 mil pessoas entre crian20 mil pessoas entre criançças, adolescentes e adultos.as, adolescentes e adultos.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

VIDRO

QUANTIDADE RECICLADA - 27,6% das embalagens - 20 mil toneladas por ano, no BRASIL. Desse total 5% são geradas por engarrafadores de bebidas, 10% por sucateiros e 0,6% provém das coletas promovidas por vidrarias. Os outros 12% representam refugos de vidro gerados nas fábricas, reaproveitados para compor novas embalagens (CEMPRE, 1997).

MOVIMENTAÇÃO DE MERCADO - R$65 milhões, dados de 2003, da Associação Brasileira a Indústria de Vidros – ABIVIDRO- , com 45% de cacos de vidro usados como matéria-prima.

CRESCIMENTO - Há espaço para crescimento.

PRODUÇÃO BRASIL- em média 800 mil toneladas de embalagens de vidro por ano.

IMPORTÂNCIA- o vidro voltará a ganhar importância no segmento de embalagens, principalmente, nos setores de alimentos e de bebidas. Exemplo: a Coca-Cola, para reduzir o custo de seu produto ao consumidor voltou a usar as garrafas retornáveis de vidro, com a meta de chegar a 30% das vendas. Hoje é de 10% essa participação em embalagens de 200 ml, 600 ml, 1 litro e 2 litros.

No Brasil, assim como na Europa, em breve alimentos como ervilhas, milhos e salsichas serão embalados em vidro, como são hoje comercializados em vários paises europeus, ou seja “A TRANSPARÊNCIA TRABALHA A FAVOR DO VIDRO” conforme afirmou o Eng. José A. Lorentepresidente da CISPER no Brasil que passou a se chamar Owens-Illinois.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

METAIS

As empresas que reciclam metais utilizam como matéria-prima as sucatas de latas provenientes dos resíduos domiciliares e aparas metálicas de indústrias.

Os metais , na forma de sucata, têm grande importância na industria metalúrgica brasileira.

QUANTIDADE de METAL RECUPERADO- corresponde à cerca de

50% da produção de chumbo

25% de cobre

14% de alumínio

20% de aço

SEPARAÇÃO- As sucatas devem ser separadas de acordo com o tipo de metal que se quer aproveitar, como o aço e o alumínio, e então, encaminhadas às industrias interessadas.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

LATAS DE ALUMÍNIO

INICIO-A reciclagem de latas de alumínio usadas no Brasil é uma importante atividade econômica, foi iniciada em 1990 e cresceu de forma notável, atingindo hoje, um dos maiores índices do mundo.

Em 1996 foram dispostos no mercado o equivalente a cerca de US$ 100 milhões, correspondentes a 66.000 toneladas de alumínio. Desse total US$ 70 milhões foram recuperados pela reciclagem, os restantes US$ 30 milhões foram enterrados em aterros em conjunto com o lixo.

Em 2002 segundo a Associação Brasileira de Alumínio-ABAL, o Brasil já teria atingido um índice de 87% de reciclagem superior a todos os paises pesquisados, a saber: Argentina= 78% , Europa (média) =46% , EUA =53% e Japão =83%.

Já é possível que uma lata de bebida seja colocada na prateleira do supermercado, vendida, consumida, reciclada, transformada em nova lata, envasada, vendida e novamente exposta na prateleira em apenas 42 dias.

A lata, em média, contém 35% de alumínio.

BENEFÍCIOS da RECICLAGEM para o país- o geradora de empregos pela nascente atividade econômica, minimizadora de resíduos e ecologia. 100 mil pessoas em todo o pais estão sobrevivendo e/ou completando seus orçamentos graças a coleta de latas de alumínio de cerveja e refrigerante, segundo levantamento feito pelasindustrias de alumínio.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

LATAS DE ALUMÍNIOQUANTIDADE-recolhida de latas para venda como sucata passa de 40 mil toneladas por ano, o equivalente a 2,5 bilhões de latinhas.

PESO de 65 latas de alumínio é de 1kg, a um valor médio de R$3,50/kg.

RENDA-Os catadores de latas em São Paulo conseguem de 2 a 4 salários mínimosmensais, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Industria do Alumínio (ABAL).

DINHEIRO PAGO aos catadores pelas empresas de reciclagem já chega a R$ 35 milhões por ano.

Segundo a ABAL, 53% dos consumidores que levam latas usadas aos postos de coleta de sucata o fazem isso por uma questão de consciência ecológica. Os catadores o fazem por motivo unicamente econômico.

O material comprado dos catadores é prensado, moído e derretido, voltando para o ciclo produtivo na forma de lingotes que depois são convertidos em chapas para a industria de embalagens metálicas .A economia obtida com a reciclagem é expressiva.

O alumínio é um produto eletrointensivo, que exige grande quantidade de eletricidade no seu processo produtivo.

Para cada 1 tonelada de alumínio produzido a partir da bauxita são necessários 17.600 KWh.

Para reciclar uma tonelada, o gasto é de 750 KWh.

Para 1 única lata reciclada, há uma economia de eletricidade equivalente a de uma TV ligada por 3 horas.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

LATAS DE AÇO

As latas de aço, produzidas com chapas metálicas conhecidas como folhas deflandres, têm como principais características a resistência, inviolabilidade e opacidade. São compostas por ferro e uma pequena quantidade de estanho ou cromo.

CONSUMO-no Brasil 600 mil toneladas de latas de aço.

RECICLADAS-18% o que equivale à cerca de 108 mil toneladas anuais.

O Brasil não é auto-suficiente em sucata de aço, precisando importar matéria-prima para atender sua demanda.

USO-o percentual de sucata de aço utilizada pelas usinas siderúrgicas nas suas aciarias é cerca de 30% do consumo aparente de folhas para embalagem, que gira em torno de 739 mil toneladas.

Se o Brasil reciclasse todas as latas de aço que consome atualmente, seria possível evitar a retirada de 900 mil toneladas de minério de ferro anualmente.

Deixaria de ocupar 8,6 milhões de metros cúbicos em aterros todos os anos.

Na cidade de São Paulo são jogadas diariamente no lixo o equivalente a 360 toneladas de aço usado, das 9.800 t/dia de resíduos domiciliares coletados em 2.004.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

PLÁSTICOS

O plástico é utilizado em quase todos os setores da economia como: a construção civil, lazer, telecomunicações, indústrias eletroeletrônica, automobilística, médico-hospitalar, etc...

O processo de evolução na utilização do plástico tem trazido a oportunidade de reduzir o consumo de energia e água, além de contribuir para a qualidade dos produtos alimentícios e diminuir a poluição ambiental.

Devido ao seu peso, inferior aos demais materiais, o plástico proporciona uma redução do consumo de combustível para o transporte.

RECICLAGEM-o setor de plásticos recicla 15% dos plásticos rígidos e filmes consumidos no Brasil, que representam 3% do volume de lixo urbano das principais capitais do país. Deste total, 60% provêm de resíduos industriais e 40% do lixo urbano.

Calcula-se que existam no Brasil cerca de 5 mil instalações industriais de reciclagem de plástico, sendo 98% pequenas e micro empresas que faturam cerca de R$ 250 milhões anuais e geram até 20 mil empregos diretos (CEMPRE, 1997).

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

CONTINUAÇÃO- PLÁSTICOS

VANTAGEM-a reciclagem e reutilização de materiais plásticos são uma condição essencial para o gerenciamento da limpeza urbana, pois esses significam, em volume, cerca de 20% de todo o lixo urbano e seu não envio para aterros contribuirá significativamente para o melhor aproveitamento dos recursos e conseqüente melhoria da vida dos cidadãos.

A reciclagem de plásticos vem contribuindo efetivamente para o desenvolvimento de artefatos de boa qualidade e de baixo custo, tornando possível o seu acesso por uma boa parte da população de baixo poder aquisitivo, tais como condutores elétricos, mangueiras, sacos de lixo, brinquedos, etc., e produtos industriais de alto desempenho, tais como palets, tábuas, mourões e perfis de madeira plástica, e um sem número de outros produtos.

As resinas plásticas em 2002 foram destinadas para embalagens (39,73%), construção civil (13,67%), descartáveis (11,55%), componentes técnicos (8,04%), agrícolas (7,67%), utilidades domesticas (4,72%) e outros (14,62%).

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1

CÓDIGOS DENOMINAÇÃO DENSIDADE

UTILIZAÇÃO

2

3

4

5

6

7

EMBALAGENS DE REFRIGERANTES, ÓLEOS VEGETAIS, ÁGUA MINERAL

PET POLI

TEREFTALATO DE POLIETILENO

PEAD POLI ETILENO DE ALTA DENSIDADE

PVC POLI CLORETO DE VINILA

PEBD POLI ETILENO DE BAIXA DENSIDADE

PP POLIPROPILENO

PS POLI ESTIRENO

OUTROS PLÁSTICOS

1,22 g/cm3

à 1,40 g/cm3

0,94 g/cm3

à 0,96 g/cm3

1,22 g/cm3

à 1,30 g/cm3

0,91 g/cm3

à 0,93 g/cm3

0,90 g/cm3

à 0,91 g/cm3

1,04 g/cm3

à 1,08 g/cm3

GARRAFAS DE ÁLCOOL, BALDES, BOMBONAS, MANTAS PARA ATERROS SANITÁRIOS

FRASCOS DE DETERGENTES, SACOS DE LIXO, LONAS , PRODUTOS DE LIMPEZA.

SACOS DE LEITE E ADUBO, CAPAS DE FIOS, LONAS, E FRASCOS DE SHAMPOO

SACOS DE RÁFIA, COPOS DE ÁGUA, FRASCOS DE SHAMPOO, POTES DE MANTEIGA ISOPOR, COPOS DESCARTÁVEIS, CAIXAS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

CÓDIGOS

INTERNACIONAIS DE

IDENTIFICAÇÃO DOS

PLÁSTICOS E SUAS

UTILIZAÇÕES.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

PAPEIS

PRODUÇÃO- 5,9 milhões de toneladas de papel por ano.

CONSUMO- Com um crescimento do PIB de 4,96% em 1993, o consumo per capita de papel no Brasil passou de 26,6 kg em 1992 para 29,4 kg em 1993. O aumento da capacidade instalada do setor papeleiro, que agregou 516 mil toneladas de papel àprodução nacional em 1993, reflete o dinamismo deste ramo de atividade.

O consumo de papéis no Brasil se concentra nos estados das regiões sul e sudeste, com a identificação de ilhas de consumo para as outras regiões.

INTERMEDIÁRIOS-o setor aparista faz geralmente a intermediação entre catadores informais de papel, sucateiros e pequenos depósitos, que representam 60% de todo o papel comprado pelas indústrias recicladoras.

O maior mercado consumidor para o papel reciclado são as indústrias de papelão ondulado, onde 65% do total dos materiais recicláveis são destinados a este tipo de embalagem.

TAXA DE RECUPERAÇÃO- de papéis no Brasil chegou a 30% em 1993.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

RECUPERAÇÃO GRANDE REGIÕES (mil t) (%)

CONSUMO (mil t)

Regiões Norte/Nordeste 84,6 9,9 849,0 Região Central 21,5 6,4 336,0 Região Sudeste 1.109,2 42,5 2.604,4 Região Sul 513,8 63,1 814,6 Brasil 1.729 37,5 4.604,0

TAXA DE RECUPERAÇÃO DE PAPÉIS RECICLÁVEIS POR REGIÕES DO BRASIL EM 1994

Fonte : Associação Brasileira de Celulose e Papel - BRACELPA

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

PNEUS

PRODUÇÃO-o Brasil produz cerca de 32 milhões de pneus por ano. Quase um terço disso é exportado para 85 países e o restante roda nos veículos nacionais.

RECAUCHUTAGEM-apesar do alto índice de recauchutagem no país, que prolonga a vida dos pneus em 40%, a maior parte deles, já desgastada pelo uso, acaba parando nos lixões, na beira de rios e estradas, e até no quintal das casas, onde acumulam água que atrai insetos transmissores de doenças.

CONSUMO DE BORRACHA- Os pneus e câmaras de ar consomem cerca de 70% da produção nacional de borracha .

RECICLAGEM-é capaz de devolver ao processo produtivo um insumo regenerado por menos da metade do custo da borracha natural ou sintética. Além disso, economiza energia e poupa petróleo usado como matéria-prima virgem e atémelhora as propriedades de materiais feitos com borracha. No Brasil, 10% das 300 mil toneladas de sucata disponíveis para obtenção de borracha regenerada são de recicladas, segundo dados da empresa Relastomer, citados pelo CEMPRE.

DESCARTE-no Brasil o descarte de pneus em aterros sanitários, mar, rios, lagos ou riachos, terrenos baldios ou alagadiços e a queima a céu aberto estão proibidos pelo CONAMA através da Resolução n.º 258/99 que está sendo revista.

Essa Resolução estabelece que os fabricantes e importadores de pneus devem coletar e dar uma destinação adequada a pneus inservíveis, ou seja, aqueles que não possam mais ser reformados, de forma escalonada, a partir de janeiro de 2002.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

EMBALAGENS CARTONADAS (Longa Vida)

COMPOSIÇÃO-a embalagem longa vida é composta de várias camadas de material - papel duplex (75%), polietileno de baixa densidade (20%) e alumínio (5%).

CONSUMO-em 1996, o Brasil consumiu cerca de 3 bilhões de embalagens Longa Vida. Em 1997, a produção foi de 4 bilhões de unidades. A embalagem Longa Vida representa menos de 0,2% de todo o lixo domiciliar coletado no Brasil.

RECICLAGEM- são três os processos possíveis para este tipo de embalagem:

- Reciclagem das fibras: feita em um hidropulper onde as fibras são hidratadas com água, separando-se do alumínio/polietileno. Após, as fibras podem ser usadas para produção de papel kraft, embalagens para ovos, etc.

- Prensagem: após picadas, as embalagens são prensadas a altas temperaturas, produzindo chapas semelhantes à madeira.

- - Incineração com recuperação de energia: o vapor alimenta uma turbina de geração elétrica.

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SITUAÇÃO DA RECICLAGEM NO BRASIL POR TIPO DE MATERIAL RECICLÁVEL

OUTROS MATERIAIS RECICLÁVEIS

Outros produtos sujeitos à coleta seletiva, mas em quantidades consideravelmente menores, diz respeito às pilhas, baterias, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes, embalagens de inseticidas, etc.

PILHAS- Resoluções n.º 57/99 e n.º 263/99 do CONAMA disciplinam o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas.

LÂMPADAS-Para as lâmpadas de descargas de gases, incluindo as lâmpadas de vapor de mercúrio, de vapor de sódio, de luz mista e lâmpadas fluorescentes, não existelegislação brasileira que proíba a disposição das mesmas com os demais resíduos sólidos urbanos.

RECICLAGEM DE LÂMPADAS-o processo de reciclagem de lâmpadas fluorescentes éconhecido e praticado no Brasil e consiste na destruição da lâmpada de forma controlada; o vidro é separado do soquete e descontaminado, retornando à produção de lâmpadas ou sendo usado na composição de esmalte na vitrificação de cerâmicas. O soquete é vendido como sucata de alumínio e o mercúrio é filtrado e encaminhado para fabricantes de cloro-soda, pilhas, baterias e também lâmpadas.

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CUSTOS DA COLETA SELETIVA

O custo da coleta seletiva é seis vezes maior que o custo da coleta convencional.

Custo da Coleta Convencional : R$ 54,00/t

Custo da Coleta Seletiva : R$ 324,00/t

O custo médio da coleta seletiva, em 16 municípios, foi de 114 U$ /tonelada, no ano de 2004.

050

100

150200

250

300

1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004

CU

STO

(US$

/t)

EVOLUÇÃO DO CUSTO MÉDIO DA COLETA SELETIVA NO BRASIL

Fonte: CEMPRE(2004)

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PREÇOS DE RECICLÁVEIS PRATICADOS NO BRASIL

Os preços dos materiais recicláveis praticados no Brasil variam segundo as cidades onde são realizadas as atividades de reciclagem.

PAPELÃO PAPEL LATAS VIDRO PLÁSTICOS EMBA.LIMPO BRANCO AÇO ALUMÍNIO INCOLOR COR RÍGIDO PET FILME L. VIDA

CIDADES R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t R$/t BRASÍLIA 80,00 150,00 100,00 3.700,00 30,00 30,00 180,00 850,00 280,00 20,00

FARROUPILHA 210,00 350,00 50,00 2.000,00 50,00 50,00 200,00 520,00 200,00 NI

ITABIRA 360,00 480,00 370,00 4.300,00 90,00 80,00 580,00 1.100,00 700,00 120,00

JUNDIAÍ P 250,00 350,00 220,00 2.900,00 120,00 65,00 350,00 83,00 450,00 100,00

LAVRAS 240,00 320,00 170,00 3.300,00 NI NI 500,00 85,00 500,00 60,00

N. ODESSA - 230,00 250,00 300,00 4.000,00 100,00 100,00 300,00 800,00 NI 70,00

S. B. CAMPOS 250,00 500,00 350,00 4.200,00 110,00 50,00 500,00 920,00 450,00 150,00

S.J. CAMPOS 220,00 127,00 454,00 3.110,00 NI 70,00 250,00 850,00 300,00 90,00

SALVADOR 240,00 350,00 454,00 4.410,00 NI 70,00 450,00 850,00 300,00 90,00

S. ANDRÉ 150,00 320,00 350,00 4.000,00 130,00 50,00 500,00 850,00 250,00 150,00

SANTOS P 230,00 400,00 150,00 3.000,00 NI 70,00 270,00 500,00 200,00 60,00

SÃO PAULO 230,00 350,00 350,00 3.800,00 180,00 110,00 650,00 820,00 NI 220,00

VITÓRIA 122,00 405,00 97,00 3.000,00 45,00 26,00 530,00 801,00 200,00 90,00

MÉDIA 216,31 334,77 262,69 3.516,92 105,56 64,25 404,62 694,54 348,18 101,67

Obs: (NI) não indicado Fonte: CEMPRE (2004)

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A RECICLAGEM NAS UNIVERSIDADES

As universidades se envolvem nos programas de coleta seletiva como parceiro das municipalidades através de convênios ou até como executores.

PROGRAMA USP RECICLA- programa criado 1974, está implantado em todos os

campi da USP e opera em conjunto com as Prefeituras locais.

• Campus Luiz de Queiroz em Piracicaba —realização de diagnósticos de lixo, encontros educativos, coleta e reciclagem de papel e outros como: oficina de Reaproveitamento e Minimização de Resíduos do Restaurante com adoção da caneca permanente.

• Campus de São Carlos em São Carlos — implantação de programas de educação de alunos e funcionários, coleta e reciclagem de papel, parceria com a P.M. local na organização da Feira da Sucata e da Barganha. No Laboratório de Resíduos Químicos (1998) trata, recupera e reutiliza resíduos gerados nas pesquisas. Exemplo seguido pelos campi de Bauru e Piracicaba. Neste campus hágrupos de estagiários trabalhando com representantes dos Departamentos e Setores,há

uma Comissão do Campus e uma educadora.

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A RECICLAGEM NAS UNIVERSIDADES

• Universidade Estadual de Feira de Santana na Bahia — desenvolve ações junto a Prefeitura local na implementação da coleta seletiva e reciclagem.

• Universidade Federal Fluminense - o Centro Comunitário São Francisco, em Niterói, com a ajuda de pesquisadores da UFF, realiza pesquisas com osmateriais da coleta seletiva e analisa os materiais resultantes da compostagem. A UFF dá cursos sobre a reciclagem de plásticos.

• Universidade Federal de Goiás – nesta universidade são concebidos projetos de coleta seletiva e de criação de cooperativas e associações de bairros.

• Universidade Federal de Viçosa – desenvolve cursos e pesquisas sobre compostagem.

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MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE

Educar a população no tocante à questão do lixo é atualmente o assunto que mais se encontra na mídia. A reciclagem de resíduos é assunto popular junto às ONGs, ao meio escolar e à mídia apresentando-se como uma das maneiras mais concretas do munícipe contribuir para melhorar o quadro da degradação ambiental.

Há objetivos e ações que diferem entre si: um é separar os resíduos, outro éreduzir o consumo e outro é reduzir o desperdício.

--- IMPLEMENTAR A SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS, A REDUÇÃO DO CONSUMO

E A REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO SÃO AÇÕES QUE A SOCIEDADE E

O MEIO AMBIENTE AGRADECEM ---