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Página 1 de 7 R$ zagoarte design Obs.: não é necessário imprimir ou fotocopiar, pois trata-se de Lista para Revisão a impressão/fotocópia não é obrigatória. 1. (Fuvest) Não mais, musa, não mais, que a lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza. Luís de Camões. Os Lusíadas. a) Cite uma característica típica e uma característica atípica da poesia épica, presentes na estrofe. Justifique. b) Relacione o conteúdo dessa estrofe com o momento vivido pelo Império Português por volta de 1572, ano da publicação de Os Lusíadas. 2. (Uerj) O 12 de outubro de 1492 tornou-se a data consagrada, tanto na Espanha como em diversos países americanos, para registrar a chegada da expedição de Cristóvão Colombo à América. A pintura histórica reproduzida acima, elaborada na Espanha por ocasião das comemorações de 400 anos desse acontecimento, apresenta uma interpretação do processo de conquista e colonização do continente americano. Identifique um elemento da pintura que está associado a essa interpretação, explicitando o significado desse elemento. Identifique, também, a partir do episódio retratado na reportagem do jornal Daily Detroit, uma crítica à interpretação simbolizada na pintura. 3. (Unicamp) O escritor Fernão Mendes Pinto não foi o único a criticar a construção de um império que ia da Índia ao Amazonas. Outros entre os quais se destacam Gil Vicente e Camões registraram que o reverso da medalha do papel de civilizadores e missionários assumido pelos portugueses era a brutalidade, a covardia, a avareza, a crueldade, a pilhagem e o desprezo pelas sensibilidades, costumes, crenças e propriedades dos locais. A prosa e a poesia do século XVI exprimiram o receio de que o preço a pagar por tal aventureirismo poderia ser a degenerescência moral e o declínio das virtudes cívicas em Portugal. (Adaptado de A. J. R. Russel-Wood, Reviewed work: The Travels of Fernão Mendes Pinto by Fernão Mendes Pinto, Revecca D. Catz. The International History Review, p. 568-572, ago. 1990.) a) Explique as críticas de Gil Vicente e Camões à construção do Império português da Época Moderna. b) Cite e explique uma forma de resistência à presença dos portugueses no Ultramar. 4. (Unicamp) Sobre o diário do indígena Chimalpahin, o historiador Serge Gruzinski escreveu: Toda a obra do cronista transborda de anotações que desenham um imaginário planetário, cujas referências nos parecem muitas vezes inesperadas. Dois meses depois de ter evocado o assassinato do rei de França, em 15 de novembro de 1610, Chimalpahin dirige seu olhar para o Japão e anota: “Dom Rodrigo de Vivero, vindo do Japão, perto da China, fez sua entrada na Cidade do México. Fez-se amigo do imperador japonês e este lhe emprestou a fortuna que Rodrigo trouxe à Cidade do México; ele trouxe, além disso, alguns japoneses com ele. Todos estavam vestidos como se vestiam lá, com uma espécie de colete e um cinto em torno da cintura, onde levavam sua katana de aço, uma espécie de espada. Não se mostravam tímidos, não eram pessoas calmas ou humildes, tinham, ao contrário, o aspecto de águias ferozes.” (Adaptado de Serge Gruzinski, As quatro partes do mundo: história de uma mundialização. Belo Horizonte: Editora UFMG, São Paulo: Edusp, 2014, p. 36.) Considerando o estudo histórico de Gruzinski e seus conhecimentos, a) identifique, a partir do texto, dois aspectos que caracterizam os contatos culturais; b) explique a importância do diário de Chimalpahin para a compreensão do processo de colonização da América. 5. (Ufpr) Observe a imagem: COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS HUGO DE CARVALHO RAMOS ANO LETIVO 2020 1º BIMESTRE ATIVIDADE COMPLEMENTAR (Lista de Exercícios 1) Série/Ano Turma (s) Turno 2º Ano do Ensino Médio A B C D E F G H I MATUTINO Professores: Patrícia Perícole / Hudson de Oliveira e Silva Disciplina: HISTÓRIA Aluno (a): Nº da chamada: Data: / / 2020 Visto do Professor Nota da Atividade Atividade referente à Revisão para a Prova Bimestral. Lista de Exercícios 1 (discursivas). Expansão Ultramarina. Observação: Conteúdo(s) de Prova: Expansão Ultramarina e Mercantilismo. Escola de Civismo e Cidadania

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Obs.: não é necessário imprimir ou fotocopiar, pois trata-se de Lista para Revisão – a impressão/fotocópia não é obrigatória.

1. (Fuvest)

Não mais, musa, não mais, que a lira tenho

Destemperada e a voz enrouquecida,

E não do canto, mas de ver que venho

Cantar a gente surda e endurecida.

O favor com que mais se acende o engenho

Não no dá a pátria, não, que está metida

No gosto da cobiça e na rudeza

Duma austera, apagada e vil tristeza. Luís de Camões. Os Lusíadas.

a) Cite uma característica típica e uma característica atípica da

poesia épica, presentes na estrofe. Justifique.

b) Relacione o conteúdo dessa estrofe com o momento vivido

pelo Império Português por volta de 1572, ano da

publicação de Os Lusíadas.

2. (Uerj)

O 12 de outubro de 1492 tornou-se a data consagrada, tanto na

Espanha como em diversos países americanos, para registrar a

chegada da expedição de Cristóvão Colombo à América. A

pintura histórica reproduzida acima, elaborada na Espanha por

ocasião das comemorações de 400 anos desse acontecimento,

apresenta uma interpretação do processo de conquista e

colonização do continente americano.

Identifique um elemento da pintura que está associado a essa

interpretação, explicitando o significado desse elemento.

Identifique, também, a partir do episódio retratado na

reportagem do jornal Daily Detroit, uma crítica à interpretação

simbolizada na pintura.

3. (Unicamp) O escritor Fernão Mendes Pinto não foi o único

a criticar a construção de um império que ia da Índia ao

Amazonas. Outros – entre os quais se destacam Gil Vicente e

Camões – registraram que o reverso da medalha do papel de

civilizadores e missionários assumido pelos portugueses era a

brutalidade, a covardia, a avareza, a crueldade, a pilhagem e o

desprezo pelas sensibilidades, costumes, crenças e

propriedades dos locais. A prosa e a poesia do século XVI

exprimiram o receio de que o preço a pagar por tal

aventureirismo poderia ser a degenerescência moral e o

declínio das virtudes cívicas em Portugal. (Adaptado de A. J. R. Russel-Wood, Reviewed work: The Travels of Fernão

Mendes Pinto by Fernão Mendes Pinto, Revecca D. Catz. The International

History Review, p. 568-572, ago. 1990.)

a) Explique as críticas de Gil Vicente e Camões à construção

do Império português da Época Moderna.

b) Cite e explique uma forma de resistência à presença dos

portugueses no Ultramar.

4. (Unicamp) Sobre o diário do indígena Chimalpahin, o

historiador Serge Gruzinski escreveu: Toda a obra do cronista

transborda de anotações que desenham um imaginário

planetário, cujas referências nos parecem muitas vezes

inesperadas. Dois meses depois de ter evocado o assassinato

do rei de França, em 15 de novembro de 1610, Chimalpahin

dirige seu olhar para o Japão e anota: “Dom Rodrigo de

Vivero, vindo do Japão, perto da China, fez sua entrada na

Cidade do México. Fez-se amigo do imperador japonês e este

lhe emprestou a fortuna que Rodrigo trouxe à Cidade do

México; ele trouxe, além disso, alguns japoneses com ele.

Todos estavam vestidos como se vestiam lá, com uma espécie

de colete e um cinto em torno da cintura, onde levavam sua

katana de aço, uma espécie de espada. Não se mostravam

tímidos, não eram pessoas calmas ou humildes, tinham, ao

contrário, o aspecto de águias ferozes.” (Adaptado de Serge Gruzinski, As quatro partes do mundo: história de uma

mundialização. Belo Horizonte: Editora UFMG, São Paulo: Edusp, 2014, p.

36.)

Considerando o estudo histórico de Gruzinski e seus

conhecimentos,

a) identifique, a partir do texto, dois aspectos que caracterizam

os contatos culturais;

b) explique a importância do diário de Chimalpahin para a

compreensão do processo de colonização da América.

5. (Ufpr) Observe a imagem:

COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS

ANO LETIVO 2020 1º BIMESTRE ATIVIDADE COMPLEMENTAR

(Lista de Exercícios 1)

Série/Ano Turma (s) Turno

2º Ano do Ensino Médio A B C D E F G H I MATUTINO

Professores: Patrícia Perícole / Hudson de Oliveira e Silva Disciplina: HISTÓRIA

Aluno (a): Nº da chamada:

Data: / / 2020

Visto do Professor Nota da Atividade

Atividade referente à Revisão para a Prova Bimestral. Lista de Exercícios 1 (discursivas). Expansão Ultramarina.

Observação: Conteúdo(s) de Prova: Expansão Ultramarina e Mercantilismo.

Escola de Civismo e Cidadania

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Sobre essa imagem, Michel de Certeau, importante historiador

no século XX, escreveu:

“Américo Vespúcio, o Descobridor, vem do mar. De pé,

vestido, encouraçado, trazendo as armas europeias do sentido

e tendo por detrás dele navios que trarão para o Ocidente os

tesouros de um paraíso. Diante dele a América Índia, mulher

estendida, nua, presença não nomeada da diferença, corpo que

desperta num espaço de vegetação e animais exóticos”. (CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense

Universitária, 2000, p. 9.)

Considerando a imagem de Theodor Galle o comentário de

Michel de Certeau, e tendo como referência as transformações

ocorridas no início da Era Moderna, comente o impacto que a

Conquista da América teve no continente Europeu, na política,

na cultura e na religião.

6. (Pucrj) A política expansionista empreendida pela Coroa

portuguesa desde o início do século XV pelo Atlântico, em

direção à África e América Portuguesa, tinha como intuito a

exploração econômica, obtida por meio do comércio,

sobretudo de produtos tropicais, metais preciosos e escravos; e

também objetivos geopolíticos e religiosos com o

estabelecimento das novas rotas atlânticas e a expansão do

cristianismo.

Com relação à expansão do cristianismo nos continentes

americano e africano,

a) indique duas ações empreendidas pela Coroa portuguesa

para expandir o cristianismo na América portuguesa;

b) explique a relação entre a expansão do cristianismo e os

interesses comerciais portugueses em territórios africanos.

7. (Ufpr) Calicute é cidade de cristãos que são homens

morenos. Usam barbas grandes e cabelos compridos, alguns

trazem as cabeças rapadas, outros tosquiadas. Usam topetes na

moleira, para mostrar que são cristãos, e nas barbas, bigodes.

Tem as orelhas furadas, e nos buracos delas trazem muito

ouro. Andam nus da cinta para cima, para abaixo usam uns

panos de algodão muito finos. Estes que andam vestidos assim

são mais honrados; os outros vestem-se como podem. Álvaro Velho. Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama (1497-1499),

editada por A. Fontoura da Costa, 3. ed., Lisboa, Agência Geral do Ultramar,

1969, p. 41.

De acordo com o fragmento do relato de Vasco da Gama e

com os conhecimentos sobre o período denominado “Grandes

Descobrimentos”, discorra sobre a viagem desse navegador ao

Oriente, mencionando os dois objetivos mais importantes que

levaram a coroa portuguesa para essa região, delineando a rota

seguida pelo navegador no seu périplo para a Índia. Mencione

quatro cidades onde os portugueses estabeleceram feitorias e

identifique qual delas se tornou o Estado da Índia portuguesa.

8. (Pucrj) O período que vai do século XVI a fins do XVIII,

corresponde à formação e consolidação dos dois maiores

impérios atlânticos da época Moderna: o império português e

o império espanhol. As Coroas ibéricas – Portugal e Espanha

– empreenderam uma espetacular expansão comercial e

marítima e igualmente militar e religiosa. Desse modo, foram

capazes de vincular ou conectar territórios e populações dos

continentes Americano, Africano, Europeu e Asiático.

Descreva as relações de conexão existentes entre os

continentes acima citados a partir:

a) da circulação e produção de mercadorias pelos portugueses

e espanhóis no espaço atlântico;

b) da mobilidade de populações europeias e africanas para as

Américas.

9. (Unesp) Leia o trecho de A divina comédia, escrita pelo

poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321), no início do

século XIV.

Como, em seu 1Arsenal, os venezianos

fervem, no inverno, o pegajoso 2pez,

pra de seus 3lenhos consertar os danos,

pois, não podendo navegar, ao invés

há quem renove o lenho, ou 4calafete

o casco que viagem muita fez;

e um na proa, na popa outro arremete,

um faz o remo, outro torce o cordame,

um remenda a grã vela, outro o 5traquete.

A divina comédia, 2009. 1arsenal: lugar de conserto de navios. 2pez: piche. 3lenho: barco. 4calafetar: vedar, fechar. 5traquete: mastro.

Nos versos, o poeta refere-se ao trabalho de reparação dos

navios venezianos. Descreva a natureza do trabalho

desenvolvido no arsenal e explique o motivo da crise

econômica das cidades italianas a partir do final do século

XV.

10. (Fgv) Não foi essencialmente demográfico no sentido de

que o movimento colonizador não foi impulsionado por

pressões demográficas (como na Antiguidade, a colonização

grega), mas tem dimensão demográfica no sentido de que

envolve amplos deslocamentos populacionais (...). A

colonização moderna foi um fenômeno global, no sentido de

envolver todas as esferas da existência, mas seu eixo

propulsor situa-se nos planos político e econômico. NOVAIS, F. Condições de privacidade na colônia. História da vida privada

no Brasil. Cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo:

Companhia das Letras, 2004, p. 18.

a) Explique as razões pelas quais a colonização portuguesa da

América não foi provocada por pressões demográficas.

b) Exemplifique os tipos de deslocamentos populacionais

dirigidos para a América portuguesa.

c) Apresente os elementos político e econômico que

propulsionaram a colonização moderna.

11. (Unesp)

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Deus quis que a terra fosse toda uma,

Que o mar unisse, já não separasse.

Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,

E a orla branca foi de ilha em continente,

Clareou, correndo, até ao fim do mundo,

E viu-se a terra inteira, de repente,

Surgir, redonda, do azul profundo.

Quem te sagrou criou-te português.

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Do mar e nós em ti nos deu sinal.

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.

Senhor, falta cumprir-se Portugal! PESSOA, Fernando. “O Infante”. Mensagem. Obra poética, 1960.

Identifique quatro características que, segundo o texto,

marcaram a expansão marítima portuguesa dos séculos XV e

XVI. Exemplifique com os versos do próprio poema.

12. (Unicamp) É na segunda metade do século XV que a

África negra descobre os portugueses. Ela se compõe de um

mosaico de povos, Estados e impérios (animistas ou

islamizados) que nem a coroa nem os marinheiros de Lisboa

jamais conseguirão dominar. O fim do século é marcado, entre

outras coisas, pela expansão do Império de Gao e pela

ascensão da dinastia Askia no Sudão ocidental. Mas é preciso

lembrar as inúmeras redes comerciais que não haviam

esperado os europeus para promover a circulação de escravos. Adaptado de Serge Gruzinski, A passagem do século 1480-1520. As origens

da globalização. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 56-57.

a) Que elementos do texto acima indicam que o continente

africano tinha, naquele período, formas de organização

complexas?

b) Como os agentes portugueses organizaram a economia do

tráfico na Era Moderna?

13. (Uel) Leia o texto a seguir.

Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as

terras que hoje são brasileiras foram desde então oficialmente

incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas

antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem

alguns historiadores portugueses, disso não ficou maior

registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada e

recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por

brasileiros e portugueses. Descoberto oficialmente, pois, em

1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode

dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.

Vários são os sentidos dessa não existência. (Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de História. São

Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: <http://revhistoria.usp.br/images/stories/revistas/145/RH-145_-

_Laura_de_Mello_e_Souza.pdf>. Acesso em: 7 jun.2013.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema,

responda aos itens a seguir.

a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pioneirismo

do Estado português nas Grandes Navegações.

b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de

Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem: “não

se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem

brasileiros.”.

14. (Ufg) Analise a fábula a seguir.

A cigarra e a formiga

Tendo a cigarra em cantigas

Passado todo o verão

Achou-se em penúria extrema

Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha

Que trincasse, a tagarela

Foi valer-se da formiga,

Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,

Pois tinha riqueza e brilho,

Algum grão com que manter-se

Até voltar o aceso estio.

– "Amiga", diz a cigarra,

– "Prometo, à fé d'animal,

Pagar-vos antes d'agosto

Os juros e o principal."

A formiga nunca empresta,

Nunca dá, por isso junta.

– "No verão em que lidavas?"

À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: – "Eu cantava

Noite e dia, a toda a hora."

– "Oh! bravo!", torna a formiga.

– "Cantavas? Pois dança agora!" ESOPO. A cigarra e a formiga. Disponível em:

<http://peregrinacultural.wordpress.com/2009/07/06/a-cigarra-e-a-formiga-

em-versos-por-bocage/>. Acesso em: 20 mar. 2013.

A fábula apresentada é originalmente atribuída a um escritor

da Grécia Antiga, tendo sido contada em diferentes versões

que alcançaram o Antigo Regime, no século XVIII. Assim

como os mitos, as lendas e as histórias, as fábulas são

indicadores do repertório sociocultural das comunidades. Com

base no exposto e considerando-se o enredo da fábula,

a) identifique uma característica da organização econômica,

que é comum tanto à Grécia Antiga quanto ao Antigo

Regime;

b) explique a função desse tipo de relato na vida cotidiana.

15. (Uerj)

Nos mapas, estão indicadas as principais rotas comerciais

europeias, respectivamente, na Baixa Idade Média e na Idade

Moderna. Comparando-os, percebem-se alterações

significativas nesses caminhos a partir do século XVI,

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provocadas pela chamada Revolução Comercial iniciada no

século XV.

Indique a mudança provocada pela Revolução Comercial e

duas de suas consequências econômicas, uma para a Europa e

outra para os demais continentes conhecidos à época.

16. (Ufsc)

“A expansão marítima teve ligações com os questionamentos

e as inovações que acompanharam o Renascimento e,

politicamente, com a formação do Estado moderno na Europa.

Assim, é impossível analisá-la sem mencionar as mudanças

econômicas, a intensificação das atividades comerciais, o

fascínio pelas especiarias, a luta da burguesia para consolidar

sua riqueza”. REZENDE, Antonio Paulo; DIDIER, Maria Thereza. Rumos da História:

História Geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 2001. p. 158. Gravura do sec.

XVI, de Theodore de Bry. p. 157-158.

Sobre a expansão marítima e comercial europeia:

a) Explique (em no máximo 4 linhas) duas razões para o

pioneirismo do reino português.

b) Considerando que o mercantilismo é um conjunto de

práticas econômicas relacionadas ao processo de expansão

marítima, explique (em no máximo 6 linhas) duas de suas

características citadas abaixo:

- Metalismo

- Protecionismo

- Balança Comercial Favorável

- Colonialismo

17. (Uerj) Leia.

Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da

“descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um

acidente, de um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os

defensores da casualidade são hoje uma corrente minoritária.

A célebre carta de Caminha não refere a ocorrência de

calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13

caravelas, bússola e marinheiros experimentados se perdesse

em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia

por acidente.

Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos

objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta: qual

foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral? Adaptado de LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1983.

Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram

processos importantes para a construção do mundo moderno.

A chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que

levaram diferentes nações europeias às grandes navegações.

Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto:

qual foi a finalidade da expedição de Cabral?

Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes

navegações marítimas nos séculos XV e XVI.

18. (Ufmg) Observe este mapa:

Nesse mapa, estão representados os limites territoriais da

Colônia Portuguesa na América estabelecidos pelo Tratado de

Tordesilhas, em 1494, e pelo Tratado de Madri, em 1750.

1. Considerando os respectivos períodos históricos, identifique

e explique uma diferença que caracteriza o traçado

correspondente a cada um desses tratados.

Tratado de Tordesilhas:

Tratado de Madri:

2. Caracterize o contexto em que cada um desses tratados foi

estabelecido.

Tratado de Tordesilhas:

Tratado de Madri:

19. (Fuvest)

Observe as rotas no mapa e responda:

a) O que representou, para os interesses de Portugal, a rota

marítima Lisboa Cabo da Boa Esperança-Calicute?

b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral para

o Império Português?

20. (Uerj)

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Como indicado no mapa acima, a expansão marítima

promovida pela Coroa de Portugal, nos séculos XV e XVI,

permitiu a incorporação de novas regiões e sociedades ao

comércio europeu.

Apresente dois interesses da sociedade portuguesa na

exploração da costa ocidental africana e explique a

importância da região para o estabelecimento dos portugueses

na Ásia.

Gabarito:

1: [Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

b) Embora em 1572 o império português estivesse vivenciando

seu auge, tornando-se verdadeiramente global, com uma rede de

entrepostos que ligava Lisboa a Nagasaki, trazendo enormes

riquezas para Portugal, o poeta, nesta estrofe, evidencia o

paradoxo entre essa riqueza e a maneira como ela era obtida,

através, especialmente, de “cobiça” e “rudeza”.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]

a) Na estrofe que faz parte do epílogo da epopeia “Os Lusíadas”,

o poeta dirige-se às musas, declarando-se incapaz de continuar a

fazer poesia devido ao ambiente de cobiça e insensibilidade social

que o rodeia. A menção a figuras da mitologia é típica da poesia

épica que narra os feitos heroicos de um povo de forma

grandiloquente e usa a intervenção de seres sobrenaturais para

engrandecimento da ação. Também os versos decassílabos

dispostos em esquema rimático ABABABABCC refletem o rigor

formal característico do Classicismo. No entanto, o tom

decepcionado do poeta que, nesta estrofe, tece duras críticas ao

aviltamento moral em que o país tinha mergulhado não é comum

nas epopeias clássicas que se restringem a enaltecer virtudes e

qualidades do herói coletivo.

b) No final do século XVI, Portugal atingiu o ponto mais alto da

sua economia mercantilista decorrente da expansão marítima por

todos os continentes. No entanto, uma crise dinástica que tem

início no reinado de D. Sebastião e que se intensifica após sua

morte na batalha de Alcácer-Quibir, provocará o início do

declínio do Império e que se agravará com o domínio espanhol

sobre Portugal até meados do século XVII.

2: A imagem de autoria de José Garnelo Y Alda, 1892, integrou o

conjunto de realizações e homenagens relativas às comemorações

dos 400 anos da chegada da expedição liderada por Cristóvão

Colombo à América. Naquele contexto do Imperialismo

Neocolonialista, a pintura integrava a perspectiva de exaltar o

feito do navegador sob a interpretação historiográfica de associá-

lo ao descobrimento e à missão civilizadora do novo continente.

Ao longo do século XX, essa interpretação foi sendo alvo de

críticas e releituras, as quais deslocaram a noção de

descobrimento, mobilizando cada vez mais o entendimento das

particularidades socioculturais, políticas e econômicas dos

processos de conquista e de colonização europeia dos territórios e

povos americanos, e especialmente seus desdobramentos quanto à

exploração e ao extermínio das populações ameríndias. Na

pintura, alguns elementos da imagem, e seus respectivos

significados, enaltecem o “descobrimento”, nos seguintes termos:

Colombo destacado no centro da pintura, como indicação de seu

maior protagonismo na conquista das novas terras; Colombo

elevando uma grande cruz acima de todos, como valorização da

presença da religião cristã no processo de conquista das novas

terras e dos indígenas; indígenas presenteando Colombo como

simbolização do caráter pacífico e amigável dos primeiros

contatos entre europeus e ameríndios; indígenas, muitos sentados

e curvados, como caracterização da subserviência e inocência dos

indígenas. A reportagem do jornal Daily Detroit, de 2015, com

destaque para a foto com o busto de Colombo vandalizado por

desconhecidos, aponta para a perspectiva distinta da enaltecida

pela pintura histórica. A intervenção na estátua, uma machadinha

cravada na cabeça e a mancha vermelha como se fosse sangue,

sugere uma crítica ao protagonismo concedido a Colombo, e

também denuncia o caráter violento do processo de conquista e

colonização, além de possibilitar inferir que houve resistência das

populações nativas à presença dos europeus.

3:

a) Gil Vicente e Camões, de acordo com o texto, tinham temor da

construção de um grande império ultramarino, devido a

possibilidade de violência, cobiças, etc, que poderiam refletir

negativamente no tecido social português, provocando uma

degeneração moral e cívica.

b) Ocorreram inúmeras reações das populações nativas contra a

presença portuguesa, tais como, a Confederação dos Cariris no

Ceará e a Confederação dos Tamoios em São Vicente. A

Confederação dos Tamoios ocorreu entre 1554-1567, consistiu

em uma forte resistência dos ameríndios tupinambás

questionando a própria colonização portuguesa.

4:

a) Em sentido mais amplo pode ser mencionado a importância

das Grandes Navegações, séculos XV e XVI, que contribuiu para

aproximar diversos povos e culturas. Em sentido mais restrito, há

o contato direto entre indivíduos de civilizações tão diferentes e

os estabelecimentos de comparações entre eles.

b) Sem dúvida, o diário deixa claro o caráter etnocêntrico no qual

há comparações entre o Europeu (considerado superior) e os

povos da América (visto pelos europeus como inferiores).

5: Visando conquistar recursos para os Estados Modernos, as

monarquias europeias investiram nas Grandes Navegações

contribuindo para o “Descobrimento”, Conquista e Colonização

da América causando um grande impacto na América bem como

no continente europeu. Muitos recursos foram deslocados para a

Europa contribuindo para a formação e desenvolvimento do

capitalismo. Na economia, a montagem do sistema colonial

mercantilista gerou recursos para os Estados Modernos Europeus.

Na política, o fortalecimento das monarquias modernas que

participaram na expansão marítima contribuindo para o sistema

absolutista. Na cultura, gerou o desenvolvimento da tecnologia

náutica, da geografia, ampliando o horizonte humano e

geográfico, conhecimento da flora e da fauna, estimulou a

mentalidade artística e filosófica e contribuiu para reforçar teses

racistas e preconceituosas de suposta superioridade do homem

branco sobre os demais.

6:

a) Podemos citar a formação das Missões Jesuíticas e o apoio à

catequização indígena;

b) As relações comerciais e religiosas se desenvolveram de

maneira conjunta entre europeus e africanos. A partir da

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conversão dos povos africanos ao Cristianismo os europeus

ampliavam seus privilégios comerciais na África, ganhando o

direito de fundar feitorias e controlar determinadas rotas

comerciais.

7: O objetivo principal da viagem de Vasco da Gama às Índias

era contornar a extremidade sul do continente Africano como

forma de acesso às riquezas das Índias em especial as especiarias

e artigos de luxo. Outro objetivo relevante era a pretensão de

Portugal de quebrar o monopólio do comércio mediterrânico

realizado pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. A rota de

Vasco da Gama contemplava a mesma iniciada por Bartolomeu

Dias, dobrando o Cabo das Tormentas ou da Boa Esperança. O

Périplo Africano defendia a teoria de que as Índias eram

acessíveis por mar a partir do Oceano Atlântico, inaugurando

uma nova rota de comércio muito mais lucrativa para o Oceano

índico. Acerca das cidades em que foram construídas feitorias,

são elas: Cochim, Goa, Cananor e Diu. Em 1510, foi constituído

o Estado Português da Índia, com capital em Goa. Esta foi a

primeira conquista territorial portuguesa naquela localidade.

8:

a) Através da aplicação do Pacto Colonial, tanto Portugal quanto

Espanha empreenderam a exploração do continente americano,

sendo que Portugal priorizou a agroexportação e a Espanha

priorizou o metalismo.

b) Podemos citar as tentativas de enriquecimento, os serviços

administrativos e as ordens religiosas.

9: O texto reata o trabalho de construção e reparo dos navios em

Veneza. Tal trabalho era livre, assalariado e especializado. No

que diz respeito à crise do século XV nas cidades italianas, ela se

deve, basicamente, a duas razões: (1) os turcos, ao tomarem

Constantinopla, passaram a dificultar e encarecer a travessia do

Mediterrâneo e (2) portugueses e espanhóis lançaram-se ao mar,

achando caminhos alternativos para as Índias e inseriram-se no

mercado das especiarias.

10:

a) A baixa densidade demográfica portuguesa era insuficiente

para explorar uma colônia de tamanha dimensão territorial como

o Brasil.

b) Pessoas pobres de Portugal se deslocaram para o Brasil e

negros da África foram arrancados do seu mundo e vendidos

como escravos na América colonial.

c) A Europa Moderna no campo político era caracterizada pelo

Absolutismo com o poder nas mãos dos reis e na esfera

econômica havia o Mercantilismo que preconizava o Estado

intervencionista, o protecionismo alfandegário, o metalismo,

entre outras características. A colonização da América era uma

forma de angariar recursos para os Estados Modernos Europeus.

11: Fernando Antônio Nogueira Pessoa, 1888-1935, conhecido

como Fernando Pessoa, grande poeta português elaborou diversas

poesias sobre a Expansão Marítima Comercial Europeia que

ocorreu nos séculos XV e XVI na qual a jovem nação Portuguesa

foi a pioneira. O auge da história de Portugal foi exatamente o

contexto das Grandes Navegações, durante a dinastia de Avis,

conforme exalta o poeta português Luís Vaz de Camões na obra

“Os Lusíadas”. No entanto nos séculos XVIII e XIX, Portugal

vivia uma grave crise econômica e política corroborada pela

vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. Neste sentido,

o poeta Fernando Pessoa vivendo em contexto de profunda crise

reflete sobre as Grandes Navegações. O poeta faz referência a

este contexto histórico quando escreve “Deus quis que a terra

fosse toda uma, / Que o mar unisse, já não separasse”. Aponta

dúvidas sobre a esfericidade do planeta terra “E viu-se a terra

inteira, de repente, surgir, redonda, do azul profundo”. Faz

menção ao pioneirismo português “Quem te sagrou criou-te

português”. Aponta também para a crise do império lusitano no

Oriente “Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez”. Ainda faz

referência ao mito do Sebastianismo criado no contexto da morte

do rei Sebastião em 1578 na batalha de Alcácer-Quibir. O mito

sugere que a nação portuguesa retomará sua importância

histórica, “Senhor, falta cumprir-se Portugal!”.

12:

a) Podemos citar a existência de “Estados e impérios” e de “redes

comerciais”.

b) O comércio de escravos ocorria por meio do estabelecimento

de feitorias no litoral africano, onde os escravos eram adquiridos

através da prática do escambo com as tribos africanas. Depois, os

escravos eram vendidos pelos portugueses no além-mar, em

especial no Brasil.

13:

a) Entre os fatores que explicam o pioneirismo português nas

Grandes Navegações se destacam, entre outros elementos, a

centralização política precoce, que permitiu a Portugal a

coordenação das ações estratégicas necessárias para realização de

um empreendimento de tal envergadura; a experiência anterior no

comércio de longa distância, realizado inicialmente sob a

hegemonia de Gênova e Veneza, bem como o envolvimento com

o mundo islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da

arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da caravela,

embarcação mais leve e veloz que as existentes na época e que

permitia aos portugueses se aproximarem da terra firme sem

encalhar; o aprimoramento das técnicas (determinação de

latitudes e longitudes) e dos instrumentos de navegação

(quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova

mentalidade voltada à experimentação e à verificação e não

apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas

experiências e inovações, localização geográfica privilegiada, a

Escola de Sagres.

b) A historiadora Laura de Mello e Souza sugere na passagem

“não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem

brasileiros” aspectos como: os povos autóctones, cerca de

2.500.000 habitantes indígenas na época da chegada de Cabral,

não constituíam uma unidade cultural, tampouco política, pois se

tratavam de um conjunto variado de sociedades; os portugueses

ocuparam um território, desconhecido por eles, sendo o Brasil

uma construção histórica posterior, portanto é equivocado

(anacronismo) pensar o território brasileiro atual para o século

XVI; o Estado brasileiro será formado apenas no século XIX,

quando conquistará a independência política da Europa,

formando um Império; a identidade nacional brasileira, tema

complexo e polêmico da historiografia, terá suas primeiras

manifestações, ainda que fragmentárias, na crise do antigo

sistema colonial no final do século XVIII.

14:

a) O comércio marítimo. Na Grécia Antiga, os gregos exportavam

seus produtos para toda a Península do Peloponeso. No antigo

regime, o comércio marítimo, estimulado pelo mercantilismo, foi

desenvolvido a partir das grandes navegações.

b) As fábulas, em geral, terminam com uma “lição de moral”.

Esta prática faz com que elas tenham um caráter moralizante,

contribuindo para estabelecer boas regras de convivência social

através do estabelecimento de regras de conduta.

15: A Revolução Comercial deslocou o eixo comercial europeu

das rotas que privilegiavam o Mar Mediterrâneo para as que

utilizavam a navegação do Oceano Atlântico.

Uma das consequências para a economia europeia:

• acumulação de capitais

• crescimento do tráfico de escravos

• fortalecimento econômico da burguesia

• acesso a novas fontes de metais preciosos

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• consolidação de práticas econômicas mercantilistas

• aumento do consumo de produtos extraeuropeus, como as

especiarias

• processo inflacionário derivado do afluxo de metais preciosos

americanos

Uma das consequências para a economia dos outros continentes:

• submissão aos interesses mercantilistas dos Estados europeus

• incorporação de práticas econômicas ditadas pelos interesses

europeus

• perda da posse da terra e de outros bens materiais por

populações nativas

• desorganização, eliminação ou retração de práticas econômicas

autossuficientes

• utilização do tráfico interno ou externo de trabalhadores como

estratégia de ação econômica

16:

a) Razões para o pioneirismo português na expansão

marítima.

1. Posição geográfica favorável.

2. Paz interna, relativa estabilidade política.

3. Formação/reunião de navegadores, matemáticos, geógrafos e

astrônomos.

4. Tradição marítima: experiência com atividade pesqueira.

5. Pioneirismo na formação do Estado Nacional Moderno

b) Características do Mercantilismo

1) Metalismo: acumulação de metais preciosos dentro do

território nacional. Identificação entre a riqueza de um país e a

quantidade de moedas em circulação no seu território.

2) Protecionismo: direito exclusivo dos governos sobre a

comercialização de certos produtos em todos os seus domínios,

principalmente nas colônias (pacto colonial). Imposição de

barreiras tarifárias aos produtos estrangeiros.

3) Balança comercial favorável: A balança comercial é

favorável quando se exporta mais que importa. Estímulo à

produção manufatureira e diminuição das importações. Posse de

colônias de exploração como forma de garantir a balança

comercial favorável.

4) Colonialismo: Conquista e domínio de territórios

ultramarinos. A colônia como uma economia complementar à

metrópole, com produção totalmente voltada à exportação.

17: A viagem de Cabral ao litoral do Brasil fez parte de um

projeto para reconhecer o litoral do Brasil, que pertencia a

Portugal desde 1494, quando do Tratado de Tordesilhas. A posse

do litoral do Brasil, somada a posse do litoral africano, garantiria

ao reino lusitano o controle sobre a rota atlântica em direção ao

oriente e suas especiarias.

As “grandes navegações” foram impulsionadas pela necessidade

de superar a crise econômica do século XIV, determinada pela

retração da produção agrícola devido às guerras e a peste negra;

ao mesmo tempo contribuiu para consolidar o Estado Nacional,

nova forma de organização política constituída no final do

período medieval.

18:

1. Tratado de Tordesilhas: a linha de Tordesilhas é imaginária e

foi estabelecida para dividir o mundo entre Portugal e Espanha;

Tratado de Madri: a linha demarcatória divide as terras de

Portugal e Espanha na América e baseia-se no princípio do uti

possidetis, que leva em consideração a ocupação dessas regiões

2. O Tratado de Tordesilhas foi definido em 1494, época em

que apenas Portugal e Espanha realizavam a expansão marítima e

a conquista de terras fora da Europa. As duas nações eram as

grandes potências econômicas europeias. O Tratado de Madri

foi definido em 1750, época de apogeu da exploração aurífera no

Brasil, que garantia riqueza significativa para Portugal; ao mesmo

tempo, a Espanha vivia um período de decadência, com a redução

da extração de minérios em suas colônias e com a derrota na

Guerra de Sucessão, encerrada em 1715, que a forçou a fazer

diversas concessões.

19:

a) Em relação à rota marítima Lisboa Cabo da Boa Esperança-

Calicute, estabeleceu-se a ligação comercial marítima de Portugal

com as Índias e, por conseguinte, o acesso direto aos produtos do

Oriente e quebra do monopólio italiano desses produtos, levados

à Europa via Mediterrâneo.

b) A expedição de Pedro Álvares Cabral confirmou a existência e

a posse das terras no Ocidente pertencentes a Portugal conforme

as determinações do Tratado de Tordesilhas. Estabeleceu ainda, a

consolidação do domínio português no Atlântico Sul.

20:

Dois dos interesses:

• continuidade das guerras de Reconquista no norte da África

• expansão do tráfico de escravos no golfo da Guiné

• exploração da agro manufatura açucareira nas ilhas de Madeira,

Açores, São Tomé e Príncipe

• obtenção de produtos como pimenta malagueta, ouro e marfim

O lucro com as atividades econômicas desenvolvidas na região

permitia o financiamento de expedições destinadas à abertura de

um novo caminho para as “Índias”, regiões asiáticas cobiçadas

em função do comércio de especiarias.

O enunciado e a resposta da questão abordam aspectos

significativos da expansão marítima portuguesa nos séculos XV e

XVI, como as vantagens da exploração África para o

financiamento de expedições ao Oriente, tema que raramente é

requisitado aos vestibulandos.