Comentário Bíblico Kretzmann - Parte 4 - Marcos 01-08.pdf

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    M A R C O S

    O E v a n g e l h o S e g u n d o S A O M A R C O S

    I n t r o d u o

    Apesar de Marcos, como chamado o autor do segundo evangelho, no ter sido um apstolo, era oaluno e o companheiro de dois grandes apstolos, Pedro e Paulo. Era judeu por nascimento,Cl.4.10. eu nome era !oo, "ue signi#ica $%eus gracioso&. eu so'renome, "ue adotou "uando setornou cristo, #oi Marcos, "ue signi#ica( $Malho&, )t.1*.1*,*+ 1-.+ 1+.-. Era #ilho duma mulherde !erusalm "ue, mais tarde, se tornou mem'ro proeminente da congrega/o desta cidade. eunome era Maria, )t.1*.1*1. oi ele, "uem o#ereceu sua casa para reuni2es devocionais, noprimeiro per3odo cr3tico da histria da jovem congrega/o. oi sua casa, "ue Pedro se dirigiu apssua li'erta/o miraculosa da priso, )t.1*.1*1. 5 muito prov6vel, segundo o relato do evangelho,"ue Marcos teve alguma #amiliaridade com !esus, antes de sua grande pai7o. Pensam muitoscomentaristas, "ue ele seja id8ntico com o jovem "ue, de acordo com seu prprio relato, dei7oupara tra9 o pano de linho com "ue estivera vestido na noite da priso de Cristo, #ugindo despido do:ets8mani, cap3tulo 14.+1. Marcos era, especialmente, 3ntimo com Pedro, por cujo intermdio #oraconvertido, caso #or seguido o modo comum de #alar desse evento, 1.Pe.+.1- )t.1*.1*. uaintimidade com ;arna' e7plicada pelo #ato "ue era seu so'rinho, Cl.4.10. oi atrave9 de;arna', "ue ele entrou em contato mais estreito com Paulo. E acompanhou a Paulo e ;arna' emsua primeira viagem mission6ria, seu #uncion6rio ou assistente.

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    I o'jetivo do evangelho de Marcos, como ele prprio a#irma, mostrar o come/o doevangelho de !esus Cristo, o ilho de %eus, 1.1. Este evangelho deveu seu poder e maravilhososucesso pessoa de !esus Cristo, "ue, por seus #eitos, seus milagres, com poder provou ser o ilhode %eus, -.11 +. 1+.-D, o "ual trou7e o reino de %eus, 1.14 D.1 10.1+,*+ 1*.-4. o, por isso,en#ati9ados os milagres de Cristo, sendo os discursos doutrin6rios registrados de #orma resumida.

    I tra/o distintivo do evangelho de Marcos seu estilo vigoroso mas compreensivo, tendo

    v3vidos lampejos nas descri/2es. ua caracter3stica $imediatamente& ou $sem demora&, ocorremmais de "uarenta ve9es no grego a r6pida troca ou mudan/a de cena o #ato "ue a se"H8nciacronolgica clara mas no e7ata. %ois dos milagres "ue ele relata, so Gnicos a este evangelho, oda cura dum surdo, .-1-, e o do cego, ao "ual !esus curou por etapas, >.***@. Lm tra/o muitocaracter3stico do evangelho so os retiros de !esus, nos "uais se preparou para um novo est6gio desua o'ra como Aedentor, 1.1* -. @.-1 @.4@ .*4 .-1 D.* 11.114.-4, em especial para sedevotar ora/o.

    I evangelho #oi, provavelmente, escrito de Aoma, na segunda metade dos anos sessenta,por"ue no h6 "ual"uer re#er8ncia destrui/o de !erusalm. e #oi ou no escrito na presen/a ecom a sugesto de Pedro, no coloca em dGvida a sua autenticidade. I testemunho un=nime daantiga histria e literatura crist aponta Marcos como o autor. .

    I ca'e/alho do evangelho, F. 01K(Princpio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.5 prprio nature9a do evangelista, o "ue se evidencia em seu estilo de escrever, "ue no perdetempo em discuss2es preliminares e longas introdu/2es. Ele tem uma mensagem, "ue a"uela umagrande mensagem para todas as pessoas de todos os tempos. sto lan/a os limites e #ronteiras daprega/o da mensagem divina para todas as pocas. I evangelho, a 'oa nova da salva/o de todasas pessoas, est6 centrada em !esus Cristo, "ue o seu in3cio, meio e #im, a sa'er, !esus, o Aedentore o alvador, e Cristo, o Lngido de %eus, nosso grande pro#eta, sacerdote e rei. o colocadosdiante de nossos olhos, tanto sua pessoa divinohumana, como seu o#3cio maravilhoso. omenteesta mensagem o evangelho ou as 'oas novas. Bodas as demais mensagens, a"uelas "ue no

    condu9em a Cristo e "ue no emanam de Cristo, so mensagens #alsas. Esta a 8n#ase de Marcos.I ministrio de !oo em concord=ncia viso pro#tica, F. *KConforme est escrito na

    profecia de Isaas: Eis a envio diante da tua face o meu mensageiro, o ual preparar o teucaminho! "# v$s do ue clama no deserto: Preparai o caminho do %enhor, endireitai as suasveredas! apareceu Jo'o (atista no deserto, pregado o )atismo de arrependimento pararemiss'o de pecados.%ois dos pro#etas dos tempos antigos haviam descrito com preciso a pessoae a o'ra de !oo ;atista. E o evangelista junta suas pro#ecias, por"ue "uer ser 'reve. ) primeirapro#ecia, Ml.-.1, uma em "ue o %eus de srael promete enviar seu mensageiro antes do Messias.E este mensageiro, por meio da mensagem "ue rece'eria e "ue deveria proclamar ao povo da na/o,

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    teve o propsito ou o'jetivo, de preparar o caminho para o Messias. Lma prepara/o total o "ue#oi preciso e o "ue deveria ser conseguido pela mensagem con#iada ao arauto. . ua Gnica vestimentaera tecida de pelos de camelo, no sendo uma vestimenta elegante e con#ort6vel, pois ele no'uscava lu9o nem um viver cmodo. Lm cinto de couro cru #irmavalhe a vestimenta na cintura.ua alimenta/o se harmoni9ava inteiramente com suas vestes( Lma #orma comest3vel dega#anhotos, Nv.11.**, e mel silvestre encontrado nas #endas das rochas ou produ9ido por alguma6rvore "ue crescia no ermo.

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    roupa "ue sempre usava, e a comida "ue sempre comia, ou o "ue lhe era costumeiro. Mas, acontece"ue a mensagem do pro#eta, seguida pelo 'atismo para o perdo, #oi em seu todo uma prepara/opara o "ue era a mensagem mais especial, a sa'er, a"uela so're !esus. Ele, a"uele um "ue mais#orte e "ue tem mas poder do "ue eu, vem aps mim, e j6 agora est6 pronto ante vs para serrevelado. ) di#eren/a e o contraste entre os dois to grande, "ue !oo no se sente digno de lherender um servi/o "ue um escravo pudesse desejar #a9er. Ele no digno de curvar0se diante deste

    homem to ilustre, e desamarrar os cadar/os de suas sand6lias. Esta #oi verdadeira e sincerahumildade, como se a encontra em todos "uantos realmente servem ao enhor. C#.1.Bm.1.1+. )o'ra deste homem, "ue assim estava sendo aguardado, podia ser resumida num curta senten/a( Elevos 'ati9ar6 com o Esp3rito anto. sto, em contraste com o mero 'atismo com 6gua para o "ual!oo #ora enviado. Esta uma caracter3stica e a parte mais signi#icativa do ministrio e da o'ra deCristo em #avor da humanidade, a sa'er, o 'atismo com a comunica/o do Esp3rito anto,!o.*0.*0.

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    humana #raca precisou da assist8ncia do Esp3rito. )s o'ras peculiares reden/o do mundo eramde tal nature9a, "ue nenhum mero homem podia e7ecutar. %a mesma #orma havia tam'm umara9o e7pl3cita para as palavras decisivas, vindas do cu, "uando do alto o Pai clamou( Bu s o meuilho amado. I pro#eta "ue proveio do povo de srael, semelhante a Moiss, estava por assumir suamisso de vida. Mas este pro#eta #oi, ao mesmo tempo, o ilho do )lt3ssimo, o amado de seu Paiceleste, "ue nele se agradou, "ue a"ui, de pG'lico, declara sua total aprova/o da misso

    empreendida por !esus. Esta #oi uma a#irma/o "ue, mais do "ue uma ve9, serviu 'em ao alvadordurante o curso de seu ministrio e de sua pai7o.

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    o'ra convidam # nele, "ue a maneira pela "ual todas as pessoas se tornariam mem'ros do seureino. Pois, $isto o "ue signi#ica&, como di9 Nutero, $ estar no reino dos cus, se eu sou ummem'ro vivo da cristandade, e no s ou/a mas tam'm creia o evangelho. e no #osse assim, umhomem estaria no cu, do mesmo modo como se eu lan/asse um tronco ou uma tora entre oscristos, ou assim como o dia'o est6 entre eles& 4K. I arrependimento precisa, necessariamente,preceder #. Pois a Gltima envolve a aceita/o do alvador dos pecadores, e, por isso, tam'm o

    reconhecimento dos pecados cometidos. Is pecadores "ue conhecem sua corrup/o, ento seromais do "ue dispostos para lan/ar sua con#ian/a no evangelho, cuja ess8ncia o perdo dospecados por meio dos mritos de !esus Cristo. oi uma mensagem de salva/o e glria "ue !esus,a"ui, proclamou.

    ) voca/o #ormal dos primeiros disc3pulos,0. 4

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    costume judeu, rece'eu o direito de #alar assem'lia, e7pondolhes as Escrituras, o "ue, via deregra, era #eito por um dos ancios da sinagoga, sendo esta #ala chamada $meamarA. oi pro#undaeimediata a impresso "ue #e9. Era algo completamente di#erente do usual #alar ma/ante e montonoso're a tradi/o e o'serva/o dos preceitos dos ancios. )li estava um homem "ue tinha umamensagem, com um ensino ou uma doutrina to e7traordin6ria e impressionante, "ue os mem'rosda congrega/o, "ue se haviam reunido, estava, "uase, #ora de si, de tanto espanto e admira/o. I

    aspecto "ue, de imediato, marcou seus ensinos, era sua maneira autori9ada de apresentar o assunto.Era um mestre "ue sa'ia como in#luenciar cora/2es e mentes. uas aplica/2es eram compreens3veise iam rai9 do assunto "ue lhe haviam proposto. )"ui no havia nada da"uela monotonia morta domtodo dos escri'as, ainda "ue no empregasse a "ual"uer um dos mtodos dos oradores parareal/ar o e#eito. Nutero, e7plicando, di9( $Com autoridade, isto , sua prega/o era tal como oe7pressa "uem o leva a srio. E o "ue ele disse, tinha poder, e era vivo, como se tivesse mos eps&?K.

    I homem de esp3rito imundo, 0. ?"# 2'o tardou ue aparecesse na sinagoga um homempossesso de esprito imundo, o ual )radou: ? Bue temos n$s contigo, Jesus 2a+areno 0iestepara perdernos (em sei uem *s: o %anto de Deus ?9# @as Jesus o repreendeu, di+endo: Calate, e sai desse homem. ?

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    e logo lhe falaram a respeito dela. "4# Ent'o, apro;imandose, tomoua pela m'o! e a fe)re adei;ou, passando ela a servilos.Marcos, indu'itavelmente, narra o #ato com mais aten/o aosdetalhes do "ue Mateus, por"ue Pedro cuidara de todos os pontos, visto lhe di9erem respeito. Comas palavras $em seguida& o evangelista chama a aten/o so're o milagre. Is dois irmos, imo e)ndr, como a"ui o te7to o a#irma e7pressamente, tinham casa em Ca#arnaum. oi a ela "ue !esuse seus "uatro disc3pulos se dirigiram. )penas haviam entrado na casa, "uando os mem'ros da casa,

    em especial imo e )ndr, lhe contaram da grave en#ermidade da so'ra de Pedro, "ue so#ria deintensa #e're, "ue capa9 de e7aurir as energias rapidamente. !esus, por sua ve9, no perdeu tempopara reali9ar sua o'ra de compai7o. %irigindose ao leito, ergueua, tomando pela mo. )o mesmotempo, repreendeu a #e're, Nc.4.-D, "ue a dei7ou imediatamente.

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    de retornar, na"uele hora, a Ca#arnaum. ueria ira a outros lugares, e pediulhes para irem adiante,a vilarejos e pe"uenas aldeias no #orti#icadas. Era l6 "ue "ueria pregar, proclamando a Palavra doevangelho. )s curas eram algo secund6rio, e se destinavam s para con#irmar a Palavra. I povo deCa#arnaum devia ter, agora e por algum tempo, tempo e ocasio para meditar so're o ensino "uelhe pro#erira, para tirar o pleno 'ene#3cio do seu poder.

    ) Cura dum Neproso, Mc.1.-D4+.

    I in3cio da jornada pela :alilia, 0. "1# Ent'o foi por toda a 3alil*ia, pregando nassinagogas deles e e;pelindo os demnios. &5# pro;imouse dele um leproso rogandolhe, de8oelhos: %e uiseres, podes purificarme. &4# Jesus, profundamente compadecido, estendeu a m'o,tocouo, e disselhe: Buero, fica limpo &?# 2o mesmo instante lhe desapareceu a lepra, e ficoulimpo. Marcos #a9 um relatrio 'em 'reve dos acontecimentos da viagem pela :alilia. !esuse7ecutou logo o seu plano, provavelmente nem voltando a Ca#arnaum. ntimamente o impelia odesejo de reali9ar sua o'ra. Ele #e9 seu caminho atrave9 da :alilia, no somente nas cidades daregio montanhosa da )lta :alilia, mas tam'm nos distritos menos montanhosos da ;ai7a:alilia. ) inten/o principal da jornada #oi pregar nas sinagogas, o "ue era tanto mais #6cil,por"ue os cultos no s eram reali9ados nos s6'ados, mas tam'm nas segundas e "uintas #eiras.

    Ele ia pregando as novas de grande alegria da salva/o a todos, sem interrup/o e sem cessar. $Estaaplica/o 9elosa, cordial e perseverante de Cristo devia ser copiada por todos os seus servos noministrio. Pois, isto hoje no menos necess6rio, do "ue #oi ento& &K. Inde "uer "ue pessoas sereunissem ao culto, ele esteve disposto e desejoso para lhes tra9er a mensagem da salva/o. oitam'm nesta viagem "ue um leproso veio a ele. e este leproso o mesmo do "ual Mateus #ala,cap3tulo >.*, no importante.

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    por outro, tam'm "ueria evitar algum a'orrecimento, no caso "ue os sacerdotes desco'rissem suacura do leproso, antes "ue o homem tivesse aparecido para ser considerado limpo. I homem,contudo, na plenitude de sua alegria, desconsiderou a ordem do enhor e, pu'licando amplamente o#ato de ter sido puri#icado, de #ato, juntou mais ansiedade e tra'alhos para o enhor. Com certe9a,as pessoas vieram, s multid2es, de todas as dire/2es, tanto "ue !esus j6 no podia mais entrar nacidade, mas #oi o'rigado a permanecer #ora, em lugares solit6rios e desertos. Mas, vindo de todos

    os lados da :alilia, chegaram at l6, e o acharam.Resumo: I ministrio de !oo preparou o caminho do enhor, o "ual, por isso, depois do

    'atismo e da tenta/o no deserto, principiou sua o'ra na :alilia, chamou "uatro homens paraserem seus disc3pulos, ensinou na sinagoga e e7pulsou um esp3rito imundo, sarou a sogra de imoe muitas outras pessoas, #e9 uma viagem de prega/o pela :alilia, e curou um leproso.

    Capitulo 0

    ) Cura do ?omem Paral3tico, Mc.*.11*.

    I retorno a Ca#arnaum, 0. 4# Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo

    correu ue ele estava em casa. ?# @uitos afluram para ali, tantos ue nem mesmo 8unto portaeles achavam lugar! e anunciavalhes a palavra. )"ui Marcos omite grande parte do relato doevangelho "ue os outros evangelistas tra9em, em harmonia com seu o'jetivo de su'linhar osmilagres de !esus e destacar seu poder divino. !esus, en"uanto isso,R completara sua primeiraviagem pela :alilia, e estivera, igualmente, no outro lado do Mar da :alilia. )lguns dos serm2esmais memor6veis de Cristo, como o $sermo do monte&, tam'm se situam neste intervalo. )psalguns dias, ou talve9 aps longo tempo, !esus voltou a Ca#arnaum. Contudo, logo "ue chegara, ocaso #oi ouvido( oi espalhado o 'oato, o relato, "ue ele voltara. ;em depressa a cidade inteirasou'e "ue ele, novamente, estava em casa. Bam'm no passou muito tempo, antes "ue muitaspessoas se congregassem, tendo ainda #rasco em suas memrias os incidentes e7traordin6rios,ocorridos algumas semanas ou meses atr6s. )#lu3ram to avidamente, "ue no s a casa se lotou,mas o espa/o ao redor da porta, tam'm, estava a'arrotado. Mas, at ali, era imposs3vel a maisvisitantes acharem lugar, nem se #alando no interior da casa. Mas ele lhes #alava, no de maneira#ormal ou num discurso ela'orado, porm numa #ala in#ormal. I "ue lhes pro#eriu, #oi a Palavra, aPalavra do evangelho, a Palavra do enhor, a"uela Palavra "ue a Gnica "ue merece este nome.)ssim, como atualmente a palavra $;3'lia& "ue signi#ica $livro&, empregada para a"uele Gnico esanto livro, cujos conteGdos a colocam numa classe totalmente prpria.

    I homem paral3tico, 0. "# lguns foram ter com ele, condu+indo um paraltico, levado poruatro homens. E, n'o podendo apro;imarse dele, por causa da multid'o, desco)riram oeirado no ponto correspondente ao em ue ele estava e, fa+endo uma a)ertura, )ai;aram o leitoem ue 8a+ia o doente. 9# 0endolhes a f*, Jesus disse ao paraltico: Filho, os teus pecados est'operdoados.Estando !esus dentro da casa, e sendo as condi/2es tais "ue outra pessoa, di#icilmente,se podia espremer entre a multido,R vieram alguns homens "ue tra9iam ou carregavam um homemparal3tico. ) en#ermidade era to grave e to grande a conse"Hente #ra"ue9a do homem, "ue nopodia ser guiado ou suportado de #orma ereta. Estava deitado numa cama ou maca, carregada por"uatro homens. Era incogit6vel apro7imarse ou chegar perto de Cristo. ) multido 'lo"ueavacompletamente a entrada da porta. Is homens, porm, no desanimaram nem decepcionaram.u'indo com sua preciosa carga pela escada, a "ual, segundo o costume dos judeus, no lado de #oracondu9ia do cho ao telhado chato, come/aram a desco'rir o telhado acima do ponto onde !esusestava, segundo seus c6lculos mais c6lculos mais e7atos poss3veis. )"ui retiraram as telhas,#a9endo uma a'ertura su#icientemente grande, para descer a maca com seu ocupante diante dos psde !esus.

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    isto "ue !esus 'uscou, to logo o homem lhe #oi colocado diante, a sa'er, a # de todos eles, ouseja, a con#ian/a #irme "ue, nesta grande tri'ula/o, ele podia e iria socorrer. Pois, ele era oMessias, "ue veio para tirar o pecado, juntamente com sua culpa e maldi/o. Bam'm devia serlem'rado( Is gemidos intercessores do cora/o, so're o mal de "ual"uer amigo ou pessoa nomundo, t8m grande #or/a diante de Cristo, "uando provm dum cora/o cheio de # nele. oi o "ueaconteceu neste caso. Pois, a primeira promessa de !esus #oi dirigida ao homem doente( ilho,

    perdoados esto os teus pecados. Esta #oi uma nova gloriosa e consoladora. Pois, mesmo "ue apresente doen/a no precise ter sido causada por alguma #alta direta do so#redor, , ainda assim,verdade, "ue o pecado causou todo o so#rimento no mundo e isto desde o come/o. $Pois, setivssemos permanecido sem pecado&, como se l8 num livro da igreja JNCMK, $a morte nopoderia prevalecer so're ns, e muito menos, o poderia "ual"uer outra a#li/o.& esta promessa,por isso, 'ene#iciou grandemente ao so#redor, visto "ue ela lhe transmitiu o perdo constantes detodos os seus pecados pelos mritos do alvador.

    ) de#esa de Cristo contra os escri'as,0.

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    ?6 muito con#orto nas palavras deste dia. I ilho de %eus se tornou homem e ad"uiriu, pormeio de sua vida, pai7o e morte, per#eito perdo dos pecados das pessoas. ) d3vida no s est6cancelada, mas est6 paga pelos mritos de Cristo. %eus, por esta ra9o, no mais tem lem'ran/a denossos pecados. E por isso, o ilho do homem pode distri'uir o grande tesouro, "ue ele ad"uiriu,entre os #ilhos dos homens. )lm disso, %eus, por meio de Cristo, deu aos homens o poder na terrade perdoar pecados. Cristo deu a todos os seus disc3pulos, ou seja, igreja crist inteira na terra, o

    poder peculiar de perdoar os pecados aos pecadores penitentes. 5 desta #orma, "ue sa'emos onde ecomo podemos o'ter o perdo dos pecados. $

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    recmconvertido. Nevado por sua alegria, organi9ou um jantar #estivo ao enhor e seus disc3pulos.!esus, de 'om grado, aceitou o convite, por"ue a ocasio lhe dava a 'oa ocasio para ter contactocom mais almas em necessidade. En"uanto esteve reclinado mesa, con#orme a maneira usual dooriente, vieram muitos pu'licanos e pecadores e se juntaram ao jantar. Eram os antigos colegas eamigos de Mateus, "ue no viu nada de estranho ou imprprio "ue eles viessem nesta ocasio.?avia, porm, pessoas "ue #icaram muito indignadas com esta "ue'ra do costume e da eti"ueta dos

    judeus. Pois, para eles os co'radores de impostos e os pecadores pG'licos #a9iam parte destamesma classe, e haviam sido e7clu3dos da congrega/o, da sinagoga, e isto, at, mesmo por alguma#alta menor contra a tradi/o judaica. E os escri'as, sentindose intimamente chocados, e7ternaramsua desaprova/o diante dos disc3pulos, talve9 durante o jantar ou "uando os disc3pulos dei7aram acasa.

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    histria 'reve e vai ao ponto( I s6'ado #eito para o homem e no o homem para o s6'ado. Is6'ado, como %eus o pretendia para os judeus, devia servirlhes como um dia de descanso, mas suainten/o nunca #ora torn6los escravos de sua o'serva/o e algem6los, o "ue #aria triste o seuviver. I s6'ado , por isso, s um meio para um #im. E no "ue concerne a toda esta "uesto, estaverdade consistente para todos os tempos. !esus, como o ilho do homem, ou como o enhordivinohumano, caso ele assim o "uiser, tem o direito de a'rogar o s6'ado do )ntigo Bestamento.

    )s antigas injun/2es so're sacri#3cios, luas novas, s6'ados, etc., estiveram em vigor at "ue eleveio. Mas o prprio corpo Cristo, Cl.*.1@,1. I terceiro mandamento ordena somente tanto aoscristos, "ue eles ou/am aprendam com alegria a palavra de %eus. )"uele "ue o #a9, guarda oterceiro mandamento, e no precisa ser in"uietados pelos #an6ticos sa'atistas destes Gltimos dias -K.

    Resumo:!esus cura um paral3tico, chama ao pu'licano Nevi para ser seu disc3pulo, pro#ere'reve discurso so're o jejum e a di#eren/a entre a antiga e a nova dispensa/o, e se declara oenhor do s6'ado.

    Captulo 0!

    ) Cura da Mo Aesse"uida, Mc.-.1@.

    0. 4# De novo entrou Jesus na sinagoga, e estava ali um homem ue tinha resseuida umadas m'os. ?# E estavam o)servando a Jesus para ver se o curaria em dia de s)ado, a fim de oacusarem. "# E disse Jesus ao homem da m'o resseuida: 0em para o meio.

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    #a9er o mal e a destrui/o da vida neste dia Pois, a omisso no #a9er o 'em e o negligenciar emalguma a/o de 'ondade , na verdade, igual ao prprio assassinato, "uando e onde o 'emestar dopr7imo est6 em jogo. ) consci8ncia de cada pessoa lhe di9 "ue, como em "ual"uer dia, tam'mno s6'ado atos de misericrdia no s so permitidos, mas e7pressamente ordenados. %evemosajudar e ser amigos do pr7imo em todas as necessidades corporais. Is #ariseus, porm, nesteponto e deli'eradamente, endureciam seus cora/2es.

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    parte norte da Palestina, onde Cristo estava desenvolvendo o tra'alho do seu ministrio. ?aviagente da seleta !udia "ue o seguia. )t a !erusalm arrogante estava representada. ;em como adumia "ue a terra dos edomitas "ue #ica ao sul e ao oeste do Mar Morto, e a Peria #ormadapelo leste do !ordo, estando, at, representada a terra das cercanias de Biro e idom, na en3cia.oi um movimento de reavivamento "ue a#etou o pa3s inteiro. Por toda a Palestina e pa3sesvi9inhos, di#icilmente, era encontrada alguma pessoa tivesse no/o do "ue ocorria na regio, "ue

    no tivesse ouvido do grande Pro#eta, da sua prega/o e curas na :alilia. ) #ama destes grandes#eitos continuava a se espalhar, e em conse"H8ncia disso, as pessoas a#lu3am a ele.Milagres de cura, 0. 1# Ent'o recomendou a seus discpulos ue sempre lhe tivessem

    pronto um )aruinho, por causa da multid'o, a fim de n'o o comprimirem. 45# Pois curava amuitos, de modo ue todos os ue padeciam de ualuer enfermidade se arro8avam a ele para otocar. 44# 7am)*m os espritos imundos, uando o viam, prostravamse diante dele e e;clamavam:7u *s o Filho de Deus. 4?# @as Jesus lhes advertia severamente ue o n'o e;pusessem pu)licidade. )s multid2es "ue vieram costa do mar para ver !esus, eram to grandes, "ue ele seviu o'rigado a tomar precau/2es. %eu instru/2es a seus disc3pulos, "ue sempre tivessem preparadoum 'arco menor, tendo os remos em seus lugares apropriados, 'em como as velas e as provis2esnecess6rias, para "ue ele, caso #osse necess6rio, dele se pudesse valer. sto #oi consideradonecess6rio, por causa do volume de pessoas "ue, em sua impetuosidade, investiam so're ele e o

    podiam esmagar. )o mesmo tempo, o seu amor salvador o impulsionava a reali9ar muitos milagresde cura, na medida "ue o povo o assediava para, ao menos, toc6lo. E o enhor, em muitos casos,permitia "ue o mero to"ue em suas vestes ou nele prprio trou7esse cura. %eviam sa'er "ue opoder no residia nas vestes mas no homem. ) palavra "ue a"ui empregada para doen/a muitosigni#icativa U $tormento& Ja/oiteK. %oen/as so , por isso, a/oites de %eus, seja na #orma depuni/o, ou na #orma de castigo compassivo, imposto por %eus ou permitido por ele com o #im deatrair as pessoas para mais perto de si. E um dos piores a/oites era a possesso demon3aca. Pois,"ue tam'm estas pessoas in#eli9es, "ue estavam sendo a#ligidas com esta terr3vel a#li/o, #oramlevadas ao enhor. Estas pessoas, invariavelmente, "uando o avistavam, ou "uando o en7ergavammais de perto, ca3am ao cho perante ele. Era o demnio "ue nelas estava, "ue as #or/ava a isto, o"ual precisou reconhecer em Cristo o enhor de todos, e aos 'rados con#essar a sua divindade( Bus o ilho de %eus. Esta, contudo, no era a con#isso pela "ual o alvador olhava. Ele no "uer olouvor da 'oca de atan6s e seus anjos. Ele no "ueria "ue estes o revelassem e tornassemconhecido como o Messias. I testemunho dos inimigos, talve9, tem seu valor, !esus, porm, "uis"ue as pessoas aceitassem sua palavra e viessem ao seu conhecimento de "ue ele era o Aedentorprometido pelo evangelho.

    I chamado dos do9e,0. 4"# Depois su)iu ao monte e chamou os ue ele mesmo uis, evieram para 8unto dele. 4 Ent'o designou do+e para estarem com ele e para os enviar a pregar,49# e a e;ercer a autoridade de e;pelir demnios. 4

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    dele, sendo este constante servir so' sua palavra necess6rio para o seu prprio adestramento "ueseriam por ele enviados para a tare#a da anuncia/o ou proclama/o do evangelho "ue, para este#im, teriam poder de %eus para e7pulsar demnios. I poder de reali9ar milagres to e7traordin6riosera necess6rio para su'stanciar sua reivindica/o duma misso divina. oi assim "ue os do9e #oramchamados, e rece'eram sua incum'8ncia, sua ordena/o. eus nomes #oram registrados por ordem.!esus cognominou, ou ps em, imo o nome Pedro, [email protected]>. ) nature9a dele era inst6vel e

    vacilante, como mostra sua nega/o. Mas, pelos ensinos e pela misericrdia de !esus, mais tarde,#oi #ortalecido na # e na con#ian/a, e se tornou um verdadeiro homemrocha. Biago era o #ilhomais velho do pescador Oe'edeu, sendo !oo o nome do mais mo/o. ) estes o enhor aplicou onome aramaico ;oanerges, "ue signi#ica $#ilhos do trovo&, por causa do seu temperamento nosdias de sua juventude, Nc.D.+4,++. I 9elo deles #oi, mais tarde, a'randado pela instru/o de !esus.Biago se tornou o primeiro m6rtir dentre os apstolos. E !oo #icou conhecido como o $apstolo doamor&. Estes tr8s so mencionados em primeiro lugar, por"ue eram os amigos 3ntimos do enhor,estando ao seu lado, tanto no Monte da Brans#igura/o como no :ets8mani, sem mencionar outrasocasi2es menores. )ndr era o irmo de Pedro e um dos primeiros "ue seguiram ao enhor,!o.1.-+40. Lma terceira dupla de irmos #oi ilipe de ;etsaida e ;artolomeu "ue, sem dGvida, id8ntico a

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    sauear a casa.I tra'alho de !esus se caracteri9ou, especialmente, pela cura de endemoninhados,o "ue era algo di#3cil e not6vel. oi, por isso, "ue os inimigos de !esus usaram a ocasio paraatacar, so're tudo, todos estes sinais de cura. Estes #oram os escri'as de !erusalm, tanto #ariseuscomo ancios, visto estar claro "ue os mestres locais no eram capa9es de en#rentar a situa/o.Fisto !erusalm se situar so're uma eleva/o de D+0 metros, e visto "ue o Mar da :alilia se situara *00 metros a'ai7o do n3vel do Mar Mediterr=neo, eles, literalmente, desceram da capital. Is

    l3deres da igreja judaica estavam muito preocupados com o #ato, "ue este ra'i desconhecido, "ueno tinha rece'ido suas instru/2es nem sua san/o para poder ensinar, tinha tanto sucesso. Por issoa delega/o. !ulgaram "ue este era o termo mais e7pressivo e claro. Como tal, #i9eram sua a missode, sempre e onde "uer "ue se o#erecia a oportunidade, in#luenciar as pessoas contra !esus. E suadi#ama/o mais perversa era esta( Ele tem ;el9e'u. 5 este pr3ncipe dos demnios "ue lhe d6 opoder de e7pelir demnios. ;el9e'u era o nome do 3dolo protetor de Ecrom, uma cidade dos#ilisteus. igni#ica $o deus das moscas&. Mas os israelitas mudaram uma consoante, e liam ;el9e'ul$o deus do estrume&, para ridiculari9ar o deus #also. oi assim "ue a palavra, gradualmente, veio adesignar o dia'o. ) inten/o clara. I signi#icado ( e este homem no estivesse em alian/a como dia'o, se no #osse pela autori9a/o e dom do dia'o "ue ele tivesse este poder, os demnios nolhe o'edeceriam saindo dos possessos. !esus, porm, tive um resposta pronta para os con#undir.Conhecendo seus pensamentos, toma a o#ensiva. Convocaos a virem sua #rente e lhes prop2e

    v6rias "uest2es. )caso racional supor "ue atan6s e7pulse a atan6s eria ele to tolo, ao pondode destruir seu prprio reino, ocasionando divis2es entre seus e7rcitos Permitiria ele, "ue osmem'ros de sua prpria casa estivessem em desaven/a entre si atan6s astuto e prudentedemais. Ele no trar6 preju39o a si mesmo nem destruir6 seu reino. Ele sa'e "ue proceder assim,signi#icaria e anunciaria o #im de seu reino. )o contr6rio disso, a de#esa de Cristo #oi(

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    de as pessoas se recusarem a dar aten/o seriedade do seu eterno 'emestar e, de modoincessante, dissipam o tempo da gra/a.

    )ntes de tudo, precisa ser relem'rado, "ue deus deseja "ue todas as pessoas sejam salvas,1.Bm.*.4. I mundo inteiro est6 inclu3do em seu plano de reden/o, !o.-.1@. E %eus se es#or/a para"ue todas as pessoas cheguem ao conhecimento da verdade, Mt.*>.*0. ual, porm, o resultado

    ?6 alguns "ue, #rivolamente, desperdi/am o tempo da gra/a "ue lhes #oi concedido no

    mundo, Mt.*4.-,->. ?6 outros "ue se recusam aceitar o convite do evangelho, Mt.*-.-. ?6tam'm os "ue ouvem o evangelho, talve9, at, cres/am em meio igreja crist, mas nunca dei7am"ue o conhecimento de Cristo seu alvador entre em seus cora/2es. ) estes o evangelho cheiro demorte para a morte, *.Co.*.1@. Iutros vo, ainda, mais longe do "ue isto, resistindo,o'stinadamente, "ual"uer tentativa do Esp3rito para entrar em seus cora/2es e principiar a o'ra daregenera/o, seguindo coerentemente sua prpria vontade, no permitindo "ue, no caso deles, sereali9e a 'oa e graciosa vontade de %eus. Endurecem seus cora/2es, como a Escritura di9,1.m.@.@ E9.*.4 Is.1-.> Mt.1-.1+ Am.*.+. E nisso "ue o ju39o de %eus pode vir so're eles.Fisto eles terem endurecido seus cora/2es contra a ua 'oa e graciosa vontade, Ele, agora, seencaminha para continuar o ju39o "ue eles prprios come/aram so're si mesmos, !o.1*.40Am.D.1> ?'.-.>,1-.

    I endurecimento dos cora/2es est6 intimamente relacionado com o pecado contra o

    Esp3rito anto. Pode, at, ser chamado como uma #orma deste pecado. Em v6rias passagens da;3'lia #alado com #ran"ue9a so're este pecado, Mt.1*.-0-* Mc.-.*>-0 Nc.1*.10 1.!o.+.1@?'[email protected]>. ) seguinte descri/o pode ser tirada destas passagens. I pecado cometido, no contra apessoa, mas contra a o'ra do Esp3rito anto "ue consiste em chamar pecadores a Cristo e darlhes acerte9a de sua salva/o. 5 condenado nestas passagens, no os pensamentos 'las#emos, mas oe#etivo #alar, o 9om'ar a'ertamente. uando se cr8 "ue a o'ra do Esp3rito anto , e "uando sedeclara a'ertamente "ue ela , a o'ra de atan6s, ento a 'las#8mia dirigida contra o Esp3rito. Bal'las#8mia pro#erida em plena consci8ncia e com a mais per#eita compreenso da implica/o dessa'las#8mia. I 'las#emo se gloria em sua 'las#8mia. Pessoas, culpadas deste pecado, uma ve9 #oramiluminados e e7perimentaram o dom celeste, e eram participantes do Esp3rito anto, ee7perimentaram a 'oa palavra de %eus e os poderes do mundo vindouro, ?'[email protected],+. Pela prprianature9a desse pecado, est6 e7clu3do o arrependimento. I homem, tendo entrado, por sua prpriaculpa, nesta condi/o de cont3nua 'las#8mia, esse repudia todas as tentativas de %eus para oin#luenciar para o 'em. I solo de seu cora/o tornouse maldito, e no produ9ira nada a no serespinhos. Por isso, o pecado contra o Esp3rito anto um "ue no pode ser reconhecido por suanature9a est6 e7clu3da "ual"uer con#isso de pecado e um desejo por perdo.

    Por isso, deviam ser guardados em mente os seguintes pontos( ) pessoa "ue comete opecado contra o Esp3rito anto, ou j6 precisa ser convertida, ou, no m3nimo, precisa ter tida aoportunidade de sentir a in#lu8ncia do Esp3rito anto so're sua alma. 5 essencial, "ue a verdadeseja rejeitada, no podendo o pecador negar sua pure9a e santidade. ) pessoa "ue vive neste pecadopersistira, por meio duma 9om'aria 'las#ema e #ranca, em sua o'stinada resist8ncia at ao #im. Ipecado no imperdo6vel por causa de sua imensido, mas por causa de sua nature9a "ue rejeita"ual"uer perdo.

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    0. 4# 0oltou Jesus a ensinar )eiramar. E reuniuse numerosa multid'o a ele, de modoue entrou num )arco, onde se assentou afastandose da praia. E todo o povo estava )eiramar,na praia. ?# ssim lhes ensinava muitas coisas por par)olas, no decorrer do seu doutrinamento.!esus havia dedicado algum tempo ao ensino particular de seus disc3pulos, no "ue #orainterrompido pela disputa com os #ariseus. )gora reassumiu seu ministrio para com o povo da

    :alilia e outros "ue vieram de outros lugares da Palestina. Estamos diante de um dos doiscap3tulos de Marcos "ue apresentam um discurso em cadeia do enhor, sendo o cap3tulo tre9e ooutro. I ensino de Cristo #oi, em sua maior parte, reali9ado ao ar livre, em v6rios pontos ao longoda praia do mar. Multid2es, maiores do "ue antes, se reuniam ao seu redor, tornandolhe necess6rioentrar num 'arco e dirigirse s pessoas, en"uanto estava sentado certa dist=ncia da terra.En"uanto isso, toda a multido estava de p ao longo da costa "ue, em leve aclive, su'ia do mar.!esus, desta #orma, tinha a vantagem de ter toda sua audi8ncia diante de si, podendo ele,praticamente, en7ergar a cada um. Bam'm lhe era melhor dirigirse de ca'e/a erguida a eles,sendo "ue a vo9 se transmitia melhor. )s pessoas, por sua ve9, todas podiam v8lo, o "ue eranecess6rio para uma aten/o mais precisa. Marcos en#ati9a o #ato "ue o discurso do enhor #oi oensino ou a instru/o. eu o'jetivo no era distrair a multido, mas transmitirlhe o conhecimentore#erente salva/o. Este deve ser o alvo de toda e "ual"uer prega/o verdadeiramente evanglica.

    I pregador "ue re'ai7a sua igreja a um salo de entretenimento e seu sermo numa insensate9 depalha/o, esse no anda nas pegadas do grande Mestre. I #eitio do ensino de Cristo #oi seu ensinoem par6'olas ou no singelo contar de incidentes "ue #oram tirados da vida di6ria, mas com umapro#unda aplica/o para assuntos espirituais.

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    "ue aparecessem so're o solo, no eram su#icientemente grande e #ortes para suprir mais umidade planta, pois, j6 no se puderam e7pandir e crescer mais #undo no solo. ) minguada umidade, empouco, se esgotou, e, "uando o sol se a'ateu so're a terra nua, elas en#ra"ueceram. E, ento, sua#alta dum su#iciente sistema radicular mostrou seu e#eito( morreram. Em mais outra parte do campoo solo ou no #oi 'em tra'alhado para arrancar todos os espinhos e ervas daninhas, ou restoualguma espcie de semente daninha do ano anterior "ue gostou da lavra do solo e 'rotou e

    proli#erou. ) semente, semeada ali, 'rotou e as plantas come/aram a crescer. Mas a erva daninhatinha mais vigor. Cresceu vi/osa e #orte, e logo su#ocou o cereal, a ponto de no poder produ9ir#ruto. Iutra semente, porm, caiu num solo "ue reem'olsou generosamente o tra'alho doagricultor( )s plantas cresceram alto e #orte. uas espigas eram grandes e cheias. Is grosencheram as espigas, como era de esperar. E a colheita se mostrou plenamente como o agricultorhavia esperado. Pois o ganho #oi de trinta, sessenta e cem ve9es mais. I enhor, mas uma ve9,en#ati9a a import=ncia da li/o "ue desejara repassar aos ouvintes, e7clamando( uem tem ouvidospara ouvir, ou/a.

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    semelhante a uma montanha cheia de tesouros. Is tesouros "ue estavam e7postos haviam sidotantas ve9es revolvidos "ue, para muitas pessoas, suas 'ele9as haviam sido humilhadas ao n3vel demeros chav2es. Mas a"uele "ue 'usca o ouro puro, esse cavar6, investigar6 e procurar6 e achar6sempre novas veias e, de ve9 em "uando, uma pepita de ouro maci/o to rica, a ponto de #icara'ismado diante de tal grandiosidade.

    ) e7plica/o da par6'ola,0. 4 semeador semeia a palavra. 49# %'o estes os da )eira

    do caminho, onde a palavra * semeada! e, enuanto a ouvem, logo vem %atans e tira a palavrasemeada neles. 4

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    "ue a"ui transmitiu a seus disc3pulos, #a9ia parte do seu e"uipamento como pregadores, devendoeles us6lo para o 'em de sus ouvintes. )#irma/2es meramente gerais so're a vontade de %eus e asalva/o da humanidade, so' certas circunst=ncias, podiam ser muito o'scuras e, at, inintelig3veispara o pG'lico em geral. Por isso preciso uma e7plica/o tal "ue torne evidente o signi#icado e"ue conven/a cada pessoa da realidade do plano de %eus para a salva/o. )lm disso, em geral verdade "ue o #ruto "ue %eus espera do cristo de tal #orma, "ue ele se #ar6 sens3vel ao mundo e

    e7ercer6 in#lu8ncia nos interesse di6rios da vi9inhan/a. ) lu9 no vem, no tra9ida por "uem acondu9, para ser colocada de'ai7o dum invertido medidor de cereais ou so' uma poltrona, como as"ue eram usadas "uando se reclinava mesa. %eve, porm, ser colocada no candeeiro. Ento elepode #ornecer lu9 a todos os "ue esto na casa, Mt.+.1+. Cristo en#ati9a( I "ue agora ainda est6enco'erto certamente ser6 revelado. Parece "ue isto uma lei clara( ) pessoa "ue esconde algo,procede assim com a inten/o de 'usc6lo do esconderijo em algum tempo #uturo. $sto verdadeuniversal. Coisas so escondidas por"ue so valiosas. Mas coisas valiosas e7istem para seremusadas "uando e como #or necess6rio&4?K. 5, e7atamente, este o pensamento "ue o enhor ensina,Mt.10.*. ) doutrina do evangelho, ou seja, a 'oa nova da justi#ica/o por gra/a de todos ospecadores por meio dos mritos de !esus Cristo, est6 oculta para as pessoas.

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    %eus esta'eleceu, a semente 'rota, a #olha aparece, a espiga se desenvolve e o gro madura. E assim, "ue acontece em assuntos espirituais. uando um pastor pregou a Palavra, seja em pG'licocomo de casa em casa, ento ele #e9 o tra'alho para o "ual #oi chamado. Preocuparse com osresultados to tolo como inGtil. I poder de %eus est6 na Palavra. Com ele est6 a'en/oar aproclama/o do evangelho, con#orme sua promessa, de "ue sua Palavra no voltar6 va9ia paraele, s.++.10,11. %eus precisa dar o crescimento, 1.Co.-.@,. ?6 muitos pastores, especialmente dos

    mais jovens, como curiosamente se o a#irma, "ue, logo de pois de terem sa3do com a semeadura, j6"uerem voltar e entrar na lavoura com a segadeira. uando o tempo de %eus chegou, ento acolheita pode ser juntada. Ele enviar6 sua gadanha e recolher6 os molhos maduros.

    ) par6'ola do gro de mostarda,0. "5# Disse mais: ue assemelharemos o reino deDeus ou com ue par)ola o apresentaremos "4# como um gr'o de mostarda ue, uandosemeado, * a menor de todas as sementes so)re a terra! "?# mas, uma ve+ semeada, cresce e setorna maior do ue todas as hortali=as, e deita grandes ramos a ponto de as aves do c*u poderemaninharse sua som)ra.)o enhor no era coisa indi#erente, mas motivo de grande preocupa/o,como devia acontecer com todo verdadeiro pro#essor da Palavra, a maneira como podia clarear aosdisc3pulos as grandes verdades "ue precisavam conhecer e com as "uais precisavam estartotalmente #amiliari9ados, tanto para o 'em deles como para o de seus ouvintes. Por isso olhou poruma compara/o, alguma par6'ola, "ue destacar6, de maneira ainda melhor, a li/o da Gltima

    par6'ola, e "ue tam'm se apli"ue a toda a igreja. Escolhe uma semente de mostarda para este seupropsito. I tra/o caracter3stico dessa semente seu minGsculo tamanho, #a9endo com "ue ela sejainsigni#icante, "uando comparada com outras "ue so semeadas na terra. Is e#eitos, contudo, somaravilhosos. Bendo solo apropriado e so' condi/2es certas, ela crescer6 e se tornar6 na maior dashortali/as, tornandose em suas propor/2es "uase como uma 6rvore, estendendo seus ramos emtodas as dire/2es, assim "ue as aves gostaro de sua som'ra e #icaro #eli9es em usar a prote/o deseus galhos como pousada. %a mesma #orma, a prega/o do evangelho considerado insigni#icanteperante os homens. 5 despre9ada vista da"ueles "ue pre#erem a #iloso#ia e a sa'edoria destemundo. Mas, "uando o assunto so os e#eitos, a vida e a #or/a espiritual, ento a sa'edoria humananem pode entrar em considera/o. Pois, to s a Palavra de %eus pode tomar conta dum cora/ohumano e renov6lo totalmente, e mudar toda sua vida e maneira de pensar. E o mesmo e#eito podeser o'servado na histria da igreja. Lm pe"ueno punhado de disc3pulos, reunido na c=mara superiorem !erusalm, cresceu para um corpo, cujo tamanho s %eus conhece, mesmo "ue o nGmero dos"ue pro#essam o cristianismo muito grande. Este #ato #onte de constante con#orto para todos oscristos, sejam eles pastores ou no. eu tra'alho no pode ser em vo, visto "ue a Palavra vivacom "ue lidam.

    I #im das par6'olas, 0.""# E com muitas par)olas semelhantes lhes e;punha a palavra,conforme o permitia a capacidade dos ouvintes." E sem par)olas n'o lhes falava! tudo, por*m,e;plicava em particular aos seus pr$prios discpulos.)s par6'olas, a"ui relacionadas por Marcos,de modo algum #oram todas as "ue o enhor pro#eriu nesse dia, talve9 junto ao mar ou em casa. )sa"ui re#eridas so to s algumas das muitas. Bentava adaptar a instru/o ao entendimento de seusouvintes, em especial ao de seus disc3pulos, "ue precisavam de urgente ensino. eu tema erasempre o mesmo( alavalhes a Palavra, o evangelho de sua salva/o. ueria inculcar neles anecessidade de entrar no reino de %eus, de aceitar o Aedentor, de terem # nos cora/2es. Estevers3culo, por isso, de modo nenhum, discorda com F.1*. $Marcos di9, cap3tulo 4.--, "ue Cristo

    #alara em par6'olas ao povo para "ue pudessem entend8lo, cada um con#orme sua prpriacapacidade. Como concorda isto com o "ue Mateus di9, cap3tulo 1-.1-,14( Walava em par6'olaspara "ue no entendessemX sto deve ser interpretado de tal #orma, "ue Marcos deseja di9er( )spar6'olas t8m este o'jetivo, "ue as pessoas iletradas compreendam a histria, mesmo "ue noentendam seu sentido, o "ue lhes poder6 ser ensinado depois para "ue, ento, as entendam. Pois, aspar6'olas, certamente, agradam s pessoas simples, e elas as recordam #acilmente, visto seremtiradas de coisas simples ou seja, da"uilo "ue lhes era #amiliar. Mateus, porm, deseja di9er "ueestas par6'olas so de tal nature9a, "ue ningum consegue entend8las.

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    reveladas.

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    mas a'ruptamente. mediatamente reinou grande calma, "ue, depois do tumulto impetuoso deinstantes atr6s, #oi ainda mais percept3vel. )gora o 'arco rompia mansamente a super#3cie do marsereno e semelhante a um espelho. ) seguir o enhor, porm, usou a ocasio para repreenderseveramente seus disc3pulos( Por "ue sois to temerososT Como pode ser "ue no tendes # ) # econ#ian/a deles no onipotente poder de Cristo era ainda muito #raca e vaga. Marcos menciona esta#ra"ue9a mais do "ue do9e ve9es. em dGvida, a vergonha e grande humildade de Pedro levaramno

    a delongarse so're este ponto tantas ve9es em seu relato dos dias de Cristo e seu evangelho. oipro#unda a impresso do milagre so're os disc3pulos. Encheram0se de grande temor. entiramsee7tremamente insigni#icantes na presen/a deste homem, "ue lhes dera evid8ncia dum poder toso'rehumano. %isseram uns aos outros( uem, pois, este homem, "ue vento e mar lhe prestamo'edi8ncia Cada um destes dois elementos da nature9a era um elemento 'ravo e sem lei. Ele,porm, os controlou to #acilmente, como se uma e7peri8ncia tal lhe #osse uma ocorr8ncia di6riaT Nc.>.*@. Era conhecida pelos dois nomes, por causa das duascidades mais importantes da redonde9a. $Nemos,... "ue !esus e seus disc3pulos Wchegaram ao ladooposto do mar ao pa3s dos gerasenosX. ) verso '3'lica usada no ingl8s l8( W terra dos gadarenosX.) terra "ual !esus chegou agora no pode ter sido a da cidade decapolitana de :erasa, pois, comoj6 vimos, esta #icava distante no sul, #icando, em linha reta, perto de cin"Henta milhas do Mar da:alilia. Bam'm no pode ter sido a regio de :adara "ue ele chegou, pois, :adara #icava, aomenos, cinco milhas para o sul, atr6s do pro#undo vale de YarmuR. ?avia, porm, na costa leste doMar da :alilia uma cidade chamada de :erasa, "ue a moderna Zursi. Este lugar #icava perto dacidade de ?ipos. uando !esus e os disc3pulos partiram do mar, encontraram o endemoninhado a"uem !esus curou&4

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    algu*m podia prendKlo! porue, tendo sido muitas ve+es preso com grilhes e cadeias, ascadeias foram ue)radas por ele e os grilhes despeda=ados. E ningu*m podia su)8ugalo. 9#ndava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindose compedras. Mateus, relatando esta histria, #ala em dois endemoninhados. En"uanto isso, Marcosmenciona s um, "ue dos dois #oi a"uele "ue #alava, e, provavelmente, tam'm o mais violento.!esus apenas havia sa3do do 'arco, "uando este homem veio correndo, de sua ha'ita/o entre os

    sepulcros na vi9inhan/a, para encontr6lo. Era um homem de esp3rito imundo, isto , um homemtotalmente possesso. I poder do dia'o e seus anjos de tal ordem, "ue torna espiritualmenteimpura a pessoa a "ue consegue dominar.

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    seis mil homens, sendo "ue seus componentes estavam unidos por meio duma disciplina #rrea. Inome #oi por isso o $em'lema dum poder irresist3vel e duma multido organi9ada numa a/ounida&4-K. I dia'o no to descuidado em seu mtodo de ata"ue, como o so os cristos emprecaverse. Ele no s anda em redor como um leo "ue ruge, procurando a "uem possa devorar,mas seus e7rcitos, os esp3ritos das trevas, so disciplinados para um ata"ue planejado.

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    e raiva, entre a #alsidade e a o'stina/o.& Eles rejeitaram o tempo de sua visita/o. I enhor,muitas ve9es, testa as pessoas "ue deseja tornar suas, enviandolhes alguma #orma de in#ortGnio,para lev6las a tornarem do culto s coisas terrenas para ele. Elas, porm, no conhecem as coisas"ue pertencem pa9, "ue esto ocultas aos olhos delas. entem ressentimento contra o enhor. Nc.>.41,com e7ce/o no assunto dos sintomas da doen/a, em "ue o mdico Nucas mais preciso. %ei7ando

    a terra dos gerasenos, !esus velejou diretamente para o lado oposto do mar, retornado regio "uedei7ara no dia anterior. em dGvida, a maioria das pessoas ainda no havia pensado em voltar paracasa, por isso podiam reunirse de novo e vir a ele, visto estar ele junto ao mar. Aece'eramno comalegria, visto "ue j6 estavam esperando por ele, Nc.>.41. Mas, antes "ue tivesse tido a oportunidadede reali9ar a o'ra do seu ministrio, como era seu costume, veio em sua procura um dos homensprincipais U um dos che#es U da sinagoga local, cujo nome era !airo. I pai atormentado, logo "ueviu ao enhor, caiulhe aos ps e com muitas palavras suplicou e lhe instou sinceramente.

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    maneira usual de terna compai7o e 'oa vontade para ajudar, no se demorou 'eiramar, mas sevoltou logo para seguir ao pai "ue lhe suplicava. Como sempre acontece, #oi a #, contida ee7pressa em suas palavras, "ue impressionou ao enhor. !airo, dominado por uma # ina'al6vel,esteve certo "ue !esus era capa9 de reali9ar este milagre, esta cura. e !esus concordasse em vir,neste simples #ato, ele j6 en7erga o cumprimento do seu desejo. Primeiro, porm, precisa passar porum teste para a sua paci8ncia. Marcos registra, particularmente, o #ato "ue as pessoas comprimiam

    ao enhor por todos os lados, sendo ele acotovelado e empurrado pela multido.) mulher com #lu7o de sangue,?9# conteceu ue certa mulher, ue, havia do+e anosvinha sofrendo de uma hemorragia, ?

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    desprender dele a #or/a "ue cura. Foltandose, perguntou se algum tocara suas vestes, ou, maise7atamente( uem tocou minhas vestes E, imediatamente, olhou ao redor para ver se a mulhercon#essaria o seu ato. ua pergunta pareceu mais do "ue estranha aos disc3pulos. Pois, ele estavaem meio multido, sendo tocado por todos os lados. Por "ue, ento, perguntar so're "uem otocou ) mulher, contudo, deuse conta, "ue seu ato #ora desco'erto e era do conhecimento doenhor. Estava tremendo de medo pelo seu atrevimento, e, por isso, chegou, prostrouse diante dele

    e contoulhe toda a verdade, toda a histria de sua en#ermidade, sua misria e so#rimento, e asesperan/as "ue havia alimentado, desde "ue #ora noti#icada de seu maravilhoso poder de cura. eas pessoas praticassem mais ve9es este mtodo de lidar com o enhor, haveria menos so#rimento nomundo. Ele est6 sempre disposto para ouvir a enumera/o de todas as nossas m6goas e prova/2es, eest6 disposto para nos ajudar em todas as ocasi2es. eu au73lio, talve9, nem seja con#orme ns o"ueremos, mas ele sempre estar6 na"uele caminho "ue o melhor para ns. $Lm to"ue como esteao enhor no deve #icar es"uecido nos um e7emplo. Por isso ele, com sua pergunta, urge amulher "ue ela deve vir #rente para "ue seja vista, "ue tam'm diga pu'licamente tudo o "ue lhe#oi #eito, para "ue o enhor tenha motivo para louvar uma # como esta, e ensinar a todos ns "uelhe misso pra9erosa "uando nos consolamos como sua ajuda e dele esperamos to s o 'em. Porisso ele elogia tanto a mulher e dela #ala to animadamente( Bem 'om =nimo, #ilha tua # teajudou. Is prprios disc3pulos precisam admitir "ue o enhor no perguntou em vo, e "ue o to"ue

    no #ora um to"ue "ual"uer mas e7traordin6rio, do "ual depende muito, tanto para o enhor comopara ns. U Mas, caso o avaliarmos, a #ala de Cristo, #eita a"ui, espec3#ica. Ela con#essa "ue delesaiu poder. Estando a mulher em p perante o enhor e con#essando o 'ene#3cio, ele no mostra "ueesse poder saiu dele, mas o atri'ui # da mulher, mesmo "ue no ela mas o enhor lhe ajudou. Ienhor #a9 isto por"ue "uer indicar o "uanto lhe agrada se vs esperais todo o 'em dele e dele'uscais o socorro. 5 como se ele vos dissesse( Figiai atentamente e de 'om grado aprendei a crer,no importando o in#ortGnio em "ue estejais pois estou mais pronto a ajudarvos do "ue vs apedir gosto muito mais de livrarvos da morte do "ue vs desejais a vida. 5 isto o "ue mostra comeste seu agir, onde tudo acontece to evidentemente, e onde Ele pra9erosamente permite "ue delesa3sse poder&4/K. Esta palavra( Bua # te salvou, d6 a verdadeira ra9o da cura. Ferdadeira #alcan/a tudo de %eus, mas sua #or/a especial est6 no campo espiritual. ) con#ian/a "ue nasce da #salvadora precisa ser uma convic/o to #irme, to constante, a ponto de, caso seguir a promessa doenhor, estar preparado para tomar de assalto o prprio cu. E esta convic/o, de "ue por meio deCristo "ue os #ortalece, podem tudo, precisa estar viva em todos os cristos.

    !esus tran"Hili9a a !airo,0. "9# Falava ele ainda, uando chegaram alguns da casa dochefe da sinagoga, a uem disseram: 7ua filha 8 morreu! por ue ainda incomodar o @estre "

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    poder do alvador, visto "ue a morte havia re"uerido a menina como sua v3tima, e o pai deviasentir "ue Cisto era capa9 para a chamar de volta, at, do mundo do mortos. Ento !esus #e9 algosurpreendente e e7traordin6rio( Mandou #icar para tr6s, no s a multido, mas at seus disc3pulos,com e7ce/o de seus amigos mais 3ntimos( Pedro, Biago e !oo. I milagre "ue deveria acontecernesta casa no deveria ser reali9ado diante do olhar curioso duma multido malagradecida, nemdiante da"ueles "ue no estavam pro#undamente #irmes no relacionamento com ele.

    Chamando a menina de volta vida, 0. "/# Chegando casa do chefe da sinagoga, viuJesus o alvoro=o, os ue choravam e os ue pranteavam muito. "1# o entrar, lhes disse: Por ueestais em alvoro=o e chorais crian=a n'o est morta, mas dorme. &5# E riamse dele. 7endo ele,por*m, mandado sair a todos, tomou o pai e a m'e da crian=a e os ue vieram com ele, e entrouonde ela estava. &4# 7omandoa pela m'o, disse: 7alita cumi, ue uer di+er: @enina, eu temando, levantate.&?# Imediatamente a menina se levantou e psse a andar! pois tinha do+e anos.Ent'o ficaram todos so)remaneira admirados. &"# @as Jesus ordenoulhes e;pressamente ueningu*m o sou)esse! e mandou ue dessem de comer menina. Bendo chegado casa de !airo,viramse #rente a #rente com cenas e sons "ue re#or/avam o #ato de "ue no local havia uma pessoa#alecida. Mesmo os judeus mais po'res, no caso dum #alecimento, sentiamse constrangidos acontratar dois tocadores de #lauta e, ao menos, uma mulher para "ue se encarregassem doslamentos.

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    doen/a especial, como aconteceu no caso de !. ) cura dos endemoninhados inclu3a mais do "ueisto. igni#ica, na verdade, "ue pessoas estavam possessas por um esp3rito mau "ue os atormentavade algum modo peculiar, os en#ermava, levavaos a #a9er e di9er coisas "ue, de outra maneir+a, noteriam imaginado, e em outros acontecimentos davam va9o sua ira em si mesmas, e "ue !esuse7peliu estes esp3ritos.

    Em rela/o pergunta, se esta #orma peculiar de doen/a, a possesso demon3aca, ainda

    encontrada em nossos dias, e, especialmente, se isto verdade em casos individuais, ento melhormanter em suspenso tanto a opinio como o julgamento. Pessoas t8m con#essado, em alguns casos,"ue, realmente, puderam sentir o poder do dia'o, "ue tam'm a eles atormentou seu corpo demaneira torturante.

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    ) #esta de anivers6rio,0. ?4# E, chegando um dia favorvel em ue Serodes no seuaniversrio natalcio dera um )anuete aos seus dignitrios, aos oficiais militares e aos principaisda 3alil*ia, ??# entrou a filha de Serodias, e, dan=ando, agradou a Serodes e aos seus convivas.Ent'o disse o rei 8ovem: Pedeme o ue uiseres e eu to darei. ?"# E 8uroulhe: %e pediresmesmo ue se8a a metade do meu reino, eu ta darei. ? %aindo ela, perguntou a sua m'e: Buepedirei Esta respondeu: ca)e=a de Jo'o (atista. ?9# 2o mesmo instante, voltando

    apressadamente para 8unto do rei, disse: Buero ue, sem demora, me dKs num prato a ca)e=a deJo'o (atista.Esta #esta de anivers6rio #oi prop3cia, vindo e7atamente no tempo apropriado, paracooperar com os planos vingativos de ?erodias, pois, ainda acalentava seu rancor contra !oo;atista. ?erodes precisa cele'rar seu anivers6rio num estilo tal, "ue seja digno de "uem espera,'revemente, ter o t3tulo de rei, por permisso do imperador e do senado romanos. oramconvidados os poderosos e os governadores de milhares e as #am3lias ilustres da :alilia, isto , oso#iciais do estado, civis e militares, e as pessoas importantes da sociedade da :alilia. ormavamuma reunio imponente para um evento to importante. ) alegria do 'an"uete #estivo estava noauge, tendo os hspedes 'e'ido descomedidamente, estando j6 "uase 'rios "uando ra9o esentidos j6 se #oram, ainda "ue persista a articula/o da #ala. Provavelmente tam'm havia as#ormas usuais de dan/as orientais, para o entretenimento dos hspedes, "uando pela ardilosa?erodias #oi introdu9ido um nGmero "ue no estava no programa. Ela prpria havia treinado sua

    prpria #ilha nas dan/as sensuais das dan/arinas. E a mo/a entrou na sala do 'an"uete e dan/oucom irrespons6vel espontaneidade e despudor. ) dan/a agradou a ?erodes e aos "ue reclinavam aoredor das mesas. !6 haviam chegado situa/o, "uando tais e7i'i/2es apelam com mais #or/a.?erodes, imediatamente, #e9 uma promessa e7travagante para a mo/a, encorajandoa a "uemencionasse o pr8mio "ue lhe ca'ia por esta dan/a. E, "uando ela, seja por e7austo aps ocansativo e7erc3cio ou por hesita/o natural so're a o#erta, permaneceu indecisa, ele adicionou umjuramento, di9endolhe "ue ela teria cumprido seu desejo, mesmo "ue a pretenso #osse a metadede seu reino Lm verdadeiro e7emplo de generosidade emotiva e amadora, como certo comentaristadi9. Pode ser "ue sua me a tivesse instru3do anteriormente so're o "ue devia pedir, como o relatode Mateus sugere mas no di9 e7pressamente. Por isso, ele precisou de mais um incentivo. %e"ual"uer modo, ela correu para a me "ue, prontamente, incute nela a necessidade de pedir einsistir numa s coisa. ?avendo ou no "ual"uer outro motivo determinante, a dan/arina alomeestava pronta a cumprir o pedido de sua me. em demora e em passo r6pido, como se o assuntoem "uesto #osse o mais importante e jovial do mundo, voltou sala do 'an"uete. uas palavrasindicam e7atamente para a condi/o de seu cora/o( Eu "uero "ue tu, sem demora, me d8s numa'andeja a ca'e/a de !oo ;atista. Palavras horr3veis dos l6'ios duma jovem, $um pedido #eito comum impud8ncia #ria e insolente "ue "uase ultrapassa a me&.

    ) e7ecu/o, 0. ?

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    #ormalmente, a levou a sua me. Para os disc3pulos no restou nada mais a #a9er, do "ue vir edepositar seu corpo numa sepultura, lamentando amargamente o #im precoce de um dos maiorespro#etas "ue j6 anunciaram a Palavra de %eus.

    $I "ue a"ui contado da crte e da vida na crte do rei ?erodes, um "uadro #iel domundo, do modo de vida do mundo e da lasc3via do mundo. Is #ilhos a#6veis e #le73veis do mundoso, na maioria das ve9es, mesmo "uando pretendem ser ilustres, o "ue #oram ?erodes e herodias,

    meretri9es e adGlteros, e, caso no #orem assassinos, so ladr2es, enganadores, perjuros, etc. Mas opecado maior do mundo este, "ue no "uer ouvir a admoesta/o de "ue rejeita a Palavra de %eus,e "ue est6 irado contra a"ueles "ue o advertem contra a ru3na e a perdi/o. Inde "uer "ue o mundo,at mesmo o mundo aparentemente decente, culto e elegante, cele'ra suas #estas, l6 so saciados osdeleites do 'an"uetear, da #olia e da em'riagues. N6 se encontra o jurar, o 'las#emar, o amaldi/oar.N6 jogos de a9ar, dan/as e orgias so a ordem do dia. E vinho e pai7o in#lamam cora/o e mente.N6 est6 em evid8ncia uma conduta dissoluta e 3mpia, a concupisc8ncia dos olhos, a concupisc8nciada carne e a so'er'a da vida. E o #im do selvagem pra9er e alegria , muitas ve9es, o assassinato, oderramamento de sangue e outras grandes vergonhas e v3cios& ?

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    ) a#li/o do povo, 0. ""# @uitos, por*m, os viram partir e, reconhecendoos, correrampara l, a p*, de todas as cidades, e chegaram antes deles. " o desem)arcar, viu Jesus umagrande multid'o e compadeceuse deles, porue eram como ovelhas ue n'o tKm pastor. E passoua ensinarlhes muitas coisas.!esus, levando consigo s seus disc3pulos, conseguiu sair de'arco.Mas seu em'ar"ue #oi, ainda assim testemunhado por algumas pessoas, visto "ue ele eramuito conhecido na regio, provavelmente a vi9inhan/a de ;etsaida. )lm disso, o'servaram e

    conclu3ram corretamente a dire/o "ue deram ao 'arco, e a parte da regio para a "ual iam. E anot3cia, rapidamente, #oi passada de um para o outro. Por isso, en"uanto !esus velejavavagarosamente atravs do mar, a multido, engrossada por mais pessoas curiosas das cidades dacosta noroeste, #i9eram a viagem a p, rodeando o lado norte do lago, "ue uma dist=ncia de umasde9 milhas. Biveram muita pressa na caminhada. Correndo juntos, chegaram antes de !esus e seusdisc3pulos. Niteralmente, 'ateramnos no alcance do destino. Em sua maioria veio por meracuriosidade. ue #ator decisivo no destino de indiv3duos e mesmo de na/2esT )ssim aconteceu "ue,"uando !esus saiu do 'arco, viu reunida grande multido "ue o esperava.

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    levados a todos. o' suas mos aumentava o volume de alimento. I milagre mencionado portodos os "uatro evangelistas, e era um "ue no podia ser simulado, estando #ora de "uesto"ual"uer suprimento secreto. 5 uma prova cheia a #avor da divindade de Cristo. Bodos comeram, etodos tiveram o su#iciente "ue comer. Porm, s mais isto( uando as migalhas #oram juntadas emgrandes cestos de carga, como os usados pelas pessoas da :alilia, #oram enchidos do9e deles. E onGmero dos "ue haviam comido e7pressamente re#erido, visto ter sido muito #6cil cont6los, por

    estarem sentados em grupos( Cinco mil homens, sem as mulheres e as crian/as.

    Cristo )nda o're o Mar e eu Aetorno para a :alilia, [email protected]++@.

    ) despedida dos disc3pulos e do povo,0.&9# 6ogo a seguir, compeliu Jesus os seusdiscpulos a em)arcar e passar adiante para o outro lado, a (etsaida, enuanto ele despedia amultid'o.Ele compeliu ou premeu ou "uase #or/ou os disc3pulos para entrar novamente no mesmo'arco.

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    original deste preceito #oi, sem dGvida, promover as condi/2es higi8nicas entre os judeus, o "uemuitas ve9es os protegeu contra epidemias. Mas os #ariseus e ancios do tempo de !esusen#ati9avam estas o'serv=ncias e7teriores para o detrimento e a e7cluso das coisas maisimportantes, a sa'er, o "ue concorre para o resultado da verdadeira religio. Com o maior cuidadolavavam com os punhos suas mos antes de comer, para assegurarem per#ei/o ou para evitarem amacula/o duma das mos com a palma da outra. Binham o cuidado, ao mesmo tempo, "ue o lavar

    alcan/asse ao menos o punho, segundo outros, at, o cotovelo. I lavar devia ser vigoroso e ca'al, e'em assim como eles o #a9iam. %o contr6rio, a pessoa se tornava impura por no se ater#irmemente tradi/o dos ancios, o "ue era uma o#ensa hedionda vista dos #ariseus ortodo7os.Em especial, "uando voltavam do mercado, onde desaperce'idamente podiam ter tocado algoimpuro, os judeus severos eram e7tremamente implac6veis e tiranos em suas e7ig8ncias de limpe9a,sendo ento o rigoroso lavar das mos, ou, at, do corpo todo, um re"uisito #undamental. Estecuidado se tornou to e7agerado, "ue, como um pro'lema de puri#ica/o lev3tica, se estendeu atalheres e mveis da casa. ?aviam rece'ido a tradi/o so're o lavar de copos, de vasos de madeiraou de 'ron9e, ou, at, de so#6s ou camas, e a isto se apegavam o'stinadamente. ) palavra a"uiempregada para utens3lios de 'ron9e , na verdade, uma palavra latina, signi#icando uma medidaromana de mais ou menos 1,+ "uartilhos.

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    especial, despre9avam os Gltimos. Lm e7emplo deste mtodo irreverente e 'las#emo( I despre9odo "uarto mandamento em vista dum prov6vel sacri#3cio. ) lei de %eus clara "uanto rela/o de#ilhos a seus pais, E7.*0.1* %t.+.1@, tam'm com respeito ao castigo da"ueles "ue menospre9amos direitos dos pais, E7.*1.1 Nv.*0.D. %eus colocara o servir aos pais ao lado do servir a eleprprio. Is #ariseus, porm, tiraram proveito do #ato "ue %eus sancionara o#ertas ou sacri#3ciosespont=neos. Ensinavam( e um homem disser a seu pai ou me( )"uilo "ue desejais de mim para

    vosso au73lio ou 'ene#3cio cor', ou seja, um dom livre. ) compreenso #inal da e7presso veio aser( e um #ilho ou #ilha pegou o dinheiro, os 'ens, a renda, os meios, com os "uais devia assistirseus pais po'res e necessitados, e o dedicou a %eus como sacri#3cio ou como o#erta livre ao templo,ento ele procedeu corretamente. Is #ariseus consideravam o mero #a9er de tal voto, o mero uso dae7presso cor', como um culto #eito a %eus "ue, muito acertadamente, antecede ao servir aos pais.Procedendo assim, rejeitavam, at mesmo, a clara verdade do )ntigo Bestamento, Pr.*>.*4. Iresultado dum ensino como este, rapidamente, se evidenciou( ) honra devida aos pais #oies"uecida, e #oi menospre9ado o #ato "ue eram os su'stitutos de %eus. %esta #orma, literalmente,anularam a palavra de %eus, dando motivos para "ue tais casos se multiplicassem. Este #oi o ata"uede Cristo, e lhes mostrou a verdadeira rela/o de valores.

    Cristo %enuncia os ariseus, Mc..14*-.

    %irigindose ao povo, 0.4 Convocando ele de novo a multid'o, disselhes: uvimetodos e entendei. 49# 2ada h fora do homem ue, entrando nele, o possa contaminar! mas, o uesai do homem * o ue o contamina. 4

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    :alilia uma estrada das caravanas e not3cia so're o pro#eta :alileu #acialmente podia ter viajadocomo os mercadores. Eralhe imposs3vel permanecer oculto, mesmo "ue tenha entrado e #icado poralgum tempo numa casa da regio. ;em logo uma mulher da regio, "ue urgentemente precisava doseu au73lio, ouviu dele. Mesmo "ue #osse grega, uma siro#en3cia de nascimento, havia conseguidono/o das esperan/as e e7pectativas dos judeus, e pessoalmente chegara concluso "ue estehomem era o enhor, o Messias, "ue #ora prometido ao povo judeu.

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    I retorno para a Palestina,0. "4# De novo se retirou das terras de 7iro, e foi por %idom at*ao mar da 3alil*ia, atrav*s do territ$rio de Decpolis. "?# Ent'o lhe trou;eram um surdo e gago,e lhe suplicaram ue impusesse a m'o so)re ele.) histria desta cura peculiar ao evangelho deMarcos. !esus, depois de sua perman8ncia tempor6ria na iroen3cia, na regio entre Biro eidom, no tomou a estrada reta para a :alilia. Q 'ase de todos os relatos, parece, "ue ele #oipelos limites da Cele3ria e da :alilia uperior, talve9 ao longo do rio Neontes, e ento desceu da

    vi9inhan/a de Cesariailipe por :aulanites para a regio de %ec6polis. Esta #oi, talve9, a viagemsolit6ria mas longa "ue !esus #e9. Mas dela nada sa'emos, visto "ue nenhum dos evangelistas eapstolos dela no #a9em "ual"uer relato. Mas, certamente, no estaremos muito errados, sedissermos "ue ele ocupou o tempo para instruir seus apstolos nas coisas "ue lhes eram tonecess6rias em sua divina voca/o. oi depois do retorno de Cristo para as cercanias do Mar da:alilia, na regio em "ue, no muito tempo antes, curara um endemoninhado, "ue os parentes ouamigos lhe trou7eram um homem "ue era surdo e "ue tinha um severo entrave em sua #ala.Provavelmente era capa9 de emitir sons e, at, para indicar seus desejos a "uem o o'servava comaten/o, mas no podia articular palavras, sendo sua l3ngua incapa9 de #ormar as palavras. Era umaen#ermidade severa, sendo nela evidente o alcance do poder de atan6s. $Pois "ue este po'rehomem est6 deste modo prejudicado, a ponto "ue no consegue usar nem l3ngua e nem ouvidos,assim como as outras pessoas o #a9em, estes so golpes e investidas do dia'o maldito. Pode parecer

    ao mundo e cada um pode ter a opinio, "ue sejam danos naturais. Pois, o mundo no conhece aodia'o e nem "ue ele pratica tantos males, a sa'er, "ue torna as pessoas violentas e tolas, "ue lhesin#lige toda sorte de in#ortGnio, no s no corpo mas tam'm na alma, assim "ue morram de terrore triste9a e no consigam conservar a verdadeira alegria.

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    perseguida pu'licamente, l6 ela teima em e7istir, mas onde ela est6 livre e uso livre, l6 as pessoasno a "uerem&?1K. %epois destes atos preparatrios, !esus olhou para o cu e suspirou. entiu a maispro#unda compai7o pelo desa#ortunado so#redor. eus milagres nunca degeneraram para um meronegcio. ncidentalmente, vemos "ue as o'ras de cura signi#icavam para !esus um es#or/o mentalenorme. E, #inalmente, pro#eriu a palavra aramaica(Efat, "ue Marcos tradu9 para seus leitores()rete.I resultado #oi( Is ouvidos ou os instrumentos de audi/o #oram a'ertos e colocados a

    #uncionar, e as algemas de sua l3ngua #oram soltas. En"uanto "ue anteriormente s podia emitirsons, agora podia articular distintamente e #alar plenamente. $) #rase usada por Marcos uma "ue empregada muitas ve9es em te7tos m6gicos, e mostra "ue o escritor do evangelho pressups "ueneste milagre #oram rompidas algemas demon3acas, e "ue #oi des#eita uma o'ra de atan6s&"5K.

    )"ui a se"H8ncia #oi muito semelhante a de outros casos( !esus pressionouos para "ue nocontassem o milagre.

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    ou seja em "ue no #alado do sacramento. 0>>4DK, nos conta "ue o Nouren/o,um di6cono romano "ue, durante a persegui/o de Faleriano, so#reu o mart3rio, pelo ano *+>,

    'ati9ou a um dos e7ecutores como um c=ntaro de 6gua, derramando a 6gua na ca'e/a do homem.Is casos registrados na histria poderiam ser multiplicados inde#inidamente e apresentados at apoca da Ae#orma. Mas a concluso a "ue #or/osamente chegamos, aps comparar todas asevid8ncias, "ue, en"uanto a imerso era a regra para o 'atismo na era psapostlica, outrosmodos de 'atismo sempre estiveram em uso na igreja, e "ue "ual"uer um deles pode ser usado,en"uanto #eita a aplica/o de 6gua com a #rmula ade"uada, como institu3da por Cristo.""K.

    Captulo 0,

    )limenta/o de uatro Mil ?omens, Mc.>.1D.

    ) grande necessidade das pessoas, 0. 4# 2aueles dias, uando outra ve+ se reuniu grandemultid'o, e n'o tendo eles ue comer, chamou Jesus os discpulos e lhes disse: ?# 7enhocompai;'o desta gente, porue h trKs dias ue permanecem comigo e n'o tKm o ue comer. "# %eeu os despedir para suas casas em 8e8um, desfalecer'o pelo caminho! e alguns deles vieram delonge.!esus estava ainda na regio de %ec6polis, onde curara o surdomudo. oi, talve9, em partedevido eu#oria so're este milagre e em parte por causa do "ue #ora #eito ao antigoendemoninhado, "ue as multid2es destas cidades e da vi9inhan/a, "ue a#lu3am a !esus, aumentavamsempre. Como em outras ocasi2es, tam'm agora muita gente estava presente. )lguns,provavelmente, haviam providenciado lanche para um ou dois dias, mas neste momento j6 notinham nada para comer careciam de alimento. !esus, nestes dias, no estivera ocioso. )lternavamse os discursos so're o reino de %eus e milagres cheios de compai7o. %urante todo este tempo opovo permaneceu, sendo "ue, no caso atual, por"ue haviam vinda das regi2es lim3tro#es, a maioria

    eram gentios, en"uanto "ue, no caso anterior, haviam sido galileus a"ueles com os "uais seocupara. empre havia cora/2es "ue se a'riam para o evangelho, sendo "ue, com isto, a compai7ode Cristo nunca ter #icado sem #ruto.

    ?avia, porm, uma emerg8ncia "ue amea/ava tornarse sria. !esus, como em ocasioanterior, resolvera provar seus disc3pulos, para ver se agora tinham a con#ian/a ade"uada em seupoder onipotente em socorrer. Chamandoos a si, colocaos a par da situa/o. Binha a mais

    "?# 7heol.Buart., ?5 W414

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    pro#unda compai7o do povo, por"ue #ora sua perseveran/a e desejo de ouvir e v8lo, "ue o levou aeste apuro desagrad6vel. ) solidariedade do Aedentor #ora despertada e em seu cora/o #oi at eles.a'ia "ue, se os despedisse sem alimento, muitos deles estariam e7austos demais e so#reriamseriamente so' a grande #adiga, por"ue muitos haviam vindo de longe. $Fede "ue Cristo 'enignotemos ns. Ele tam'm cuida da preserva/o de nosso corpo atri'ulado. )"ui a esperan/a poderevigorarse e por estas palavras de Cristo uma pessoa se sente consolada. Pois ele di9( !6 o

    terceiro dia "ue esto acampados a"ui e esperam por mim, por isso, devo suprilos do necess6rio.

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    isto mostra ser su#iciente para "uatro mil homens, so'rando ainda sete cestos de restos. ... Comoacontece, ento, "ue ns, "ue todos "ueremos ser cristos ou "ueremos ser considerados tais, noseguimos este e7emplo, nem nos con#ortamos com nossa a'und=ncia e e7cedente, mas nosaterrori9amos por causa da escasse9, e por causa disso come/amos a nos preocupar Pois, seaderimos diligente e #ielmente palavra de %eus, ento no haver6 escasse9. Cristo cuidar6 de ns.E ento acontecer6 "ue teremos o su#iciente para comer. Pois, no depende se possu3mos muito ou

    pouco, mas da sua '8n/o. uando ele o junta pouca reserva "ue tens, ento ela no somente nose des#ar6, mas, por causa da sua '8n/o, lhe ser6 juntado mais e se tornar6 mais do "ue #oi nocome/o.&"9K.

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    discutir com ele! e, tentandoo, pediramlhe um sinal do c*u. 4?# Jesus, por*m, arrancou do ntimodo seu esprito um gemido, e disse: Por ue pede esta gera='o um sinal Em verdade vos digo uea esta gera='o n'o se lhe dar sinal algum. 4"# E, dei;andoos, tornou a em)arcar e foi para ooutro lado.%epois do milagre da alimenta/o, !esus no perdeu tempo no lugar com mais ensinos ecuras. em mais delonga, entrou no 'arco com seus disc3pulos e cru9ou o Mar da :alilia para aregio de %almanuta, no territrio de Magdala, Mt.1+.-D. Era uma regio #rtil adjacente ao de

    :enesar, e, por isso, 'em populosa. !esus sempre retornou para a :alilia para curtas viagens, maso dia da misericrdia para os galileus praticamente chegara ao #im. eus antigos inimigos nohaviam retornado para !erusalm, sendo parece. Pois, nem ainda come/ara o tra'alho de seuministrio, "uando eles apareceram, provavelmente da Ca#arnaum. %eli'eradamente come/aramuma disputa, insistiram no ponto em "uesto e o tentaram. I alvo deles era conseguir "ue ele#i9esse ou dissesse algo "ue pudesse de imediato ser interpretado como um desvio da lei deMoiss.. Esperaram alcan/ar seu propsito neste caso, o'rigandoo a mostrar um sinal do cu, ouseja, um sinal "ue demonstrasse sua alega/o de ser o Messias enviado por %eus. 40. er6 um sinal to maravilhoso, "ue eles jamais o entendero, muito menos oaceitaro e crero. 5 o da sua ressurrei/o dos mortos. Bendo dado esta resposta aos #ariseus,dei7ouos, e novamente cru9ou para o outro lado do mar. ) o'stina/o e dure9a de cora/o "ueestes inimigos evidenciavam, #eriramno pro#undamente, por isso, "uis #icar a ss por algum tempoe reunir energias para outras tare#as e com'ates.

    Is disc3pulos se preocupam com po,0. 4 ra, aconteceu ue eles se esueceram delevar p'es e, no )arco, n'o tinham consigo sen'o um s$. 49# Preveniuos Jesus di+endo: 0ede,guardaivos do fermente dos fariseus e do fermento de Serodes. 4

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    as leis de %eus. ) cegueira deles, por eles mascarada com uma ostenta/o de santidade, em coisasespirituais devia ser apontada. )ntes "ue se o perce'a, o cora/o inteiro est6 cheio dele, mesmo"uando s se #e9 a menor concesso. %e modo to severo o enhor tam'm se sente o'rigado aadvertir contra o #ermente de ?erodes. Esta #am3lia "ue reinava, con#essava adeso aos dogmas daigreja judaica, mas seus mem'ros e7peliam o dia'o do #arisa3smo com um demnio no menosmau. ueriam introdu9ir o paganismo entre os judeus, e um viver solto e dissoluto, de "ue tivemos

    um e7emplo na #esta de anivers6rio de ?erodes )ntipas. Em lugar duma religio hipcrita areligio da carne. Is disc3pulos de Cisto, tam'm neste sentido, precisam acautelarse dos come/osmais insigni#icantes&"-K.

    Is disc3pulos, porm, #oram to estultos, como sempre. Aece'eram o desa#io em sil8ncio,e, a seguir, conversaram meiavo9 entre si so're o assunto, no "uerendo "ue o Mestre o ouvisse.) concluso a "ue chegaram, #oi, "ue as palavras do enhor eram uma repreenso por"ue haviames"uecido de tra9er su#iciente po. Este #oi o #ato "ue os preocupava. E, semelhante a eles, os #iisde todos os tempos acham muito duro separar suas mentes dos cuidados desta vida. Cristo, oenhor de cu e terra, estava com eles no 'arco, mas isto no acalmou os disc3pulos. Com certe9aele tam'm est6 conosco, segundo sua prpria promessa, mesmo "ue sua presen/a #3sica e vis3veltenha sido retirada, mas nossos cora/2es, via de regra, so to #ero9mente perseguidos pela nossapreocupa/o pelo alimento di6rio.

    ) repreenso de Cristo, 0. 4-# Jesus, perce)endoo, lhes perguntou: Por ue discorreisso)re o n'o terdes p'o ainda n'o considerastes nem compreendestes 7endes o cora='oendurecido 4/# tendo olhos, n'o vedes E, tendo ouvidos, n'o ouvis 2'o vos lem)rais 41# deuando parti os cinco p'es para os cinco mil, uantos cestos cheios de peda=os recolhestesOesponderam: %ete. ?4# o ue lhes disse Jesus: 2'o compreendeis ainda!esus estava ocupadocom seus prprios pensamentos, mas sua aten/o estava direcionada para seus disc3pulos por causado seu cochicho e aconselhar. E, sem perguntar, mas em virtude de sua onisci8ncia, sou'e oassunto de sua disputa e sua dedu/o. sto lhe do3a mais do "ue a inimi9ade dos #ariseus. Elepronuncia uma repreenso #orte na #orma de amarga "uei7a( Por "ue consultais entre vs so'repes "ue no tendes )inda no sa'eis ou entendeis Bendes ainda um cora/o "ue calejadoBendo olhos no vedes, e tendo ouvidos no ouvis, e no lem'rais oi #alta de #, #alta decon#ian/a nele. sto estava evidente no caso dos disc3pulos, "uando julgaram "ue o mais importantea cogitar era so're po. Estavam "uase no mesmo n3vel dos judeus, aos "uais o enhor haviaaplicado a palavra de sa3as, so're a dure9a de seus cora/2es. Mas, no caso deles, era, acima detudo, s #ra"ue9a e no maldade. Por isso, o enhor usa um tom mais 'rando, "uando os recordados dois grandes milagres de alimenta/o "ue haviam testemunhado. Ele vem em seu socorro,cate"ui9andoos so're estas mani#esta/2es de seu poder divino, p6ra ver se haviam o'servado todosos incidentes. %isso se recordaram e responderam corretamente. Ento ele os e7orta a ponderaremcom muita aten/o, o assunto mais uma ve9, para ver se conseguissem a correta concluso. Entoentenderam a "ue ele se re#erira e o "ue lhes "uisera ensinar, [email protected]*.

    I ?omem Cego de ;etsaida, Mc.>.***@.

    0. ??# Ent'o chegaram a (etsaida! e lhe trou;eram um cego, rogandolhe ue o tocasse.?"# Jesus, tomando o cego pela m'o, levouo para fora da aldeia e, aplicandolhe saliva aos olhos

    e impondolhe as m'os, perguntoulhe: 0Ks alguma coisa ? Este, reco)rando a vista,respondeu: 0e8o os homens, porue como rvores os ve8o, andando. ?9# Ent'o novamente lhe psas m'os nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou resta)elecido! e tudo distinguia demodo perfeito. ?

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    situavase a cidade ;etsaida!Glia. ilipe, o tetrarca de :aulanitis, constru3ra esta cidade no lugardum antigo povoado e a chamara, ;etsaida!ulia, em honra #ilha do imperador, para di#erenci6lada outra ;etsaida, no oeste do lago. )t nesta redonde9a, onde o enhor nunca estivera por longotempo, sua #ama o precedera. Parentes e amigos dum cego, trou7eramlho, e insistentemente lherogaram "ue o tocasse, com a con#ian/a "ue um mero to"ue de sua mo o curaria lhe restauraria aviso. I enhor no "ueria popularidade. Chegara com o o'jetivo de estar a ss com seus

    disc3pulos. Por isso tomou o cego pela mo e o condu9iu para #ora do povoado ou vila.Provavelmente s os disc3pulos estiveram presente. Lmedecendo com cuspe os olhos cegos, impslhe as mos so're os olhos, e perguntouo se en7ergava. ) viso #ora, at certo ponto, restaurada,ao ponto de o homem en7ergar os o'jetos mas sem distinguilos, mas vendo s seus contornosem'a/ados. Mas uma segunda imposi/o das mos corrigiu o de#eito, capacitandoo a en7ergar ascoisas distintamente, por"ue j6 tivera restaurada sua plena viso. Podia ver tudo de modo 'emde#inido e claro. I milagre lhe devolveralhe o uso de seus mem'ros amortecidos.

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    "uais os pro#etas haviam contemplado o maior de todos os pro#etas. ) con#isso de Pedro acon#isso de todos os verdadeiros cristos de todos os tempos. ) pergunta( o "ue pensais vs de!esus 5 a maior pergunta de todas as pocas. Pela sua rela/o com !esus Cristo, o ilho de %eus,ser6 destinado o destino de cada pessoa. Ela e postula a di#eren/a entre os verdadeiros cristos eos in#iis, ou seja, os #ilhos do mundo. )s pessoas em geral consideram a Cristo um mero homem,na verdade, dotado com virtudes incomuns e com sa'er e7cepcional, todavia, s um mero homem.

    Mas os cristos cr8em "ue este homem !esus Cristo, por conselho e vontade de %eus o alvador eAedentor do mundo, "ue ele verdadeiro %eus, nascido do Pai desde a eternidade. %epois delouvar muito a con#isso, "ue !esus e7igiu de seus disc3pulos, #aloulhes num tom de intima/o e"uase de amea/a, por"ue "ueria impedir a disperso de idias #alsas so're a o'ra do Messias. Pois,este era o pro'lema mais di#3cil, prevenir os disc3pulos e outros de se entregarem a todo tipo deesperan/as carnais dum imprio terreno, dum reino deste mundo. Lma repreenso como est6 necess6ria, mas em sentido do'rado, em nossos dias, visto "ue o tra'alho dos milenistas avan/ar6pido e a sua literatura espalhada livremente pelo pa3s.

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    cru9 de Cristo loucura e o#ensa s idias humanas, mas, ela , na verdade, sa'edoria divina epoder divino.

    o're o verdadeiro discipulado, 0. " Ent'o, convocando a multid'o e 8untamente os seusdiscpulos, disselhes: %e algu*m uer vir ap$s mim, a si mesmo se negue, tome a sua cru+ e sigame. "9# Buem uiser, pois, salvar a sua vida, a perder! e uem perder a vida por causa de mim edo evangelho, a salvar. "