View
215
Download
0
Embed Size (px)
ORGANIZADORESINTRODUOCOMISSO ORGANIZADORACOMISSO CIENTFICACOMISSO HONRANDICE
VOLTAR AO NCIO
Organizadores
MARIA JOO DE CARVALHO
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
ARMANDO LOUREIRO
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
CARLOS ALBERTO FERREIRA
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
ISBN: 978-989-704-188-4
DESIGNDE FACTO EDITORES
ATAS DO XII CONGRESSO DA SPCE. VILA REAL, UTAD, 2014
ESPAOS DE INVESTIGAO, REFLEXO E AO INTERDISCIPLINAR
VILA REAL, UNIVERSIDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO (UTAD), 11 A 13 DE SETEMBRO DE 2014
Comisso Organizadora
MARIA JOO DE CARVALHO (COORDENADORA)
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
ALMERINDO JANELA AFONSO
UNIVERSIDADE DO MINHO
AMRICO PERES
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
ARMANDO LOUREIRO
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
CARLOS FERREIRA
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
JOAQUIM JACINTO ESCOLA
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
MARIA DA CONCEIO AZEVEDO
UNIVERSIDADE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
RUI SANTIAGO
UNIVERSIDADE DE AVEIRO
ABLIO AMIGUINHO INSTITUTO POLITCNICO DE PORTALEGRE
AFRNIO MENDES CATANI UNI. DE S. PAULO
ALBERTO ARAJO UNI. DO MINHO
ALMERINDO JANELA AFONSO UNI. DO MINHO
AMLIA LOPES UNI. DO PORTO
AMRICO PERES UNI. TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
ANA AMLIA CARVALHO UNI. DE COIMBRA
ANA BENAVENTE UNI. LUSFONA
ANA MARIA BETTENCOURT EX-PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO
ANA MARIA SEIXAS UNI. DE COIMBRA
ANTNIO FRAGOSO UNI. DO ALGARVE
ANTNIO NVOA UNI. DE LISBOA
ANTNIO OSRIO UNI. DO MINHO
ANTNIO MAGALHES UNI. DO PORTO
ANTNIO NETO-MENDES UNI. DE AVEIRO
ANTNIO TEODORO UNI. LUSFONA
BRTOLO PAIVA CAMPOS UNI. DO PORTO
BARTOLOMEU VARELA UNI. DE CABO VERDE
BEATRIZ PEREIRA UNI. DO MINHO
CARLINDA LEITE UNI. DO PORTO
CARLOS FRANCISCO REIS INSTITUTO POLITCNICO DA GUARDA
CRMEN CAVACO UNI. DE LISBOA
CLARA OLIVEIRA UNI. DO MINHO
DALILA ANDRADE OLIVEIRA UNI. FEDERAL DE MINAS GERAIS
DOMINGOS FERNANDES UNI. DE LISBOA
ERNESTO CANDEIAS MARTINS INSTITUTO POLITCNICO DE CASTELO BRANCO
FTIMA ANTUNES UNI. DO MINHO
FERNANDO GUIMARES UNI. DO MINHO
FRANCISCO DE SOUSA UNI. DOS AORES
HELENA ARAJO UNI. DO PORTO
HENRIQUE FERREIRA INSTITUTO POLITCNICO DE BRAGANA
ISABEL ALARCO UNI. DE AVEIRO
ISABEL BAPTISTA UNI. CATLICA PORTUGUESA
ISABEL FIALHO UNI. DE VORA
ISABEL MARTINS UNI. DE AVEIRO
ISABEL MENEZES UNI. DO PORTO
JESUS MARIA DE SOUSA UNI. DA MADEIRA
JOO BARROSO UNI. DE LISBOA
JOO FORMOSINHO UNI. DO MINHO
JOAQUIM AZEVEDO UNI. CATLICA PORTUGUESA
JORGE ADELINO DA COSTA UNI. DE AVEIRO
JOS ANTNIO CARIDE GMEZ UNI. DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
JOS AUGUSTO PACHECO UNI. DO MINHO
JOS BRITES FERREIRA INSTITUTO POLITCNICO DE LEIRIA
JOS CARLOS MORGADO UNI. DO MINHO
JOS MATIAS ALVES UNI. CATLICA
PORTUGUESA
JOS VERDASCA UNI. DE VORA
LAURINDA LEITE UNI. DO MINHO
LEONOR SANTOS UNI. DE LISBOA
LEONOR TORRES UNI. DO MINHO
LICNIO C. LIMA UNI. DO MINHO
MANUEL ANTNIO SILVA UNI. DO MINHO
MANUEL BARBOSA UNI. DO MINHO
MANUEL SARMENTO UNI. DO MINHO
MRCIA NGELA AGUIAR PRESIDENTE DA ANPAE
(BRASIL)
MARIA DA CONCEIO AZEVEDO UNI. TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO
MARIA DO CU ROLDO UNI. CATLICA PORTUGUESA
MARIA LUSA FRAZO BRANCO UNI. DA BEIRA
INTERIOR
MARIA JOO DE CARVALHO UNI. DE TRS -OS-MONTES E ALTO DOURO
MARIA NEVES GONALVES UNI. LUSFONA
MARIA TERESA ESTEBAN UNI. FEDERAL FLUMINENSE
MARIA TERESA ESTRELA UNI. DE LISBOA
NILZA COSTA UNI. DE AVEIRO
PAULO DIAS UNI. ABERTA
PEDRO SILVA INSTITUTO POLITCNICO DE LEIRIA
ROSANNA BARROS UNI. DO ALGARVE
RUI SANTIAGO UNI. DE AVEIRO
SRGIO NIZA MOVIMENTO DA ESCOLA MODERNA
SOFIA MARQUES DA SILVA UNI. DO PORTO
TNIA SUELY BRABBO UNI. ESTADUAL PAULISTA
Comisso Cientfica
Comisso Honra
PRESIDE REITOR DA UNIVERSIDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO ANTNIO FONTAINHAS FERNANDES
PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL DA UTAD
JOS ALBINO DA SILVA PENEDA
PRESIDENTE DO CONSELHO DE REITORES DAS UNIVERSIDADES PORTUGUESAS ANTNIO RENDAS
PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL DE VILA REAL RUI SANTOS
PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAO JOS DAVID JUSTINO
PRESIDENTE DA COMISSO DE EDUCAO, CINCIA E CULTURA ABEL BAPTISTA
PRESIDENTE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE CINCIAS DA EDUCAO ALMERINDO JANELA AFONSO
XII CONGRESSO SPCECincias da Educao: Espaos de Investigao, reflexo e ao Interdisciplinar
5454
VOLTAR AO NCIO
ATAS DO XII CONGRESSO DA SPCE, 2014
Roteiro da excelncia na escola pblica portuguesa: tendncias normativas e concees dominantes
Leonor Torres, Jos Palhares, Germano Borges
1
ROTEIRO DA EXCELNCIA NA ESCOLA PBLICA PORTUGUESA: TENDNCIAS NORMATIVAS E CONCEES DOMINANTES1
Leonor L. Torres, Jos A. Palhares, Germano Borges Instituto da Educao da Universidade do Minho, Braga, leonort@ie.uminho.pt
Resumo A presente comunicao visa discutir as concees de excelncia que enformam as orientaes
polticas das escolas e a sua traduo nas prticas de gesto quotidiana. Qual a conceo de
excelncia acadmica instituda na escola pblica portuguesa? At que ponto o tipo de distino
normativamente institudo diverge do tipo de distino implementado? Quais so os
mecanismos de distino institudos? Estas interrogaes orientaram a pesquisa emprica numa
lgica extensiva, com o intuito de mapear os rituais de distino formalmente previstos e
implementados no universo dos estabelecimentos escolares com ensino secundrio em Portugal.
Algumas concluses apontam efetivamente para a existncia de contradies entre o tipo de
distino prevista nos documentos orientadores e as prticas efetivadas nas instituies de
ensino, constatando-se igualmente diferenas significativas no tipo de reconhecimento e
valorizao do mrito dos alunos, segundo o mbito geogrfico.
1. Introduo Um nmero crescente de escolas e agrupamentos de escolas tem vindo a assumir, de forma mais ou menos explcita, a excelncia acadmica como um dos objetivos centrais de ao. A presente comunicao visa discutir as concees de excelncia que enformam as orientaes polticas das escolas e a sua traduo nas prticas de gesto quotidiana. A inscrio deste mandato na agenda normativa das organizaes escolares cada vez mais evidente, embora com nfases, tonalidades e significados diferentes. Uma das dimenses investigativas do projeto PTDC/IVC-PEC/4942/2012 - Entre Mais e Melhor Escola: a excelncia acadmica na escola pblica portuguesa 2 abrange, precisamente, a problematizao da centralidade que os rituais de distino vm granjeando no quadro do ensino pblico secundrio em Portugal. O discurso poltico e normativo tem fomentado a necessidade de implementao e publicitao de rituais cerimoniais pblicos de distino dos alunos excelentes. Na prtica, o processo de distino comporta duas funes de cariz eminentemente
1 Trabalho apresentado no XII Congresso da Sociedade Portuguesa de Cincias da Educao, realizado entre os dias 11 e 13 de setembro de 2014, em Vila Real, Portugal 2 Este trabalho financiado por Fundos Nacionais atravs da FCT Fundao para a Cincia e a Tecnologia no mbito do projeto PTDC/IVC-PEC/4942/2012 do Centro de Investigao em Educao da Universidade do Minho (CIEd), intitulado Entre Mais e Melhor escola: A excelncia acadmica na escola pblica portuguesa
482
VOLTAR AO NCIO
ATAS DO XII CONGRESSO DA SPCE, 2014
2
simblico: a primeira de reconhecimento e valorizao do esforo, da dedicao e do empenho evidenciado pelo aluno excelente; e a segunda, no menos importante, de construo do ideal-tipo de percurso escolar, um referencial de ao, a ser mimetizado por todos os outros alunos no includos no patamar da excelncia. O despacho n. 13173-C/2011 referente ao Prmio de Mrito promovido pelo Ministrio da Educao e Cincia explicita, na sua introduo, a pertinncia do sistema educativo distinguir e premiar os melhores, no sentido que o seu exemplo seja um incentivo aos menos empenhados e motivados, impelindo desta forma, a uma cultura de boas prticas. Tambm o Estatuto do Aluno do Ensino no-superior (Lei n. 51/2012, de 5 de setembro), no captulo referente aos direitos do aluno, a alnea d) do artigo 7. prev que se deve ver reconhecidos e valorizados o mrito, a dedicao, a assiduidade e o esforo no trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido e de ver reconhecido o empenhamento em aes meritrias, designadamente o voluntariado em favor da comunidade em que est inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado nesse sentido, abrindo-se, assim, a possibilidade de as vrias escolas/agrupamentos de escolas institurem mecanismos de distino. Mas quais os mecanismos de distino institudos? Ser que os quadros de valor e de excelncia, formalmente consagrados pelo despacho normativo n. 102/90, de 12 de setembro, so, ainda hoje, os mecanismos de distino prioritrios, no que concerne distino formalmente prevista nos documentos orientadores da escola pblica portuguesa? Qual a conceo de excelncia acadmica instituda na escola pblica portuguesa? Que tipo de distino mais valorizada? Foram estes os questionamentos que orientaram o primeiro objetivo desta comunicao mapear os rituais de distino formalmente previstos, identificando tendncias nacionais, tendo como refernci