Compromisso SCM V Ericeira

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    SANTA CASA DA MISERICRDIA DA VILA DA ERICEIRA

    COMPROMISSO DA IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICRDIA DA

    VILA DA ERICEIRA

    Captulo I

    DENOMINAO, NATUREZA, ORGANIZAO E FINS

    ARTIGO 1

    1 - A Irmandade da Santa Casa da Misericrdia da Vila da Ericeira, tambm maisabreviadamente denominada Santa Casa da Misericrdia da Ericeira, ou simplesmenteMisericrdia da Ericeira, fundada a 29 de Dezembro de 1678, continua a ser uma associaode fiis, constituda na ordem jurdica cannica, com o objectivo de satisfazer carncias sociaise praticar actos de culto catlico, de harmonia com o seu esprito tradicional, informado pelosprincpios da doutrina e moral crists.

    2 - No campo social exercer, assim, a sua aco atravs da prtica das catorze obras daMisericrdia, tanto espirituais como corporais, e no sector especificamente religioso, sob ainvocao de Nossa Senhora da Misericrdia, que a sua padroeira, manter o culto divino nasua Igreja e exercer as actividades que constem deste compromisso e as mais que vierem aser consideradas convenientes.

    3 - A Irmandade adquire personalidade jurdica civil e estar reconhecida como Instituioprivada de solidariedade social, mediante participao escrita da sua ereco cannica, feitapelo Ordinrio Diocesano, aos servios competentes do Estado.

    4 - Em conformidade com a natureza que lhe provm da sua ereco cannica, a Irmandadeest sujeita ao Ordinrio Diocesano de modo similar ao das demais associaes de fiis.

    ARTIGO 2

    A Instituio constituda por tempo ilimitado, e exerce a sua aco nas freguesias daEncarnao, Santo Izidoro, Carvoeira e Vila da Ericeira, onde tem instalada a sua sede.

    ARTIGO 3

    1 - Sem quebra da sua autonomia e independncia e dos princpios que a criaram eorientaram, a Irmandade cooperar, na medida das suas possibilidades, e na realizao dos

    seus fins, com quaisquer outras entidades pblicas e particulares, que o desejem e,igualmente, promover a colaborao e o melhor entendimento com as autoridades epopulao locais, em tudo o que respeita manuteno e ao desenvolvimento das obrassociais existentes, designadamente, atravs de actuaes de carcter dinamizador, cultural erecreativo.

    2 - A Instituio poder assim efectuar acordos com outras Santas Casas da Misericrdia oucom outras instituies ou com o prprio Estado para melhor realizao dos seus fins.

    3 - Igualmente poder constituir federaes com outras Santas Casas da Misericrdia paracriar ou manter, de forma regular e permanente, servios ou equipamentos de utilizaocomum e para desenvolver aces sociais de responsabilidade comum.

    4 - A Irmandade da Santa Casa da Misericrdia membro efectivo da Unio das MisericrdiasPortuguesas com todos os direitos e deveres inerentes.

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    ARTIGO 4

    Expressamente se consigna que o mbito da actividade social da Instituio no se confinaapenas ao campo da chamada segurana social e pode abranger, tambm outros meios defazer bem, designadamente, os sectores da sade e da educao.

    ARTIGO 51 - Constituem a Irmandade todos os seus Irmos e os que de futuro nela vierem a seradmitidos.

    2 - O nmero de Irmos ilimitado.

    ARTIGO 6

    1 - O governo da Irmandade reside na Assembleia Geral e, por delegao desta, na MesaAdministrativa e no Conselho Fiscal.

    2 - A Mesa Administrativa poder ser coadjuvada e assistida por Mordomos, livremente por ela

    escolhidos, dentre os Irmos que revelarem melhor conhecimento tcnico dos diversossectores da Instituio e que pelos respectivos problemas manifestarem maior interesse.

    Captulo II

    DOS IRMOS

    ARTIGO 7

    Podem ser admitidos como Irmos os indivduos de ambos os sexos, que renam as seguintescondies:

    a) Sejam de maioridade.

    b) Sejam naturais, residentes ou ligados por laos de afectividade Irmandade.

    c) Gozem de boa reputao moral e social.

    d) Aceitem os princpios da doutrina e da moral crists que informam a Instituio e que,consequentemente, no hostilizem, por qualquer meio, designadamente, pela sua condutasocial, ou pela actividade pblica, a religio catlica e os seus fundamentos.

    ARTIGO 8

    1 - A admisso dos Irmos feita mediante proposta assinada por dois Irmos e pelo prpriocandidato, em que o mesmo se identifique, se obrigue a cumprir as obrigaes de Irmos e

    indique o montante da quota que subscreve nunca inferior a cem escudos.

    2 - Tal proposta ser submetida apreciao da Mesa Administrativa na sua primeira reunioordinria posterior apresentao na Secretaria.

    3 - S se consideram admitidos os propostos que tiverem reunido em escrutnio secreto, amaioria dos votos dos membros da Mesa da Administrativa que estiverem presentes narespectiva votao.

    4 - A admisso dos novos Irmos somente considerada definitiva depois de eles assinarem,perante o Provedor ou quem o represente, o livro onde fica registado o termo de admisso,com a promessa de desempenharem com fidelidade os seus deveres de Irmos.

    5 - Quando a mesa indeferir a proposta para a admisso, poder o candidato recorrer dessadeciso para a Assembleia Geral.

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    6 - O pagamento das quotas devido a contar do incio do ms em que os Irmos foremadmitidos.

    ARTIGO 9Todos os Irmos tm direito:

    a) A assistir, participar e votar nas reunies da Assembleia Geral.

    b) A ser eleitos para os corpos gerentes.

    c) A requerer a convocao extraordinria da Assembleia Geral, da Mesa Administrativa, doConselho Fiscal, devendo o pedido ser apresentado por escrito, com a indicao do assunto atratar, e assinado, no primeiro caso, pelo mnimo de 25 Irmos c nos restantes casos por cincoIrmos.

    d) Visitar, gratuitamente, as obras e servios sociais da Instituio e a utiliz-los, com aobservncia dos respectivos regulamentos.

    e) Receber, gratuitamente, um exemplo deste compromisso e o respectivo carto deidentificao, para o qual apresentaro, previamente, a necessria fotografia.

    f) A ser sufragado, aps a morte, com os actos religiosos previstos neste compromisso

    ARTIGO 10

    Todos os Irmos so obrigados:

    a) A desempenhar com zelo e dedicao os lugares dos corpos gerentes para os quais tiveramsido eleitos, salvo se for deferido o pedido de escusa que, por motivo justificado,apresentarem, ou se tiverem desempenhado algum desses cargos no trinio anterior.

    b) A comparecer nos actos oficiais e nas solenidades religiosas e pblicas para as quais aIrmandade o tenha convocado.

    c) A participar, se possvel, nos funerais dos Irmos falecidos, sempre que tais funerais serealizem na localidade onde se situa a sede da Instituio.

    d) A colaborar no progresso e desenvolvimento da Instituio de modo a prestigi-la e a torn-la cada vez mais respeitada, eficiente e til perante a colectividade em que est inserida.

    e) A defender e proteger a Irmandade, em todas as eventualidades principalmente quando elafor injustamente acusada ou atacada no seu carcter de Instituio particular e eclesial,devendo por outro lado proceder sempre com recta inteno e ao servio da verdade e do bemcomum, sem ambies ou propsitos de satisfao pessoal, mas antes, e sempre, como

    pensamento em Deus e nos Irmos.

    ARTIGO 11

    1 - Sero excludos da Irmandade os Irmos:

    a) Que solicitarem a sua exonerao.

    b) Que no prestarem contas dos valores que lhes tenham sido confiados.

    c) Que, sem motivo justificado, se recusarem a servir os lugares dos corpos gerentes para quetiverem sido eleitos.

    d) Que perderem a boa reputao moral e social e os que, voluntariamente, causarem danos Instituio.

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    e) Que tornem atitudes hostis Religio Catlica.

    2 - A aplicao da pena de excluso da competncia da Mesa, com possibilidades de recursopara a Assembleia Geral.

    Captulo IIIDO CULTO E ASSISTNCIA ESPIRITUAL

    ARTIGO 12

    Nas diversas obras sociais e servios desta Irmandade da Santa Casa da Misericrdia, haverassistncia espiritual e religiosa e para tal:

    a) Haver nela, sempre que possvel, um capelo privativo designado pelo Ordinrio daDiocese, sob proposta da Mesa Administrativa.

    b) Far parte do quadro do seu pessoal permanente, sempre que possvel, um grupo ou

    comunidade de Religiosas, com funes de chefia nos diversos sectores ou servios.

    ARTIGO 13

    A capela da Misericrdia destinada ao exerccio do culto divino e nela se realizaro, sempreque possvel, os seguintes actos:

    a) A Missa dominical da Irmandade

    b) A festa anual da Visitao cm honra da Padroeira da Misericrdia.

    c) As cerimnias litrgicas da Semana Santa.

    d) Uma Missa de sufrgio por alma de cada Irmo falecido.

    e) Exquias anuais, no ms de Novembro, por cada alma de todos os Irmos benfeitoresfalecidos.

    f) A celebrao de outros actos de culto que constiturem encargos aceites.

    ARTIGO 14

    Ao capelo privativo, quando houver, compete assegurar:

    a) A conveniente assistncia espiritual e religiosa aos utentes e ao pessoal dos diversossectores da Instituio.

    b) A realizao dos actos previstos no artigo anterior.

    Captulo IV

    DO PATRIMNIO E DO REGIME FINANCEIRO

    ARTIGO 15

    1 - O patrimnio da Irmandade constitudo por todos os seus actuais bens e pelos que venhaa adquirir por ttulo legtimo.

    2 - A Instituio no pode alienar nem onerar os seus bens imveis e mveis com especial

    valor artstico ou histrico, sem prvia deliberao da Assembleia Geral, seguida documprimento das respectivas normas cannicas e civis.

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    ARTIGO 16

    1 - As receitas da Irmandade so ordinrias e extraordinrias.

    2 - Constituem receitas ordinrias:

    a) Os rendimentos dos bens prprios.

    b) As comparticipaes dos utentes.

    c) Outros rendimentos de servios e obras sociais.

    d) Os subsdios, comparticipaes e compensaes pagos pelo Estado e Autarquias Locais,com carcter de regularidade ou permanncia em troca de servios prestados.

    e) O produto das jias e quotas dos Irmos.

    3 - Constituem receitas extraordinrias:

    a) Os legados, heranas e doaes.

    b) O produto de emprstimos.

    c) O produto da alienao de bens.

    d) O produto de cortejos de oferendas e dos donativos particulares.

    e) Os subsdios eventuais do Estado e das Autarquias locais.

    f) Outros quaisquer rendimentos que, por natureza, no devem normalmente repetir-se emanos econmicos sucessivos.

    g) Os esplios dos utentes que no forem legitimamente reclamados pelos respectivosinteressados no prazo legal.

    ARTIGO 17

    1 - As despesas da Irmandade so ordinrias e extraordinrias:

    2 - So ordinrias.

    a) As que resultem da execuo do presente compromisso.

    b) As do exerccio do culto e as que resultam do cumprimento de encargos da responsabilidade

    da Instituio.

    c) As que assegurem a conservao e a reparao dos bens e a manuteno dos servios,incluindo vencimento de pessoal e encargos patronais.d) As de impostos, contribuies e taxas que oneram bens e servios.

    e) As quotizaes devidas a Unies e Federaes em que a Instituio estiver inscrita oufiliada.

    f) As que resultam da deslocao de utentes, corpos gerentes e pessoal, quer em servio daInstituio, quer para benefcio dos prprios assistidos.

    g) Quaisquer outras que tenham carcter de continuidade e permanncia e estiverem de

    harmonia com a lei e com os fins estatutrios.

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    3 - So extraordinrias:

    a) As despesas de construo e equipamento de novos edifcios, servios e obras ou deampliao dos j existentes

    b) As despesas de aquisio de novos terrenos para construo ou de novos prdios rsticos e

    urbanos.c) As despesas que constiturem auxlios imperiosos e extraordinrios a indivduos que delesnecessitem com urgncia, tanto os que forem moradores nesta rea, como aos que nelaacidentalmente se encontrem.

    d) As outras despesas que se justifiquem pela sua utilidade ou necessidade e que pelaAssembleia Geral ou pela Mesa Administrativa forem, previamente, deliberadas e autorizadas.

    ARTIGO 18

    O exerccio anual da Irmandade corresponde ao ano civil.

    ARTIGO 19

    1 - At 15 de Novembro do cada ano ser elaborado e submetido aprovao juntamente como plano de actividades Sociais, o oramento para o ano seguinte, com discriminao dasreceitas e despesas de cada estabelecimento ou sector de actividades e com dotaoseparada das verbas de pessoal e material.

    2 - No decorrer de cada ano podero ser elaborados e submetidos aprovao doisoramentos suplementares para ocorrer a despesas que no haviam sido previstas nooramento ordinrio, ou que nele haviam sido insuficientemente dotados.

    3 - Em casos especiais e devidamente justificados, poder ainda ser elaborado e aprovadomais um terceiro oramento suplementar.

    ARTIGO 20

    Ser extrado, mensalmente, um balancete do respectivo movimento de dinheiros e valoresequivalentes verificados nesse mesmo ms, o qual ser apresentado, na primeira reunioordinria da Mesa Administrativa.

    ARTIGO 21

    Na Secretaria da Misericrdia existiro, devidamente escriturados, os livros de contas, registose cadernos auxiliares que forem julgados convenientes para clareza da escrita e de todos osnegcios da Instituio.

    ARTIGO 22

    At 31 de Maro de cada ano sero apresentados apreciao e votao da Assembleia Geralas contas da gerncia do exerccio anterior, com o respectivo relatrio da Mesa Administrativa eparecer do Conselho Fiscal, tudo acompanhado dos mapas e documentos justificativos.

    ARTIGO 23

    Na elaborao e execuo dos oramentos e no funcionamento dos servios de contabilidadee tesouraria sero tomadas, na devida considerao as normas orientadoras de carctergenrico da actividade tutelar do Estado, de modo a ser obtido o melhor aperfeioamentopossvel dos servios.

    ARTIGO 24

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    1 - Os capitais da Instituio so depositados, ordem ou a prazo, na Caixa Geral deDepsitos, Crdito e Previdncia, ou cm qualquer Banco Nacional.

    2 - Ficam exceptuados deste preceito os dinheiros necessrios ao movimento normal dirio daInstituio.

    Captulo VSeco I

    DA ADMINISTRAO

    ARTIGO 25

    1 - Os corpos gerentes da Irmandade so a Assembleia Geral, a Mesa Administrativa c oConselho Fiscal.

    2 - Todos os Corpos Gerentes so eleitos por perodo de trs anos civis

    ARTIGO 26

    1 - No permitida a eleio de quaisquer membro por mais de dois mandatos consecutivospara qualquer rgo da Irmandade, salvo se a Assembleia reconhecer, expressamente, que impossvel ou inconveniente proceder substituio.

    2 - No permitido aos membros dos corpos gerentes o desempenho simultneo de mais deum cargo.

    ARTIGO 27

    1 - O exerccio dos cargos, nos corpos gerentes, gratuito, mas justifica o pagamento dasdespesas deles derivados.

    2 - Quando o volume do movimento financeiro ou a complexidade dos servios exijam otrabalho e a presena prolongada de algum ou de alguns membros dos corpos gerentes,podem eles passar a ser remunerados, desde que a Assembleia Geral assim o delibere e fixe orespectivo montante da retribuio, mas tal fixao dever ento ser submetida homologaoda respectiva entidade tutelar.

    SECO II

    DA ASSEMBLEIA GERAL

    ARTIGO 28

    1 - A Assembleia Geral constituda pela reunio dos Irmos e s pode funcionar, em primeiraconvocao, com a presena da maioria dos Irmos inscritos.

    2 - Se, no dia e hora designados para qualquer reunio, ela no puder realizar-se por falta demaioria legal, ter lugar a reunio uma hora depois, com qualquer nmero de irmospresentes.

    ARTIGO 29

    1 - Nas convocaes das reunies da Assembleia Geral, sero sempre indicados os fins, olocal, o dia e a hora dessas reunies.

    2 - Nas reunies ordinrias podero ser tratados quaisquer assuntos que no constem da

    convocatria, embora no possam ser tomadas deliberaes, salvo se estiverem presentes ourepresentados devidamente todos os associados no pleno gozo dos seus direitos.

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    3 - As deliberaes das Assembleias Gerais sero tomadas por maioria dos votos presentes,com deduo das abstenes e dos votos nulos e em branco, salvo no caso das alneas d),e), f), g) e h) do artigo 32, para as quais sero necessrios dois teros dos votos expressos.

    ARTIGO 30

    1 - A Assembleia Geral rene ordinariamente duas vezes por ano, uma em Novembro, paravotar o plano de actividades e o oramento para o ano seguinte e proceder eleio doscorpos gerentes, quando for caso disso, e a outra no ms de Maro para apreciao e votaodas contas do exercido anterior.

    2 - Extraordinariamente, a Assembleia Geral reunir, sempre que for necessrio, convocadapela respectiva Mesa, espontaneamente ou a pedido do Provedor, da Mesa Administrativa, doConselho Fiscal ou de um grupo de Irmos no inferior a 25, sempre com a indicao expressados assuntos a tratar.

    3 - Igualmente, poder qualquer Irmo, e bem assim o Ministrio Pblico requerer ao Tribunalcompetente a convocao da Assembleia Geral, nos casos graves enumerados nas duas

    alneas do n3 do artigo 53 do Decreto-Lei n 519-G2/79, de 29 de Dezembro de 1979(Estatuto das Instituies Privadas da Solidariedade Social).

    4 - O respectivo Presidente tem de convocar a Assembleia Geral extraordinria no prazomximo de 15 dias a contar da recepo do pedido da sua realizao.

    5 - As Assembleias Gerais so convocadas por meio de avisos escritos dirigidos aos Irmos, oupor meio de anncios num dos jornais locais, e por edital afixado na sede da Misericrdia, tudocom a antecedncia mnima de 15 dias.

    6 - Se o Presidente ou seu substituto no convocar a Assembleia nos casos em que deva faz-lo, a qualquer Irmo lcito efectuar a convocao, nos termos do n2 do artigo 53 do jreferido Decreto-Lei (n519-G2/79).

    ARTIGO 31

    1 - Compete Mesa da Assembleia Geral dirigir os trabalhos das reunies.

    2 - Essa Mesa constituda pelo Presidente, pelo Vice-Presidente e por dois Secretriosefectivos, os quais, nas suas faltas e nos seus impedimentos, sero substitudos pelosrespectivos suplentes.

    3 - No caso de no se encontrarem presentes o Presidente, nem o Vice-Presidente, competir prpria Assembleia Geral designar na ocasio, o Irmo que deva presidir.

    4 - Da mesma forma, quando faltarem os secretrios, competir ao Presidente da Mesa

    design-los.

    ARTIGO 32

    Compete Assembleia Geral:

    a) Definir as linhas fundamentais de actuao da associao.

    b) Eleger e destituir, por votao secreta, os membros da respectiva Mesa e a totalidade ou amaioria dos membros dos rgos executivos e de fiscalizao.

    c) Apreciar e votar anualmente o oramento e o programa de aco para o exerccio seguinte,bem como o relatrio e contas de gerncia.

    d) Deliberar sobre a aquisio onerosa e a alienao, a qualquer ttulo, de bens imveis e de

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    outros bens patrimoniais de rendimento ou de valor histrico ou artstico.

    e) Deliberar sobre a alterao do Compromisso e sobre a extino, ciso ou fuso daIrmandade.

    f) Autorizar a Irmandade a demandar os membros dos corpos gerentes por factos praticados no

    exerccio das suas funes.g) Aprovar a adeso a unies, federaes ou confederaes.

    h) Fixar a remunerao dos membros dos corpos gerentes, nos termos do n 2 do Art. 18 doDecreto-Lei n 119/83.

    ARTIGO 33

    Das reunies da Assembleia Geral ser lavrada acta em livro prprio, a qual ser assinada pelaMesa depois de aprovada.

    SECO III

    DA MESA ADMINISTRATIVA

    ARTIGO 34

    1 - A Mesa Administrativa constituda por sete membros efectivos e dois suplentes.

    2 - Os membros efectivos, logo que investidos no exerccio das suas funes, escolhero entresi o Vice Provedor, o Secretrio e o Tesoureiro e distribuiro entre si as diversas tarefas daadministrao.

    3 - Os Mesrios sero substitudos, nas suas faltas e impedimentos de carcter permanente,pelos Irmos suplentes, que sero chamados pela ordem que ocupam na lista de votao.

    4 - A Mesa Administrativa pode, alm disso, agregar para coadjuvarem no desempenho da suamisso, outros Irmos, de reconhecida competncia, os quais colaboraro com os Mesriosdos respectivos pelouros, na execuo dos trabalhos concernentes a esses mesmo pelourosou sectores, constituindo mordomias.

    ARTIGO 35

    Todos os meses, poder haver um Irmo de visita, escalonado entre os componentes da MesaAdministrativa, e cujas atribuies so as seguintes:

    a) Visitar, com a maior assiduidade possvel, as vrias obras sociais existentes, observandocomo so tratados os utentes e solicitando de todos os empregados as informaes precisas,

    para bem avaliar do funcionamento dos servios.

    b) Informar a Mesa de todas as irregularidades notadas nas suas visitas e transmitir-lhe o quese afigurar pertinente para melhoria dos mesmos servios.

    ARTIGO 36

    1 - A Mesa Administrativa tomar posse no primeiro dia til do perodo par que foi eleita e ter,no mnimo, duas reunies por ms em dia e hora previamente designados e anunciados.

    2 - A Mesa cessante continuar em exerccio at posse da nova Mesa eleita, devendo entofazer a devida entrega de bens e valores.

    ARTIGO 37

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    A Mesa reunir extraordinariamente sempre que for julgado conveniente e as mesmasdeliberaes recairo somente sobre os problemas que justificaram a sua convocao a noser que estejam presentes todos os seus membros.

    ARTIGO 38

    A Mesa s ter poderes deliberativos quando estiver presente a maioria absoluta dos membrosem exerccio.

    ARTIGO 39

    1 - Os mesrios no podem efectuar contratos com a Irmandade.

    2 - Porm, em casos especiais c de manifesto interesse para a Instituio, a Mesa podeautorizar esses contratos e deve dar conhecimento do facto entidade tutelar.

    ARTIGO 40

    No podem ser membros da Mesa Administrativa os Irmos:

    a) Que lhe forem devedores por dividas j vencidas.

    b) Que mantenham com a Misericrdia qualquer contrato ou pleito.

    ARTIGO 41

    Os mesrios so solidariamente responsveis pela administrao dos bens e negcios daMisericrdia, a no ser que no tenham aprovado as respectivas deliberaes (Dirio daRepblica de 29-12-1979, 1a Srie-10 Suplemento Seco II artigo 16).

    ARTIGO 42

    Compete Mesa Administrativa:

    a) Executar e fazer executar as deliberaes da Assembleia Geral e os preceitos desteCompromisso e dos regulamentos que o vierem completar.

    b) Admitir e excluir Irmos.

    c) Administrar os bens, obras e servios da Instituio e zelar pelo bom funcionamento dosseus vrios sectores.

    d) Elaborar oramentos e relatrios e organizar contas de gerncia.

    e) Cobrar receitas e liquidar despesas.

    f) Efectuar a ttulo oneroso, aquisio e fornecimentos, aceitar heranas, legados e donativos ealienar bens, quando tudo isso no seja da competncia exclusiva da Assembleia Geral.

    g) Elaborar os regulamentos aconselhveis para a boa organizao dos servios.

    h) Aprovar quadros de pessoal.

    i) Criar e extinguir lugares e fixar vencimentos.

    j) Nomear, suspender e admitir empregados e servidores da Irmandade, estabelecer os seushorrios, condies de trabalho, e exercer sobre eles o necessrio poder disciplinar, mas tudode harmonia com as normas estatutrias e legais aplicveis.

    l) Dar posse, no final do seu mandato, aos corpos gerentes seguintes e fazer-lhe a entrega dos

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    documentos e valores da Instituio.

    m) Representar a Misericrdia, em juzo e fora dele, atravs dos seus prprios membros quepara tal expressamente designar.

    n) Constituir grupos de trabalho, estudo e reflexo com o objectivo de melhorar e desenvolver

    as actividades sociais da Misericrdia, designadamente atravs da divulgao do seu esprito,da sua obra, dos seus propsitos, das suas iniciativas e das suas realizaes e necessidades,perante as populaes locais, e mediante encontros, reunies de convvio e festividades decarcter local e cultural.

    o) Promover, por todos os meios lcitos, o desenvolvimento e prosperidade da Irmandade, epraticar todos os actos que a sua administrao ou as leis exijam, permitam e aconselham, eno sejam da competncia de outro rgo estatutrio da Instituio.

    ARTIGO 43

    A Mesa Administrativa pode delegar quaisquer das suas atribuies no Provedor ou noutro dosseus membros.

    ARTIGO 44

    Compete ao Provedor:

    a) Presidir s sesses da Mesa Administrativa e mordomias sectoriais quando existirem.

    b) Superintender, directamente ou por intermdio das pessoas para tal efeito designadas ounomeadas, na administrao da Misericrdia c consequentemente, orientar e fiscalizar asdiversas actividades e servios da instituio.

    c) Propor Mesa Administrativa os oramentos, relatrios e contas da gerncia.

    d) Despachar os assuntos de expediente e outros que caream de soluo urgente, devendo,porm, estes ltimos, se excederem a sua competncia normal, ser submetidos confirmaoda Mesa Administrativa, na primeira reunio seguinte.

    e) Assinar a correspondncia, as ordens de pagamento e os recibos comprovativos daarrecadao das receitas.

    f) Representar a Irmandade em juzo e fora dele, nos casos de urgncia e enquanto pela MesaAdministrativa no for tomada a respectiva deliberao.

    g) Fazer executar as deliberaes da Assembleia Geral e da Mesa Administrativa e cumprirquaisquer outras obrigaes inerentes ao seu cargo ou que as leis vigentes ou o costumeantigo lhes imponham.

    h) Fomentar a qualidade e quantidade das actividades prprias da Irmandade.

    i) Decidir, nas reunies da Mesa, com voto de qualidade, nos assuntos em que no sejaobrigatrio o voto secreto.

    j) Na ausncia e no impedimento do Provedor sero as respectivas funes desempenhadaspelo Vice Provedor, na falta de ambos, pelo mesrio que a Mesa Administrativa escolher.

    ARTIGO 45

    Compete ao Secretrio:

    a) Redigir e assinar as actas das sesses e superintender, em especial, nos servios dasecretaria e na organizao dos respectivos arquivos.

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    b) Assinar, com o Provedor, as ordens de pagamento.

    c) Preparar a agenda de trabalho das reunies da Mesa Administrativa e das suas delegaesou mordomias.

    d) Coadjuvar o Provedor na execuo do seu cargo.ARTIGO 46

    Compete ao Tesoureiro:

    a) Promover a cobrana e arrecadao de todas as receitas da Irmandade.

    b) Efectuar pagamentos.

    c) Orientar e fiscalizar a contabilidade da Instituio, de modo a vigiar o correcto arquivamentode todos os documentos da receita e da despesa.

    d) Fazer submeter, mensalmente, apreciao do Provedor o respectivo balancete do livro"Caixa".

    e) Apresentar, mensalmente, Mesa Administrativa, o balancete das despesas do ms anterior.

    SECO IV

    CONSELHO FISCAL

    ARTIGO 47

    1 - O Conselho Fiscal constitudo por trs membros efectivos e trs suplementares.

    2 - Par o Conselho Fiscal devem ser escolhidos os Irmos que possuam os conhecimentosindispensveis ao exerccio dos seus poderes de fiscalizao.

    3 - Os membros efectivos, sero substitudos nas suas faltas e impedimentos, pelos suplentes,que sero chamados pela ordem de lista de voto.

    4 - aplicvel aos membros do Conselho Fiscal o que se encontra determinado para osmembros da Mesa Administrativa no artigo 40 deste compromisso.

    ARTIGO 48

    1 - O Conselho Fiscal ter, pelo menos, uma reunio trimestral e poder, alm disso, efectuaras reunies que considerar convenientes.

    2 - As decises sero tomadas pluralidade de votos e poder reunir, desde que, pelo menos,estejam presentes dois dos seus membros.

    3 - Das suas reunies sero lavradas as respectivas actas em livro prprio.

    ARTIGO 49

    Compete ao Conselho Fiscal:

    a) Apreciar e fiscalizar o funcionamento dos Servios Administrativos.

    b) Examinar e conferir os valores existentes nos cofres, sempre que o considere oportuno.

    c) Verificar os balancetes da tesouraria quando o entender.

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    d) Dar parecer sobre qualquer problema que a Mesa Administrativa lhe propuser.

    e) Apresentar Mesa qualquer sugesto que considere til ao funcionamento dos ServiosAdministrativos ou qualquer proposta que vise a melhoria do regime de contabilidade usado.

    f) Apresentar no fim de cada exerccio anual o seu parecer sobre o relatrio e sobre as contasde gerncia respectivas, para tudo ser apreciado em conjunto pela Assembleia Geral.

    g) Requerer a convocao da Assembleia Geral sempre que considere conveniente.

    h) Os membros do Conselho Fiscal podero assistir s reunies da Mesa Administrativasempre que o entenderem, sem poder deliberativo.

    CAPITULO VI DAS ELEIES

    ARTIGO 50

    A eleio da Mesa da Assembleia Geral, da Mesa Administrativa e do Conselho Fiscal ser

    feita por escrutnio secreto, pluralidade de votos dos Irmos presentes, na reunio ordinriarealizada no ms de Novembro do ano em que terminar o mandato dos corpos gerentes, nolocal previamente designado para o efeito.

    ARTIGO 51

    1 - As listas para a eleio da Mesa da Assembleia Geral, da Mesa Administrativa e doConselho Fiscal devem conter os nomes dos membros efectivos e dos suplentes, entendendo-se que estes so os designados em ltimo lugar.

    2 - S os cargos de Provedor e dos Presidentes da Mesa da Assembleia Geral e do ConselhoFiscal devero ser especificados

    3 - Se as listas contiverem nomes em excesso, consideram-se como no inscritos todosaqueles que ultrapassem o nmero dos membros efectivos e suplentes.

    4 - As listas devem ser em papel branco, sem sinais diferenciadores e, quando entregues nasurnas, devem estar dobradas.

    5 - S podem ser submetidas a votao as listas que forem apresentadas por um nmeromnimo de dez Irmos e que derem entrada na Mesa da Assembleia Geral at cinco minutosdepois de aberta a respectiva sesso.

    ARTIGO 52

    Considerar-se-o eleitos, os Irmos da lista que reunir maior nmero de votos.

    ARTIGO 53

    1 - Finda a eleio, o Presidente da Assembleia proclamar os eleitos e de tudo o que se tiverpassado ser exarado e assinada a respectiva acta.

    2 - No prazo de cinco dias, a contar da eleio, o Presidente da Assembleia oficiar aos irmoseleitos, caso no tenham estado presentes, a comunicar-lhes o resultado eleitoral, na parte quea cada um, respectivamente, interesse.

    3 - Tal ofcio, devidamente autenticado com o selo branco da Instituio, servir de diploma deapresentao para a respectiva posse.

    4 - As posses ficaro exaradas em livro especial a elas reservado.

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    ARTIGO 54

    Quando algum dos eleitos no aceitar o respectivo cargo, ser logo proclamado o Irmo queocupar o primeiro lugar na lista dos suplentes.

    ARTIGO 55

    Nenhum Irmo obrigado a aceitar a reeleio.

    ARTIGO 56

    Os casos omissos deste compromisso e dos seus regulamentos sero decididos pelaAssembleia Geral, quando lhes no forem aplicveis preceitos legais definidos.

    CAPITULO VII

    DOS SERVIOS ADMINISTRATIVOSE DO PESSOAL AGRCOLA TCNICO

    E SERVENTE

    ARTIGO 57

    Os servios de secretaria e contabilidade funcionaro sob a orientao da Mesa Administrativa,e sero executados pelo pessoal que for necessrio, de harmonia com os regulamentos quevierem a ser aprovados.

    ARTIGO 58

    Haver tambm o pessoal agrcola que for conveniente boa administrao, e explorao dopatrimnio rstico da Misericrdia.

    ARTIGO 59

    1 - Da mesma forma sero organizados outros quadros de pessoal que os vrios sectores eestabelecimentos da Instituio exigirem para o seu funcionamento eficiente e progressivasmelhorias.

    2 - Sero elaborados, consequentemente, os respectivos regulamentos com definio, quandopossvel pormenorizada, dos direitos e deveres desse pessoal.

    CAPTULO VIII

    DAS DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS

    ARTIGO 60

    No permitido Irmandade repudiar heranas ou legados, devendo sempre aceitar, umas eoutras, a benefcio de inventrio no podendo ficar a cumprir encargos que excedam as forcasda herana ou do legado, ou que sejam contrrios lei.

    ARTIGO 61

    1 - Podem ser declarados Benfeitores da Misericrdia as pessoas mesmo estranhas Irmandade, que, por lhe haverem prestado assinalados e relevantes servios ou por auxiliaremcom donativos eventuais de montante considervel sejam merecedores de tal distino.

    2 - A declarao de benfeitores compete Assembleia Geral devendo os mesmos ser inscritosem livro especial e ser-lhes passado o respectivo diploma.

    ARTIGO 62

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    A Mesa Administrativa elaborar os regulamentos que forem necessrios boa organizaodos vrios sectores e obras da Instituio, com incluso das condies de trabalho do seupessoal e de tudo o mais que o bom andamento dos servios aconselharem.

    ARTIGO 63

    Igualmente, a Mesa Administrativa elaborar o cadastro-inventrio de todos os bens e valoresque pertenam Irmandade, o qual dever estar permanentemente actualizado.

    ARTIGO 64

    Tais regulamentos e cadastro-inventrio sero oportunamente submetidos apreciao eaprovao da Assembleia Geral.

    ARTIGO 65

    1 - Esta Irmandade da Misericrdia s poder ser extinta, pela autoridade competente, e naforma legal, mediante deliberao favorvel tomada em Assembleia Geral, a qual rena, pelo

    menos a votao concordante de 75% do nmero total de Irmos inscritos.

    2 - Em caso de extino, os seus bens revertero para outras obras ou instituies de naturezacrista c catlica, existentes ou a criar na sede do concelho tendo em considerao o dispostono artigo 59 do Decreto-Lei n" 519-G 2/79 e mais legislao aplicvel, tanto no Direito Civilcomo do Direito Cannico.

    ARTIGO 66

    A Irmandade da Santa Casa da Misericrdia observar os preceitos da legislao que lhe foraplicvel c, designadamente as disposies do Decreto-Lei n 519-G 2/79, de 29 de Dezembrode 1979 (10 Suplemento).

    ARTIGO 67

    O presente Compromisso anula e revoga os anteriores compromissos desta Irmandade eentrar cm vigor pleno logo que seja devidamente aprovado.

    ERRATA

    Em todos os artigos de que conste o Decreto-Lei n. 519-G2/79 de 29 Dezembro, deve ler-seDecreto-Lei n. 119/83 de 25 Fevereiro.