29
IMPRESA Rue de la Loi 175 B – 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0)2 281 6319 / 6319 Fax: +32 (0)2 281 8026 [email protected] http://www.consilium.europa.eu/press 7095/14 1 PT COSELHO DA UIÃO EUROPEIA PT 7095/14 (OR. en) PRESSE 106 PR CO 11 COMUICADO DE IMPRESA 3298.ª reunião do Conselho Justiça e Assuntos Internos Bruxelas, 3 e 4 de março de 2014 Presidentes Ioannis Michelakis Ministro do Interior da Grécia ikolaos Dendias Ministro da Ordem Pública e da Proteção do Cidadão da Grécia Charalambos Athanasiou Ministro da Justiça, da Transparência e dos Direitos Humanos da Grécia

COMUICADO DE IMPRES A Justiça e Assuntos Internos · 2014-04-04 · Rue de la Loi 175 B – 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0)2 281 6319 / 6319 Fax: +32 (0) ... tomaram nota das informações

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I M P R E � S A

Rue de la Loi 175 B – 1048 BRUXELAS Tel.: +32 (0)2 281 6319 / 6319 Fax: +32 (0)2 281 8026

[email protected] http://www.consilium.europa.eu/press

7095/14 1 PT

CO�SELHO DAU�IÃO EUROPEIA

PT 7095/14

(OR. en)

PRESSE 106 PR CO 11

COMU�ICADO DE IMPRE�SA

3298.ª reunião do Conselho

Justiça e Assuntos Internos

Bruxelas, 3 e 4 de março de 2014

Presidentes Ioannis Michelakis Ministro do Interior da Grécia �ikolaos Dendias Ministro da Ordem Pública e da Proteção do Cidadão da Grécia Charalambos Athanasiou Ministro da Justiça, da Transparência e dos Direitos Humanos da Grécia

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 2 PT

Principais resultados do Conselho

ASSU�TOS I�TER�OS

Pressões migratórias (tendências e perspetivas)

O Conselho e o Comité Misto (UE + �oruega, Islândia, Listenstaine e Suíça) tomaram nota das informações apresentadas pela Comissão e pelas agências sobre a evolução e as tendências mais recentes dos fluxos migratórios para a Europa.

O Conselho decidiu acompanhar de perto o evoluir desta questão, tendo também convidado a Comissão e as agências a continuarem a acompanhar atentamente a situação e a informá-lo dos novos desenvolvimentos e tendências.

Grupo de Missão para o Mediterrâneo

O Conselho e o Comité Misto congratularam-se com os progressos até agora realizados nos cinco domínios-chave referidos na comunicação da Comissão sobre o trabalho do Grupo de Missão para o Mediterrâneo e convidaram todos os intervenientes relevantes a continuarem a participar ativamente na execução das ações operacionais. A Comissão foi também convidada a apresentar, na reunião do Conselho (JAI) do mês de junho, um relatório geral das atividades realizadas.

Regulamento EUROPOL

O Conselho realizou um debate de orientação sobre a proposta de regulamento que cria a Agência da União Europeia para a Cooperação e a Formação Policial (Europol). Dado que a grande maioria das delegações se opõe à fusão da Europol e da CEPOL (Academia Europeia de Polícia) proposta pela Comissão, o projeto de Regulamento Europol será alterado em conformidade.

Os Estados-Membros reconheceram a necessidade de atualizar a Decisão CEPOL existente à luz dos Tratados pós-Lisboa e convidaram a Comissão a apresentar, o mais rapidamente possível, uma proposta legislativa sobre a nova base jurídica aplicável à CEPOL.

Diversos

O Conselho foi informado pela Presidência sobre os acordos alcançados com o Parlamento Europeu relativamente a uma série de propostas legislativas, entre as quais:

– o regulamento que estabelece regras para a vigilância das fronteiras marítimas externas no contexto da cooperação operacional coordenada pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Frontex);

– a diretiva relativa às condições de entrada e residência de nacionais de países terceiros no quadro de transferências dentro das empresas.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 3 PT

JUSTIÇA

Futuro da JAI

Os Ministros da Justiça ouviram a exposição feita pela Comissão acerca dos principais aspetos da sua próxima comunicação sobre a evolução futura no domínio da Justiça e Assuntos Internos e expuseram as suas opiniões e prioridades.

"A democracia, o Estado de direito e os direitos fundamentais são princípios e valores não negociáveis da UE. O Conselho JAI de junho analisará as opiniões dos Estados-Membros, a posição do Parlamento Europeu, a comunicação da Comissão e o resultado da consulta pública no intuito de preparar um contributo substancial para a reunião do Conselho Europeu desse mesmo mês", declarou o Presidente do Conselho e Ministro da Justiça, da Transparência e dos Direitos Humanos, Charalambos Athanasiou.

Regulamento sobre proteção de dados

O Conselho realizou um debate de orientação sobre determinados aspetos relacionados com a proposta de regulamento que estabelece um quadro geral da UE para a proteção de dados.

De uma forma geral, os Ministros apoiaram os projetos de disposições respeitantes ao âmbito de aplicação territorial do regulamento e confirmaram a ideia de que as transferências internacionais de dados pessoais para países terceiros deverão ser feitas com base nos princípios fundamentais enunciados no Capítulo V do projeto de regulamento. Reconheceram também que há aspetos importantes desse capítulo que carecerão de ser mais trabalhados do ponto de vista técnico e que a questão dos modelos alternativos de transferência internacional de dados terá de ser estudada em profundidade.

O Conselho confirmou que o trabalho técnico prosseguirá com base nos progressos até agora alcançados em torno dos seguintes aspetos: pseudonimização enquanto elemento da abordagem baseada no risco, portabilidade dos dados pessoais para o setor privado e obrigações dos responsáveis pelo tratamento e dos subcontratantes.

Se bem que a maioria das delegações pareça considerar que o âmbito de aplicação da disposição do futuro regulamento respeitante à constituição de perfis deverá, tal como na atual Diretiva 95/46/CE, limitar-se a regular as decisões automatizadas que produzam efeitos jurídicos nas pessoas ou as afetem de modo significativo, outras há que preconizam a adoção de disposições específicas no que respeita à constituição de perfis. O trabalho técnico deverá, pois, prosseguir nessa base.

Procurador Europeu

O Conselho realizou um debate de orientação sobre a proposta de instituição de uma Procuradoria Europeia. Os Ministros exprimiram as suas opiniões sobre a estrutura da Procuradoria, a delimitação das suas funções e competências e o regime de direitos processuais aplicável aos suspeitos e às vítimas.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 4 PT

Garantias processuais para os menores suspeitos ou arguidos em processo penal

O Conselho realizou um debate de orientação sobre a proposta de diretiva relativa a garantias processuais para os menores suspeitos ou arguidos em processo penal, que visa garantir a capacidade de os menores compreenderem e acompanharem o processo penal contra eles instaurado e de exercerem o direito de serem julgados com imparcialidade.

O debate permitiu traçar orientações para os trabalhos futuros.

Sistemas de justiça civil e comercial

O Conselho adotou conclusões sobre os sistemas de justiça civil e comercial dos Estados-Membros.

Diversos

O Conselho foi informado pela Presidência acerca dos acordos alcançados com o Parlamento Europeu relativamente a uma série de propostas legislativas, entre as quais:

– a diretiva relativa à proteção penal do euro e de outras moedas contra a contrafação;

– o regulamento que cria uma decisão europeia de arresto de contas para facilitar a cobrança transfronteiras de créditos em matéria civil e comercial;

– o regulamento que altera o Regulamento 1215/2012, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial (o chamado Regulamento "Bruxelas I").

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3 e 4 de março de 2014

1 � Nos casos em que tenham sido formalmente adotadas pelo Conselho declarações, conclusões ou resoluções,

o facto é indicado no título do ponto em questão e o texto está colocado entre aspas. � Os documentos cuja referência se menciona no texto estão acessíveis no sítio Internet do Conselho

http://www.consilium.europa.eu. � Os atos adotados que são objeto de declarações para a ata que podem ser facultadas ao público vão

assinalados por um asterisco; estas declarações estão disponíveis no sítio Internet do Conselho acima mencionado ou podem ser obtidas junto do Serviço de Imprensa.

7095/14 5 PT

�DICE1

PARTICIPA�TES............................................................................................................................. 7

PO�TOS DEBATIDOS

ASSUNTOS INTERNOS .................................................................................................................... 9

Europol................................................................................................................................................. 9

Pressões migratórias: tendências e perspetivas .................................................................................... 9

Grupo de Missão para o Mediterrâneo................................................................................................. 9

COMITÉ MISTO............................................................................................................................... 12

Diretiva relativa à proteção de dados................................................................................................. 12

Pressões migratórias: tendências e perspetivas .................................................................................. 12

Grupo de Missão para o Mediterrâneo............................................................................................... 12

Diversos ............................................................................................................................................. 12

JUSTIÇA............................................................................................................................................ 15

Regulamento sobre proteção de dados............................................................................................... 15

Diretiva relativa à proteção de dados................................................................................................. 16

Procuradoria Europeia........................................................................................................................ 16

Garantias processuais para os menores suspeitos ou arguidos em processo penal............................ 18

Sistemas de justiça civil e comercial dos Estados-Membros – Conclusões ...................................... 19

Painel da Justiça 2014........................................................................................................................ 19

Evolução futura da JAI ...................................................................................................................... 20

Diversos ............................................................................................................................................. 21

À margem do Conselho...................................................................................................................... 25

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 6 PT

OUTROS PO�TOS APROVADOS

JUSTIÇA E ASSU�TOS I�TER�OS

– Relatório de avaliação da CEPOL ......................................................................................................................... 26

ASSU�TOS GERAIS

– Equivalência das normas de segurança aplicáveis à proteção de informações classificadas ................................. 26

POLÍTICA COMUM DE SEGURA�ÇA E DEFESA

– Ratificação do Tratado sobre o Comércio de Armas............................................................................................. 26

ASSU�TOS ECO�ÓMICOS E FI�A�CEIROS

– Sistemas de garantia de depósitos ......................................................................................................................... 27

POLÍTICA COMERCIAL

– Produtos de dupla utilização.................................................................................................................................. 27

MERCADO I�TER�O

– Veículos a motor – Requisitos internacionais harmonizados ................................................................................ 27

PESCAS

– Capturas acidentais de cetáceos no exercício das atividades de pesca – Alinhamento pelo Tratado de Lisboa .................................................................................................................................................................... 28

LEGISLAÇÃO ALIME�TAR

– Aditivos alimentares.............................................................................................................................................. 28

TRA�SPORTES

– Tripulações da aviação civil – Requisitos e procedimentos .................................................................................. 29

– Mecanismo "Interligar a Europa" – Prioridades de financiamento no setor dos transportes ................................. 29

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 7 PT

PARTICIPA�TES

Bélgica: Annemie TURTELBOOM Ministra da Justiça Maggie DE BLOCK Secretária de Estado do Asilo e da Migração, da

Integração Social e da Luta contra a Pobreza, Adjunta da Ministra da Justiça

Bulgária: Tsvetlin YOVCHEV Vice-Primeiro-Ministro e Ministro do Interior Dimiter TZANTCHEV Representante Permanente

República Checa: Helena VÁLKOVÁ Ministra da Justiça Martin POVEJŠIL Representante Permanente

Dinamarca: Karen HÆKKERUP Ministra da Justiça

Alemanha: Emily HABER Secretária de Estado, Ministério dos Negócios

Estrangeiros Stefanie HUBIG Secretária de Estado, Ministério Federal da Justiça e da

Defesa dos Consumidores

Estónia: Hanno PEVKUR Ministro da Justiça Matti MAASIKAS Representante Permanente

Irlanda: Alan SHATTER Ministro da Justiça e Igualdade, Ministro da Defesa

Grécia: Charalambos ATHANASIOU Ministro da Justiça, da Transparência e dos Direitos

Humanos Nikolaos DENDIAS Ministro da Ordem Pública e da Proteção do Cidadão Ioannis MICHELAKIS Ministro do Interior

Espanha: Jorge FERNÁNDEZ DIAZ Ministro do Interior Alberto RUIZ-GALLARDÓN Ministro da Justiça Alfonso DASTIS QUECEDO Representante Permanente Marina DEL CORRAL TÉLLEZ Secretária-Geral da Imigração e Emigração

França: Manuel VALLS Ministro do Interior Christiane TAUBIRA Guarda-Selos, Ministra da Justiça

Croácia: Ranko OSTOJIĆ Vice-Primeiro-Ministro e Ministro do Interior Mato ŠKRABALO Representante Permanente

Itália: Filippo BUBBICO Vice-Ministro do Interior Andrea ORLANDO Ministro da Justiça

Chipre: Ionas NICOLAOU Ministro da Justiça e da Ordem Pública Socrates HASIKOS Ministro do Interior

Letónia: Baiba BROKA Ministra da Justiça Ilze PĒTERSONE-GODMANE Secretária de Estado, Ministério do Interior

Lituânia: Paulius GRICIŪNAS Vice-Ministro da Justiça Elvinas JANKEVICIUS Vice-Ministro do Interior

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 8 PT

Luxemburgo: Etienne SCHNEIDER Vice-Primeiro Ministro e Ministro da Economia, da

Segurança Interna e da Defesa Félix BRAZ Ministro da Justiça

Hungria: Tibor NAVRACSICS Vice-Primeiro-Ministro, Ministro da Administração

Pública e da Justiça László FELKAI Secretário de Estado, Ministério do Interior

Malta: Emanuel MALLIA Ministro do Interior e da Segurança Nacional Owen BONNICI Secretário Parlamentar da Justiça no Ministério do Interior

e da Segurança Nacional

Países Baixos: Fred TEEVEN Ministro da Imigração (igualmente encarregado das Questões de Segurança e

Justiça) Pieter DE GOOIJER Representante Permanente

Áustria: Johanna MIKL-LEITNER Ministra Federal do Interior Wolfgang BRANDSTETTER Ministro Federal da Justiça

Polónia: Rafał TRZASKOWSKI Ministro da Administração e da Digitalização Michał KRÓLIKOWSKI Subsecretário de Estado, Ministério da Justiça Marek PRAWDA Representante Permanente

Portugal: Fernando ALEXANDRE Secretário de Estado Adjunto do Ministro da

Administração Interna António COSTA MOURA Secretário de Estado da Justiça

Roménia: Bogdan TOHĂNEANU Secretário de Estado, Ministério do Interior Mihnea MOTOC Representante Permanente

Eslovénia: Gregor VIRANT Vice-Primeiro-Ministro, Ministro do Interior Tina BRECELJ Secretária de Estado, Ministério da Justiça

Eslováquia: Tomáš BOREC Ministro da Justiça Ivan KORČOK Representante Permanente

Finlândia: Anna-Maja HENRIKSSON Ministra da Justiça Päivi RÄSÄNEN Ministra do Interior

Suécia: Beatrice ASK Ministra da Justiça Tobias BILLSTRÖM Ministro da Migração Martin VALFRIDSSON Secretário de Estado, Ministério da Justiça (encarregado

das Questões de Direito Civil)

Reino Unido: Chris GRAYLING Lorde Chanceler e Ministro da Justiça Theresa MAY Ministra do Interior Frank MULHOLLAND Procurador-Geral da Escócia

Comissão: Viviane REDING Vice-Presidente Cecilia MALMSTRÖM Membro

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 9 PT

PO�TOS DEBATIDOS

ASSU�TOS I�TER�OS

Europol

O Conselho foi informado do ponto da situação no que respeita à proposta de regulamento que cria a Agência da União Europeia para a Cooperação e a Formação Policial (Europol) (8229/13). Uma das finalidades da proposta da Comissão era que a Europol assumisse e prosseguisse as funções atualmente exercidas pela CEPOL (Academia Europeia de Polícia), criando-se, assim, uma única agência policial europeia e revogando-se as decisões existentes relativas à Europol1 e à CEPOL2.

Dado que a grande maioria das delegações se opõe à fusão da Europol e da CEPOL, todas as disposições ligadas a esta ideia serão eliminadas do projeto de Regulamento Europol.

O Conselho realizou também um debate de orientação sobre o futuro da CEPOL. Os Estados--Membros reconheceram a necessidade de atualizar a decisão existente à luz dos Tratados pós--Lisboa e convidaram a Comissão a apresentar, o mais rapidamente possível, uma proposta legislativa sobre a nova base jurídica aplicável à CEPOL.

Pressões migratórias: tendências e perspetivas

O Conselho tomou nota das informações apresentadas pela Comissão, pelo SEAE, pela FRONTEX e pelo EASO sobre a evolução e as tendências mais recentes dos fluxos migratórios para a Europa.

O Conselho decidiu acompanhar de perto a evolução registada e convidou as suas instâncias preparatórias a manterem a situação sob observação permanente. Convidou ainda a Comissão e as agências a continuarem a acompanhar atentamente a situação e a mantê-lo informado da evolução e tendências da imigração ilegal na UE.

Grupo de Missão para o Mediterrâneo

O Conselho tomou nota do relatório da Comissão sobre a implementação da comunicação que resultou dos trabalhos realizados pelo Grupo de Missão para o Mediterrâneo e congratulou-se com os progressos até agora registados nos cinco grandes domínios mencionados na comunicação da Comissão.

1 Decisão 2009/371/JAI (JO L 121 de 15.5.2009, p. 37) 2 Decisão 2005/681/JAI (JO L 256 de 1.10.2005, p. 63)

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 10 PT

O Conselho convidou todos os intervenientes relevantes a continuarem a participar ativamente na implementação das ações operacionais descritas na comunicação. Convidou ainda a Comissão a continuar a informar as suas instâncias preparatórias sobre os progressos realizados neste domínio e a apresentar ao Conselho JAI de junho um relatório global das atividades levadas a cabo.

O Grupo de Missão para o Mediterrâneo foi criado na sequência do Conselho (JAI) de 7 e 8 de outubro de 2013 para identificar os instrumentos ao dispor da UE que poderão ser utilizados de modo mais eficaz para evitar que tragédias como a que ocorreu ao largo da costa de Lampedusa se repitam.

Na reunião de 24 e 25 de outubro, o Conselho Europeu acordou em que fossem tomadas as medidas adequadas, baseadas em imperativos de prevenção e proteção e norteadas pelos princípios da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades, a fim de evitar que voltem a ocorrer tragédias humanas desta natureza.

O Conselho Europeu convidou o Grupo de Missão para o Mediterrâneo, liderado pela Comissão Europeia e envolvendo Estados-Membros, o SEAE e algumas agências da UE, a identificar ações prioritárias para uma utilização mais eficiente a curto prazo das políticas e dos instrumentos europeus.

Em 4 de dezembro de 2013, o Conselho debateu a comunicação da Comissão sobre o trabalho do Grupo de Missão para o Mediterrâneo (17398/13) e acolheu favoravelmente o conjunto de ações incluídas no documento.

O Grupo de Missão identificou cinco domínios prioritários de ação em que se trabalhará ativamente ao longo dos próximos meses:

– ações em cooperação com os países terceiros;

– proteção regional, reinstalação e reforço das vias legais para entrar na Europa;

– luta contra o tráfico e introdução clandestina de seres humanos e a criminalidade organizada;

– reforço da vigilância das fronteiras, contribuindo para melhorar o quadro da situação marítima e proteger e salvar as vidas de migrantes na região do Mediterrâneo;

– assistência e solidariedade para com os Estados-Membros que se veem confrontados com fortes pressões migratórias.

A Presidência apresentou um relatório sobre a matéria ao Conselho Europeu de 20 de dezembro. Nas suas conclusões, o Conselho Europeu saudou a comunicação da Comissão e apelou à mobilização de todos os esforços no sentido de pôr em prática, de acordo com um calendário claro a estabelecer pela Comissão, as ações propostas na comunicação.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 11 PT

Foi considerado prioritário reforçar o diálogo com os países terceiros a fim de evitar que os migrantes se lancem em viagens perigosas com destino à UE. Foi também considerado que as campanhas de informação, os programas de proteção regional, as parcerias para a mobilidade e uma política eficaz em matéria de regresso constituem componentes essenciais desta abordagem global.

O Conselho Europeu reiterou a importância de se reinstalarem as pessoas carentes de proteção e de se contribuir para os esforços desenvolvidos a nível internacional neste domínio. Apelou também a que a FRONTEX reforce as operações de vigilância das fronteiras e a que se intensifiquem as ações de combate ao contrabando e tráfico de seres humanos e se deem provas da necessária solidariedade para com todos os Estados-Membros sujeitos a fortes pressões migratórias.

O Conselho Europeu convidou o Conselho a acompanhar com regularidade a execução dessas ações e anunciou que, em junho de 2014, quando tiverem sido definidas as orientações estratégicas da nova programação legislativa e operacional no espaço de liberdade, segurança e justiça ("pós--Estocolmo"), se voltará a debruçar sobre a problemática do asilo e da migração numa perspetiva de intervenção mais alargada e de mais longo prazo. Tendo em vista essa reunião, convida-se a Comissão a apresentar ao Conselho um relatório sobre a execução das ações que aponta na sua comunicação.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 12 PT

COMITÉ MISTO

Diretiva relativa à proteção de dados

O Comité foi informado pela Presidência sobre o ponto da situação (6799/14) da proposta de diretiva relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas autoridades competentes para efeitos de prevenção, investigação, deteção e repressão de infrações penais ou de execução de sanções penais, e à livre circulação desses dados.

Pressões migratórias: tendências e perspetivas

O Comité foi informado pela Comissão, pelo SEAE, pela FRONTEX e pelo EASO sobre a evolução e as tendências mais recentes dos fluxos migratórios para a Europa.

Para mais pormenores, ver ponto supra.

Grupo de Missão para o Mediterrâneo

O Comité foi informado pela Comissão acerca da implementação da comunicação que resultou dos trabalhos realizados pelo Grupo de Missão para o Mediterrâneo e congratulou-se com os progressos até agora realizados nos cinco grandes domínios mencionados na comunicação da Comissão.

Para mais pormenores, ver ponto supra.

Diversos

Na rubrica "Diversos", o Comité foi informado sobre os acordos alcançados com o Parlamento Europeu em torno de uma série de propostas legislativas, entre as quais:

– a decisão que estabelece um regime simplificado de controlo de pessoas nas fronteiras externas baseado no reconhecimento unilateral pela Croácia e por Chipre de determinados documentos como equivalentes aos respetivos vistos nacionais para efeitos de trânsito ou de estada prevista nos seus territórios não superior a 90 dias num período de 180 dias.

Esta decisão permitirá que a Bulgária, a Croácia, Chipre e a Roménia reconheçam os vistos Schengen para efeitos de trânsito ou de estadia de curta duração nos seus territórios.

Em 27 de fevereiro, o Parlamento Europeu votou, em sessão plenária, uma versão provisória do texto (ainda não ultimado pelos Juristas-Linguistas), devendo provavelmente votar uma corrigenda na sessão de abril II, o que dará ao Conselho a possibilidade de o adotar formalmente e de o fazer assinar pelos dois colegisladores antes das eleições de maio de 2014;

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 13 PT

– o regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 539/2001 do Conselho, que fixa a lista dos países terceiros cujos nacionais estão sujeitos à obrigação de visto para transporem as fronteiras externas e a lista dos países terceiros cujos nacionais estão isentos dessa obrigação (alteração dos anexos).

O acordo alcançado no início de fevereiro implica a transferência de 19 países terceiros (16 países das Caraíbas, a Colômbia, o Peru e os Emirados Árabes Unidos) da lista negativa para a lista positiva, permitindo, assim, que os vistos Schengen para estadias de curta duração nesses países sejam liberalizados. No entanto, a liberalização dos vistos não se aplicará diretamente, visto que terão primeiro de ser negociados acordos de isenção com cada um desses países. No que se refere à Colômbia e ao Peru, a Comissão procederá a uma avaliação antes das negociações.

Em 27 de fevereiro, o Parlamento Europeu votou, em sessão plenária, uma versão provisória do texto (ainda não ultimado pelos Juristas-Linguistas), devendo provavelmente votar uma corrigenda na sessão de abril II, o que dará ao Conselho a possibilidade de o adotar formalmente e de o fazer assinar pelos dois colegisladores antes das eleições de maio de 2014;

Para mais informações, ver o comunicado de imprensa (6143/14);

– o regulamento que altera o Regulamento (CE) n.º 539/2001 do Conselho, que fixa a lista dos países terceiros cujos nacionais estão sujeitos à obrigação de visto para transporem as fronteiras externas e a lista dos países terceiros cujos nacionais estão isentos dessa obrigação (Moldávia).

Este acordo prevê que a Moldávia passe a beneficiar da liberalização de vistos. Em 27 de fevereiro, o Parlamento Europeu adotou o texto, que poderá agora ser formalmente adotado pelo Conselho e assinado muito em breve;

– o regulamento que estabelece regras para a vigilância das fronteiras marítimas externas no contexto da cooperação operacional coordenada pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia.

O regulamento permite aos Estados-Membros que participam nas operações levadas a cabo pela FRONTEX disporem de regras mais claras, atualizadas e vinculativas a aplicar no decurso dessas operações, o que terá como resultado uma maior eficácia e segurança jurídica das operações nas fronteiras marítimas externas.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 14 PT

Este regulamento é uma das ações contidas na comunicação da Comissão sobre o trabalho do Grupo de Missão para o Mediterrâneo e constituirá um dos instrumentos-chave ao dispor da UE para melhorar a vigilância nas fronteiras marítimas externas e contribuir para evitar, por exemplo, tragédias no mar como as que ocorreram recentemente no sul do Mediterrâneo.

Espera-se que o regulamento seja formalmente adotado em abril de 2014.

Para mais informações, ver o comunicado de imprensa (6463/14).

A Presidência informou também o Comité sobre o ponto da situação do pacote "Fronteiras Inteligentes".

Além disso, a Comissão informou o Comité acerca da execução dos programas financeiros 2014--2020 no domínio dos Assuntos Internos.

Por último, o Comité tomou nota da informação apresentada pela Delegação Suíça sobre o resultado do referendo constitucional intitulado "Contra a Imigração em Massa", que teve lugar a 9 de fevereiro de 2014.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 15 PT

JUSTIÇA

Regulamento sobre proteção de dados

Com base num documento elaborado pela Presidência (6762/1/14 REV 1), o Conselho procedeu a um debate de orientação sobre alguns dos aspetos da proposta de regulamento que estabelece um quadro geral da UE para a proteção de dados.

Os Ministros apoiaram, em larga medida, o texto das disposições respeitantes ao âmbito de aplicação territorial do regulamento e confirmaram a ideia de que as transferências internacionais de dados pessoais para países terceiros deverão assentar nos princípios fundamentais enunciados no Capítulo V. Além disso, reconheceram que há aspetos importantes desse capítulo que carecerão de ser mais trabalhados do ponto de vista técnico e que a questão dos modelos alternativos de transferência internacional de dados deverá ser estudada em profundidade.

O Conselho confirmou que o trabalho técnico prosseguirá com base nos progressos até agora alcançados em torno dos seguintes aspetos: pseudonimização enquanto elemento da abordagem baseada no risco, portabilidade dos dados pessoais para o setor privado e obrigações dos responsáveis pelo tratamento e dos subcontratantes.

Se bem que a maioria das delegações pareça considerar que o âmbito de aplicação da disposição do futuro regulamento respeitante à constituição de perfis deverá, tal como na atual Diretiva 95/46/CE, limitar-se a regular as decisões automatizadas que produzam efeitos jurídicos nas pessoas ou as afetem de modo significativo, outras há que preconizam a adoção de disposições específicas no que respeita à constituição de perfis. O trabalho técnico deverá, pois, prosseguir nessa base.

Em janeiro de 2012, face à rápida evolução tecnológica e à globalização, a Comissão Europeia apresentou um pacote legislativo destinado a atualizar e modernizar os princípios consagrados na diretiva de 1995 relativa à proteção de dados (Diretiva 95/46/CE)1 a fim de assegurar, de futuro, a defesa dos direitos em matéria de proteção de dados. O pacote inclui uma comunicação de política geral que expõe os objetivos da Comissão (5852/12), assim como duas propostas legislativas: um regulamento relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados (regulamento geral sobre proteção de dados) (5853/12) e uma diretiva relativa ao tratamento de dados pessoais para efeitos de prevenção, deteção, investigação e repressão de infrações penais e atividades judiciárias conexas (5833/12).

Essas propostas visam dotar a UE de um quadro jurídico de proteção de dados mais sólido e mais coerente, apoiado por uma aplicação rigorosa das regras, que permita à economia digital desenvolver-se em todo o mercado interno e às pessoas singulares controlar os seus próprios dados, para além de reforçar a segurança jurídica e prática dos operadores económicos e das entidades públicas. A proteção de dados constitui, na União Europeia, um direito fundamental. A Europa regista já, a nível mundial, o mais elevado nível de proteção de dados. Com a reforma das normas de proteção de dados vigentes na UE pretende-se assegurar um elevadíssimo grau de proteção dos dados pessoais.

1 Diretiva 95/46/CE, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao

tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados (JO L 281 de 23.11.1995)

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3 e 4 de março de 2014

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Diretiva relativa à proteção de dados

O Comité foi informado pela Presidência sobre o ponto da situação (6799/14) da proposta de diretiva relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas autoridades competentes para efeitos de prevenção, investigação, deteção e repressão de infrações penais ou de execução de sanções penais, e à livre circulação desses dados.

Esta proposta faz parte do pacote global sobre proteção de dados adotado pela Comissão em 25 de janeiro de 2012. O pacote compreende duas propostas legislativas: uma proposta de regulamento geral sobre a proteção de dados (5853/12), destinado a substituir a diretiva de 1995 relativa à proteção de dados1 (antigo primeiro pilar), e uma proposta de diretiva (5833/12) relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas autoridades competentes para efeitos de prevenção, investigação, deteção e repressão de infrações penais ou de execução de sanções penais, e à livre circulação desses dados, destinada a substituir a decisão-quadro de 2008 relativa à proteção de dados2 (antigo terceiro pilar).

A diretiva proposta visa assegurar um nível coerente e elevado de proteção de dados neste domínio, favorecendo a confiança mútua entre as autoridades policiais e judiciárias dos diferentes Estados--Membros e facilitando a livre circulação de dados e a cooperação entre as referidas autoridades. O Parlamento Europeu é pela primeira vez colegislador no que respeita aos domínios abrangidos pela presente diretiva.

Procuradoria Europeia

O Conselho foi informado pela Presidência sobre o ponto da situação da proposta de criação de uma Procuradoria Europeia. Com base num documento elaborado pela Presidência (6490/1/14 REV 1), os Ministros tiveram oportunidade de expressar as suas opiniões acerca da estrutura da Procuradoria, da delimitação das suas funções e competências e do regime de direitos processuais aplicável aos suspeitos e às vítimas.

A proposta da Comissão prevê que um Procurador Europeu, nomeado a nível europeu, dirija a Procuradoria e dê instruções aos procuradores europeus delegados destacados nos Estados--Membros. A maioria dos Estados-Membros entende, porém, que a Procuradoria deverá ser organizada em torno de um Colégio que represente os Estados-Membros participantes. Os debates centraram-se na forma de organizar uma Procuradoria Europeia dotada de um Colégio, garantindo simultaneamente a eficácia e independência do seu funcionamento.

1 Diretiva 95/46/CE, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao

tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados (JO L 281 de 23.11.1995) 2 Decisão-Quadro 2008/977/JAI do Conselho, relativa à proteção dos dados pessoais tratados

no âmbito da cooperação policial e judiciária em matéria penal (JO L 350 de 30.12.2008, p. 60)

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 17 PT

A maioria dos Estados-Membros não concorda que se confira à Procuradoria Europeia competência exclusiva relativamente a todas as infrações lesivas dos interesses financeiros da União, considerando que, pelo menos no que respeita às infrações menores, deverá ser possível instaurar ações penais a nível nacional. Delegações há que entendem, porém, que a Procuradoria deverá poder intervir em situações transfronteiriças.

Alguns Estados-Membros apoiam inteiramente a abordagem seguida pela Comissão no sentido de se inserirem no regulamento referências explícitas aos direitos já consignados no direito da UE e, bem assim, àqueles que se prevê consignar, enquanto que outros defendem que bastará fazer referência às garantias já previstas na legislação nacional. Esta questão será analisada em maior profundidade no plano técnico.

A Procuradoria Europeia será, nos termos da proposta da Comissão, uma procuradoria descentralizada da União Europeia com competência exclusiva para investigar, processar judicialmente e levar a julgamento os autores e cúmplices das infrações lesivas dos interesses financeiros da UE. A proposta preconiza que a Procuradoria disponha de poderes de investigação uniformes em toda a União, assentes nos sistemas jurídicos dos Estados-Membros e neles integrados.

O artigo 86.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE) estabelece a base jurídica e as regras aplicáveis à instituição da Procuradoria Europeia. O regulamento proposto será adotado de acordo com um processo legislativo especial, devendo o Conselho deliberar por unanimidade após aprovação do Parlamento Europeu. Não se obtendo unanimidade no Conselho, os Tratados preveem a possibilidade de um grupo de, pelo menos, nove Estados-Membros instituir uma cooperação reforçada.

A Comissão apresentou a sua proposta em 17 de julho de 2013 (12558/13).

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3 e 4 de março de 2014

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Garantias processuais para os menores suspeitos ou arguidos em processo penal

O Conselho realizou um debate de orientação sobre a proposta de diretiva relativa a garantias processuais para os menores suspeitos ou arguidos em processo penal (17633/13). A proposta visa, por um lado, garantir a capacidade de os menores compreenderem e acompanharem o processo penal contra eles instaurado e de exercerem o direito de serem julgados com imparcialidade e, por outro, prevenir a reincidência e promover a integração social dos menores.

Os debates centraram-se nas seguintes questões (6403/14):

– âmbito de aplicação: de acordo com a proposta, a diretiva aplica-se também aos suspeitos e arguidos já adultos, no caso de serem ainda menores no momento em que cometeram a infração penal e de o processo ter sido instaurado nessa altura. Embora alguns Estados--Membros considerem que a diretiva deverá deixar de se aplicar quando o suspeito ou arguido atinge a maioridade, outros há que entendem que determinados direitos se deverão continuar a aplicar nessa situação;

– direito de acesso a um advogado: de acordo com a proposta, caberá aos Estados-Membros garantir que, em conformidade com a Diretiva 2013/48/UE, os menores sejam assistidos por um advogado ao longo de todo o processo e não possam renunciar a esse direito. A grande maioria dos Estados-Membros confirmou que não deverá ser dada aos menores a possibilidade de renunciarem ao direito de acesso a um advogado, independentemente de se encontrarem ou não privados de liberdade. Deverão, contudo, aplicar-se determinadas exceções aos casos de menor gravidade;

– direito à proteção da vida privada: nos termos da proposta, caberá aos Estados-Membros assegurar que os processos penais que envolvam menores decorram sem a presença de público, a não ser que, depois de devidamente apreciado o interesse superior do menor, se verifiquem circunstâncias excecionais que justifiquem uma derrogação. A grande maioria dos Estados-Membros defende – ou, pelo menos, aceita – a opção segundo a qual, não prevendo a diretiva nenhum princípio aplicável à proteção da vida privada, caberia aos Estados-Membros garanti-la tendo devidamente em conta os interesses do menor.

Com base nessas orientações, as instâncias preparatórias do Conselho continuarão a trabalhar na proposta. A Presidência pretende chegar a acordo durante o mês de junho sobre uma abordagem geral do texto, que servirá de base às negociações com o Parlamento Europeu.

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3 e 4 de março de 2014

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Sistemas de justiça civil e comercial dos Estados-Membros – Conclusões

O Conselho adotou conclusões sobre os sistemas de justiça civil e comercial dos Estados-Membros (6771/14).

As conclusões evidenciam as preocupações manifestadas pelos Estados-Membros em relação à metodologia e ao sistema seguidos em 2013 pela Comissão Europeia com a comunicação sobre a criação de um Painel da Justiça, pondo especialmente a tónica na possibilidade de duplicação de esforços e na importância da contextualização ao proceder a quaisquer análises de dados nesta área.

Nelas se reconhece que algumas áreas do trabalho judicial são muito difíceis de avaliar pelo facto de o aspeto mais importante do seu funcionamento ser a qualidade das decisões judiciais, o que é difícil de quantificar. Nelas se aponta ainda para o facto de qualquer trabalho nesta área ter de ser objetivo e tratar todos os Estados-Membros de igual modo, tendo em conta as características específicas dos sistemas de justiça nacionais. Além disso, os resultados de todo e qualquer exercício desta natureza não deverão ser nem vinculativos nem obrigatórios, evitando gerar qualquer tipo de hierarquização entre Estados-Membros.

Nas conclusões convidam-se ainda os Estados-Membros, o Conselho e a Comissão Europeia a considerarem a possibilidade de aperfeiçoar os mecanismos existentes de acordo com os Tratados e respeitando as competências da União Europeia e dos Estados-Membros, para que o debate sobre o funcionamento dos sistemas de justiça civil e comercial possa prosseguir de molde a melhorar a sua eficácia.

Painel da Justiça 2014

O Conselho tomou nota da apresentação feita pela Comissão do Painel da Justiça 2014, cuja adoção está prevista para meados de março.

Em abril de 2013, a Comissão elaborou o Painel da Justiça na UE, instrumento destinado a promover uma justiça efetiva e o crescimento (8201/13), que tem por objetivo ajudar a UE e os Estados-Membros a tornarem a justiça mais eficaz, fornecendo-lhes dados objetivos, fiáveis e comparáveis sobre o funcionamento dos sistemas judiciais.

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3 e 4 de março de 2014

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Evolução futura da JAI

Os Ministros da Justiça e dos Assuntos Internos ouviram a exposição feita pela Comissão acerca dos principais aspetos da sua próxima comunicação sobre a evolução futura no domínio da Justiça e Assuntos Internos e expuseram as suas opiniões e prioridades. A Presidência concluiu anunciando que iria refletir sobre a forma de fazer avançar o assunto na perspetiva do Conselho (JAI) do mês de junho.

Em dezembro de 2009, o Conselho Europeu adotou o Programa de Estocolmo, instrumento plurianual em prol do desenvolvimento de um espaço de liberdade, segurança e justiça para o período de 2010 a 2014.

Como o Tratado de Lisboa introduziu alterações substanciais no espaço de liberdade, segurança e justiça, os futuros desenvolvimentos nesta área deverão ser debatidos à luz do artigo 68.º do TFUE, que prevê que cabe ao Conselho Europeu definir "as orientações estratégicas da programação legislativa e operacional" nesta matéria.

Nas suas conclusões de 27-28 de junho de 2013, o Conselho Europeu incumbiu as presidências seguintes de iniciarem os debates sobre as futuras orientações estratégicas no espaço de liberdade, segurança e justiça, tendo em vista a reunião de junho de 2014. A Presidência Lituana, primeira Presidência a exercer funções depois de as conclusões terem sido adotadas, iniciou este exercício a 18 e 19 de julho de 2013, debatendo o assunto na reunião ministerial informal que teve lugar em Vílnius. A Presidência Grega prosseguiu os debates na reunião ministerial informal realizada em Atenas a 23 e 24 de janeiro.

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3 e 4 de março de 2014

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Diversos

Na rubrica "Diversos", o Conselho foi informado acerca dos acordos alcançados com o Parlamento Europeu em torno de uma série de propostas legislativas, entre as quais:

– a diretiva relativa às condições de entrada e residência de nacionais de países terceiros no quadro de transferências dentro das empresas.

O texto está atualmente a ser ultimado pelos Juristas-Linguistas do Parlamento Europeu e do Conselho. Logo que esse processo esteja concluído, o Parlamento Europeu adotará o texto como sua posição em primeira leitura, se possível na sessão plenária de abril. O Conselho (Justiça e Assuntos Internos) poderá, assim, adotar a diretiva na reunião de junho.

A diretiva proposta, da maior importância no quadro da política europeia em matéria de migração legal, tem por fim criar a nível da UE um sistema capaz de atrair gestores altamente qualificados, especialistas e empregados estagiários no quadro de transferências de uma empresa situada fora da UE para uma entidade pertencente à mesma empresa que se encontre estabelecida num Estado-Membro;

– a diretiva relativa à proteção penal do euro e de outras moedas contra a contrafação.

O texto está atualmente a ser ultimado pelos Juristas-Linguistas do Parlamento Europeu e do Conselho. Logo que esse processo esteja concluído, o Parlamento Europeu adotará o texto como sua posição em primeira leitura, se possível na sessão plenária de abril. O Conselho poderá então adotar formalmente o texto.

A diretiva proposta, apresentada pela Comissão em 5 de fevereiro de 2013, substituirá a Decisão-Quadro 2000/383/JAI. A diretiva visa estabelecer regras mínimas aplicáveis à definição das infrações e sanções penais no domínio da contrafação do euro e de outras moedas, introduzindo também disposições comuns destinadas a intensificar a luta contra essas infrações e a melhorar a investigação de tais casos.

A Irlanda decidiu participar na adoção da diretiva. O Reino Unido e a Dinamarca não participarão;

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3 e 4 de março de 2014

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– o regulamento que cria uma decisão europeia de arresto de contas para facilitar a cobrança transfronteiras de créditos em matéria civil e comercial.

O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo no início de fevereiro. O texto está atualmente a ser ultimado pelos Juristas-Linguistas de ambas as instituições. Logo que esse processo esteja concluído, o Parlamento Europeu adotará o texto como sua posição em primeira leitura, se possível na sessão plenária de abril. O Conselho (Justiça e Assuntos Internos) poderá, assim, adotar o regulamento na reunião de junho.

O regulamento proposto tem por objetivo facilitar a cobrança transfronteiras de créditos mediante a criação de um procedimento europeu uniforme conducente à emissão de uma decisão europeia de arresto de contas ("decisão de arresto"). Este procedimento europeu será facultado a cidadãos e empresas como alternativa aos procedimentos nacionais, sem, contudo, os substituir e aplicar-se-á exclusivamente aos processos transfronteiras.

Graças a este novo procedimento europeu, os credores terão a possibilidade de obter uma decisão de arresto de contas que bloqueie os fundos detidos pelo devedor em conta bancária aberta num Estado-Membro, impedindo-o, assim, de malbaratar esses fundos no intuito de fazer gorar os esforços do credor para cobrar os seus créditos.

O credores poderão obter decisões de arresto em duas situações: 1) antes de ser proferida uma decisão judicial (isto é, quer antes de ser instaurado o processo principal, quer em qualquer fase desse processo); e 2) após terem obtido um título executivo no processo principal.

Em determinadas condições, será igualmente possível aos credores obterem informações sobre a existência de uma ou várias contas do devedor num dado Estado-Membro.

Para assegurar o efeito de surpresa, a decisão de arresto de contas será emitida em processo ex parte, isto é, sem audição prévia do devedor. A fim de contrabalançar o facto de não ter havido audição prévia, o regulamento proposto facultará ao devedor uma série de recursos que lhe permitam impugnar a decisão logo que seja informado de que a(s) sua(s) conta(s) foi(foram) bloqueada(s). Além disso, para melhor prevenir eventuais utilizações abusivas da decisão de arresto, o regulamento proposto conterá regras aplicáveis à constituição de uma garantia pelo credor e à sua responsabilidade por todo e qualquer dano que a decisão possa causar ao devedor;

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3 e 4 de março de 2014

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– o regulamento que altera o Regulamento 1215/2012, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial (o chamado Regulamento "Bruxelas I").

O Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo em 29 de janeiro. O texto está atualmente a ser ultimado pelos Juristas-Linguistas de ambas as instituições. Logo que esse processo esteja concluído, o Parlamento Europeu adotará o texto como sua posição em primeira leitura, se possível na sessão plenária de abril. O Conselho poderá, assim, adotar o regulamento na reunião de junho.

A proposta tem por objetivo alterar o Regulamento 1215/2012 (Bruxelas I), relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, por forma a permitir que as regras nele estabelecidas possam também ser aplicadas por dois tribunais comuns a vários Estados-Membros: o Tribunal Unificado de Patentes e o Tribunal de Justiça do Benelux, que são ambos instituídos por acordos internacionais e podem exercer competência em matérias abrangidas pelo âmbito de aplicação do Regulamento 1215/2012.

Em 12 de dezembro de 2012, o Conselho e o Parlamento Europeu adotaram o Regulamento 1215/2012, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial (ver comunicado de imprensa). Esse regulamento tem por objetivo facilitar e acelerar a circulação das decisões em matéria civil e comercial em toda a União, em conformidade com o princípio do reconhecimento mútuo e com as diretrizes do Programa de Estocolmo.

Em 19 de fevereiro de 2013, 25 Estados-Membros assinaram o Acordo relativo ao Tribunal Unificado de Patentes (TUP) (ver comunicado de imprensa). A necessidade de criar esse tribunal adveio da adoção de dois regulamentos destinados a implementar a cooperação reforçada no domínio da criação da proteção unitária de patentes e respetivo regime de tradução (ver comunicado de imprensa).

Reza o artigo 31.º do Acordo relativo ao TUP que a competência internacional do Tribunal é estabelecida nos termos do Regulamento 1215/2012 ou, quando aplicável, com base na Convenção de Lugano de 2007. O artigo 89.º do Acordo associa a sua entrada em vigor à das alterações ao Regulamento 1215/2012 respeitantes à relação entre os dois instrumentos. É, pois, necessário alterar o Regulamento 1215/2012, nomeadamente a fim de nele inserir disposições que determinem o modo como o Tribunal Unificado de Patentes pode exercer a sua competência internacional.

Em 15 de outubro de 2012, três Estados-Membros (Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos) partes no Tratado relativo à instituição e ao estatuto do Tribunal de Justiça do Benelux, de 31 de março de 1965, assinaram um protocolo que altera o referido Tratado, possibilitando a transferência para o Tribunal de Justiça do Benelux de competência judiciária em matérias especiais abrangidas pelo âmbito de aplicação do Regulamento 1215/2012.

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3 e 4 de março de 2014

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O Conselho foi também informado pela Presidência do ponto da situação no que respeita a uma série de propostas legislativas, entre as quais:

– a diretiva relativa às condições de entrada e de residência de nacionais de países terceiros para efeitos de investigação, de estudos, de intercâmbio de estudantes, de formação remunerada e não remunerada, de voluntariado e de colocação "au pair".

Esta proposta tem por objetivo melhorar o quadro jurídico aplicável aos nacionais de países terceiros que pretendem entrar e residir temporariamente na UE para efeitos de investigação, estudos, intercâmbio de estudantes, formação remunerada e não remunerada, voluntariado e colocação "au pair".

A proposta foi apresentada em março de 2013, tendo já tido lugar várias rondas de debates, nomeadamente sobre as sugestões de compromisso apresentadas pelas Presidências Lituana e Grega. Estão ainda pendentes várias questões importantes, nomeadamente quais as categorias de nacionais de países terceiros a abranger pelo âmbito de aplicação da diretiva e pelo regime de mobilidade;

– o regulamento que altera o Regulamento 1346/2000 do Conselho, relativo aos processos de insolvência.

O regulamento proposto visa tornar mais eficientes os processos de insolvência transfronteiras, a fim de garantir o bom funcionamento do mercado interno e a sua resiliência durante as crises económicas. Este objetivo é consentâneo com as prioridades políticas atualmente estabelecidas pela União Europeia para promover a recuperação económica e o crescimento sustentável, uma taxa de investimento mais elevada e a preservação do emprego, tal como previsto na Estratégia "Europa 2020", assim como para assegurar o desenvolvimento harmonioso e a sobrevivência das empresas, como referido na Lei das Pequenas Empresas.

O regulamento proposto adaptará também o atual Regulamento "Insolvência" à evolução das legislações nacionais em matéria de insolvência registada desde a sua entrada em vigor, em 2002.

A proposta foi apresentada pela Comissão em dezembro de 2012 e debatida pelos Ministros da Justiça na reunião informal que teve lugar em Dublin a 18 de janeiro de 2013. O Conselho realizou um debate público sobre esta proposta em 6 de junho de 2013, tendo traçado orientações políticas para os trabalhos futuros (10050/13). Em dezembro de 2013, o Conselho procedeu a um segundo debate de orientação sobre alguns dos principais aspetos do regulamento proposto e traçou orientações gerais (17304/13).

A Comissão apresentou ainda o 6.º relatório anual do Grupo de Alto Nível da UE para a Deficiência. O relatório traça uma panorâmica dos progressos registados no que toca à ratificação e implementação da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em que a UE é parte desde 2011.

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3 e 4 de março de 2014

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À margem do Conselho

Foi assinada à margem do Conselho uma declaração conjunta relativa à criação de uma Parceria para a Mobilidade entre a Tunísia, por um lado, e a União Europeia e os seus Estados-Membros (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, Suécia e Reino Unido), por outro.

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3 e 4 de março de 2014

7095/14 26 PT

OUTROS PO�TOS APROVADOS

JUSTIÇA E ASSU�TOS I�TER�OS

Relatório de avaliação da CEPOL

O Conselho tomou nota do relatório sobre a implementação das recomendações do Conselho de Administração da CEPOL (Academia Europeia de Polícia), elaborado com base na avaliação quinquenal das atividades realizadas pela Academia (16694/13), conforme estabelecido na Decisão 2005/681/JAI1.

ASSU�TOS GERAIS

Equivalência das normas de segurança aplicáveis à proteção de informações classificadas

O Conselho determinou ter sido alcançada a equivalência entre os princípios básicos e normas mínimas de proteção de informações classificadas estabelecidos nas regras de segurança do Parlamento Europeu e do Conselho (6716/14).

A determinação da equivalência é condição prévia para que o Conselho forneça ao Parlamento Europeu informações classificadas, nos termos do Acordo Interinstitucional entre o Parlamento Europeu e o Conselho sobre o envio ao Parlamento Europeu, e o tratamento por parte deste, de informações classificadas detidas pelo Conselho relativas a matérias não abrangidas pela Política Externa e de Segurança Comum. O Acordo Interinstitucional entrará em vigor logo que tenha sido assinado pelos Presidentes do Conselho e do Parlamento Europeu.

POLÍTICA COMUM DE SEGURA�ÇA E DEFESA

Ratificação do Tratado sobre o Comércio de Armas

O Conselho adotou uma decisão que autoriza os Estados-Membros a ratificar, no interesse da União Europeia, o Tratado sobre o Comércio de Armas, adotado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2 de abril de 2013, no que respeita às matérias da competência exclusiva da União.

1 Decisão que cria a Academia Europeia de Polícia (JO L 256 de 1.10.2005)

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ASSU�TOS ECO�ÓMICOS E FI�A�CEIROS

Sistemas de garantia de depósitos

O Conselho adotou a sua posição em primeira leitura sobre um projeto de diretiva relativa aos sistemas de garantia de depósitos (SGD), que reforça a proteção dos depositantes (6707/14 + 5199/14 + ADD 1).

Para mais informações, ver doc. 7152/14.

POLÍTICA COMERCIAL

Produtos de dupla utilização

O Conselho adotou a sua posição em primeira leitura sobre um projeto de regulamento destinado a permitir a adoção de atos delegados para efeitos de atualização de determinados anexos do Regulamento 428/2009, relativo ao controlo das exportações, transferências, corretagem e trânsito de produtos de dupla utilização (18086/13 + ADD 1 + 6700/14).

Esta posição foi adotada na sequência do acordo alcançado a 17 de dezembro com o Parlamento Europeu. O Parlamento poderá agora adotar o texto sem nele introduzir novas alterações aquando da segunda leitura.

MERCADO I�TER�O

Veículos a motor – Requisitos internacionais harmonizados

O Conselho adotou uma decisão sobre a posição a adotar pela União Europeia, no âmbito da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (CEE-ONU), com vista a adaptar ao progresso técnico uma série de regulamentos da CEE-ONU, bem como os projetos de regulamentos técnicos globais relativos aos procedimentos de ensaio para os veículos ligeiros e aos pneus (6796/14).

A CEE-ONU desenvolve requisitos harmonizados a nível internacional a fim de eliminar os entraves técnicos ao comércio de veículos a motor.

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3 e 4 de março de 2014

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PESCAS

Capturas acidentais de cetáceos no exercício das atividades de pesca – Alinhamento pelo Tratado de Lisboa

O Conselho adotou a sua posição em primeira leitura sobre uma proposta de alteração do Regulamento 812/2004, que estabelece medidas relativas às capturas acidentais de cetáceos no exercício das atividades de pesca (6103/14).

A proposta visa alinhar o Regulamento 812/2004 pelas disposições do Tratado sobre o Funcionamento da UE, que estabelece uma distinção entre, por um lado, os poderes delegados na Comissão para adotar atos não legislativos de alcance geral que completem ou alterem certos elementos não essenciais do ato legislativo (artigo 290.º, n.º 1, do Tratado – atos delegados) e, por outro, as competências conferidas à Comissão para adotar condições uniformes de execução dos atos juridicamente vinculativos da União (artigo 291.º, n.º 2, do Tratado – atos de execução).

De acordo com esta proposta, os atos delegados abrangeriam a adaptação das condições e especificações técnicas aplicáveis ao uso dos dispositivos acústicos de dissuasão, definindo os atos de execução o procedimento e o formato dos relatórios exigidos aos Estados-Membros.

O Parlamento Europeu adotou a sua posição em primeira leitura em abril do ano passado. No quadro do trílogo realizado em 30 de janeiro de 2014, o Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo. A posição do Conselho em primeira leitura é consentânea com o texto acordado e entretanto alterado na sequência da ultimação efetuada pelos Juristas-Lingustas. O texto do acordo deverá ser votado na sessão plenária do Parlamento Europeu ainda este ano, seguindo-se-lhe a adoção pelo Conselho em primeira leitura.

LEGISLAÇÃO ALIME�TAR

Aditivos alimentares

O Conselho decidiu não se opor à adoção de um regulamento que autoriza o arginato de etil-lauroílo como conservante em certos produtos à base de carne tratados termicamente a fim de melhorar a qualidade microbiológica desses produtos alimentares, inibindo, designadamente, o crescimento de microrganismos nocivos como a Listeria monocytogenes, e atribuir o número E 243 a este aditivo alimentar (6170/14).

O regulamento da Comissão está sujeito ao chamado procedimento de regulamentação com controlo. Significa isso que, agora que o Conselho deu o seu acordo, a Comissão pode adotar o regulamento, a não ser que o Parlamento Europeu se oponha.

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3 e 4 de março de 2014

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TRA�SPORTES

Tripulações da aviação civil – Requisitos e procedimentos

O Conselho decidiu não se opor à adoção pela Comissão de um regulamento que altera o Regulamento 1178/2011, que estabelece os requisitos técnicos e os procedimentos administrativos para as tripulações da aviação civil (5075/14 + ADD 1).

O regulamento da Comissão está sujeito ao procedimento de regulamentação com controlo. Significa isso que, agora que o Conselho deu o seu acordo, a Comissão pode adotar o regulamento, a não ser que o Parlamento Europeu se oponha.

Mecanismo "Interligar a Europa" – Prioridades de financiamento no setor dos transportes

O Conselho decidiu não formular objeções ao regulamento da Comissão que altera o Anexo I do Regulamento 1316/2013, que cria o Mecanismo "Interligar a Europa" (5162/14 + ADD 1).

O regulamento delegado especifica as prioridades de financiamento no setor dos transportes para efeitos dos programas de trabalho plurianuais e anuais.

O regulamento é um ato delegado nos termos do artigo 290.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE. Significa isso que, agora que o Conselho deu o seu acordo, o ato pode entrar em vigor, a não ser que o Parlamento Europeu se oponha.