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O jornal mural COMUNICA é uma produção laboratorial do primeiro semestre do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia UFU. Reitor: Elmiro Resende Santos / Diretor da FACED: Marcelo Soares Pereira da Silva / Coord. do curso de Jornalismo: Ana Cristina Spannenberg, / Professora responsável: Ingrid Gomes (MTb: 41.336) / Reportagem, redação, edição e fotografias: alunos da disciplina Projeto Interdisciplinar em Comunicação I / Arte e Diagramação: Ricardo Ferreira de Carvalho / Telefo ne: (34) 32394163 Bianca Felix, Ellen Melo, Hiago Nascimento, Isadora Araújo e Victor Fernandes Em 2012 o curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi avaliado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Inep) como o primeiro curso do ranking no País. Os principais critérios que delimitam essa avaliação incluem: o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos, como descrito em resolução do Ministério da Educação publicada no Diário Oficial da União em dezembro de 2010. Andréa Forgiarini Cechin, professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia EAD da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além de avaliadora do Inep desde 2010, participou de 15 avaliações de cursos. Segundo a especialista, a avaliação realizada consegue transparecer a real situação dos cursos das instituições. “Os critérios de avaliação são muito claros, há uma participação grande das instituições na elaboração dos instrumentos de avaliação”. Ela ainda pondera que “o avaliador só pode avaliar cursos fora do seu estado e jamais em sua Instituição de Educação Superior (IES)”, fato que credibiliza o estudo. Para o docente do Curso de Jornalismo da UFU, Gerson de Sousa, era esperado um resultado positivo, e a primeira colocação do País foi uma grata surpresa. “Quando saiu o resultado, não sabíamos que éramos o primeiro, o melhor do Brasil, isso foi também surpreendente, mas sabíamos que estávamos em um nível bom”. Segundo o professor, a dedicação dos alunos pesou bastante. “A questão da produção dos alunos, participação em congresso, artigos, capítulos de livros, projetos de pesquisa, foi muito rico para a questão do curso, do aprendizado, o que também resultou um pouco nas provas”. A recém jornalista Diélen Borges, na época da avaliação do curso aluna da primeira turma, afirma que a prova foi “de nível médio” e as perguntas eram condizentes com os conteúdos estudados no curso. Ela também descreveu que alunos de outras instituições costumam fazer boicotes a esta prova. “Entendo e acho válidos os casos de alunos de outros cursos ou instituições que boicotam a prova como forma de protesto, ou para que a nota reflita a situação do curso. Mas, no caso do nosso curso, a nota alta foi merecida e adequado com a realidade. Não posso afirmar que seja o melhor curso do Brasil, mas considero que seja um excelente curso”. O reflexo dessa avaliação foi sentido nos processos seletivos da Universidade. No Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior (PAAES), 28 candidatos concorreram a uma das dez vagas disponíveis para o curso de Jornalismo da UFU em 2013. Já no ano seguinte, após a divulgação da avaliação, o número subiu para 61 candidatos, disputando dez vagas, um aumento de 117,85%, passando de 2,8 para 6,1 candidatos por vaga, segundo site oficial da instituição. As expectativas aumentam para as próximas avaliações e fica o legado para as futuras turmas continuarem trazendo resultados positivos para o curso. Ana Augusta Ribeiro, Daniel Pompeu, Marcela Pissolato, Maryna Ajej e Thalita Araujo Vanessa Matos dos Santos é a nova docente da disciplina de telejornalismo do curso de Comunicação Social Habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal de Uberlândia. Ela nasceu em São Bernardo do Campo, São Paulo, e é graduada em Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) em Bauru, onde morou durante parte de sua vida acadêmica. É mestra em Comunicação Midiática e doutora em Educação Escolar, ambas especializações pela Unesp. A docente é recémcontratada via concurso, para a disciplina de Telejornalismo do curso de Jornalismo, e iniciou o trabalho em maio de 2014. Sua linha de pesquisa começou com jornalismo comunitário e, posteriormente, ela se dedicou aos estudos de Gestão de Informação, Mídias e Tecnologias Digitais e Mídia e Educação. Já sua carreira se iniciou com o jornalismo impresso, e rapidamente foi levada ao meio telejornalístico, pelo qual tem paixão e trabalha até hoje. A professora teve contato com o meio educacional e após a experiência, trabalhou na tese de doutorado com a interface entre Comunicação e Educação. Concomitantemente com a docência, Vanessa realiza seu segundo doutorado em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Tendo em vista a universidade como um espaço de experimentação, ressalta que aceitou os desafios, até mesmo sem saber executálos. Com relação ao que espera de seus alunos, declara: "Para um jornalista, acredito que uma das coisas mais importantes é estar sempre atualizado e saber o que está acontecendo no mundo. Aceitar os grandes desafios e, mesmo os pequenos, sem medo, e com muita humildade.” Isabella Rodrigues, Nadja Nobre, Josielle Ingrid e Natália Ferraz Em entrevista, o doutor Rafael Duarte, que atua como professor no curso de Jornalismo e no Programa de PósGraduação da Universidade Federal de Uberlândia analisou de acordo com seus estudos e experiência em Mídias Digitais alguns pontos do Marco Civil da Internet, nova lei que foi sancionada em abril deste ano e que tem como objetivo regulamentar o uso da internet em território brasileiro. O Marco Civil aborda questões como a neutralidade da rede, a responsabilidade de provedores na venda de pacotes e os direitos e deveres dos usuários e empresas. A aprovação da lei foi elogiada por jornais do mundo e alguns especialistas do assunto, pois segundo eles, um projeto como esse tem um potencial de expansão da cidadania no nível da virtualidade. Em contrapartida, o professor Duarte, que se posiciona contra o Marco Civil, explica que como a internet ultrapassa as fronteiras nacionais, não seria da responsabilidade de apenas um país regulamentála, e que uma lei sobre a web deveria ser por meio de convenção mundial, visto que a internet é de utilidade internacional. Outra questão apontada pelo docente envolve diretamente o profissional do jornalismo, já que em longo prazo, o Marco Civil da Internet pode vir a prejudicar a liberdade de expressão da imprensa, uma vez que a aprovação da lei abre espaço para processos jurídicos relacionados à, por exemplo, publicações acerca de uma figura pública, já que não há clareza sobre qual é o limite do uso da imagem dentro da própria legislação brasileira. O professor ainda afirma que “a nossa lei do direito de imagem é atrasada, principalmente (em relação à) calúnia, injúria e difamação”, sendo importante que as atitudes dos jornalistas sejam pautadas na ética e no discernimento ao se difundir informações, para que a conduta não seja questionada em relação a possíveis infrações da dita lei. Ética profissional Na UFU, segundo dados coletados das grades curriculares disponíveis no site da instituição, alguns cursos apresentam a ética como uma disciplina específica, sendo cinco na área das Ciências Biológicas, três em Humanidades e apenas dois no campo das Exatas. No curso de Jornalismo, não há a presença isolada da Ética na matriz curricular. Entretanto, de acordo com o professor, acreditase que o valor ético vem sendo diluído em todas as disciplinas, para que a formação do aluno seja completa. Dois dos sete trabalhos apresentados pelos estudantes do curso de Jornalismo da UFU, foram premiados na Intercom Sudeste deste ano, que ocorreu em Vila Velha (ES), entre os dias 22 a 24 de maio.As pre miações irão concorrer na Intercom Nacional (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação) em setembro. As modalida des aprovadas no evento foram: Assessoria de Imprensa e Revista. Para Karina Mamede, recémgraduada em Jornalismo na UFU, premiada para a Intercom Nacional “a apresentação é tensa, pois se expondo a avaliações há possibilidade de algum questionamento sobre o que foi escrito no artigo, isso causa nervosismo”. O grupo de cinco membros, que Karina fez parte, tem como ideia central assessorar a banda independente “Dom Capaz” de Uberlândia. O XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (In tercom Nacional) acontecerá entre os dias 2 e 5 de setembro, em Foz do Iguaçu. E terá como tema central “Comunicação, Guerra e Paz” UFU sedia Intercom Sudeste 2015 Os preparativos para o próximo congresso já estão em anda mento. O local que sediará o XX Intercom Sudeste foi anunciado em Vila Velha com um vídeo de divulgação. Adriana Omena, coor denadora do evento, adianta o planejamento: “algo pensado, que nunca teve em algum Intercom, é disponibilizar uma feira gas tronômica simultânea, de artesanato e buscar patrocinadores parar tornar isso possível, viabilizando a alimentação para o aluno, pois isso faz diferença”. As comissões para o evento já estão formadas e contam com a participação de coordenadores, professores e alunos do curso de Jornalismo da UFU, além de parceiros de outras entidades da re gião. Segundo Christiane Pitanga, colaboradora do evento, “a ex pectativa é a melhor possível, de fazer de Uberlândia um grande centro de intercâmbio na área de comunicação”. Mateus Augusto Ferreira, Pedro Henrique Lobato, Rodrigo Castro, Amanda Rodovalho e Renato Taioba Muitas são as atividades de discentes no âmbito acadêmico, principalmente se relacionadas ao lazer ou integração dos estudantes. Com a famosa Associação Atlética Acadêmica universitária, não é diferente. Esse tipo de organização promove festas, integração e representa determinado curso superior em competições esportivas universitárias. A Atlética do Curso de Jornalismo da UFU foi fundada em 2011 pelo exaluno Augusto Ikeda, que devido à falta de alunos em 2010, ano de seu ingresso na faculdade, teve que dar início à agremiação só um ano depois. O intuito era promover atividades esportivas entre os alunos. Quando perguntado sobre as adversidades que enfrentou ao dar origem à Atlética, Ikeda relatou: “A primeira foi a sua criação. Quando entrei em 2010 no jornalismo, já tinha em mente criar uma atlética para o curso, mas haviam apenas duas turmas e pouca gente interessada. Assim, esperamos mais uma turma entrar, para criála de fato. A segunda foi 'tocar' a atlética sem ter o mínimo de conhecimento de como ela deveria funcionar. Dessa forma, precisei ver como as demais atléticas da universidade funcionavam, para ter uma ideia. A próxima foi fazêla funcionar, pois diversas vezes tinha que correr atrás de uniformes e organizar as equipes para a participação nas olimpíadas. Tudo isso praticamente sem patrocínio e dinheiro.” Atualmente, a associação está parada. De acordo com o aluno do terceiro ano e membro da atlética, Lucas Manaf, a falta de apoio é um dos problemas da entidade. “Não existe muito apoio, por falha da própria associação, principalmente por não tomarmos uma iniciativa, lembrando que isso acontece em qualquer curso, não só no Jornalismo”. Ao ser indagado sobre o que falta para a atlética funcionar de forma plena, Ikeda complementa: "Como já sou exaluno do curso, tomo a liberdade de dizer que para que ela funcione, é necessário que todos os alunos do curso a abracem mais, por incrível que pareça. Não que todos sejam obrigados a gostar da atlética e fazer parte de alguma equipe esportiva, mas percebo pouco envolvimento dos alunos com ela". Para Manaf, que pretende dar continuidade à agremiação, o futuro da atlética é promissor. "Pretendo começar uma campanha, e fazer eventos semestrais, pelo menos, para arrecadar fundos, e até mesmo disputar torneios contra outros cursos de comunicação". Gabriel Ribeiro, Guilherme Vidal e Matheus Xavier

Comunica 11 2014 bx

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Jornal mural COMUNICA - ano 06, número 11 - é uma produção laboratorial do primeiro semestre do Curso de Comunicação Social – Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Projeto Interdisciplinar em Comunicação I

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Jornal mural do Curso de Com. Social - Jornalismo - Universidade Federal de Uberlândia - Ano 6 - Número 1 1

COMUNICA!COMUNICA!COMUNICA!

ExpedienteO jornal mural COMUNICA é uma produção laboratorial do primeiro semestre do Curso de Comunicação Social – Jornalismo daUniversidade Federal de Uberlândia ­ UFU.

Reitor: Elmiro Resende Santos / Diretor da FACED: Marcelo Soares Pereira da Silva / Coord. do curso de Jornalismo: AnaCristina Spannenberg, / Professora responsável: Ingrid Gomes (MTb: 41.336) / Reportagem, redação, edição e fotografias:alunos da disciplina Projeto Interdisciplinar em Comunicação I / Arte e Diagramação: Ricardo Ferreira de Carvalho / Telefo­ne: (34) 3239­4163

Melhor do País?Curso de Jornalismo/UFU fica em primeiro lugar no ranking do INEP

Bianca Felix, Ellen Melo, Hiago Nascimento, Isadora Araújo e Victor Fernandes

Em 2012 o curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da UniversidadeFederal de Uberlândia (UFU), foi avaliado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (Inep)como o primeiro curso do ranking no País. Os principais critérios que delimitam essa avaliaçãoincluem: o resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o ConceitoPreliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos, como descrito em resolução doMinistério da Educação publicada no Diário Oficial da União em dezembro de 2010.

Andréa Forgiarini Cechin, professora e Coordenadora do Curso de Pedagogia EAD daUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM), além de avaliadora do Inep desde 2010,participou de 15 avaliações de cursos. Segundo a especialista, a avaliação realizada conseguetransparecer a real situação dos cursos das instituições. “Os critérios de avaliação são muitoclaros, há uma participação grande das instituições na elaboração dos instrumentos deavaliação”. Ela ainda pondera que “o avaliador só pode avaliar cursos fora do seu estado ejamais em sua Instituição de Educação Superior (IES)”, fato que credibiliza o estudo.

Para o docente do Curso de Jornalismo da UFU, Gerson de Sousa, era esperado umresultado positivo, e a primeira colocação do País foi uma grata surpresa. “Quando saiu oresultado, não sabíamos que éramos o primeiro, o melhor do Brasil, isso foi tambémsurpreendente, mas sabíamos que estávamos em um nível bom”. Segundo o professor, adedicação dos alunos pesou bastante. “A questão da produção dos alunos, participação emcongresso, artigos, capítulos de livros, projetos de pesquisa, foi muito rico para a questão docurso, do aprendizado, o que também resultou um pouco nas provas”.

A recém jornalista Diélen Borges, na época da avaliação do curso aluna da primeiraturma, afirma que a prova foi “de nível médio” e as perguntas eram condizentes com osconteúdos estudados no curso. Ela também descreveu que alunos de outras instituiçõescostumam fazer boicotes a esta prova. “Entendo e acho válidos os casos de alunos de outroscursos ou instituições que boicotam a prova como forma de protesto, ou para que a notareflita a situação do curso. Mas, no caso do nosso curso, a nota alta foi merecida e adequadocom a realidade. Não posso afirmar que seja o melhor curso do Brasil, mas considero que sejaum excelente curso”.

O reflexo dessa avaliação foi sentido nos processos seletivos da Universidade. NoPrograma de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior (PAAES), 28 candidatosconcorreram a uma das dez vagas disponíveis para o curso de Jornalismo da UFU em 2013.Já no ano seguinte, após a divulgação da avaliação, o número subiu para 61 candidatos,disputando dez vagas, um aumento de 117,85%, passando de 2,8 para 6,1 candidatos porvaga, segundo site oficial da instituição.

As expectativas aumentam para as próximas avaliações e fica o legado para as futurasturmas continuarem trazendo resultados positivos para o curso.

Telejornalismo sob nova

direção

Vanessa Matos, professora do curso de Comunicação Social -

Jornalismo, trabalha com mídias educativas e audiovisual

Ana Augusta Ribeiro, Daniel Pompeu, Marcela Pissolato, Maryna Ajej e Thalita Araujo

Vanessa Matos dos Santos é a nova docenteda disciplina de telejornalismo do curso deComunicação Social ­ Habilitação em Jornalismo,da Universidade Federal de Uberlândia. Elanasceu em São Bernardo do Campo, São Paulo, eé graduada em Jornalismo pela UniversidadeEstadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)em Bauru, onde morou durante parte de sua vidaacadêmica. É mestra em Comunicação Midiática

e doutora em Educação Escolar, ambas especializações pela Unesp.A docente é recém­contratada via concurso, para a disciplina de

Telejornalismo do curso de Jornalismo, e iniciou o trabalho em maio de 2014.Sua linha de pesquisa começou com jornalismo comunitário e,

posteriormente, ela se dedicou aos estudos de Gestão de Informação, Mídias eTecnologias Digitais e Mídia e Educação. Já sua carreira se iniciou com ojornalismo impresso, e rapidamente foi levada ao meio telejornalístico, peloqual tem paixão e trabalha até hoje.

A professora teve contato com o meio educacional e após a experiência,trabalhou na tese de doutorado com a interface entre Comunicação eEducação. Concomitantemente com a docência, Vanessa realiza seu segundodoutorado em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP).

Tendo em vista a universidade como um espaço de experimentação,ressalta que aceitou os desafios, até mesmo sem saber executá­los. Comrelação ao que espera de seus alunos, declara: "Para um jornalista, acredito queuma das coisas mais importantes é estar sempre atualizado e saber o que estáacontecendo no mundo. Aceitar os grandes desafios e, mesmo os pequenos,sem medo, e com muita humildade.”

Pressupostos éticos no atual Marco Civil da Internet?Segundo professor de jornalismo, apesar de trazer benefícios, nova lei pode prejudicar

liberdade de expressãoIsabella Rodrigues, Nadja Nobre, Josielle Ingrid e Natália Ferraz

Em entrevista, o doutor Rafael Duarte,que atua como professor no curso deJornalismo e no Programa de Pós­Graduaçãoda Universidade Federal de Uberlândiaanalisou de acordo com seus estudos eexperiência em Mídias Digitais alguns pontosdo Marco Civil da Internet, nova lei que foisancionada em abril deste ano e que tem comoobjetivo regulamentar o uso da internet emterritório brasileiro.

O Marco Civil aborda questões como aneutralidade da rede, a responsabilidade deprovedores na venda de pacotes e os direitos e deveres dosusuários e empresas. A aprovação da lei foi elogiada por jornais domundo e alguns especialistas do assunto, pois segundo eles, umprojeto como esse tem um potencial de expansão da cidadania nonível da virtualidade.

Em contrapartida, o professor Duarte, que se posicionacontra o Marco Civil, explica que como a internet ultrapassa asfronteiras nacionais, não seria da responsabilidade de apenas umpaís regulamentá­la, e que uma lei sobre a web deveria ser pormeio de convenção mundial, visto que a internet é de utilidadeinternacional.

Outra questão apontada pelo docente envolve diretamente oprofissional do jornalismo, já que em longo prazo, o Marco Civil da

Internet pode vir a prejudicar a liberdade deexpressão da imprensa, uma vez que aaprovação da lei abre espaço para processosjurídicos relacionados à, por exemplo,publicações acerca de uma figura pública, jáque não há clareza sobre qual é o limite do usoda imagem dentro da própria legislaçãobrasileira.

O professor ainda afirma que “a nossalei do direito de imagem é atrasada,principalmente (em relação à) calúnia, injúria

e difamação”, sendo importante que as atitudesdos jornalistas sejam pautadas na ética e no discernimento ao sedifundir informações, para que a conduta não seja questionada emrelação a possíveis infrações da dita lei.

Ética profissionalNa UFU, segundo dados coletados das grades curriculares

disponíveis no site da instituição, alguns cursos apresentam aética como uma disciplina específica, sendo cinco na área dasCiências Biológicas, três em Humanidades e apenas dois nocampo das Exatas. No curso de Jornalismo, não há a presençaisolada da Ética na matriz curricular. Entretanto, de acordo como professor, acredita­se que o valor ético vem sendo diluído emtodas as disciplinas, para que a formação do aluno seja completa.

Dois dos sete trabalhos apresentados pelos estudantes do curso deJornalismo da UFU, foram premiados na Intercom Sudeste deste ano,que ocorreu em Vila Velha (ES), entre os dias 22 a 24 de maio. As pre­miações irão concorrer na Intercom Nacional (Sociedade Brasileira deEstudos Interdisciplinares da Comunicação) em setembro. As modalida­des aprovadas no evento foram: Assessoria de Imprensa e Revista.

Para Karina Mamede, recém­graduada em Jornalismo na UFU,premiada para a Intercom Nacional “a apresentação é tensa, pois seexpondo a avaliações há possibilidade de algum questionamento sobreo que foi escrito no artigo, isso causa nervosismo”. O grupo de cincomembros, que Karina fez parte, tem como ideia central assessorar abanda independente “Dom Capaz” de Uberlândia.

O XXXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (In­tercom Nacional) acontecerá entre os dias 2 e 5 de setembro, em Foz doIguaçu. E terá como tema central “Comunicação, Guerra e Paz”

UFU sedia Intercom Sudeste 2015Os preparativos para o próximo congresso já estão em anda­

mento. O local que sediará o XX Intercom Sudeste foi anunciadoem Vila Velha com um vídeo de divulgação. Adriana Omena, coor­denadora do evento, adianta o planejamento: “algo pensado, quenunca teve em algum Intercom, é disponibilizar uma feira gas­tronômica simultânea, de artesanato e buscar patrocinadores parartornar isso possível, viabilizando a alimentação para o aluno, poisisso faz diferença”.

As comissões para o evento já estão formadas e contam com aparticipação de coordenadores, professores e alunos do curso deJornalismo da UFU, além de parceiros de outras entidades da re­gião. Segundo Christiane Pitanga, colaboradora do evento, “a ex­pectativa é a melhor possível, de fazer de Uberlândia um grandecentro de intercâmbio na área de comunicação”.

UFU tem representantes na Intercom Nacional 2014

Durante a Intercom Regional, alunos de jornalismo da UFU são aprovados para

Intercom Nacional em Foz do IguaçuMateus Augusto Ferreira, Pedro Henrique Lobato, Rodrigo Castro, Amanda Rodovalho e Renato TaiobaMuitas são as atividades de discentes no âmbito acadêmico, principalmente

se relacionadas ao lazer ou integração dos estudantes. Com a famosa AssociaçãoAtlética Acadêmica universitária, não é diferente. Esse tipo de organizaçãopromove festas, integração e representa determinado curso superior emcompetições esportivas universitárias. A Atlética do Curso de Jornalismo da UFUfoi fundada em 2011 pelo ex­aluno Augusto Ikeda, que devido à falta de alunos em2010, ano de seu ingresso na faculdade, teve que dar início à agremiação só umano depois. O intuito era promover atividades esportivas entre os alunos.

Quando perguntado sobre as adversidades que enfrentou ao dar origem àAtlética, Ikeda relatou: “A primeira foi a sua criação. Quando entrei em 2010 nojornalismo, já tinha em mente criar uma atlética para o curso, mas haviam apenasduas turmas e pouca gente interessada. Assim, esperamos mais uma turma entrar,para criá­la de fato. A segunda foi 'tocar' a atlética sem ter o mínimo deconhecimento de como ela deveria funcionar. Dessa forma, precisei ver como asdemais atléticas da universidade funcionavam, para ter uma ideia. A próxima foifazê­la funcionar, pois diversas vezes tinha que correr atrás de uniformes e

organizar as equipes para a participação nas olimpíadas. Tudo isso praticamentesem patrocínio e dinheiro.”

Atualmente, a associação está parada. De acordo com o aluno do terceiro anoe membro da atlética, Lucas Manaf, a falta de apoio é um dos problemas daentidade. “Não existe muito apoio, por falha da própria associação, principalmentepor não tomarmos uma iniciativa, lembrando que isso acontece em qualquer curso,não só no Jornalismo”.

Ao ser indagado sobre o que falta para a atlética funcionar de forma plena,Ikeda complementa: "Como já sou ex­aluno do curso, tomo a liberdade de dizerque para que ela funcione, é necessário que todos os alunos do curso a abracemmais, por incrível que pareça. Não que todos sejam obrigados a gostar da atlética efazer parte de alguma equipe esportiva, mas percebo pouco envolvimento dosalunos com ela". Para Manaf, que pretende dar continuidade à agremiação, o futuroda atlética é promissor. "Pretendo começar uma campanha, e fazer eventossemestrais, pelo menos, para arrecadar fundos, e até mesmo disputar torneioscontra outros cursos de comunicação".

Nós temos uma atlética?Agremiação enfrenta dificuldades para se manter ativa, desde sua criação

Gabriel Ribeiro, Guilherme Vidal e Matheus Xavier

Professora Vanessa Matos

JosielleIngrid

DanielPompeu

Duarte critica Marco Civi l