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TRANSFERÊNCIAS PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA Proposta de Orçamento da CMS para 2011
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Comissão Concelhia de Silves
Uma proposta inqualificável e prenha de sectarismo e desprezo pelas populações
TRANSFERÊNCIAS PARA AS JUNTAS DE FREGUESIA
Proposta de Orçamento da CMS para 2011
(em milhares de euros)
Juntas de Freguesia 2010 2011 Variação
(euros) (euros) (euros) %
Alcantarilha 71828,00 49950,00 -21878,00 -30,46
Algoz 79446,00 66385,00 -13061,00 -16,44
Armação de Pêra 100113,00 78200,00 -21913,00 -21,89
Pêra 70687,00 49440,00 -21247,00 -30,06
S. B. de Messines 219647,00 114500,00 -105147,00 -47,87
S. Marcos da Serra 117134,00 70455,00 -46679,00 -39,85
Silves 100159,00 48345,00 -51814,00 -51,73
Tunes 77554,00 63520,00 -14034,00 -18,10
Total 836568,00 540795,00 -295773,00 -35,36 Fonte: Proposta de Orçamento da Câmara Municipal de Silves para 2011
Esta proposta apresentada pela Executivo Municipal de Maioria PSD na autarquia silvense é injustificável, inaceitável, iníqua, desproporcionada e discriminatória.
Pelo quadro acima descrito é claro que, numa primeira linha, as Freguesias de Silves e S. Bartolomeu de Messines, as mais extensas e populosas do concelho, curiosamente (ou não?), lideradas pela CDU, são as mais prejudicadas, com a imposição de cortes brutais na ordem dos 52 e 48 por cento, respectivamente. Neste conjunto também é de incluir a Freguesia de S. Marcos da Serra (Maioria PS), território com penosos problemas de interioridade e desenvolvimento, que é castrada em 40 por cento das suas verbas.
Numa segunda linha de apreciação surgem as freguesias de Algoz, Armação de Pêra, Tunes e Pêra, curiosamente (ou não?), de Maioria PSD, i.e., a cor do poder camarário, a que se acrescenta a freguesia de Alcantarilha (Maioria PS), porventura para confundir, que sofrem
amputações mais suaves que vão desde os 16 por cento (Algoz) até aos 30 por cento (Pêra, e também Alcantarilha).
Que critério foi este de penalizar brutalmente as freguesias onde a população está mais concentrada? Afinal, o poder local foi criado para servir as populações? Ou não?! Que critério foi este, de por um lado, infligir cortes de 16 por cento na transferência de verbas para o Algoz, e por outro, cortes de 48 e 52 por cento para Messines e Silves?! Como pode alguém de bom senso justificar que de um ano para o outro, uma freguesia como a de Messines, deixe de receber 220 mil euros, e passe e receber 115 mil euros?
Que espécie de base legal, modelo de governação, princípio moral ou coerência levou a uma atitude destas por parte da Maioria PSD? Nunca tal coisa ocorreu na história do poder local democrático em Silves.
Enquanto o Poder Central diminui em 5 por cento as transferências directas para os Municípios, e em 8,6 por cento, para as Freguesias, a autarquia de Silves, mais papista que todos os Papas, pretende efectuar cortes na ordem dos 50 por cento!!!
Não é por razões decorrentes da profunda crise económica e financeira que assola o país que se pode justificar reduções tão violentas nas transferências correntes da CMSilves para as Juntas de Freguesia do concelho, porque ao fim e ao cabo, a Proposta de Orçamento do Município para 2011 será equivalente em termos reais aos valores executados nos últimos anos, i.e., 33/35 milhões de euros.
No fim de contas, esta proposta inqualificável só poderá ser viabilizada no Executivo Municipal e na Assembleia Municipal, se os Vereadores e Eleitos do PS, resolverem mais uma vez, tomar o gosto do famoso “queijo limiano” .
A Comissão Concelhia de Silves do PCP denuncia esta verdadeira aberração da gestão PSD na
Câmara Municipal. Uma gestão caduca que pretende arrastar com ela o concelho.
12 de Dezembro de 2010
Comissão Concelhia de Silves