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A disputa pelo mercado da reparação está cada vez mais acirrada. Quem vence essa luta? Especial Exportação: entenda os desafios e as dificuldades da indústria brasileira Entrevista Carlos Alberto Barbosa, da Robert Bosch Brasil, fala sobre os programas da empresa para a especialização de profissionais Concessionárias x rede independente Ano 23 – Número 221 00221 487050

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A disputa pelo mercado da reparação está cada vez mais acirrada. Quem vence essa luta?

EspecialExportação: entenda os desafios e as dificuldades da indústria brasileira

EntrevistaCarlos Alberto Barbosa, da

Robert Bosch Brasil, fala sobre os programas da empresa

para a especialização de profissionais

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Ano 23 – Número 221

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Capa Redes autorizadas e independentes estão de olho no mercado de reposição

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Índice

08 EntrEvistaCarlos Alberto Barbosa, diretor da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil, fala sobre a importância de oferecer especialização para os profissionais do setor

12 CarroPeugeot 208 chega ao Brasil como a grande aposta da montadora

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28 EspECialAs exportações ganharam importância para a indústria de autopeças brasileira, mas ainda existem muitos desafios

14 pEsadosVolvo caminhões chega aos 85 anos

16 EstatístiCasVenda interna: números em alta.

24 tECnologiaBateria: a usina de força do veículo

34 gEomarkEtingPará e Piauí

38 duas rodasHarley-Davidson lança cartão de crédito da marca para fidelizar clientes e beneficiar concessionárias

40 sindirEpaSaiba como sua oficina pode obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade

44 iQaCertificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças: oportunidade de evolução constante

46 FlashKnorr-Bremse; Volvo; Dayco; Carro Elétrico; Man; Omron

ERRATANa página 22 de nossa edição 220, onde se lê Retentor Dinamic, o correto é Retentor Dynamic.

36 artigo – dirEito EmprEsarialICMS Interestadual de 4% para Mercadorias Importadas

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Jarbas Salles Ávila Filho, diretor do Grupo Photon

GRupo photoN NA iNtERNEtwww.photon.com.brwww.twitter.com/grupophoton

DiREtoRiAMarilda Costa Salles Á[email protected] Salles Ávila [email protected]

JoRNAlistA REspoNsávEl Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378)

REvistA mERCADo Automotivo NA iNtERNEtwww.revistamercadoautomotivo.com.brwww.twitter.com/automotivo

REDAçã[email protected] Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Christiane Benassi, Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora

DEpARtAmENto DE NEGóCiosMarilda Costa Salles Ávila [email protected]

Gutenberg Soledade – DNF Comunicaçã[email protected]

ComERCiAlFernanda [email protected]

Bruna Soledade – DNF Comunicaçã[email protected]

FotoGRAFiAArquivo Photon, Divulgação

ARtE E pRoDuçãoElvis Pereira dos [email protected]

míDiAs DiGitAisAdriano [email protected]

ADmiNistRAtivo E FiNANCEiRoAdalgisa Cruz ................ [email protected] Fernandes ...... [email protected]

As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte.REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon.Circulação maio de 2013.Central de Assinaturas: [email protected] Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel./Fax 55 11 2281.1840, [email protected]

O que será, será...

É verdade. O Futuro não se vê! Mas sempre conseguimos prever alguma coisa com “um certo grau” de confiança, não é mesmo? Até agora!

Mas, que está estranho está. De um lado as notícias não são nada alvissareiras. Uma das maneiras de se avaliar o desempenho industrial de um país ou região é pela “correlação” existente entre o consumo de energia elétrica e o volume de produção das indústrias.

E assim analisando, concluímos que a indústria como um todo está “reduzindo sua produção”, pois o consumo de energia pela indústria caiu 2,4% no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Retração? Acomodação? Difícil dizer!

Mas, para a sorte do nosso setor, parece que melhores ventos come-çam a soprar para nosso lado! Mal acabou a Automec e várias empre-sas, festejando o recorde de visitantes nos seus estandes durante a feira (sinal de interesse dos clientes!), divulgaram previsões otimistas para os próximos meses, com algumas empresas alegando aumentos de até 20% no volume de negócios neste “mesmo primeiro trimestre”!

Para ajudar, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Ve-ículos Automotores) detectou aumento de 12% na produção de veí-culos leves e comerciais “também neste primeiro trimestre”, levando diversas empresas a projetar forte crescimento neste mercado para o semestre. Boas falas!

E por falar em Anfavea, seu novo presidente, Luiz Moan, assumiu a associação reconhecendo que o setor passa por grandes e radicais mudanças, mas que – apesar de, ou até por causa disso – haverá um grande volume de dinheiro (ao redor de 60 bilhões de reais!)

a ser investido nesse setor, para suprir as necessidades de aumento de capacidade de produção. Desse total, R$ 12,4 bilhões deverão ser destinados a investimentos em engenharia e desenvolvimento.

O setor do aftermarket também está em ebulição e promete mudanças, em parceria com a Anfavea.

Esperaremos para ver... o que e como será!

Boa leitura

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Investimento necessárioAs novas tecnologias e as constantes mudanças que atingem o setor automotivo anualmente exigem um profissional cada vez mais qualificado. em entrevista à revista Mercado Automotivo, carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão Automotive Aftermarket da robert Bosch Brasil (fornecedor global de tecnologia e serviços), afirma, no entanto, que faltam ofertas para a formação de profissionais no Brasil. Para ele, é necessário investir na formação cada vez mais qualificada dos profissionais do setor devido à sua importância no processo. confira a seguir a entrevista:

Redação

Revista Mercado Automotivo – Qual é o peso hoje do mercado de reposição para a Bosch no Brasil? carlos Alberto Barbosa – A Bosch não divulga informações por países. O que podemos dizer é que as uni-dades automotivas (reposição e equipamento original) na América Latina representam para a Bosch aproximadamente cerca de 70% do faturamento total do grupo.

Os produtos que atendem o mer-cado brasileiro de reposição são fabricados em unidades da Bosch nos Estados de São Paulo, Paraná, Bahia e também na Argentina. Com esses centros a Bosch consegue atender todo o País?

cAB – nos últimos anos a frota brasileira sofreu uma grande diver-sificação de marcas. no ano 2000 o Brasil possuía cerca de 90 marcas de veículos com aproximadamen-te 1.600 modelos. Hoje temos aproximadamente 110 marcas e 3.300 modelos. no mercado de reposição isto representa maior complexidade para atender as demandas em termos de portfólio de produtos. Para maior competi-tividade e aumento de programa, além de fábricas no Brasil, a divisão do Automotive Aftermarket tam-bém vem adquirindo empresas do segmento de reposição. As principais fábricas adquiridas nos últimos anos foram a de alternado-res, motores de partida, palhetas, equipamentos de teste e pastilhas

de freio. com isto, a Bosch consegue garantir uma grande amplitude de programa para atender todo o País.

Os custos com transporte ainda são uma dor de cabeça para as empresas que atuam no Brasil?sim, é um desafio para todos os gestores do setor, principalmente os de carga fracionada, como é o nosso caso, e com entregas em todo o ter-ritório nacional. Buscamos soluções em conjunto com nossos clientes/parceiros, como transportadoras regionais, paletização de carga, ade-quação da área de recebimento dos clientes e embalagens customizadas para cada tipo de produto.

Gostaria que falasse sobre o progra-ma Super Profissionais Bosch. Como

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funciona e qual sua importância para a empresa?O super Profissionais Bosch é um programa de treinamento à distância que disponibiliza, através da inter-net, cursos para atualização profissio-nal e outras ferramentas importantes para enriquecer o aprendizado dos profissionais da área automotiva e auxiliá-los em seu dia a dia, abrin-do novas oportunidades para o seu aprimoramento.

O conteúdo dos treinamentos, que é desenvolvido por instrutores Bosch especializados e profissionais relacionados ao desenvolvimento de produtos, aborda sistemas, produtos e novas tecnologias, além de temas que auxiliam no gerenciamento de seus negócios. Os cursos são elabo-rados conforme o perfil dos profissio-nais, ou seja, voltado especificamen-te às necessidades dos aplicadores e vendedores de produtos Bosch.

com informações claras e avança-das, além de recursos audiovisuais, como simulações, desenhos e fotos, os personagens, que se comunicam com os usuários, apresentam, de forma interativa, dinâmica e didática, os diversos temas abordados. Os cursos trazem também exercícios, desafios e avaliações. A atualiza-ção do programa é constante, com novos cursos sendo disponibilizados periodicamente.

O super Profissionais Bosch dis-ponibiliza uma série de recursos que proporcionam melhor aproveitamen-to dos cursos e acompanhamento eficaz do desempenho do aluno. O usuário tem à disposição diversos materiais de apoio em uma bibliote-ca virtual, como, por exemplo, apos-tilas com os conteúdos abordados nos cursos on-line, folders, catálogos e circulares. Tem, ainda, a possibili-dade de imprimir o diploma, assim que é aprovado na avaliação final do curso. O profissional também pode visualizar notícias atualizadas do setor automotivo no portal autentica-do do site.

Outro importante recurso é o suporte de atendimento Fale conosco, uma via direta de comu-nicação entre o usuário do sistema com a equipe de atendimento, através de chat, e-mail e contato telefônico, para sanar dúvidas sobre navegação no site, habilitação de contas ou alteração de senha de acesso.

A Bosch é uma empresa que inves-te muito em formação e treinamen-to de profissionais da reposição. Apesar de todo o esforço da em-presa, o senhor entende que atual-mente faltam cursos de formação para os profissionais do setor?

e a experiência de um dos maiores fabricantes de sistemas para a indústria automotiva.

Os cursos técnicos da Bosch abrangem diversos sistemas des-tacando entre eles: sistemas de injeção diesel, sistemas de gestão eletrônica de motor, chassis, controle e dinâmica do veículo e sistemas eletroeletrônicos.

Hoje a eletrônica domina todos os sistemas e subsistemas de um automóvel. nossos treinamentos têm foco muito grande no diagnós-tico com a utilização de tecnologia avançada e informação técnica sobre procedimentos definidos pelo fabricante.

sim, faltam ofertas para formação de profissionais, concretamente vagas e principalmente cobertura regional. existem propostas de qualidade na formação de técni-cos automotivos, mas são muito limitadas comparadas à demanda e necessidades do mercado.

O setor automotivo cresce mui-to rápido em termos de unidades vendidas e tecnologia embarcada. este desequilíbrio entre formação de técnicos e tecnologia presente no mercado é um problema recor-rente nas empresas que atuam no setor de serviços automotivos.

A divisão de Aftermarket da Bosch com seu centro de Treinamento Técnico atua direta-mente na formação de profissionais para o setor automotivo. nosso aporte específico é na formação de especialistas em sistemas trasladando todo o conhecimento

Quais são os prejuízos que podem ser gerados ao consumidor por conta de profissionais mal instruídos no setor de reposição?Guardadas as devidas proporções, é possível comparar a atividade de um técnico automotivo a um médico: para os dois casos o segredo da profissão é o diagnóstico. realizar diagnósticos corretos está diretamente relaciona-do ao conhecimento, à tecnologia e informações. sem estes elementos ou com a falta de um deles, os riscos de errar são altos.

erros de diagnóstico geram pro-cedimentos e intervenções inapro-priados que, geralmente, acabam em prejuízos diversos. Podemos mencio-nar casos leves que têm um impacto econômico como a troca de uma peça sem necessidade até consequências graves como intervenções que afetam a segurança do veículo, podendo pro-vocar acidentes.

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Guardadas as devidas proporções, é possível comparar a atividade de um técnico automotivo a um médico: para os dois casos o

segredo da profissão é o diagnóstico.

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A responsabilidade de um técnico automotivo não se resu-me ao conserto de carros. Há um compromisso social para reparar automóveis respeitando a seguran-ça durante o processo de reparo, a dos ocupantes do veículo e todas as normas ambientais. um pro-fissional comprometido entende também que atualizar os conheci-mentos técnicos não é um luxo, é uma obrigação da profissão.

A Rede Bosch Car Service possui atualmente mais de 100 oficinas credenciadas em todo o território nacional. Há planos para expansão da rede nos próximos anos? Não apenas na parte física, mas também em relação aos serviços oferecidos?na verdade, hoje contamos com mais de 1.100 oficinas Bosch car service no Brasil, além de nossa rede diesel, com cerca de 450. desde que iniciamos esse conceito aqui no Brasil tivemos um potencial crescimento que se sustentou nos primeiros anos. Após isso, passa-mos por um processo de maturação onde o número de credenciadas se manteve até 2011, e, no ano passa-do, iniciamos novamente o proces-so de expansão. O mercado brasi-leiro é extremamente promissor e uma referência mundial, por isso enxergamos este potencial também na reposição para desenvolver no-vos grandes parceiros reparadores.

É importante lembrar também o conceito Original Auto center que representa uma opção a oficinas de menor porte e a rede diesel system, que foi pensada para aten-der as necessidades das oficinas mecânicas diesel  que não possuí-am um conceito de relacionamen-to com a Bosch. com esta marca, a empresa procura atingir esse segmento que não estava sendo atingido pelo conceito Bosch Truck service e diesel center, e que em sua maioria são especialistas em sistemas convencionais. Hoje

temos 1.100 unidades Bosch car service, 400 Bosch Truck service, 50 Bosch diesel center, 215 unidades da rede diesel system e 2.953 Original Auto center.

O senhor acredita que o novo regime automotivo (Inovar-Auto) deverá impactar especificamente o setor de autopeças? Como a Bosch analisa esse novo regime?Analisando especificamente o setor de autopeças, com o inovar-Auto a complexidade técnica dos veículos aumenta. Falamos então de novos produtos e tecnologias que antes não eram trabalhados em nosso mercado.

Outro ponto a ser analisado é o crescimento do mercado. O Brasil se torna ainda mais atrativo para as montadoras e a tendência é que a venda de veículos siga em um bom ritmo. em um mercado tão atra-ente é natural a entrada de novos players em todos os níveis da ca-deia. em resumo, os veículos bra-sileiros estarão mais modernos, em maior volume e mais disputados.

Anualmente a Bosch investe mais de R$ 5 bilhões em pesquisa e de-senvolvimento, além de requerer cerca de 3,8 mil patentes em todo o mundo. O senhor considera que essa preocupação com a inovação é um dos grandes diferenciais para que a empresa tenha esse sucesso global?sem dúvida, desde o início a Bosch sustentou seu crescimento em inovações, ou tecnologia para a vida, como diz o nosso slogan. Temos orgulho disso, pois estamos desenvolvendo soluções para o dia a dia em todos nossos campos de atuação.

recentemente a Bosch foi nomeada o “fornecedor de peças automotivas mais admirado” do mundo pela revista americana de negócios Fortune, na lista de 2013. e um dos quesitos em que lidera-mos foi “inovação”. Ou seja, nossos

clientes e parceiros nos reconhe-cem fortemente como um gerador de tecnologia. isto sempre foi um diferencial, e ainda mais agora com a velocidade das mudanças.

A Bosch está presente em 150 paí-ses, correto? Qual é a importância do mercado brasileiro para a marca? Levando em consideração a crise que atingiu os mercados da Europa e dos Estados Unidos recentemente, o crescimento do Brasil nos últimos anos teve grande importância para os negócios da empresa?correto, o Brasil hoje é um de nossos principais mercados. somos um mercado em expansão, e, juntamente com rússia, Índia e china, estamos puxando o cresci-mento econômico. A Bosch enxerga e aposta nisso. Temos grandes planos para a América Latina.

Por fim, qual a expectativa e os planos da Bosch para o Brasil nos próximos dois anos?Mais especificamente para o mer-cado de reposição, temos como planos o fortalecimento de nossa estratégia Parts+Bytes+services (Peças, equipamentos e serviços), continuando a oferecer ao mercado soluções completas.

queremos também ampliar nos-sa oferta de produtos este ano, por isso, teremos o lançamento da nova linha de freios, além de novidades em elétrica e palhetas, por exemplo.

em termos de equipamentos, com a aquisição da sPX service solutions (especialista norte-ameri-cana em diagnósticos automotivos), teremos novos produtos e ferramen-tas para nossas oficinas.

nossos treinamentos técnicos serão intensificados em todo o Brasil através de parcerias com o senai. Além disso, seguimos cres-cendo fortemente com nossas redes de oficina onde pretendemos atingir uma penetração de mercado bem significativa até 2015.

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Investimento pesadoPeugeot apresenta o 208 no Brasil e investe forte para atrair o público

Redação

A Peugeot não poupou esforços para que o lan-çamento do modelo 208 gerasse barulho no mercado brasileiro. O veículo chegou às conces-

sionárias no último dia 13 de abril e, pouco depois, o público pode conferir nos principais canais de televisão aberta e fechada uma engenhosa propaganda feita para divulgar o carro.

Produzido pela agência Y&R – uma das mais concei-tuadas do setor –, o filme traz para a “vida real” alguns dos personagens do histórico desenho animado Corrida Maluca, criado em 1968 pelos estúdios Hanna-Barbera. O mote da campanha foi utilizar o conceito “Dentro dele é outro mundo” e o público confere o 208 fugindo de si-tuações inusitadas por meio de seus inúmeros atributos.

“Além da busca por impacto, definimos que seria prioridade exaltar a experiência proporcionada pelo Peugeot 208. Nossa decisão foi ir além da beleza do novo modelo e dar ênfase ao que o conjunto é capaz de ofe-recer”, destaca Frederico Battaglia, diretor de Marketing da Peugeot, em comunicado divulgado à imprensa. Rui Branquinho, vice-presidente de Criação da Y&R, também destacou a campanha.

“Nesse filme conseguimos retratar de forma lúdica e contundente como é a vida de quem está no trânsito agi-tado das cidades fora de um 208 e reforçar que, uma vez no carro, todo o resto é o resto”, analisou Branquinho. Vale citar ainda que a direção de cena coube a um dos diretores mais requisitados atualmente para este tipo de produção: o francês Antoine Bardou-Jacquet.

O CaRROO comercial é realmente bom. Chamou a atenção e gerou publicidade à marca, mas não sustentaria o lançamen-to do Peugeot 208 se o veículo realmente não tivesse suas qualidades. Com investimento de R$ 800 milhões (parte dos R$ 3,7 bilhões que a Peugeot pretende inje-tar no Brasil entre 2010 e 2015), a montadora trouxe o veículo global para o país e agora o produz no Centro de Produção de Porto Real, no Rio de Janeiro. De lá, as unidades atendem aos brasileiros e são exportadas para a Argentina e alguns outros países da América Latina. No mundo, o 208 é montado também em Poissy (França) e Trnava (Eslováquia).

“Desde o início do projeto, as opções técnicas que estruturaram o 208 tiveram como base a versão mais atu-al da plataforma A (veículos compactos) do Grupo PSA.

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É a primeira vez que essa plataforma é utilizada por um

veículo Peugeot no Brasil”, aponta a marca. Na compara-

ção com o 207 nacional, o 208 é maior no comprimento

total e no entre-eixos. Neste ponto, inclusive, possui o

maior comprimento entre seus concorrentes diretos.

A marca apoiou o desenvolvimento de seu novo ve-

ículo no Brasil em três pontos considerados essenciais:

design, experiência de condução e tecnologia. Em re-

lação ao primeiro item, a Peugeot destaca a dianteira

do modelo, que retrata a nova face da marca. “O ‘olhar

felino’ se interpreta de maneira mais moderna, rica e

refinada com as luzes em LED e uma guia luminosa que

enfatiza o conjunto ótico, tanto de dia quanto à noite”,

cita a montadora.

Com a intenção de deixar a condução mais prazerosa

e confortável, a Peugeot elevou ainda o painel de instru-

mentos para que a leitura das informações fosse feita por

cima do volante. A coluna de direção dispõe de ajuste

de altura e profundidade e o banco do motorista traz

ajuste de altura ativo, controlado por alavanca. Dirigi-lo,

portanto, deverá ser agradável.

No quesito tecnologia, o Peugeot apresenta o que já

pode ser considerado regra para os modelos do segmen-

to: uma central multimídia com tela colorida sensível ao

toque de sete polegadas. Por ela você pode acessar a

função GPS, controlar o rádio, ler arquivos de músicas

via USB ou visualizar fotografias. Interessante, no entan-

to, é a função que permite configurar algumas opções do

carro como acendimento automático dos faróis, dados

sobre consumo de combustível, entre outros.

MOtORA versão mais simples é oferecida por R$ 39.990 e tem câmbio manual de cinco marchas, ar-condicionado, vidro elétrico dianteiro, trava elétrica, freios ABS, airbag duplo, entre outros. Tanto nessa versão quanto na intermediá-ria, o Peugeot 208 chega com motor 1.5 L 8 V Flex. Com o conjunto no qual é oferecido, tal motorização desenvolve 93 cavalos de potência máxima com etanol, a 5.500 rpm. O torque máximo é de 14,2 mkgf, também com etanol.

A última versão é oferecida por R$ 50.690 (manual) ou R$ 54.690 (automático) e traz o motor 1.6 L 16 V Flex. Uma de suas vantagens é eliminar o reservatório de gasolina do compartimento do motor, que é conhe-cido como “tanquinho”. Assim, tal combustível não é necessário para realizar a partida a frio. Outra vantagem é que, nessas condições, segundo a fabricante, o motor não “engasga” ou falha na partida.

Vale citar também que a Peugeot oferece uma gama de nove cores para os consumidores: branco banquise, branco nacré (perolizado), cinza aluminium, cinza moon-dust, azul bourrasque, marrom dark carmin, preto perla nera, vermelho aden e vermelho rubi. Além disso, o veí-culo vem com três anos de garantia. Nas duas primeiras versões, as três revisões iniciais saem por R$ 810. O valor sobe para R$ 890 no modelo mais caro.

O 208 é, sem dúvidas, a grande aposta da marca para o mercado brasileiro neste momento. “Com o 208, a Peugeot completa a renovação de sua gama de veículos no Brasil, que em 2010 iniciou uma forte ofensiva co-mercial que contabiliza nada menos que oito lança-mentos”. O investimento não foi baixo. Resta saber se o retorno virá.

Com motor 1.5 L 8 V Flex ou 1.6 L 16 V Flex, o 208 é a grande aposta da marca para o mercado brasileiro em 2013

Modelo vem com uma central multimídia com tela colorida sensível ao toque

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Jarbas Ávila

Com o pomposo nome de “Time Machine” (Máquina do Tempo), a série especial, exclusiva e limitada a 85 veículos, empresa celebra a evolução dos

caminhões Volvo.A série especial destinada aos transportadores

brasileiros terá duas opções de motorização: 460 cv e 540 cv, as mais procuradas pelos brasileiros, segundo a montadora.

Externamente, a série tem adesivos estilizados nas laterais, o emblema Time Machine, o letreiro superior da cabine Globetrotter com a assinatura Time Machine e defletores de sujeira.

Internamente, os bancos são em couro e os descan-sos para braços são bordados, com detalhes em laranja.

O banco do motorista tem memória para três posições, ajuste lombar, ajustes elétricos de distância, aquecimen-to e ventilação e ajuste pneumático.

As portas são revestidas em couro e bordadas com as mesmas características dos adesivos externos. O vo-lante, também em couro, tem bordados em laranja e a alça de acesso à cabine é revestida em couro laranja.

CâMbIOO caminhão vem equipado com caixa de câmbio ele-trônica I-Shift, com a qual o motorista não precisa se preocupar em trocar as marchas e o transportador con-segue economizar até 5% em consumo de combustível.

Sem pedal de embreagem, a caixa de câmbio da Volvo facilita bastante o trabalho do motorista. No modo automático, basta acelerar e frear. No modo manual,

e, para comemorar, lança uma série especial limitada: a “FH Time Machine”

Volvo caminhões chega aos 85 anos

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um simples toque em um botão troca as marchas. O motorista não precisa fazer nenhum esforço para trocar as marchas. O manuseio é extremamente fácil e um am-plo e bem posicionado visor no painel mostra em que marcha o veículo está.

SEguRançaA série especial vem também com vários equipamentos de segurança, uma área em que a Volvo informa ser líder inconteste: o LKS (Lane Keeping System, ou monitora-mento das faixas da rodovia), um dispositivo que alerta o motorista caso o veículo saia da faixa de rodagem em virtude de um descuido ou desatenção; o DAS, ou Detector de Nível de Atenção, acionado automaticamen-te quando o condutor apresenta um estilo de condução irregular, ziguezagueando o caminhão na pista, que é um comportamento característico de fadiga e sonolência ao dirigir; o LCS (Lane Change Support, ou sensor de ponto cego), um mecanismo com um radar que informa se há um objeto na lateral direita do caminhão quando o veículo está trocando de faixa.

O Time Machine vem também com o VEB500 (Volvo Engine Brake, ou Freio Motor Volvo), com 500 cv de po-

tência, o maior do mercado segundo a montadora, o que

permite ao motorista trafegar com mais segurança em

velocidades médias maiores, mesmo em trechos com

topografia em declive, poupando o freio de serviço por

possibilitar menor desgaste de lonas/pastilhas, tambo-

res e pneus.

“O VEB garante uma viagem mais tranquila, auxilian-

do na diminuição do esforço do motorista”, diz Álvaro

Menoncin, gerente de Engenharia de Vendas.

Outro dispositivo de segurança ativa presente neste

modelo é o farol de conversão. Ativado quando o farol

está ligado e a uma velocidade de até 40 quilômetros

por hora, ele ilumina o lado para o qual o veículo fará

a conversão.

O caminhão comemorativo da Volvo vem na exclu-

siva cor “Branco Time Machine” e tem também airbag,

freios ABS, rádio com CD Player, MP3, bluetooth, con-

troles no volante e entrada USB, rodas de alumínio

polido, tanques de alumínio D-Shape e de Arla de 60

litros, ar-condicionado com controle de temperatu-

ra, geladeira, mesa e cofre como itens da série. Um

verdadeiro “Série especial”.

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O emplacamento de veículos até abril de 2013Bons ventos para o setor

Sérgio Duque

há tempos não se via um desempenho de vendas de veículos novos tão bom quanto este observa-do em abril, quando foram emplacados no País

perto de 475 mil veículos. A previsão é que cheguemos ao fim do ano com mais 5,2 milhões de veículos novos em nossas ruas e estradas.

Houve boa recuperação em todos os segmentos da frota, exceto para motos.

Nos segmentos de automóveis e co-merciais leves os números apresentam crescimento de 8,57% em relação ao mes-mo período de 2012, resultado ainda da redução do IPI, desempenho positivo acompanhado também pelos segmentos de caminhões e ônibus.

Máquinas agrícolas continuam sendo a grata surpresa em se tratando de núme-ros realizados de vendas, com o segmen-to faturando 26,7% a mais que no mesmo período acumulado do ano anterior. Há tempos que estava devendo.

No segmento de veículos duas rodas a questão continua preocupante. As mon-tadoras fazem campanhas publicitárias,

dão descontos, facilitam o pagamento e ainda assim a reação é mínima. Para entender melhor esse resultado, basta saber que perto de 65% dos pedidos de finan-ciamento para motos novas não são aprovados pelos agentes financeiros. A aposta está ainda nos consórcios, onde o consumidor paga antes de levar o produto.

No geral, o desempenho acumulado do ano em rela-ção a 2012, que era negativo em 2,21%, agora é positivo em 0,67%.

liCENCiAmENto DE vEíCulos AutomotoREs

sEGmENtoACumulADo JAN-ABR

% vAR.pREvisão

20132013 2012

Automóveis 857.267 789.601 8,57 ▲ 2.600.000

Comerciais Leves 247.074 227.742 8,49 ▲ 750.000

Caminhões 48.560 48.058 1,04 ▲ 150.000

Ônibus 11.702 10.682 9,55 ▲ 35.000

Tratores e Máquinas 20.822 16.432 26,71 ▲ 58.000

Motos 493.005 574.764 -14,22 ▼ 1.600.000

total 1.678.430 1.667.279 0,67 ▲ 5.193.000

Fonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos para referência. Previsão 2013, estudos Audamec Marketing.

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Weslei nunes e Cléa Martins

mesmo tendo enfrentado duas fortes crises econô-micas internacionais (em

2008 e 2011), o aftermarket brasi-leiro tem caminhado bem. O setor não apenas evoluiu nos últimos anos como também ganhou algu-mas características novas. Entre elas, consumidores mais exigentes, novas legislações e tecnologias mais avançadas. Essas mudanças, mais o crescimento da demanda interna de veículos, contribuíram fortemente para o crescimento da disputa pelo mercado de reposição de autopeças e reparação de carros entre a rede independente (de oficinas e lojas de componentes) e as concessionárias.

Os discursos de ambas as par-

tes (autorizadas e independentes)

são amistosos e quase unânimes:

“A competição cada vez mais forte é

uma realidade do setor, no entanto,

há mercado para todos, pelo menos

nas circunstâncias atuais de merca-

do – de crescimento do parque au-

tomotivo”. Profissionais e lideranças

desses setores só não se arriscam a

fazer previsões de longo prazo.

O presidente do Sindirepa-SP e

Sindirepa Nacional (Sindicato da

Indústria de Reparação de Veículos

e Acessórios), Antonio Fiola, ex-

plica que o motivo dos discursos

afirmarem haver espaço para todos

no mundo da reparação é o fato de

os veículos com até três anos de

garantia fazerem manutenção nas

concessionárias, depois passarem a

frequentar as oficinas. “É importante

lembrar que o Brasil tem mais de

93 mil oficinas [independentes] que

dão conta da manutenção da frota,

o que não seria possível somente

com as redes de concessionárias. A

concorrência existe, mas o foco das

concessionárias é a venda de novos

veículos, o pós-venda é mais um ser-

viço agregado”, diz.

No entanto, o presidente

do Sincodiv-SP (Sindicato dos

Concessionários e Distribuidores de

Veículos no Estado de São Paulo),

Octavio Leite Vallejo, conta que

o pós-venda tem ganhado muita

força nas redes autorizadas: “As

A disputa entre concessionárias e oficinas e autopeças da rede independente pelo mercado de reparação tem se intensificado nos últimos anos; mas serão as autorizadas das montadoras capazes de vencer essa quebra de braço?

De quem é o mercado?

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concessionárias têm buscado fide-lizar o cliente por um período cada vez maior, fazendo-o acostumar--se a beber água sempre na fonte. Diante disso, a concorrência [entre oficinas independentes e concessio-nárias] tornou-se mais acirrada nos últimos anos”.

Embora não haja dados ou pes-quisas que comprovem o aumento dos serviços de pós-venda nas con-cessionárias ou maior procura dos consumidores por esse serviço nes-sas lojas, os especialistas do setor acreditam que houve um ganho de mercado por parte das autorizadas em relação às redes independentes. Mas são as oficinas independentes que ainda dominam a maior parte do setor. Segundo Fiola, elas são responsáveis pela manutenção de 80% da frota circulante no País.

bRIga taMbéM nO VaREJOA concorrência entre concessio-nárias e lojas de autopeças inde-pendentes tem se intensificado nos últimos anos porque ambas também oferecem produtos de re-posição para consumidores finais e até mesmo para algumas ofici-nas independentes. Mas para esses concessionários Vallejo sugere que criar programas de fidelização ou de incentivo para reparadores é um erro: “Quem faz isso, cria um mons-tro contra si, pois as concessioná-rias têm crescido seus serviços de reparação, mas, quando vende para oficinas independentes, fortalece o concorrente”.

Para Francisco de La Torre, presi-dente do Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), a disputa entre es-ses dois tipos de estabelecimento é normal: “O mercado de reposição é altamente competitivo. Com a

chegada de novas marcas, a dispu-ta tem se acirrado, principalmente em itens de alto giro para veículos mais novos. Mas isso faz parte do mercado. Contudo, as lojas de au-topeças têm ampla capilaridade e atendem a mais modelos, dos no-vos aos mais antigos e de diferentes marcas”, explica.

VantagEnS E DESVantagEnSTanto as redes independentes como as autorizadas oferecem seus leques de benefícios e vantagens para en-frentar os desafios do mundo da reparação. Por parte das lojas que contam com a bandeira da monta-dora, a grande dificuldade, aponta Vallejo, é a equação dos preços para o aftermarket e a conquista de clien-tes após a garantia.

Por outro lado, o fato de repre-sentar a marca do veículo é um ponto forte a favor das concessio-nárias. No entanto, o presidente do Sincodiv alerta que apenas isso não dá total vantagem às autorizadas: “O consumidor procura um serviço confiável. Ele quer se sentir seguro quanto à manutenção do seu carro. Somente a bandeira não é suficiente para que ele se sinta assim. Além disso, ela não traz novos clientes. A implantação do agendamento das revisões de veículos foi um grande avanço das concessionárias e serviu para fidelizar os clientes avisando--os quando chega a hora de fazer a revisão”, afirma.

Os benefícios de carregar a ban-deira da montadora estão principal-mente no poder ampliado de mar-keting dessas empresas, comenta Fiola: “As ações de publicidade e di-vulgação da marca [de veículos] ga-rantem ampla visibilidade na mídia também para as concessionárias. Esses altos investimentos feitos pe-

las montadoras permitem que elas realizem campanhas e promoções de grande impacto, algo muito com-plicado para o setor independente”.

O acesso privilegiado das con-cessionárias às informações téc-nicas dos veículos também é um benefício citado pelo presidente do Sindirepa. Com o avanço da tecnolo-gia embarcada, por exemplo, o repa-rador passou a necessitar inúmeras informações técnicas que, segundo Fiola, não são disponibilizadas pe-las montadoras, “o que dificulta o trabalho executado pela oficina”.

Diante deste quadro, o conheci-mento técnico passou a ser o grande desafio do setor de reparação. “E o Sindirepa-SP tem se preocupado com essa questão. Iniciamos um trabalho para tentar minimizar o problema. O reparador pode tam-bém contar com o CDI (Centro de Documentação e Informações), que possui o maior acervo de informa-ções técnicas da América Latina”, diz Fiola.

Sobre o favorecimento da rede, o dirigente do Sincodiv discorda do fato de as concessionárias terem

octavio leite vallejo, presidente do Sincodiv-SP

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mais acesso às informações: “Não há nenhum tipo de informação privi-legiada às concessionárias por parte das montadoras”, garante.

Outro ponto levantado por Fiola, o fato de as oficinas independentes trabalharem com mais marcas de automóveis que as concessionárias faz do trabalho do reparador inde-pendente mais árduo. “A diversida-de demanda maior dedicação e in-vestimentos permanentes em equi-pamentos e treinamento da equipe de profissionais”.

Apesar das dificuldades aponta-das pelo presidente do Sindirepa, Pedro Scopino, proprietário da Auto Mercânica Scopino, aponta três verdadeiros calcanhares de Aquiles das autorizadas diante da repara-ção independente: “Preço, falta de critérios para troca de peças e falta de relacionamento”.

InDEpEnDEntES taMbéM pODEM SER autORIzaDaSA imagem das concessionárias está diretamente ligada às montadoras e, segundo os especialistas do se-tor, isso passa certa segurança ao consumidor, por tratar-se de uma rede bem estruturada. No caso das

empresas independentes desse setor, associar-se, trocar experiên-cias e criar um padrão de quali-dade de serviço e atendimento é destacado como fundamental pe-los porta-vozes das entidades que representam o setor.

Não são apenas as concessio-nárias que contam com o aval das montadoras, há também oficinas independentes que representam uma ou mais marcas oficialmente. A DR Chrysler é um exemplo disso. A oficina é especializada em veículos Chrysler, Jeep e Dodge e, segundo seus sócios Sandro dos Santos e Silvio Ricardo, a empresa não tem encontrado concorrência acirrada nem mesmo entre as concessioná-rias dessas marcas.

FugInDO Da COnCORRênCIaScopino ressalta um ponto impor-tante adotado por ele para fugir da concorrência com as concessioná-rias. “A maior arma que temos nesta disputa é o relacionamento, ou seja, sempre trabalho na questão do bom

atendimento, como se meu cliente fosse único, e faço muitas ações de relacionamento, principalmente junto ao GOE (Grupo de Oficinas Especializadas), com o trabalho de várias empresas parceiras para fide-lizar e diferenciar este cliente”, conta o empresário.

Investir no atendimento, na estrutura da oficina ou loja de au-topeças, além de agregar melhor capacitação à equipe são algumas das ações para driblar a forte con-corrência do mercado de reposição de peças e reparação de veículos. Por outro lado, tanto redes auto-rizadas quanto empresas indepen-dentes precisam vencer um inimigo comum – a venda de peças ilegais. “Esse é um concorrente muito des-leal. As peças do mercado negro estão em todo lugar, inclusive na internet. Há vários sites vendendo peças que sabe lá Deus de onde vêm, com preços muito baratos”, comenta Ricardo. “Esse é de fato o concorrente a ser abatido pelo mercado de reparação como um todo”, finaliza.

pedro scopino, proprietário da Auto Mercânica Scopino

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sandro dos santos e silvio Ricardo, sócios da DR Chrysler

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baterias automotivas

Sérgio Duque

Constituída basicamente de placas de chum-bo (positivas e negativas) e solução de ácido sulfúrico (eletrólito) alojados dentro de uma

caixa de material polimérico (normalmente plástico),

a bateria nada mais é que um acumulador de ener-

gia elétrica para fornecer eletricidade ao sistema de

ignição, ao motor de arranque, às luzes, ao painel e

ao restante dos equipamentos elétricos e eletrônicos

do carro.

A sua capacidade é medida em amperes/hora. Uma

bateria de 56 Ah poderá fornecer uma corrente de 1

A durante 56 horas e 2 A durante 28 horas e assim

por diante.

Entre os tipos mais usuais temos: baterias auto-

motivas, baterias ciclomotivas, baterias estacioná-

rias, baterias náuticas, baterias tracionárias, além

das baterias especiais produzidas para oferecer alta

performance indicadas para veículos off-road e 4x4,

por exemplo.

Já as capacidades de carga variam de 36 Ah a até

205 Ah, com 12 V, e também se diferenciam no seu

processo construtivo, especialmente na composição de agentes QEM, ou seja, agentes químicos, elétricos e mecânicos.

FunCIOnaMEntO E RECaRgaA corrente elétrica, medida em amperes (A), passa de um dos polos da bateria através do circuito do carro e entra na bateria pelo outro polo, fechando--se o circuito por meio do eletrólito. Como a reação química se mantém, forma-se sulfato de chumbo na superfície de ambos os eletrodos e o ácido sulfúrico converte-se em água. Quando as superfícies das duas placas ficam completamente cobertas com sulfato de chumbo, a bateria esta descarregada. Se a bateria for carregada novamente, por meio de uma corrente elé-trica apropriada, os eletrodos voltarão ao seu estado original e o ácido sulfúrico será regenerado.

DIFEREnCIaçÃO DE pRODutOAlgumas opções de mercado são compostas com adi-tivos reagentes que permitem a absorção de carga mais rápida, garantindo maior vida útil da bateria. Outras oferecem para o consumidor garantia estendi-

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da com o argumento de que ligas de cálcio reforçada alcançam até 50% mais de vida útil, maior corrente de partida durante seu acionamento, menor consumo de água e menor incidência de corrosão.

Outras ainda garantem maior capacidade de con-centração de carga, menor geração de calor e maior dissipação da energia dentro da bateria e até visor indicador de nível de carga.

Na linha de motos, são oferecidas seladas e seco--carregadas. As primeiras dispensam carga e manu-tenção de água. Já as seco-carregadas são vendidas com a solução à parte, devendo a mesma ser aplicada perto de 45 minutos antes do uso da bateria, sem necessidade de carga.

As estacionárias são bate-rias aplicadas em equipamen-tos multiuso como nobreaks, iluminação de emergência, si-nalização, sistemas de alarmes e muitos outros, enquanto as tracionárias são aplicadas em veículos elétricos e empilha-deiras, por exemplo.

Enfim, todas possuem al-gum diferencial para atrair consumidores ou uso dirigido e específico.A durabilidade de uma bateria varia de acordo com sua forma de uso. Habitualmente é pro-jetada pelas montadoras para responder bem ao dimensio-nal da capacidade de equipa-mentos e acessórios que saem de fábrica com o veículo como ar-condicionado, fa-róis, som, luzes e lanternas.

Ocorre que a grande maioria dos proprietários de veículos agregam rastreadores, alto-falantes e som com maior potência, trava elétrica, além de outros acessórios do mercado de tunning, exigindo muito mais capacidade da bateria. Aí a coisa pega, pois as baterias não suportam tanta carga por tanto tempo.

Lembrar dos equipamentos que usam a ba-teria mesmo com o veículo desligado (stand by), como equipamentos de ignição e alarmes que per-manecem continuamente ligados, assim como algumas frentes de rádios.

Segundo os especialistas, a durabilidade de uma

bateria não se mede por quilômetros rodados, mas

por tempo de uso. Em nosso clima tropical a média

de duração é de 2 a 3 anos, mas pode cair pela metade

se o dono não tiver os devidos cuidados como, por

exemplo, deixar luzes ou acessórios ligados quando

o motor estiver desligado ou dar a partida no veículo

com o farol ligado, o que também puxa carga da ba-

teria e faz diminuir sua vida útil.

A Audamec Marketing e Pesquisa Automotiva

estudou o mercado demandante de baterias auto-

motivas novas. O quadro apresentado na sequência

dá ideia do volume comercializado do produto em

nosso mercado.

DEmANDA DE BAtERiAs AutomotivAs – AFtERmARKEt(Em uNiDADEs)

segmento da frota Ampere/hora 2013 2014 2015

Automóveis De 40 a 95 7.300.000 7.800.000 8.300.000

Utilitários De 100 a 110 1.750.000 2.000.000 2.300.000

Caminhões e ônibus De 110 a 170 900.000 1.000.000 1.100.000

Motos De 25 a 27 4.500.000 4.750.000 5.000.000

Tratores De 110 a 170 185.000 195.000 205.000

total da demanda 4.635.000 15.745.000 16.905.000

Base a.a. % + 5,8 + 7,6 + 7,3

O sistema de cálculo da demanda da Audamec,

que relaciona a frota circulante de veículos com

ciclo médio de substituição, pode ser aplicado

em qualquer linha de autopeças do segmento da

reposição automotiva.

Empresas interessadas podem consultar so-

bre as bases, os critérios e as condições de forne-

cimento para estudos customizados pelo telefone

(11) 2281-1840, ou por e-mail para [email protected]. Estes estudos podem contemplar lo-

calização da demanda por item da linha da empre-

sa, por região de atuação e até por distribuidor ou

representante comercial.

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Exportar é o que importaA balança comercial de autopeças acumula déficit pelo quinto ano seguido. entenda os desafios, as vantagens e as dificuldades da exportação para a indústria brasileira

Weslei nunes e Cléa Martins

A frase “Importar é o que im-porta”, que ficou famosa em artigo escrito pelo ex-

-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, Delfim Netto, na épo-ca da ditadura militar, certamente precisaria de uma nova versão para descrever os tempos econômicos atuais. Talvez hoje faça mais sentido dizer que “Exportar é o que impor-ta”, afinal a atividade de exportação

ganhou força significativa no Brasil

nas últimas duas décadas. O País

passou a acreditar mais em sua in-

dústria e na sua capacidade compe-

titiva no mercado mundial.

A venda de autopeças para o

mercado externo nesse período, por

exemplo, teve anos considerados de

ouro, que dificilmente serão esque-

cidos pela indústria. Isso ocorreu no

período anterior à crise econômica

global de 2008, quando a balança

comercial chegou a registrar quatro anos seguidos de saldo positivo.

No período pós-crise, as ex-portações voltaram a crescer, no entanto, a balança comercial não atingiu saldo positivo desde então. Pelo contrário, já acumula déficit comercial de mais de 41%, quan-do comparados os dois primeiros meses deste ano a igual período de 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

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luiz Fernando teixeira da silva, diretor de Vendas e Exportação da Corteco

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lourenço Agnello oricchio Junior, diretor-geral da Sabó América do Norte e do Sul

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Eugenio h.l. marianno, presidente da Sogefi Filtration do Brasil

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A explicação para os resultados negativos varia bastante na opinião dos especialistas do setor. Fala-se em desvantagem cambial, forte con-corrência internacional e, principal-mente, no já conhecido custo Brasil. Porém, para os analistas mais equâ-nimes, a indústria também tem sua parcela de participação nos núme-ros finais. Isto porque muitas em-presas optam pelo mercado externo apenas quando as vendas internas não caminham muito bem.

Outro fator que desencadeou déficit preocupante para a indús-tria foi o crescimento atrativo do mercado brasileiro. Com o aumento do consumo nacional e a forte crise econômica que atinge a Europa, o País tornou-se destino certo para autopeças e automóveis produzidos em outros países, como Alemanha, China e Coréia do Sul.

Logo, contar com o recurso da exportação para ganhar forças em casa e enfrentar a concorrência das peças importadas passou a ser uma questão de sobrevivência para muitos fabricantes nacionais. Hoje, mais do que nunca se faz necessá-rio um posicionamento mundial. “A empresa precisa ter uma visão global dos seus negócios. Uma companhia que não tem esse tipo de estratégia enfrenta grandes difi-culdades de se manter competitiva no mercado”, afirma Luiz Fernando Teixeira da Silva, diretor de Vendas e Exportação da Corteco.

abRInDO aS pORtaS paRa a ExpORtaçÃOPara os executivos do setor, é preci-so abrir as portas para novos merca-dos, mesmo que essa não seja uma tarefa fácil, já que exige estratégia e investimento. “Um mercado nunca é igual ao outro, sempre existem par-ticularidades locais que exigem uma

adaptação da empresa exportadora e isso faz com que a empresa precise estudar detalhadamente onde é me-lhor investir e atuar, para não perder lá na frente”, explica Silva.

Segundo o executivo da Corteco, a diferença entre os mercados co-meça com a variedade dos veículos existentes. “O Chile, por exemplo, tem a terceira frota mais diversifi-cada do mundo e é um dos países que mais recebe autopeças brasilei-ras”, conta. Segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), o Chile é o sétimo maior comprador do Brasil.

Para Lourenço Agnello Oricchio Junior, diretor-geral da Sabó América do Norte e do Sul, “quem exporta está um passo a frente da concor-rência”. Segundo o executivo, a fa-bricante brasileira de sistemas de vedação contabilizou faturamento de US$ 220 milhões no Brasil, sendo US$ 30 milhões oriundos da ativida-de de exportação.

A marca precisou superar muitos desafios para se posicionar global-mente. “As taxas cambiais estive-ram desfavoráveis durante muito tempo e agora ainda não são as ideais. Os investimentos na indús-tria nacional por parte do governo são muito recentes. A Coréia do Sul sempre investiu em suas empresas, a Alemanha também, já o Brasil começa a se mexer agora. Por isso estávamos sempre em desvanta-gem em relação a essas indústrias no mercado internacional. Porém, isso começou a ser minimizado com a valorização e o avanço das nossas empresas”, conta.

Outra empresa que se sobres-saiu em meio aos desafios quando abriu suas portas para a exportação foi a fabricante de filtros Sogefi, que tem entre 8% e 10% de seu fatura-

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mento proveniente da exportação. “Precisamos superar principalmente os custos brasileiros, por exemplo, com matéria-prima e logística. E fizemos isso investindo em nossas fábricas e criando estratégias lo-gísticas e administrativas”, conta Eugenio H.L Marianno, presidente da Sogefi Filtration do Brasil. Ao todo, os investimentos gerais da empresa somaram R$ 18 milhões nos últimos três anos.

bRaSIl: pOntO DE paRtIDa paRa a aMéRICa DO SulO responsável pelas exportações da Corteco não acredita que exportar para a América do Sul seja mais fácil do que para outros mercados, como o europeu, por exemplo. Mas ele vê alguns pontos a serem considerados por quem vai iniciar apostar nos vizi-nhos latino-americanos. Isto porque alguns custos, como o logístico, po-dem ser menores para esses países, além do fator de haver benefícios, principalmente tributários, para os integrantes do Mercosul (Mercado Comum do Sul). “O que conta de

verdade é a frota que se vai atender.

Geralmente uma empresa que está

começando a exportar atende ape-

nas veículos que também integram

a frota brasileira [devido ao alto

custo de desenvolvimento de pro-

dutos exclusivos para exportação],

com isso, é importante investir em

países onde a empresa vai conseguir

atender o maior número de veículos

da frota local, independentemente

se isso acontece na América do

Sul ou na Europa. Sabemos que a

Argentina, por exemplo, tem qua-

se 30% de modelos comuns com o

Brasil, esse pode ser um mercado

forte para qualquer empresa. Por

outro lado, companhias já conso-

lidadas no mercado internacional,

como a Corteco, não têm dificul-

dade em fornecer os mais diversos

produtos, devido ao seu poder de

desenvolvimento de produtos glo-

bais”, explica.

RElaçõES CORtaDaSO mercado argentino, citado por

Silva como um dos mais atraentes

DEstiNo DAs EXpoRtAçÕEs

Ranking país 2000 (%) 2011 (%) 2012 (%)variação (%)2012/2000

1 Argentina 797.625.471 20,8 4.343.190.139 39,0 3.780.812.266 36,1 474,0

2 Estados Unidos 1.313.929.278 34,3 1.526.936.552 13,7 1.467.786.585 14,0 111,7

3 México 335.235.391 8,8 1.006.537.549 9,0 1.003.606.330 9,6 299,4

4 Alemanha 338.817.632 8,8 879.500.569 7,9 848.166.445 8,1 250,3

5 Venezuela 73.289.474 1,9 388.697.061 3,5 356.377.093 3,4 486,3

6 Países Baixos (Holanda) 10.525.002 0,3 250.332.602 2,3 329.945.897 3,2 3.134,9

7 Chile 77.755.512 2,0 260.645.679 2,3 266.003.160 2,5 342,1

8 Colômbia 27.262.003 0,7 178.150.032 1,6 217.112.806 2,1 796,4

9 África do Sul 39.321.069 1,0 205.728.447 1,8 198.486.566 1,9 504,8

10 China 18.088.425 0,5 144.196.943 1,3 152.470.172 1,5 842,9

para empresas nacionais, é o que mais recebe exportações brasilei-ras. No ano passado, as vendas para os hermanos somaram mais de US$ 3,7 bilhões. No entanto, a relação comercial entre os países não é nada amistosa atualmente. Essa crise considerada política/co-mercial entre as maiores economias do Mercosul tem causado entraves nas transações.

A Mercado Automotivo apurou que, no final de abril, uma reunião do Sindipeças com representantes argentinos e brasileiros foi realiza-da a fim de que se chegasse a um consenso entre as partes. Contudo, o impasse não foi resolvido.

Rubens Campos, representan-te do Sindipeças e vice-presidente sênior do Aftermarket Automotivo Schaeffler América do Sul, disse que o setor tem buscado uma so-lução para o impasse entre Brasil e Argentina e que as exportações têm crescido e mercados, como o norte-americano, estão ganhando cada vez mais significância para a indústria nacional.

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BAlANçA ComERCiAl

Ano Exportação % importação % Resultado (us$)

2003 4.813.878.819 23,2 4.399.403.117 8,5 414.475.702

2004 6.084.701.245 26,4 5.687.165.291 29,3 397.535.954

2005 7.521.871.732 23,6 6.752.284.337 18,7 769.587.395

2006 8.841.556.750 17,5 6.973.393.758 3,3 1.868.162.992

2007 9.282.008.340 5,0 9.434.259.235 35,3 -152.250.895

2008 10.211.124.211 10,0 12.913.507.183 36,9 -2.702.382.972

2009 6.735.187.245 -34,0 9.121.860.918 -29,4 -2.386.673.673

2010 9.590.663.705 42,4 13.147.191.417 44,1 -3.556.527.712

2011 11.124.459.592 16,0 15.773.736.499 20,0 -4.649.276.907

2012 10.471.292.734 -5,9 16.258.722.111 3,1 -5.787.429.377

“Esperamos que o impasse com a Argentina se resolva o quanto an-tes, afinal esse ainda é o nosso maior comprador.”

nOVOS ClIEntESCom as relações desgastadas entre Brasil e Argentina, novos parceiros co-merciais começam a ganhar forças, como o México, por exemplo. A Honeywell, fa-bricante de turbos, tem conseguido se fortalecer em outros países mesmo em meio a dificuldades comerciais e políti-cas atuais que assombram o Mercosul.

A empresa lançou recentemente uma linha de produtos para o mercado de caminhões e ônibus e mantém market share de até 10% em alguns países fora do bloco, como Chile e México. “Temos conseguido ultrapassar barreiras, como as certificações específicas de cada país, e firmado nossa bandeira. O México é um cliente em potencial que estreita cada vez mais suas relações com o Brasil e é um ótimo caminho para as empre-sas que estão iniciando suas operações de exportação”, diz Claudinei Martins, gerente de Vendas para o Aftermarket da Honeywell.

VantagEnS E DESVantagEnS atuaISExportar fortalece a empresa. A indús-tria contemporânea entendeu isso e ganhou vantagens com a globalização. Entretanto, mesmo em tempos moder-nos, o investimento é indispensável, seja na ampliação da linha de produção ou na adaptação e certificação do produ-to no mercado de destino. Além disso, há ainda outros custos relativos ao pro-cesso normal de exportação, como des-pacho aduaneiro, despesas portuárias, bancárias e, ocasionalmente, com em-balagem especial, despesas consulares, registro do produto no mercado-alvo e comissão de representante.

A principal vantagem está nos incen-tivos fiscais para as empresas exportado-ras, que se beneficia com não recolhimen-to do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e alíquota zero de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações de cré-dito, câmbio e seguros.

Rubens Campos, vice-presidente sênior do Aftermarket Automotivo schaeffler América do sul

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Claudinei martins, gerente de Vendas para o Aftermarket da Honeywell

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pará e piauí

Sérgio Duque

os Estados do Pará e Piauí juntos cobrem a ex-tensão territorial de 1.499.218,7 km2, equivalente a 17% aproximadamente de todo o Brasil, com

população residente estimada em 10,3 milhões de pes-soas em 368 municípios, onde circulam cerca de 667 mil veículos e que resulta em índice de 15,4 habitantes por veículo, um dos mais deficientes do País.

No Pará a concentração da atividade econômica está no extrativismo mineral (ferro, manganês e bauxita), en-quanto o Piauí tem sua maior receita na dependência das atividades agropecuárias.

São Estados carentes de melhor infraestrutura rodo-viária, possuindo apenas 8% de estradas pavimentadas em relação à sua malha total. No País a malha rodoviária é de 1,71 milhão de km de extensão, sendo 219,1 mil km de estradas pavimentadas, equivalente a 12%.

Segundo estudos da CNT (Confederação Nacional de Transportes) em seu Relatório de Pesquisa Nacional de

Rodovias 2012, dos 12.587 km de estradas pavimentadas existentes nesses Estados, apenas 5,1% das estradas estão em ótimo estado de conservação, sendo que 21,7% encontram-se em bom estado, 49,9% em estado regular, 11,9% ruim e 11,4% péssimo.

Para 2013, estima-se que serão movimentados R$ 3,1 bilhões na cadeia de distribuição automotiva dentro desses Estados.

No site www.audamec.com.br podem ser obtidas in-formações mais abrangentes sobre este estudo, compre-endendo análises por Estado da federação, por regiões nos Estados ou individualizadas para 5.800 municípios brasileiros. É possível também consultar a frota no País e em cada um dos municípios por modelo de veícu-lo. Para ter acesso a outras informações ligue para (11) 2281-1840. O site é um serviço de informações tendo como clientes fabricantes e distribuidores do setor de autopeças.

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GEomARKEtiNG Automotivo:

EstADo Em REFERÊNCiA pA-pi índice potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%)

População 10.284.947 Abaetetuba-PA 0,12 Santarém-PA 0,36

PIB estimado 2013 US$ 32,1 bi Ananindeua-PA 0,13 Parnaíba-PI 0,09

Nº Veículos 667.276 Belém-PA 1,54 Picos-PI 0,26

Automóveis 354.988 Castanhal-PA 0,12 S. Raimundo Nonato-PI 0,16

Comerciais Leves 97.996 Marabá-PA 0,57 Teresina-PI 0,54

Caminhões 43.581 Soma dos índices 3,89%

Ônibus 14.644 Nº EstimADo DE poNtos DE vENDAs E CoNsumo DE AutopEçAs

Tratores 13.987 Lojas de Varejo 209 Postos de Combustíveis 696

Motos 595.049 Centros Automotivos 66 Concessionárias 55

Habitantes por Veículo 15,4 Retíficas 12 Frotistas 452

Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br).

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ICMS Interestadual de 4% para Mercadorias Importadas

Kethiley Fioravante e Marcela bragaia

o Senado Federal, em 26 de abril de 2012, editou a Resolução nº 13 visando a acabar ou minimizar os efeitos da famigerada “guerra dos portos”,

pela qual alguns Estados instituíam incentivos fiscais no tocante ao ICMS incidentes nas importações e nas operações interestaduais com mercadorias importadas, sem que tal incentivo fosse aprovado de forma unânime pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Estabeleceu-se, assim, a partir de 1º de janeiro de 2013, a aplicação da alíquota de 4% para todas as opera-ções interestaduais com bens e mercadorias importados que, após o desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou, ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, be-neficiamento, montagem, acondicionamento, reacondi-cionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%.

Nesse passo, objetivando regulamentar e conferir eficácia à medida, o Confaz celebrou o Ajuste Sinief nº

19, de 7 de novembro de 2012, pelo qual instituiu uma série de obrigações acessórias para os contribuintes, dentre elas (i) a exigência de preenchimento e envio das Fichas de Conteúdo de Importação e (ii) a obrigatorie-dade de informar o valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e de venda/revenda da mercadoria ou bem importado, ainda que submetido a processo de industrialização.

Ressalta-se que, no Estado de São Paulo, os proce-dimentos a serem observados na aplicação da alíquota de 4% do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior estão expressos na Portaria CAT nº 174, de 28 de dezembro de 2012, a qual estabelece, além das obrigações acessórias fixadas no Ajuste Sinief nº 19, o dever de informar, inclusive nas operações internas, o valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e.

Ocorre que a divulgação do valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e possibilita a verificação, por qualquer pessoa, de dados financeiros muitas vezes guardados em sigilo na operação comer-

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Kethiley Fioravante e marcela Bragaia são advogadas do escritório Baraldi e Bonassi Advocacia Empresarial, destacado pelo quarto ano consecutivo no anuário Análise Advocacia 500 como um dos escritórios mais admirados do Brasil. Para mais informações, acesse: www.baraldibonassi.adv.br

cial, implicando, assim, restrição a direitos fundamen-tais dos contribuintes, como a isonomia, a livre iniciativa e a livre concorrência. Na prática, a divulgação dessas informações poderá causar sérios desentendimentos nas relações comerciais.

Nessa esteira, os contribuintes prejudicados pela divulgação do valor da importação e do percentual de conteúdo importado na NF-e poderão se socorrer do Judiciário para obter provimento que os desonerem des-tas obrigações, de modo a preservar o sigilo comercial e a manter a fluidez de seus negócios.

Vale destacar, por outro lado, que a falta de cumpri-mento destas obrigações, sem o respaldo de decisão judicial, poderá expor os contribuintes a autuações fis-cais e à aplicação de multa tributária na ordem de 1% do valor da operação realizada, nos termos do artigo 527, inciso IV, alínea “h” do RICMS/SP.

Por fim, destaca-se que a aplicação da alíquota de ICMS de 4% nas operações interestaduais abrangidas pela Resolução nº 13 do Senado Federal está em vigor desde 1º de janeiro de 2013, bem como a divulgação do valor da importação e do percentual de conteúdo impor-tado na NF-e, independentemente se a mercadoria ou

o bem foi (ou não) submetido a processo de industria-lização. Por sua vez, o prazo para o preenchimento e a entrega da Ficha de Conteúdo de Importação iniciou-se em 1º de maio de 2013 e está regulamentado pelo Ato Cotepe nº 61/2012.

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longino morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil.

a velha arma de fidelização

Weslei nunes

Ciente da poderosa arma que é a fidelização de clientes para quem disputa o mercado de duas rodas, a Harley-Davidson lançou um

cartão de crédito exclusivo, com o intuito de forta-lecer suas relações com os consumidores brasilei-ros. “A oferta do cartão é mais uma oportunidade criada pela companhia para que, tanto o proprietá-rio de motocicleta como o fã, tenha mais uma forma de interagir com a Harley-Davidson”, diz Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil.

O cartão coloca em vantagem as lojas autori-zadas da marca, que somam 14 estabelecimentos espalhados pelo País, em relação às motopeças independentes. Isto porque o produto oferece be-nefícios exclusivos para quem compra na rede de

A fim de ampliar o relacionamento com os clientes e dar vantagens à sua rede autorizada, Harley-Davidson lança cartão de crédito exclusivo da marca

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concessionárias da Harley-Davidson, como, por exemplo, o Programa de Recompensas, que acu-mula pontos nas compras que podem ser trocados por descontos na aquisição de peças, acessórios e também na compra de motocicletas zero quilô-metro. Outro destaque do programa é a vantagem de que a cada dólar gasto com o cartão em uma concessionária, o cliente acumula dois pontos no Programa de Fidelidade, que também resulta em prêmios e benefícios. “O desenvolvimento do car-tão é um diferencial competitivo no mercado e um grande passo para as operações brasileiras”, afirma Morawski. O Brasil é o primeiro país do mundo, além dos Estados Unidos, a oferecer o produto.

Disponível para o público em geral em duas ca-tegorias – Gold e Platinum –, o cartão é fruto de uma parceria com o Banco Bradesco, que projeta a venda de aproximadamente 25 mil cartões por ano. Nos Estados Unidos, onde o produto já é ofe-

recido há 20 anos, foram comercializados mais de 500 mil cartões.

Por aqui, a bandeira será Visa, uma das mais conhecidas e aceitas do mercado nacional, o que pode ser considerado mais um ponto positivo. O ponto negativo é a alta taxa de anuidade, que é de R$ 324 para os cartões Gold e R$ 450 para Platinum. Cartões adicionais têm anuidade de R$ 162 e R$ 225 e as taxas de juros são de 6,9% e 6,8% ao mês, respectivamente.

A Harley-Davidson se prepara para mais dois momentos especiais ainda este ano. O primeiro é a comemoração dos 110 anos de existência da marca, quando a montadora lançará uma edição comemorativa especial do cartão. A outra novidade será a abertura de mais uma concessionária, que deve ser uma das maiores lojas da marca no País, localizada na cidade de Salvador (BA).

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Saiba como sua oficina pode obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade

parceria com o Sebrae-SP (Escritório Capital Oeste), o Sindirepa-SP lançou, no 1º Congresso Nacional da Reparação de Veículos, o Selo Sindirepa de

Sustentabilidade (SSS), que será implantado de forma gradativa em oficinas associadas à entidade que estão localizadas na capital paulista, depois Grande São Paulo, Estado de São Paulo e Brasil por meio do Sindirepa Nacional. O projeto tem como objetivo oferecer recursos para que as empresas sejam mais produtivas, compe-titivas, além de adotar práticas ambientais. Para isso, um consultor credenciado pelo Programa Sebraetec de Consultoria Tecnológica visitará as empresas associadas para analisá-las, de acordo com critérios preestabele-cidos para o setor de reparação de veículos. Após essa visita, o empresário recebe uma avaliação e o roteiro de-talhado para tornar sustentável a gestão de sua empresa.

Em até três anos, as empresas participantes po-derão atingir o grau máximo de gestão sustentável. Entretanto, a oficina poderá obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade já nos primeiros meses se, após ve-rificação da entidade, houver comprovação de que os critérios de sustentabilidade relativos ao primeiro ano de planejamento foram cumpridos.

A obtenção do SSS pela empresa está condiciona-da à sua adequação às conformidades relativas aos critérios expressos pela Análise & Planejamento para

Sustentabilidade (A&PS) elaborada pelo Sebrae que con-templa 60 critérios distribuídos por três temas respecti-vamente, sendo 17 sobre legalidade, 21 sobre eficiência e 22 sobre excelência.

De acordo com a quantidade mínima de conformi-dades alcançadas em cada tema, a empresa pode ser enquadrada em uma das três fases do SSS, conforme demonstrado na tabela a seguir:

tEmAsFAsEs

I II III

Legalidade 12 14 17

Eficiência 11 17 19

Excelência 11 18 20

Para obter mais informações e saber como partici-par, os empresários devem entrar em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594-1010. A oficina deve ser associada à entidade, caso não seja, deve efetuar o processo para associação e só depois deve solicitar a ins-crição no programa Selo Sindirepa de Sustentabilidade. O Sindirepa-SP encaminhará ao Escritório do Sebrae-SP os dados de contato da empresa.

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Certificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças: oportunidade de evolução constante

José palacio

No mundo dos negócios evoluir é uma questão de sobrevivência. Sempre que sou convidado a ministrar uma palestra, inicio com a seguinte

pergunta: “Daqui a cinco anos, onde você e sua empre-sa querem estar?” Faço isso de propósito, para que os participantes imaginem o futuro que querem para eles.

É justamente assim que a evolução começa. Com um pensamento. A partir disso, cabe a cada um trabalhar de forma tal a atingir esse objetivo. Quando o assunto é oficina de reparação automotiva ou varejo e distribui-ção de autopeças, nós, do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), podemos ajudar a todos que imaginaram um estabelecimento altamente produtivo e rentável, com o mínimo de desperdício e retrabalho.

A certificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças é uma oportunidade de evolução constante, uma vez que permite ao proprietário total controle e gerenciamento do negócio, por meio de auditorias re-alizadas por especialistas no aftermarket e reparação automotiva. Ainda mais agora que desenvolvemos um novo sistema de check list, em que são avaliados mais de 120 itens, distribuídos em 11 categorias.

Dentro de cada uma dessas categorias há itens de atendimento obrigatório, que, uma vez atingidos, per-mitem à empresa obter o certificado de qualidade. Fato curioso é que este é apenas o começo da evolução, e não o final, pois a cada recertificação, que deve ser feita a cada dois anos, a empresa deve atender mais itens do

que na certificação anterior, e por isso dizemos que a certificação é um processo de evolução contínua.

O sentido disso é simples: a cada momento, novas tecnologias são desenvolvidas, assim como novas téc-nicas de trabalho e, para uma empresa ser certificada, é preciso estar sempre na vanguarda. Este é o segredo da longevidade do negócio, pois dificilmente haverá crise instransponível para quem está sempre na frente.

A certificação é, assim, uma ferramenta que mede o desempenho da empresa, em todos os departamentos que possui, do começo ao fim do processo de atendi-mento ao cliente e que exige dos empresários e colabo-radores total comprometimento com os objetivos, que são aqueles traçados no início deste texto. Afinal, onde você e sua empresa querem estar daqui a cinco anos?

O IQA-Instituto da Qualidade Automotiva (www.iqa.org.br) é um organismo de certificação sem fins lucrativos, criado por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. Parceiro de organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro, o IQA atua em Certificação de Serviços Automotivos, de Produtos, de Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos.

José Palacio é coordenador de Serviços Automotivos do IQA-Instituto da Qualidade Automotiva

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KnORR-bREMSE InauguRa nOVa FÁbRICa

a Knorr-Bremse inaugurou dia 17 de abril uma nova fábrica em Itupeva, SP, considerada por seus executivos como

“state-of-the-art”!O grupo, sediado em Munique, na Alemanha, conta mais

de 100 anos de experiência em tecnologia de frenagem tanto para veículos ferroviários quanto para rodoviários, e já tem tradição no Brasil, onde chegou em 1977.

A nova fábrica, que consumiu R$100 milhões, esta locali-zada em uma área de 153 mil m², com 31.500 m² construídos. Além disso, recebeu R$ 11 milhões em equipamentos, tor-

nando-se apta a crescer conforme a demanda de mercado, hoje altamente impulsionado pelos atuais investimentos e expansões da malha ferroviária brasileira.

Responsáveis por cerca de 4% do faturamento do grupo, a fábrica brasileira, que também é a responsável por atender a demanda dos mercados da América Latina, exportando cerca de 10% de sua produção, acredita em um aumento bra-sileiro na participação global, principalmente pelo potencial de desenvolvimento econômico do País quando comparado às expectativas de crescimento dos países europeus.

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VOlVO VM COMplEta 10 anOS

O caminhão VM da Volvo está completando 10 anos des-de que foi lançado em Gramado, no Rio Grande do

Sul, inaugurando um novo período na operação brasileira do Grupo Volvo, até então uma montadora que produzia apenas caminhões pesados. “Uma década depois, o VM é um sucesso no Brasil e na América Latina e, atualmente, já atin-ge cerca de 40% das vendas totais da Volvo no País”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de Caminhões no Brasil do Grupo Volvo América Latina.

A linha VM inaugurou neste segmento o conceito de veículos com cabine mais confortável e motores com po-tências maiores, além de atributos de segurança e diferentes opcionais. Atualmente a linha VM está em sua 3ª geração.

Segundo a montadora, ao ser lançado no mercado em 2003, o VM era o único caminhão brasileiro em sua classe a ter coluna de direção ajustável, prancheta incorporada ao

volante, sistema de basculamento hidráulico da cabine, além de opcionais importantes, como imobilizador, climatizador e caixa de câmbio de 9 marchas, além de freios a disco dian-teiros, entre outros itens de conforto e segurança.

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DayCO EM nOVa EMbalagEM

Com o objetivo de padronizar mundialmente a comuni-cação visual da marca, os produtos da Dayco, tradicional

fabricante de correias, tensionadores, polias, cabos de ignição e kits de distribuição, ganharam novas embalagens no Brasil e em toda a América Latina.

O novo layout faz parte da estratégia mundial do grupo para a padronização da comunicação visual em todos os mercados em que atua.

Com o novo layout, as embalagens estão com uma iden-tidade visual que será facilmente reconhecida nas prateleiras do varejo.

As tradicionais cores azul e branco informam sobre os produtos – em português e espanhol –, além de fornecer orientações sobre as respectivas aplicações.

Para assegurar a procedência e a originalidade, as caixas possuem exclusivo “Selo Fidelidade Mecânico” e o endereço dos países de origem.

MaIS CaRRO ElétRICO, MaIS CIDaDES IntElIgEntES

Mercado de veículo elétrico evoluiu e pode tornar nos-sas cidades mais inteligentes

O Brasil ocupa hoje uma das mais destacadas posições em relação à preocupação com a “pegada ambiental” – o impacto que toda ação humana deixa no planeta.

Entretanto, a diferença entre a preocupação e as ações tomadas para a preservação do meio ambiente ainda é muito grande.

Se levarmos em conta que os meios de transporte hoje são responsáveis por aproximadamente 25% da demanda mundial de energia e que ao mesmo tempo contribuem em igual porcentagem pela emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, percebe-se claramente que as ações que deveriam estar sendo tomadas para minimizar a demanda de energia e a redução da poluição vindas deste setor ainda são muito tímidas.

Face à pouca oferta de artigos mais econômicos e menos poluentes, chamados “verdes”, o público consumidor pode apenas opinar e desejar por eles, pois a adoção da tecnologia necessária à produção de produtos mais “limpos” ainda é cara e demanda altos investimentos em infraestrutura de recarga, por exemplo, dependentes de vontade política, além, claro, das dificuldades técnicas.

Segundo João Carlos Aderaldo, vice-presidente da Unidade de Negócios Partner da Schneider Electric do Brasil, “enquanto há somente 70 unidades de carros elétricos em circulação em todo o País, a frota motorizada aumentou cerca de 77% nos últimos dez anos nas 12 das principais

metrópoles brasileiras. Esse quadro preocupa ainda mais quando lembramos que a demanda de energia deve dobrar até 2050, enquanto as emissões de dióxido de carbono pre-cisam cair pela metade”.

Os veículos elétricos mais econômicos, e ambientalmen-te mais amigáveis do que os tradicionais, oferecem uma al-ternativa promissora para o setor de transportes do futuro.

Para o sucesso deste segmento, será necessário investir ainda mais na estabilidade do sistema e na diminuição de custos com energia.

Aderaldo informa também que até 2015 cerca de 2,7 milhões de veículos elétricos ganharão as ruas no mundo todo. Um mercado promissor!

Tudo indica que, além de políticas e incentivos públicos, falta hoje informação ao consumidor, que certamente tem interesse em tornar a mobilidade urbana das nossas me-trópoles mais inteligente e sustentável, o que contribuirá significativamente para a qualidade de vida dos cidadãos.

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VInHEDO ganHa nOVa planta Da OMROn

a Omron Componentes Automotivos inaugurou dia 24 de maio sua nova

planta industrial na cidade de Vinhedo, no interior paulista.

A nova fábrica, que recebeu investi-mentos de R$ 21 milhões, tem 7 mil m² de área construída, num terreno de 14 mil m², 400 colaboradores e capacidade produtiva de 13,7 milhões de componentes automo-tivos/ano, e continuará a produzir na nova planta toda a linha de eletrônica embarca-da, interruptores e controladores de ar-condicionado, em substituição à fabrica localizada em Itapevi, desativada em dezembro de 2012.

“A inauguração da nova fábrica de Vinhedo é um marco muito importante, uma vez que alinha a subsidiária brasi-leira com o padrão mundial da Omron. A nova unidade de Vinhedo espelha o modelo das demais plantas da Omron ao redor do mundo e nos habilita a fornecer produtos da mais alta qualidade e tecnologia para todos os grandes clientes do setor automotivo”, diz Carlos Storniolo, diretor geral da Omron Componentes Automotivos no Brasil.

produtos e AplicaçõesDentre os produtos produzidos pela Omron estão painel

de comando de ar, produtos de radiofrequência, inter-

ruptor levanta vidros, interruptor trava porta, interrup-tores de painel, comando de rádio, comando de espelho elétrico, conjunto porta-interruptores, interruptor de emergência e módulos eletrônicos.

Pertencente ao Grupo Omron, multinacional japonesa com sede em Kyoto, atuante em diversos segmentos e com faturamento global na ordem de US$ 7,8 bilhões/ano, a sub-sidiária brasileira já esporta para Argentina, África do Sul e Turquia no modelo Global Source e prepara-se para ingressar em breve em outros mercados.

A estratégia da empresa é de triplicar, até 2020, o fa-turamento da empresa quando deverá atingir R$ 220 mi-lhões, diversificando a base de clientes, introduzindo no-vas tecnologias e produtos e expandindo a atuação na América Latina.

Man latIn aMERICa COMpõE pRIMEIRO bOaRD IntERnaCIOnal

O brasileiro Roberto Cortes será o novo presidente e CEO da MAN Truck & Bus Mexico, companhia da MAN

Latin America, responsável pela fabricação, importação e comercialização dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN no México.

O board da MAN Truck & Bus Mexico é composto por dois novos executivos vice-presidentes que atuam no Conselho de Administração.

Também fazem parte desse grupo os executivos mexica-nos Eric Merckel, diretor-geral da MAN Truck & Bus Mexico; Ricardo Melésio, novo diretor Comercial responsável pelas áreas de Vendas, Marketing e Pós-Vendas; e Abelardo Tinoco, que assumiu recentemente a posição de diretor Financeiro da companhia. Ainda dentro do primeiro board internacio-

nal, o executivo Miguel Vallejo assume as responsabilidades de Manufatura da montadora no México.

Os vice-presidentes e board members da MAN Latin America Marcos Forgioni (Vendas e Marketing Internacional) e Helmut Huemmerich (Finanças) atuam como conselheiros em suas respectivas áreas.

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