27
CONCLUSÃO “One needed to know one’s object because knowing one’s object was tantamount to disarming it. Stealing the object’s mystery was like stealing Jupiter’s thunder. A known object would not put up any more resistance; or at least one could anticipate such resistance as the object may put up, take the necessary precautions and pre-empt its impact. (…) Action is coercive if and when in pursuing its objectives it takes no account of its object’s ‘natural tendencies’. (…) And it is up to the bystanders struggling to transform themselves into actors to provide the answer to that question; to be that answer.” (Bauman, 2002, pp. 1, 2 e 221)

CONCLUSÃO - repositorium.sdum.uminho.pt · interpretar a acção social, ... e bastará pensar em todas as dimensões do modelo estratificado do agente social tal como o concebe

Embed Size (px)

Citation preview

CONCLUSÃO

“One needed to know one’s object because knowing one’s object was tantamount to disarming it. Stealing the object’s mystery was like stealing Jupiter’s thunder. A known object would not put up any more resistance; or at least one could anticipate such resistance as the object may put up, take the necessary precautions and pre-empt its impact. (…) Action is coercive if and when in pursuing its objectives it takes no account of its object’s ‘natural tendencies’. (…) And it is up to the bystanders struggling to transform themselves into actors to provide the answer to that question; to be that answer.” (Bauman, 2002, pp. 1, 2 e 221)

272

Criticado auto e heteronomamente, escrito e inscrito num contexto e num tempo de

produção particulares, desafiando um percurso investigativo que seria mais óbvio, tirando do baú algumas propostas teóricas e epistemológicas que se nos apresentaram com um elevado grau de pureza, problematizando a priori alguns aspectos condicionantes da análise da organizacção, construindo um quadro analítico-conceptual que integrasse o carácter multinível da estruturação da gramática de regras da organização escolar e os dois planos analíticos, o plano das orientações para a acção e o plano da acção, reconhecendo, por questões ligadas à economia deste trabalho, a exiguidade desta análise, damos, nestas condições, por concluído este trabalho de investigação.

Precedem esta conclusão os cinco capítulos deste trabalho de investigação e talvez seja pertinente revisitá-los para retomar as ideias principais de cada um. Condensadamente, do capítulo 1 destacamos os conceitos gémeos de dualidade da estrutura e estruturação para interpretar a acção social, designadamente no âmbito deste trabalho a acção organizacional, sem esquecer a inscrição espaço-temporal da mesma. Estes conceitos para além de tautologizarem as acepções sociológicas tradicionais díspares de estrutura e agência, que são ressemantizadas na TE, dão conta de um processo de estruturação dinâmico e aberto produto da acção de agentes competentes, transformadores e reflexivos. No capítulo 2 pretendemos ensaiar a ideia de que estes conceitos são oportunos quando focalizamos o estudo da organização escolar a partir da organizacção e nesta linha de raciocínio o modo

de funcionamento díptico da organização escolar assume, do nosso ponto de vista, os conceitos de estruturação e dualidade da estrutura enquanto modelo de análise da escola como organização. Este modelo é uma síntese de perspectivas historicamente polarizadas na análise das organizações escolares cujos conceitos, apesar de se moverem singularmente, ganham uma consistente potencialidade heurística na interpretação da complexidade de locales de estruturação se articulados. O capítulo 3 avança a partir deste pressuposto para a configuração de uma proposta de análise de uma dimensão organizacional que, como dissemos, é transversal a diferentes paradigmas – as regras da organização escolar, ou melhor, os vários regimes de regras, extra e intraorganizacionais, que concorrem para uma gramática de regras da organização escolar. Neste capítulo propomos dois esquemas ou ferramentas analítico-conceptuais para a análise desta problemática da organização escolar. O primeiro, a noção de estruturação em continuum díptico: os conceitos de estruturação

273

supra-organizacional, discriminando estruturação supra-organizacional de alta intensidade e estruturação supra-organizacional de baixa intensidade, e de estruturação organizacional

escolar, discriminando estruturação organizacional escolar de alta intensidade e estruturação

organizacional escolar de baixa intensidade. O segundo, um compósito interpretativo multinível ou uma tipologia da gramática de regras da organização escolar. Foram estes os intrumentos analítico-conceptuais que nos permitiram uma aproximação a um locale de estruturação onde realizámos o estudo empírico, indirectamente no capítulo 4 e directamente no capítulo 5. O capítulo 4 pretende ser um regresso intencional e selectivo ao passado para ler diacronicamente o processo de estruturação supra-organizacional da gramática de regras

da organização escolar no que respeita à administração e gestão das escolas e emoldurar o estudo sincrónico que fizemos num agrupamento de escolas e que explicitámos no último capítulo. Desta análise a conclusão é, no mínimo, sugestiva porque, excepcionalizando o período entre 1974 e 1976, a estruturação supra-organizacional da gramática de regras foi uma estruturação supra-organizacional de alta intensidade e a estruturação organizacional

escolar da gramática de regras foi gradativamente avançando para uma estruturação

organizacional escolar de baixa intensidade. É o capítulo 5 que ao fazer emergir os dados, cuja colecção resultou das opções metodológicas e dos instrumentos de pesquisa que considerámos adequados à nossa problemática, nomeadamente a análise documental, a participação observadora, que já explicitámos, e o inquérito por entrevista ao serviço de um estudo de caso qualitativo como estratégia do nosso estudo empírico, e, ao formatá-los a um quadro analítico-conceptual, possibilita uma mesoanálise intensiva, descritiva e interpretativa.

A plataforma do nosso estudo foi a metáfora-mãe da escola como organização. O agrupamento de escolas como nova unidade organizacional do sistema educativo não pôs em causa este ponto de partida, mas poderia ter posto porque de um determinado ponto de vista o agrupamento de escolas pode ser uma não-organização. Porém, o Æ como organização é algo de que os actores, em geral, não têm consciência, mas por maioria de razão os professores da escola-sede, cuja rotina continuou praticamente inalterada. Só quem esteve envolvido na elaboração do PE, do PAA e do RI, os membros do conselho pedagógico e o conselho executivo têm a consciência do Æ enquanto nova unidade organizacional com ténues expectativas positivas. As potencialidades da lógica vertical esvaem-se no plano da

acção. A articulação manifesta no plano da acção tem sido a articulação entre os professores do mesmo ano do 1º ciclo o que pode ser interpretado como um elogio da lógica horizontal.

274

Delineiam-se, deste modo, as duas estratégias de resistência apontadas por Collinson (1994): a resistência pelo distanciamento, no caso dos professores da EB 2, 3, e a resistência

pela persistência, no caso dos professores do 1º ciclo. A resistência pelo distanciamento é também a estratégia organizacional dominante quer em relação ao regime de autonomia, administração e gestão das escolas, quer em relação ao PE como documento político do Æ e ao PAA como resultado de uma lógica vertical de aglomeração de actividades. Com o RI a relação é ambígua porque ignoram-no quotidianamente, mas respeitam-no numa lógica burocrático-hierárquica.

A tipologia da gramática de regras, que apresentamos no capítulo 3 em potencial e no capítulo 5 praxiologicamente, “bate certo” a posteriori porque a nossa idealização teórica apriorística foi, entretanto, depurada e expurgada de alguns exageros valorativos e minuciosos. Esta confissão expressa, de alguma forma, a dialéctica geradora entre a ars

inveniendi e a ars probandis ou “os retoques sucessivos”, como dizia Bourdieu, e uma investigação em estruturação de que não só a tipologia da gramática de regras mas também o que designámos por estruturação em continuum díptico são testemunho. Se estas propostas analítico-conceptuais têm consistência para dar conta de uma complexa e sincrética realidade sincrónica da organização escolar não sabemos, mas que foram idealizados para isso podemos afirmá-lo.

Houve categorias de análise, que estavam definidas a priori pela construção do quadro analítico-conceptual, mas que foram, no entanto, desafiadas e afinadas pela leitura dos dados, nomeadamente, a consideração de uma estruturação multinível pela dificuldade de definir as fronteiras da organização escolar e a afinação da tipologia da gramática de

regras, mas outras houve que lhes foram acrescentadas e que podemos designar como categorias emergentes, como, por exemplo, a análise e a referência à recepção desta medida de reconfiguração da administração do sistema educativo. A latente conflitualidade interna do Æ entre escola-sede e escolas do 1º ciclo, já que a educação pré-escolar é tida como um nível dócil que aceitou as mudanças sem levantar grande objecção, foi uma realidade emergente que ao contaminar todos os dados recolhidos não podia ser ignorada na nossa análise. Nunca antecipámos que as posições estivessem tão vincadas e extremadas.

As categorias da tipologia da gramática de regras apareceram sempre no plural, caberia perguntar porquê se a cada tipo de mesorregras só foi associado um documento. Porque no Æ como organização há outros documentos que apenas citámos, designadamente

275

na área da gestão curricular, que possivelmente encaixariam nesta tipologia. Todavia o nosso corpus documental limitou-se a priori aos documentos relativos à gestão e administração da organização escolar. Inscrevemos na tipologia de regras que apresentámos as mesorregras avaliadoras e esquecemo-nos delas na nossa análise. Não. Nomeámo-las aprioristicamente em relação à sua concretização no plano da acção porque apenas pretendemos contemplar o anúncio da existência de um projecto da auto-avalaição na EB 2, 3 no ano lectivo 2004/2005.

Só neste momento, regressando à nossa pergunta de partida: que processos de estruturação estão na base da constituição e da aplicação da gramática de regras da

organização escolar, reconhecemos e revalidamos a pertinência da mesma. Se, por um lado, concluirmos que o quadro teórico, preparado para uma abordagem desta problemática intrínseca à organização escolar, revalida, após o estudo de caso, a sua pertinência sociológica na análise da organização escolar, por outro, a conjugação das duas propostas, uma no âmbito da teoria sociológica outra no âmbito da teoria organizacional escolar, materializada no conceito de estruturação em continuum díptico, que acrescenta as dimensões nível, grau e dipticidade ao conceito de estruturação, parece poder ser uma proposta com algum valor heurístico na aproximação à complexidade da organização escolar portuguesa do início do século XXI.

Tendo subjacente o conceito de estruturação em continuum díptico na interpretação da realidade que cerca e penetra a organização escolar teríamos que demarcar uma dimensão onde fosse possível concretizar analiticamente esta ferramenta analítico- -conceptual. Pensamos que relativamente aos processos macro e meso de constituição da gramática de regras, uma das componentes da pergunta de partida, este conceito pode ser um meta-instrumento analítico, cujo valor heurístico o nosso estudo de caso parece poder sustentar. Outra componente da pergunta de partida era a questão da aplicação da gramática de regras. Porém, só separando “constituição” e “aplicação” poderemos fazer um balanço mais fidedigno do nosso estudo. Embora julguemos que os processos de constituição da gramática de regras estejam, grosso modo, bem representados no nosso estudo e que os níveis macro e meso estejam relativamente bem documentados no que concerne à aplicação da gramática de regras, faltará, no entanto, ao estudo uma documentação mais detalhada do nível micro quanto a este aspecto, apesar de as entrevistas abrirem uma janela panorâmica sobre este nível. O que queremos dizer com isto é que em relação à aplicação da gramática

de regras o nosso estudo não consegue dar conta do pormenor, sendo que aqui o pormenor

276

seria chegar à unidade organizacional mínima, ou seja, a cada um dos indivíduos membros da organização, e bastará pensar em todas as dimensões do modelo estratificado do agente

social tal como o concebe Giddens para perceber como este nível é extensamente subterrâneo, mas esse objectivo não se coadunaria com a dimensão deste trabalho de investigação.

O que é que, à luz deste enquadramento analítico-conceptual, os nossos dados empíricos revelaram? Revelaram, certamente, que pudemos tirar conclusões a priori expectáveis mas validadas pela prova empírica, revelaram as práticas numa organização inscrita espaço e temporalmente, mas revelaram também a complexidade e, por vezes, perversidade dos contextos organizacionais concretos e, agora o juízo é nosso apesar de não ser feito ao arrepio dos dados, o fim de um ideal que foi a gestão democrática e a falência da agência pautada por ideais mais progressistas, transformadores e democráticos. Revisitemos, então, as principais conclusões do nosso estudo.

O capítulo 5 dá conta quer da complexidade multinível da gramática de regras do Æ quer da dipticidade dos regimes de regras extraorganizacionais e intraorganizacionais, potenciada pelos dois planos analíticos, quer da complexidade do agrupamento de escolas como uma nova tipologia organizacional, quer, ainda, de um desfecho que traduz um grau de complexificação poliédrico da organizacção originando paradoxos, ambiguidades, fragilidades, perversões, contradições, e também alguma exiguidade da análise.

Em primeiro lugar, o regime de regras extraorganizacional focalizado regista, ele próprio, um modo de funcionamento díptico, de que oportunamente demos conta. Em segundo lugar, o “regime de autonomia, administração e gestão das escolas” não conseguiu que a letra e o espírito do Decreto-Lei n.º 115-A/98 se cumprissem no plano da acção organizacional. Em terceiro lugar, a nova unidade organizacional, o agrupamento de escolas vertical, ao ser constituído no plano da acção arrastou e incendiou um processo convulsivo de aculturação das escolas do 1º ciclo que abalroou as intenções e benefícios que lhe eram apontados nos textos legais. No plano da acção o Æ é uma reconfiguração administrativa que se traduziu na imposição do ideal de Æ imaginado pelo conselho executivo ao níveis de ensino inferiores ao 2º e 3º ciclos. Em quarto lugar, estes factos inquinam, quer no plano das

meso-orientações para a acção quer no plano da acção, a hipótese de que o PE, o PAA ou o RI poderiam ser instrumento e resultado de uma estruturação organizacional de alta

intensidade. Mas a inertia organizacional como factor a jusante não excluiu o factor a

277

montante, ou seja, o que se verifica é que no locale estudado há uma estruturação

organizacional de baixa intensidade porque o conceito de autonomia da organização escolar não passa de um tópico discursivo e de uma autonomia do processo de implementação.

A nível da construção da gramática de regras do Æ como organização os processos de elaboração de documentos como o PE, o PAA e o RI não foram especialmente convulsivos ou discutidos, daí que talvez isso possa ser tomado como um indicador do carácter periférico destes documentos em relação ao quotidiano das práticas escolares, do valor simplesmente simbólico-formal e ritual destes documentos para os actores e do distanciamento e alheamento destes em relação a algumas opções e decisões possíveis ao Æ como organização e, obviamente, em relação à administração e gestão da organização escolar. Estes documentos já existiam antes da formação do Æ para cada escola singular como organização e a transformação, talvez mais correctamente extensão, dos documentos da EB 2, 3 em documentos para o conjunto das escolas do Æ como organização significou somente que houve um notório processo de aculturação por parte da EB 2, 3 como escola- -sede em relação às EB 1 e à educação pré-escolar. O PE é um documento simbólico que faz parte do ritual da organização e que é maioritariamente ignorado pelos actores. O PAA é uma “manta de retalhos” com algumas actividades comuns a todos os níveis propostas e induzidas pelo conselho executivo. O RI é aceite como “um mal necessário” numa organização burocrática, lato sensu. Mas todos são documentos atribuídos à EB 2, 3, enquanto escola- -sede e que, por isso, é vulgarmente designada pelos professores do 1º ciclo como “o agrupamento”, e que por aquela são impostos às restantes escolas que integram o Æ.

A autonomia, que era o motivo apresentado no Decreto-Lei n.º 115-A/98 para que estas mudanças na morfologia da administração e gestão acontecessem, é esquecida na atitude pragmática dos actores, e, portanto, poder-se-á concluir que passados cerca de seis anos das alterações introduzidas por tal decreto-lei os actores organizacionais, ao não se aperceberem de mudanças significativas na transferência de competências neste domínio, negam pela omissão da palavra e do conceito de autonomia nestes documentos a sua actualização ipso facto, o que, de resto, parece ser realista porque, de facto, a questão da autonomia e da participação não são questões da ordem do dia neste Æ como organização. Barroso et al. concluíam, há pouco tempo, ainda optimisticamente que:

“Na maior parte das situações, a instalação das novas estruturas de direcção e gestão parece estar a concretizar-se sem sobressaltos significativos, num registo de evolução na continuidade. Não se registam rupturas nas rotinas e nos procedimentos correntes, próprios de culturas organizacionais

278

específicas desenvolvidas na interacção entre a pressão normativista da administração central da educação, e a colegialidade docente expressa em práticas auto-gestionárias consolidadas no processo de ‘naturalização’ da gestão democrática.” (Barroso et al., 2001, p. 76)

Porém, a nossa análise não o confirma, pelo contrário. Se partirmos, idealmente, da

organização escolar como assente em dois pilares, como faz o estudo citado, o normativista protagonizado pela administração central como centro e o auto-gestionário democrático protagonizado pelas periferias como centro, chegaremos à conclusão que a organização escolar vai desmoronar por falta de sustentação do segundo pilar, o da gestão democrática, pelo alastramento corrosivo da inertia organizacional. Pelo menos parecem ser estes os indícios no Æ objecto do nosso estudo empírico que dissemos desprovido de democraticidade e participação engajada. Aliás, este aspecto ocupa o quinto lugar da nossa enumeração, o plano da acção confirma-se como o ex libris do modo de funcionamento

díptico da organização escolar. O julgamento do senso comum tem ditado a seguinte sentença: a administração central é ultrarreguladora, controladora, autoritária e burocrática, sensu lato, mas a organizacção é democrática, colegial, política e participativa. Ledo engano, no caso do Æ que estudámos.

Neste Æ como organizacção evidenciam-se três tipos de isomorfismo, de acordo com o que era definido por Borum & Westenholz (1995, p. 114): o isomorfismo coersivo, as pressões exercidas pelo conselho executivo, o isomorfismo mimético, quando as escolas do 1º ciclo como sub-unidades organizacionais sofrem um processo de aculturação por parte da EB 2, 3, e o isomorfismo normativo, exercido pela escola-sede e sobretudo pelo órgão executivo.

Manipular as hipóteses academicamente definidas seria esconder o percurso errático desta investigação. Faremos, neste momento, um balanço, confirmando ou infirmando, as sete hipóteses orientadoras do estudo empírico que a posterior podemos confessar denunciadoras da interrogação sobre a dipticidade do plano multinível de orientações para a

acção e da dipticidade do plano da acção, por outras palavras, a dipticidade das macrorregras e a dipticidade das mesorregras. Primeira hipótese, “a organização escolar evidencia um carácter hierárquico multinível no que diz respeito à constituição das regras que a constituem e organizam mesmo enquanto centro periférico”, confirma-se. Segunda e terceira hipóteses, “o nível supra ou extra-organizacional limita a acção organizacional, pela centralização das decisões, e induz uma estruturação de baixa intensidade para além de extensiva” e “as macrorregras operacionais orientam o processo de estruturação e são

279

limitadoras e reguladoras da acção organizacional na produção desconcentrada de regras”, confirmam-se mas sobretudo pelas macrorregras operacionais não pelas constitutivas. Irmana-se à confirmação destas hipóteses a infirmação por defeito da sexta hipótese, “os actores organizacionais assumem-se como executores, mais do que produtores, e a escola como locus de reprodução, mais do que produção, de regras heterónomas”, porque os actores organizacionais assumem-se como executores de regras quer autónomas quer heterónomas. Deste modo, infirma-se também a quarta hipótese, “as mesorregras traduzem o protagonismo dos actores organizacionais numa estruturação de alta intensidade”, porque há um distanciamento e até laxismo organizacional (e profissional) que grassa na organização escolar potenciado pela formação do Æ e confirma-se a sétima, “os actores refugiam-se na hetero-definição organizacional mas vão resistindo e contornando essas supra e intra- -exigências por um comportamento organizacional de distanciamento, originando uma estruturação de baixa intensidade”. “A nível da organização escolar a interpretação e (re)definição de regras é remetida para os actores que ocupam cargos na hierarquia organizacional” era a nossa quinta hipótese, cuja primeira parte se confirma porque a interpretação de macrorregras é protagonizada no Æ pelo presidente do conselho executivo (do pedagógico e na prática da assembleia), mas cuja segunda parte, relativa às mesorregras, se infirma porque os cargos formais na organização não são só ocupados por “pessoas de confiança e não conflituosas”, como demonstrámos, e, assim sendo, os mesodocumentos passam a ser controlados remotamente pela nomeação de “pessoas de confiança” desembocando na centralidade do órgão de gestão. Portanto, esta hipótese ficou aquém da realidade sobretudo pelo processo de aculturação e imposição dos mesodocumentos às escolas do 1º ciclo.

O objectivo deste estudo foi olhar, analisar e interpretar a estruturação em continuum

díptico da gramática de regras da organização escolar. As conclusões poderiam ser expectáveis mas exigirão porventura uma leitura e uma reflexão problematizadora das suas implicações. O agrupamento de escolas, enquanto nova unidade organizacional, é um locale de estruturação em continuum díptico de regimes de regras extra e intraorganizacionais onde se verifica uma estruturação organizacional escolar de baixa intensidade denunciadora da acção corrosiva da instalada inertia organizacional. A montante desta leitura organizacional está um problema substantivo ao nível das fronteiras e dos domínios que são a priori estabelecidos para a organização escolar pela administração central de acordo com a

280

tradição centralista do Estado que parece aniquilar a possibilidade de uma acção organizacional reflexiva, transformadora e autónoma em que parece ser o pathos dos actores organizacionais serem apenas marionetas de regimes de regras extra e intraorganizacionais, mesmo que eles queiram apenas ser isso ou queiram ser mais do que isso, mas isso terá que ser objecto de outro estudo. Portanto, a gramática de regras da organização escolar e a estruturação em continuum díptico são dimensões macro e meso que provam que as organizações escolares como entidades autónomas, na acepção forte do conceito, só poderão tornar-se realidade se, por um lado, o ME prescindir de uma das suas prerrogativas fortificantes: regular e administrar centralmente para além do controlo homogeneizador que exerce sobre todo o processo e, por outro, se os mesoactores forem sujeitos de uma estruturação organizacional escolar de alta intensidade. Caso contrário, a possibilidade de uma estruturação organizacional escolar de alta intensidade estará condenada a ser uma réstia quimérica do período autogestionário.

Sincronicamente parecem delinear-se e conjugar-se os traços que apontarão, porventura, para a problematização da emblemática designação gestão democrática da escola pública, já que nos parece que terá já avançado do mero estádio crepuscular um período que, à falta de melhor e para deixar diacronicamente um carimbo da existência daquela, se poderá designar por pós-gestão democrática.

Terminamos apontando aquele que nos parece ser um aspecto mais débil desta dissertação de mestrado, pelas razões aduzidas e que nos dispensamos de repetir, a exiguidade da análise em relação à configuração poliédrica da realidade total. Se a exigência e a aproximação à perfeição exequível foram sempre nossa preocupação não a descurámos relativamente a este aspecto, mas esta limitação não pode deixar de ser entendida como uma limitação própria de um trabalho com as características, os requisitos e o alcance de um trabalho de investigação que formalmente é uma dissertação de um curso de mestrado.

281

Referências Bibliográficas

ABELL, Peter (1995). “The new institutionalism and rational choice theory”. In, SCOTT, W. Richard & CHRISTENSEN, Søren (Ed.s). The Institutional Constitution of Organizations. London: Sage Publications.

ABRAHAM, John (1994). “Positivism, structurationism and the differentiation-polarisation theory: a reconsideration of Shilling’s novelty and primacy thesis”. In, British Journal of Sociology of Education, 15 (2), pp. 231-41.

ADELMAN, Clem, JENKINS, David & KEMMIS, Stephen (1984). “ Rethinking Case Study”. In, BELL, Judith et al. (Eds.). Conducting Small-Scale Investigations in Educational Management. London: Paul Chapman Publishing, pp. 93-102.

AFONSO, Almerindo Janela (1995). “O novo modelo de gestão das escolas e a conexão tardia à ideologia neoliberal”. In, Revista Portuguesa de Educação, 8 (1), pp. 73-86.

AFONSO, Almerindo Janela (1998). Políticas Educativas e Avaliação Educacional. Braga: Universidade do Minho.

AFONSO, Almerindo Janela (1999). “A(s) autonomia(s) da escola na encruzilhada entre o velho e o novo espaço público”. In, Inovação, vol. 12, n.º 3, pp. 121-37.

AFONSO, Almerindo Janela (2000). “Políticas educativas em Portugal (1985-2000): a reforma global, o pacto educativo e os reajustamentos neo-reformistas”. In, CATANI, Afrânio & OLIVEIRA, Romualdo (org). Reformas Educacionais em Portugal e no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica.

AFONSO, Almerindo Janela (2002). “O neoliberalismo educacional mitigado numa década de governação social-democrata”. In, LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo Janela. Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização, Neoliberalismo. Porto: Edições Afrontamento.

AFONSO, Almerindo Janela, ESTÊVÃO, Carlos Vilar & CASTRO, Rui Vieira de (1999). Projectos Educativos, Planos de Actividades e Regulamentos Internos – Avaliação de uma Experiência. Porto: Asa Editores/CRIAP.

AFONSO, Natércio G. (1994). A Reforma da Administração Escolar – a abordagem política em análise organizacional. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.

AFONSO, Natércio (1995). “Que fazer com esta ‘reforma’? Notas à margem de um relatório”. In, Inovação, vol. 8, n.º 1 e 2, pp. 105-22.

AFONSO, Natércio (1999). “A autonomia das escolas públicas: exercício prospectivo de análise da política educativa”. In, Inovação, vol. 12, n.º 3, pp. 45-64.

282

ALBROW, Martin (1980). “The dialectic of science and values in the study of organizations”. In, SALAMAN, Graeme & THOMPSON, Kenneth (eds.). Control and Ideology in Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

ALVESSON, Mats (1993). Cultural Perspectives on Organizations. Cambridge: Cambridge University Press.

AMBRÓSIO, Teresa (1981). “Democratização do ensino”. In, SILVA, Manuela & TAMEN, M. Isabel (coord.). Sistema de Ensino em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

AMBRÓSIO, Teresa (1998). “Dos modelos weberianos à regulação social da decisão na política educativa”. In, ESTRELA, Albano & FERREIRA, Júlia (org.). A Decisão em Educação. Lisboa: Universidade de Lisboa.

ANDRÉ, Marli Eliza D. A. (2002). Etnografia da Prática Escolar. 7ª ed. São Paulo: Papirus.

ARCHER, Margaret S. (1996). Culture and Agency. Cambridge: Cambridge University Press.

ARCHER, M. (1997). “Morphogenesis versus structuration: on combining structure and action”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 25-52.

ASTLEY, W. Graham (1985). “The two ecologies: population and community perspectives on organizational evolution”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 30, pp. 224-41.

ASTLEY, W. Graham & VAN de VEN, Andrew H. (1983). “Central perspectives and debates in organization theory”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 28, pp. 245-73.

BACHARACH, Samuel B. (1988). “Notes on a political theory of educational organizations”. In, WESTOBY, Adam (ed.). Culture and Power in Educational Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

BACHARACH, Samuel B. & MUNDELL, Bryan L. (1993). “Organizational politics in schools: micro, macro, and logics of action”. In, Educational Administration Quarterly, vol. 29, n.º 4, pp. 423-52.

BACHARACH, Samuel B. & MUNDELL, Bryan L. (1995). “Images of structure”. In, BACHARACH, Samuel B. & MUNDELL, Bryan L. Images of Schools. California: Corwin Press.

BALDRIDGE, J. V. (1989). “Building a political model”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

BALDRIGDE, J. Victor; CURTIS, David V.; ECKER, George & RILEY, Gary L. (1978). Policy Making and Effective Leadership. San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

BALL, Stephen (1989). La Micropolítica de la Escuela. Barcelona: Paidós.

283

BARDIN, Laurence (1994). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

BARROSO, João (1990). “A morte anunciada... (a propósito da reforma – várias vezes anunciada – da gestão dos estabelecimentos de ensino)”. In, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 29, pp. 184-8.

BARROSO, João (1992). “Entre a reforma curricular e a reforma da gestão – a emergência do estabelecimento de ensino?”. In, ESTRELA, Albano & FALCÃO, Maria Eugénia. A Reforma Curricular em Portugal e nos Países da Comunidade Europeia. Lisboa: UL/FPCE.

BARROSO, João (1995a). “Para uma abordagem teórica da reforma da administração escolar: distinção entre ‘direcção’ e ‘gestão’”. In, Revista Portuguesa de Educação, 8 (1), pp. 33-56.

BARROSO, João (1995b). Os Liceus – Organização Pedagógica e Administração (1836-1960). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

BARROSO, João (1996a). “O estudo da autonomia da escola: da autonomia decretada à autonomia construída”. In, BARROSO, João (org.). O Estudo da Escola. Porto: Porto Editora.

BARROSO, João (1996b). Autonomia e Gestão das Escolas. Lisboa: Editorial do Ministério da Educação.

BARROSO, João (org.) (1996c). O Estudo da Escola. Porto: Porto Editora.

BARROSO, João (2000). “O século da escola: do mito da reforma à reforma de um mito”. In, AMBRÓSIO, Teresa; TERRÉN, Eduardo; HAMELINE, Daniel & BARROSO, João. O Século da Escola. Entre a Utopia e a Burocracia. Porto: Edições Asa.

BARROSO, João et al. (2001). Relatório Global da Primeira Fase do Programa de Avaliação Externa. Lisboa: Centro de Estudos da Escola/FPCE/UL. Consultado em 23 de Maio de 2004 em www.fpce.ul.pt/centros/ceescola/relatorios.

BARROSO, João (2002). “A investigação sobre a escola: contributos da Administração Educacional”. In, Investigar em Educação, 1 (1), pp. 277-325.

BARROSO, João (2003a). “Organização e regulação dos ensinos básico e secundário, em Portugal: sentidos de uma evolução”. In, Educação & Sociedade, vol. 24, n.º 82, pp. 63-92.

BARROSO, João (org.) (2003b). A Escola Pública: Regulação, Desregulação e Privatização. Porto: Edições Asa.

BASSEY, Michael (1999). Case Study Research in Educational Settings. Buckingham: Open University Press.

284

BAUMAN, Zigmunt (1989). “Hermeneutics and modern social theory”. In, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.).Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 34-55.

BAUMAN, Zygmunt (1997). Postmodernity and Its Discontents. Oxford: Polity Press.

BAUMAN, Zygmunt (2002). Society Under Siege. Oxford: Polity Press.

BECHER, Tony & KOGAN, Maurice (1980). Process and Structure in Higher Education. London: Heinemann.

BECK, Lynn G. (1999). “Metaphors of Educational Community: an analysis of the images that reflect and influence scholarship and practice”. In, Educational Administration Quarterly, vol. 35, n.º 1, pp. 13-45.

BECKER, Howard S. (1994). Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. 2ª ed. São Paulo: Editora Hucitec.

BELL, Judith (2002). Como Realizar um Projecto de Investigação. 2ª ed. Lisboa: Gradiva.

BENSON, J. Kenneth (1977). “Organizations: a dialectical view”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 22, pp. 1-21.

BERGER, Peter L. (2000). Perspectivas Sociológicas. Uma visão humanística. 21ª ed., Petrópolis: Editora Vozes.

BERGER, Peter L. & LUCKMAN, Thomas (1999). A Construção Social da Realidade. Lisboa: Dinalivro.

BERNSTEIN, Richard J. (1989). “Social theory as critique”. In, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.).Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 19-33.

BERNSTEIN, Richard J. (1997). “Social theory as critical theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. I, London: Routledge. pp. 327-43.

BILHIM, João Abreu F. (2001). Teoria Organizacional: Estruturas e Pessoas. 2ª Ed., Lisboa: Instituto Superior de Ciências socais e Políticas – UTL.

BLAU, Peter (1966). “O estudo comparativo das organizações”. In, CAMPOS, Edmundo. Sociologia da Burocracia. Rio De Janeiro: Zahar Editores.

BLAU, Peter M & SCOTT, W. Richard (1977). Organizações Formais. São Paulo: Atlas.

BOGDAN, Robert & BIKLEN, Sari (1994). Investigação Qualitativa em Educação – uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.

285

BOLMAN, Lee G. & DEAL, Terence E. (1984). Modern Approaches to Understanding and Managing Organizations. London: Jossey-Bass.

BORUM, Finn & WESTENHOLZ, Ann (1995). “The incorporation of multiple institutional models”. In, SCOTT, W. Richard & CHRISTENSEN, Søren (Ed.s). The Institutional Constitution of Organizations. London: Sage Publications.

BOURDIEU, Pierre (2001a). Razões Práticas. 2ª ed., Oeiras: Celta.

BOURDIEU, Pierre (2001b). O Poder Simbólico. 4ª ed., Lisboa: Difel.

BOURDIEU, Pierre, CHAMBOREDON, Jean-Claude & PASSERON, Jean-Claude (1983). Le Métier de Sociologue. 4ª Ed., Paris : Mouton Éditeur.

BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (1991). “Introduction: coming to terms with Anthony Giddens”. in, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Giddens’ Theory of Structuration – A critical appreciation. London: Routledge. pp. 1-31.

BURNS, Tom R. & FLAM, Helena (2000). Sistemas de Regras Sociais. Oeiras: Celta Editora.

BURRELL, Gibson & MORGAN, Gareth (1979). Sociological Paradigms and Organisational Analysis. Hants: Heinmann.

BUSH, Tony (1986). Theories of Educational Management. London: Harper & Row.

BUSH, Tony (1989). “The nature of theory in educational management”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

CANÁRIO, Rui (1996). “Os estudos sobre a escola: problemas e perspectivas”. In, BARROSO, João (org.). O Estudo da Escola. Porto: Porto Editora.

CANAVARRO, José Manuel (2000). Teorias e Paradigmas Organizacionais. Coimbra: Quarteto Editora.

CHRISTENSEN, Søren & MOLIN, Jan (1995). “Origin and transformations of organizations”. In, SCOTT, W. Richard & CHRISTENSEN, Søren (Ed.s). The Institutional Constitution of Organizations. London: Sage Publications.

CLEGG, Stewart (1981). “Organization and control”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 26, pp. 545-62.

CLEGG, Stewart (1994). “Power and institutions in the theory of organizations”. In, HASSARD, Jonh & PARKER, Martin (eds.). Towards a New Theory of Organizations. London: Routledge.

CLEGG, Stewart R. (1989). Frameworks of Power. London: Sage.

286

COHEN, I.J. (1997a). “Structuration theory and social order: five issues in brief”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 331-58.

COHEN, I.J. (1997b). “The status of structuration theory: a reply to McLennan”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. I, London: Routledge. pp. 364-79.

COHEN, Michael D. & MARCH, James G. (1989). “Leadership and ambiguity”. In, BUSH, Tony (ed.) Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

COHEN, Michael D.; MARCH, James G. & OLSEN, Johan P. (1972). “A garbage can model of Organizational choice”. In, Administrative Science Quarterly, vol. 17, n.º 1, pp. 1-25.

COLEMAN, James S. & HUSÉN, Torsten (1985). Tornar-se Adulto numa sociedade em Mutação. Porto: Edições Afrontamento.

COLLINSON, David (1994). “Strategies of resistance”. In, JERMIER, John M., KNIGHTS, David & NORD, Walter R. (eds.). Resistance and Power in Organizations. London: Roultedge.

CONSELHO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO (1997). Avaliação do Novo Regime de Administração Escolar (Decreto-Lei n.º 172/91). Lisboa: ME.

CORREIA, José Alberto (1994). “A educação em Portugal no limiar do século XXI: perspectivas de desenvolvimento futuro”. In, Educação, Sociedade & Culturas, n.º 2, pp. 7-30.

CORREIA, José Alberto (1998). Para uma Teoria Crítica em Educação. Porto: Porto Editora.

CORREIA, José Alberto (1999). “As ideologias educativas em Portugal nos últimos 25 anos”. In, Revista Portuguesa de Educação, 12 (1), pp. 81-110.

CORREIA, José Alberto, STOLEROFF, Alan D. & STOER, Stephen R. (1993). “A ideologia da modernização no sistema educativo em Portugal”. In, Cadernos de Ciências Sociais, n.º 12/13, pp. 25-51.

COSTA, Jorge Adelino Rodrigues da (1995). Administração Escolar: Imagens Organizacionais e Projecto Educativo da Escola. Dissertação de Doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro.

COSTA, Jorge Adelino (1996). Imagens Organizacionais da Escola. Porto: Edições Asa.

COSTA, Jorge Adelino & OLIVEIRA, Clara (1999). “Territórios educativos de intervenção prioritária: uma abordagem exploratória de uma realidade em construção”. In, Inovação, vol. 12, n.º 2, pp. 113-28.

287

CROZIER, Michel (2000a). “Pouvoir et organisation”. In, CROZIER, Michel. À Quoi Sert la Sociologie des Organisations? Tome 1, Paris : Seli Arslan.

CROZIER, Michel (2000b). “De la bureaucratie comme système d’organisation”. In, CROZIER, Michel. À Quoi Sert la Sociologie des Organisations? Tome 1, Paris : Seli Arslan.

CROZIER, Michel & FRIEDBERG, Erhard (1977). L’Acteur et le Système. Paris : Éditions du Seuil.

CROZIER, Michel & FRIEDBERG, Erhard (2000). “Trente ans plus tard – Organisations et action collective – notre contribution à l’analyse des organisations”. In, CROZIER, Michel. À Quoi Sert la Sociologie des Organisations ? Tome 1, Paris : Seli Arslan.

CRSE (1986). Projecto Global de Actividades. Lisboa: MEC.

CRSE (1988a). Documentos Preparatórios - II. Lisboa: GEP/ME.

CRSE (1988b). Proposta Global de Reforma. Lisboa: GEP/ME.

DEAL, Terrence E. (1988). “The symbolism of effective schools”. In, WESTOBY, Adam (ed.). Culture and Power in Educational Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

DEAL, Terrence E. (1995). “Symbols and symbolic activity”. In, BACHARACH, Samuel B. & MUNDELL, Bryan L. Images of Schools. California: Corwin Press.

DEROUET, Jean-Louis (1996). “O funcionamento dos estabelecimentos de ensino em França: um objecto científico em redefinição”. In, BARROSO, João (org.). O Estudo da Escola. Porto: Porto Editora.

ECO, Umberto (2002). Como Se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Lisboa: Editorial Presença.

ELLSTRÖM, Per-Erik (1983). “Four Faces of Educational Organizations”. In, Higher Education, vol. 12, pp. 231-41.

ELLSTRÖM, Per-Erik (1992). “Understanding educational organizations: an institutional perspective”. In, Revista Portuguesa de Educação, vol. 5, n.º 3, pp. 9-22.

ESTÊVÃO, Carlos V. (1995). “O novo modelo de direcção e gestão das escolas portuguesas”. In, Revista Portuguesa de Educação, 8 (1), pp. 87-98.

ESTÊVÃO, Carlos Vilar (1998). Redescobrir a Escola Privada Portuguesa como Organização. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

ESTÊVÃO, Carlos V. (1999). “Escola, justiça e autonomia”. In, Inovação, vol. 12, n.º 3, pp. 139-55.

288

ETZIONI, Amitai (1961). A Comparative Analysis of Complex Organizations. New York: Macmillan.

FALCÃO, Maria Norberta (2000). Parcerias e Poderes na Organização Escolar – Dinâmicas e Lógicas do Conselho de Escola. Lisboa: IIE.

FERNANDES, António Sousa (1988). “A distribuição de competências entre a administração central, regional, local e institucional da educação”. In, CRSE. A Gestão do Sistema Escolar. DEP/ME.

FERNANDES, Manuel Joaquim Flores (2003). A Construção de um Agrupamento de Escolas – Indução Política, Participação e Gestão. Dissertação de Mestrado apresentada ao IEP/Universidade do Minho.

FONSECA, J. M. Prostes da (1981). “Gestão do sistema de ensino”. In, SILVA, Manuela & TAMEN, M. Isabel (coord.). Sistema de Ensino em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

FORMOSINHO, João (1988). “Princípios para a organização e administração da escola portuguesa”. In, CRSE. A Gestão do Sistema Escolar. DEP/ME.

FOUCAULT, Michel (1992). Microfisica del Poder. 3ª ed., Madrid: Las Ediciones de La Piqueta.

FRIEDBERG, Erhard (1993). Le Pouvoir et La Règle. Paris : Seuil.

GANE, M. (1997). “Anthony Giddens and the crisis in social theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. I, London: Routledge. pp. 183-210.

GARCÍA SELGAS, Fernando J. (1994). Teoría Social e Metateoría Hoy: el caso de Anthony Giddens. Madrid: Siglo XXI de España Editores.

GARDER, Kellie (1977). Uma Ideia sobre as Organizações. Paço de Arcos: Eixo.

GIDDENS, Anthony (1979). Central Problems in Social Theory – Action, Structure and Contradiction in Social Analysis. London: Macmillan Press Ltd.

GIDDENS, Anthony (1984). The Constitution of Society. London: Polity Press.

GIDDENS, Anthony (1989a). A Constituição da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes.

GIDDENS, Anthony (1989b). “A reply to my critics”. In, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.). Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 249-301.

289

GIDDENS, Anthony (1991). “Structuration theory: past, present and future”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Giddens’ Theory of Structuration – A critical appreciation. London: Routledge. pp. 201-221.

GIDDENS, Anthony (1993). New Rules of Sociological Method. 2ª ed, London: Polity Press.

GIDDENS, Anthony (1996). Novas Regras do Método Sociológico. Lisboa: Gradiva.

GIDDENS, Anthony (2000a). Dualidade da Estrutura. Oeiras: Celta Editora.

GIDDENS, Anthony (2000b). Sociologia. 2ª ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

GIDDENS, Anthony (2002). As Consequências da Modernidade. 4º ed., Oeiras: Celta Editora.

GOMES, Duarte (2000). Cultura Organizacional. Comunicação e Identidade. Coimbra: Quarteto Editora.

GOMES, Rui (1998). “Racionalidades e tecnologias de governo da educação... em Portugal (1974-1991)”. In, ESTRELA, Albano & FERREIRA, Júlia (org.). A Decisão em Educação. Lisboa: Universidade de Lisboa.

GÓMEZ BEZARES, Fernando & JIMÉNEZ EGUIZÁBAL, Alfredo (1992). Administración Educativa. Salamanca: Editorial Hespérides.

GONZÁLEZ GONZÁLEZ, M. Teresa (1989). “La perspectiva interpretativa y la perspectiva crítica en la organización escolar”. In, MARTÍN-MORENO CERRILLO, Quintina (coord.). Organizaciones Educativas. Madrid: Universidad Nacional de Educación a Distancia.

GRÁCIO, Rui (1986). “A educação dez anos depois – que transformações, que rupturas, que continuidades?”. In, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 18719/20, pp. 153-82.

GRÁCIO, Rui (1995). Obra Completa. Vol. 1, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

GREENFIELD, T. Barr (1989). “Organizations as social inventions: rethinking assumptions about change”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

GREGORY, Derek (1989). “Presences and absences: time-space relations and structuration theory”. in, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.). Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 185-214.

GREGORY, Derek (1997). “Space, time and politics in social theory: an interview with Anthony Giddens”. in, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. III, London: Routledge. pp. 23-35.

290

GREGSON, Nicky (1989). “On the (ir)relevance of structuration theory to empirical research.” in, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.). Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 235-248.

HARLING, Paul (1989). “The organizational framework for educational leadership”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

HARTLEY, Jean F. (1995). “Case Studies in Organizational Research”. In, CASSELL, Catherine & SYMON, Gillian. Qualitative Methods in Organizational Research. London: Sage.

HICKSON, David J. & McCULLOUGH, Arthur F. (1980). “Power in organizations”. In, SALAMAN, Graeme & THOMPSON, Kenneth (eds.). Control and Ideology in Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

HOYLE, Eric (1988). “Micropolitics of educational organizations”. In, WESTOBY, Adam (ed.). Culture and Power in Educational Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

HOYLE, Eric (1989). “The micropolitics of schools”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

IGE (1997). Auditoria Pedagógica – Justificação de um Projecto. Projecto 3.03, Caderno I. Lisboa: Inspecção-Geral da Educação/ME.

LAYDER, D. (1997). “Power, structure and agency”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 104-22.

LAZAR, J. (1997). “La compétence des acteurs dans la ‘théorie de la structuration de Giddens”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 359-76.

LIMA, Licínio C. (1988). “Modelos de organização das escolas básica e secundária - para uma direcção democrática e uma gestão profissional”. In, CRSE. A Gestão do Sistema Escolar. DEP/ME.

LIMA, Licínio (1991a). “Sociologia das organizações educativas e administração educacional”. In, O Professor. Lisboa, 22, pp. 58-62.

LIMA, Licínio (1991b). “O ensino e a investigação em Administração Educacional em Portugal. Situação e perspectivas”. In, Ciências da Educação em Portugal. Situação Actual e Perspectivas. Porto: Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, pp. 91-117.

291

LIMA, Licínio (1996). “Construindo um objecto: para uma análise crítica da investigação portuguesa sobre escola”. In, BARROSO, João (org.). O Estudo da Escola. Porto: Porto Editora.

LIMA, Licínio (1997). “Para o estudo da evolução do ensino e da formação em Administração Educacional em Portugal”. In, Revista da Faculdade de Educação. São Paulo: USP, pp. 91-123.

LIMA, Licínio C. (1998a). A Escola como Organização e a Participação na Organização Escolar. 2ª Ed., Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho.

LIMA, Licínio C. (1998b). “A administração do sistema educativo e das escolas (1986/1996)”. In, A Evolução do Sistema Educativo e o PRODEP. Estudos Temáticos – Volume I. Lisboa: ME.

LIMA, Licínio C. (1998c). “Dos ofícios da mudança em educação”. In, Núcleo de Análise e Intervenção Educacional (autores vários). Ensaios em Homenagem a Joaquim Ferreira Gomes. Coimbra: FPCE – UC.

LIMA, Licínio C. (1998d). “Topografia complexa das decisões em educação”. In, ESTRELA, Albano & FERREIRA, Júlia (org.). A Decisão em Educação. Lisboa: Universidade de Lisboa.

LIMA, Licínio C. (1999). “E depois de 25 de Abril de 1974 centro(s) e periferia(s) das decisões no governo das escolas”. In, Revista Portuguesa de Educação, 12 (1), pp. 57-80.

LIMA, Licínio C. (2000). “Administração escolar em Portugal: da revolução, da reforma e das decisões políticas pós-reformistas”. In, CATANI, Afrânio & OLIVEIRA, Romualdo (org). Reformas Educacionais em Portugal e no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica.

LIMA, Licínio C. (2001). A Escola como Organização Educativa. Uma abordagem Sociológica. São Paulo: Cortez.

LIMA. Licínio (2002a). “Reformar a administração escolar: a recentralização por controlo remoto e a autonomia como delegação política”. In, LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo Janela. Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização, Neoliberalismo. Porto: Edições Afrontamento, pp. 61-74.

LIMA. Licínio (2002b). “Modernização, racionalização e optimização. Perspectivas neotaylorianas na organização e administração da educação”. In, LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo Janela. Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização, Neoliberalismo. Porto: Edições Afrontamento, pp. 17-32.

LIMA, Licínio C. (2002c). “25 anos de gestão escolar”. In, Administração Educacional, n.º 2, pp. 12-25.

LIMA, Licínio C. (2003). “Agrupamento de escolas: reforço da autonomia ou do controlo?”. In, Público, 24 Agosto 2003.

292

LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo Janela (1995). “The promised land: school autonomy, evaluation and curriculum decision making in Portugal”. In, Educational Review, Vol. 47, n.º 2, pp. 165-72.

LIMA, Licínio C. & AFONSO, Almerindo Janela (2002). Reformas da Educação Pública. Democratização, Modernização, Neoliberalismo. Porto: Edições Afrontamento.

LIMA, Marinús Pires de (1995). Inquérito Sociológico. 4ª ed., Lisboa: Editorial Presença.

MANICAS, P. (1997). “The concept of social structure”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 9-24.

MARCH, James G.; SCHULZ, Martin & ZHOU, Xueguang (2000). The Dynamics of Rules. Stanford: Stanford University Press.

MARTÍN-MORENO CERRILLO, Quintina (coord.) (1989). Organizaciones Educativas. Madrid: Universidad Nacional de Educación a Distancia.

MARTINS, G. Câncio (1981). “Centralização e descentralização”. In, SILVA, Manuela & TAMEN, M. Isabel (coord.). Sistema de Ensino em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

McFADDEN, Mark G. (1995). “Resistance to schooling and educational outcomes: questions of structure and agency”. In, British Journal of Sociology of Education, 16 (3), pp. 293-308.

McLENNAN, G. (1997a). “Structuration theory and post-empiricist philosophy: a rejoinder”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. I, London: Routledge. pp. 380-7.

McLENNAN, G. (1997b). “Critical or positive theory? A comment on the status of Anthony Giddens’ Social Theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. I, London: Routledge. pp. 317-26.

ME/ Unidade de Acompanhamento do Regime de Autonomia Administração e Gestão das Escolas (1999). Contributos para a Construção do Projecto Educativo e do Plano Anual de Actividades da Escola ou Agrupamento de Escolas.

MENDOZA, J. D. (1997). “The duality of structure”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 219-70.

MILLS, Albert J. & MURGATROYD, Stephen J. (1991). Organizational Rules. Milton Keynes: Open University Press.

MORGAN, Gareth (1980). “Paradigms, metaphors and puzzle-solving in organizational theory”. In, Administrative Science Quarterly, vol. 25, pp. 605-22.

293

MORGAN, Gareth (1986). Images of Organization. Beverly Hills: Sage.

MOURITSEN, Jan & SKÆRBÆK, Peter (1995). “Civilization, art and accounting”. In, SCOTT, W. Richard & CHRISTENSEN, Søren (Ed.s). The Institutional Constitution of Organizations. London: Sage Publications.

MOUZELIS, Nicos (1975). Organisation and Bureaucracy. London: Routledge & Kegan Paul.

MOUZELIS, Nicos P. (1991). Back to Sociological Theory – The construction of social orders. London: Macmillan.

MOUZELIS, Nicos P. (1995). Sociological Theory: What Went Wrong? – Diagnosis and remedies. London: Routledge.

MOUZELIS, N. (1997). “Restructuring structuration theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 200-18.

MOUZELIS, Nicos (1999). “Exploring post-traditional orders: Individual reflexivity, ‘pure relations’ and duality of structure”. In, O’BRIEN, Martin; PENNA, Sue & Hay, Colin (eds.). Theorising Modernity: reflexivity, environment and identity in Giddens´s social theory. London: Longman. pp. 83-97.

MUÑOZ SEDANO, Antonio & ROMAN PEREZ, Martiniano (1992). Modelos de Organizacion Escolar. Madrid: Editorial Cincel.

NISBET, J. & WATT, J. (1984). “Case Study”. In, BELL, Judith et al. (Eds.). Conducting Small-Scale Investigations in Educational Management. London: Paul Chapman Publishing, pp. 72-92.

NÓVOA, António (1992). “A reforma educativa portuguesa: questões passadas e presentes sobre a formação de professores”. In, NÓVOA, António & POPKEWITZ, Thomas S. (org.). Reformas Educativas e Formação de Professores. Lisboa: Educa.

NÓVOA, António (1995). “Para uma análise das instituições escolares”. In, NÓVOA, António (coord.). As Organizações Escolares em Análise. 2ª Ed., Lisboa: Publicações Dom Quixote e IIE.

NUNES, A. Sedas (2001). Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais. 12ª ed., Lisboa: Editorial Presença.

O’BRIEN, Martin (1999). “Theorising Modernity: reflexivity, identity and environment in Giddens´ social theory”. In, O’BRIEN, Martin; PENNA, Sue & Hay, Colin (eds.). Theorising Modernity: reflexivity, environment and identity in Giddens´ social theory. London: Longman. pp. 17-38.

294

O’BRIEN, Martin; PENNA, Sue & Hay, Colin (1999). “An interview with Anthony Giddens”. In, O’BRIEN, Martin; PENNA, Sue & Hay, Colin (eds.). Theorising Modernity: reflexivity, environment and identity in Giddens´ social theory. London: Longman. pp. 196-206.

ORTON, J. Douglas & WEICK, Karl E. (1990). “Loosely Coupled Systems: a Reconceptualization”. In, Academy of Management Review, vol. 15, n.º 2, pp. 203-23.

ORTSMAN, Oscar (1984). Mudar o Trabalho. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

OUCHI, William G. & WILKINS, Alan L. (1988). “Organizational culture”. In, WESTOBY, Adam (ed.). Culture and Power in Educational Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

PARKER, John (2000). Structuration. Buckingham: Open University Press.

PENTLAND, Brian T. & REUTER, Henry H. (1994). “Organizational routines as grammars of action”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 39, pp. 484-510.

PIRES, Eurico Lemos (1987). Lei de Bases do Sistema Educativo. Porto: Edições Asa.

PIRES, Rui Pena (1988). “A teoria da estruturação de Anthony Giddens – apresentação e bibliografia”. In, Sociologia – Problemas e Práticas, 4, pp. 231-6.

PIRES, Rui Pena (1999). “Uma teoria dos processos de integração”. In, Sociologia – Problemas e Práticas, 30, pp. 9-54.

QUIVY, Raymond & CAMPENHOUDT, Luc Van (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais. 2ª Edição, Lisboa: Gradiva.

REYNAUD, Jean-Daniel (1993). Les Règles du Jeu. 2ª ed., Paris : Armand Colin.

ROBERTS, J. & SCAPENS, R. (1997). “Accounting systems and systems of accountability: understanding accounting practices in their organizational contexts”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. IV, London: Routledge. pp. 229-48.

SÁ, Virgínio (1997). Racionalidades e Práticas na Gestão Pedagógica – o caso do director de turma. Lisboa: IIE.

SALAMAN, Graeme (1980). “Roles and rules”. In, SALAMAN, Graeme & THOMPSON, Kenneth (eds.). Control and Ideology in Organizations. Milton Keynes: Open University Press.

SANTOS, Boaventura de Sousa (1984). “A crise e a reconstituição do Estado em Portugal (1974-1984)”. In, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 14, pp. 7-29.

SANTOS, Boaventura de Sousa (1998). Introdução a uma Ciência Pós-Moderna. 5ª Ed., Porto: Edições Afrontamento.

295

SANTOS, Boaventura de Sousa (2001). Um Discurso sobre as Ciências. 12ª ed., Porto: Edições Afrontamento.

SARMENTO, Manuel Jacinto (1994). A vez e a Voz dos Professores – contributo para o estudo da cultura organizacional da Escola Primária. Porto: Porto Editora.

SCOTT, W. Richard (1987). “The adolescence of institutional theory”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 32, pp. 493-511.

SCOTT, W. Richard (1995a). “Introduction – institutional theory and organizations”. In, SCOTT, W. Richard & CHRISTENSEN, Søren (Ed.s). The Institutional Constitution of Organizations. London: Sage Publications.

SCOTT, W. Richard (1995b). Institutions and Organizations. London: Sage Publications.

SERGIOVANNI, Thomas J. (1986a). “Cultural and competing perspectives in administrative theory and practice”. In, SERGIOVANNI, Thomas J. & CORBALLY, John E. (eds.). Leadership and Organizational Culture. Chicago: University of Illinois Press.

SERGIOVANNI, Thomas J. (1986b). “Leadership as cultural expression”. In, SERGIOVANNI, Thomas J. & CORBALLY, John E. (eds.). Leadership and Organizational Culture. Chicago: University of Illinois Press.

SERGIOVANNI, Thomas J. (1986c). “Developing a relevant theory of administration”. In, SERGIOVANNI, Thomas J. & CORBALLY, John E. (eds.). Leadership and Organizational Culture. Chicago: University of Illinois Press.

SERGIOVANNI, Thomas J. (1994). “Organizations or communities? Changing the metaphor changes the theory”. In, Educational Administration Quarterly, vol. 30, n.º 2, pp. 214-26.

SHILLING, C. (1997). “Reconceptualising structure and agency in the sociology of education: structuration theory and schooling”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. IV, London: Routledge. pp. 342-64.

SHULZ, Martin (1998). “Limits to bureaucracy growth: the density dependence of organizational rule births”. In, Administrative Science Quarterly. Vol. 43, pp. 845-76.

SILVERMAN, David (1970). The Theory of Organizations. London: Heinemann.

SMITH, D. M. (1989). “Unintended transformations of control over education: a process of structuring”. In, British Journal of Sociology of Education, 10 (2), pp. 175-93.

STAKE, Robert E. (1995). The Art of Case Study Research. London: Sage.

STOER, Stephen (1986). Educação e Mudança Social em Portugal. Porto: Edições Afrontamento.

296

STOER, Stephen (1994). “O Estado e as políticas educativas”. In, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 41, pp. 3 –33.

STOER, Stephen R. & ARAÚJO, Helena Costa (2000). Escola e Aprendizagem para o Trabalho num País da (semi)Periferia Europeia. 2ª ed., Lisboa: IIE.

STONES, R. (1997). “Strategic context analysis: a new research strategy for structuration theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. IV, London: Routledge. pp. 186-209.

STORPER, M. (1997). “The spatial and temporal constitution of social action”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. III, London: Routledge. pp. 36-59.

STRIKE, Kenneth A. (1999). “Can schools be communities? The tension between shared values and inclusion”. In, Educational Administration Quarterly, vol. 35, n.º 1, pp. 46-70.

TEODORO, António (2001). A Construção Política da Educação – Estado, mudança social e políticas educativas no Portugal contemporâneo. Porto: Edições Afrontamento.

THOMPSON, John B. (1989). “The theory of structuration”. In, HELD, David & THOMPSON, John B. (eds.). Social Theory of Modern Societies – Anthony Giddens and His Critics. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 56-76.

TORRES, Leonor Lima (1997). Cultura Organizacional Escolar. Oeiras: Celta Editora.

TUCHER, Jr, Kenneth (1998). Anthony Giddens and Modern Social Theory. London: Sage.

TYLER, William (1987). “`Loosely Coupled’ Schools: a structuralist critique”. In, British Journal of Sociology of Education, vol. 8, n.º 3, pp. 313-26.

TYLER, William (1991). Organización Escolar. Madrid: Ediciones Morata.

URRY, J. (1997a). “Duality of structure: some critical issues”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. II, London: Routledge. pp. 68-77.

URRY, J. (1997b). “Time and space in Giddens’ social theory”. In, BRYANT, Christopher G. A. & JARY, David (eds.). Anthony Giddens– Critical Assessments. Vol. III, London: Routledge. pp. 128-43.

VALA, Jorge (1986). “A análise de conteúdo”. In, SILVA, Augusto Santos & PINTO, José Madureira (orgs.). Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento.

WATERS, Malcolm (1994). Modern Sociological Theory. London: Sage. pp. 45-55; 104-7.

297

WEBER, Max (1966). “Os fundamentos da organização burocrática: uma construção do tipo ideal”. In, CAMPOS, Edmundo. Sociologia da Burocracia. Rio De Janeiro: Zahar Editores.

WEBER, Max (1983). Fundamentos da Sociologia. 2ª Ed., Porto: Rés Editora.

WEBER, Max (1989). “Legal authority in a bureaucracy”. In, BUSH, Tony (ed.). Managing Education: Theory and Practice. Milton Keynes: Open University Press.

WEBER, Max (1997). Conceitos Sociológicos Fundamentais. Lisboa: Edições 70.

WEICK, Karl E. (1976). “Educational Organizations as Loosely Coupled Systems”. In, Administrative Science Quarterly, vol. 21, n.º 1, pp. 1-19.

WESTHEIMER, Joel (1999). “Communities and consequences: an inquiry into ideology and practice in teachers’ professional work”. In, Educational Administration Quarterly, vol. 35, n.º 1, pp. 71-105.

WILLIS, Paul (1977). Learning to Labour. Hampshire: Gower.

WILLMOTT, Hugh (1994). “Bringing agency (back) into organizational analysis. Responding to the crisis of (post)modernity”. In, HASSARD, Jonh & PARKER, Martin (eds.). Towards a New Theory of Organizations. London: Routledge.

WILLMOTT, Robert (1999). “Structure, agency and the sociology of education: rescuing analytical dualism”. In, British Journal of Sociology of Education, 20 (1), pp. 5- 21.

WOODS, Peter (1987). La Escuela por Dentro. La Etnografía en la Investigación Educativa. Barcelona: Ediciones Paidós/MEC.

ZHOU, Xueguang (1993). “The dynamics of organizational rules”. In, American Journal of Sociology. Vol. 98, n.º 5, pp. 1134-66.