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Concurso exige início antecipado dos estudos, diz especialista Paulo Chico - [email protected] Não somente entre os concurseiros é grande a torcida pela viabilização de um novo concurso para a Receita Federal. Na verdade, existe mesmo uma espécie de consenso sobre a importância deste concurso. E, mais do que isso, da necessidade de que ele seja, o quanto antes, realizado. "O bom aparelhamento da Receita tem relação direta com a arrecadação. Portanto, os concursos podem até atrasar um pouco, em função da atual crise econômica e política, mas não acredito que concursos para contratação de auditores e analistas, tanto na Receita como nos principais Estados, sofram grande atraso", aponta Eugenio Montoto, mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela PUC-SP e experiente professor, com passagem por cursos preparatórios, como LFG, Central de Concursos, Alfa, Damásio e Meta. Atualmente à frente do Fera Cursos & Concursos (acesse AQUI), Eugenio segue em sua atividade de preparação de milhares de interessados em ingressar na carreira pública - certo de que, para a aprovação e classificação, os estudos para concursos como o da Receita Federal devem começar o quanto antes. "Acabamos de ver no noticiário dos dias 3 e 4 de junho a divulgação da prisão de um auditor da Receita preso por ajudar uma empresa a fraudar, em apenas um procedimento de recuperação fiscal, um montante de mais de R$6 bilhões. Daí, também, a necessidade de qualificação. Uma Receita Federal equipada acelera o processo de recuperação de créditos fiscais devidos pelas empresas ao Estado Brasileiro. Imaginem o total de recursos que podem recuperados em processos deste tipo, se devidamente processados e cobrados", provoca. Seja para analista tributário, seja para auditor-fiscal, o aluno precisa estudar como se estivesse fazendo um mestrado, isto é, fazer um programa de três a seis disciplinas por semestre. "E, na medida em que for concluindo cada grupo de disciplinas, precisa manter uma rotina de solução de exercícios das matérias estudadas e iniciar um novo ciclo. Deve ir elaborando um resumo de cada tema estudado de cada matéria. Esse processo de preparação leva cerca de dois a três anos, normalmente. Para um jovem que pode não trabalhar, e possui boa formação, esse tempo pode cair para um ano", pontua o professor, também autor de livros como “Contabilidade Geral e Avançada Esquematizado”, da Editora Saraiva, lançado Eugenio Montoto dá dicas de estudo de Contabilidade

Concurso Exige Início Antecipado Dos Estudos, Diz Especialista

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Concursos Públicos.

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Concurso exige início antecipado dos estudos, dizespecialistaPaulo Chico [email protected]

Não somente entre os concurseiros é

grande a torcida pela viabilização de um

novo concurso para a Receita Federal. Na

verdade, existe mesmo uma espécie de

consenso sobre a importância deste

concurso. E, mais do que isso, da

necessidade de que ele seja, o quanto

antes, realizado. "O bom aparelhamento da

Receita tem relação direta com a

arrecadação. Portanto, os concursos podem

até atrasar um pouco, em função da atual

crise econômica e política, mas não acredito que concursos para contratação de

auditores e analistas, tanto na Receita como nos principais Estados, sofram grande

atraso", aponta Eugenio Montoto, mestre em Ciências Contábeis e Financeiras pela

PUC-SP e experiente professor, com passagem por cursos preparatórios, como LFG,

Central de Concursos, Alfa, Damásio e Meta.

Atualmente à frente do Fera Cursos & Concursos (acesse AQUI), Eugenio segue em

sua atividade de preparação de milhares de interessados em ingressar na carreira

pública - certo de que, para a aprovação e classificação, os estudos para concursos

como o da Receita Federal devem começar o quanto antes. "Acabamos de ver no

noticiário dos dias 3 e 4 de junho a divulgação da prisão de um auditor da Receita

preso por ajudar uma empresa a fraudar, em apenas um procedimento de

recuperação fiscal, um montante de mais de R$6 bilhões. Daí, também, a

necessidade de qualificação. Uma Receita Federal equipada acelera o processo de

recuperação de créditos fiscais devidos pelas empresas ao Estado Brasileiro.

Imaginem o total de recursos que podem recuperados em processos deste tipo, se

devidamente processados e cobrados", provoca.

Seja para analista tributário, seja para auditor-fiscal, o aluno precisa estudar como

se estivesse fazendo um mestrado, isto é, fazer um programa de três a seis

disciplinas por semestre. "E, na medida em que for concluindo cada grupo de

disciplinas, precisa manter uma rotina de solução de exercícios das matérias

estudadas e iniciar um novo ciclo. Deve ir elaborando um resumo de cada tema

estudado de cada matéria. Esse processo de preparação leva cerca de dois a três

anos, normalmente. Para um jovem que pode não trabalhar, e possui boa formação,

esse tempo pode cair para um ano", pontua o professor, também autor de livros

como “Contabilidade Geral e Avançada Esquematizado”, da Editora Saraiva, lançado

Eugenio Montoto dá dicas de estudo de Contabilidade

em 2011. e já na quarta edição em 2015.

O especialista aproveita a entrevista para derrubar alguns mitos sobre a disciplina

de Contabilidade. "Tenho ouvido que, por exemplo, para passar em contabilidade o

aluno precisa estudar muito mais que o melhor dos livros. Eu discordo radicalmente.

Quem estudar detalhadamente meu livro vai tirar quase nota máxima em qualquer

prova. Mas, para tirar 80%, não precisa saber nem 50% do que está ali... E isso se

aplica a qualquer disciplina. Assistir a uma boa aula presencial ou online, com um

professor que reconhecidamente seja especializado em concursos, vai levar o aluno

ao sucesso. As provas de Contabilidade normalmente sempre pedem os mesmos

conjuntos de conteúdo. Por isso, sempre chamo a atenção do aluno para os temas

mais frequentes, explicando como eles são pedidos".

Mas, afinal, onde estaria o problema do estudo da Contabilidade? Por qual razão

essa disciplina, vital no concurso da Receita e também nos tribunais de conta de

estados e municípios (só para citar alguns), assusta tanta gente? "A falta de

capacidade de raciocínio matemático é um problema reincidente. Muitas das

dificuldades dos alunos com Contabilidade não está na contabilidade em si, mas na

incapacidade de os alunos entenderem um problema típico de sistema de primeiro

grau. E isso é grave. Os problemas apresentados pelas bancas possuem equações

envolvendo o ativo e passivo - e os alunos só precisam saber de contabilidade que

“Ativo = Passivo + PL”. Daí, é só estruturar as variáveis. E isso a grande maioria dos

alunos não sabe fazer", explica ele, que segue sua explanação.

"A principal dúvida dos alunos é a maneira como a Contabilidade registra um fato

contábil. Um fato contábil é um evento que altera o patrimônio de uma entidade de

forma quantitativa ou qualitativa. Por exemplo: um fato qualitativo é a transferência

de recursos da conta bancária de um sócio para o caixa da empresa. Perceba que

não ocorreu aumento do patrimônio, apenas uma mudança na sua composição. O

aluno tem muita dificuldade de entender que é necessário debitar o caixa e creditar

o banco. Entrada de dinheiro no caixa gera um débito, mas o aluno muitas vezes

não entende que o dinheiro da empresa não é da empresa, mas dos sócios. E os

sócios são os credores. Portanto, quem guarda o dinheiro é devedor dos sócios, isto

é, o Caixa está guardando o dinheiro, por isso é devedor".

A interpretação do enunciado pode se revelar outro ponto crítico. "Outra dificuldade

é que, como em Contabilidade cerca de 40% da prova envolve números, a banca

ardilosamente apresenta nos dados das questões 'aquela operação matemática

típica envolvendo as variáveis'. O aluno muitas vezes não dá a devida atenção à

pergunta e responde o que ele percebeu e não o que a banca perguntou", lamenta

Montoto, que faz um alerta sobre o atual perfil das provas. Ele detectou mudanças

que devem ser verificadas também nas próximas seleções.

"Antes das novas normas internacionais adotadas pelo Brasil as questões de

concurso em Contabilidade eram predominantemente numéricas. Existem diversas

provas da ESAF dessa época, nas quais 100% das questões envolvem números. Já

na prova de 2012 para auditor da Receita, as questões numéricas somaram apenas

60% das 30 questões; portanto 18 questões foram teóricas. Em 2014, esse número

caiu para cerca de 40%, entre as 20 questões. Essa é a grande mudança de perfil

das provas de Contabilidade em todas as bancas. O aluno deve estar preparado para

responder questões teóricas em cerca de metade das provas de Contabilidade."

Eugenio MOntoto explica que o Fera Cursos & Concursos surgiu da análise objetiva

do mercado de que não existe nenhuma plataforma online que, de fato, ofereça um

curso completo para o aluno avaliar o seu estágio, sendo capaz de orientá-lo no

caminho que deve seguir para aprender aquilo que ainda não sabe. "No início do

próximo ano vamos lançar uma plataforma de aprendizagem adaptativa online

altamente inteligente que irá ajudar muito os alunos em todas as disciplinas. A

aprendizagem não se dá apenas com aulas online estáticas, 'penduradas' numa

plataforma. Essas aulas precisam ser curtas, com objetivo claro e resumo no final. A

plataforma precisa dar outras ferramentas como podcasts, textos em pdf,

referências bibliográficas, tudo associado a uma conduta de avaliação e orientação

permanentes. Isso garante ao aluno uma orientação particular, caso a caso".

Atualmente, o Fera Cursos & Concurso oferece apenas o conhecimento de

Contabilidade - especialidade de seu fundador. Em breve, serão lançados cursos

completos para carreiras fiscais e jurídicas, para analistas e técnicos de tribunais.

"Passar em um concurso deste tipo não é difícil. Difícil é acertar na loteria. Passar

em um concurso da Receita, por exemplo, é algo trabalhoso. Portanto, não se deve

confundir dificuldade com trabalho. O aluno precisa ser organizado, disciplinado e

determinado, justamente para vencer o desafio de colocar na cabeça cerca de mil

páginas de resumos de todas as matérias. E, acredite, se bem orientado, isso é

possível", conclui Eugenio Montoto.