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Conhecimentos Bancários Uma Introdução ao Mercado Financeiro Antonio Cláudio da Silva 1 Antonio Cláudio da Silva CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ESQUEMATIZADO Uma introdução ao Mercado Financeiro Para Concursos Públicos: Banco do Brasil Caixa Econômica Federal Banco do Nordeste Banco da Amazônia Fortaleza (CE) 2010

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS ESQUEMATIZADO · 12 – No caso de concurso para Bancos, domine Conhecimentos Bancários e Matemática Financeira e será aprovado. 13 – Quando o concurso

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Conhecimentos Bancários – Uma Introdução ao Mercado Financeiro Antonio Cláudio da Silva

1

Antonio Cláudio da Silva

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

ESQUEMATIZADO

Uma introdução ao Mercado Financeiro

Para Concursos Públicos:

Banco do Brasil

Caixa Econômica Federal Banco do Nordeste

Banco da Amazônia

Fortaleza (CE) 2010

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

3. NOÇOES DE RISCO E ANÁLISE DE CRÉDITO

4. SPB – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO

5. OPERAÇÕES PASSIVAS

6. OPERAÇÕES ATIVAS

7. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

8. MERCADO FINANCEIRO – MERCADO MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E DE CÂMBIO

9. NOCÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

10. NOÇÕES DE DIREITO APLICADAS AO MERCADO FINANCEIRO

11. O BANCO DO BRASIL S.A

12. A CAIXA ECONOMICA FEDERAL

13. BANCO DO NORDESTE

14. BANCO DA AMAZÔNIA

15. GLOSSÁRIO DE TERMOS DO MERCADO FINANCEIRO

16. BIBLIOGRAFIA

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1 - INTRODUÇÃO

Prezado Aluno/Aluna, Muito obrigado pela aquisição do meu material de conhecimentos bancários para seleção em Bancos Públicos. Trata-se de um material desenvolvido ao longo de muitos anos, que venho atualizando a cada nova edição do livro MERCADO FINANCEIRO, do Eduardo Fortuna e, considerando também, os livros que são citados nas questões dos diversos concursos dos bancos oficiais que participo como candidato. Muitos profissionais da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, do BANCO DO BRASIL, do BASA e do BNB estudaram somente pelos meus slides, que agora estão esquematizados, e hoje encontram-se empregados e felizes. Para me manter atualizado, sempre participo das seleções, como candidato, estando atualmente aprovado nos seguintes certames: BANCO DO BRASIL/2007, TRE-RJ/2006, TRF PIAUÍ/2006, MPU PIAUÍ/2006. No ano de 2004 fui aprovado em 1º. Lugar na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 5º Lugar para ESCRIVÃO da Polícia Federal e 10º. Lugar para Analista Administrativo da AGENCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. Também sou autor de um livro de MATEMATICA FINANCEIRA, que foi estruturado durante quatro anos em conjunto com os alunos da disciplina MATEMATICA FINANCEIRA numa faculdade de Teresina (PI). Recentemente recebi dois excelentes feedbacks: primeiro uma amiga, que não estudava há mais de vinte anos, utilizando o meu livro, foi aprovada no concurso do FNDE, em Brasilia (DF). Segundo, uma outra pessoa que estava devendo MATEMATICA FINANCEIRA no curso de graduação em Administração de Empresas, dependendo da aprovação na disciplina para formar, estudou pelo meu livro e conseguir nota 10 na avaliação final. Atualmente ministro aulas de Conhecimentos Bancários para concursos de bancos públicos no VIP CURSOS, em Teresina (PI), e no Curso AThenas, em Fortaleza (CE). Os alunos me apelidaram de “Professor Chiclete com Banana”, aquele que arrasta multidões.

Eis um breve currículo: Prof. Antônio Cláudio da Silva - [email protected]

Graduação em Licenciatura Plena em Matemática – UESPI (PI); Graduando em Direito – 9º. Período - FAECE – Fortaleza (DF); M.B.A. Formação para Altos Executivos – Fundação Dom Cabral (MG); Pós-Graduação em Gestão de Negócios – Fundação Dom Cabral (MG); Pós-Graduação em Administração Hoteleira – UESPI (PI); Pós-Graduação Matemática e Estatística – UFLA (MG); Pós-Graduação em Ensino da Matemática – UESPI (PI); Pós-Graduando em Direito Internacional – UNIFOR - CE; Professor de Cursos de Graduação e Pós-Graduação; Professor de Cursos Preparatórios para Concursos – VIP CURSOS, em Teresina

(PI), Curso Athenas, em Fortaleza (CE) e pela Internet www.voupassar.com.br;

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Experiência profissional corporativa: No Banco do Brasil: Gerente de Agência, Gerente Regional de Negócios, Gerente de OSM, Gerente do Núcleo de Consultoria de Brasília, Gerente de Mercado de PJ, Gerente de Mercado de Governos, Superintendente Regional, Superintendente Estadual Adjunto, Superintendente Estadual. Em Empresas de Consultoria: Diretor Executivo, Consultor em Organização e Finanças, Facilitador de Cursos Empresariais e Palestrante. Em Instituição de Ensino Superior: Diretor Administrativo e Financeiro. Na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL: Gerente de Relacionamento PJ, Em Teresina (PI), Gerente de Risco de Crédito de Grandes Corporações, Projetos de Infraestrutura e Operações Estruturadas, em Brasília (DF) e Gerente Regional de Risco de Crédito em Fortaleza (CE). Autor dos Livros: MATEMÁTICA FINANCEIRA, CONSULTORIA EMPRESARIAL e

DINÂMICAS PARA TREINAMENTO.

1.1 - DICAS PARA PASSAR EM CONCURSOS PÚBLICOS Faça o curso MOTIVAÇÃO e TÉCNICAS DE ESTUDOS, gratuitamente, no site www.voupassar.com.br. Para conseguir a tão sonhada aprovação em concursos públicos, algumas orientações são importantes: 1 - As três regras de ouro para aprovação em concursos públicos

I. HUMILDADE – Nunca sabemos tudo. Sempre teremos o que aprender. Sempre devemos ensinar. O conhecimento é democrático.

II. PACIÊNCIA – Tudo tem o seu tempo. A cada não aprovação significa que estamos

mais perto da aprovação.

III. PERSEVERANÇA – O nosso futuro é moldado conforme cada ação que promovemos no nosso presente.

2- Somente lembramos dos concursos que somos aprovados. Aqueles que não temos êxito, servem apenas de preparo para o que iremos participar a seguir. 3 – Não vá para a prova com a obrigação de ser aprovado. Muitas variáveis podem contribuir para sua aprovação ou reprovação. Esteja preparado, é o melhor que você pode fazer. 4 – Estude, no mínimo, 4 horas por dia; 6 – Estude todos os dias, não pule nenhum dia;

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7 – Se for possível, participe de um curso preparatório para concursos. Os professores são profissionais experientes e vão repassar muitas orientações que auxiliam no momento da prova; 8 – Quando estiver fazendo a prova, marque o tempo. Na metade do tempo, peça para ir ao banheiro, lave o rosto, as mãos e os punhos. Se puder, passe onde possa tomar alguns raios de sol. Você será reenergizado. Sentir-se-á da mesma maneira que iniciou a prova; 9 – Inicie a prova sempre pelas questões que têm maior peso. Se todos os pesos forem iguais, pela disciplina que você mais domina. Dessa forma, mais descansado, acertará mais o que você domina ou vale mais ponto e errará mais o que você menos domina ou o que vale menos ponto. 10 – Leia o máximo que você puder. Os alunos erram mais na interpretação das questões do que em seus conteúdos. 11 – Não espere concluir uma disciplina para estudar outra. Monte um plano de estudos, em que você vai estudando todas as disciplinas ao mesmo tempo, inclusive aquela que você menos gosta. 12 – No caso de concurso para Bancos, domine Conhecimentos Bancários e Matemática Financeira e será aprovado. 13 – Quando o concurso for num domingo, encerre seus estudos na sexta-feira. Nunca estude de véspera. O que você não aprendeu, não aprenderá na última hora. Curta o dia anterior. Namore, dance, brinque, se divirta. Relaxe e esqueça que o concurso será no domingo. 14 – Quando for aprovado, me envie um e-mail informando. Fico muito realizado e feliz em poder contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É energia positiva gerando energia positiva. 15 – Bons estudos e muito sucesso. Um grande abraço, muito sucesso e que Deus o/a abençoe.

Prof. Antonio Cláudio da Silva [email protected]

[email protected]

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2 – SFN - SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 2.1 – Termos mais usados nos concursos Vamos iniciar com os termos usados no mercado financeiro e que tem aparecido em muitas provas nos concursos para os bancos públicos. Além desses termos, você poderá conhecer outros no glossário, ao final da apostila.

SPREAD BANCÁRIO É o ganho do Banco nas operações de crédito. É a diferença entre a taxa da captação de recursos e a sua aplicação através de um empréstimo.

FLOAT É o número de dias que um recurso financeiro fica a disposição do Banco para aplicação como recurso livre.

FUNDING É o recurso que poderá ser aplicado em um projeto.

SWAP

É a possibilidade contratual de se efetuar uma troca de taxa de juros e/ou indexador de um contrato, como forma de reduzir um grande lucro ou atenuar uma grande perda, decorrente das alterações do mercado.

HEDGE É como se fosse um seguro. É uma proteção para evitar perdas.

CORPORATE Empresas de grande porte. Normalmente com faturamento anual acima de 100 milhões/ano.

FACTORING

Empresa comercial que compra crédito (cheques ou títulos de crédito, em especial, duplicatas.) Não é empresa financeira. Não é fiscalizada pelo BACEN.

CONVENANTS Garantia originária do Direito Anglo-Saxão, em que o credor tem o direito de acompanhar o processo de gestão do devedor.

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2.2 – Histórico do SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Norma Jurídica Objetivo

Lei 4.357/64 - Lei da Correção Monetária

A lei instituiu normas para a indexação de débitos fiscais, títulos públicos federais com cláusula de correção monetária (ORTN) – destinados a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover investimentos.

Lei 4.380/64 - Lei do Plano Nacional da Habitação

Foi criado o BNH, como órgão gestor do também criado SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (SBPE).

Lei 4.595/64 - Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional

Criação do CMN e do BACEN.

Lei 4.728/65 - Lei do Mercado de Capitais

Foram estabelecidas as normas e regulamentos básicos para estruturação do Mercado de Capitais.

Lei 6.385/76 - Lei da CVM

Criação da CVM (Comissão de Valores Nobiliários).

Lei 6.404/76 - Lei das S.A

Estabeleceu as regras de organização e funcionamento das Sociedades Anônimas.

Lei 10.303/01 - Nova Lei das S.A

Atualização da Lei 6.404/76.

Resolução CMN 3.040/02

Atualizou as regras para constituição de instituições financeiras.

2.3 – Composição dos SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Autoridades Monetárias

• Conselho Monetário Nacional - CMN

• Banco Central do Brasil – BC ou BACEN Autoridades de Apoio

• Comissão de Valores Mobiliários - CVM

• Banco do Brasil – BB

• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES

• Caixa Econômica Federal – CEF ou CAIXA

• Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN Instituições Financeiras Monetárias – São as instituições que possuem depósitos à vista e, portanto, multiplicam a moeda.

• Bancos Comerciais - BC • Caixas Econômicas - CE • Bancos Cooperativos - BCo • Cooperativas de Crédito - CC

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Instituições Financeiras Não Monetárias - São as instituições que captam recursos para empréstimos, através da emissão de títulos e, portanto, realizam somente a intermediação da moeda. NÃO EMITEM MOEDA ESCRITURAL.

• Bancos de Desenvolvimento - BD • Bancos de Investimento - BI • Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras • Sociedade de Crédito ao Microempreendedor – SCM • Companhias Hipotecárias-CH • Sociedades de Crédito Imobiliário-SCI • Associações de Poupança e Empréstimo-APE

Instituições Financeiras Auxiliares do Mercado Financeiro

• Sociedades Corretoras de títulos e Valores Mobiliários-CTVM

• Sociedades Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários - DTVM

• Sociedades de Arrendamento Mercantil-Leasing

• Agências de Fomento ou de Desenvolvimento-AF

• Investidores Institucionais - II 1. Fundos Mútuos de Investimento 2. Entidades Abertas ou Fechadas de Previdência Privada 3. Seguradoras

Banco Múltiplo Instituições ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguro

• Entidades Abertas e Fechadas de Previdência Complementar;

• Seguradoras;

• Sociedade de Capitalização;

• Sociedade Administradoras de Seguro Saúde.

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2.3.1 – CMN - Conselho Monetário Nacional Órgão NORMATIVO, por excelência, não lhe cabe funções executivas, sendo o responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do País. Pelo envolvimento destas políticas no cenário econômico nacional, o CMN se transforma em um Conselho de Política Econômica. Número de Membros:

Governo Participantes

Castelo Branco 6

Costa e Silva 4

Médici 10

Geisel 8

Figueiredo 8

Sarney 15

Collor 11

Itamar 13

FHC até os dias de hoje

3

CMN – Integrantes atuais – A MP 542, de 06/94, que criou o Plano Real, determinou que o CMN fosse composto pelos seguintes membros:

• Ministro da Fazenda (Presidente); • Ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão; • Presidente do Banco Central.

Competências do CMN:

• Adaptar o volume dos meios de pagamentos às reais necessidades da economia nacional;

• Regular o valor interno da moeda;

• Regular o valor externo da moeda;

• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e privadas;

• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros;

• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa;

• Estabelecer meta de inflação.

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Atribuições Específicas do CMN:

• Autorizar as emissões de moeda papel;

• Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN;

• Fixar diretrizes e normas da política cambial;

• Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas de operações creditícias;

• Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários;

• Determinar as taxas de recolhimento compulsório das instituições financeiras;

• Regulamentar as operações de redesconto de liquidez;

• Outorgar ao BACEN o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento exigir;

• Estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos públicos;

• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam no País.

2.3.2 – BACEN – Banco Central do Brasil Órgão EXECUTIVO central do sistema financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN. Está sediado em Brasília, possuindo representações regionais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Competência Privativa do BACEN:

• Emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN;

• Executar os serviços do meio circulante; • Receber os recolhimentos compulsórios dos Bancos Comerciais e os depósitos

voluntários das instituições financeiras e bancárias que operam no País; • Realizar as operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras

dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a problemas de liquidez;

• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; • Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de

títulos públicos federais; • Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições

estabelecidas pelo CMN; • Exercer o controle do Crédito sob todas as suas formas; • Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário; • Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as

instituições financeiras; • Estabelecer condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas

instituições financeiras privadas; • Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;

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• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do

mercado cambial, operando, inclusiva, via ouro, moeda ou operações de crédito, no exterior;

• Determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de um dia – A TAXA SELIC.

Demais denominações mercadológicas do BACEN

Denominação Atribuição

Banco dos Bancos • Depósitos Compulsórios; • Redesconto de Liquidez.

Gestor do SFN • Normas/Autorizações/Fiscalização/Intervenção

Executor da Política Monetária

• Determinação da Taxa Selic; • Controle dos meios de pagamento (Liquidez do

Mercado); • Orçamento monetário/Instrumentos de política

monetária;

Banco Emissor • Emissão do meio circulante; • Saneamento do meio circulante.

Banqueiro do Governo

• Financiamento ao Tesouro Nacional; • Administração da Dívida Pública Interna e

Externa; • Gestor e fiel depositário das reservas

internacionais do País; • Representante junto às instituições financeiras

internacionais do SFN;

Centralizador do Fluxo Cambial • Normas/Autorizações/Registros/Fiscalização/Inter

venção

2.3.3 – CVM – Comissão de Valores Mobiliários Órgão NORMATIVO do sistema financeiro especificamente voltado para o desenvolvimento , a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro Nacional, basicamente o mercado de ações e de debêntures (Mercado de Capitais). Sob a disciplina e a fiscalização da CVM estão consolidadas as seguintes atividades: Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; Negociação e intermediação no mercado de derivativos; Organização, funcionamento e operação das Bolsas de Valores; Organização, funcionamento e operações das Bolsas de Mercadores e Futuros; Administração de carteiras e custódia de valores mobiliários; Auditoria das companhias abertas; Serviços de consultor e analista de valores mobiliários.

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Competência ou Objetivos fundamentais da CVM: Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; Garantir o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições

auxiliares que operem no mercado; Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros

tipos de atos ilegais que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações;

Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto.

2.3.4 - BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social É uma instituição ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sendo o principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo aos setores primário, secundário e terciário da economia. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures e ações. Competências do BNDES: Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; Fortalecer o setor empresarial nacional; Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos pólos de produção; Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de

serviços; Promover o crescimento e a diversificação das exportações. Durante os governos Collor, Itamar e FHC foi responsabilidade do BNDES gerir

todo o processo de privatização das estatais. 2.3.5 – BB – Banco do Brasil Instituição que teve uma função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986, quando, por decisão do CMN, foi suprimida a conta movimento. É ligada ao Ministério da Fazenda. Hoje, é um conglomerado financeiro que atua como banco múltiplo, preservando ainda, algumas prerrogativas de agente financeiro do Governo Federal. Competências do Banco do Brasil: Administrar a Câmara de Compensação de Cheques e Outros Papéis; Efetuar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral

da União; Adquirir e financiar os estoques de produção exportável; Agenciar os pagamentos e recebimentos fora do País; Operar os fundos de investimento setorial como Pesca e Reflorestamento;

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Captar depósito de poupança direcionada ao crédito rural; Operar o FCO; Executar a política de preços mínimos para os produtos agro-pastoris; Executar o serviço da dívida pública consolidada; Realizar por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira, ou

por conta do BACEN, nas condições estabelecidas pelo CMN Receber a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da

arrecadação de tributos e rendas federais; Receber em depósito, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer

entidades federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e militares, instituições de previdência e outras autarquias, comissões, departamentos, entidades em regime especial de administração e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por adiantamentos.

2.3.6 – CAIXA – Caixa Econômica Federal Instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. É ligada ao Ministério da Fazenda. À CAIXA é permitido atuar em todas as áreas de atividades dos bancos comerciais, sociedade de crédito imobiliário e de saneamento e infra-estrutura urbana, além da prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Governo Federal. Principais atividades da Caixa:

• Captar recursos em cadernetas de poupança; • Captar recursos em depósitos judiciais; • Recolher e administrar os recursos do FGTS; • Administrar as Loterias; • Administrar o Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS; • Administrar o Programa de Integração Social -PIS; • Administrar o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS; • Administrar o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS.

2.3.7 – CRSFN – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional Criado pelo Decreto 91.152, de 15/03/85, como órgão integrante do Ministério da Fazenda, para julgar, em segunda e última instância, os recursos e interpostos das decisões relativas à aplicação de penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É integrado por oito Conselheiros, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros e de capitais. É composto pelos seguintes participantes:

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• Um representante do Ministério da Fazenda; • Um representante do Banco Central; • Um representante da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio; • Um representante da Comissão de Valores Mobiliários; • Quatro representantes de entidades de classe, dos mercados financeiro e de

capitais, por elas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro da Fazenda. 2.3.8 - Classificação das Instituições Financeiras em segmentos, segundo as suas funções de crédito:

Funções de Crédito INSTITUIÇÕES

Instituições de Crédito a Curto Prazo

• Bancos Comerciais; • Caixas Econômicas; • Bancos Cooperativos/Cooperativas de Crédito; • Bancos Múltiplos com Carteira Comercial

Instituições de Crédito de Médio e Longo Prazo

• Bancos de Desenvolvimento; • Bancos de Investimento; • Caixa Econômica; • Bancos Múltiplos com Carteira de Investimento e de

Desenvolvimento; • Sociedade de Crédito ao Microempreendedor; • Agências de Fomento.

Instituições de Crédito e Financiamento de Bens de

Consumo Duráveis

• Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras;

• Caixa Econômica; • Bancos Múltiplos com Carteira de Aceite.

Instituições de Crédito Imobiliário

• Caixa Econômica Federal; • Associações de Poupança e Empréstimos; • Sociedades de Crédito Imobiliário; • Companhias Hipotecárias; • Bancos Múltiplos com Carteira Imobiliária.

Instituições de Intermediação no Mercado

de Capitais

• Sociedades Corretoras – CCVM; • Sociedades Distribuidoras – DTVM; • Bancos de Investimento; • Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos.

Instituições de Seguros e Capitalizações

• Seguradoras; • Corretoras de Seguros; • Entidades Abertas e Fechadas de Previdência

Complementar; • Sociedades de Capitalização.

Instituições de Arrendamento Mercantil -

LEASING

• Sociedades de Arrendamento Mercantil; • Bancos Múltiplos com Carteira de Arrendamento

Mercantil.

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2.3.9 - Instituições Financeiras Monetárias BC – Bancos Comerciais De acordo do o MNI (Manual de Normas e Instruções do BACEN), seu objetivo precípuo é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas. São intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem (agentes superavitários) e os distribuem através de crédito seletivo a quem necessita de recursos (agentes deficitários), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito. Os bancos comerciais podem delegar uma série de operações , inclusive a captação de depósitos e aplicações do público, a empresas localizadas em qualquer parte do País, que podem funcionar como correspondentes bancários. Competências dos Bancos Comerciais – BC Descontar títulos; Realizar operações de abertura de créditos simples ou em conta corrente (contas

garantidas); Realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio

internacional; Captar depósitos à vista e a prazo fixo; obter recursos junto às instituições oficiais

para repasse aos clientes; Obter recursos externos para repasse; Efetuar a prestação de serviços, inclusive mediante convênio com outras

instituições. Caixas Econômicas Estaduais (Não existem mais CAIXAS ECONÔMICAS ESTADUAIS) Como sua atividade principal, integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), sendo, juntamente com os bancos comerciais, as mais antigas instituições do Sistema Financeiro Nacional. Equiparam-se aos Bancos Comerciais e ainda tem a competência para a administração de loterias. O seu único representante é a CEF, resultado da unificação, pelo Decreto-Lei 759, de 12/08/69, das 23 Caixas Econômicas Federais até então existentes. BCo – Bancos Cooperativos O Banco Central, através da Resolução 2.193, de 31.08.95, autorizou a constituição de bancos comerciais na forma de S.A. de capital fechado, com participação exclusiva de cooperativas de crédito singulares. Deverão estar enquadradas nas regras do Acordo de Basiléia. Não podem participar no capital social de instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BACEN, nem realizar operações de SWAP por conta de terceiros.

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O BACEN deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus próprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco comercial faz. A Resolução 2.788, de 30.11.2000 do BACEN, renovou as regras para a constituição dos bancos cooperativos, cuja atuação deve observar no cálculo do PL exigido os mesmos fatores e parâmetros estabelecidos pela regulamentação em vigor para os bancos comerciais e múltiplos. CC – Cooperativas de Crédito A Lei 5.764, de 16/12/1971, definiu a Política Nacional de Cooperativismo como sendo uma atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecendo o interesse público e, instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Na lei foi estabelecido que celebram o contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro, e as classificou da seguinte forma:

Cooperativas Singulares – Constituídas de no mínimo 20 pessoas físicas e, excepcionalmente, de pessoas jurídicas que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas.

Centrais de Cooperativas ou Federações de Cooperativas – São aquelas constituídas de no mínimo 3 singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados individuais.

A Resolução 3.442, de 28/02/2007 do BACEN, estabelece as exigências e procedimentos que permitam as cooperativas de crédito e centrais de cooperativas de crédito a se constituírem e funcionarem como instituições financeiras.

As cooperativas de crédito singulares podem ser constituídas com os seguintes tipos de associados:

• Empregados servidores e pessoas físicas prestadores de serviço em caráter não eventual, de uma ou mais pessoas jurídicas, públicas ou privadas, definidas no estatuto, cujas atividades sejam afins, complementares ou correlatas, ou pertencentes a um mesmo conglomerado econômico;

• Profissionais e trabalhadores dedicados a uma ou mais profissões e atividades, definidas no estatuto, cujos objetos sejam afins, complementares e correlatos;

Pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores, responsáveis por negócios de natureza industrial, comercial ou de prestação de serviços, incluídas as atividades da área rural;

Pessoas que desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, de forma efetiva e predominante, atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas, ou se dediquem a operações de captura e transformação d pescado;

Livre admissão de associados; Empresários participantes de empresas vinculadas diretamente a um mesmo

sindicato patronal, direta ou indiretamente à associação patronal de grau superior.

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As cooperativas de crédito podem: Captar depósitos somente de associados, sem emissão de certificados; Obter empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou

estrangeiras; Receber recursos de fundos oficiais; Conceder empréstimos e prestar garantias, inclusive crédito rural; Aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em depósitos a vista e a prazo

com ou sem emissão de certificados; • Prestar serviços de cobrança, custódia, de recebimentos e pagamentos de contas

sob convênio com instituições públicas ou privadas; • Prestar serviços de CORRESPONDENTE BANCÁRIO. • Prestar serviços de administração de recursos de terceiros em favor de cooperativas

singulares filiais, bem como serviços técnicos a ouras cooperativas de crédito centrais e singulares filiadas ou não;

• Proceder à contratação de serviços com objetivo de viabilizar a compensação de cheques, e as transferências de recursos no sistema financeiro, além de prover as necessidades de funcionamento da instituição ou de complementar os serviços prestados pela cooperativa aos associados.

São três os principais sistemas de cooperativos:

• SICREDI – Sistema de Crédito Cooperativo (Região Sul, são Paulo, Mato Grosso e Sul do Pará);

• SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Atua em 20 Estados); • UNICRED BRASIL – Sistema que congrega as UNIMEDs

O SICREDI e o SICOOB criaram bancos comerciais cooperativos para ampliar a oferta de serviços financeiros. 2.3.10 – Instituições Financeiras não monetárias BD – Bancos de Desenvolvimento O BNDES é o principal agende do governo para financiamentos de médio e longo prazo aos setores primário, secundário e terciário da economia. As principais instituições de fomento regional são: Banco do Nordeste – BNB Banco da Amazônia – BASA.

Os bancos estaduais de desenvolvimento incluem-se em um conjunto de instituições financeiras controladas pelos governos estaduais e destinadas ao fornecimento de crédito de médio e longo prazo às empresas localizadas nos respectivos estados. Normalmente operam com repasses de órgãos financeiros do Governo Federal.

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Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures e ações. BI – Bancos de Investimento Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazo para suprimento de capital fixo e de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de dilatar o prazo das operações de empréstimos e financiamentos, sobretudo para fortalecer o processo de capitalização das empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e as subscrição de debêntures e ações. Não podem manter contas correntes e captam recursos pela emissão de CDBs e RDBs , através da captação e repasses de recursos de origem interna ou externa ou pela venda de cotas de fundos de investimento por eles administradas. Não podem destinar recursos a empreendimentos imobiliários. Principais Operações ativas praticadas pelos BI: Empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital fixo e de

capital de giro; Aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários

para investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriting); Repasses de empréstimos obtidos no exterior; Prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior.

FINANCEIRAS – Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio de popularmente conhecido ―crediário‖ou crédito direto ao consumidor (CDC) e Créditos Consignados em Folha de Pagamento. Não podem manter contas correntes e os seus instrumentos de captação restringem-se à colocação de letras de câmbio (LC). Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, constituídas em geral, sob a forma de sociedades civis servindo de elo entre o consumidor final, o lojista e a financeira, por meio de contratos específicos, em que figuram como poderes especiais, inclusive para sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e, também, prestando garantia del credere aos contratos financiados. São disciplinadas pela Resolução 562, de 30.09.79, do CMN.

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SCM – Sociedade de Crédito ao Microempreendedor Foram regulamentadas pela Resolução 2.874, de 26.07.2001, e tem por objetivo prover um modelo de financiamento sem assistencialismo, que atenda com um mínimo de burocracia a grande parcela da população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional. São constituídas na forma de companhias fechadas nos termos da Lei 6.404/76, ou na forma de sociedades por quotas de responsabilidade limitada, sendo vedado ao setor público a participação societária ou indireta em seu capital. Podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas, com objetivo de viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, e a pessoa jurídicas classificadas como microempresas. Principais competências das SCM:

Podem obter repasses e empréstimos, de recursos voltados para ações de fomento e desenvolvimento;

Podem aplicar suas disponibilidades de caixa no mercado financeiro;

Podem ceder contratos de créditos, inclusive as companhias securitizadoras;

Não podem captar recursos junto ao público;

Não podem ter participação do setor público;

A integralização do capital tem que ser em espécie (mínimo de R$ 100.000,00);

Não podem ter participação societária de outras empresas;

Não podem captar recursos junto ao público;

O valor máximo de empréstimo por cliente é de R$ 10.000,00;

Não podem conceder empréstimos para fins de consumo. CH – Companhias Hipotecárias A Resolução 2.122, de 30.11.94 do BACEN, estabeleceu as regras para a constituição e o funcionamento das Companhias Hipotecárias, que devem ser estabelecidas sob a forma de sociedades anônimas. A constituição e o funcionamento das CH depende de autorização do BACEN. Principais competências das CH:

Conceder financiamentos destinados a produção, reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos;

Comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;

Administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros;

Administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários;

Repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da aquisição de imóveis residenciais.

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SCI – Sociedade de Crédito Imobiliário A resolução 2.735, de 28.06.2000 do BACEN, estabeleceu que as SCI são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima.

Às sociedades de crédito imobiliário é facultado, além da realização das atividades inerentes a consecução de seus objetivos, operar em todas as modalidades admitidas nas normas relativas ao direcionamento dos recursos captados em depósitos de poupança. As Sociedades de Crédito Imobiliário podem empregar em suas atividades, além de recursos próprios, os provenientes de:

Depósitos em Poupança;

Letras Hipotecárias;

Letras Imobiliárias;

Repasses e refinanciamento contraídos no País, inclusive os provenientes de repasses e refinanciamentos de recursos externos;

Depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor;

Outras formas de captação de recursos autorizadas pelo BACEN. APE – Associação de Poupança e Empréstimo Criadas pela Lei 4.380/64, constituem-se obrigatoriamente sob a forma de sociedades civis, restritas a determinadas regiões, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas e passivas são fundamentalmente semelhantes às sociedades de crédito imobiliário. As operações ativas são constituídas basicamente por financiamentos imobiliários. Em 01/01/2008 existia uma única APE – Poupex – Poupança do Exército, administrada pelo BB.

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2.3.11 - Instituições Auxiliares do Mercado Financeiro CTVM – Sociedade Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros. Elas fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua constituição depende de autorização do BACEN e o exercício de sua atividade depende de autorização da CVM Suas atividades básicas são:

Operar nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias;

Efetuar o lançamento público de ações;

Administrar carteiras e custodiar valores mobiliários;

Instituir, organizar e Administrar fundos de investimento;

Operar no mercado aberto;

Intermediar operações de câmbio. DTVM – Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Suas atividades têm uma faixa operacional mais restrita do que a das corretoras, já que elas não têm acesso às bolsas de valores e de mercadorias. Suas atividades básicas são:

• Subscrição isolada ou em consórcio de emissão de títulos e valores mobiliários para a revenda;

• Intermediação da colocação de emissões de capital e mercado;

• Operações no mercado aberto, desde que satisfaçam as condições exigidas pelo BACEN.

EMPRESAS DE LEASING – Sociedade de Arrendamento Mercantil Tais sociedades nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não da sua propriedade. Em linhas gerais, a operação de leasing se assemelha a a uma locação, tendo o cliente, ao final do contrato, a opção de renová-lo, adquirir o bem, pagando o valor residual ou devolvê-lo à empresa. As operações de leasinf foram regulamentadas pelo CMN através da Lei 6.099, 09/74 e a integração das sociedades arrendadores ao SFN se deu através da Resolução 351, de 1975. Captam recursos de longo prazo, através da emissão de debêntures, corrigidas através de diversos índices, inclusive com cláusula de variação cambial e realizam operações de sob a forma de arrendamento mercantil (aluguel).

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AF – Agência de Fomento ou de Desenvolvimento A resolução 2.828, de 30.03.2001, do BACEN estabeloceu as regras atuais que dispõem sobre a constituição e o funcionamento das agências de fomento. Ela estabelece que a constituição e o fun cioamento de agências de fomento sobv controle acionário de unidade da Federação, cujo objeto social é a concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos no País, dependem de autorização do BACEN. As agências de fomento somente podem praticar operações de repasse de recursos captados no País e no exterior originários de: Fundos constitucionais; Orçamentos federal, estaduais e municipais; Organismos e instituições financeiras nacionais e internacionais de

desenvolvimento. As agências de fomento devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado nos termos da Lei 6.404/76. A experessão ―Agência de Fomento‖ , acrescida da unidade da federação que a controla, deve constar, OBRIGATORIAMENTE, em sua denominação social. Cada unidade da federação só pode constituir 01 agência de fomento. Às agências de fomento são facultadas:

• Realizar operações de financiamento de capital fixo e de giro associado;

• Prestar garantias;

• Prestar serviços de consultoria e de agente financeiro;

• Prestar serviços de administrador de fundos de desenvolvimento. Investidores Institucionais Não constituem uma instituição financeira em si, mas constituem um tipo de investidor que por gerenciar recursos de terceiros e/ou para garantir suas obrigações constratuais com terceiros, deve aplicar os recursos de que disõem de acordo com regras previamente definidas pela entidade fiscalizadora do seu segmento de atividade. Podem ser agrupados em: Fundos Mútuos de Investimento - São constituídos na forma de condomínios

abertos ou fechados e representam reunião de recursos de poupança, destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar a seus condôminos valorização de cotas, a um custo global mais baixo, ao mesmo tempo que tais recursos se constituem em fonte de recursos para investimento em capital permanente das empresas.

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Entidades Abertas e Fechadas de Previdencia Complementar - São instituições

restritas a determinado grupo, contribuintes ou não, com o objetivo de valorização de seu patrimônio, para garantir a complementação da aposentadoria e, por esta razão orientadas, a aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado financeiro e de capitais.

Seguradoras - A lei da reforma bancária 4595/64 enquadrou as seguradores como instituições financeiras, subordinando-as as novas disposições legais, sem contudo, introduzir modificações de profundidade na legislação específica aplicável à atividade. As seguradoras são orientadas pelo BACEN quanto aos limites de aplicação de suas reservas técnicas nos mercados de renda fixa e renda variável.

BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo

Fundada em 23 de agosto de 1890, a bolsa de valores de São Paulo – BOVESPA, tem uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e a economia brasileira. Até meados da década de 60, a BOVESPA e as demais bolsas brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas as secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder publico. No passado, as bolsas de valores eram sociedades civis sem fins lucrativos. A seu patrimônio era representado por títulos patrimoniais pertencentes as sociedades corretoras membros. Atualmente são sociedades anônimas, com autonomia administrativa, patrimonial e financeira e estão sujeitas a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários, conforme as diretrizes do CMN.

A ampliação do uso da informática, em 1999 foi lançado o HOME BROKERS e o AFTER-MARKET, meios para facilitar e permitir a participação do pequeno e médio investidor no mercado.

HOME BROKER – Permite que o investidor, por meio do site das corretoras na Internet, transmita sua ordem de compra ou de venda diretamente ao sistema de negociação na BOVESPA.

AFTER-MARKET – É a possibilidade de efetuar a ordem de compra ou de venda em uma sessão noturna, das 17:30 as 19:00 horas.

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A legislação atual autoriza as bolsas de valores a negociarem títulos e valores mobiliários de emissão ou co-responsabilidade de companhia abertas, registrados na CVM, tais como:

Opções de Compra e venda de Ações de Cias Abertas;

Contratos futuros de Ações;

Debêntures;

Commercial Papers registrados para colocação pública;

BDRs (Brazilian Depository Receipts) No Brasil, a única Bolsa de Valores em operação é a Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA.

As resoluções 2.690, de 28/01/2000 e 2.709, de 30/03/2000, ambas do BACEN, disciplinaram a nova constituição, a organização e o funcionamento das bolsas de valores, aumentando e revolucionando sua flexibilidade. Por estas novas regras, as bolsas puderam deixar de ser entidades sem fins lucrativos e se transformaram em sociedade anônima. Não somente as corretoras podem ser sócias mas, também, qualquer pessoa física ou jurídica. BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuros A Bolsa Brasileira de Mercadorias era uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede administrativa e foro no Distrito Federal. Ela exerce suas atividades operacionais por meio das corretoras vinculadas a Centrais Regionais de Operações (CROs), instaladas nas cidades de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Uberlândia (MG) e Escritório em Florianópolis (SC).

Seu quadro era constituído somente pelas seguintes categorias de associados:

Associado Instituidor: a BM&F, que detém 203 títulos patrimoniais;

Corretoras Associadas: sociedades corretoras de mercadorias detentoras de 202 títulos patrimoniais.

No final de 2006, ele tornou-se uma sociedade anônima, com ações negociadas na BOVESPA e, em 2007, fundiu-se com a BOVESPA, criando a empresa BM&F e BOVESPA S.A. A BM&F tem como principal objetivo organizar, desenvolver e prover o funcionamento, por meio de sistemas de negociação, de transações com mercadorias, bens, serviços e títulos, nos mercados primário e secundário, nas modalidades a vista, a prazo e a termo.

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No desenvolvimento dos sistemas da Bolsa Brasileira de Mercadorias, foram levados em conta fatores estruturais, dos quais se destacam os mais importantes:

A necessidade de organizar o mercado físico, de forma a atrair compradores e vendedores interessados em preços transparentes para seus produtos;

A necessidade de viabilizar o mercado secundário de títulos por meio do endosso eletrônico desses papéis, com vistas em dar liquidez a esse mercado, condição essencial para a consolidação de um mercado primário efetivamente ativo e capaz de estimular a participação da iniciativa privada;

Em 22 de abril de 2002, foi dado início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F (Operação de Câmbio compra e venda para pagamento das aquisições na BM&F ).

No dia 25 de abril de 2002, a BM&F adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituições financeiras; e os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de seus titulares, bem como os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e outros ativos, conhecido como Sisbex.

Em 29 de agosto de 2002, lançou a Bolsa Brasileira de Mercadorias, que reúne, além da BM&F, que lhe presta serviços de compensação e liquidação, as bolsas de mercadorias dos estados de Goiás, Mato Grosso do sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Uberlândia (MG), transformadas em Centrais Regionais de Operação, com o intuito de formar um grande mercado nacional para as commodities agropecuárias, com mecanismos modernos de formação de preços e sistema organizado de comercialização. Em 22 de outubro de 2002, iniciou-se o funcionamento da Bolsa Brasileira de Mercadorias.

Em 2004, foi criada a Central Regional de Operação do Ceará.

Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente centralização na BM&F.

Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala, custos competitivos e segurança operacional.

Em 12 de novembro de 2002, a BM&F negociou acordo com a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) e com a Central de Compensação e Liquidação S/A, visando a cessação das atividades de registro, compensação e liquidação de operações com títulos públicos e privados de renda fixa desenvolvidas por esta última e a sua conseqüente centralização na BM&F.

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Em 14 de maio de 2004, foram iniciadas as operações da Clearing de Ativos BM&F. Com isso, a BM&F ampliou sua atuação para se transformar na principal clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de registro, compensação e liquidação de ativos e derivativos, e oferecendo ao mesmo tempo economias de escala, custos competitivos e segurança operacional.

No dia 29 de janeiro de 2004, o Banco Central do Brasil emitiu resolução por meio da qual autorizou as bolsas de mercadorias e futuros a constituir banco comercial para atuar no desempenho de funções de liquidante e custodiante central, prestando serviços às bolsas e aos agentes econômicos responsáveis pelas operações nelas realizadas.

Assim, a BM&F deu início ao processo de criação do Banco BM&F de Serviços de Liquidação e Custódia S.A. 2.3.12 – Instituições e Sistemas de Registro, Custódia e Liquidação de Títulos SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia É um sistema informatizado criado em 1980, sob a responsabilidade do BACEN e da ANDIMA (Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos). O SELIC é um grande sistema computadorizado on-line. Somente as instituições financeiras credenciadas no mercado financeiro têm acesso ao SELIC, o qual opera em tempo real, permitindo que os negócios tenham liquidação imediata. Os operadores das instituições envolvidas em uma transação com esses títulos, após acertarem os negócios, transferem estas operações, via terminal, ao SELIC O sistema imediatamente transfere o registro do título para o comprador e faz o crédito na conta do vendedor do título. Ambas as partes têm certeza da validade da operação efetuada. Apenas títulos públicos federais, quer sejam emitidos pelo Tesouro Nacional que pelo BACEN, e os títulos públicos estaduais e/ou municipais, emitidos até Janeiro de 1992, são registrados no SELIC. Os títulos estaduais e municipais posteriores a Janeiro de 1992 são registrados no CETIP.

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CETIP – Câmara de Custódia e Liquidação Entidade sem fins lucrativos criada pelas instituições financeiras e o Banco Central, em 03/86, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro. É uma empresa de custódia eletrônica e de liquidação financeira de títulos públicos e privados, que se constitui na forma de um mercado de balcão organizado para registro e negociação de títulos e valores mobiliários de renda fixa. Ela oferece o suporte necessário a toda a cadeia de operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação on-line, registro de negócios e liquidação financeira, além de prover sistemas e suporte tecnológico para a Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP, a clearing de Pagamentos da FEBRABAN, no SPB. Os ativos negociados na CETIP representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, as cotas de fundos de investimento, os derivativos (contratos de swap, contrato a termo de moeda sem entrega física e derivativos de crédito), os títulos emitidos por estados e municípios que ficaram de fora das regras de rolagem e o estoque de papéis utilizados como moedas de privatização de emissão do Tesouro Nacional. 2.3.13 – BM - Bancos Múltiplos Os bancos múltiplos surgiram através da Resolução 1524/88, do CMN, a fim de racionalizar a administração das instituições financeiras. O estatuo de um banco múltiplo permite que algumas dessas instituições, que muitas vezes eram empresas de um mesmo grupo econômico, se constituam em uma única instituição financeira com personalidade jurídica própria e, portanto, com um único balanço patrimonial, um único caixa e, conseqüentemente, significativa redução de custos. Em termos práticos, mantém as mesmas funções de cada instituição em separado, com as vantagens de contabilizar as operações como uma só instituição. As carteiras de um banco múltiplo envolvem:

Carteira Comercial (regulamentação dos bancos comerciais);

Carteira de Investimento (regulamentação dos bancos de investimento);

Carteira de Crédito Imobiliário (regulamentação das SCI);

Carteira de Aceita (regulamentação das FINANCEIRAS);

Carteira de Desenvolvimento (regulamentação dos bancos de desenvolvimento)

Carteira de Leasing (regulamentação das empresas de Leasing) Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das carteiras acima, sendo obrigatoriamente, uma deles ser a CARTEIRA COMERCIAL ou CARTEIRA DE INVESTIMENTO.

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2.3.14 – Instituições ligadas ao Sistema de Previdência e Seguros SNSP – Sistema Nacional de Seguros Privados O decreto 73, de 21.11.66 instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), ainda vigente, composto da seguinte forma:

Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP;

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP;

IRB – Brasil Resseguros S/A – IRB-Re;

Sociedades autorizadas a operar com seguros privados;

Corretores de Seguros habilitados. CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

É o órgão NORMATIVO das atividades de SEGUROS no Brasil.

O órgão foi criado pelo Decreto-Lei nº 73/66 e alterada pela Lei 10.190/01, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual é o órgão de cúpula.

A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15.07.77, as suas atribuições se estenderam à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas. Suas principais atribuições são:

Fixar diretrizes e normas de políticas de seguros privados, de capitalização e de previdência complementar;

Regular a constituição, a organização, o funcionamento e a fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como aplicação das penalidades previstas;

Fixas as características gerais dos contratos de seguros, previdências complementar abertas, capitalização e resseguro;

Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;

Prescrever os critérios de constituição das seguradoras, sociedades de capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;

Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor e fixar normas gerais de contabilidade e estatística para as seguradoras, sociedades de capitalização, entidades de previdência complementar aberta e resseguradoras.

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O CNSP tem se submetido a várias mudanças em sua composição, sendo a última através da edição da Lei nº10.190/01, que lhe determinou a atual estrutura. Composição:

Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente;

Superintendente da Superintendência de Seguros Privados- SUSEP, na qualidade de Vice-Presidente;

Representante do Ministério da Justiça

Representante do Banco Central do Brasil

Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social

Representante da Comissão de Valores Mobiliários. Superintendência de Seguros Privados - SUSEP É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo DL nº 73/66, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte ainda o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB-Brasil Resseguros S.A (IRB-Re), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência complementar aberta e corretores de seguros habilitados.

São atribuições da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP):

Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização e resseguradoras;

Aprovar os limites de operações das seguradores, em conformidade com os critérios fixados pelo CNSP;

Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores desse mercado;

Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operam.

IRB-Brasil Resseguros S.A. – IRB-Re É uma entidade de economia mista, vinculada ao Ministério da Fazenda, dotada de personalidade jurídica própria de direito privado e que goza de autonomia administrativa e financeira. Seu capital está dividido entre a União (50%) e as seguradores autorizadas a operar no País (50%). Atualmente o IRB-Re continua sendo o único ressegurador autorizado a operar no Brasil, detendo o monopólio do resseguro.

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Instituição criada em 1939 por Getúlio Vargas para concentrar nas empresas nacionais o resseguro do país, através da própria empresa e de sua política de retrocessão, em que a maior parte do risco era redividido entre as seguradoras nacionais.

O IRB-Re tem a finalidade de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocessão, bem como promover o desenvolvimento das operações de seguro, segundo as diretrizes do CNSP.

Sociedades Seguradoras

O mercado de seguros é operado por sociedades seguradoras constituídas sob a forma de sociedades anônimas.

As seguradores recebem autorização para operar os ramos elementares, no ramo vida, ou em ambos. As seguradoras que possuem autorização para operar no ramo vida, podem também, comercializar planos de previdência, conforme a Lei Complementar 109/01.

Corretoras de Seguros

O corretor de seguros, pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Na contratação da apólice, o corretor é representante do segurado.

O exercício da profissão, de corretor de seguros, depende de prévia habilitação e registro junto a SUSEP. Sociedade de Capitalização

São organizadas sob a forma de sociedade anônima, não podem distribuir lucros ou quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, se essa distribuição prejudicar a reserva; não podem requerer concordata e somente estão sujeitas à falência se, decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios de ocorrência de crime falimentar. A autorização de funcionamento será concedido pelo Ministério da Fazenda e a sua fiscalização exercida pelo CNSP através da SUSEP. Somente as sociedades de capitalização poderão operar os planos e emitir os títulos de capitalização.

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SPC - Secretaria de previdência Complementar

É um órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, responsável pelo controle e fiscalização dos planos de previdência complementar FECHADOS. Em 30.04.04, foi sugerida a pela MP 233, mas não aprovada, a sua substituição pela PREVIC, que pretendia ser uma autarquia de natureza especial do Ministério da Previdência Social – MPS, responsável pela supervisão e fiscalização das atividades das entidades de previdência privada fechada.

Suas principais atribuições são:

Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e suas operações, e aplicar as penalidades cabíveis, nos termos da legislação vigente;

Expedir instruções e estabelecer procedimentos para aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes específicas do Conselho Nacional de Previdência Complementar;

Autorizar a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos e benefícios e de sua alterações;

Autorizar as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização societária, relativa às entidades fechadas de previdência complementar;

Autorizar a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, e suas alterações, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores;

Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o segmento;

Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante nos termos da legislação aplicável.

Entidades de Previdência Complementar

As entidades de previdência complementar têm por objetivo instituir planos privados de concessão de pecúlios ou de rendas mediante contribuição dos seus participantes, dos respectivos patrocinadores e/ou instituidores ou de ambos.

As entidades de previdência complementar são classificadas em:

Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) -

Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC).

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As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) – Também conhecidas como fundos de pensão, constituem-se sob a forma de fundação ou sociedade civil e possuem como principais características:

Ausência de finalidade lucrativa;

Abrangência restrita aos empresados ou servidores vinculados, respectivamente, a empresas da iniciativa privada ou aos entes estatais;

São reguladas e fiscalizadas pela SPC.

Exemplos: PREVI, CENTRUS, PETROS, VOAR, FUNCEF, etc.

As Entidades Abertas de previdência Complementar (EAPC) – São constituídas sob a forma de Sociedades Anônimas, com exceção das entidades abertas sem fins lucrativos, já autorizadas a funcionar quando entrou em vigor a LC 109/01, que podem manter sua organização jurídica de sociedade civil. Os planos abertos de previdência complementar são acessíveis a qualquer pessoa física e são regulados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados e SUSEP.

Exemplos: CAIXA PREVIDÊNCIA, BRADESCO PREVIDÊNCIA, BRASILPREV, PREVINVEST, etc.

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2.3.15 – Questões de Concursos 01. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa correta. (A) As companhias seguradoras subordinam-se à Bolsa de Valores e são por ela fiscalizadas. (B) A CVM é um órgão fiscalizador dos bancos múltiplos. (C) As sociedades de crédito imobiliário e poupança não são instituições financeiras. (D) As corretoras de seguros são instituições criadas para dar suporte às seguradoras na captação de seguros. (E) As companhias seguradoras são instituições captadoras de depósitos à vista. 02. (FGV/BESC/2004) A Lei de Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64) criou: (A) o Comitê de Política Monetária e as bolsas de valores. (B) o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários. (C) a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho Monetário Nacional. (D) o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional. (E) a Sumoc – Superintendência da Moeda e do Crédito. 03. (FGV/BESC/2004) A instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para a habitação popular e saneamento básico, utilizando recursos de cadernetas de poupança, é: (A) o Banco Central do Brasil. (B) a Caixa Econômica Federal. (C) a Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. (D) o Banco de Investimento. (E) a Bolsa de Valores. 04. (FGV/BESC/2004) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é a instituição responsável pela política de investimentos de longo prazo do Governo Federal. Como instituição financeira de fomento, NÃO é seu objetivo: (A) impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País. (B) fortalecer o setor empresarial nacional. (C) atenuar os desequilíbrios regionais criando novos pólos de produção. (D) o recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das arrecadações de tributos e rendas federais. (E) promover o crescimento e a diversificação de exportações. 05. (FGV/BESC/2004) A Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) foi criada

para dar ao mercado financeiro e de capitais maior transparência, segurança e credibilidade nas operações realizadas. Qual dos títulos abaixo NÃO é administrado pela Cetip? (A) Letras de câmbio

(C) Depósitos interfinanceiros (D) Letras hipotecárias

06. (FGV/BESC/2004) A taxa-Selic é a taxa básica da nossa economia, criada e administrada por um órgão normativo diretamente subordinado ao presidente do Banco Central. O nome desse órgão é: (A) Conselho Nacional de Seguros Privados (B) Copom – Conselho de Política Monetária (C) Comissão de Valores Mobiliários (D) Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (E) Bolsa de Valores 07. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da economia, com o objetivo de permitir uma melhor comercialização de produtos rurais. (B) Os bancos de investimento podem manter contas correntes de seus clientes e captam recursos pela emissão de CDBs e RDBs. (C) As sociedades de crédito, financiamento e investimentos têm a função de financiar bens de consumo duráveis por meio do crediário ou do crediário ao consumidor. (D) As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, especializadas em operações de financiamento imobiliário e constituídas sob a forma de sociedade anônima. (E) Depósitos à vista são operações de captação de fundos exclusivamente das instituições financeiras monetárias. 08. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) O Conselho Monetário Nacional é responsável pelas políticas monetária e cambial. (B) O Ministro da Fazenda faz parte da composição do Conselho Monetário Nacional. (C) O BNDES é o gestor dos recursos do fundo de garantia por tempo de serviço. (D) O Banco Central do Brasil é o órgão regulador e supervisor das atividades das instituições financeiras no Brasil. (E) Uma das atribuições do Conselho Monetário Nacional é autorizar as emissões de papel-moeda.

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09. (FGV/BESC/2004) São entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguros: (A) sociedades seguradoras e caixa de liquidação e custódia (B) administradoras de consórcio e entidades abertas de previdência privada (C) sociedades de capitalização e sociedades de títulos e valores mobiliários (D) agências de fomento ou de desenvolvimento e entidades fechadas de previdência privada (E) entidades fechadas de previdência privada e entidades abertas de previdência privada 10. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa FALSA. (A) As companhias de factoring são empresas comerciais que operam na aquisição de faturamento das empresas industriais e comerciais. (B) As companhias de leasing operam no arrendamento mercantil. (C) As companhias de seguros são empresas administradoras de riscos, com a obrigação de pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens segurados. (D) As companhias de crédito, financiamento e investimento são instituições privadas, constituídas na forma de sociedade anônima, que têm por objetivo o financiamento ao consumo, captando recursos no mercado basicamente por meio da colocação de letras de câmbio. (E) Os bancos múltiplos podem operar simultaneamente, com autorização do BNDES, carteiras de banco comercial, de investimentos, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de arrendamento mercantil e desenvolvimento. 11. (FGV/BESC/2004) Assinale a afirmativa verdadeira. (A) A Secretaria de Previdência Complementar é o órgão executivo do Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável pelo controle e fiscalização dos planos e benefícios e das atividades das entidades de Previdência Privada Fechada. (B) O Banco do Brasil é um órgão da administração indireta do País, sob a forma de autarquia. (C) A Superintendência de Seguros Privados é o órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de ações. (D) A Comissão de Valores Imobiliários tem por finalidade a fiscalização e a regulação do mercado de seguros. (E) As distribuidoras de títulos e valores mobiliários são membros das bolsas de valores e, para exercício de suas atividades, não dependem de prévia autorização do Banco Central do Brasil.

12. (ACEP/BNB/2004) Considerando as principais funções e finalidades do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil, analise as afirmações de I a IV: I) o Conselho Monetário Nacional é um órgão

ligado diretamente ao Congresso Nacional; II) a política do Conselho Monetário Nacional

objetiva, dentre outras finalidades, zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

III) dentre as principais funções do Banco Central do Brasil destacam-se a formulação, execução e acompanhamento da política monetária;

IV) é considerada função do Banco Central do Brasil a emissão e a execução dos serviços do meio circulante.

Marque a alternativa CORRETA: A) são verdadeiros os itens I, III e IV. B) são verdadeiros os itens I, II e III. C) são verdadeiros os itens I, II e IV. D) são verdadeiros os itens II,III e IV. E) apenas os itens III e IV são verdadeiros. 13. (ACEP/BNB/2004) Marque a alternativa CORRETA sobre as características e atribuições legais das instituições financeiras pertencentes ao Sistema Financeiro Nacional: A) consideram-se instituições financeiras, as

pessoas jurídicas públicas e privadas que tenham como atividade principal a intermediação de recursos financeiros próprios.

B) as instituições financeiras somente poderão funcionar no país mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil ou de decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.

C) as instituições financeiras públicas federais, por sua personalidade jurídica, não estão sujeitas às mesmas disposições relativas às instituições financeiras privadas.

D) é permitido às instituições financeiras conceder empréstimos e adiantamentos a seus diretores e membros do conselho de administração, na condição dos mesmos possuírem, pelo menos, 20% do capital da instituição.

E) as instituições financeiras podem manter aplicações ilimitadas em bens imóveis.

14. (FCC/CAIXA/2004) A CAIXA é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco de apoio ao trabalhador de baixa renda. Em seu estatuto estão previstos também outros objetivos, COM EXCEÇÃO de

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(A) atuar nas áreas de atividades relativas a bancos comerciais sociedade de crédito imobiliário e de saneamento e infra-estrutura urbana. (B) Monopólio das operações de penhor, que consistem em empréstimos concedidos contra a garantia em bens e valor e alta liquidez, como jóias, metais preciosos, pedras preciosas, etc. (C) administração, com exclusividade, das loterias federais. (D) Ser órgão executivo e fiscalizador do Sistema Financeiro da Habitação, após a incorporação do BNH – Banco Nacional de Habitação. (E) Ser principal operador da política agrícola do governo. 15. (FCC/CAIXA/2004) Assinale a afirmativa correta.

(A) O Banco do Brasil é uma sociedade anônima

de capital fechado, cujo controle acionário é exercido pela União.

(B) O Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo, desempenhando atividade executiva. Processa todo o controle do sistema financeiro, influenciando as ações de órgãos normativos.

(C) O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social define as regras, limites e condutas das instituições financeiras, além de ser considerado formulador de toda a política de moeda e do crédito.

(D) Uma das atribuições do Conselho Monetário Nacional é fixar diretrizes e normas da política cambial, visando ao controle da paridade da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos.

(E) Dentre as principais atribuições de competência do Banco Central destaca-se efetuar o controle do crédito de capitais estrangeiros e executar os serviços de compensação.

16. (FCC/CAIXA/2004) Em relação ao subsistema de intermediação está correto afirmar que (A) os Bancos de Desenvolvimento apóiam

formalmente o setor público da economia por meios de operações e financiamentos às empresas governamentais.

(B) Os bancos comerciais são instituições financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas e executam operações comerciais, isto é, de compra e venda de títulos.

(C) bancos múltiplos têm sua formação com base nas atividades de quatro instituições: banco comercial, banco de investimento e desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de micro-crédito.

(D) Os Bancos de Investimento constituem-se em instituições públicas de âmbito estadual, que visam promover investimentos na área de desenvolvimento urbano da região onde atuam.

(E) a criação de bancos múltiplos surgiu como reflexo da própria evolução das cooperativas e crescimento do mercado.

(CESPE/CAIXA 2006 ) A Constituição Federal de 1988 consagra dispositivos importantes para a atuação do Banco Central do Brasil (BACEN), como o do exercício exclusivo da competência para emitir moeda em nome da União. A política econômica, que abrange a política monetária, tem relevância na atuação do BACEN. Relativamente às políticas econômica e monetária, julgue os itens seguintes.

17. É por meio do BACEN que o Estado intervém diretamente tanto no sistema financeiro como na economia.

18. O BACEN detém poderes para criar ou destruir reservas bancárias em curtíssimo prazo.

19. Entre os instrumentos disponíveis para a execução da política monetária, destacam-se as operações de mercado aberto, por sua maior versatilidade em acomodar as variações diárias de liquidez.

20. A movimentação financeira da sociedade, aí incluídas as transações feitas por instituições financeiras não-bancárias, é capaz de influenciar o saldo das reservas bancárias das instituições financeiras bancárias individualmente, mas, de uma forma geral, não altera o somatório dos saldos de reservas bancárias.

21. O controle do papel-moeda emitido e o das reservas bancárias, que juntos formam o passivo monetário do BACEN ou a base monetária, implicam o controle dos meios de pagamento mais básicos no país, que são o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista nas instituições financeiras. (CESPE/BASA/2007 ) Antes da promulgação da Lei n.º 4.595/1964, conhecida como Lei da Reforma Bancária, que criou o Sistema Financeiro Nacional (SFN), o mercado financeiro existia em função dos bancos comerciais. Após a promulgação da referida lei, regularizou-se o mercado de crédito e a especialização das instituições de intermediação financeira cresceu. Atualmente, o SFN é composto por um elenco de instituições financeiras públicas e privadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo de representação e fixação de políticas monetárias e creditícias. Com relação ao SFN, julgue os itens subseqüentes.

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22. A secretaria executiva do SFN é exercida pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). 23. A atribuição principal do Banco Central do Brasil é executar as normas elaboradas pelo CMN. 24. O CMN é uma autarquia federal. 25. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM), não tem influência direta nas metas de inflação estipuladas pelo governo federal. 26. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia federal vinculada diretamente ao CMN. (CESPE/BASE/2007) Com a Lei da Reforma Bancária, houve a especialização do sistema financeiro. A subdivisão desse sistema pode ser explicada por meio da seguinte metáfora: imagine que existam quatro tribos de índios, sendo que a tribo das instituições financeiras teria como cacique, chefe maior, o BACEN; a tribo das bolsas de valores, corretoras de valores e distribuidoras de valores mobiliários teria como cacique a CVM; a tribo das sociedades seguradoras, associações de previdência privada aberta e sociedades de capitalização teria como cacique a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); e, por fim, a tribo das entidades de previdência privada fechada teria como cacique a Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Pode-se, ainda, comparar a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), cujo conselho cuida de todas as tribos indígenas no Brasil, com o CMN, responsável maior do SFN, que formula a política da moeda e do crédito e outras políticas importantes para o bom funcionamento do SFN, como um todo. Tendo o texto acima como referência inicial e com relação aos órgãos e autarquias mencionados, julgue os itens a seguir. 27.Autorizar a emissão de papel-moeda e fixar as diretrizes e normas de política cambial, inclusive compra e venda de ouro e quaisquer operações em moeda estrangeira, é competência privativa do CMN. 28. Nos casos de urgência e de relevante interesse do SFN, o presidente do CMN, que é o ministro da Fazenda, tem a prerrogativa de deliberar sozinho, de forma monocrática, independentemente do referendo dos demais membros do conselho. 29. Na Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP), os ativos e contratos registrados incluem: letras de câmbio, certificados de depósito bancário (CDBs) subordinado, cotas de fundo de investimento financeiro e títulos públicos federais emitidos após fevereiro de 1992.

30. As bolsas de valores podem deixar de ser entidades sem fins lucrativos, transformando-se em sociedades anônimas. Nesse caso, não somente as corretoras podem ser sócias, mas também qualquer pessoa física ou jurídica. 31 É atribuição da SUSEP fiscalizar a constituição, a organização e o funcionamento das sociedades seguradoras, das sociedades de previdência privada aberta e das sociedades de capitalização. Zelar pela liquidez dessas sociedades é função privativa da SPC. (CESPE/BASA/2007) O SFN conta com diversas instituições de relevante importância, como o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia S.A., o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as caixas econômicas, os bancos comerciais, os bancos múltiplos, os bancos de desenvolvimento, os bancos de investimento, os investidores institucionais, as bolsas de valores, as corretoras, as distribuidoras de valores mobiliários, os agentes autônomos e o CRSFN. Essas instituições têm suas peculiaridades e diferentes participações no sistema financeiro, sendo a maioria delas fiscalizadas pelo BACEN. Com relação a essas instituições, julgue os próximos itens.

32. Uma diferença entre as instituições financeiras bancárias e as instituições financeiras não-bancárias é que as primeiras captam depósitos à vista, enquanto as últimas não captam esse tipo de depósito. 33. O BNDES é a instituição responsável pela política de investimentos de curto e curtíssimo prazos do governo federal. 34. O CRSFN é uma autarquia federal, cuja secretaria-executiva funciona no edifício-sede do BACEN, em Brasília. 35. O Banco da Amazônia S.A. é uma instituição financeira pública federal, constituída sob a forma de sociedade anônima aberta e economia mista. (CESPE/BB/2007) O Banco do Brasil S.A. (BB) teve destacado papel na criação, estruturação e regulação do Sistema Financeiro Nacional (SFN), que ocorreram por meio das leis de Reforma Bancária (1964), do Mercado de Capitais (1965) e de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). O SFN pode ser definido como sendo o conjunto de órgãos de regulação, instituições financeiras e instituições auxiliares, públicos ou privados, que atuam na intermediação de transferência de recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas ou governo) superavitários para os deficitários. Acerca das atribuições e funções do BB, julgue os itens seguintes.

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36. Na qualidade de agente financeiro do Tesouro Nacional, o BB é responsável por executar a política de preços mínimos de produtos agropastoris. 37. O BB é responsável por realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). (CESPE/BB/2007) O SFN é composto pelos subsistemas normativo e operativo. O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades por meio, principalmente, do CMN e do Banco Central do Brasil (BACEN). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio do sistema financeiro, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do mercado de valores mobiliários (ações e debêntures). No subsistema normativo, enquadram-se, ainda, três outras instituições financeiras que apresentam um caráter especial de atuação, assumindo certas responsabilidades próprias e interagindo com vários outros segmentos do mercado financeiro: o BB, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CAIXA). O subsistema operativo cuida da intermediação, do suporte operacional e da administração. Existem instituições que pertencem ao subsistema de intermediação e que são classificadas em bancárias e nãobancárias. Estas podem ser instituições auxiliares do mercado ou instituições definidas como não-financeiras, porém integrantes do mercado financeiro. Tendo as informações acima com referência inicial, julgue os itens a seguir, a respeito do SFN. 38. Compete privativamente ao BACEN determinar o recolhimento de até 100% do total dos depósitos à vista e outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da dívida pública federal, seja por meio do recolhimento em espécie. 39. A política do CMN objetiva, entre outros, adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento e, também, zelar pela liquidez e insolvência das instituições financeiras. 40. É atribuição do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) julgar, em segunda e última instância administrativa, recursos interpostos de decisões relativas a penalidades administrativas aplicadas pelo BACEN, pela CVM e pela Secretaria de Comércio Exterior, nas infrações previstas na legislação em vigor.

41. A lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado de valores mobiliários. Diante de qualquer suspeita, a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, por meio do qual recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identificar o responsável por práticas ilegais, desde que lhe ofereça, a partir da acusação, amplo direito de defesa. (CESPE/BB/2007) Apesar de as suas origens estarem na criação do mercado aberto no Brasil na década de 60 do século XX, o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) foi formalmente criado em 22/10/1979 para organizar a troca física de papéis da dívida e viabilizar uma alternativa à liquidação financeira por meio de cheques do BB, que implicava em risco elevado. Com isso, a liquidação financeira das operações passou a ser feita pelo resultado líquido ao final do dia, diretamente na conta reservas bancárias. O SELIC é um grande sistema computadorizado que atua sob a responsabilidade do BACEN e da Associação Nacional das Instituições dos Mercados Abertos (ANDIMA). Por intermédio dele, os operadores registram as compras e vendas relativas a títulos negociados pelas instituições participantes. No que se refere ao SELIC, julgue os itens seguintes. 42. A taxa referencial do SELIC, de natureza remuneratória, também conhecida por SELIC-META, é uma taxa de juros, fixada pelo BACEN após a divulgação pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), aplicável pelas instituições financeiras para os títulos públicos e adotada como taxa básica para a economia. Atualmente, essa taxa é divulgada pelo COPOM exatamente a cada 45 dias. 43. O SELIC é o depositário central dos títulos da dívida pública federal externa, emitidos pelo Tesouro Nacional. O sistema recebe os registros das negociações no mercado secundário e promove a respectiva liquidação, contando, ainda, com módulos complementares por meio dos quais são efetuados os leilões de títulos pelo BACEN. (CESPE/BB/2007) A Central de Liquidação e Custódia de Títulos (CETIP) é uma das maiores empresas de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas instituições financeiras e pelo BACEN, em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro. Acerca da CETIP, julgue os itens subseqüentes. 44. Bancos, corretoras e distribuidoras podem participar da CETIP. Não podem participar da CETIP as demais instituições financeiras, as sociedades de leasing, os fundos de investimento e as pessoas

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jurídicas não-financeiras, tais como seguradoras e fundos de pensão. 45. Os ativos e contratos registrados na CETIP representam quase a totalidade dos títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, além de derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e do estoque de papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do Tesouro Nacional. (CESPE/BB/2007) Todo processo de evolução e desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais, que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados para os setores produtivos carentes de recursos, mediante intermediários e instrumentos financeiros. Esse processo de distribuição de recursos no mercado é que faz evidenciar a função econômica e social do sistema financeiro. No SFN, algumas instituições têm destacada atuação no processo de intermediação financeira, processo pelo qual os agentes que possuem recursos superavitários transferem esses recursos para aqueles que estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN, julgue os próximos itens. 46. Os bancos comerciais cooperativos, assim como os outros bancos comerciais, têm capital social aberto. Em seu capital social, devem constar cooperativas de créditos singulares e seu patrimônio de referência deve estar enquadrado nas regras do acordo da Basiléia. 47. Bancos de desenvolvimento devem ter sede na capital do estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão Banco de Desenvolvimento, seguida do nome do estado em que tenha sede. 48. Banco comercial é instituição financeira bancária privada ou pública, constituída sob o nome de sociedade anônima, especializada basicamente em operações comerciais de curto e médio prazo, devendo adotar, obrigatoriamente, em sua denominação a expressão Banco. 49. Bancos de investimento não podem manter contas-correntes. Suas aplicações podem ter origem em certificados de depósitos bancários (CDB) e recibos de depósitos bancários (RDB) captados.

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08

D D B D E B B C

09 10 11 12 13 14 15 16

E E A D B C D A

17 18 19 20 21 22 23 24

C C C C C E C E

25 26 27 28 29 30 31 32

E E C E C C E C

33 34 35 36 37 38 39 40

E E C C C E E C

41 42 43 44 45 46 47 48

E C E E C C C C

49

C

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01- Uma forma de buscar a segurança do sistema financeiro se dá com a fixação do capital mínimo das instituições financeiras, cuja competência é do

a) Ministro da Fazenda. b) Presidente da República. c) Conselho Monetário Nacional. d) Banco Central do Brasil. e) Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

02 - Com relação à atuação do Banco Central do Brasil, é correto afirmar que ele

a) pode realizar operações de redesconto para instituições financeiras. b) não pode comprar ou vender títulos públicos federais. c) pode limitar as taxas de juros. d) pode determinar o capital mínimo das companhias abertas, no mercado de capitais. e) fiscaliza as companhias de seguro.

03 - A Comissão de Valores Mobiliários procura atuar de várias formas para atingir seus objetivos, enquanto reguladora do mercado de capitais. Uma dessas formas de atuação se dá com

a) o julgamento de valor quanto às informações divulgadas pelas companhias no mercado de seguros. b) a fiscalização de todas as operações realizadas pelos bancos comerciais. c) a autorização para funcionamento dos bancos de investimento. d) a indução de comportamento, auto-regulação e autodisciplina. e) a transferência, para o Banco Central, da fiscalização sobre as empresas e os investidores que

participam do mercado de capitais.

04 - O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, desde sua criação, tem importância estratégica para o mercado financeiro e para o governo. Como uma de suas principais características, é correto afirmar que ele

a) liquida todas suas operações no dia seguinte ao da negociação. b) realiza a compensação de cheques para o sistema financeiro. c) registra os depósitos interfinanceiros ? DI que são objeto de contratos futuros na BM&F. d) é administrado pela Federação Brasileira de Bancos - FEBRABAN. e) registra as negociações com títulos públicos federais.

05 - A Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP tornou-se uma entidade de importância para a realização de operações financeiras no âmbito do sistema financeiro nacional. A respeito da CETIP é correto afirmar que

a) constitui uma empresa pública com fins lucrativos. b) registra operações com cédulas de produto rural ? CPR. c) liquida operações realizadas no mercado secundário de ações, no âmbito da Bolsa de Valores de São

Paulo. d) é subordinada exclusivamente à Superintendência de Seguros Privados ? SUSEP. e) não registra operações liquidadas com o uso do Sistema de Transferência de Reservas do Banco

Central ? STR.

06 - São instituições que podem captar depósitos a prazo junto ao público:

a) sociedades de arrendamento mercantil. b) sociedades de crédito, financiamento e investimento. c) sociedades de crédito imobiliário. d) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários.

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e) bancos de investimento.

07 - É de competência privativa do Conselho Nacional de Seguros Privados

a) fixar as características gerais dos contratos de seguros. b) autorizar a movimentação e liberação dos bens e valores obrigatoriamente inscritos em garantia do

capital, das reservas técnicas e dos fundos. c) efetuar a liquidação das sociedades seguradoras que tiverem cassada a autorização para funcionar

no País. d) proceder à habilitação e ao registro dos corretores de seguros, fiscalizar suas atividades e aplicar as

penalidades cabíveis. e) propor diretrizes de política monetária e cambial para apreciação do Conselho Monetário Nacional.

08 - Em sua existência, o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC consolidou sua função de registro, custódia e liquidação de títulos. Como uma de suas principais características, é correto afirmar que

a) as operações nele registradas são liquidadas em bloco, ao final de cada dia. b) é o depositário central dos títulos da dívida pública federal interna emitidos pelo Tesouro Nacional e

Banco Central. c) os títulos depositados no Sistema não podem ser escriturais, ou seja, emitidos sob a forma eletrônica. d) é gerido pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro ? ANDIMA e é operado

exclusivamente pelo Banco Central. e) é um sistema informatizado que se destina apenas ao registro e à custódia de títulos escriturais de

emissão do Banco Central do Brasil, bem como à liquidação de operações com os referidos títulos.

09 - NÃO se refere a uma competência do Banco Central do Brasil:

a) exercer a fiscalização das instituições financeiras. b) executar os serviços do meio circulante. c) emitir moeda-papel e moeda metálica. d) receber os recolhimentos compulsórios. e) fixar as diretrizes e normas da política cambial.

10 - O Conselho Monetário Nacional constitui a autoridade maior na estrutura do sistema financeiro nacional. Dentre as suas competências, é correto afirmar que

a) concede autorização às instituições financeiras, a fim de que possam funcionar no país. b) efetua o controle dos capitais estrangeiros. c) regula a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras. d) fiscaliza o mercado cambial. e) recebe os recolhimentos compulsórios das instituições financeiras

11 - O Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, criado pela Andima, em parceria com o Banco Central, é um sistema que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das operações realizadas com títulos públicos, garantindo transparência aos negócios, agilidade e segurança. Uma das mudanças ocorridas com a criação do SELIC foi a

a) dilação do prazo de liquidação dos títulos públicos, gerando maior segurança nas operações. b) redução das taxas cobradas pela custódia dos títulos federais, aumentando a demanda das

operações realizadas pelo Banco Central. c) prorrogação da criação da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos para o ano de

1996. d) substituição dos títulos físicos por registros eletrônicos, gerando enorme ganho de eficiência, já que

as operações são fechadas no mesmo dia em que ocorrem. e) valorização das taxas de câmbio referentes às operações realizadas com títulos internacionais.

12 - O Conselho Monetário Nacional (CMN) planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política monetária, cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se submetem todas as instituições que o compõem. Uma das atribuições do CMN é

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a) administrar carteiras e a custódia de valores mobiliários. b) estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central (BACEN) nas transações com títulos

públicos. c) executar a política monetária estabelecida pelo Banco Central. d) regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. e) propiciar liquidez às aplicações financeiras, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência

para os ativos negociados no mercado.

13 - A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal, principalmente, para habitação, saneamento básico e apoio ao trabalhador. As principais atividades da Caixa Econômica Federal estão relacionadas a

a) elaboração de políticas econômicas que irão auxiliar o Governo Federal na composição do orçamento público e na aplicação dos recursos em atividades sociais, como esporte e cultura.

b) elaboração de políticas para o mercado financeiro, viabilizando a captação de recursos financeiros, administração de loterias, fundos, programas e aplicação dos recursos e obras sociais.

c) captação de recursos financeiros para as transferências internacionais auxiliando os trabalhadores brasileiros residentes no exterior.

d) administração de loterias, fundos (FGTS), programas (PIS) e captação de recursos em cadernetas de poupança, em depósitos à vista e a prazo e sua aplicação em empréstimos vinculados substancialmente à habitação.

e) estruturação do Sistema Financeiro Nacional, auxiliando o Banco Central na elaboração de normas e diretrizes para administração de fundos e programas como FGTS e PIS.

14 - O Sistema Financeiro Nacional (SFN), conhecido também como Sistema Financeiro Brasileiro, compreende um vasto sistema que abrange grupos de instituições, entidades e empresas. Nesse sentido, o Sistema Financeiro Nacional é compreendido por

a) uma rede de instituições bancárias, ONG, entidades e fundações que visam principalmente à transferência de recursos financeiros para empresas com deficit de caixa.

b) um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, a transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários.

c) dois subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que este último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários.

d) instituições financeiras e filantrópicas, situadas no território nacional, que têm como objetivo principal o financiamento de obras públicas e a participação ativa em programas sociais.

e) agentes econômicos e não econômicos que objetivam a transferência de recursos financeiros, desde que previamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários, para os demais agentes participantes do sistema.

Constituição Federal de 1988 consagra dispositivos importantes para a atuação do Banco Central do Brasil (BACEN), como o do exercício exclusivo da competência para emitir moeda em nome da União. A política econômica, que abrange a política monetária, tem relevância na atuação do BACEN. Relativamente às políticas econômica e monetária, julgue os itens seguintes.

15 - O BACEN detém poderes para criar ou destruir reservas bancárias em curtíssimo prazo.

Certo Errado

16 - É por meio do BACEN que o Estado intervém diretamente tanto no sistema financeiro como na economia.

Certo Errado

17 - O controle do papel-moeda emitido e o das reservas bancárias, que juntos formam o passivo monetário do BACEN ou a base monetária, implicam o controle dos meios de pagamento mais básicos no país, que são o papel-moeda em poder do público e os depósitos à vista nas instituições financeiras.

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Certo Errado

18 - A movimentação financeira da sociedade, aí incluídas as transações feitas por instituições financeiras não-bancárias, é capaz de influenciar o saldo das reservas bancárias das instituições financeiras bancárias individualmente, mas, de uma forma geral, não altera o somatório dos saldos de reservas bancárias.

Certo Errado

19 - Entre os instrumentos disponíveis para a execução da política monetária, destacam-se as operações de mercado aberto, por sua maior versatilidade em acomodar as variações diárias de liquidez.

Certo Errado

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um representante do(a):

20 - Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o qual exerce a função de presidente-substituto desse conselho.

Certo Errado

21 - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Certo Errado

22 - Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o qual exerce a função de presidente desse conselho.

Certo Errado

23 - Ministério da Previdência e Assistência Social.

Certo Errado

24 - Ministério da Fazenda, escolhido entre os membros do segundo escalão.

Certo Errado

Os mercados futuros são mercados organizados onde podem ser assumidos compromissos padronizados (contratos) de compra ou venda de determinada mercadoria, ativo financeiro ou índice econômico, para liquidação em data futura preestabelecida. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.

25 - Os swaps, que podem ser considerados carteiras de contratos a termo, são acordos privados entre duas empresas para a troca futura de fluxos de caixa, respeitada uma fórmula previamente estabelecida.

Certo Errado

O Banco Central do Brasil (BACEN) conceitua mercado de câmbio como o ambiente abstrato onde se realizam as operações de câmbio entre os agentes autorizados pelo BACEN (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) ou entre estes e seus clientes. Acerca desse tema, julgue os itens abaixo.

26 - O BACEN executa a política cambial definida pelo Ministério do Planejamento, regulamentando o mercado de câmbio e autorizando as instituições que nele operam. Também compete ao BACEN fiscalizar o referido mercado, podendo punir dirigentes e instituições mediante multas, suspensões e outras sanções previstas em lei.

Certo Errado

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O Decreto-lei n.º 73, de 21/11/1966, instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), composto por diversas organizações públicas e privadas. A respeito desse sistema, julgue os itens abaixo.

27 - Entre outras, é atribuição do IRB prover os serviços de secretaria executiva do CNSP.

Certo Errado

28 - Entre outras, são atribuições da SUSEP: fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a operação das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetue por meio das operações de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e resseguro.

Certo Errado

29 - As atribuições do CNSP incluem fixar diretrizes e normas da política de seguros privados e estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro.

Certo Errado

30 - O CNSP é composto pelo ministro da Fazenda, que o preside, pelo superintendente da SUSEP, que exerce a função de presidente substituto, e por representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Ministério da Previdência e Assistência Social, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da CVM.

Certo Errado

31 - Fazem parte do SNSP: o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), a SUSEP, o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados.

Certo Errado

No Sistema Financeiro Nacional, existem órgãos de regulação e fiscalização que se encarregam de verificar o cumprimento das leis e normas administrativas referentes às atividades das instituições sob sua jurisdição. Com relação a esse contexto, julgue os itens abaixo.

32 - Os bancos comerciais são duplamente supervisionados, pelo BACEN e pela CVM.

Certo Errado

33 - As bolsas de mercadorias e de futuros são duplamente supervisionadas, pelo BACEN e pela CVM.

Certo Errado

34 - Todas as entidades do sistema de liquidação e custódia são fiscalizadas exclusivamente pelo BACEN.

Certo Errado

35 - Os fundos mútuos são fiscalizados exclusivamente pela CVM.

Certo Errado

36 - Todas as entidades ligadas aos sistemas de previdência e seguros são supervisionadas unicamente pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

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Certo Errado

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a Abrahão Zarzur, ex-diretor-presidente do Banco Mercantil de Descontos (BMD). O executivo era réu em uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo a partir de uma autuação do BACEN, que apurou irregularidades no balanço da instituição financeira em 1994. O julgamento de 12 de março, cujo acórdão ainda não foi publicado, abre um importante precedente sobre o trancamento de uma ação penal após um órgão administrativo — BACEN — concluir que não houve irregularidades e extinguir o processo administrativo que originou a ação penal. De acordo com o exposto pelo advogado de Zarzur no pedido de habeas corpus, o seu cliente estaria 16 na iminência de ser submetido ao constrangimento do processo criminal em virtude de comportamento reconhecido pacificamente como lícito pelo BACEN, cuja decisão foi confirmada pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Para o advogado, se a independência entre as instâncias penal e administrativa for interpretada restritivamente, acaba por subordinar-se o julgador à autoridade administrativa, não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos erros que comete. Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações).

Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.

37 - O presidente e o vice-presidente do CRSFN são, respectivamente, o ministro da Fazenda e o presidente do BACEN.

Certo Errado

38 - Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas pelo BACEN em processos administrativos instaurados contra instituições financeiras, seus administradores e membros de seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuserem restrições às atividades das instituições financeiras.

Certo Errado

39 - A decisão do STF, comentada no texto, está coerente com a legislação que ampliou a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do BACEN relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial.

Certo Errado

O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e serviços em estabelecimentos comerciais previamente credenciados mediante a comprovação de sua condição de usuário. Essa comprovação é geralmente realizada no ato da aquisição, mediante apresentação do cartão ao estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo prestador do serviço de intermediação, chamado genericamente de administradora de cartão de crédito, que pode ser um banco. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes.

40 - O Banco Central do Brasil (BACEN) autoriza e fiscaliza o funcionamento das empresas administradoras de cartão de crédito.

Certo Errado

O Conselho Monetário Nacional é a entidade superior do Sistema Financeiro Nacional, tendo por competência

41 - zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras.

Certo Errado

42 - regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do país.

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45

Certo Errado

43 - regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.

Certo Errado

O BACEN estabelece as normas operacionais de todas as instituições financeiras que operam no território brasileiro, definindo as suas características e as suas possibilidades de atuação. Com relação a essas normas atualmente vigentes, julgue os itens subseqüentes.

44 - As companhias hipotecárias podem captar depósitos a prazo com correção monetária, por meio de letras imobiliárias, e estabelecer convênios com bancos comerciais para funcionarem exclusivamente como agentes do Sistema Financeiro da Habitação.

Certo Errado

45 - As sociedades de arrendamento mercantil nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva pode advir da simples utilização do equipamento e não necessariamente de sua propriedade.

Certo Errado

46 - As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da economia, permitindo melhor comercialização de produtos rurais e facilitando o escoamento das safras agrícolas para os centros consumidores. Destaca-se que os usuários finais dos créditos por elas concedidos são sempre os cooperados.

Certo Errado

47 - As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários têm uma faixa operacional bem mais ampla que a das sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários.

Certo Errado

48 - O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento oportuno e adequado de recursos necessários para a concessão de financiamento a curto e médio prazos ao comércio, à indústria, às empresas prestadoras de serviços e às pessoas físicas.

Certo Errado

A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada por decreto que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB Brasil Re), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. Com relação às áreas de atuação dessas instituições, julgue os itens seguintes.

49 - B Compete ao Conselho Monetário Nacional prescrever os critérios de constituição das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e dos resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações.

Certo Errado

50 - B No final do século passado, o Congresso Nacional aprovou a quebra de monopólio para a atividade de resseguro no Brasil, delegada, até então, exclusivamente ao Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Um ano depois, o IRB foi transformado em IRB Brasil Resseguros, sob a forma de autarquia de natureza especial.

Certo Errado

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No atual arranjo do sistema financeiro, as principais instituições estão constituídas sob a forma de banco múltiplo, que oferece ampla gama de serviços bancários. Outras instituições existentes apresentam certo grau de especialização. Acerca dessas instituições, julgue os itens a seguir.

51 - B Sociedades de crédito e financiamento são direcionadas para o crédito ao consumidor.

Certo Errado

52 - B Sociedades de crédito imobiliário e associações de poupança e empréstimo são fornecedoras de crédito habitacional.

Certo Errado

53 - B Bancos cooperativos são voltados para a concessão de crédito e a prestação de serviços bancários aos cooperados, quase sempre produtores rurais.

Certo Errado

54 - B Bancos de investimento captam depósitos à vista e depósitos de poupança e atuam mais fortemente no crédito agrícola.

Certo Errado

55 - B Caixas econômicas captam depósitos a prazo e são especializadas em operações financeiras de médio e longo prazo.

Certo Errado

56 - B Bancos comerciais captam principalmente depósitos à vista e depósitos de poupança, são tradicionais fornecedores de crédito para as pessoas físicas e jurídicas e disponibilizam capital de giro para empresas.

Certo Errado

Os bancos têm ampliado sua atuação em produtos e serviços financeiros mais sofisticados, oferecendo aos clientes, por exemplo, assessoria para compra e venda de empresas - o que o mercado chama de corporate finance -, equipe de especialistas com experiência em operações de mercado de capitais, e assessoria em fundos de investimentos, em especial para os clientes pessoa física, de renda mais alta, ou para clientes pessoa jurídica. Quanto aos produtos e serviços financeiros, julgue os próximos itens.

57 - Os fundos mútuos de investimento classificados pelo BACEN como fundos referenciados são os que têm por objetivo seguir determinado referencial, apresentam uma gestão passiva da sua carteira e classificam-se em dois subtipos: DI e cambial.

Certo Errado

58 - O BACEN autoriza e fiscaliza o funcionamento das empresas administradoras de cartão de crédito, na situação de coligadas de instituições financeiras.

Certo Errado

Todo processo de evolução e desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais, que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados para os setores produtivos carentes de recursos, mediante intermediários e instrumentos financeiros. Esse processo de distribuição de recursos no mercado é que faz evidenciar a função econômica e social do sistema financeiro. No SFN, algumas instituições têm destacada atuação no processo de intermediação

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financeira, processo pelo qual os agentes que possuem recursos superavitários transferem esses recursos para aqueles que estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN, julgue os próximos itens.

59 - Bancos de desenvolvimento devem ter sede na capital do estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão Banco de Desenvolvimento, seguida do nome do estado em que tenha sede.

Certo Errado

Todo processo de evolução e desenvolvimento de uma economia exige a participação crescente de capitais, que são identificados por meio da poupança disponível em poder dos agentes econômicos e direcionados para os setores produtivos carentes de recursos, mediante intermediários e instrumentos financeiros. Esse processo de distribuição de recursos no mercado é que faz evidenciar a função econômica e social do sistema financeiro. No SFN, algumas instituições têm destacada atuação no processo de intermediação financeira, processo pelo qual os agentes que possuem recursos superavitários transferem esses recursos para aqueles que estejam deficitários. Acerca das instituições do SFN, julgue os próximos itens.

60 - Banco comercial é instituição financeira bancária privada ou pública, constituída sob o nome de sociedade anônima, especializada basicamente em operações comerciais de curto e médio prazo, devendo adotar, obrigatoriamente, em sua denominação a expressão Banco.

Certo Errado

61 - Bancos, corretoras e distribuidoras podem participar da CETIP. Não podem participar da CETIP as demais instituições financeiras, as sociedades de leasing, os fundos de investimento e as pessoas jurídicas não-financeiras, tais como seguradoras e fundos de pensão.

Certo Errado

Gabarito

01 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C A D E B E A B E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

D B D B C E C C C E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

E E C E C C E C C C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

C E C E E E E E C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

C E E E C E E C E E

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

C C C E E C C E C E

61

E

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3 – NOÇOES DE RISCO E ANÁLISE DE CRÉDITO A palavra crédito deriva do latim credere que significa “acreditar, confiar”. Em finanças crédito é definido como a modalidade de financiamento destinada a possibilitar a realização de transações comerciais entre empresas e seus clientes. Crédito pode ser então todo ato de cessão temporária de parte do patrimônio a um terceiro com a expectativa de que está parcela volte a sua posse integralmente, após decorrido o tempo estipulado. Elementos do Crédito: Confiança e Prazo A base do crédito é a confiança que o credor deposita na pessoa a quem concede o crédito de que a mesma lhe restituirá o capital mutuado. Esta confiança tem de ser entendida sob os pontos de vista subjetivo e objetivo. Do ponto de vista subjetivo – A CONFIANÇA significa que o devedor merece

fé, ou melhor, possui os requisitos morais básicos que fazem a pessoa do credor ter a certeza de que ele aplicará a sua capacidade econômica no cumprimento de sua obrigação, correspondente à devolução da quantia que lhe foi mutuada.

Do ponto de vista objetivo – A CONFIANÇA compreende a certeza que o

credor tem de que o devedor é economicamente capaz de liquidar o débito que assumiu.

O prazo é outro elemento deve ser ressaltado. O tempo, que corresponde ao período que decorre entre a prestação atual por parte de quem concede o crédito e a prestação futura a ser cumprida por quem dele se beneficiou e consistente na sua devolução. Assim, para alguns o crédito consiste em uma troca de um valor presente por um valor futuro, enquanto para outros seria a permissão de usar o capital de outrem. Requisitos do Crédito - Sendo a confiança um pilar básico na concessão de crédito, ela também se baseia em dois elementos fundamentais: a) vontade de o tomador cumprir o estabelecido no contrato de crédito; e b) a habilidade do tomador em fazê-lo. As informações sobre o cliente são importantíssimas e requisito fundamental para a análise subjetiva do risco do crédito, essas informações são tradicionalmente conhecidas como os 5Cs do crédito: Caráter; Capacidade de Pagamento; Capital; Condições;

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Colateral. Caráter – É o ”C” de crédito mais importante, tendo em vista que independente do montante emprestado, este se refere à capacidade que o tomador tem em repagar o empréstimo. É aqui se constrói a ficha cadastral, peça deveras importante na análise da capacidade de pagamento do tomador, quando bem elaborada é uma fonte preciosa de informações sobre o tomador. Para tal são utilizados os bancos de dados de proteção ao crédito para se avaliar o histórico do tomador de recursos, sua capacidade de pagamento, se há cheques devolvidos, protestos falência. A ficha cadastral deve preencher todos os requisitos para uma boa análise da capacidade do tomador. Capacidade de Pagamento – A capacidade se refere à habilidade de pagar. A globalização trouxe uma aceleração ainda maior no sistema econômico e as mudanças tornaram-se cada vez mais rápidas, radicais e freqüentes. Toda essa complexidade tem dado um peso maior à capacidade de mutação das empresas, sendo que se uma empresa demonstra capacidade de se administrar seu negócio, fazendo-o prosperar, assim já está demonstrando sua capacidade de pagamento. Capital - Se refere na conversão de negócios em renda. Se as linhas de crédito disponíveis e os recursos próprios da empresa forem insuficientes, é bem provável que o insucesso da empresa seja grande. Esse é um sinal claro de falta de recursos e muito provavelmente a empresa não conseguirá honrar compromissos assumidos. Condições - As condições dizem respeito ao cenário micro e macroeconômico em que o tomador, no caso a empresa, está inserido. As variáveis como risco país, taxa de juros, atividade econômica, estão correlacionados. Toda a negociação de crédito com empresas devem levar em conta o contexto atual e as perspectivas futuras da economia. É certo que os emprestadores de recursos tendem a ser mais liberais em momentos de recuperação econômica e mais cautelosos em momentos recessivos. Colateral - É grafada como em inglês e o seu significado é garantia, também chamado garantia acessória. Refere-se à riqueza patrimonial das empresas. Sua importância é para atenuar o risco, é uma tentativa de diminuir a inadimplência. O ideal é nunca relacionar o colateral com os pontos fracos dentro do elemento caráter, pois incluirá riscos que não devem ser assumidos pelo banco, e sim aos elementos capital, capacidade e condições para minimizar os pontos fracos do tomador de recursos para estes elementos. O risco se refere a tudo que pode ocorrer fora do que foi previsto anteriormente. Cada pessoa possui uma atitude frente ao risco e isso permite se dizer que alguém é mais arrojado, moderado ou conservador. O risco não pode ser confundido com incerteza Em finanças risco e incerteza têm conceitos diferentes: Risco: existe e pode ser mensurado a partir de dados históricos do tomador, assim a concessão do crédito se faz a partir de premissas

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conhecidas e aceitáveis; Incerteza: é quando a decisão de crédito é feita de forma subjetiva, pois os dados históricos não estão disponíveis. Risco é a probabilidade de perda. O risco de crédito é a probabilidade do tomador não honrar seus compromissos no vencimento. O risco de crédito é diferente do risco da operação, mas mantém um relacionamento direto com a operação que deu origem ao crédito. Se houver erro na forma da contratação, da garantia recebida e outras variáveis que são utilizadas na decisão de se deferir o crédito. Todavia não se decide pensando que o tomador não vai honrar seus compromissos. Toda vez que uma instituição financeira vende um crédito está automaticamente comprando um risco com todos os efeitos bons e ruins que a transação envolve. A maior preocupação que uma instituição financeira tem é a inadimplência, por isso, a análise dos cenários macroeconômicos. Acontecimentos externos, recessão, aumento da taxa de juros, refletem-se na capacidade de pagamento da empresa por gerarem fluxos de caixas menores. Fatores internos e externos contribuem diretamente para o aumento do risco. Os fatores internos em geral são de natureza administrativa, como exemplo:

a) Profissionais desqualificados; b) Controles inadequados; c) Concentração de crédito em clientes de alto risco; d) Falta de modelagem estatística; e) Política estratégica de crédito da instituição.

Os fatores externos são os de natureza macroeconômicas e por isso se relacionam diretamente com a liquidez. O monitoramento da situação macroeconômica é fundamental para a adequada gestão do risco, além de disso, o credor tem que conhecer a quem pertence à empresa, o setor da atividade econômica que atua. A inflação, a taxa de juros, flutuações cambiais, concorrência, e outros fatores devem ser usados em modelagens estatísticas que permitam prever o risco. Toda a análise de crédito é baseada na Teoria de Precificação de Ativos Financeiros e todo investimento financeiro é sujeito a diversas fontes de risco. Os principais tipos de risco de investimentos financeiros são: Risco de Inadimplência ou de Crédito; Risco de Mercado; Risco de Liquidez; Risco Operacional; Risco Sistêmico.

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Risco de Inadimplência ou de Crédito: decorre da possibilidade de uma empresa não poder honrar seus compromissos;

Risco de Mercado: refere-se a mudanças e expectativas do mercado; Risco de Liquidez: decorre de deságios e comissões de venda de ativos com

pouca liquidez; Risco Operacional: está relacionado a possíveis perdas como resultado de

sistemas e/ou controles inadequados, falhas de gerenciamento e erros humanos.

Risco Sistêmico: É a ocorrência de desequilíbrios, onde não há um ajuste de mercado espontâneo, resultante de comportamento individual racional, que possa reverter a situação macroeconômica precária do sistema, e que portanto, podem se converter em situações perigosas para os sistemas econômicos.

O modelo do credit scoring, definindo RATING, para clientes e operações, propicia agilizar a decisão na concessão do crédito. Embora a utilização desses conhecimentos seja prática nas Instituições Financeiras, há limitações para o seu uso:

a) O ajuste adequado dos modelos de risco na avaliação de ativos para carteiras de crédito;

b) As informações imperfeitas fornecidas pelo cliente, que visam “melhorar” a capacidade de obtenção de crédito;

c) A volatilidade do risco país e suas conseqüências na economia; d) A ausência de informações sobre o cliente em todo o mercado de crédito.

Confirme a Resolução BACEN 2682/99, cabe as instituições financeiras classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis:

Níveis de

Risco

Níveis de

Risco

AA E

A F

B G

C H

D

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I - Em relação ao devedor e seus garantidores:

Situação econômico-financeira; Pontualidade e atrasos nos pagamentos;

Grau de endividamento; Contingências;

Capacidade de geração de resultados;

Setor de atividade econômica;

Fluxo de caixa; Limite de crédito;

Administração e qualidade de controles.

A classificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparada por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:

II – Em relação à Operação de Crédito:

Natureza e finalidade da transação;

Valor;

Características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez.

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3 - SBP – SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO É um sistema de liquidação composto por um complexo de instalações, equipamentos e sistemas computacionais e de comunicação, disponibilizado por uma câmara ou prestador de serviços de compensação e liquidação, para liquidação de operações segundo regras e procedimentos formalmente estabelecidos. Circular BACEN 3057/2001. A Circular 3057/2001 estabeleceu que nos sistemas de liquidação:

A liquidação financeira deve ser precedida de compensação;

A liquidação financeira interbancária é definitiva no momento em que efetuadas as resultantes movimentações nas contas de Reservas Bancárias mantidas no BACEN.

No seu artigo 5º. a Circular 3057/2001 estabeleceu que, nos sistemas de liquidação bruta em tempo real, a liquidação financeira interbancária:

Deve ser feita diretamente em conta de Reserva Bancária;

É definitiva no momento em que são efetuadas as movimentações nas contas Reservas Bancárias mantidas no Banco Central do Brasil.

A liquidação em tempo real, operação por operação, a partir de 22/04/2002 passou a ser utilizada também nas operações com títulos públicos federais cursadas na SELIC, o que tornou possível, com a interconexão entre esse sistema e o STR (Sistema de Transferência de Reservas) .

O SPB é caracterizado, sobretudo, pela assunção do risco de liquidação pelas câmaras e sistemas de liquidação que o integram. É composto pelas seguintes Câmaras de Compensação (Clearings Houses):

BM&F – Câmbio;

BM&F – Câmara de Derivativos;

CBLC – Cia Brasileira de Liquidação e Custódia;

Cetip – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos;

Selic – Especial de Liquidação e de Custódia;

CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos;

Câmara Tecban;

COMPE – Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis;

STR – Sistema de Transferência de Reservas. BM&F – Câmbio A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) opera um sistema de liquidação de operações de câmbio contratadas no mercado interbancário, que entrou em funcionamento em 22.04.2002. As obrigações correspondentes são compensadas multilateralmente e a BM&F atua como contraparte central (gestora do sistema). Atualmente são aceitas operações com dólar americano e o prazo de liquidação é quase sempre D + 2.

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O sistema observa o princípio do ―pagamento contra pagamento‖ a entrega de moeda nacional e a entrega da moeda estrangeira são mutuamente condicionadas), sendo que, para isso, a BM&F monitora e coordena o processo de liquidação nas pontas em moeda nacional e em moeda estrangeira. BM&F – Câmara de Derivativos A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F), por meio da Câmara de Derivativos, liquida contratos à vista, a termo, de futuros, de opções e de swaps. Os principais contratos estão referenciados em taxas de juros, taxas de câmbio, índices de preços e índices do mercado acionário (BOVESPA). É um sistema com compensação multilateral de obrigações, sendo que a liquidação das posições líquidas diariamente apuradas é feita em D + 1, por intermédio do STR (Sistema de Transferência de Reservas), em contas mentidas no BACEN. A BM&F atua como contraparte central e garante a liquidação das posições líquidas dos membros de compensação. CLBC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia A CLBC liquida as operações realizadas na BOVESPA (renda variável privada), BVRJ (títulos públicos) e SOMA (Mercado de Balcão Organizado) (renda variável). A CBLC atua como depositária central de ações e títulos de dívida corporativa, mantendo contas individualizadas, o que permite a identificação do investidor final das operações realizadas. A liquidação é feita com compensação multilateral de obrigações, mas, em situações específicas previstas no regulamento de operações, pode ser feita em tempo real, operação por operação. Na compensação multilateral de obrigações, a CBLC atua como contraparte central, assegurando a liquidação das operações entre os agentes de compensação. A liquidação financeira final é feita sempre por intermédio do STR, em contas mantidas no BACEN.

CETIP - Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos

A CETIP é depositária de títulos de renda fixa privados (CDBs, RDBs, DIs, LCs, LHs, DEBÊNTURES e Commercial Papers, etc), títulos públicos estaduais e municipais e títulos representativos de dívidas de responsabilidade do Tesouro Nacional, FCVS, PROAGRO, TDA.

Na qualidade de depositária, a entidade processa a emissão, o resgate e a custódia dos títulos.

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Os títulos são emitidos escrituralmente, isto é, existem apenas sob a forma de registros eletrônicos. As operações são realizadas no mercado de balcão, incluindo aquelas realizadas por intermédio do CETIPNET (Sistema Eletrônico de negociação).

SELIC - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia O SELIC é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN e nessa condição processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema também a liquidação das operações definitivas e compromissadas realizadas em seu ambiente.

Todos os títulos são escriturais. A liquidação financeira de cada operação é realizada por intermédio do STR.

É um sistema de liquidação em tempo real, a liquidação de operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do comprador.

CIP - Câmara Interbancária de Pagamentos

A CIP opera o Sistema de Transferências de Fundos (SITRAF), que utiliza compensação contínua de obrigações.

O SITRAF funciona com base em ordens de crédito, isto é, somente o titular da conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de fundos, que pode ser feita em nome do próprio participante ou por conta de terceiros, a favor do participante destinatário ou de cliente do participante destinatário.

A participação direta no SITRAF é restrita às instituições titulares de conta de Reserva Bancária, isto é, bancos e bancos de investimento.

Câmara TECBAN

No sistema de compensação e de liquidação operado pela Tecnologia Bancária S.A (TECBAN), que entrou em funcionamento em 22.04.2002, são processadas transferências de fundos interbancários relacionadas principalmente com pagamentos realizados com cartões de débito e saques na rede de atendimento automático de uso compartilhado, conhecida como BANCO 24 HORAS. O sistema utiliza compensação multilateral de obrigações, com a liquidação final dos resultados apurados sendo feita, pelo STR. A liquidação é garantida pela TECBAN.

Todas as confirmações são feitas pela TECBAN em tempo real, saldo no caso de débitos diretos e créditos diversos.

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COMPE - Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis

A COMPE liquida as obrigações interbancárias relacionadas principalmente com cheques, documentos de crédito e boletos de cobrança.

Os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal são titulares no BACEN, de conta vinculada à liquidação financeira das obrigações interbancárias apuradas na COMPE. Essa conta vinculada recebe depósito mediante transferência de fundos ordenada pelo titular por meio do STR.

A Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE), regulada pelo BACEN e executada pelo Banco do Brasil. Sistema de Transferência de Reservas - STR

O STR é um sistema de transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real, instituído e operado pelo BACEN. O sistema funciona com base em ordens de crédito, onde somente o titular da conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de fundos.

Entrou em funcionamento no dia 22.04.2002 e está disponível aos participantes, para registro e liquidação de ordens de transferência de fundos, nos dias considerados úteis para fins de operações praticadas no mercado financeiro.

No STR podem ser cursadas ordens de transferência de fundos de qualquer valor. Uma vez realizada, a liquidação da ordem de transferência de fundos é irrevogável e incondicional.

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3.1 - Questões de Concursos 01. (DAVES/BANPARÁ/2005) É característica do TED (Transferência Eletrônica Disponível) a que se apresenta na alternativa:

(A) O recurso estará disponível ao beneficiário no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, ou seja, de 2 (dois) dias.

(B) O recurso sairá da conta do pagador no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, para poder compensar em até 48 (quarenta e oito) horas ao beneficiário.

(C) Se o TED for feito em cheque, poderá levar até 5 (cinco) dias úteis para o recurso entrar na conta do beneficiário.

(D) Se o TED for feito em cheque de valor superior a R$ 1.000,00 (um mil reais), obrigatoriamente deverá ficar disponibilizado ao beneficiário, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.

(E) Terá liquidação no próprio dia, ou seja, atualizará o saldo da conta do recebedor na mesma data em que é emitida pelo pagador.

02. (ACEP/BNB/2004) O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) modernizou o sistema de transferências de recursos interbancários, sem eliminar, por completo, o sistema tradicional de compensação de cheques e outros documentos. Com relação ao seu funcionamento, assinale a alternativa CORRETA: A) a Transferência Eletrônica Disponível (TED) é

utilizada para transferências de recursos superiores a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).

B) para transferências de recursos abaixo de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) deve ser utilizado cheque ou DOC (Documento de Compensação) por intermédio da Centralizadora de Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE).

C) os cheques apresentados à compensação sem provisão de fundos devem ser devolvidos pela alínea 11 na primeira apresentação e alínea 12 na segunda apresentação.

D) os cheques e DOC's são compensados e transferidos da conta do emitente para a do beneficiário no mesmo dia.

E) como o cheque é uma ordem de pagamento a vista, os bancos e empresas são obrigados a recebê-lo para quitar pagamentos.

(CESPE/CAIXA/2006) Até meados dos anos 90 do século passado, as mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) foram motivadas pela necessidade de se lidar com altas taxas de inflação e, por isso, o progresso tecnológico então alcançado visou principalmente ao aumento da velocidade de processamento das transações financeiras. Na reforma recentemente conduzida pelo BACEN, o foco foi redirecionado para a administração de riscos. Nessa linha, a entrada em funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas (STR), em 22/4/2002, marca o início de uma nova fase do SPB. Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir, com base nos fundamentos do atual SPB. 03. No Brasil, as transferências de crédito interbancárias por não-bancos, a partir da implantação do novo SPB, passaram a ser feitas unicamente por meio das transferências eletrônicas disponíveis (TED). 04. Na nova fase do SPB, a liquidação em tempo real passou a ser utilizada nas operações com títulos públicos federais transacionados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC). 05. O SPB é operado pelo BACEN e as transferências de fundos interbancárias, que podem ser liquidadas em tempo real, têm caráter revogável e condicional. 06. O atual SPB possibilita a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias, com conseqüente redução do risco sistêmico, isto é, do risco de que a quebra de um banco provoque a quebra em cadeia de outros bancos. 07. Compete ao ministro da Fazenda definir quais sistemas de liquidação são considerados sistemicamente importantes. 08. No âmbito de um sistema de compensação e de liquidação, não é admitida compensação multilateral de obrigações.

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08

E C E C E C E E

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4 - OPERAÇÕES PASSIVAS – Produtos de Captação de Recursos (Depósitos) 4.1 - Depósitos a Vista

A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distinta dos bancos comerciais, o que configura como instituições financeiras monetárias. É a chamada captação a custo zero. Assim, o depósito à vista, para o banco, é um dinheiro gratuito. Entretanto, como existe um custo implícito na abertura e na movimentação de uma conta corrente, os bancos podem, eventualmente, estabelecer valores mínimos para abertura e manutenção de saldo médio em conta pelo cliente, que, pelo menos, garanta a cobertura dos custos operacionais da conta.

A conta corrente é o produto básico da relação entre o cliente e o banco, pois através dela são movimentados os recursos dos clientes, via depósito, cheques, ordens de pagamento, DOC, e após o SPB, a Transferência Eletrônica Disponível – TED. Elas podem ser:

Para pessoa física ou jurídica;

Individual ou conjunta (somente para pessoas físicas);

Não solidária (Todos os titulares devem assinar) ou solidária (qualquer um dos titulares pode assinar individualmente (no caso de contas conjuntas);

Atualmente existem as seguintes contas:

Contas Correntes Convencionais;

Contas Especiais de Depósitos – Contas Simplificadas (Clientes de baixo poder aquisitivo;

Contas Eletrônicas de Depósito – Contas de brasileiros no exterior;

Conta-Salário – Salários, vencimentos, pensões, proventos, aposentadorias e similares;

Conta Investimento. Para a abertura de uma conta corrente são exigidos os seguintes documentos: Para Pessoas Físicas:

Documentos de identificação pessoal;

Documento de regularidade com a Fazenda Pública - CPF;

Documentos de comprovação de domicílio;

Documentos de comprovação de renda.

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São considerados documentos de identidade hábeis:

• Carteira de Identidade emitida pelos Estados (RG);

• Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);

• Carteira de Identificação emitida pelas entidades de Classe (CRC, CRA, CRN, OAB, etc.);

• Carteira Nacional de Habilitação com foto;

• Carteira de Identidade de Estrangeiro;

• Passaporte com foto;

• Carteira de identificação emitida pelas forças armadas. Documento para comprovação de domicílio considerados hábeis:

• Contas de Água, Luz ou Telefone;

• Boletos Bancários diversos;

• Contrato de Locação. Documentos comprobatórios de renda considerados hábeis:

• Contra-cheques e hollerith;

• A CTPS com as anotações salariais;

• DECORE. Para Pessoas Jurídicas:

Cópia do Contrato Social e todos os seus aditivos (no caso de sociedades), devidamente registrados na Junta Comercial (Sociedade Empresária) ou no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas (No caso de Sociedade Simples);

Cópia dos Estatutos e Regimento interno devidamente inscritos no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, no caso de instituições sem fins lucrativos.

Cartão do CNPJ;

Relação de Faturamento dos últimos 12 meses ou projeção;

Documentos pessoais dos sócios e/ou dirigentes ( Os mesmos para o cadastro de pessoas físicas)

4.2 - Depósitos a Prazo O RDB (Recibo de Depósito a Prazo) e o CDB (Certificado de Depósito a Prazo) são os mais antigos e utilizados títulos de captação de recursos, junto às pessoas físicas e jurídicas, pelo bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, bancos múltiplos que tenham uma destas carteiras e caracterizam um depósito a prazo fixo.

IMPORTANTE! No caso específico do RDB, ele também pode ser instrumento de captação de recursos por parte das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento – Financeiras e por parte das Cooperativas de Crédito junto aos seus associados. (Resolução 3.454/07)

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O CDB é um título de crédito escritural (não existe fisicamente) e o RDB um recibo (existe fisicamente), e sua emissão gera a obrigação das instituições emissoras pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, a remuneração prevista. Os recursos captados pelas instituições através desses instrumentos são normalmente repassados aos clientes na forma de empréstimos. Ambos podem ter a taxa pré-fixada e pós-fixada. RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – RDB – Podem ser resgatados antecipadamente em caráter excepcional, desde que com o acordo da instituição depositária. Neste caso acontecerá uma perda de rentabilidade. O cliente perde os juros do período em que o recurso ficou aplicado no Banco.

CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – CDB – É transferível (resgatado, a critério da instituição financeira, antes do vencimento) por endosso nominativo (endosso em preto), desde que respeitados os prazos mínimos. O endossante responde pela existência do crédito, mas não pelo seu pagamento. Não pode ser prorrogado, mas renovados de comum acordo, por uma nova contratação. O CDB podem ser classificado de acordo com a sua natureza em:

CDB – DI (antigo CDB-Over) – Foi criado pelo mercado para substituir o OVERNIGTH. Para viabilizar essas operações, os bancos emitiam o CDB prefixado, garantindo liquidez antes do prazo do vencimento e taxas equivalentes a porcentagem do CDI. Desse modo podiam recomprá-lo quando o cliente precisasse, pagando pelo prazo decorrido a porcentagem do CDI acertada informalmente no ato da aplicação. Com a introdução dos SWAPs, estas operações passaram a ser feitas vinculadas a um contrato de SWAP de pré para DI.

CDB Rural – São títulos cuja captação é específica dos bancos comerciais e múltiplos com carteira comercial e que aplicam no crédito rural e se destinam aos financiamentos agrícolas. Seus prazos são similares aos demais CDBs e as instituições financeira têm que provar ao BACEN que os recursos captados com esses papéis se destinam ao financiamento da comercialização dos produtos agropecuários e/ou máquinas e equipamentos agrícolas.

CDB com Taxa Flutuante – Nas aplicações com prazo mínimo de 120 dias, existia a alternativa para o investidor de repactuar a cada 30 dias a taxa de remuneração do CDB que, dessa forma, não deveria estar vinculado à TR. O rendimento deveria ser baseado em outras taxas de juros apuradas regularmente pelo mercado, desde que o conhecimento público, e com critérios já definidos na data da assinatura do contrato.

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4.3 – Caderneta de Poupança Caderneta de Poupança Tradicional - É a aplicação mais simples e tradicional, sendo uma das poucas, senão a única, em que se podem aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da aplicação. É um produto exclusivo das SCI, das Carteiras Imobiliárias dos bancos múltiplos, das associações de poupança e empréstimos e das caixas econômicas. Conforme resolução BACEN 3347/06, no mínimo 65% dos valores depositados devem ser aplicados em financiamento imobiliário e 20% é encaixa obrigatório no BACEN. Caderneta de Poupança de Rendimentos Trimestrais (Isenção da CPMF) – Foi criada para pessoas físicas, exclusivamente, com o prazo mínimo de resgate de três meses, para efeito de absorção dos rendimentos. Caderneta de Poupança de Rendimentos Crescentes – Foi criada para permitir que seus depositantes, pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos, recebessem correção monetária, mais juros, esses últimos com taxas crescentes, durante o período pactuado com a instituição detentora da conta de depósito de poupança. Somente pode ser feito um único depósito uma única retirada. Os rendimentos são creditados trimestralmente e as taxas de juros são crescentes: 1,5 a.t do primeiro e ao terceiro trimestres; 1,705% a.t. do quarto ao oitavo trimestres; 1,942% a.t. do nono ao décimo-primeiro trimestres e 2,177% a.t. do décimo-segundo trimestre em diante.. Caderneta de Poupança com finalidade específica – Destinada a pessoas físicas, com rentabilidade idêntica à da poupança tradicional, mensal ou trimestral, em função da modalidade. As modalidades disponíveis são:

Garantia Locatícia;

Revendedores Lotéricos;

Trabalho de Condenado;

Para crédito de valores de cotas de PIS/Pasep, do FGTS, de fundos de investimento e de saldos liberados de contas de depositantes falecidos;

Leiloeiros. Caderneta de Poupança Rural – Caderneta Verde - É idêntica à caderneta de poupança livre. A única diferença entre as duas é que os recursos captados são basicamente direcionados para o financiamento de operações rurais, e não para o crédito imobiliário. Segundo a Resolução 3.224, de 29.07.2004, só são autorizados a captar recursos através da Poupança Verde , o BB, o BNB, BASA e Bancos Cooperativos.

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Caderneta de Poupança Programada – O depositante assumia, por contrato, o compromisso de depositar quantias fixas e determinadas por prazos que variam entre 12, 18 e 24 meses. As taxas de remuneração eram progressivas: 6,14% a.a. nos primeiro e segundo trimestres; 6,40% a.a. nos terceiro e quatro trimestre; 6,80% a.a. nos quinto e sexto trimestres e 7,20% a.a. do sétimo trimestre em diante. Seus rendimentos eram creditados trimestralmente e havia uma carência inicial de seis meses para o saque. Caderneta de Poupança Vinculada (Caucionada) a Crédito Imobiliário – Foi criada pela Resolução 2173/95, para permitir que as entidades integrantes do SBPE acolhessem depósitos de poupança como caução destinada a garantir a concessão de crédito ao titular da conta para a aquisição de imóvel residencial, bem como para a construção de imóvel residencial em terreno próprio. As suas características eram idênticas às da poupança tradicional.

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4.4 – Questões de Concursos (CESPE/BB/2007) Depósitos à vista são os que estão totalmente disponíveis para o cliente, ou seja, o cliente pode sacá-los quando quiser. Com a evolução dos serviços de acesso ao sistema financeiro (a chamada inclusão financeira), houve a criação de muitos tipos específicos de contas. Atualmente, existem vários tipos de contas que permitem depósitos à vista. Com relação a esses tipos de contas, julgue os itens que se seguem. 01. Para as contas-correntes, é vedada às instituições financeiras a cobrança de remuneração pelo fornecimento de cartão magnético ou, alternativamente, a critério do correntista, de um talonário de cheques com pelo menos vinte folhas por mês. 02. A conta investimento permite ao investidor migrar de um investimento para outro, inclusive entre bancos diferentes, sem o pagamento da contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF). 03. A conta especial de depósitos à vista (conta simplificada para clientes de baixa renda) é individual (apenas um titular). Cada cliente pode ter somente uma conta e não pode ser correntista em qualquer outra instituição financeira. Essa conta é movimentada exclusivamente com cartão magnético, tem alíquota zero de CPMF e franquia mensal de 4 extratos, 4 depósitos e 4 saques. 04. A conta-salário é um tipo especial de conta de depósito à vista destinada a receber salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. É individual, não é movimentável por cheques, é isenta da cobrança de tarifas e tem alíquota zero de CPMF. 05. (FCC/CAIXA/2007) A conta corrente é o produto básico da relação entre o cliente e o banco, pois por meio dela são movimentados os recursos dos clientes. Para abertura de uma conta corrente individual, são necessários e indispensáveis os seguintes documentos: (A) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de identidade (RG), título de eleitor com comprovante da última votação, certificado de reservista, e comprovante de residência. (B) cadastro de pessoa física (CPF), cédula de identidade (RG), comprovante de residência, título de eleitor e certidão de nascimento ou casamento, se for o caso. (C) documento de habilitação com foto com o número do CPF, comprovante de residência, certidão de nascimento ou casamento e certificado de reservista. (D) documento de identificação, como cédula de identidade (RG) ou documentos que a substituem

legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e título de eleitor com comprovante da última votação. (E) documento de identificação, como cédula de identidade (RG), ou documentos que a substituem legalmente, cadastro de pessoa física (CPF) e comprovante de residência. 06. (FCC/CAIXA/2007) O certificado de depósito bancário (CDB) é o título de renda fixa emitido por instituições financeiras, com a finalidade de captação de recursos para carregá-los em outras carteiras de investimento, visando ao ganho financeiro e/ou ganho de intermediação. Considerando as características do CDB, analise as afirmações a seguir. I - No CDB Rural, existe a possibilidade, para o investidor, de repactuar a cada 30 dias a taxa de remuneração do CDB, dentro de critérios já estabelecidos no próprio contrato. II - Quando a perspectiva é de queda da taxa de juros, a modalidade de CDB mais indicada para aplicação é a prefixada. III - O CDB não pode ser negociado antes do seu vencimento, devendo o cliente esperar o final do contrato para sacar o dinheiro. IV - No CDB prefixado, no momento da aplicação, o investidor já conhece o percentual de valorização nominal de seu investimento. V - As taxas de rentabilidade do CDB são determinadas pelos próprios Bancos, de acordo com o CDI. Estão corretas APENAS as afirmações: (A) I, II, III e IV (B) I, IV e V (C) I, III e V (D) II, III, IV e V (E) II, IV e V 07. (DAVES/BANPARÁ/2005) As cadernetas de poupança são modalidades de investimento, cujo rendimento é assim calculado:

(A) 1% (um por cento) ao mês, mais TR (Taxa Referencial de Juros).

(B) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais Taxa Selic.

(C) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais TR (Taxa Referencial de Juros).

(D) 1% (um por cento) ao mês, mais Taxa Selic.

(E) 0,5% (meio por cento) ao mês, mais a menor taxa de juros praticada no mercado financeiro na concessão de empréstimos.

08. (FGV/BESC/2004) O CDB - Depósito (A) banco múltiplo (B) casa de poupança (C) casa de câmbio (D) distribuidora de títulos e valores mobiliários (E) corretora de seguros

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09. (CESPE/BRB/2005) Na caderneta de poupança, os valores depositados são atualizados com base na TR do dia do depósito, acrescida de juros de 0,5% ao mês, correspondendo a 6% ao ano, na data em que completa um mês. 10. (ACEP/BNB/2004) As instituições financeiras devem observar certas condições sobre as normas relativas a abertura, manutenção, movimentação e encerramentos de contas de depósito. A respeito deste assunto considere as afirmações abaixo: I) quando a conta for titulada por menor ou pessoa

incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o responsável que o assistir ou o representar;

II) se o correntista emitir um cheque sem provisão de fundos, a instituição financeira deverá encerrar sua conta, sem necessidade de aviso ao correntista;

III) as instituições financeiras estão autorizadas pelo Banco Central a cobrar tarifas sobre todos os serviços relativos à conta de depósitos;

IV) é vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações a sustação de pagamentos de cheque.

Marque a alternativa CORRETA: A) as afirmativas I e IV são verdadeiras. B) as afirmativas I e II são verdadeiras. C) as afirmativas II e III são verdadeiras. D) as afirmativas II e IV são verdadeiras. E) todas as afirmativas são verdadeiras. 11. (ACEP/BNB/2004) Objetivando expandir o acesso aos serviços bancários por parte da população de baixa renda e para facilitar recebimentos de proventos e de microcrédito, foram criadas contas especiais. Considerando as características dessas contas, marque a alternativa CORRETA: A) a conta especial de depósito a vista,

denominada de conta simplificada, somente pode ser aberta por pessoas físicas e mantida na modalidade de conta individual, vedado o fornecimento de talonários de cheque para respectiva movimentação.

B) a conta especial de depósito a vista, denominada de conta simplificada, pode ser livremente movimentada, sem limites de recursos.

C) por ser uma conta simplificada, é permitida a abertura de conta de depósitos sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes do nome do depositante.

D) a "conta salário" foi criada para prestação de serviços relativos ao pagamento de salários,

vencimentos, aposentadorias, pensões e similares, contas essas que podem ser movimentadas por cheques.

E) a "conta salário" pode ser aberta livremente pelo interessado para receber seus salários, vencimentos, aposentadorias ou pensões, mas essas contas estão sujeitas à cobrança de tarifas por parte das instituições financeiras.

12. (ACEP/BNB/2004) Existem, no mercado, diversos instrumentos de captação de recurso, que se diferenciam pelo prazo de captação, destinação e rentabilidade. Marque a alternativa CORRETA que caracteriza um desses instrumentos: A) as cadernetas de poupança representam o mais

popular instrumento de captação, proporcionando uma rentabilidade de 12 % a.a.

B) o prazo mínimo para aplicações em Certificado de Depósito Bancário (CDB) é de 90 dias.

C) os recursos da caderneta de poupança são destinados exclusivamente para financiar casas para população de baixa renda.

D) o Certificado de Depósito Bancário pode oferecer rendimento diferenciado, em função do valor e do prazo da aplicação.

E) a Instituição Financeira pode remunerar o depósito a vista, desde que o cliente permaneça com o recurso depositado na conta corrente por mais de trinta dias.

13. (FCC/CAIXA/2004) Está correto dizer que: (A) a transformação de conta conjunta em individual é feita mediante a solicitação de um dos titulares. (B) Para abertura de uma conta corrente junto a uma instituição financeira é necessário apenas carteira de identidade. (C) Para encerrar uma conta corrente Junto a uma instituição financeira é necessário primeiramente verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para não evitar a inclusão do nome no cadastro de emitentes de cheques sem fundo. (D) Abrir uma conta corrente só é permitido aos maiores de 18 anos e aos menores, com idade entre 16 e 18 anos incompletos, desde que representados ou assistidos pelo responsável legal e aos emancipados. (E) Os menores emancipados não podem movimentar uma conta corrente.

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14. (FCC/CAIXA/2004) (A) O CDB é uma taxa que mede a inflação de um determinado período e considerada a taxa prime do mercado. (B) O CDB – Certificado de Depósito Bancário – e o RDB – Recibo de Deposito Bancário – são titulo de captação de recursos pelos bancos (C) A liberdade de prazo dos CDB – Certificado de Depósito Bancário – não permite que os bancos emitam CDB com taxa pré-fixada, apenas pós -fixada. (D)A principal diferença ente CDB e o RDB é a impossibilidade do certificado e depósito bancário ser transferido a outros investidores pó endosso nominativo. (E) O termo CDB quer dizer a mesma coisa que a antiga CTN.

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08

E C C E E E C A

09 10 11 12 13 14

E A A D D B

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5 - OPERAÇÕES ATIVAS – Produtos de Aplicação (Empréstimos e Financiamentos) Empréstimos – São alocações de recursos sem uma finalidade específica> Ex: Capital de Giro, Desconto de Títulos, Desconto de Cheques, etc. Financiamentos – São alocações de recursos com finalidade específica. Ex: Compra de Máquinas e Equipamentos, Implantação de uma Indústria, etc. Descontos – É o repasse de recursos para o tomador, porém deduzindo antecipadamente os juros da operação. Adiantamentos – É a antecipação integral de recursos para o tomador, com base uma garantia, normalmente um título de crédito. 5.1 - HOT MONEY É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um pouco mais, no máximo por 10 dias. A taxa aplicada é o CDI mais o spread do produto. Por ser uma operação de curto prazo, o hot money tem a vantagem de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma mudança brusca para baixo das taxas de juros. 5.2 - CONTAS GARANTIDAS É um valor-limite que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação. À medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes são transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida. Tem caráter apenas de conta devedora (lastreadas por garantias), funcionando separadas da conta corrente e, normalmente, exigem do cliente o aviso com antecedência dos valores a serem sacados, razão pela qual trabalham com taxas de juros menores que os cheques especiais.

5.3 - CRÉDITO ROTATIVO

São linhas de crédito abertas com um determinado limite e que a empresa utiliza à medida de suas necessidades, ou mediante apresentação de garantias em duplicatas. Os encargos (juros e IOF) são sobrados de acordo com a utilização dos recursos, da mesma forma que nas contas garantidas. A disponibilidade do crédito diminui na medida de sua utilização e aumenta na medida do pagamento do principal anteriormente utilizado.

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5.4 - DESCONTOS DE TÍTULOS, DESCONTO DE CHEQUES, DESCONTO DE FATURAS DE CARTÃO DE CRÉDITO

É um adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre os valores referenciados em duplicatas de cobrança, notas promissórias, cheques pré-datados ou faturas de cartões de crédito, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente. O cliente transfere o risco do recebimento de suas vendas a prazo ao banco e garante o recebimento imediato dos recursos que, teoricamente, só teria disponível no futuro. A operação de desconto dá ao banco o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou juros de mora pelo atraso. 5.5 - FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO São as operações tradicionais de empréstimos vinculadas a um contrato específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendem às necessidades de capital de giro das empresas. O plano de amortização é estabelecido de acordo com os interesses e necessidades das partes e, normalmente, envolve prazo de até 12 meses. Esse tipo de empréstimo normalmente é garantido por duplicatas em geral, numa relação de 120% a 150% do principal emprestado. Nessa caso, as taxas de juros são mais baixas. Quando a garantia é dada na forma de aval ou notas promissórias, os juros são mais altos. 5.6 - VENDOR FINANCE A principal vantagem para a empresa vendedora mé a de que, como a venda não é financiada diretamente por ela, a base de cálculo para a cobrança de tributos, comissões de vendas e royalties, no caso de licença de fabricação, torna-se menor. Além disso, ao receber à vista, a empresa tem um imediato reforço no seu caixa. A principal vantagem para a empresa compradora é o financiamento com taxas menores do que as praticas pelo mercado, pois está obtendo um preço à vista financiado por um empréstimo ao custo do risco de crédito do vendedor. Assim, é uma modalidade de financiamento de vendas para empresas na qual quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o comprador.

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Graficamente:

5.7 - COMPROR FINANCE É uma operação inversa ao vendor. No caso do compror, pequenas indústrias vendem para grandes lojas comerciais. Neste caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o garantidor do contrato, o próprio comprador é que funciona como garantidor. Trata-se de um instrumento que dilata o prazo de pagamento de compra sem envolver o vendedor (fornecedor). 5.8 - LEASING É uma operação realizada mediante contrato, na qual o dono do bem (arrendador) concede a outrem (arrendatário) a utilização do mesmo, por prazo previamente determinado. Tipos de Operações disponíveis em Leasing:

Leasing Operacional;

Leasing Financeiro;

Sale and Lease Back;

Leasing Imobiliário. Leasing Operacional É a operação, regida por contrato, praticada diretamente entre o produtor de bens (arrendador) e seus usuários (arrendatários), podendo o arrendador ficar responsável pela manutenção do bem arrendado ou por qualquer outro tipo de assistência técnica que seja necessária para seu perfeito funcionamento.

EMPRESA

COMPRADORA

COM O

VENDER

SEM O

VENDER

EMPRESA

VENDEDORA

EMPRESA

COMPRADORA

EMPRESA

VENDEDORA

BANCO

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É geralmente encontrado no ramo de equipamentos de alta tecnologia, como telefones, computadores, aviões, máquinas copiadoras, automóveis e o equipamento e/ou a empresa arrendadora deve satisfazer uma das condições a seguir:

O equipamento possui alto valor de revenda e mercado secundário ativo;

A empresa arrendadora presta serviços adicionais aos seus clientes;

A empresa arrendadora á a fabricante do equipamento.

Ao contrário do leasing financeiro, o arrendatário pode rescindir o contrato a qualquer tempo, mediante pré-aviso contratualmente especificado. Na prática, as operações de leasing operacional funcionam quase como um aluguel. Se o arrendatário quiser adquirir o bem ao final do contrato, terá de negociar com a empresa de leasing e a aquisição, se houver, será feita pelo valor de mercado. Em resumo, o leasing operacional deve possuir as seguintes características básicas:

1 - O prazo mínimo da operação é de 90 dias;

2 - O prazo máximo da operação está limitado a 75% da vida útil econômica do bem arrendado;

3 -

O valor presente das contraprestações não poderá exceder ao valor de 90% do bem arrendado, sendo a taxa de desconto utilizada a equivalente aos encargos financeiros constantes do contrato;

4 - Não é permitida a utilização do VALOR RESIDUAL DE GARANTIA – VRG;

5 - A opção de compra do bem ao final do contrato é o pelo valor de mercado;

6 - A manutenção do bem arrendado pode ser responsabilidade do arrendador ou do arrendatário.

Leasing Financeiro É uma operação de financiamento sob a forma de locação particular, de médio a longo prazo, com base em um contrato, de bens móveis ou imóveis, em que intervêm uma empresa de leasing (arrendador), a empresa produtora do bem objeto do contrato (fornecedor) e a empresa que necessita utilizá-lo (arrendatária). É realizado pela empresa de leasing dos bancos múltiplos, sendo na verdade uma operação de financiamento. Esta operação se aproxima, no sentido financeiro, de um empréstimo que utilize o bem como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de aluguéis periódicos, que recebem o nome de contraprestação, geralmente correspondentes ao período de vida útil do bem.

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Do ponto de vista estritamente financeiro, trata-se de um financiamento de médio a longo prazo que, ao final do prazo de vigência do contrato, dá ao arrendatário o direito, estabelecido no início da vigência do contrato, de escolher:

Renovar o contrato pelo valor arrendado;

Comprar o bem – opção de compra pelo valor estabelecido;

Devolver o bem ao arrendador. Ao final do contrato, o arrendatário tem a opção de compra do bem por um valor previamente estabelecido, que pode ser o valor de mercado, um valor simbólico ou um valor mínimo denominado VRG (Valor Residual de Garantia). Tem como características básicas:

O prazo mínimo da operação é de dois anos para bens com vida econômica útil igual ou menor do que cinco anos, e três anos para bens com vida econômica útil maior do que cinco anos;

O total pago, incluindo as contraprestações e o VRG (Valor Residual de Garantia), deverá garantir para o arrendador o retorno financeiro da aplicação, aí incluído os juros sobre os recursos financeiros utilizados na aquisição do bem objeto da operação de arrendamento mercantil;

A manutenção do bem arrendado é da responsabilidade do arrendatário;

É permitida a utilização do Valor Residual de Garantia (VRG);

A opção de compra do bem ao final do contrato é pactuada ao início do contrato, podendo ser utilizado, para tal, o VRG;

O contrato não pode ser rescindido unilateralmente. Sale and Lease Back É uma operação variante do Leasing Financeiro, pela qual uma pessoa jurídica vende bens do sei imobilizado a uma empresa de leasing e, simultaneamente, os arrenda de volta com a opção de compra exercitável após o término do prazo contratual.

Leasing Imobiliário É a compra de um imóvel pela arrendadora que o aluga a uma pessoa física ou jurídica. Pode ser um terreno, um prédio ou mesmo uma fábrica. No caso da arrendatária já possuir o imóvel, pode ser feito um lease back. Sendo assim, existem três tipos de leasing imobiliário: O normal, Construção de Edifícios e o Leasing Back Imobiliário.

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Vantagens do Leasing

Dedução no Imposto de Renda;

Melhora nos índices de endividamento e de imobilização da empresa;

Os prazos são mais longos para a compra de máquinas e equipamentos;

Financiamento de 100% do bem;

Não é realizado o cálculo de depreciação;

Alívio no capital de giro.

Desvantagens do Leasing

A empresa não acumula patrimônio;

Se a empresa não paga imposto de renda, perde a vantagem fiscal.

5.10 - FINANCIAMENTOS PARA CAPITAL FIXO (INVESTIMENTO) É a concessão pelos bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimento ou Sistema BNDES de linhas de crédito para investimento em infra-estrutura, máquinas e equipamentos com o objetivo de contribuir com a expansão ou a modernização do sistema produtivo do País. São efetuados com prazos superiores a 24 meses com até 20 anos para pagar, com carência entre 12 e 24 meses, conforme os projetos de investimento apresentados pelas empresas. 5.11 - CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - CDC É o financiamento concedido por uma financeira para aquisição de bens e serviços por seus clientes, como também, a concessão de empréstimos em dinheiro para uso não definido. Sua utilização é maior para aquisição de veículos e eletroeletrônicos. O prazo dos CDC varia de três a 96 meses e, geralmente, financia de 60% a 100% do valor do bem, já que uma parte do bem é disponibilizada no momento da aquisição, na forma de uma entrada. No caso específico de veículos, o prazo de financiamento pode chegar a 72 meses. Crédito Direto ao Consumidor – CDC pode ser classificado em:

CDCI – CDC com Interveniência – São os empréstimos concedidos às empresas clientes especiais dos bancos, normalmente empresas comerciais, que passam a ser intervenientes (responsáveis), para repasse aos seus clientes, nos financiamentos de compras e serviços. Os prazos e a composição da taxa são idênticos ao CDC convencional, embora menores, em razão da garantia oferecida pelo interveniente (empresa comercial).

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CD – Crédito Diretíssimo – O Banco assume a carteira dos lojistas e fica com os riscos da concessão do crédito. Ex: Losango, Fininvest, Cacique, etc.

Consignação em Folha de Pagamento - O empréstimo em consignação em folha de pagamento foi regulamentado por meio da Lei 10.820, de 17/12/2003. O empréstimo tem a vantagem de oferecer taxas de juros mais baixas, já que o pagamento é feito diretamente pela empresa.

Pela regulamentação, não há limite máximo para o valor do empréstimo nem prazo para as operações. Entretanto, para evitar endividamento excessivo, o assalariado só pode comprometer com a prestação até 30% do seu salário líquido.

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6- PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 6.1 - ORDENS DE PAGAMENTO (OP) É o serviço de transferência de valores, seja em moeda estrangeira do exterior para o Brasil, ou internamente entre agências da mesma instituição financeira. Destina-se a pessoas físicas e jurídicas. As ordens de pagamento recebidas com informação do número de conta para crédito devem, obrigatoriamente, ser depositadas na conta informada.

6.2 - DOCUMENTO DE CRÉDITO (DOC) O DOC é uma ordem de transferência de fundos inter-bancária, por conta ou a favor de pessoas físicas ou jurídicas clientes de instituições financeiras, que somente pode ser remetida e recebida pelos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e CAIXA ECONOMICA FEDERAL, participantes da Câmera Interbancária de Pagamentos – CIP.

O VALOR MÁXIMO PERMITIDO PARA A EMISSÃO DE DOC É DE R$ 4.999,99.

6.3 - TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DE DADOS - TED É a transferência de recursos de uma instituição financeira para outra instituição financeira, criada pelo SPB. Este mecanismo permite que um valor, que esteja disponível na conta corrente em um Banco possa ser transferido para outro Banco, na mesma hora, via sistema.

ESTE PROCEDIMENTO É UTILIZADO PELO MERCADO PARA VALORES A PARTIR DE R$ 5.000,00.

6.4 - COBRANÇA BANCÁRIA

É um dos produtos mais importantes desenvolvidos pelas instituições nos últimos anos. É um serviço indispensável para qualquer banco comercial.

Com a cobrança os bancos estreitam o relacionamento com as empresas e engordam as aplicações de recursos transitórios (dias de float) em títulos públicos.

A cobrança bancária é feita através dos bloquetos ou boletos que substituem duplicatas, notas promissórias, letras de câmbio, recibos ou cheques e têm o poder de circular na câmara de compensação.

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Os valores resultantes da operação de cobrança são automaticamente creditados na contas correntes dos clientes em D ou D+1, de acordo com o previamente acertado entre o banco e o cliente.

Atualmente o relacionamento banco/cliente é realizado através da COBRANÇA ESCRITURAL totalmente automatizado. Não há mais a necessidade da duplicata como comprovação da operação. Somente o bloqueto ou boleto.

Vantagens da cobrança para o Banco:

Aumento dos depósitos a vista, pelos créditos das liquidações;

Aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços;

Consolidação do relacionamento com o cliente;

Inexistência do risco de crédito. Vantagens da cobrança para o Cliente:

Capilaridade da Rede Bancária;

Crédito imediato dos títulos cobrados;

Consolidação do relacionamento com o banco;

Garantia do processo de cobrança (quando necessário o protesto). Tipos de Cobrança:

1. Cobrança Imediata – sem registro de títulos; 2. Cobrança Seriada – para pagamento de parcelas; 3. Cobrança de Consórcios – para pagamento de consórcios; 4. Cobrança de Cheques pré-datados; 5. Cobrança Remunerada – Remuneração dos valores cobrados; 6. Cobrança indexada – Quando utiliza qualquer índice ou moeda; 7. Cobrança Casada – Cobrança vinculada a um outro negócio; 8. Cobrança Programada – garante o fluxo de caixa do cliente; 9. Cobrança Antecipada – eliminação de tributos de vendas a prazo; 10. Cobrança Caucionada – Garantia em contratos de empréstimos; 11. Cobrança de Títulos Descontados – Desconto de Títulos.

6.5 - PAGAMENTOS DE TÍTULOS E CARNÊS Os títulos a pagar de um cliente têm o mesmo procedimento dos títulos a receber (cobrança).

O cliente informa ao banco, via computador, os dados sobre seus fornecedores com datas e valores a serem pagos e, se for o caso, entrega os comprovantes necessários ao pagamento.

A conjugação de cobrança com o pagamento dos títulos, adicionando o controle da folha de pagamento das empresas, permite aos bancos prestar o serviço de gerenciamento global de seus fluxos de caixa, conhecido como CASH MANAGEMENT.

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6.6 - TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE FUNDOS Serviço prestado ao cliente que, por gerenciamento de seu caixa, necessite ter uma ou mais contas em uma ou mais agências do banco.

O cliente informa previamente ao banco em que contas deseja manter este ou aquele nível de saldo. O banco, automaticamente, ao final do dia, movimenta as contas do cliente, de forma a fechar o saldo diário dessas contas de acordo com o valor determinado pelo cliente.

6.7 - ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS São serviços prestados às instituições públicas, através de acordos e convênios específicos, que estabelecem as condições de arrecadações e repasses desses tributos/tarifas. Os prazos de retenção dos produtos arrecadados, os fluxos dos documentos e às formas e prazos de repasse são próprios de cada tributo/tarifa. Todos os clientes dos bancos são clientes desses serviços, já que hoje existem certa de 60 tributos, distribuídos em 6 impostos, 30 taxas e 24 contribuições econômicas e sociais.

6.8 - HOME BANKING

É toda e qualquer ligação entre o computador do cliente e o computador do banco, independentemente do modelo ou tamanho, que permita as partes se comunicarem a distância.

A segurança na transmissão de dados é garantida pelo perfil de autorização que o banco concede, através de uma palavras-chave – password - que limita o acesso às informações.

O fax inicialmente foi incluído, dentro do home banking, como meio de ligação banco-cliente, com todo o poder da comunicação escrita. A internet consolidou o processo.

6.9 - BANCO VIRTUAL

O conceito de remote bank está, associado à idéia de banco virtual, ou seja, o banco diversifica os seus canais de distribuição, derrubando os limites criados, quer seja por espaço, tempo ou meio de comunicação. A tecnologia tem papel fundamental para garantir a integração dos requisitos de conveniência, segurança, eficácia e relacionamento, exigidos pelo conceito de virtual bank.

A Internet viabilizou de forma definitiva esta solução.

A redução dos custos das transações bancárias, como resultado da facilitação e agilização dos processos é, sem dúvida, o maior impacto prático de todos estes mecanismos.

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6.10 - DINHEIRO DE PLÁSTICO (Cartões de Crédito e de Débito)

É uma expressão utilizada para conceituar a crescente utilização de cartões de débito ou de crédito, nas transações de pagamentos realizadas pelos consumidores.

Os cartões são classificados de acordo com a finalidade de uso:

Cartões Magnéticos Tradicionais;

Cartões de Débito de bancos;

Cartões de Crédito;

Cartões Inteligentes;

Cartão Virtual;

Cartões Private Label – Cartão de Loja;

Cartão de Afinidade (parceria com organizações não-lucrativas);

Cartão Co-Branded (parceria com empresas);

Cartão de Valor Agregado ou Valor Armazenado (Stored-Value-Card);

Cartão de Benefícios. Cartões Magnéticos Tradicionais – Utilizados para saques nos quiosques tipo banco 24 horas, têm a vantagem de eliminar a necessidade de ida a uma agência bancária. Não representam um estímulo ao consumo na medida em que apenas permitem o saque, no momento presente, sobre valores já existentes na conta corrente do cliente.

Cartões de Débito – Utilizados como um verdadeiro cheque eletrônico, com a grande vantagem de redução efetiva de custo operacional para os bancos, garantia de recebimento pelos estabelecimentos comerciais, devido à menor possibilidade de fraude e de inexistência de fundos, rapidez na operação de venda, pois a quitação da compra é mais rápida, já que é eliminada a consulta prévia sobre a saúde financeira dos clientes.

Cartões de Crédito – Utilizados para a aquisição de bens ou serviços nos estabelecimentos credenciados, para os quais trazem a real vantagem de ser um indutor ao crescimento de vendas e a suposta desvantagem de um rebate no seu preço a vista pela demora no prazo do repasse dos recursos provenientes das ventas. Eles estimulam o consumo

Existem dois tipos de cartões de crédito quanto ao usuário:

• Pessoa Física – São os utilizados pelas pessoas individualmente. • Pessoa Jurídica (Empresarial ou Corporate) – É chamado de cartão corporate,

destinado aos executivos em suas despesas de viagem e de outros benefícios que lhes são concedidos, seja no conceito de cartão purchasing, destinado às pequenas compras empresariais do dia-a-dia, seja do conceito distribution, que gerencia o relacionamento da empresa com distribuidores e a rede varejista.

A Circular 3.243/04 do BACEN autorizou os bancos múltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e a Caixa Econômica Federal a aceitarem o cartão de crédito internacional como instrumento de realização de depósito nas contas de depósito à vista para as pessoas físicas brasileiras que se encontrem temporariamente no exterior.

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Cartões Inteligentes – São cartões dotados de processador e módulo de memória. Diferem dos cartões convencionais. Além de reunirem as características de todos os cartões anteriores, possuem o chip embutido, que permite sua utilização em outras funções, como realizar internamente as operações e suportar um volume de dados 200 vezes maior. Podem ser descartáveis e operar de forma on-line ou off-line. Praticamente isentos da possibilidade de falsificação, podem ser configurados como cartões pré-pagos, e, ainda, assumirem configurações mistas. É considerado o dinheiro do futuro, uma vez que, poderá ser utilizado para pequenas transações a um preço mais baixo. Cartão Virtual – O crescimento do uso da Internet gerou o desenvolvimento deste conceito virtual de cartão.

Todo o processo de adesão, movimentação e controle é eletrônico e com o objetivo de ser utilizado única e especificamente nas transações via Internet. Não existe o cartão de plástico e nem a emissão de fatura em papel.

Sua grande vantagem é a garantia de segurança dada pelos seus específicos processos criptográficos, seu monitoramento constante e suas ferramentas de apoio, tais como as redes neurais. Cartão Private Label – Cartão de Loja (parceria com uma loja específica) – É o cartão que se pode ser usado em compras na loja que o emite. O cliente possuidor do cartão tem um prazo especifico para pagar a compra. A inadimplência da operação é zero, pois ela é garantida pelo banco que suporte a parceria com a loja emitente, pois esse tipo de cartão é mais um canal de distribuição e acesso aos clientes. Muitas vezes este não se relaciona com a agência do banco, mas se relaciona com a loja emissora. Cartão de Afinidade (parceria com organizações não-lucrativas) – É, na realidade, um cartão de crédito em que grupos, organizações beneficentes, associações, clubes e afins exibem sua marca ou logotipo. O produto tem todas as características, benefícios e utilidades de um cartão de crédito comum, com a vantagem de oferecer os privilégios ou serviços extras que o grupo social ao qual o cliente pertence quiser. Para o grupo de afinidade, as vantagens são que seus associados passam a se identificar e a levar a marca em todos os lugares, além do grupo receber um percentual do faturamento da operadora pelas vendas com seus cartões. Cartão Co-Branded (Compartilhamento de Marcas)– é uma variação dos cartões afinidades, emitida por uma empresa reconhecida no mercado (FIAT, GM, VARIG, BOTICÁRIO, etc) em associação como uma operadora e um banco específico. Traz vantagens específicas para seus associados, como por exemplo, programa de incentivos.

Os cartões co-branded são ligados a montadoras de veículos, redes de varejo e companhias aéreas oferecendo bônus, descontos ou milhas a cada compra efetuada.

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Cartão de Valor Agregado ou Valor Armazenado (Stored-Value-Card) - É o dinheiro eletrônico na sua essência, emitido por um banco com valores previamente determinados, em geral de pequeno montante, pré-pago pelo cliente, para ser utilizado como pagamento de despesas em máquinas específicas no comércio e ou prestador de serviços.

Há vários sistemas em operação. Os fechados (nos quais o emissor reembolsa os conveniados) e os sistemas abertos com multiemissores que, posteriormente, acertam as contas através de uma clearing.

Há ainda um terceiro caso, na França, onde o Banco Central local está emitindo o cartão, em uma experiência de substituição do papel-moeda circulante. Cartão de Valor Agregado ou Valor Armazenado (Stored-Value-Card)

Existem os cartões Descartáveis e os Recarregáveis. E ainda os pré pagos e os pós pagos.

Os cartões pré-pagos podem ser de dois tipos:

Cartões para uso específico - Como exemplo temos os cartões telefônicos ou os cartões-presente de uma loja, que podem ser usados somente junto a loja emissora;

Cartões Multiuso – que podem ser usados em quase todo o lugar que aceite um cartão de crédito.

Cartão de Benefícios

É uma forma especial de cartões de avalor armazenado com uma finalidade específica e muitas vezes de cunho social. Trata-se de um cartão pré-pago direcionado para um tipo de aquisição específico, tais como refeições (vale-refeição), compra de gêneros alimentícios (vale-alimentação), remédios (vale-remédios) ou despesas de transporte (vale-transporte), desenvolvido para que os seus detentores possam, com muito mais praticidade e segurança, realizar pagamentos a que objetivam.

Caracteriza-se como um meio de pagamentos com base em uma rede eletrônica.

Vantagens para o beneficiário:

Uma ampla rede eletrônica de cobertura do benefício específico;

Segurança pela dispensa do uso de dinheiro vivo;

Rapidez e praticidade. Vantagens para as empresas cadastradas:

Segurança e a praticidade e eventuais incentivos fiscais concedidos pelo seu uso junto aos trabalhadores.

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6.11 - FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO

É a idéia de um condomínio, onde recursos obtidos pela administradora do Fundo serão aplicados no mercado financeiro interno ou externo onde houver uma melhor rentabilidade. Os Fundos de Investimento atuam conforme determinação do BACEN e da CVM, onde são determinados os limites de composição da carteira que reflete na liquidez da aplicação. Podem ser classificados quanto a liberdade de resgate das cotas em:

Fundos Abertos – Os recursos são resgatáveis a qualquer momento, junto ao administrador do fundo, não havendo limite para o número de cotistas e têm prazo indeterminado de duração. Ex: Fundos oferecidos pelos Bancos.

Fundos Fechados – As cotas são não resgatáveis junto ao emissor, sendo, entretanto, negociadas em bolsas de valores e/ou mercado de balcão organizado, tendo um número de cotistas limitado pelo seu estatuto a um prazo determinado de duração.

Podem ser classificados quanto a característica dos papéis que compõem sua carteira em:

Fundos de Renda Fixa – São aqueles compostos, em sua maioria, por aplicações em títulos que têm uma taxa de retorno fixa;

Fundos de Renda Variável – São aqueles cuja composição é, em sua maior parte, de aplicações em ações e/ou títulos cuja taxa de retorno é variável.

Podem ser classificados quanto ao prazo mínimo para resgate em:

Fundos de Curto Prazo – Os recursos são aplicados até 360 dias;

Fundos de Longo Prazo – São aqueles cujos recursos são aplicados por mais de 360 dias.

No mercado eles recebem os seguintes nomes, de acordo com as características das suas carteiras:

Fundos de Curto Prazo;

Fundos Referenciados ( Cambiais, IGP-M e DI);

Fundos de Renda Fixa;

Fundos Cambiais;

Fundos de Ações;

Fundos de Dívida Externa;

Fundos Multimercado.

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Incidência de Imposto de Renda:

Prazo de Aplicação Alíquota de IR

Até 6 meses 22,5%

Mais de 6 até 12 meses

20,0%

Mais de 12 até 24 meses

17,5%

Acima de 24 meses 15,0%

A partir de Outubro de 2004, foi criado o mecanismo semestral de antecipação do IOF e IMPOSTO DE RENDA sobre os recursos aplicados em fundos de investimento. A antecipação e o recolhimento dos tributos acontecem nos meses de MAIO e NOVEMBRO. Esse mecanismo é conhecido como COME COTA.

6.12 - TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO Os títulos de capitalização são um investimento com características de um jogo onde pode-se recuperar parte do valor gasto na aposta. O rendimento é inferior ao de um fundo ou de uma caderneta de poupança. Caracteriza-se como uma forma de poupança de longo prazo e o sorteio funciona como um estímulo. É um produto típico da economia estabilizada. Características dos Títulos de Capitalização:

Capital Nominal – É o valor que o investidor irá resgatar a final do plano;

Sorteios – Podem ser de diversas periodicidade: semanais, mensais, etc;

Prêmio – É quanto o investidor paga pelo título;

Quota de Capitalização – Representa o percentual de cada pagamento que será destinado à constituição do capital. Normalmente 70% do valor pago;

Quota de Sorteio – Representa o percentual de cada pagamento que tem como finalidade custear os prêmios. Normalmente é de 10% do valor pago;

Quota de Carregamento – Representa o percentual de cada pagamento que deverá cobrir os custos administrativos;

Prazo – Não podem existir Planos com prazo inferior a um ano;

Carência para Resgate – É o período inicial em que o capital fica indisponível ao titular.

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6.13 - PLANOS DE APOSENTADORIA E PREVIDÊNCIA PRIVADA

São aplicações de recursos cujas características de longo prazo orientam-no com o objetivo de complementação da aposentadoria do investidor. Tais investimentos gozam do benefício da PORTABILIDADE, ou seja, da possibilidade de transferência dos valores acumulados para aposentadorias entre empresas de previdência, a pedido do segurado-investidor. A base legal da portabilidade é a Resolução 66/01 do CNSP e a Circular 211/02 da SUSEP. Assim, após cumpridos os prazos de carência estabelecidos em contrato para cada plano – que pode ser de 6 a 24 meses - , o cliente que solicitou a transferência de suas reservas para outra instituição tem que ser atendido em até quatro dias úteis. Atualmente temos os seguintes planos disponíveis no mercado:

Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT;

Fundo de Aposentadoria Programada Individual-FAPI;

Plano Gerador de Benefícios Livres – PGBL;

Plano com Remuneração Garantida e Performance – PRGP;

Plano com Atualização Garantida e Performance – PAGP;

Valor Gerador de Benefícios Livres - VGBL;

Previdência Privada Fechada. Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT É uma opção de aposentadoria complementar às expensas do interessado, oferecida por entidades abertas de previdência complementar e seguradoras. Há duas opções de acordo com o plano adquirido:

Benefício Livre – O participante determina qual será o valor da futura rena mensal e faz os aportes necessários para atingi-la. O beneficiário sabe quanto vai ganhar, mas suas contribuições não são fixas;

Contribuição Definida – O valor do benefício vai depender do saldo ao final do prazo de contribuição, que é determinado pelo participante. Este saldo depende dos resultados obtidos pelos administradores do fundo a partir dos valores pagos pelo beneficiário. A contribuição é fixa, mas o benefício não.

Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT Na PCAT, além da Renda Vitalícia por Sobrevivência (Aposentadoria por idade), o aplicador também poderá, desde que contribuindo com as parcelas de valor exigidas, garantir:

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Renda Vitalícia por Invalidez – É uma renda mensal vitalícia concedida ao participantes com início na data que haja sido declarada sua invalidez total e/ou permanente;

Renda vitalícia por Morte (pensão) – É uma renda mensal devida aos beneficiários indicados quando da aquisição da PCAT;

Pecúlio por Morte – É o pagamento de uma importância em dinheiro, em uma única vez, aos beneficiários indicados quando da aquisição da PCAT.

Previdência Complementar Aberta Tradicional – PCAT Toda as contribuições podem ser deduzidas do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta. A legislação garante uma rentabilidade mínima de TR, para os planos iniciados até 1996 ou IGP-M, para os planos iniciados a partir de 1997, acrescidos de 6% a.a. mais os excedentes financeiros que o administrador conseguir no mercado. Sua vantagem em relação ao PGBL e ao FAPI é que o contribuinte sabe, em princípio, o que vai ganhar e não sofre o risco de uma eventual rentabilidade negativa; Sua desvantagem é o custo de oportunidade de uma alternativa melhor no futuro, a falta de transparência e seus elevados custos de gestão. Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI A lei 9.477 de 24/07/97 instituiu o FAPI como uma nova forma de investimento voltada ao planejamento programado de uma aposentadoria individual. É constituído sob a forma de um condomínio aberto e administrado por instituições financeiras, CCTVM e DTVM, desde que estas últimas tenham capital acima de determinado valor e seguradoras autorizadas pela SUSEP. O modelo do FAPI é inspirado no plano Individual Retirement Account – IRA dos EUA, onde o cliente é o cotista de um fundo que administra a sua poupança. Trata-se, portanto, de um fundo de investimento, cujo objetivo é constituir para o aplicador um plano de complementação da aposentadoria básica da Previdência Social. Pode ser considerado, portanto, como um produto de previdência complementar na forma de um condomínio capitalizado. Qualquer pessoa física pode aplicar no FAPI mediante a abertura de uma conta específica em banco múltiplo, comercial, de investimento, caixa econômica ou seguradora. O público alvo são as pessoas físicas que não dispõem de fundos de pensão, tais como profissionais liberais, empresários e funcionários de pequenas e médias empresas.

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Plano Gerador de Benefícios Livres – PGBL

Em 12/97, através da Resolução 2.460, o CMN regulamentou aplicação das reservas técnicas dos planos de previdência instituídos por entidades abertas de previdência complementar e seguradoras, como mais uma alternativa de complementação de aposentadoria e com o objetivo de alongamento do prazo das aplicações geradoras de crescimento da poupança interna. O modelo é inspirado no plano 401K dos EUA, sem garantia mínima de rendimento, e que permite o cliente escolher o perfil do risco desejado em função de seu horizonte de investimento. O PGBL ao invés de garantir uma rentabilidade mínima, como na previdência privada aberta, oferece ao investidor três modalidades de investimento:

Plano Soberano – Aplica os recursos apenas em Títulos públicos federais;

Plano Renda Fixa – Aplica os recursos em títulos públicos federais e outros títulos com características de renda fixa;

Plano Composto – Aplica os recursos em títulos públicos federais, outros títulos com características de renda fixa e até 49% dos valores em renda variável.

O PGBL tem como principais características:

A portabilidade do PGBL é de 60 dias;

As contribuições ao PGBL podem ser fixas ou variáveis, inclusive depósitos adicionais;

Pode ser abatido no Imposto de Renda até o valor de 12% da Renda Bruta Anual;

A rentabilidade vai depender do plano escolhido, da capacidade do administrador e das tendências da economia do país. Assim, é difícil prever o valor do benefício futuro.

Plano com Remuneração Garantida e Performance – PRGP É um plano de previdência similar aos demais PCAT, mas com novos mecanismos de proteção e de transparência, como, por exemplo, o acesso a informações sobre os fundos em que as reservas estão sendo aplicadas e regulamentos padronizados. Tem como diferencial a garantia do rendimento, além de permitir o abatimento no imposto de renda até o limite de 12% da renda bruta anual. O plano é corrigido por um índice de inflação definido no ato do fechamento do contrato entre o cliente e a instituição e também pela taxa de juros. Seu objetivo é garantir uma taxa de juros básica de remuneração, associada a uma correção por índice de preços além de um excedente financeiro, ambos predeterminados na contratação do plano.

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Plano com Atualização Garantida e Performance – PAGP É semelhante ao PRGP, embora não garanta uma taxa de juros, mas inclua a correção pelo índice de preços e o excedente financeiro predeterminados na contratação do plano. Valor Gerador de Benefícios Livres – VGBL O plano é quase um clone do PGBL. As diferenças estão no tratamento fiscal e na possibilidade da pessoa comprar, junto com o plano de aposentadoria, um seguro de vida. Não permite a dedução no Imposto de Renda. O público alvo do VGBL é formado pelas pessoas isentas de Imposto de Renda ou que fazem a declaração no formulário simplificado, autônomos ou quem está na economia informal. Previdência Privada Fechada (Fundo de Pensão) É uma opção de aposentadoria complementar. É oferecida pelas empresas aos empregados, ou seja, a empresa constitui um fundo de pensão para o qual contribuem a própria empresa e seus funcionários. Portanto, não é aberto à participação de outras pessoas e tem características diferentes de uma empresa para outra. Tem como seu principal representante a PREVI – dos funcionários do Banco do Brasil. A previdência complementar dos empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL é a FUNCEF. 6.14 - PLANOS DE SEGUROS Esse mercado surgiu da necessidade que as pessoas e as empresas têm de se associar para suportar coletivamente as suas perdas individuais. Dessa forma, é possível, após o dano ou a perda (sinistro) de um bem anteriormente segurado e graças ao pagamento antecipado de uma quantia (prêmio) que represente uma pequena parcela do referido bem segurado, receber uma indenização que permita a reposição integral desse bem. Assim, quem contratar um seguro formaliza sua intenção/vontade através de um instrumento contratual denominado PROPOSTA, que é transformado em uma APÓLICE DE SEGURO após a aceitação da proposta pela seguradora. A APOLICE DE SEGURO é um contrato de seguro. Pode ser alterada através do ENDOSSO.

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Para dar mais segurança ao mercado, este instituiu três formas de seguro:

Cosseguro – É o seguro que se distribui entre diversas seguradoras, dividindo-se entre elas os riscos, proporcionalmente às cotas de cosseguro distribuídas;

Resseguro – É a operação pela qual uma seguradora se alivia parcialmente do risco de um seguro, já feito, contraindo um novo seguro em outra seguradora.

Retrocessão é o resseguro de um contrato de resseguro. Grupos de Riscos:

Patrimonial Automóvel

Cascos Crédito

Transportes Pessoas

Pessoas Riscos Financeiros

Rural Riscos Especiais

Responsabilidades

Seguros específicos criados a partir dos Grupos de Riscos:

Seguros de danos à propriedade (Incêndio e lucros cessantes); Seguro de Automóvel e Responsabilidade Civil; Seguro de Valores, Roubo e fidelidade; Seguros de Vida, Vida em Grupo e Acidentes Pessoais; Seguro de Riscos de Engenharia; Seguros de Outros Ramos (aeronáuticos, cascos, edifícios em condomínios, etc).

7 - MERCADO FINANCEIRO – MERCADOS MONETÁRIOS, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E DE CÂMBIO. É o conjunto de intermediários e demais prestadores de serviços financeiros que possibilitam a transferência de recursos dos agentes superavitários para os agentes deficitários.

Quanto a natureza das operações desenvolvidas o Mercado Financeiro pode ser segmentado em:

MERCADO MONETÁRIO;

MERCADO DE CRÉDITO;

MERCADO DE CAPITAIS;

MERCADO DE CÂMBIO. 7.1 - Mercado Monetário É um segmento do mercado financeiro caracterizado por operações de curto e curtíssimo prazo prazos, no qual ocorrem o ajuste da liquidez do sistema econômico e a formação das taxas de juros básicas da economia. O mercado monetário pode ser caracterizado, também, pelas operações com reservas bancárias efetuadas pelas instituições financeiras.

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Os principais participantes do mercado monetário, além do BACEN, são as instituições captadoras de depósitos a vista (bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e CAIXA ECONÔMICA). As demais instituições financeiras autorizadas a emitir e/ou adquirir depósitos interfinanceiros também participam do mercado monetário. 7.2 - Mercado de Crédito É o conjunto de transações realizadas pelos agentes econômicos, instituições financeira e pessoas físicas e jurídicas envolvendo risco de crédito. O incremento das transações comerciais e financeiras desencadeou a formação e a caracterização do mercado de crédito, que é composto por todos os agentes econômicos que realizam transações baseadas na confiança. O mercado de crédito é dito organizado porque os agentes econômicos envolvidos atuam por meio de estruturas definidas e regulamentadas em que a oferta e a demanda de recursos possuem fluxos regulares. A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA é o objetivo do mercado de crédito. A intermediação financeira entre poupadores e tomadores com assunção do risco de crédito é a razão da existência do mercado de crédito, e sua essência é que as instituições que concedem empréstimos e financiamentos assumem o risco de crédito dos agentes econômicos, além de prestar serviços por meio de movimentação de recursos. O Risco de Crédito é o risco de inadimplência de empréstimos e financiamentos concedidos pelas instituições credoras aos agentes tomadores.

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Empréstimos – São operações entre agentes econômicos, em que instituições financeiras fornecem recursos sem destinação específica e estabelecem obrigações mediante contratos com a descrição de prazos, taxas de juros, garantias e demais condicionantes previamente acordados. ENVOLVE RISCO DE CRÉDITO.

Financiamentos – São adiantamentos de recursos entre agentes econômicos, instituições financeiras vinculadas a transações comerciais de compra de bens e serviços. ENVOLVE RISCO DE CRÉDITO.

Prestação de Serviços – São todos os produtos ofertados por instituições financeiras as seus clientes com o objetivo de facilitar o recebimento, o pagamento e a movimentação de recursos dentro do mercado financeiro. NÃO ENVOLVE RISCO DE CRÉDITO.

7.3 - Mercado de Capitais É um mercado caracterizado por operações de prazo médio, longo ou indeterminado, destinadas a suprir recursos para atender às necessidades das empresas de capital fixo e de giro. O Mercado de Ações é um componente do mercado de capitais, onde se realizam as operações de compra e venda de ações. Suas funções principais são: avaliação dos valores transacionados, liquidez e capitalização das empresas.

Ações — Características e Direitos:

Ação – É um título negociável, representativo de propriedade de uma fração do capital social de uma sociedade anônima.

As ações podem ser:

Ordinárias – São aquelas em seu o proprietário tem direito a voto no Conselho de Administração.

Preferenciais – São aquelas em que o seu prprietário tem direito de preferência sobre os lucros a serem distribuídos aos acionistas, seja na forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio, sendo que, após o plano Collor, todas ações passaram a ser obrigatoriamente emitidas na forma nominativa ou escritural.

Outros conceitos referentes aos mercado de ações:

Ação Cheia - Ação que ainda não recebeu ou exerceu direitos (dividendos e/ou bonificações, e/ou subscrições) concedidos pela empresa emissora.

Ação Endossável - Ação nominativa que pode ser transferida no Livro de Registro de Ações Nominativas a partir do endosso da própria cautela.

Ação Escritural - O estatuto da companhia pode autorizar ou estabelecer que todas as ações da empresa, de uma ou mais classes, sejam mantidas em constas de depósito, em nome de seus titulares na instituição que designar, sem emissão de certificados.

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Ação de Fruição - São ações de posse e propriedade dos fundadores da companhia, já amortizadas, onde o titular recebeu, antecipadamente, o valor contábil que elas representam. Não são negociáveis.

Ação Fungível - Ação que se encontra em custódia em uma instituição financeira, que fica obrigada a devolver ao depositante a quantidade de ações recebidas com as modificações resultantes de alterações no capital social ou no número das ações da companhia emissora, independentemente do número de ordem das ações ou dos certificados recebidos em depósito.

Ação listada em Bolsa - Ações de empresas que satisfazem aos requisites das Bolsas de Valores para efeito de negociação de seus títulos em pregão.

Ação nominativa - Ação que identifica o nome de seu proprietário. Sua transferência deve ser registrada no livro especial da empresa, denominado ―Livro de Registro de Ações Nominativas.

Acionista - Proprietário de uma ou mais ações de uma sociedade anônima.

Acionista majoritário - Acionista que detém uma quantidade tal de ações com direito a voto que lhe permite (dentro da distribuição vigente de participação acionária) manter o controle acionário de uma empresa.

Comando Acionário - Poder exercido pelo acionista ou grupo majoritário.

Acionista minoritário - Acionista proprietário de ações com direito a voto, cujo total não lhe garante o controle da sociedade.

Índice da Bolsa de Valores - Pode ser definido como o índice da lucratividade de uma carteira de ações, carteira hipotética e suposta, como sendo a carteira pertencente ao mercado. Deste modo, a evolução deste índice mostra a evolução dos ganhos do mercado, como um todo, e a sua representação gráfica constitui instrumentos utilizado pelos analistas para avaliação de tendências futuras dos negócios em Bolsa.

Direitos e Proventos de uma Ação:

Dividendos – É a distribuição de parte dos lucros de uma empresa, em moeda, aos seus acionistas. Por lei, no mínimo 25% do lucro líquido do exercício devem ser distribuídos aos acionistas. Uma operação isenta de IR.

Juros Sobre o Capital Próprio - Foram criados pela Lei 9.249/95, para compensar o fim da correção monetária sobre os balanços das empresas. Através deste instrumento a empresa está autorizada a remunerar o capital do acionista até o valor da TJLP. O valor recebido pelo acionista sofre desconto de IR de 15%.

Subscrição – É o direito do acionista de aquisição de ações por aumento de capital, com preços e prazo determinados.

Bonificação – É a distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, em função de aumento do capital por incorporação de reservas.

Split ou Desdobramento – É a distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, pela diluição do capital em um maior número de ações, com o objetivo, entre outros, de dar liquidez aos títulos no mercado.

Agrupamento ou Inplit – É a condensação do capital em um menor número de ações com consequente aumento do valor de mercado da ação, com o objetivo, entre outros, de valorizar sua imagem em mercado.

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7.3.1 - Debêntures

É um título emitido apenas por sociedades anônimas não-financeiras de capital aberto (as sociedades de arrendamento mercantil e as companhias hipotecárias estão autorizadas a emiti-las), com garantia de seu ativo e com ou sem garantia subsidiária da instituição financeira, que as lança no mercado para obter recursos de médio e longo prazos, destinado normalmente a financiamento de projetos de investimentos ou alongamento do perfil do passivo. Elas garantem aoa comprador uma remuneração certa num prazo certo, não dando o direito de participação nos bens ou lucros da empresa. Os compradores de uma debênture são credores que esperam receber juros periódicos e reembolso específico do principal na data do seu vencimento. A emissão da debênture é regulamentada pela Lei 6.404/76. Intervenientes no processo de emissão de Debentures:

Agentes Fiduciários – Os debenturistas formam um condomínio representado perante a empresa emitente por um agente fiduciário. Este deve zelar pelos direitos dos debenturistas. É uma terceira parte envolvida num contrato de debênture. Pode ser um indivíduo, uma empresa ou um departamento de crédito de um banco.

Banco Mandatário – É o banco responsável pela confirmação financeira de todos os pagamentos e movimentações efetuadas pelo emissor. Tem a função de confirmar os diversos lançamentos, tais como pedido de depósitos e retirada do mercado secundário, conversões, permutas, pedidos e/ou desistências fora do prazo determinado pelo emissor, não repactuação e/ou opção de venda. Esta função só pode ser exercida por bancos comerciais ou múltiplos com carteira comercial.

As empresas sociedades anônimas são classificadas em: As companhias abertas - Têm seus valores mobiliários negociados em bolsas de valores ou no mercado de balcão, sendo-lhes permitido captar recursos junto ao público investidor. A possibilidade de captação de recursos junto ao público investidor, as companhias abertas submetem-se a uma série de obrigações específicas, impostas por lei e dispositivos regulamentares, expedidos, principalmente, pela CVM, cuja finalidade precípua é a proteção do investidor. A companhias fechadas - Têm grande liberdade para estabelecerem suas regras de funcionamento da forma que melhor atenda aos interesses de seus acionistas, as companhias abertas sofrem determinadas restrições, gozando de menor flexibilidade para a elaboração de regras próprias de funcionamento no estatuto social.

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7.3.2 – Estrutura do Mercado de Capitais MERCADO À VISTA – É a compra e venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão. Assim, quando há a realização de um negócio, ao comprador cabe despender o valor financeiro envolvido na operação e ao vendedor a entrega dos títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA. MERCADO A TERMO (a prazo) – É a compra e venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo pré-determinado, a contar da data da operação em pregão, resultando em um contrato entre as partes. O prazo do contrato é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo ao mínimo de 12 dias úteis e ao máximo de 999 dias corridos. O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor cobrado no mercado a vista, de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento pelo comprador, do preço estipulado no contrato. MERCADO FUTURO – Compreende a compra ou a venda de ações listadas em bolsa, a um preço acordado entre as partes, para liquidação em data futura específica, previamente autorizada. Normalmente, o esperado é que o preço do contrato futuro de uma ação seja equivalente ao preço a vista, acrescido de uma fração correspondente à expectativa de taxas de juros entre o momento da negociação do contrato futuro e a respectiva data de liquidação do contrato. O preço de um contrato futuro de ações muda de acordo com a variação de preço da ação subjacente no mercado a vista. Como ambos podem ser negociados a qualquer momento durante o período de negociações do dia, qualquer ganho obtido pode ser fechado imediatamente realizado por meio do fechamento da posição a futuro. MERCADO DE OPÇÕES – Neste mercado são negociados direitos de compra ou venda de um lote de ações, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses direitos, o titular de uma opção paga um prêmio, podendo exercê-lo até a data de vencimento (no caso de opção no estilo americano) ou na data de vencimento (no caso de opção no estilo europeu), ou revendê-los no mercado. 7.3.3 - Mercado a Vista Principais tipos de ordem de Compra e Venda:

Ordem de Mercado – É quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender a sua execução deve ser imediata.

Ordem Administrada – É quando o investidor especifica à corretora apenas a quantidade e as características dos títulos que deseja comprar ou vender e o momento de sua execução fica a critério da corretora.

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Ordem Limitada – É quando o investidor estabelece o preço máximo ou mínimo pelo qual ele quer comprar ou vender determinada ação. Ela somente será executada por um preço igual ou melhor do que o indicado.

Ordem Casada – É quando o investidor determina uma ordem de compra de um título e uma venda de outro, condicionando sua efetivação ao fato de ambas poderem ser executadas.

Ordem de financiamento – É quando o investidor determina uma ordem de compra (ou venda) de um título em um tipo de mercado e uma outra concomitante de venda (ou de compra) de igual título, no mesmo ou em outro mercado, com prazos de vencimentos distintos.

7.3.4 - Mercado de Balcão O mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização das transações (fora da Bolsa de Valores) que são feitas por telefone entre as instituições financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura como um sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e fechando os negócios eletronicamente. Há duas modalidades distintas desse mercado: Mercado de balcão não organizado - Mercado de compra e venda de ativos sem a coordenação de uma Bolsa de Valores, no qual as transações são normalmente conduzidas pelo telefone. São negociadas ações de empresas não registradas em Bolsas de Valores e outras espécies de títulos. Participam deste mercado corretoras, distribuidoras, alguns bancos e pessoas físicas. Mercado de balcão organizado - Também chamado de SOMA (Sociedade Operadora de Mercado Aberto), funciona como um "pré-vestibular" para empresas que pretendem mais tarde ter suas ações negociadas nas bolsas de valores. Apresenta como vantagens principais menor custo e menores exigências. 7.3.5 - SOMA (Sociedade Operadora do Mercado de Ativos S/A) É uma instituição auto-reguladora responsável por administrar o mercado de balcão organizado. Podem operar na SOMA as corretoras de valores, bancos de investimentos e distribuidoras de valores mobiliários, representando seus clientes ou atuando como formador de mercado; A negociação se dá exclusivamente, através de sistema eletrônico, o SOMAtrader. Não existe um pregão viva-voz. Os intermediários financeiros que atuam na SOMA disponibilizam para seus clientes o SOMAbroker, um sistema que permite aos investidores colocarem, através da Internet, ordens de compra e venda de ativos nos mercados administrados pela SOMA.

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As ações podem ser negociadas através de um processo contínuo de negociação, com a participação ou não de um Formador de Mercado, ou através de ―calls‖. O formador de mercado deve manter, contínua e simultaneamente, durante todo o período em que o sistema de negociação estiver funcionando, ofertas firmes de compra e de venda para o ativo em que for credenciado.

Ativos negociados na SOMA:

Ações, debêntures e demais títulos e valores mobiliários de emissão de companhia aberta;

Carteira teórica referenciada em ações negociadas na SOMA;

Quotas representativas de certificados de investimento audiovisual;

Quotas de fundos de investimento fechado;

Títulos da dívida agrária emitidos pelo Tesouro Nacional. As ações, debêntures e demais títulos e valores mobiliários pela SOMA são custodiados na CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia S/A, que também é responsável pela liquidação de todas as operações realizadas neste mercado. 7.4 – Mercado de Câmbio É aquele que envolve a negociação de moedas estrangeiras e as pessoas interessadas em movimentar essas moedas. No Brasil, as operações de câmbio NÃO PODEM ser praticadas livremente e devem ser conduzidas através de um estabelecimento bancário autorizado a operar em câmbio.

Instituições autorizadas a Operar no mercado de câmbio:

Bancos, exceto os de desenvolvimento, em todas as operações prevista no mercado;

Bancos de Desenvolvimento e Caixas Econômicas em operações específicas autorizadas;

As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, Sociedades Corretoras de Câmbio, SCTVM e as DTVM: Compra e venda de moeda estrangeira, cheques e cheques de viagem e câmbio simplificado de importação e exportação;

Agências de Turismo: na compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a viagens internacionais;

Meios de hospedagem de Turismo: Exclusivamente na compra de moedas estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a turismo no País.

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7.4.1 – Operações de Câmbio São, basicamente, a troca (conversão) da moeda de um país pelo de outro. Em relação ao estabelecimento operador, elas de classificam como:

Compra – Recebimento de moeda estrangeira contra a entrega de moeda nacional;

Venda – Entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de moeda nacional;

Arbitragem – Entrega de moeda estrangeira contra o recebimento de outra moeda estrangeira.

A troca de moeda estrangeira surge em função de:

Exportação – Venda ao exterior de mercadorias e serviços com preço ajustado para recebimento em moeda estrangeira.

Importação – Compra de mercadorias e serviços do exterior com preço ajustado para pagamento em moeda estrangeira;

Operações Financeiras – Movimentação financeira de entrada eou saída de capitais de empréstimos, financiamento ou investimento no País.

No que concerne à forma como as trocas são feitas, podemos classificá-las em:

Operação de Câmbio Manual – São operações que envolvem a compra e a venda de moedas estrangeiras em espécie, isto é, quando a troca se efetua com moedas metálicas ou cédulas de outros países. É o caso do turista que troca uma nota de cem dólares pelo equivalente em reais. Trata-se de operação de menor vulto, atendendo às necessidades de turismo ou de negocio.

Operações de Câmbio Sacado – Ocorre quanto, na troca, existem documentos ou títulos representativos de moedas. Neste tipo de operações, as trocas se processam pela movimentação de uma conta bancária em moeda estrangeira. Portanto, o câmbio sacado pode ser entendido como as operações que se processam através de saques, ou seja, as letras de câmbio ou cambiais, as cartas de crédito ou créditos documentários, as ordens de pagamento e os cheques. É usado nas opeações envolvendo exportação e importação, tendo um grande peso na Balança Comercial Brasileira.

7.4.2 – O Contrato de Câmbio O objetivo principal do contrato de câmbio é a compra e venda de moeda estrangeira, cuja entrega da moeda corresponde à liquidação do contrato. O contrato de câmbio visa à prestação de um serviço por um banco ao seu cliente. Quando este cliente for um exportador, o serviço bancário será a cobrança, no exterior, de cambiais sacado pelo exportador nacional contra o importador residente em outro país. Quando for um importador, o serviço bancário prestado será o recebimento, em moeda local, com o respectivo pagamento ao fornecedor no exterior, do valor referente à mercadoria importada.

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O contrato de compra é, portanto, um ato bilateral e oneroso, pelo qual o vendedor (exportador) vende ao banco (comprador) as divisas estrangeiras, cuja entrega poderá ser à vista ou a prazo. O contrato de câmbio está disciplinado pela Lei 4.595, de 30.09.64 e formando na Circular 2.231, de 25/09/92, do BC e documentos posteriores. Um contrato de venda de divisas (realizado pelo exportador), para entrega futura, mediante a cobrança de fatura, saque e demais documentos de exportação, subordina-se à prévia existência de um comprador no exterior. Essa cobrança indica que existe, entre exportador e importador, uma relação jurídica, isto é, um contrato de compra e venda mercantil. Tão logo receba a moeda estrangeira decorrente da venda da sua mercadoria, o exportador deve entregá-la ao banco comprador para proceder à liquidação do contrato de câmbio. Isto ocorre porque os particulares (pessoas físicas e jurídicas) não podem enviar ou receber moeda estrangeira sem a correspondente negociação com um banco autorizado. O risco do negócio é, exclusivamente do exportador, pois o banco não participa da operação mercantil, quer quanto à sua avaliação, quer quanto à análise do risco existente, nada tendo a ver com o insucesso da exportação. A contratação do câmbio poderá ocorrer prévia ou posteriormente ao embarque da mercadoria:

Com prévia contratação total de câmbio – O exportador, a seu critério, contrata o câmbio com um banco, antes do embarque da mercadoria ( a contratação do câmbio significa a fixação de taxa cambial; normalmente, isto ocorre quando o exportador pretende obter adiantamento sobre o contrato de câmbio – ACC - a fim de obter recursos par produzir a mercadoria).

Com prévia contratação parcial do câmbio – O exportador, a seu critério, contrata parte do câmbio previamente ao embarque e parte posteriormente, para permitir uma melhor remuneração pela moeda estrangeira.

Com posterior contratação total ou parcial do câmbio – Quando o exportador não necessitar de recursos financeiros para produzir a mercadoria, pois dispõe de recursos próprios, contratará o câmbio em até 180 dias após o embarque da mercadoria.

A utilização de um ACC muitas vezes é motivada pela oportunidade de conseguir reais imediatamente, de forma a obter vantagens na aplicação financeira sobre a desvalorização cambial. Os contratos de câmbio de operações financeiras ou de pagamento antecipado de exportação são celebrados para liquidação pronta, ou seja, imediatamente após sua contratação.

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Os contratos de câmbio de operações financeiras ou comerciais são contratados, em sua grande maioria, para liquidação futura, isto é, celebrados numa data e comercializados em data futura. 7.4.3 – Taxas de Câmbio

Taxa de Câmbio Oficial (Antigo Dólar Comercial – para diferenciar do antigo Dólar Turismo, ambos unificados) – Estabelece o parâmetro para as operações oficiais de compra e venda de moeda no comércio exterior.

Taxa de Câmbio para Repasse e Cobertura – Estabelece o parâmetro para as operações de repasse dos bancos ao BC, quando não encontram aplicações para eventuais excessos na posição comprada; ou de cobertura, quando não encontram compradores para eventuais excessos na posição vendida.

Taxa de Câmbio Interbancário Pronta (Dólar Pronto) – Estabelece o parâmetro para as operações de compra e venda de moeda entre os bancos no segmento comercial para entrega em 48 horas.

Taxa de Câmbio de Mercado de Cabo (Dólar Cabo) – Estabelece o parâmetro para as operações de compra e venda de moeda que será usado para transferência direta de e para o exterior.

Taxa de Câmbio de Mercado Paralelo (Dólar Paralelo) – Estabelece o parâmetro para as operações de compra e venda adquirida fora dos meios oficiais, via doleiros.

Taxa PTAX do BACEN – É a taxa média de venda (compra) do dólar comercial ponderada em valor, apurada pelo BACEN ao final de cada dia e que serve como referência para os negócios com dólar.

7.4.4 - Operações de Remessas

As remessas para o exterior são realizadas, normalmente através de ordens (cheques, ordem por carta, ordem por telex, cabo, fax ou internet). Trata-se de uma operação financeira, o banco opera o câmbio pronto, pagando à vista ao cliente o equivalente em reais. O banco vende moeda estrangeira, creditando em sua conta, ao banqueiro no exterior cumpridor da ordem. Tratando-se de operação financeira, o banco opera em câmbio pronto, recebendo do cliente, à vista, o equivalente em reais ou debitando-o em sua conta de depósito.

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Exemplo: Remessa para pessoa física residente na Bélgica, de 300 dólares.

1 – O remetente vai ao banco e deposita o equivalente à remessa à

taxa de venda, pagando, naturalmente, uma pequena comissão, e pede a expedição da ordem.

2 – O Banco emite a ordem e credita o valor da moeda estrangeira na conta do banqueiro no exterior, que a cumprirá.

3 – O banqueiro no exterior avisa o favorecido, quando da recepção da ordem.

4 – O favorecido recebe seu valor na moeda de seu país.

5 – O banqueiro debita na conta do banco expedidor da ordem.

7.4.5 - SISCOMEX O SISCOMEX - Sistema Integrado de Comércio Exterior – é uma nova sistemática administrativa do comercio exterior brasileiro que integra as atividades afins do Departamento de Comércio Exterior - DECEX, da Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB e do BACEN, no registro, no acompanhamento e no controle das diferentes etapas das operações de exportação e importação. O registro eletrônico das informações desburocratiza, reduz custos e possibilita a emissão de um único documento institucional para cada operação, denominado REGISTRO DE EXPORTAÇÃO (RE) ou DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI). Os dados coletados são processados pelos computadores servidores do sistema na Rede Serpro de Teleprocessamento. Efetivado o registro da DI, será emitido o extrato da Declaração de Importação, que deverá ser entregue à Aduana, juntamente com os demais documentos necessários para instrução do despacho. Concluído o desembaraço, a Receita Federal registrará as informações no Sistema, possibilitando a emissão do Comprovante de Importação (Cl) e a liberação das mercadorias. O acesso ao SISCOMEX poderá ser efetuado, desde que habilitado e credenciado em:

Agências do BB que operem em comércio exterior;

Agências de bancos que operem em câmbio;

Corretoras de Câmbio;

Despachantes Aduaneiros;

No próprio estabelecimento do exportador ou do importador, observados os critérios específicos para ligação;

Outras entidades habilitadas;

Salas de contribuintes da Receita Federal.

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7.5 – Mercado Primário e Mercado Secundário MERCADO PRIMÁRIO – Compreende o lançamento inicial de novas ações ao mercado com aporte de recursos para a empresa. No caso de ações, pode estar caracterizando a abertura de capital no mercado de ações.

MERCADO SECUNDÁRIO – Compreende a transferência de propriedade dos títulos entre terceiros, não gerando recursos para a empresa. Uma empresa somente obtém novos recursos por meio de subscrição de capital no mercado primário. O funcionamento do mercado secundário de ações ocorre principalmente nas bolsas de valores, onde é viabilizada aos investidores a oportunidade de realização de negócios com os títulos anteriormente emitidos.

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