32
Considerações Gerais • A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. • A impulsão tem lugar num fluido onde há gradientes de densidade e uma força mássica (por exemplo, força gravítica) proporcional à densidade. Em transmissão de calor, os gradientes de densidade são devidos a gradientes de temperatura e a força mássica é a força gravítica. radientes de temperatura estáveis e instáveis

Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

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Page 1: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Considerações Gerais• A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido

resultante de forças de impulsão.

• A impulsão tem lugar num fluido onde há gradientes de densidade e uma força mássica (por exemplo, força gravítica) proporcional à densidade.

• Em transmissão de calor, os gradientes de densidade são devidos a gradientes de temperatura e a força mássica é a força gravítica.

• Gradientes de temperatura estáveis e instáveis

Page 2: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Escoamentos sem superfície adjacente (esteira, jacto, camada de mistura)

Ocorre num meio (em princípio, infinito), em repouso (velocidade nula longe da origem do escoamento).

Plumas and jactos com impulsão:

• Escoamentos com superfície adjacente (camada limite)

Escoamento de camada limite numa superfície quente ou fria induzido por forças de impulsão.

sT T

Page 3: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Placas verticais• Desenvolvimento da camada limite numa placa vertical aquecida

Escoamento ascendente com velocidade máxima dentro da camada limite e velocidade nula na superfície da placa e na extremidade (y = ).

Quais as diferenças relativamente a convecção forçada?

Quais as diferenças relativamente a uma placa arrefecida (Ts < T) ?

Page 4: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Equação de balanço de quantidade de movimento na direcção x (escoamento laminar)

2

21

y

ug

x

p

y

uv

x

uu

limitecamadadaforalimitecamadadadentrox

p

x

p

gx

p

2

2

y

ug

y

uv

x

uu

TTTp

11

2

2

y

uTTg

y

uv

x

uu

Page 5: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Equação de balanço de quantidade de movimento na direcção x (escoamento laminar)

2

2u u uu g T Tx y y

Forças de inércia Força de impulsão Força viscosa

Dado que u (x,y) depende de T (x,y), a solução desta equação tem de ser obtida juntamente com a solução para a equação de camada limite da energia T (x,y).

2

2T T Tux y y

– As soluções estão acopladas.

Page 6: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Adimensionalização das equações

L

xx *

L

yy *

ou

uu *

ou

vv *

TT

TTT

s

*

2

2

2 *

*

Re

1*

*

**

*

**

y

uT

u

LTTg

y

uv

x

uu

Lo

s

2

2

*

*

PrRe

1

*

**

*

**

y

T

y

Tv

x

Tu

L

2

3

Re

2

2

2

LTTgLu

u

LTTgGr so

o

sL

2

2

2 *

*

Re

1*

Re*

**

*

**

y

uT

Gr

y

uv

x

uu

L

L

Page 7: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

viscosasForças

impulsãodeForçasLTTgGr s

L ~2

3

• Parâmetros adimensionais relevantes

Número de Grashof:

Rayleigh Number

3

Pr sL L

g T T LRa Gr

•Gás perfeito: = 1/T (K)

• Líquidos: Tabelas A.5, A.6 de Incropera e de Witt

Coeficiente de expansão térmica da superfície (propriedade termodinâmica do fluido

1pT

L: dimensão característica da superfície

Page 8: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Método integral

• Equação de balanço integral de quantidade de movimento:

0

0

2

0

yy

udyTTgdyu

xd

d

• Equação de balanço integral de energia:

00

yy

TdyuTT

xd

d

• Exemplo de aplicação: placa vertical isotérmica

Vamos assumir um perfil de velocidades cúbico

0)0,( xu 0, xu

0

yy

u

TTgy

us

y

0

2

2

Page 9: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

22

2 114

yy

xuyyTTg

u os

e um perfil de temperaturas quadrático

T(x,0)=Ts

T(x,)=T

0

yy

T

Perfis de velocidades e de temperatura

2

1

y

TT

TT

s

Substituindo nas equações de balanço integral e integrando resulta

oso

uTTgu

xd

d 3

1

105

1 2

2

30

1ou

xd

d

Page 10: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Vamos assumir que uo e são funções do tipo

mo xCxu 1 nxCx 2

nmns

nm xC

CxTTg

CxCC

nm

2

12122

21 3105

2

nnm xC

xCCnm

2

121

2

30

daqui resulta

Para as equações estarem dimensionalmente correctas, o expoente de x tem deser o mesmo em todos os termos de cada equação, de onde resulta

nmnnm 12

nnm 1 m=1/2, n=1/4

Logo 21

2

21

1 Pr21

2017.5

TTg

C s

2141

2

41

2 PrPr21

2093.3

TTg

C s

Page 11: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

2121 GrPr952.017.5 xo

x

u

414121 GrPr952.0Pr93.3 xx

Obtém-se então

pelo que

4141210 GrPr952.0Pr508.02

Nu xs

yx

x

k

x

TT

yT

k

k

xh

ou, de modo equivalente,41

41

Pr952.0

PrRa508.0Nu

xx

Por sua vez,41

41

Pr952.0

PrRa68.0Nu

LL

k

Lh

• Esta solução está em bom acordo com a solução exacta e com dados experimentais

Page 12: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Solução de semelhança Usando a seguinte variável de semelhança, a equação de balanço

de quantidade de movimento na direcção x pode ser transformada de uma equação com derivadas parciais (em x e y) numa equação diferencial ordinária expressa exclusivamente em termos de .

1/ 4

4xGry

x

Equações de balanço de quantidade de movimento e energia

23 2 0f ff f T

3Pr 0T fT

1/ 2

2 xs

T Tdf xf Gr u Td T T

Page 13: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

A integração numérica das equações conduz aos seguintes resultados para f ’ () e T*:

Espessura da camada limite hidrodinâmica 5 for Pr 0.6

1/ 41/ 4

1/ 4Pr 0.6 : 5 7.074

x

x

Gr xx xGr

Page 14: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Números de Nusselt and :LxNu Nu

1/ 4 1/ 4

0

Pr4 4

x xx

Gr Grhx dTNu gk d

1/ 2

1/ 41/ 2

0.75 PrPr 0 Pr

0.609 1.221 Pr 1.238 Prg

1 43

LL Loh hdx Nu Nu

L

• Transição para regime turbulento

A ampliação de perturbações depende do valor relativo das forças de impulsão e das forças viscosas

A transição ocorre para o seguinte número de Rayleigh crítico:

39

, , Pr 10sx c x c

g T T xRa Gr

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• Correlações empíricas (Churchill e Chu)

Escoamento laminar 910 :LRa

1/ 4

4 / 99 /16

0.6700.68

1 0.492 / Pr

LL

RaNu

Todas as condições

2

1/ 6

4 / 99 /16

0.3870.825

1 0.492 / Pr

LL

RaNu

Page 16: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Placas inclinadas• Componente da aceleração gravítica paralela à placa: g cos

Ts < T Ts > T

• Quando o fluido se mantém junto à parede, as correlações de Churchill e Chu podem ser usadas, desde que 0 60º e substituindo g por g cos

• Quando o fluido tem tendência a afastar-se da parede, o coeficiente de convecção aumenta e as correlações apresentadas não são válidas

Page 17: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Placas Horizontais• A força de impulsão é normal às placas

• O escoamento e a transmissão de calor dependem de a placa estar aquecida ou arrefecida e de a troca de calor se dar na face superior ou inferior.

• Face superior de placa aquecida ou Face inferior de placa arrefecida

sT T sT T

1/ 4 4 70.54 10 10L L LNu Ra Ra

1/ 3 7 110.15 10 10L L LNu Ra Ra

• Como é que varia com L quandoh 31LL RaNu

Page 18: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Face inferior aquecida ou face superior arrefecida

sT T sT T

1/ 4 5 100.27 10 10L L LNu Ra Ra

Por que razão estas condições conduzem a uma menor taxa de transmissão de calor do que as do slide anterior?

Page 19: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Cilindro horizontal• Desenvolvimento da camada limite e variação do número de Nusselt

local para um cilindro aquecido:

• Número de Nusselt médio:

2

1/ 612

8 / 279 /16

0.3870.60 10

1 0.559 / Pr

DD D

RaNu Ra

• Como variam as condições para um cilindro arrefecido?

Page 20: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Esferas

• Número de Nusselt médio:

1/ 4

4 / 99 /16

0.5892

1 0.469 / Pr

DD

RaNu

O que sucede quando RaD 0 ?

Page 21: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Convecção entre placas paralelas

• L/S pequeno: camadas limites não chegam a coalescer e cada placa comporta-se como se estivesse isolada

• L/S elevado: há interacção entre camadas limites

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Convecção entre placas paralelas

• Correlações de Elenbaas

a) Placas isotérmicas à mesma temperatura, Ts

43

Ra

35exp1Ra

24

1Nu

LSL

S

sss

k

S

TT

Aq

s

s

Nu

3STTg

Ra ss

No limite de escoamento completamente desenvolvido, S/L 0:

L

Ssfds Ra

24

1Nu ,

b) Uma placa isotérmica à temperatura Ts,1 e a outra isolada; para a placa isotérmica tem-se

L

Ssfds Ra

12

1Nu ,

Page 23: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Convecção entre placas paralelas

c) Placas com fluxo constante e igual nas superfícies:

21*s,, Ra144.0Nu

L

SfdLs

k

S

TT

q

Ls

sLs

,

,Nu

k

Sqg s4

*sRa

d) Uma placa com fluxo fluxo constante e a outra isolada:

21*s,, Ra204.0Nu

L

SfdLs

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Convecção entre placas paralelas

• Correlações de Bar.Cohen e Rohsenow:

Caso Condições de fronteira C1 C2 Sopt Smax/Sopt

(i)Placas simétricas isotérmicas, Ts,1=Ts,2

576 2.87 1.71

(ii)Placas com fluxo constante

48 2.51 4.77

(iii) Uma placa isotérmica e uma isolada 144 2.87 1.71

(iv)Uma placa com fluxo constante e uma isolada 24 2.51 4.77 51451.2

LSRas

41371.2

LSRas

514*12.2

LSRas

41315.2

LSRas

2,1, ss qq

21

212

21

RaRaNu

LS

C

LS

C

ss

s

21

522

*s

1

RaRaNu

LS

C

LS

C

s

s

(a) Condições isotérmicas Casos (i) e (iii)

(b) Condições isotérmicas Casos (ii) e (iv)

2

TT

T s

2,

TT

T Ls

Page 25: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Placas isotérmicas

• S diminui diminui, mas nº placas pode aumentar Logo, existe Sopt que maximiza a taxa de transmissão de calor

• Smax é a distância entre placas que maximiza o calor trocado emcada placa

sNu

• Placas com fluxo constante

• S diminui diminui a taxa de t.c. por unidade de volume; Ts aumenta Como Ts não pode aumentar indefinidamente, existe Sopt que maximiza a taxa de t.c. por unidade de diferença de temperatura Ts(L) - T

• Smax é a distância entre placas que, para um dado fluxo, minimiza a temperatura da superfície

Page 26: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Cavidades

• Cavidades Rectangulares

Paredes opostas a temperaturas diferentes e restantes paredes perfeitamente isoladas

31 2

L

g T T LRa

1 2q h T T

Cavidade horizontal 0, 180deg

Cavidade vertical 90 deg

Page 27: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Cavidades horizontais Aquecimento na base 0

– , 1708 :L L cRa Ra

Camada de fluido termicamente estável

1LhLNuk

– 4L1708 Ra 5 10 :

Instabilidade térmica provoca correntes de convecção regulares de forma celular

– 5 93 10 7 10 :LRa O escoamento passa a turbulento

1/ 3 0.0740.069 PrL LNu Ra

Page 28: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Aquecimento no topo ( = 180º) – Camada de fluido incondicionalmente estável

1LNu

• Cavidades verticais ( = 90º)

310 :LRa

310 :LRa

– Forma-se uma célula primária, com a velocidade na região central da cavidade cada vez menor, e desenvolvem-se células secundárias junto aos cantos à medida que RaL aumenta

Correlations for Eqs. (9.50) - (9.53).LNu

1LNu

Correlações para ver Eqs. (9.50) – (9.53) do livro de Incropera e de Witt

LNu

Page 29: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Cavidades inclinadas

Relevante para colectores solares planos

A taxa de transmissão de calor depende do ângulo de inclinação relativamente a um ângulo de inclinação crítico *, cujo valor é função de H/L (Tabela 9.4).

A taxa de transmissão de calor depende também de RaL relativo a um valor crítico

, 1708/ cos .L cRa

Correlações: Eqs. (9.54) – (9.57).

Page 30: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

Cavidades anulares

• Cilindros concêntricos

2

1neff

i oo i

kq T T

D D

Numero de Rayleigh crítico:

4

*53 3 / 5 3 / 5

1n /o ic L

i o

D DRa Ra

L D D

/ 2o iL D D

keff: condutibilidade térmica efectiva

Page 31: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

* 100 :

/ 1

c

eff

Ra

k k

* 7

1/ 41/ 4*

100 10 :

Pr0.3860.861

c

effc

Ra

kRa

k Pr

• Esferas concêntricas

i oeff i o

D Dq k T T

L

Número de Rayleigh crítico:

*

4 57 / 5 7 / 5/L

s

o i i o

RaLRaD D D D

* 100 : / 1s effRa k k

* 4

1/ 41/ 4*

100 10 :

Pr0.740.861 Pr

s

effs

Ra

kRa

k

Page 32: Considerações Gerais A convecção natural tem lugar quando há movimento de um fluido resultante de forças de impulsão. A impulsão tem lugar num fluido onde

• Regime misto convecção forçada – convecção natural

Os efeitos de convecção forçada e natural são ambos importantes se

Correlações para transmissão de calor por convecção em regime misto

n n nFC NCNu Nu Nu

3n

1ORe2 LLGr

1O~Re2LLGr

O efeito de convecção natural é dominante se

O efeito de convecção forçada é dominante se 1ORe2 LLGr

+ : Força de impulsão actua no mesmo sentido ou perpendicularmente ao escoamento

- : Força de impulsão actua no sentido oposto ao do escoamento