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8/6/2019 CONSIDERAES SOBRE O CDIGO DE PROCESSO NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS
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CONSIDERAES SOBRE O CDIGO DE PROCESSO NOS
TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS (CPTA)1
Por meio processual ou forma de aco entende-se asformalidades processuais que o pedido interposto junto do tribunal
competentedevenecessariamenteseguir.
o Importa distinguir entre meios processuais principais emeios processuais cautelares.
No que concerne aos meios processuais principais,importa considerar que os mesmos se traduzem em
processos dirigidos prolao de uma deciso de
mrito, isto , de uma deciso sob o fundo da causa.
So meios processuais, por um lado, os meios
processuais principais no urgentes, como o caso
da aco administrativa comum (artigos 37. e 42.
CPTA) e o caso da aco administrativa especial (artigo
46. CPTA) e, por outro lado, podemos ainda
identificar,dentro dos processos principais, osmeios
processuais principais urgentes, a que se refere o
artigo 36., n.1, alneas a), b), c) e d) e n.2 CPTA,
previstos mais especificadamente nos artigos 97. e
seguintes CPTA, podendo-se distinguir entre
impugnaese intimaes.
Por outro lado, j os processos cautelares soprocessos urgentes (artigo 36., n.1, alnea e) e n.2
CPTA e artigos 112. e seguintes CPTA), que no se
dirigem a uma deciso sobre o mrito da causa,
desempenhando, ao invs, uma funo de preveno,isto , a tutela cautelar procura garantir a utilidadeda
sentena a proferir no mbito do processo principal,
1Os apontamentos apresentados foram recolhidos em aulas prticas de Direito Administrativo II,
ministradas pela Exma. Professora Doutora Juliana Coutinho,na Faculdadede Direito da Universidade
do Porto (FDUP),no ano lectivo 2010/2011.
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seja ele urgente ou no. Desta funo decorrem as
seguintes caractersticas:
y Instrumentalidade (ou dependncia) em relao aco principal. Se no for intentada aco
principal, a providncia cautelar caduca;y Provisoriedade, associada ao facto da tutela
cautelar no visar uma deciso de fundo do
litgio;
y Carctersumrio,na medida em que,no mbitodos processos cautelares, e porque no se
procura uma deciso definitiva sobre o mrito da
causa, a apreciao da prova meramente
sumria, com menor complexidadee intensidadeface ao que sucede ao nvel do processo
principal.
As providncias cautelares podem ser antecipatrias,isto ,visam antecipar o efeito a proferir no processo
principal para salvaguardar a utilidade da sentena a
proferir e o tempo necessrio para se fazer justia, caso
em que os critriosdedeciso so,e sem prejuzo do
disposto do artigo 132., n.6 CPTA, os definidos na
alnea a) do artigo 120. CPTA ou na alnea c) do n.1 e
no n.2 do artigo 120. CPTA; ou conservatrias , ou
seja,visam a manuteno da situao fctica existente
no momento do incio do processo, caso em que os
critrios de deciso so, sem prejuzo do disposto no
artigo 132., n.6 CPTA, os definidos na alnea a) do
artigo 120. CPTA ou na alnea b) do n.1 eno n.2 do
artigo 120. CPTA.
Nos processos urgentes, a tramitao acelerada,sumria, havendo encurtamento dos prazos que
correm inclusive em perodo de frias judiciais. J os
processos no urgentes tm uma tramitao mais
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complexa, havendo suspenso de prazos nas frias
judiciais.
Pressupostos processuais: os vrios pedidos que podero serapresentados devero seguir uma das formas de aco acima
referidas, devendo-se verificar, em relao a cada um deles, os
pressupostos processuais, isto , os requisitosde quedepende o
poder-dever do juiz de conhecer o pedido apresentado.
o Os pressupostos processuais so apreciados no despachosaneador, podendo levar remessa do processo para o
tribunal competente, ao convite para aperfeioamento ou
absolviodainstncia,esta ltima quesetraduz na extino
do processo por questes formais (artigos 88. e 89. CPTA).
Os pressupostos processuaisso osseguintes:
1. Legitimidadey Legitimidade activa, que se traduz na
titularidade de uma posio jurdica subjectiva
necessitada detutela; no caso do particular, fala-
se em interesse directo e pessoal em agir,
resultando estedo carcter lesivo do acto;
y Legitimidade passiva, correspondente entidade contra a qual apresentado o pedido e
que ocupa,no processo, a posio processual de
ru;
y Contra-interessados , isto , os particularestitulares de posies jurdicas s quais a
procedncia do pedido apresentado pelo autor
directamente prejudicial. O seu interesse
identifica-se com o do ru e, por isso, integram
com este um litisconsrcio necessrio passivo
(interesse idntico ao do ru, identificando-se
com ele, estando ligados a ele de modo
incidvel).
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2. Interesseemagir, quesetraduz na necessidade real,efectiva e actual de recurso aos tribunais, sem o qual
no possvel o acesso;
3. Prazo, que expressa uma exigncia detempestividade do pedido, isto , que este sejaapresentado em tempo;
4. Tribunalcompetente (artigo 212.,n.3 CRP, artigos1. e 4. ETAF)
y Em primeiro lugar,tem lugar a determinao dajurisdiocompetente,definindo-se a jurisdio
administrativa com baseno conceito de relao
jurdico-administrativa, nos termos do artigo
212.,n.3 CRP e artigos 1. e 4. ETAF;
y Em segundo lugar, determinada a jurisdioadministrativa como competente, importa
averiguar qual o tribunal da jurisdio
administrativa competente em razo da
hierarquia. Em regra, vale a competncia
residual egenrica dos Tribunais Administrativos
de Crculo, definida em funo do disposto nos
artigos 24., 25. e 37. ETAF,todos aplicando o
argumento a contrario sensu, e artigo 44.
ETAF;
y Em terceiro lugar, determinar o tribunalcompetente em razo do territrio,nos termos
dos artigos 16. a 22. CPTA, aplicando-se
primeiramente as regrasespeciais (artigos 17. a
22. CPTA) e, supletivamente, a regra geral
contida no artigo 16. CPTA.
Acrescem ainda duas exigncias, que passam pela
constituioobrigatriadeadvogadoede que resulta
a exigncia de juno ao processo da respectiva
procurao e, por outro lado, ovalordaaco.
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Dos pressupostos processuais distinguem-se as condies deexistncia da aco (artigo 78. CPTA) as partes, o pedido, a
causa do pedido e o tribunal competente cuja falta implica a
recusa do recebimento da petio inicial pela secretaria do tribunal
onde a mesma foi apresentada.
Mecanismos de impugnao contenciosa de acto administrativooudeomissodeactoilegal
o 1. Identificao do acto administrativo para efeitossubstantivosouprocedimentais,nos termosdo artigo 120.
CPA, considerando as duas concepes doutrinrias
paradigmticas, ou seja, por um lado, a concepo ampla de
acto administrativo, quesesatisfaz com a mera produo de
efeitos jurdicos (internos ou externos) e, por outro, a
concepo estrita que exige do acto carcter regulador e
efeitos jurdicosexternos;
o 2. Considerando a concepo estrita de acto administrativo e,por isso mesmo, a tendencial correspondncia ou
identificao entre acto administrativo para efeitos
substantivose acto administrativo para efeitos contenciosos
e, sem prejuzo das excepes, como as referentes aos
pareceres vinculativos e aos actos dotados de eficcia
interna, importa verificar o preenchimento dos seguintes
critrios de recorribilidade previstos no artigo 51., n.1
CPTA, artigo 100.,n.1 CPTA e artigo 268.,n.4 CRP:
Susceptibilidade de produo de efeitos jurdicosexternos, tal como resulta do artigo 51. CPTA, no
sendo necessria a efectiva produo de efeitos
externos, mas apenas que o acto administrativo emcausa tenda sua produo. Esta uma questo
prvia, colocada no plano objectivo da impugnabilidade
do acto e queno se confunde com a lesividadedeste,
na medida em que susceptvel de impugnao um
acto administrativo que tenda a produzir efeitos
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jurdicos externos, mesmo que este no se ja lesivo,
pelo que a lesividade se reconduz a u m critrio de
legitimidade activa eno de recorribilidade;
Ilegalidade do acto: apesar deste critrio poder serconfundido com uma condio de precedncia daaco,no deixa estede se assumir como um critrio
de recorribilidade, na medida em que a justi a
administrativa, sem prejuzo da tutela dos direitos
subjectivos e interesses legalmente protegidos dos
particulares, tende sempre garantia objectiva da
legalidade, independentemente do interesse dos
particulares a no serem lesados. Este critrio dever
ser concretizado atravsda identificao dosvciosdo
acto e correspondentessanes.
o 3. Delimitao do contedo do acto administrativoimpugnvel, para, em funo disso, determinar o pedido
adequado.
1. Tipodeacto Actodecontedopositivo:y Acto que introduz uma modificao na ordem
jurdica e queno se confunde com a atribuio
de benefcios ou vantagens aos particulares.
Por exemplo: actos que aplicam sanes (actos
punitivos), como a pena disciplinar dedemisso
ou desuspenso; actos ablativos, como os actos
queexpropriam um bem (declarao de utilidade
pblica); actos de excluso de candidatos num
procedimento pr-contratual;
y Ora, porque o que se pretende em relao aestes actos a sua remoo da ordem jurdica e
a reposio das coisas no estado em que se
encontrariam se o acto no fosse praticado, o
pedido adequado o pedidodeimpugnaode
acto administrativo. Este pedido tem por
objecto o acto administrativo e dirige-se, em
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funo dosseusvcios, anulao, declarao
de nulidade ou declarao de inexistncia
jurdica do acto e podeser deduzido sob a forma
da aco administrativa especial (artigo 46.,
n.1,n.2, alnea a) en.3 CPTA) ou sob a formada aco urgentedo contencioso pr-contratual
(artigo 100., n.1 CPTA), esta ltima se
estivermos perante um procedimento tendente
formao de um dos contratos taxativamente
elencados.
o Hiptese 1:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da aco
administrativa especial, os pressupostos
processuais so definidas nos seguintes
termos:
Legitimidade activa: artigo 55.CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 57.CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigos 58. e 59. CPTA; Tribunal competente, identificado
nostermos referidos anteriormente.
O pedido seguir a tramitao
prevista nos artigos 78. eseguintes
CPTA.
o Hiptese2:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da acourgentedo
contencioso pr-contratual , os
pressupostos processuais so definidas
nosseguintestermos:
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Legitimidade activa: artigo 55.CPTA, ex vi artigo 100., n.1
CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 57.CPTA, ex vi artigo 100., n.1
CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigo 101. CPTA e artigo
36.,n.2 CPTA (prazo no suspende
em frias judiciais);
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
O pedido seguir a tramitao
prevista nos artigos 78. eseguintes
CPTA, aplicveisex vi artigo 102.,
n.1 CPTA e com asespecificidades
previstasno artigo 102.,nmeros 2
e 3 CPTA e artigo 103. CPTA.
2. Tipodeacto: Actodecontedonegativo y Acto que recusa a introduo de uma alterao
na ordem jurdica, indeferindo a pretenso
apresentada pelo particular.
Por exemplo: actos que indeferimento liminar ou
de recusa do pedido deduzido pelo particular;
y So actos de indeferimento liminar ou nasequncia de uma apreciao sobre o mrito do
pedido apresentado, que recusam assim a
introduo de modificaes no ordenamento
jurdico;
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y Como, in casu, o interessedo requerenteno sesatisfaz com a mera remoo do acto de
indeferimento, o pedido adequado para tutela
da sua posio jurdica o pedido de
condenao prtica de acto legalmentedevido,nostermosdo artigo 67.,n.1, alnea b)
ou c) CPTA. O objecto deste pedido a
pretenso do requerentee podeser apresentado
sob a forma da aco administrativa especial ou
da aco urgentedo contencioso pr-contratual
(artigo 46., n.1, n.2, alnea b) e n.3 CPTA e
artigo 100.,n.1 CPTA)
o Hiptese 1:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da aco
administrativa especial, os pressupostos
processuais so definidas nos seguintes
termos:
Legitimidade activa: artigo 68.,n.1 CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 68.,n.2 CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigo 69., nmeros 2 e 3
CPTA;
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
o Hiptese2:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da acourgentedo
contencioso pr-contratual , os
pressupostos processuais so definidas
nosseguintestermos:
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Legitimidade activa: artigo 68.,n.1 CPTA
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 68.,n.2 CPTA
Interesseemagir Prazos: artigo 101. CPTA e artigo
36.,n.2 CPTA (prazo no suspende
em frias judiciais);
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
Em qualquer um dos casos, o pedido
de condenao prtica de acto
legalmente devido segue a
tramitao dos artigos 78. e
seguintes CPTA, com as
especificidades, no caso da aco
competente ser a aco urgentedo
contencioso pr-contratual, dos
artigos 102. e 103. CPTA.
3. Tipo de acto: Acto administrativo deindeferimentoparcial
y Acto administrativo que indefere apenasparcialmente um pedido apresentado pelo
particular, ficando aqum da satisfao total dos
interessesdeste.
y Porque o que o particular pretende aampliao da vantagem que lhe foi concedida e
no a remoo desta, o pedido adequado o
pedido de condenao prtica de acto
legalmente devido, nos termos do artigo 67.,
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n.1, alnea b) CPTA, deduzido sob a forma da
aco administrativa especial (artigo 46.,n.1 e
n.2, alnea b) en.3 CPTA) ou da aco urgente
do contencioso pr-contratual (artigo 100.,n.1
CPTA);y Em ambos os casos, os pressupostos processuais
regem-se nos termos referidos anteriormente
(acto de indeferimento), o mesmo valendo para
a tramitao do pedido.
4. Tipodeacto: Omissoilegaldeactoadministrativoy A ilegalidade de uma omisso pressupe a
apresentao de um pedido que constitua a
Administrao Pblica no dever de decidir, sem
que esta o faa no prazo estabelecido para o
efeito (prazo ordinrio de 90 dias) e sem que
esta omisso possa ser considerada como um
acto de deferimento tcito (artigo 108. CPA,
artigo 109., nmeros 2 e 3 CPA e artigo 67.,
n.1, alnea a) CPTA);
y O pedido de condenao prtica do actolegalmente devido o pedido adequado,neste
caso, e tem por objecto a pretenso do
requerente que ficou sem resposta. Este pedido
pode ser deduzido sob a forma da aco
administrativa especial (artigo 46., n.1, n.2,
alnea b) en.3 CPTA) ou sob a forma da aco
urgente do contencioso pr-contratual (artigo
100.,n.1 CPTA).
o Hiptese 1:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da aco
administrativa especial, os pressupostos
processuais so definidas nos seguintes
termos:
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Legitimidade activa: artigo 68.,n.1 CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 68.,n.2 CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigo 69.,nmero 1 CPTA; Tribunal competente, identificado
nostermos referidos anteriormente.
o Hiptese2:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da acourgentedo
contencioso pr-contratual , os
pressupostos processuais so definidas
nosseguintestermos:
Legitimidade activa: artigo 68.,n.1 CPTA
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 68.,n.2 CPTA
Interesseemagir Prazos: artigo 101. CPTA e artigo
36.,n.2 CPTA (prazo no suspende
em frias judiciais);
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
Em qualquer um dos casos, o pedidode condenao prtica de acto
legalmente devido segue a
tramitao dos artigos 78. e
seguintes CPTA, com as
especificidades, no caso da aco
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aco administrativa especial (artigo 46., n.1,
n.2, alnea a) e n.3 CPTA) ou sob a forma da
aco urgente do contencioso pr-contratual
(artigo 100.,n.1 CPTA).
o Hiptese 1:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da aco
administrativa especial, os pressupostos
processuais so definidas nos seguintes
termos:
Legitimidade activa: artigo 55.CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
Contra-interessados: artigo 57.CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigos 58. e 59. CPTA e
artigo 144. CPC;
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
Acresce a disposio prevista no
artigo 21. CPTA (cumulao de
pedidos).
o Hiptese2:se o pedido de impugnao fordeduzido sob a forma da acourgentedo
contencioso pr-contratual , os
pressupostos processuais so definidas
nosseguintestermos:
Legitimidade activa: artigo 55.CPTA, ex vi artigo 100., n.1
CPTA;
Legitimidade passiva: artigo 10.CPTA;
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Contra-interessados: artigo 57.CPTA, ex vi artigo 100., n.1
CPTA;
Interesseemagir Prazos: artigo 101. CPTA e artigo
36.,n.2 CPTA (prazo no suspende
em frias judiciais);
Tribunal competente, identificadonostermos referidos anteriormente.
Acresce a disposio prevista no
artigo 21. CPTA (cumulao de
pedidos).
Em qualquer um dos casos, o pedido
de condenao prtica de acto
legalmente devido segue a
tramitao dos artigos 78. e
seguintes CPTA, com as
especificidades, no caso da aco
competente ser a aco urgentedo
contencioso pr-contratual, dos
artigos 102. e 103. CPTA.
A cumulao de pedidos
meramente facultativa, ou seja, o
interessado pode apresentar apenas
um pedido de impugnao do acto
de contedo ambivalente,
aguardando que, em fase de
execuo de sentena, e com vistaao restabelecimento da situao
que existiria se o acto no tivesse
sido praticado,esteseja substitudo
por outro que, pelo menos, no
reincida nas mesmas ilegalidades.
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Mais complicado ser se o
interessado apresentar apenas um
pedido de condenao da
Administrao substituio
daquele acto por outro, caso emque, por se admitir implcito o
pedido de impugnao, poder o
tribunal corrigir ex officio a falta
de explicitao formal deste ltimo
pedido,no dependendo assim esta
correco de um convite para
aperfeioamento dirigido ao autor
com a possibilidade de, no sendo
cumprido, haver lugar a absolvio
da instncia (artigos 88. e 89.
CPTA).
Considerando o disposto anteriormente em relao s formas deaco aplicveis, devero seguir a forma da aco administrativa
especial todos os pedidos dirigidos a actos administrativos ou
omisses que no tenham lugar no mbito de um procedimento
pr-contratual. Pelo contrrio, podero seguir a forma da aco
administrativa especial ou a forma da aco urgente do
contencioso pr-contratual os pedidos apresentados contra actos
administrativos pr-contratuais ou omisses que tenham lugar no
mbito de procedimentos pr-contratuais. Neste caso, para
determinar a forma de aco aplicvel, necessrio atender ao tipo
de contrato a que o procedimento pr-contratual sedirige, ou seja,
sese tratar de um contrato deempreitada,de concesso de obraspblicas, de prestao de servios ou de fornecimento de bens
(elenco taxativo), o pedido apresentado contra o acto
administrativo pr-contratual ou a omisso ilegal ocorrida dever
seguir a forma da aco da aco urgente do contencioso pr -
contratual (artigo 36., n.1, alnea b) e n.2 CPTA e artigo 100.,
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n.1 CPTA). Em todos osdemais casos, os pedidosdirigidos a actos
administrativos pr-contratuais ou omisses ilegais ocorridas no
mbito de procedimentos pr-contratuaisseguem a forma da aco
administrativa especial,nostermosdo artigo 46.,n.3 CPTA.
Tutelacautelaro As providncias cautelares desempenham, nos termos do
artigo 112., n.1 CPTA, uma funo de preveno,
procurando garantir a utilidade da deciso definitiva a
proferir no processo principal. Desta funo decorrem as
caractersticasessenciaisdas providncias cautelares, queso
o seu carcter sumrio e provisrio e a sua
instrumentalidade. Sobre este ltimo aspecto, se verdade
que os processos cautelares so processados
autonomamente como processos urgentes (artigo 36.,n.1,
alnea e) en.2 CPTA), o facto quedependem do processo
principal, conforme resulta dos artigos 113., 114., 116. e
20., n.6 CPTA, podendo, por isso, ser apresentados como
preliminares ou como incidentes ao processo principal (artigo
113., n.1 CPTA), no tribunal competente para decidir a
causa principal (artigo 20.,n.6 CPTA);
o As providncias cautelares podem ser conservatrias , casoem que procuram a manuteno, a ttulo provisrio, do
equilbrio de interesses existente aquando da apresentao
do pedido principal; ou antecipatrias, as quais visam
antecipar, a ttulo provisrio, uma situao jurdica nova :
aquela que resultar, a ttulo definitivo,do processo principal.
As providncias cautelares conservatrias, no caso, a
suspenso de eficcia de acto administrativo (artigo 112.,n.1 en.2, alnea a) CPTA) devero ser apresentadas quando
o acto administrativo praticado tenha um contedo positivo
ou ambivalente, uma vez que o competente pedido de
impugnao a apresentar nestes casos carece,em regra,de
efeito suspensivo (artigo 50.,n.2 CPTA). Por outro lado, as
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providncias cautelares antecipatrias devero ser
apresentadas quando o acto administrativo tenha contedo
negativo ou esteja em causa uma omisso ilegal,sem prejuzo
da cumulao desta providncia com providncias cautelares
conservatrias,no caso, por exemplo,do acto administrativoter contedo ambivalente (neste caso, poder cumular uma
providncia cautelar conservatria de suspenso de eficcia
de acto com uma providncia cautelar conservatria de
suspenso do procedimento concursal e ainda com uma
providncia cautelar antecipatria de admisso provisria em
concurso). So providncias cautelares antecipatrias as
indicadasnas alneas b) a f) do n.2 do artigo 112. CPTA.
o No que respeita suspenso de eficcia de actoadministrativo, esta providncia cautelar pode ser
apresentada quer com vista suspenso deeficcia de actos
pr-contratuais (regime especial), caso em que,
independentemente do contrato em causa, os critrios de
deciso so osdefinidosno artigo 132.,n.6 CPTA; quer com
vista suspenso de eficcia de actos administrativos que
no se jam pr-contratuais (regimenormal), caso em que os
critriosdedeciso so osdefinidosna alnea b) do n.1 do
artigo 120. CPTA e n.2 desta mesma disposio. Estes
critriosdedeciso so os critrios aplicveisem situaesde
normalidade, sendo derrogados, em situaes excepcionais,
pelo critrio da evidncia de procedncia da aco principal,
previsto na alnea a) do n.1 do artigo 120. CPTA (regime
excepcional). Independentemente do decretamento ou no
de providncia cautelar, decorre, por mero efeito da
apresentao do pedido de suspenso edo recebimento do
seu duplicado pela entidade requerida, a proibio deexecutar o acto administrativo at que seja decidido o
decretamento ou no da providncia cautelar. Este efeito
previsto no artigo 128., nmeros 1 e 2 CPTA, poder ser
automaticamente afastado se a entidade administrativa
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requerida apresentar resoluo fundamentada (artigo 128.,
n.1,in fine CPTA e artigo 128.,nmeros 4, 5 e 6 CPTA).
Critrios de deciso da providncia cautelarconservatria: so osdefinidosna alnea b) do n.1 e no n.2 do artigo 120. CPTA
y 1. Critrio Periculum in mora oucritriodaperigosidade: traduz-se na exigncia, para
decretamento da providncia,de constituio de
factos consumados ou de prejuzos de difcil
reparao que obstem utilidadetotal ou parcial
da sentena a proferir no processo principal.
Para verificar o preenchimento deste requisito, o
juiz deve fazer um juzo de prognose pstuma,
colocando-se na hiptese de procedncia da
aco principal para, considerando as provas
apresentadas pelo requerente, procurar verificar
se tero lugar prejuzos de difcil reparao ou
factos consumados que tornem a sentena uma
mera proclamao acadmica intil;
y 2. Critrio Critrio dajuridicidade material:porque se trata de uma providncia cautelar
conservatria, suficiente que o juiz considere
como no evidente a falta de fundamento do
pedido apresentado na aco principal. Neste
caso, o tribunal basta-se com um mero juzo
negativo de juridicidade (fumus non malus),
ao contrrio do que acontece com as
providncias cautelares antecipatrias, em que
se exige um juzo positivo de probabilidade de
procedncia (fumus boni iuris);
y 3. Critrio Critrio da proporcionalidade: otribunal dever negar a concesso da
providncia cautelar requerida, substitui-la por
outra, ouvidas as partes, ou decretar contra-
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providncias quando,e apesar deverificados os
outros requisitos, considerar que os prejuzos
resultantesda concesso da providncia cautelar
so superiores queles que se procurar evitar
com a mesma (artigo 120., nmeros 2, 3 e 4CPTA).
Sendo a providncia em causa uma providncia
desuspenso deeficcia de acto administrativo,
por mero efeito da apresentao do seu pedido e
citao do mesmo entidade administrativa
demandada,h lugar proibio deexecuo do
acto, que se prolongar ao longo do processo
cautelar e at deciso sobre o mesmo, a menos
que se ja apresentada pela entidade
administrativa demandada, resoluo
fundamentada (artigo 128. CPTA), com efeito
automtico de desparalizao, mesmo que no
fundamentada ou sem verificao do grave
pre juzo para o interesse pblico, porqueno
apreciada pelo juiz,excepto quando o particular
requer, incidentalmente, a apreciao.