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CÂMARA DOS DEPUTADOS Centro de Documentação e Informação DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, DECRETA: Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente. Parágrafo único. Continuam em vigor as disposições legais transitórias ou de emergência, bem como as que não tenham aplicação em todo o território nacional. Art. 2º O presente decreto-lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1943. Rio de Janeiro, 1 de maio de 1943, 122º da Independência e 55º da República. GETÚLIO VARGAS. Alexandre Marcondes Filho. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

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CONSOLIDAO DAS LEIS DO TRABALHO

CMARA DOS DEPUTADOS

Centro de Documentao e Informao

DECRETO-LEI N 5.452, DE 1 DE MAIO DE 1943

Aprova a Consolidao das Leis do Trabalho.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, usando da atribuio que lhe confere o art. 180 da Constituio,

DECRETA:

Art. 1 Fica aprovada a Consolidao das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei acompanha, com as alteraes por ela introduzidas na legislao vigente.

Pargrafo nico. Continuam em vigor as disposies legais transitrias ou de emergncia, bem como as que no tenham aplicao em todo o territrio nacional.

Art. 2 O presente decreto-lei entrar em vigor em 10 de novembro de 1943.

Rio de Janeiro, 1 de maio de 1943, 122 da Independncia e 55 da Repblica.

GETLIO VARGAS.

Alexandre Marcondes Filho.

CONSOLIDAO DAS LEIS DO TRABALHO

TTULO I

INTRODUO

Art. 1 Esta Consolidao estatui as normas que regulam as relaes individuais e coletivas de trabalho nela previstas.

Art. 2 Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos de atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servios.

1 Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relao de emprego, os profissionais liberais, as instituies de beneficncia, as associaes recreativas ou outras instituies sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

2 Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurdica prpria, estiverem sob a direo, controle ou administrao de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econmico, sero responsveis solidariamente pelas obrigaes decorrentes da relao de emprego. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

3 No caracteriza grupo econmico a mera identidade de scios, sendo necessrias, para a configurao do grupo, a demonstrao do interesse integrado, a efetiva comunho de interesses e a atuao conjunta das empresas dele integrantes. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 3 Considera-se empregado toda pessoa fsica que prestar servios de natureza no eventual a empregador, sob a dependncia deste e mediante salrio.

Pargrafo nico. No haver distines relativas espcie de emprego e condio de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, tcnico e manual. (Vide art. 7, XXXII, da Constituio Federal de 1988)

Art. 4 Considera-se como de servio efetivo o perodo em que o empregado esteja disposio do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposio especial expressamente consignada.

1 Computar-se-o, na contagem de tempo de servio, para efeito de indenizao e estabilidade, os perodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando servio militar e por motivo de acidente do trabalho. (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 4.072, de 16/6/1962, transformado em 1 e com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 Por no se considerar tempo disposio do empregador, no ser computado como perodo extraordinrio o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no 1 do art. 58 desta Consolidao, quando o empregado, por escolha prpria, buscar proteo pessoal, em caso de insegurana nas vias pblicas ou ms condies climticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependncias da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:

I - prticas religiosas;

II - descanso;

III - lazer;

IV - estudo;

V - alimentao;

VI - atividades de relacionamento social;

VII - higiene pessoal;

VIII - troca de roupa ou uniforme, quando no houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicado no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 5 A todo trabalho de igual valor corresponder salrio igual sem distino de sexo. (Vide art. 7, XXX, da Constituio Federal de 1988)

Art. 6 No se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domiclio do empregado e o realizado a distncia, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relao de emprego. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 12.551, de 15/12/2011)

Pargrafo nico. Os meios telemticos e informatizados de comando, controle e superviso se equiparam, para fins de subordinao jurdica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e superviso do trabalho alheio. (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 12.551, de 15/12/2011)

Art. 7 Os preceitos constantes da presente Consolidao, salvo quando for, em cada caso, expressamente determinado em contrrio, no se aplicam: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 8.079, de 11/10/1945)

a) aos empregados domsticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam servios de natureza no-econmica pessoa ou famlia, no mbito residencial destas;

b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funes diretamente ligadas agricultura e pecuria, no sejam empregados em atividades que, pelos mtodos de execuo dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operaes, se classifiquem como industriais ou comerciais;

c) aos funcionrios pblicos da Unio, dos Estados e dos Municpios e aos respectivos extranumerrios em servio nas prprias reparties; (Alnea com redao dada pelo Decreto-Lei n 8.079, de 11/10/1945)

d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime prprio de proteo ao trabalho que lhes assegure situao anloga dos funcionrios pblicos. (Alnea com redao dada pelo Decreto-Lei n 8.079, de 11/10/1945)

Pargrafo nico. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 8.079, de 11/10/1945, e revogado pelo Decreto-Lei n 8.249, de 29/11/1945)

Art. 8 As autoridades administrativas e a Justia do Trabalho, na falta de disposies legais ou contratuais, decidiro conforme o caso, pela jurisprudncia, por analogia, por eqidade e outros princpios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevalea sobre o interesse pblico.

1 O direito comum ser fonte subsidiria do direito do trabalho. (Pargrafo nico transformado em 1 e com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 Smulas e outros enunciados de jurisprudncia editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho no podero restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigaes que no estejam previstas em lei. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

3 No exame de conveno coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justia do Trabalho analisar exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negcio jurdico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), e balizar sua atuao pelo princpio da interveno mnima na autonomia da vontade coletiva. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 9 Sero nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos preceitos contidos na presente Consolidao.

Art. 10. Qualquer alterao na estrutura jurdica da empresa no afetar os direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 10-A. O scio retirante responde subsidiariamente pelas obrigaes trabalhistas da sociedade relativas ao perodo em que figurou como scio, somente em aes ajuizadas at dois anos depois de averbada a modificao do contrato, observada a seguinte ordem de preferncia:

I - a empresa devedora;

II - os scios atuais; e

III - os scios retirantes.

Pargrafo nico. O scio retirante responder solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alterao societria decorrente da modificao do contrato. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 11. A pretenso quanto a crditos resultantes das relaes de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino do contrato de trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

I - (Inciso acrescido pela Lei n 9.658, de 5/6/1998, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

II - (Inciso acrescido pela Lei n 9.658, de 5/6/1998, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

1 O disposto neste artigo no se aplica s aes que tenham por objeto anotaes para fins de prova junto Previdncia Social. (Pargrafo acrescido pela Lei n 9.658, de 5/6/1998)

2 Tratando-se de pretenso que envolva pedido de prestaes sucessivas decorrente de alterao ou descumprimento do pactuado, a prescrio total, exceto quando o direito parcela esteja tambm assegurado por preceito de lei. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

3 A interrupo da prescrio somente ocorrer pelo ajuizamento de reclamao trabalhista, mesmo que em juzo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resoluo do mrito, produzindo efeitos apenas em relao aos pedidos idnticos. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 11-A. Ocorre a prescrio intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

1 A fluncia do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinao judicial no curso da execuo.

2 A declarao da prescrio intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofcio em qualquer grau de jurisdio. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de seguro social so objeto de lei especial.

TTULO II

DAS NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO

CAPTULO I

DA IDENTIFICAO PROFISSIONAL

Seo I

Da Carteira de Trabalho e Previdncia Social

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 13. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social obrigatria para o exerccio de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em carter temporrio, e para o exerccio por conta prpria de atividade profissional remunerada. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

1 O disposto neste artigo aplica-se, igualmente a quem: (Pargrafo nico transformado em 1 pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

I - proprietrio rural ou no, trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da mesma famlia, indispensvel prpria subsistncia, e exercido em condies de mtua dependncia e colaborao; (Inciso acrescido Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

II - em regime de economia familiar e sem empregado, explore rea no excedente do mdulo rural ou de outro limite que venha a ser fixado, para cada regio, pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. (Inciso acrescido Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

2 A Carteira de Trabalho e Previdncia Social e respectiva Ficha de Declarao obedecero aos modelos que o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social adotar. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

3 Nas localidades onde no for emitida a Carteira de Trabalho e Previdncia Social poder ser admitido, at 30 (trinta) dias, o exerccio de emprego ou atividade remunerada por quem no a possua, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emisso mais prximo. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969, com redao dada pela Lei n 5.686, de 3/8/1971)

4 Na hiptese do 3:

I - O empregador fornecer ao empregado, no ato da admisso, documento do qual constem a data da admisso, a natureza do trabalho, o salrio e a forma de seu pagamento;

II - se o empregado ainda no possuir a carteira na data em que for dispensado, o empregador lhe fornecer atestado de que conste o histrico da relao empregatcia. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Seo II

Da Emisso da Carteira de Trabalho e Previdncia Social

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 14. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social ser emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou mediante convnio, pelos rgos federais, estaduais e municipais da administrao direta ou indireta. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Pargrafo nico. Inexistindo convnio com os rgos indicados ou na inexistncia destes, poder ser admitido convnio com sindicatos para o mesmo fim. (Pargrafo nico com redao dada pela Lei n 5.686, de 3/8/1971)

Art. 15. Para obteno da Carteira de Trabalho e Previdncia Social o interessado comparecer pessoalmente ao rgo emitente, onde ser identificado e prestar as declaraes necessrias. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 16. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS, alm do nmero, srie, data de emisso e folhas destinadas s anotaes pertinentes ao contrato de trabalho e as de interesse da Previdncia Social, conter: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

I - fotografia, de frente, modelo 3x4; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969, com redao dada pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

II - nome, filiao, data e lugar de nascimento e assinatura; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969, com redao dada pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

III - nome, idade e estado civil dos dependentes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969, com redao dada pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

IV - nmero do documento de naturalizao ou data da chegada ao Brasil e demais elementos constantes da identidade de estrangeiro, quando for o caso. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969, com redao dada pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

Pargrafo nico. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS ser fornecida mediante a apresentao de:

a) duas fotografias com as caractersticas mencionadas no inciso I;

b) qualquer documento oficial de identificao pessoal do interessado no qual possam ser colhidos dados referentes ao nome completo, filiao, data e lugar de nascimento. (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 8.260, de 12/12/1991)

Art. 17. Na impossibilidade de apresentao pelo interessado, de documento idneo que o qualifique, a Carteira de Trabalho e Previdncia Social ser fornecida com base em declaraes verbais confirmadas por duas testemunhas, lavrando-se na primeira folha de anotaes gerais da carteira termo assinado pelas mesmas testemunhas.

1 Tratando-se de menor de 18 anos, as declaraes previstas neste artigo sero prestadas por seu responsvel legal.

2 Se o interessado no souber ou no puder assinar sua carteira, ela ser fornecida mediante impresso digital ou assinatura a rogo. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 18. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 19. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 20. As anotaes relativas a alterao do estado civil e aos dependentes do portador da Carteira de Trabalho e Previdncia Social sero feitas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e somente em sua falta, por qualquer dos rgos emitentes. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 21. Em caso de imprestabilidade ou esgotamento do espao destinado a registro e anotaes, o interessado dever obter outra carteira, conservando-se o nmero e a srie da anterior: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 5.686, de 3/8/1971)

1 (Revogado pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

2 (Revogado pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Arts. 22 a 24. (Revogados pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Seo III

Da Entrega das Carteiras de Trabalho e Previdncia Social

Art. 25. As Carteiras de Trabalho e Previdncia Social sero entregues aos interessados pessoalmente, mediante recibo. (Expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 26. Os sindicatos podero, mediante solicitao das respectivas diretorias, incumbir-se da entrega da Carteira de Trabalho e Previdncia Social pedidas por seus associados e pelos demais profissionais da mesma classe.

Pargrafo nico. No podero os sindicatos, sob pena das sanes previstas neste Captulo, cobrar remunerao pela entrega da Carteira de Trabalho e Previdncia Social, cujo servio nas respectivas sedes ser fiscalizado pelas Delegacias Regionais ou rgos autorizados. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 27. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 28. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Seo IV

Das Anotaes

Art. 29. A Carteira de Trabalho e Previdncia Social ser obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual ter o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para nela anotar, especificamente, a data de admisso, a remunerao e as condies especiais, se houver, sendo facultada a adoo de sistema manual, mecnico ou eletrnico, conforme instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

1 As anotaes concernentes remunerao devem especificar o salrio, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. (Pargrafo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

2 As anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social sero feitas: (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

a) na data-base; (Alnea acrescida pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

b) a qualquer tempo, por solicitao do trabalhador; (Alnea acrescida pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

c) no caso de resciso contratual; ou (Alnea acrescida pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

d) necessidade de comprovao perante a Previdncia Social. (Alnea acrescida pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

3 A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretar a lavratura do auto de infrao, pelo Fiscal do Trabalho, que dever, de ofcio, comunicar a falta de anotao ao rgo competente, para o fim de instaurar o processo de anotao. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

4 vedado ao empregador efetuar anotaes desabonadoras conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social. (Pargrafo acrescido pela Lei n 10.270, de 29/8/2001)

5 O descumprimento do disposto no 4 deste artigo submeter o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Captulo. (Pargrafo acrescido pela Lei n 10.270, de 29/8/2001)

Art. 30. Os acidentes do trabalho sero obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional da Previdncia Social na carteira do acidentado. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 31. Aos portadores de Carteiras de Trabalho e Previdncia Social fica assegurado o direito de as apresentar aos rgos autorizados, para o fim de ser anotado o que for cabvel, no podendo ser recusada a solicitao, nem cobrado emolumento no previsto em lei. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 32. As anotaes relativas a alteraes no estado civil dos portadores de Carteiras de Trabalho e Previdncia Social sero feitas mediante prova documental. As declaraes referentes aos dependentes sero registradas nas fichas respectivas, pelo funcionrio encarregado da identificao profissional, a pedido do prprio declarante, que as assinar.

Pargrafo nico. As Delegacias Regionais e os rgos autorizados devero comunicar Secretaria de Emprego e Salrio todas as alteraes que anotarem nas Carteiras de Trabalho e Previdncia Social. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 33. As anotaes nas fichas de declarao e nas Carteiras de Trabalho e Previdncia Social sero feitas seguidamente sem abreviaturas, ressalvando-se no fim de cada assentamento, as emendas, entrelinhas e quaisquer circunstncias que possam ocasionar dvidas. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 34. Tratando-se de servio de profissionais de qualquer atividade, exercido por empreitada individual ou coletiva, com ou sem fiscalizao da outra parte contratante, a carteira ser anotada pelo respectivo sindicato profissional ou pelo representante legal de sua cooperativa.

Art. 35. (Revogado pela Lei n 6.533, de 24/5/1978)

Seo V

Das Reclamaes por Falta ou Recusa de Anotao

Art. 36. Recusando-se a empresa a fazer as anotaes a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdncia Social recebida, poder o empregado comparecer, pessoalmente ou por intermdio de seu sindicato, perante a Delegacia Regional ou rgo autorizado, para apresentar reclamao. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 37. No caso do art. 36, lavrado o termo de reclamao, determinar-se- a realizao de diligncia para instruo do feito, observado, se for o caso, o disposto no 2 do art. 29, notificando-se posteriormente o reclamado por carta registrada, caso persista a recusa, para que, em dia e hora previamente designados, venha prestar esclarecimentos ou efetuar as devidas anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social ou sua entrega.

Pargrafo nico. No comparecendo o reclamado, lavrar-se- termo de ausncia, sendo considerado revel e confesso sobre os termos da reclamao feita, devendo as anotaes serem efetuadas por despacho da autoridade que tenha processado a reclamao. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 38. Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotaes reclamadas, ser lavrado um termo de comparecimento, que dever conter, entre outras indicaes, o lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a residncia do empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a contar do termo, para apresentar defesa.

Pargrafo nico. Findo o prazo para a defesa, subir o processo autoridade administrativa de primeira instncia, para se ordenarem diligncias, que completem a instruo do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido.

Art. 39. Verificando-se que as alegaes feitas pelo reclamado versam sobre a no existncia de relao de emprego, ou sendo impossvel verificar essa condio pelos meios administrativos, ser o processo encaminhado Justia do Trabalho, ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infrao que houver sido lavrado. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

1 Se no houver acordo, a Junta de Conciliao e Julgamento, em sua sentena ordenar que a Secretaria efetue as devidas anotaes uma vez transitada em julgado, e faa a comunicao autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabvel. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

2 Igual procedimento observar-se- no caso de processo trabalhista de qualquer natureza, quando for verificada a falta de anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, devendo o Juiz, nesta hiptese, mandar proceder, desde logo, quelas sobre as quais no houver controvrsia. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Seo VI

Do Valor das Anotaes

Art. 40. As Carteiras de Trabalho e Previdncia Social regularmente emitidas e anotadas serviro de prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade e especialmente: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

I - nos casos de dissdio na Justia do Trabalho entre a empresa e o empregado por motivo de salrio, frias, ou tempo de servio; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

II - perante a Previdncia Social, para o efeito de declarao de dependentes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

III - para clculo de indenizao por acidente do trabalho ou molstia profissional. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Seo VII

Dos Livros de Registro de Empregados

Art. 41. Em todas as atividades ser obrigatrio para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrnico, conforme instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho.

Pargrafo nico. Alm da qualificao civil ou profissional de cada trabalhador, devero ser anotados todos os dados relativos sua admisso no emprego, durao e efetividade do trabalho, a frias, acidentes e demais circunstncias que interessem proteo do trabalhador. (Artigo com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 42. (Revogado pela Lei n 10.243, de 19/6/2001)

Art. 43. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 44. (Revogado pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Art. 45. (Revogado pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 46. (Revogado pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 47. O empregador que mantiver empregado no registrado nos termos do art. 41 desta Consolidao ficar sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (trs mil reais) por empregado no registrado, acrescido de igual valor em cada reincidncia. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

1 Especificamente quanto infrao a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada ser de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado no registrado, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, transformado em 1 e com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 A infrao de que trata o caput deste artigo constitui exceo ao critrio da dupla visita. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 47-A. Na hiptese de no serem informados os dados a que se refere o pargrafo nico do art. 41 desta Consolidao, o empregador ficar sujeito multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 48. As multas previstas nesta Seo sero aplicadas pela autoridade de primeira instncia no Distrito Federal, e pelas autoridades regionais do Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio, nos Estados e no Territrio do Acre.

Seo VIII

Das Penalidades

Art. 49. Para os efeitos da emisso, substituio ou anotao de Carteiras de Trabalho e Previdncia Social, considerar-se- crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Cdigo Penal: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteiras profissionais substituda por Carteiras de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

I - fazer, no todo ou em parte, qualquer documento falso ou alterar o verdadeiro; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

II - afirmar, falsamente a sua prpria identidade, filiao, lugar de nascimento, residncia, profisso ou estado civil e beneficirios, ou atestar os de outra pessoa; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

III - servir-se de documentos, por qualquer forma falsificados; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender, usar ou possuir Carteiras de Trabalho e Previdncia Social assim alteradas; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

V - anotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdncia Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar em juzo ou fora dele, data de admisso em emprego diversa da verdadeira. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 50. Comprovando-se falsidade, quer nas declaraes para emisso de Carteira de Trabalho e Previdncia Social, quer nas respectivas anotaes, o fato ser levado ao conhecimento da autoridade que houver emitido a carteira, para fins de direito. (Expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 51. Incorrer em multa de valor igual a 3 (trs) vezes o salrio-mnimo regional aquele que, comerciante ou no, vender ou expuser venda qualquer tipo de carteira igual ou semelhante ao tipo oficialmente adotado. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 52. O extravio ou inutilizao da Carteira de Trabalho e Previdncia Social por culpa da empresa sujeitar esta multa de valor igual metade do salrio-mnimo regional. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 53. A empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdncia Social para anotar e a retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficar sujeita multa de valor igual metade do salrio-mnimo regional. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 54. A empresa que, tendo sido intimada, no comparecer para anotar a Carteira de Trabalho e Previdncia Social de seu empregado, ou cujas alegaes para recusa tenham sido julgadas improcedentes, ficar sujeita multa de valor igual a 1 (um) salrio-mnimo regional. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

Art. 55. Incorrer na multa de valor igual a 1 (um) salrio-mnimo regional a empresa que infringir o art. 13 e seus pargrafos. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 56. O sindicato que cobrar remunerao pela entrega da Carteira de Trabalho e Previdncia Social ficar sujeito multa de valor igual a 3 (trs) vezes o salrio-mnimo regional. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967; expresso carteira profissional substituda por Carteira de Trabalho e Previdncia Social pelo Decreto-Lei n 926, de 10/10/1969)

CAPTULO II

DA DURAO DO TRABALHO

Seo I

Disposio Preliminar

Art. 57. Os preceitos deste Captulo aplicam-se a todas as atividades, salvo as expressamente excludas, constituindo excees as disposies especiais, concernentes estritamente a peculiaridades profissionais constantes do Captulo I do Ttulo III.

Seo II

Da Jornada de Trabalho

Art. 58. A durao normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, no exceder de 8 (oito) horas dirias, desde que no seja fixado expressamente outro limite.

1 No sero descontadas nem computadas como jornada extraordinria as variaes de horrio no registro de ponto no excedentes de cinco minutos, observado o limite mximo de dez minutos dirios. (Pargrafo acrescido pela Lei n 10.243, de 19/6/2001)

2 O tempo despendido pelo empregado desde a sua residncia at a efetiva ocupao do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, no ser computado na jornada de trabalho, por no ser tempo disposio do empregador. (Pargrafo acrescido pela Lei n 10.243, de 19/6/2001, com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

3 (Pargrafo acrescido pela Lei Complementar n 123, de 14/12/2006, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja durao no exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja durao no exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acrscimo de at seis horas suplementares semanais. (Caput do artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001, com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

1 O salrio a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial ser proporcional sua jornada, em relao aos empregados que cumprem, nas mesmas funes, tempo integral. (Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001)

2 Para os atuais empregados, a adoo do regime de tempo parcial ser feita mediante opo manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociao coletiva. (Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001)

3 As horas suplementares durao do trabalho semanal normal sero pagas com o acrscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salrio-hora normal. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

4 Na hiptese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em nmero inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo sero consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no 3, estando tambm limitadas a seis horas suplementares semanais. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

5 As horas suplementares da jornada de trabalho normal podero ser compensadas diretamente at a semana imediatamente posterior da sua execuo, devendo ser feita a sua quitao na folha de pagamento do ms subsequente, caso no sejam compensadas. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

6 facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um tero do perodo de frias a que tiver direito em abono pecunirio. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

7 As frias do regime de tempo parcial so regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidao. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 59. A durao diria do trabalho poder ser acrescida de horas extras, em nmero no excedente de duas, por acordo individual, conveno coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

1 A remunerao da hora extra ser, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior da hora normal. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de um ano, soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de dez horas dirias. (Pargrafo com redao dada pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001)

3 Na hiptese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensao integral da jornada extraordinria, na forma dos 2 e 5 deste artigo, o trabalhador ter direito ao pagamento das horas extras no compensadas, calculadas sobre o valor da remunerao na data da resciso. (Pargrafo acrescido pela Lei n 9.601, de 21/1/1998, com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

4 (Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

5 O banco de horas de que trata o 2 deste artigo poder ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensao ocorra no perodo mximo de seis meses. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

6 lcito o regime de compensao de jornada estabelecido por acordo individual, tcito ou escrito, para a compensao no mesmo ms. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 59-A. Em exceo ao disposto no art. 59 desta Consolidao, facultado s partes, mediante acordo individual escrito, conveno coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horrio de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentao.

Pargrafo nico. A remunerao mensal pactuada pelo horrio previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e sero considerados compensados os feriados e as prorrogaes de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o 5 do art. 73 desta Consolidao. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 59-B. O no atendimento das exigncias legais para compensao de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tcito, no implica a repetio do pagamento das horas excedentes jornada normal diria se no ultrapassada a durao mxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

Pargrafo nico. A prestao de horas extras habituais no descaracteriza o acordo de compensao de jornada e o banco de horas. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no captulo "Da Segurana e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser acrescidas por ato do Ministro do Trabalho, Indstria e Comrcio, quaisquer prorrogaes s podero ser acordadas mediante licena prvia das autoridades competentes em matria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procedero aos necessrios exames locais e verificao dos mtodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermdio de autoridades sanitrias federais, estaduais e municipais, com quem entraro em entendimento para tal fim. (Expresso "Higiene e Segurana do Trabalho" substituda por Da Segurana e da Medicina do Trabalho pela Lei n 6.514, de 22/12/1977) (Vide art. 7, XXXIII, da Constituio Federal de 1988)

Pargrafo nico. Excetuam-se da exigncia de licena prvia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto.

1 O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de conveno coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da hora excedente no ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e o trabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite. (Vide art. 7, XVI, da Constituio Federal de 1988)

3 Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao da autoridade competente.

Art. 62. No so abrangidos pelo regime previsto neste captulo: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 8.966, de 27/12/1994)

I - os empregados que exercem atividade externa incompatvel com a fixao de horrio de trabalho, devendo tal condio ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e no registro de empregados; (Inciso acrescido pela Lei n 8.966, de 27/12/1994)

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gesto, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial; (Inciso acrescido pela Lei n 8.966, de 27/12/1994)

III - os empregados em regime de teletrabalho. (Inciso acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Pargrafo nico. O regime previsto neste captulo ser aplicvel aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salrio do cargo de confiana, compreendendo a gratificao de funo, se houver, for inferior ao valor do respectivo salrio efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 8.966, de 27/12/1994)

Art. 63. No haver distino entre empregados e interessados, e a participao em lucros e comisses, salvo em lucros de carter social, no exclui o participante do regime deste Captulo.

Art. 64. O salrio-hora normal, no caso de empregado mensalista, ser obtido dividindo-se o salrio mensal correspondente durao do trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o nmero de horas dessa durao.

Pargrafo nico. Sendo o nmero de dias inferiores a 30 (trinta), adotar-se- para o clculo, em lugar desse nmero, o de dias de trabalho por ms.

Art. 65. No caso do empregado diarista, o salrio-hora normal ser obtido dividindo-se o salrio dirio correspondente durao do trabalho, estabelecido no art. 58, pelo nmero de horas de efetivo trabalho.

Seo III

Dos Perodos de Descanso

Art. 66. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haver um perodo mnimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.

Art. 67. Ser assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de convenincia pblica ou necessidade imperiosa do servio, dever coincidir com o domingo, no todo ou em parte.

Pargrafo nico. Nos servios que exijam trabalho aos domingos, com exceo quanto aos elencos teatrais, ser estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando do quadro sujeito fiscalizao.

Art. 68. O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67, ser sempre subordinado permisso prvia da autoridade competente em matria de trabalho.

Pargrafo nico. A permisso ser concedida a ttulo permanente nas atividades que, por sua natureza ou pela convenincia pblica, devem ser exercidas aos domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Indstria e Comrcio expedir instrues em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela ser dada sob forma transitria, com discriminao do perodo autorizado, o qual, de cada vez, no exceder de 60 (sessenta) dias.

Art. 69. Na regulamentao do funcionamento de atividades sujeitas ao regime deste Captulo, os municpios atendero aos preceitos nele estabelecidos, e as regras que venham a fixar no podero contrariar tais preceitos nem as instrues que, para seu cumprimento, forem expedidas pelas autoridades competentes em matria de trabalho.

Art. 70. Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislao prpria. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 71. Em qualquer trabalho contnuo, cuja durao exceda de 6 (seis) horas, obrigatria a concesso de um intervalo para repouso ou alimentao, o qual ser, no mnimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrrio, no poder exceder de 2 (duas) horas.

1 No excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, ser, entretanto, obrigatrio um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a durao ultrapassar 4 (quatro) horas.

2 Os intervalos de descanso no sero computados na durao do trabalho.

3 O limite mnimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeio poder ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indstria e Comrcio, quando ouvida o Servio de Alimentao de Previdncia Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente s exigncias concernentes organizao dos refeitrios, e quando os respectivos empregados no estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

4 A no concesso ou a concesso parcial do intervalo intrajornada mnimo, para repouso e alimentao, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatria, apenas do perodo suprimido, com acrscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remunerao da hora normal de trabalho. (Pargrafo acrescido pela Lei n 8.923, de 27/7/1994, com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

5 O intervalo expresso no caput poder ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no 1 poder ser fracionado, quando compreendidos entre o trmino da primeira hora trabalhada e o incio da ltima hora trabalhada, desde que previsto em conveno ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do servio e em virtude das condies especiais de trabalho a que so submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalizao de campo e afins nos servios de operao de veculos rodovirios, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remunerao e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Pargrafo acrescido pela Lei n 12.619, de 30/4/2012, com redao dada pela Lei n 13.103, de 2/3/2015, publicada no DOU de 3/3/2015, em vigor 45 dias aps a publicao)

Art. 72. Nos servios permanentes de mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), a cada perodo de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponder um repouso de 10 (dez) minutos no deduzidos da durao normal de trabalho.

Seo IV

Do Trabalho Noturno

Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno ter remunerao superior do diurno e, para esse efeito, sua remunerao ter um acrscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946) (Vide art. 7, XVI, da Constituio Federal de 1988)

1 A hora do trabalho noturno ser computada como de 52 (cinqenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. (Pargrafo com redao dada pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946)

2 Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. (Pargrafo com redao dada pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946) (Vide art. 7 da Lei n 5.889, de 8/6/1973)

3 O acrscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que no mantm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, ser feito, tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relao s empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento ser calculado sobre o salrio mnimo geral vigente na regio, no sendo devido quando exceder desse limite, j acrescido da percentagem. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946)

4 Nos horrios mistos, assim entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, aplica-se s horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pargrafos. (Primitivo 3 renumerado e com redao dada pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946)

5 s prorrogaes do trabalho noturno aplica-se o disposto neste captulo. (Primitivo 4 renumerado e com redao dada pelo Decreto-Lei n 9.666, de 28/8/1946)

Seo V

Do Quadro de Horrio

Art. 74. O horrio do trabalho constar de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Indstria e Comrcio e afixado em lugar bem visvel. Esse quadro ser discriminativo no caso de no ser o horrio nico para todos os empregados de uma mesma seo ou turma.

1 O horrio de trabalho ser anotado em registro de empregados com a indicao de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.

2 Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores ser obrigatria a anotao da hora de entrada e de sada, em registro manual, mecnico ou eletrnico, conforme instrues a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho, devendo haver pr-assinalao do perodo de repouso. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

3 Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horrio dos empregados constar, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuzo do que dispe o 1 deste artigo.

Seo VI

Das Penalidades

Art. 75. Os infratores dos dispositivos do presente captulo incorrero na multa de cinquenta a cinco mil cruzeiros, segundo a natureza da infrao, sua extenso e a inteno de quem a praticou, aplicada em dobro no caso de reincidncia, e oposio fiscalizao ou desacato autoridade.

Pargrafo nico. So competentes para impor penalidades, no Distrito Federal, a autoridade de 1 instncia do Departamento Nacional do Trabalho e, nos Estados e no Territrio do Acre, as autoridades regionais do Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio.

CAPTULO II-A

DO TELETRABALHO

(Captulo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 75-A. A prestao de servios pelo empregado em regime de teletrabalho observar o disposto neste Captulo. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestao de servios preponderantemente fora das dependncias do empregador, com a utilizao de tecnologias de informao e de comunicao que, por sua natureza, no se constituam como trabalho externo.

Pargrafo nico. O comparecimento s dependncias do empregador para a realizao de atividades especficas que exijam a presena do empregado no estabelecimento no descaracteriza o regime de teletrabalho. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 75-C. A prestao de servios na modalidade de teletrabalho dever constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificar as atividades que sero realizadas pelo empregado.

1 Poder ser realizada a alterao entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mtuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.

2 Poder ser realizada a alterao do regime de teletrabalho para o presencial por determinao do empregador, garantido prazo de transio mnimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 75-D. As disposies relativas responsabilidade pela aquisio, manuteno ou fornecimento dos equipamentos tecnolgicos e da infraestrutura necessria e adequada prestao do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, sero previstas em contrato escrito.

Pargrafo nico. As utilidades mencionadas no caput deste artigo no integram a remunerao do empregado. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 75-E. O empregador dever instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto s precaues a tomar a fim de evitar doenas e acidentes de trabalho.

Pargrafo nico. O empregado dever assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instrues fornecidas pelo empregador. (Artigo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

CAPTULO III

DO SALRIO MNIMO

(Vide art. 7, IV, da Constituio Federal de 1988)

Seo I

Do Conceito

Art. 76. Salrio mnimo a contraprestao mnima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distino de sexo, por dia normal de servio, e capaz de satisfazer, em determinada poca e regio do Pas, as suas necessidades normais de alimentao, habitao, vesturio, higiene e transporte.

Art. 77. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 78. Quando o salrio for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou pea, ser garantida ao trabalhador uma remunerao diria nunca inferior do salrio mnimo por dia normal.

Pargrafo nico. Quando o salrio mnimo mensal do empregado comisso ou que tenha direito percentagem for integrado por parte fixa e parte varivel, ser-lhe- sempre garantido o salrio mnimo, vedado qualquer desconto em ms subseqente a ttulo de compensao. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 79. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 80. (Revogado pela Lei n 10.097, de 19/12/2000)

Art. 81. O salrio mnimo ser determinado pela frmula Sm = a+b+c+d+e, em que a, b, c, d, e e representam, respectivamente, o valor das despesas dirias com alimentao, habitao, vesturio, higiene e transporte necessrios vida de um trabalhador adulto.

1 A parcela correspondente alimentao ter um valor mnimo igual aos valores da lista de provises, constantes dos quadros devidamente aprovados e necessrios alimentao diria do trabalhador adulto.

2 Podero ser substitudos pelos equivalentes de cada grupo, tambm mencionados nos quadros a que alude o pargrafo anterior, os alimentos, quando as condies da regio, zona ou subzona o aconselharem, respeitados os valores nutritivos determinados nos mesmos quadros.

3 O Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio far, periodicamente, a reviso dos quadros a que se refere o 1 deste artigo.

Art. 82. Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salrio mnimo, o salrio em dinheiro ser determinado pela frmula Sd = Sm P, em que Sd representa o salrio em dinheiro, Sm o salrio mnimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na regio.

Pargrafo nico. O salrio mnimo pago em dinheiro no ser inferior a 30% (trinta por cento) do salrio mnimo fixado para a regio, zona ou subzona.

Art. 83. devido o salrio mnimo ao trabalhador em domiclio, considerado este como o executado na habitao do empregado em oficina de famlia, por conta de empregador que o remunere.

Seo II

Das Regies e Sub-regies

Art. 84. (Revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 85. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 86. (Revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Seo III

Da Constituio das Comisses

Arts. 87 a 100. (Revogados pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Seo IV

Das Atribuies das Comisses de Salrio Mnimo

Arts. 101 a 111. (Revogados pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Seo V

Da Fixao do Salrio Mnimo

Arts. 112 a 116. (Revogados pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Seo VI

Disposies Gerais

Art. 117. Ser nulo de pleno direito, sujeitando o empregador s sanes do art. 120, qualquer contrato ou conveno que estipule remunerao inferior ao salrio mnimo estabelecido na regio, zona ou subzona, em que tiver de ser cumprido.

Art. 118. O trabalhador a quem for pago salrio inferior ao mnimo ter direito, no obstante qualquer contrato, ou conveno em contrrio, a reclamar do empregador o complemento de seu salrio mnimo estabelecido na regio, zona ou subzona, em que tiver de ser cumprido.

Art. 119. Prescreve em 2 (dois) anos a ao para reaver a diferena, contados, para cada pagamento, da data em que o mesmo tenha sido efetuado. (Vide art. 7, XXIX, da Constituio Federal de 1988)

Art. 120. Aquele que infringir qualquer dispositivo concernente ao salrio mnimo ser passvel de multa de cinqenta a dois mil cruzeiros, elevada ao dobro na reincidncia.

Art. 121. (Revogado pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 122. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 123. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 124. A aplicao dos preceitos deste Captulo no poder, em caso algum, ser causa determinante da reduo do salrio.

Art. 125. (Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964)

Art. 126. O Ministro do Trabalho, Indstria e Comrcio expedir as instrues necessrias fiscalizao do salrio mnimo, podendo cometer essa fiscalizao a qualquer dos rgos componentes do respectivo Ministrio, e, bem assim, aos fiscais do Institutos de Aposentadoria e Penses, na forma da legislao em vigor.

Art. 127. (Revogado pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

Art. 128. (Revogado pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967)

CAPTULO IV

DAS FRIAS ANUAIS

(Denominao do captulo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo I

Do Direito a Frias e da sua Durao

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 129. Todo empregado ter direito anualmente ao gozo de um perodo de frias, sem prejuzo da remunerao. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977) (Vide art. 7, XVII, da Constituio Federal de 1988)

Art. 130. Aps cada perodo de 12 (doze) meses de vigncia do contrato de trabalho, o empregado ter direito a frias, na seguinte proporo: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

I - 30 (trinta) dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de 5 (cinco) vezes; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e trs) faltas; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 vedado descontar, do perodo de frias, as faltas do empregado ao servio. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 O perodo das frias ser computado, para todos os efeitos, como tempo de servio. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 130-A. (Artigo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 131. No ser considerada falta ao servio, para os efeitos do artigo anterior, a ausncia do empregado: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

I - nos casos referidos no art. 473; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

II - durante o licenciamento compulsrio da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepo do salrio-maternidade custeado pela Previdncia Social. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977, com redao dada pela Lei n 8.921, de 25/7/1994)

III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), excetuada a hiptese do inciso IV do art. 133; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977, com redao dada pela Lei n 8.726, de 5/11/1993)

IV - justificada pela empresa entendendo-se como tal a que no tiver determinado o desconto do correspondente salrio; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

V - durante a suspenso preventiva para responder a inqurito administrativo ou de priso preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

VI - nos dias em que no tenha havido servio salvo na hiptese do inciso III do art. 133. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 132. O tempo de trabalho anterior a apresentao do empregado para servio militar obrigatrio ser computado no perodo aquisitivo, desde que ele comparea ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 133. No ter direito a frias o empregado que, no curso do perodo aquisitivo: (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

I - deixar o emprego e no for readmitido dentro dos 60 (sessenta) dias subseqentes sua sada; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

II - permanecer em gozo de licena, com percepo de salrios, por mais de 30 (trinta) dias; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

III - deixar de trabalhar, com percepo do salrio, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisao parcial ou total dos servios da empresa; e (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

IV - tiver percebido da Previdncia Social prestaes de acidente de trabalho ou de auxlio-doena por mais de 6 (seis) meses, embora descontnuos. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 A interrupo da prestao de servios dever ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdncia Social. (Pargrafo nico transformado em 1, com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Iniciar-se- o decurso de novo perodo aquisitivo quando o empregado, aps o implemento de qualquer das condies previstas neste artigo, retornar ao servio. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Para os fins previstos no inciso III deste artigo, a empresa comunicar ao rgo local do Ministrio do Trabalho, com antecedncia mnima de quinze dias, as datas de incio e fim da paralisao total ou parcial dos servios da empresa, e, em igual prazo, comunicar, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixar aviso nos respectivos locais de trabalho. (Pargrafo acrescido pela Lei n 9.016, de 30/3/1995)

4 (VETADO na Lei n 9.016, de 30/3/1995)

Seo II

Da Concesso e da poca das Frias

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 134. As frias sero concedidas por ato do empregador, em um s perodo, nos 12 (doze) meses subseqentes data em que o empregado tiver adquirido o direito. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 Desde que haja concordncia do empregado, as frias podero ser usufrudas em at trs perodos, sendo que um deles no poder ser inferior a quatorze dias corridos e os demais no podero ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977, com redao dada pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

2 (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

3 vedado o incio das frias no perodo de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. (Pargrafo acrescido pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 135. A concesso das frias ser participada, por escrito, ao empregado, com antecedncia de, no mnimo, 30 (trinta) dias. Dessa participao o interessado dar recibo. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.414, de 9/12/1985)

1 O empregado no poder entrar no gozo das frias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social, para que nela seja anotada a respectiva concesso. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 A concesso das frias ser, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 136. A poca da concesso das frias ser a que melhor consulte os interesses do empregador.

1 Os membros de uma famlia, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, tero direito a gozar frias no mesmo perodo, se assim o desejarem e se disto no resultar prejuzo para o servio.

2 O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, ter direito a fazer coincidir suas frias com as frias escolares. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 137. Sempre que as frias forem concedidas aps o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagar em dobro a respectiva remunerao. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as frias, o empregado poder ajuizar reclamao pedindo a fixao, por sentena, da poca de gozo das mesmas. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 A sentena cominar pena diria de 5% (cinco por cento) do salrio mnimo da regio, devida ao empregado at que seja cumprida. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Cpia da deciso judicial transitada em julgado ser remetida ao rgo local do Ministrio do Trabalho, para fins de aplicao da multa de carter administrativo. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 138. Durante as frias, o empregado no poder prestar servios a outro empregador, salvo se estiver obrigado a faz-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo III

Das Frias Coletivas

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 139. Podero ser concedidas frias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 As frias podero ser gozadas em dois perodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. (Pargrafo nico transformado em 1 pela Lei n 6.211, de 18/6/1975, com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicar ao rgo local do Ministrio do Trabalho com a antecedncia mnima de 15 (quinze) dias, as datas de incio e fim das frias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.211, de 18/6/1975, com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Em igual prazo o empregador enviar cpia da aludida comunicao aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciar a afixao de aviso nos locais de trabalho. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 140. Os empregados contratados h menos de 12 (doze) meses gozaro, na oportunidade, frias proporcionais, iniciando-se, ento, novo perodo aquisitivo. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 141. Quando o nmero de empregados contemplados com as frias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poder promover, mediante carimbo, anotaes de que trata o art. 135, 1. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 O carimbo, cujo modelo ser aprovado pelo Ministrio do Trabalho, dispensar a referncia ao perodo aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as frias concedidas. (Pargrafo nico transformado em 1 e com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Adotado o procedimento indicado neste artigo, caber empresa fornecer ao empregado cpia visada do recibo correspondente quitao mencionada no pargrafo nico do art. 145. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Quando da cessao do contrato de trabalho, o empregador anotar na Carteira de Trabalho e Previdncia Social as datas dos perodos aquisitivos correspondentes s frias coletivas gozadas pelo empregado. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo IV

Da Remunerao e do Abono de Frias

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 142. O empregado perceber, durante as frias, a remunerao que lhe for devida na data da sua concesso. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977) (Vide art. 7, XVII, da Constituio Federal de 1988)

1 Quando o salrio for pago por hora com jornadas variveis, apurar-se- a mdia do perodo aquisitivo, aplicando-se o valor do salrio na data da concesso das frias. (Pargrafo nico transformado em 1 e com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Quando o salrio for pago por tarefa, tomar-se- por base a mdia da produo no perodo aquisitivo do direito a frias, aplicando-se o valor da remunerao da tarefa na data da concesso das frias. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Quando o salrio for pago por percentagem, comisso ou viagem, apurar-se- a mdia percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que precederem concesso das frias. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

4 A parte do salrio paga em utilidades ser computada de acordo com a anotao na Carteira de Trabalho e Previdncia Social. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

5 Os adicionais por trabalho extraordinrio, noturno, insalubre ou perigoso sero computados no salrio que servir de base ao clculo da remunerao das frias. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

6 Se, no momento das frias, o empregado no estiver percebendo o mesmo adicional do perodo aquisitivo, ou quando o valor deste no tiver sido uniforme, ser computada a mdia duodecimal recebida naquele perodo, aps a atualizao das importncias pagas, mediante incidncia dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 143. facultado ao empregado converter 1/3 (um tero) do perodo de frias a que tiver direito em abono pecunirio, no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 O abono de frias dever ser requerido at 15 (quinze) dias antes do trmino do perodo aquisitivo. (Pargrafo nico transformado em 1 e com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Tratando-se de frias coletivas, a converso a que se refere este artigo dever ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a concesso do abono. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 (Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 2.164-41, de 24/8/2001, e revogado pela Lei n 13.467, de 13/7/2017, publicada no DOU de 14/7/2017, em vigor 120 dias aps a publicao)

Art. 144. O abono de frias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de clusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, da conveno ou acordo coletivo, desde que no excedente de vinte dias do salrio, no integraro a remunerao do empregado para os efeitos da legislao do trabalho. (Artigo com redao dada pela Lei n 9.528, de 10/12/1997)

Art. 145. O pagamento da remunerao das frias e, se for o caso, o do abono referido no art.143 sero efetuados at 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Pargrafo nico. O empregado dar quitao do pagamento, com indicao do incio e do termo das frias. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo V

Dos Efeitos da Cessao do Contrato de Trabalho

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 146. Na cessao do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, ser devida ao empregado a remunerao simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao perodo de frias cujo direito tenha adquirido.

Pargrafo nico. Na cessao do contrato de trabalho, aps 12 (doze) meses de servio, o empregado, desde que no haja sido demitido por justa causa, ter direito remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, de acordo com o art. 130, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de servio ou frao superior a 14 (quatorze) dias. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado antes de completar 12 (doze) meses de servio ter direito remunerao relativa ao perodo incompleto de frias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977) (Vide art. 7, XVII, da Constituio Federal de 1988)

Art. 148. A remunerao das frias, ainda quando devida aps a cessao do contrato de trabalho, ter natureza salarial, para os efeitos do art. 449. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo VI

Do Incio da Prescrio

(Denominao da seo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 149. A prescrio do direito de reclamar a concesso das frias ou o pagamento da respectiva remunerao contada do trmino do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessao do contrato de trabalho. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo VII

Disposies Especiais

(Seo acrescida pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 150. O tripulante que, por determinao do armador, for transferido para o servio de outro, ter computado, para o efeito de gozo de frias, o tempo de servio prestado ao primeiro, ficando obrigado a conced-las o armador em cujo servio ele se encontra na poca de goz-las. (Caput do artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

1 As frias podero ser concedidas a pedido dos interessados e com aquiescncia do armador, parceladamente, nos portos de escala de grande estadia do navio, aos tripulantes ali residentes. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

2 Ser considerada grande estadia a permanncia no porto por prazo excedente de seis dias. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

3 Os embarcadios, para gozarem frias nas condies deste artigo, devero pedi-las, por escrito, ao armador antes do incio da viagem, no porto de registro ou armao. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

4 O tripulante, ao terminar as frias, apresentar-se- ao armador, que dever design-lo para qualquer de suas embarcaes ou o adir a algum dos seus servios terrestres, respeitadas a condio pessoal e a remunerao. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

5 Em caso de necessidade, determinada pelo interesse pblico, e comprovada pela autoridade competente, poder o armador ordenar a suspenso das frias j iniciadas ou a iniciar-se, ressalvado ao tripulante o direito ao respectivo gozo posteriormente. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

6 O Delegado do Trabalho Martimo poder autorizar a acumulao de 2 (dois) perodos de frias do martimo mediante requerimento justificado:

I - do sindicato, quando se tratar de sindicalizado; e

II - da empresa, quando o empregado no for sindicalizado. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 151. Enquanto no se criar um tipo especial de caderneta profissional para os martimos, as frias sero anotadas pela Capitania do Porto na caderneta-matrcula do tripulante, na pgina das observaes. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 152. A remunerao do tripulante, no gozo de frias, ser acrescida da importncia correspondente etapa que estiver vencendo. (Artigo com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Seo VIII

Das Penalidades

(Seo acrescida pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977)

Art. 153. As infraes ao disposto neste Captulo sero punidas com multas de valor igual a 160 BTN por empregado em situao irregular. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

Pargrafo nico. Em caso de reincidncia, embarao ou resistncia fiscalizao, emprego de artifcio ou simulao com o objetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em dobro. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 1.535, de 13/4/1977, com redao dada pela Lei n 7.855, de 24/10/1989)

CAPTULO V

DA SEGURANA E DA MEDICINA DO TRABALHO

(Denominao do captulo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Seo I

Disposies Gerais

(Denominao da seo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 154. A observncia, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Captulo, no desobriga as empresas do cumprimento de outras disposies que, com relao matria, sejam includas em cdigos de obras ou regulamentos sanitrios dos Estados ou Municpios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenes coletivas de trabalho. (Artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 155. Incumbe ao rgo de mbito nacional competente em matria de segurana e medicina do trabalho: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

I - estabelecer, nos limites de sua competncia, normas sobre a aplicao dos preceitos deste Captulo, especialmente os referidos no art. 200; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizao e as demais atividades relacionadas com a segurana e a medicina do trabalho em todo o territrio nacional, inclusive a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

III - conhecer, em ltima instncia, dos recursos, voluntrios ou de ofcio, das decises proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matria de segurana e medicina do trabalho. (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 156. Compete especialmente s Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdio: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

I - promover a fiscalizao do cumprimento das normas de segurana e medicina do trabalho; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

II - adotar as medidas que se tornem exigveis, em virtude das disposies deste Captulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se faam necessrias; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

III - impor as penalidades cabveis por descumprimento das normas constantes deste Captulo, nos termos do art. 201. (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 157. Cabe s empresas: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

II - instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente; (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

IV - facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente. (Inciso acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 158. Cabe aos empregados: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

I - observar as normas de segurana e medicina do trabalho, inclusive as instrues de que trata o item II do artigo anterior; (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

II - colaborar com a empresa na aplicao dos dispositivos deste Captulo. (Inciso acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Pargrafo nico. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

a) observncia das instrues expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteo individual fornecidos pela empresa. (Pargrafo nico acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 159. Mediante convnio autorizado pelo Ministrio do Trabalho, podero ser delegadas a outros rgos federais, estaduais ou municipais atribuies de fiscalizao ou orientao s empresas quanto ao cumprimento das disposies constantes deste Captulo. (Artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Seo II

Da Inspeo Prvia e do Embargo ou Interdio

(Denominao da seo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 160. Nenhum estabelecimento poder iniciar suas atividades sem prvia inspeo e aprovao das respectivas instalaes pela autoridade regional competente em matria de segurana e medicina do trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

1 Nova inspeo dever ser feita quando ocorrer modificao substancial nas instalaes, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, Delegacia Regional do Trabalho. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

2 facultado s empresas solicitar prvia aprovao, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos projetos de construo e respectivas instalaes. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 161. O Delegado Regional do Trabalho, vista do laudo tcnico do servio competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poder interditar estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na deciso, tomada com a brevidade que a ocorrncia exigir, as providncias que devero ser adotadas para preveno de infortnios de trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

1 As autoridades federais, estaduais e municipais daro imediato apoio s medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

2 A interdio ou embargo podero ser requeridos pelo servio competente da Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeo do trabalho ou por entidade sindical. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

3 Da deciso do Delegado Regional do Trabalho podero os interessados recorrer, no prazo de 10 (dez) dias, para o rgo de mbito nacional competente em matria de segurana e medicina do trabalho, ao qual ser facultado dar efeito suspensivo ao recurso. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

4 Responder por desobedincia, alm das medidas penais cabveis, quem, aps determinada a interdio ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilizao de mquina ou equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em consequncia, resultarem danos a terceiros. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

5 O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e aps laudo tcnico do servio competente, poder levantar a interdio. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

6 Durante a paralisao dos servios, em decorrncia da interdio ou embargo, os empregados recebero os salrios como se estivessem em efetivo exerccio. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Seo III

Dos rgos de Segurana e de Medicina do Trabalho nas Empresas

(Denominao da seo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 162. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho, estaro obrigadas a manter servios especializados em segurana e em medicina do trabalho. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Pargrafo nico. As normas a que se refere este artigo estabelecero: (Pargrafo nico com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

a) classificao das empresas segundo o nmero de empregados e a natureza do risco de suas atividades; (Alnea acrescida pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

b) o nmero mnimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alnea anterior; (Alnea acrescida pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

c) a qualificao exigida para os profissionais em questo e o seu regime de trabalho; (Alnea acrescida pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

d) as demais caractersticas e atribuies dos servios especializados em segurana e em medicina do trabalho, nas empresas. (Alnea acrescida pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 163. Ser obrigatria a constituio de Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA), de conformidade com instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Pargrafo nico. O Ministrio do Trabalho regulamentar as atribuies, a composio e o funcionamento das CIPAs. (Pargrafo nico acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 164. Cada CIPA ser composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com os critrios que vierem a ser adotados na regulamentao de que trata o pargrafo nico do artigo anterior. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, sero por eles designados. (Pargrafo nico transformado em 1 pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados. (Pargrafo acrescido pelo Decreto-Lei n 229, de 28/2/1967, com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

3 O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de 1 (um) ano, permitida uma reeleio. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

4 O disposto no pargrafo anterior no se aplicar ao membro suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do nmero de reunies da CIPA. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

5 O empregador designar, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegero, dentre eles, o Vice-Presidente. (Pargrafo acrescido pela Lei n 6.514, de 22/12/1977)

Art. 165. Os titulares da representao dos empregados nas CIPAs no podero sofrer despedida arbitrria, entendendo-se como tal a que no se fundar em motivo disciplinar, tcnico, econmico ou financeiro. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 6.514, de 22/12/1977) (Vide art. 10, II, a, do ADCT)

Pargrafo nico. Ocorrendo a despedida, caber ao empregador, em caso de reclamao Justia do Trabalho, comprovar a existncia de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregad