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Moisés Avelino Deputado Federal Roteiro para constituir uma associação sem ns lucrativo Centro de Documentação e Informação Coordenação de Publicações Brasília - 2008  Cartilha com instrução para criação de associações sem ns lucrativos, noções básicas de como estruturar, elaborar o estatuto e registrar a entidade em cartório. Câmara dos Deputados

constituição de uma oscip

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Moisés AvelinoDeputado Federal

Roteiro para constituiruma associação

sem fns lucrativo

Centro de Documentação e Inormação

Coordenação de Publicações

Brasília - 2008

Cartilha com instrução para criação de

associações sem fns lucrativos, noções básicas de

como estruturar, elaborar o estatuto e registrar a

entidade em cartório.

Câmara dosDeputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

53ª Legislatura - 2ª Sessão Legislativa

Série

Separatas de Discursos, Pareceres e ProjetosNº 07/2008

Revisão: Gabinete do Deputado Moisés Avelino

Diagramação e capa: Racsow

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Apresentação ................................................................................051 – Associação civil sem fns lucrativos .........................................07

1.1. Conceito .........................................................................071.2. Como constituir ...............................................................071.3. O Estatuto Social e as características da associação ..........08

1.4. Realização e Ata da Assembléia Geral de Constituição .....091.5. Registro em Cartório........................................................091.6. Demais Registros .............................................................101.7. Associados ......................................................................11

2 – OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ..132.1. Porque constituir uma OSCIP .........................................13

Modelo de Edital de Convocação ..................................................15

Modelo de Pedido de Admissão na Associação .............................16Modelo de Estatuto de Associação ................................................17A nova Lei das OSCIPS ..................................................................27Reerências ...................................................................................39

Sumário

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Moisés Avelino  |  

Apresentação

Existe uma vontade imensa da população tocantinense em partici-par do desenvolvimento do seu município, e isto tem eito com que aspessoas se organizem através de Associações.

Para acilitar a participação popular através de movimentos orga-nizados, estou editando esta cartilha que é um roteiro para constituiruma Associação sem fns lucrativos.

Aqui encontra-se noções básicas de como estruturar, elaborar o es-

tatuto, registrar a entidade em cartório e declarar de utilidade pública,municipal, estadual e ederal.

A responsabilidade de promover o desenvolvimento do municípioé também da sociedade organizada e o presente roteiro é um instru-mento de auxílio para que a sociedade se organize.

Espero que esse instrumento seja de grande utilidade para suacomunidade.

Moisés AvelinoDeputado Federal

PMDB/TO

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Moisés Avelino  |  

1. Associação civil sem ins lucrativos

1.1. ConceitoO conceito de associação está expresso na Lei n.º 10.406, de 10 de

 janeiro de 2002 no artigo 53.

“Constituem-se as associações pela união de pessoas que se

organizem para fns não econômicos”

1.2. Como constituirUma associação civil sem fns lucrativos é constituída por meio de

uma assembléia geral de constituição. Uma assembléia nada mais é doque uma reunião de pessoas para um determinado fm. Nesse caso,a fnalidade da assembléia é constituir uma associação civil sem fnslucrativos.

Os participantes da Assembléia de constituição serão os membrosundadores da associação, e caberá a eles o seguinte:

a) aprovação das características da organização (denominação,missão, objetivos, endereço da sede, duração, administração eoutros);

b) aprovação do Estatuto Social (documento que registra essas carac-terísticas e regula o seu uncionamento); e

c) eleição dos primeiros dirigentes, sejam provisórios ou defnitivos.

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1.3. O Estatuto Social e as características da associaçãoO Estatuto Social é o documento que registra as características e o

conjunto de regras de uma associação civil sem fns lucrativos.

O Estatuto Social deve dispor obrigatoriamente sobre o seguinte:

a) nome ou denominação social;

b) endereço da sede;

c) fnalidade (missão) e objetivos sociais;

d) duração (pode ser por prazo indeterminado);e) tipos de associados, condições para admissão e

retirada e os correspondentes direitos e deveres;

) a estrutura de administração: que órgãos admi-nistrarão a organização e que poderes terá cadaum deles? (assembléia geral de sócios, diretoria,conselho fscal, outros conselhos etc.);

g) o modo de representação da organização, sejaativa ou passiva, judicial ou extrajudicial (isto é,quem pode assinar pela organização, e em quecondições?);

h) ormas de sustentação ou tipos de receita (contri-buições de associados, doações, fnanciamentos,

constituição de undo social etc.);

i) se os associados respondem ou não pelas obriga-ções sociais;

j) condições de modifcação dos estatutos, inclusiveno tocante à administração; e

k) as hipóteses de dissolução da associação e conse-qüente destino do patrimônio.

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Moisés Avelino  |  

1.4. Realização e Ata da Assembléia Geral de ConstituiçãoDepois de discutir o propósito, as características e a orma de

administração da associação, os undadores estão prontos para reali-

zar a Assembléia Geral de Constituição. Normalmente, a Assembléia éconvocada previamente, com pauta, data, horário e local defnidos.

As associações segundo a legislação vigente, Lei no10.406 de 10 de janeiro de 2002, Novo Código Civil, podem ter por fm:

- cultural;

- científco;

- de assistência;

- sociais de qualquer espécie;

- outros, desde que não econômicos.

A primeira etapa da Assembléia é a assinatura da lista de presençapor todos os participantes, os presentes elegem o Presidente da As-sembléia para conduzir a reunião, e o Presidente, por sua vez, escolheo Secretário da Assembléia, que elabora a ata.

Aprovado o Estatuto Social com as características da organização,a Assembléia passa à eleição (em caráter provisório ou defnitivo) dosprimeiros dirigentes. Cada um dos dirigentes eleitos deverá tomarposse de seu cargo mediante assinatura do respectivo termo de pos-

se, no qual constará sua qualifcação completa e que poderá ser parteintegrante da ata.Por fm, encerram-se os trabalhos da Assembléia Geral de Constitui-

ção com a lavratura e assinatura da ata pelo Presidente e pelo Secretárioda Assembléia, pelos dirigentes eleitos e por todos os presentes. Alémdisso, é obrigatório o visto de um advogado na ata e no estatuto, sem oqual a organização não poderá ser submetida a registro em cartório.

1.5. Registro em cartórioA associação é pessoa jurídica de direito privado e deve ser registra-da no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas por se tratar de

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uma sociedade civil que detém fnalidade não econômica.Segundo a Lei de Registros Públicos, é preciso apresentar (no

mínimo):

a) 2 (duas) vias do estatuto social vistadas pelo advo-gado;

b) 2(duas) vias da ata da assembléia geral de cons-tituição vistadas pelo advogado, com eleição dosdirigentes e termos de posse; e

c) o requerimento de registro assinado pelo repre-sentante legal da organização.

Com o registro concluído, a organização já é pessoa jurídica legal-mente existente.

1.6. Demais registrosA partir da constituição ormal (registro em cartório), a organização

deve eetuar os demais registros necessários ao seu uncionamento. Paraa regularização de tais registros suplementares (fscal, trabalhista e local),

é importante procurar um contador, que também será responsável pelacontabilidade da associação e demais obrigações contábeis (como entre-ga de documentos e prestação de inormações tributárias e trabalhistas).

O espaço ísico a ser utilizado como sede da associação tambémprecisa ser regularizado perante a Preeitura.

Além dos registros obrigatórios, há também os registros acultati-vos, vinculados a certos títulos e qualifcações concedidos pelo poderpúblico como por exemplo:

(i) o registro no CNAS – Conselho Nacional de Assis-tência Social; obter inormações no site: www.mds.gov.br; – clicar em Conselho Nacional de AssistênciaSocial.

(ii) a obtenção das declarações de Utilidade Pública

(em âmbito ederal, estadual e municipal); Para ob-tenção dessas declarações:

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Federal: acessar o site www.mj.gov.br.

Estadual: documentos necessários:

1- Ata de undação, eleição e posse da diretoria;2- Comprovante de inscrição do CNPJ;3- Cópia do Estatuto Social da Entidade;4- Declarações de autoridades locais (vereadores, médicos, preeito,

delegado), atestando o uncionamento, bem como a idoneidadedos membros da diretoria;

5- Certidões da justiça estadual e ederal de todos os membros dadiretoria

6- Certidões negativas de tributos ederais, estaduais e municipais detodos os membros da diretoria;7- Certidão do Cartório de Notas do registro do Estatuto da Asso-

ciação.8- Declaração que a Associação já é de utilidade pública municipal. Municipal: documentos necessários:

1- Cópia do CNPJ;2- Estatuto da Entidade onde conste que os cargos da diretoria não

são remunerados.3- Declaração de Autoridade Pública (delegados, MPE, etc.) de que

a entidade está em uncionamento e serve desinteressadamentea comunidade.

(iii) a qualifcação como OSCIP – Organização da

Sociedade Civil de Interesse Público; obter inor-mações no site: www.mj.gov.br, no link cidadania– clicar em OSCIP.

1.7. AssociadosOs associados são as pessoas naturais que irão compor a associa-

ção, detentores de direitos e obrigações.

A exclusão de associados somente se dá por meio de assembléiageral constituída especialmente para esse fm, obedecidas as normas

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estatutárias, por justa causa undada em motivo grave, ciente o asso-ciado da ordem do dia da assembléia.

Nenhum associado poderá ser impedido de exercer unção ou ati-vidade que lhe tenha sido legitimamente atribuída pela lei ou norma

estatutária.

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2. OSCIP – organização da SociedadeCivil de interesse público

Como os fns de uma entidade civil deste segmento é cultural, social,educacional, técnico ou científco, é natural que o governo participe e dêapoio para as mesmas.

Através de adequações estatutárias e prazos de uncionamento quesão estabelecidos pela legislação específca no âmbito ederal, estadual emunicipal, a entidade poderá requerer apoio fnanceiro governamental.

As associações já constituídas que se adequarem a estas normas pode-

rão receber verbas do Poder Público para sua manutenção.

2.1. Porque Constituir uma OSCIPAs OSCIP’s se distinguem das demais associações pela abrangência

de seu campo de atuação, ou seja, “Organização das Sociedades Civisde Interesse Público”. O próprio conceito, a própria nomenclatura,determina que estas entidades tenham por fnalidade social a abran-gência do interesse público.

As ONG’s, que com a adoção da dessa lei, provavelmente passarãoa ser “chamadas” de OSCIP’s, são entidades privadas atuando em áre-as típicas do setor público, e o interesse social que despertam mereceser, eventualmente, fnanciado, pelo Estado ou pela iniciativa privada,para que suportem iniciativas sem retorno econômico.

Como qualifcação, a OSCIP é opcional, signifca dizer que as ONG’s jáconstituídas podem optar por obter a qualifcação e as novas, podem optarpor começar já se qualifcando como OSCIP.

Para obter essa qualiicação é necessário o cumprimento dealguns pré-requisitos que a legislação estabelece mas, principal-

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mente, se enquadrar em alguns dos objetivos sociais, inalida-des, já estabelecidos na lei, como:

• Promoção da assistência social.

• Promoção da cultura, deesa e conservação do patrimônio históri-co e artístico.• Promoção gratuita da educação, observando-se a orma comple-

mentar de participação das organizações.• Promoção gratuita da saúde, observando-se a orma complemen-

tar de participação das organizações.• Promoção da segurança alimentar e nutricional.• Deesa, preservação, conservação do meio ambiente e promoção

do desenvolvimento sustentável.• Promoção do voluntariado.• Experimentação sem fns lucrativos de novos modelos socioprodu-

tivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, empregoe crédito.

• Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direito eassessoria jurídica gratuita de interesse suplementar.

• Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da

democracia e de outros valores universais.• Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas,produção e divulgação de inormações e conhecimentos técnicos ecientífcos que digam respeito às atividades mencionadas acima.

Para maiores inormações acessar o site do Ministério da Justiça– www.mj.gov.br – no link cidadania – clicar em OSCIP

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Modelo de Edital de Convocação

Convocamos todos os interessados (se or empresarial citar oramo) para a realização da Assembléia Geral de Fundação de um As-sociação......................, que será realizada no dia ....../...../........ no.................(citar o local) com início previsto para às ..........horas, emprimeira convocação, com a presença mínima de 10 (dez) cidadãos eem segunda convocação às ............horas com qualquer número deinteressados presentes, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia.

I - Discussão sobre a Fundação da Associação; II - Discussão e aprovação do Estatuto Social;

III - Eleição da Diretoria e Conselho Fiscal;

Local e data.

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Modelo de pedido de admissão na Associação

Ao Senhor________________________ Presidente da Associação____________________________

Solicito a V.Sa. o ingresso na Associação...... , sendo do meu inteiroconhecimento o estatuto desta entidade, reconhecendo meus direi-

tos e obrigações, comprometo-me a participar ativamente do desen-volvimento da Associação, dentro do espírito associativista.

Dados Pessoais do Proponente:

Nome_____________________________Endereço Residencial_________________R.G nº____________SSP/___CPF ______________

Assinatura do Proponente

( ) DEFERIDO ( ) INDEFERIDO

Assinatura do Presidente

Local e data.

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Modelo de Estatuto de Associação

ESTATUTO SOCIAL DE CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃOCAPÍTULO I

Da denominação sede e oro

  Art. 1o A (nome da associação) denominada também pela sigla(SIGLA), é pessoa jurídica de direito privado, cuja duraçãoé por tempo indeterminado, com sede e oro na (Ende-reço completo: rua/avenida, CEP, bairro, cidade, Estado).

CAPÍTULO IIDos Fins

  Art. 2o A associação, de fns não econômicos, tem por objeto:(citar o objeto da associação, discriminando-o com a de-

vida clareza, não omitindo parte do objeto proposto etampouco declarando objeto que não será exercido. Seporventura a associação ampliar seu campo de atuação,o estatuto deverá ser alterado)

CAPÍTULO III

Da administração

Seção IDos Associados

  Art. 3o  A associação é constituída por número ilimitado de asso-ciados que serão admitidos sob o pálio da diretoria.

§ 1o Os associados são dispostos dentre as seguintes categorias:

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I – undadores, frmados na ata de undação;

II – beneméritos, aqueles que receberão título cone-rido por deliberação da assembléia geral, de or-ma espontânea ou por mérito decorrente de rele-vantes serviços prestados a associação, sendo queneste caso, deve ser encaminhada a proposta deinserção desses a assembléia geral, por meio dadiretoria.

III – honorários, aqueles que se fzerem juz a homenagemem virtude de notáveis serviços prestados a associa-

ção, de orma que o rito que constitui a homenagemdar-se-á da orma prevista no inciso anterior.

IV – contribuintes, os que pagarem a mensalidade estabe-lecida pela diretoria.

Seção II

Dos Direitos e Deveres dos Associados  Art. 4o  São direitos do associado:

I – votar e ser votado para os cargos eletivos;

II – presença na assembléia geral de orma a participar eter ciência do inteiro teor da mesma.

Parágrao único – Os associados intitulados beneméritos ouhonorários não terão direito a voto e nem poderão ser votados.

  Art. 5o São deveres do associado:

I – cumprir as disposições estatutárias e regimentais;

II – acatar as determinações da Diretoria.

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Seção IIIDa Assembléia Geral e Diretoria

  Art. 6o  A administração estará a cargo da assembléia geral; dadiretoria e do conselho fscal.

  Art. 7o A assembléia geral, órgão soberano da instituição, cons-tituir-se-á dos associados no uso de suas prerrogativasestatutárias.

  Art. 8o  Compete exclusivamente à assembléia geral:

I – eleger a Diretoria;II – eleger o Conselho Fiscal;

III – apreciar recursos contra decisões da diretoria;

IV – decidir acerca de alterações estatutárias;

V – apreciar proposta oriunda da diretoria, de intitulação

dos associados, concedendo ou não a qualidade debenemérito ou honorário;

VI – as decisões pertinentes a alienação, transigência, hi-poteca ou permutação de bens patrimoniais;

VII – aprovar as contas;

VIII – apreciar, alterar, vetar ou sancionar o Regimento Interno

apresentado pela diretoria nos termos da art.12, inciso Ideste estatuto.

  Art. 9o  A assembléia geral realizar-se-á ordinariamente uma únicavez durante o ano, em data estabelecida no regimentointerno.

Parágrao único – A realização anual e ordinária da assem-bléia geral tem como fnalidade primeira, a discussão e homo-

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logação das contas e o balanço aprovado pelo conselho fscal juntamente com a apreciação do relatório anual da diretoria.

  Art. 10o  A assembléia geral realizar-se-á extraordinariamente quan-

do convocada:I – pela diretoria;

II – pelo conselho fscal;

III – por no mínimo 1/5 dos associados no uso de suasprerrogativas estatutárias;

  Art. 11o  A convocação da assembléia geral será mediante edital af-xado na sede da instituição, por circulares ou outro meiode eetiva comunicação, e por meio de edital publicadopor 3 vezes consecutivas em um dos jornais de grandecirculação, com antecedência mínima de 30 dias.

Parágrao único – A assembléia geral instalar-se-á em pri-

meira convocação com 2/3 (dois terços) dos associados e emsegunda convocação com qualquer número, sendo obrigató-ria a presença mínima dos administradores eleitos e empossa-dos no cumprimento de suas prerrogativas.

Art. 12o Compete a Diretoria:

I – elaborar e apresentar o regimento interno para apre-

ciação da assembléia geral no primeiro ano de seumandato;

II – elaborar e apresentar a assembléia geral o relatórioanual;

III – cumprir e azer cumprir o estatuto social e o regimen-to interno;

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Moisés Avelino  | 21 

IV – buscar meios de mútua colaboração com instituiçõespublicas ou privadas, em atividades de interesse co-mum;

V – contratar e demitir uncionários;

VI – convocar a assembléia geral;

VII – fxar anualmente o valor da contribuição mensal dosassociados, após parecer do conselho fscal, com asdevidas atualizações monetárias, ouvida a assembléiageral ordinária ou extraordinária.

  Art. 13o

A diretoria será constituída por um presidente, um vice– presidente, um primeiro secretário e um segundo secre-tário, um tesoureiro e um segundo tesoureiro que reunir-se-ão no mínimo 1 (uma) vez por mês.

  Art. 14o  Compete ao Presidente da diretoria:

I – a representação da associação ativa e passivamente,

 judicial e extrajudicialmente;II – convocar e presidir a assembléia geral;

III – convocar e presidir as reuniões da diretoria;

IV – frmar, juntamente com o primeiro tesoureiro, os títu-los de crédito de titularidade obrigacional da associa-ção e proceder da mesma orma para autorização de

pagamentos em espécie.

  Art. 15o Compete ao Vice – presidente:

I – substituir o presidente em suas atribuições, em momentooportuno;

II – assumir o mandato em decorrência de vacância;

III – auxiliar de modo eetivo o presidente, em suas ati-vidades.

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Art. 16o Compete ao primeiro secretário:

I – secretariar as reuniões da assembléia geral e da dire-toria e redigir as atas;

II – a publicação de todas as notícias reerentes às ativida-des da Associação.

  Art. 17o Compete ao Segundo Secretário:

I – substituir o primeiro secretário em suas atribuições,em momento oportuno;

II – assumir o mandato em decorrência de vacância;III – auxiliar de modo eetivo o primeiro secretário, em

suas atividades.

  Art. 18o Compete ao Primeiro Tesoureiro:

I – arrecadar as contribuições dos associados, rendas,auxílios e donativos e prestar contas de suas ações;

II – quitar as obrigações fnanceiras sob prévia autoriza-ção do presidente da diretoria, assinando-ode orma conjunta com este, os cheques e outros do-cumentos da gestão fnanceira da associação;

III – apresentar mensalmente ou sempre que solicitado, osrelatórios de receitas e despesas;

IV – apresentar o relatório fnanceiro para ser apreciadona assembléia geral ordinária;

V – apresentar mensalmente o balancete fnanceiro ao con-selho fscal;

VI – a guarda dos documentos relativos a administraçãofnanceira, de competência da tesouraria;

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VII – manter os recursos fnanceiros da associação deposi-tados em instituição fnanceira e bancária;

VIII – frmar juntamente com o presidente, os títulos decrédito de titularidade da associação e proceder damesma orma para autorização de pagamentos emespécie.

  Art. 19o  Compete ao Segundo Tesoureiro:

I – substituir o primeiro tesoureiro em suas atribuiçõesem momento oportuno;

II – assumir o mandato em decorrência de vacância;III – auxiliar de modo eetivo o primeiro tesoureiro em

suas atividades.

Seção IVDo Conselho Fiscal

  Art. 20o O conselho fscal constituir-se-á por 3 membros eetivose 3 suplentes, sendo associados em pleno gozo de suasprerrogativas estatutárias e eleitos pela assembléia geral.

  Art. 21o  Compete ao Conselho Fiscal:

I – ter acesso livre e irrestrito aos livros de escrituração da

associação;II – analisar os balancetes, balanços e relatórios fnancei-

ros apresentados pela tesouraria e dar pareceres;

III – maniestar sobre a situação fnanceira da associação;

IV – opinar por meio de pareceres, na aquisição e alienaçãode bens e relatórios de desempenho fnanceiro e contá-

bil, assim como operações patrimoniais realizadas com

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a fnalidade de subsidiar as atividades dos organismosda entidade.

Parágrao único – O conselho fscal reunir-se-á ordinaria-mente a cada mês, e extraordinariamente atendendo solici-tação da assembléia geral, da diretoria ou de pelo menos 1/5dos associados.

Seção VDa Admissão e Demissão de Funcionários

  Art. 22o  As atividades dos diretores e conselheiros bem como asdos associados, não serão remuneradas, sendo-lhes ve-dado auerir qualquer orma de receita ou provento quecaracterize atividade econômica.

  Art. 23o  A admissão de uncionários será de acordo com as nor-mas da consolidação das leis trabalhistas e com o regi-mento interno.

Parágrao único - Toda admissão deverá ser apreciada peladiretoria

Art. 24o  A demissão de uncionários deverá seguir normas daConsolidação das Leis Trabalhistas e regimento interno.

Parágrao Único: Os cargos remunerados terão como ree-

rência o valor médio salarial praticado no mercado na respec-tiva área de atuação.

Seção VIDo Mandato dos Cargos Eletivos

  Art. 25o

A duração do mandato dos cargos eletivos dos dirigen-tes da associação é de 3 anos. Atribui-se a assembléiageral prerrogativas de cassação destes cargos e suas

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substituições, de acordo com as normas previstas noparágrao único do Art. 11o.

Seção VIIDa admissão e demissão e exclusão de associados

  Art. 26o  A admissão dos associados dar-se-á por meio da anuên-cia e assinatura do livro de admissão de associados.

  Art. 27o A demissão dos associados dar-se-á por meio de ato admi-nistrativo da Diretoria, ouvida a assembléia geral.

Parágrao único – O desligamento espontâneo de associadodar-se-á por meio de comunicação à diretoria.

  Art. 28o  O associado que descumprir os dispostos estatutários as-sim como regimentais, será sob apreciação da diretoriaexcluído da associação, sendo assegurado recurso a as-sembléia geral.

CAPÍTULO IVDa Dissolução

  Art. 29o A dissolução dar-se-á por:

I – deliberação de 2/3 da assembléia geral;

II – por incapacidade superveniente da própria asso-ciação;

III – nos casos previstos em lei.

Art. 30o O patrimônio terá como destino, entidade de mesmos

fns e na alta de pessoa jurídica dotada de tais caracte-rísticas o mesmo será destinado ao Estado.

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CÁPÍTULO VDas Disposições Finais

  Art. 31o  O presente estatuto poderá ser reormado em assembléia

geral ordinária convocada para esse fm com quorum mí-nimo de 2/3 entrando em vigor na data de seu registro.

  Art. 32o  As normas relativas às punições em virtude de inraçãoàs regras estatutárias e regimentais serão dispostas noregimento interno.

  Art. 33o 

Em decorrência de lacuna ou omissão nas normas caberáa diretoria, decidir e encaminhar para assembléia geralpara respectivo reerendo, sempre de acordo com as nor-mas legais.

  Art. 34o  Os associados da entidade não respondem, nem mesmosubsidiariamente, pelas obrigações e encargos sociais dainstituição.

O presente estatuto oi aprovado em assembléia geral origináriarealizada na data de (citar a data: dia, hora e local), sendo constituídode pleno acordo com a Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002 no quetange a constituição de pessoa jurídica de direito privado na modali-dade de associação, observados critérios descritos no art. 54, incisos I,II, III, IV, V e VI da lei supra reerida.

Atesto que o presente estatuto oi lido e aprovado na reunião de

undação da associação (nome da associação), tendo os associadosassinado o livro de admissão de associados, na qual ui presidente damesa diretora, razão porque rubrico todas as suas olhas e frmo aofnal, após o artigo 39.

__________________________________________

Nome do Presidente da Assembléia Geral Originária

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LEI No 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999.

Dispõe sobre a qualifcação de pessoas jurídicas de direito privado,sem fns lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interes-

se Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras provi-dências.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio-

nal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDa qualifcação como organização da Sociedade Civil

de interesse público

  Art. 1o Podem qualifcar-se como Organizações da SociedadeCivil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direitoprivado, sem fns lucrativos, desde que os respectivos ob- jetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisi-tos instituídos por esta Lei.

§ 1o Para os eeitos desta Lei, considera-se sem fns lucrativos apessoa jurídica de direito privado que não distribui, entreos seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, em-pregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais,brutos ou líquidos, dividendos, bonifcações, participaçõesou parcelas do seu patrimônio, aueridos mediante o exer-cício de suas atividades, e que os aplica integralmente na

consecução do respectivo objeto social.§ 2o A outorga da qualifcação prevista neste artigo é ato

vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos poresta Lei.

  Art. 2o  Não são passíveis de qualifcação como Organizações da So-ciedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de

qualquer orma às atividades descritas no art. 3o

desta Lei:I – as sociedades comerciais;

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II – os sindicatos, as associações de classe ou de represen-tação de categoria profssional;

III – as instituições religiosas ou voltadas para a dissemina-ção de credos, cultos, práticas e visões devocionais econessionais;

IV – as organizações partidárias e assemelhadas, inclusivesuas undações;

V – as entidades de beneício mútuo destinadas a pro-porcionar bens ou serviços a um círculo restrito deassociados ou sócios;

VI – as entidades e empresas que comercializam planos desaúde e assemelhados;

VII – as instituições hospitalares privadas não gratuitas esuas mantenedoras;

VIII – as escolas privadas dedicadas ao ensino ormal não

gratuito e suas mantenedoras;IX – as organizações sociais;

X – as cooperativas;

XI – as undações públicas;

XII – as undações, sociedades civis ou associações de di-

reito privado criadas por órgão público ou por unda-ções públicas;

XIII – as organizações creditícias que tenham quaisquer tipode vinculação com o sistema fnanceiro nacional a quese reere o art. 192 da Constituição Federal.

Art. 3o A qualifcação instituída por esta Lei, observado emqualquer caso, o princípio da universalização dos ser-viços, no respectivo âmbito de atuação das Organiza-ções, somente será conerida às pessoas jurídicas de di-

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reito privado, sem fns lucrativos, cujos objetivos sociaistenham pelo menos uma das seguintes fnalidades:

I – promoção da assistência social;

II – promoção da cultura, deesa e conservação do patri-mônio histórico e artístico;

III – promoção gratuita da educação, observando-se a or-ma complementar de participação das organizaçõesde que trata esta Lei;

IV – promoção gratuita da saúde, observando-se a orma

complementar de participação das organizações deque trata esta Lei;

V – promoção da segurança alimentar e nutricional;

VI – deesa, preservação e conservação do meio ambientee promoção do desenvolvimento sustentável;

VII – promoção do voluntariado;

VIII – promoção do desenvolvimento econômico e social ecombate à pobreza;

IX – experimentação, não lucrativa, de novos modelos só-cio-produtivos e de sistemas alternativos de produ-ção, comércio, emprego e crédito;

X – promoção de direitos estabelecidos, construção denovos direitos e assessoria jurídica gratuita de interes-se suplementar;

XI – promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitoshumanos, da democracia e de outros valores univer-sais;

XII – estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alter-nativas, produção e divulgação de inormações e conheci-

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mentos técnicos e científcos que digam respeito às ativida-des mencionadas neste artigo.

Parágrao único. Para os fns deste artigo, a dedicação àsatividades nele previstas confgura-se mediante a execuçãodireta de projetos, programas, planos de ações correlatas, pormeio da doação de recursos ísicos, humanos e fnanceiros,ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoioa outras organizações sem fns lucrativos e a órgãos do setorpúblico que atuem em áreas afns.

  Art. 4o  Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qua-

lifcarem-se como Organizações da Sociedade Civil deInteresse Público, que as pessoas jurídicas interessadassejam regidas por estatutos cujas normas expressamentedisponham sobre:

I – a observância dos princípios da legalidade, impessoa-lidade, moralidade, publicidade, economicidade e daefciência;

II – a adoção de práticas de gestão administrativa, neces-sárias e sufcientes a coibir a obtenção, de orma in-dividual ou coletiva, de beneícios ou vantagens pes-soais, em decorrência da participação no respectivoprocesso decisório;

III – a constituição de conselho fscal ou órgão equivalente,

dotado de competência para opinar sobre os relató-rios de desempenho fnanceiro e contábil, e sobre asoperações patrimoniais realizadas, emitindo parecerespara os organismos superiores da entidade;

IV – a previsão de que, em caso de dissolução da entida-de, o respectivo patrimônio líquido será transerido aoutra pessoa jurídica qualifcada nos termos desta Lei,preerencialmente que tenha o mesmo objeto socialda extinta;

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V – a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídicaperder a qualifcação instituída por esta Lei, o respec-tivo acervo patrimonial disponível, adquirido com re-cursos públicos durante o período em que perdurou

aquela qualifcação, será transerido a outra pessoa jurídica qualifcada nos termos desta Lei, preerencial-mente que tenha o mesmo objeto social;

VI – a possibilidade de se instituir remuneração para osdirigentes da entidade que atuem eetivamente nagestão executiva e para aqueles que a ela prestamserviços específcos, respeitados, em ambos os casos,

os valores praticados pelo mercado, na região corres-pondente a sua área de atuação;

VII – as normas de prestação de contas a serem observadaspela entidade, que determinarão, no mínimo:

a) a observância dos princípios undamentais de

contabilidade e das Normas Brasileiras de Conta-bilidade;

b) que se dê publicidade por qualquer meio efcaz,no encerramento do exercício fscal, ao relatóriode atividades e das demonstrações fnanceiras daentidade, incluindo-se as certidões negativas dedébitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à

disposição para exame de qualquer cidadão;

c) a realização de auditoria, inclusive por auditoresexternos independentes se or o caso, da aplica-ção dos eventuais recursos objeto do termo deparceria conorme previsto em regulamento;

d) a prestação de contas de todos os recursos e bens

de origem pública recebidos pelas Organizaçõesda Sociedade Civil de Interesse Público será eita

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32  | Roteiro para constituir uma associação sem fns lucrativos

conorme determina o parágrao único do art. 70da Constituição Federal.

Parágrao único. É permitida a participação de servidorespúblicos na composição de conselho de Organização da So-ciedade Civil de Interesse Público, vedada a percepção de re-muneração ou subsídio, a qualquer título.(Incluído pela Leinº 10.539, de 2002)

Art. 5o Cumpridos os requisitos dos arts. 3o e 4o desta Lei, apessoa jurídica de direito privado sem fns lucrativos, in-teressada em obter a qualifcação instituída por esta Lei,

deverá ormular requerimento escrito ao Ministério daJustiça, instruído com cópias autenticadas dos seguintesdocumentos:

I – estatuto registrado em cartório;

II – ata de eleição de sua atual diretoria;

III – balanço patrimonial e demonstração do resultado doexercício;

IV – declaração de isenção do imposto de renda;

V – inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.

  Art. 6o Recebido o requerimento previsto no artigo anterior, oMinistério da Justiça decidirá, no prazo de trinta dias,

deerindo ou não o pedido.§1o  No caso de deerimento, o Ministério da Justiça emitirá,

no prazo de quinze dias da decisão, certifcado de qua-lifcação da requerente como Organização da SociedadeCivil de Interesse Público.

§2o Indeerido o pedido, o Ministério da Justiça, no prazo do

§ 1o

, dará ciência da decisão, mediante publicação noDiário Ofcial.

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§3o O pedido de qualifcação somente será indeerido quando:

I – a requerente enquadrar-se nas hipóteses previstas noart. 2o desta Lei;

II – a requerente não atender aos requisitos descritos nosarts. 3o e 4o desta Lei;

III – a documentação apresentada estiver incompleta.

  Art. 7o Perde-se a qualifcação de Organização da Sociedade Ci-vil de Interesse Público, a pedido ou mediante decisão

proerida em processo administrativo ou judicial, de ini-ciativa popular ou do Ministério Público, no qual serãoassegurados, ampla deesa e o devido contraditório.

Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por unda-das evidências de erro ou raude, qualquer cidadão, res-peitadas as prerrogativas do Ministério Público, é partelegítima para requerer, judicial ou administrativamente, a

perda da qualifcação instituída por esta Lei.

CAPÍTULO IIDo termo de parceria

  Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria, assim considerado o

instrumento passível de ser frmado entre o Poder Públicoe as entidades qualifcadas como Organizações da Socie-dade Civil de Interesse Público destinado à ormação devínculo de cooperação entre as partes, para o omento ea execução das atividades de interesse público previstasno art. 3o desta Lei.

  Art. 10o  O Termo de Parceria frmado de comum acordo entre o

Poder Público e as Organizações da Sociedade Civil de

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Interesse Público discriminará direitos, responsabilidadese obrigações das partes signatárias.

§ 1o A celebração do Termo de Parceria será precedida deconsulta aos Conselhos de Políticas Públicas das áreascorrespondentes de atuação existentes, nos respectivosníveis de governo.

§ 2o São cláusulas essenciais do Termo de Parceria:

I – a do objeto, que conterá a especifcação do programade trabalho proposto pela Organização da SociedadeCivil de Interesse Público;

II – a de estipulação das metas e dos resultados a serematingidos e os respectivos prazos de execução ou cro-nograma;

III – a de previsão expressa dos critérios objetivos de ava-liação de desempenho a serem utilizados, medianteindicadores de resultado;

IV – a de previsão de receitas e despesas a serem realizadasem seu cumprimento, estipulando item por item ascategorias contábeis usadas pela organização e o de-talhamento das remunerações e beneícios de pessoala serem pagos, com recursos oriundos ou vinculadosao Termo de Parceria, a seus diretores, empregados econsultores;

V – a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil deInteresse Público, entre as quais a de apresentar aoPoder Público, ao término de cada exercício, relató-rio sobre a execução do objeto do Termo de Parceria,contendo comparativo específco das metas propos-tas com os resultados alcançados, acompanhado de

prestação de contas dos gastos e receitas eetivamen-te realizados, independente das previsões menciona-das no inciso IV;

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VI – a de publicação, na imprensa ofcial do Município, doEstado ou da União, conorme o alcance das ativida-des celebradas entre o órgão parceiro e a Organiza-ção da Sociedade Civil de Interesse Público, de extrato

do Termo de Parceria e de demonstrativo da sua exe-cução ísica e fnanceira, conorme modelo simplifca-do estabelecido no regulamento desta Lei, contendoos dados principais da documentação obrigatória doinciso V, sob pena de não liberação dos recursos pre-vistos no Termo de Parceria.

  Art. 11o A execução do objeto do Termo de Parceria será acompa-nhada e fscalizada por órgão do Poder Público da área deatuação correspondente à atividade omentada, e pelosConselhos de Políticas Públicas das áreas correspondentesde atuação existentes, em cada nível de governo.

§1o Os resultados atingidos com a execução do Termo de Par-ceria devem ser analisados por comissão de avaliação,composta de comum acordo entre o órgão parceiro e aOrganização da Sociedade Civil de Interesse Público.

§2o A comissão encaminhará à autoridade competente rela-tório conclusivo sobre a avaliação procedida.

§3o Os Termos de Parceria destinados ao omento de ativida-des nas áreas de que trata esta Lei estarão sujeitos aos

mecanismos de controle social previstos na legislação.

  Art. 12o Os responsáveis pela iscalização do Termo de Parceria,ao tomarem conhecimento de qualquer irregularida-de ou ilegalidade na utilização de recursos ou bensde origem pública pela organização parceira, darãoimediata ciência ao Tribunal de Contas respectivo eao Ministério Público, sob pena de responsabilidadesolidária.

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Art. 13o Sem prejuízo da medida a que se reere o art. 12 desta Lei,havendo indícios undados de malversação de bens ou re-cursos de origem pública, os responsáveis pela fscalizaçãorepresentarão ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da

União, para que requeiram ao juízo competente a decreta-ção da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestrodos bens dos seus dirigentes, bem como de agente públicoou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou cau-sado dano ao patrimônio público, além de outras medidasconsubstanciadas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, ena Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.

§1o O pedido de seqüestro será processado de acordo com o dis-posto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.

§2o Quando or o caso, o pedido incluirá a investigação, oexame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplica-ções mantidas pelo demandado no País e no exterior, nostermos da lei e dos tratados internacionais.

§3o Até o término da ação, o Poder Público permanecerácomo depositário e gestor dos bens e valores seqüestra-dos ou indisponíveis e velará pela continuidade das ativi-dades sociais da organização parceira.

  Art. 14o  A organização parceira ará publicar, no prazo máximode trinta dias, contado da assinatura do Termo de Par-ceria, regulamento próprio contendo os procedimentos

que adotará para a contratação de obras e serviços, bemcomo para compras com emprego de recursos prove-nientes do Poder Público, observados os princípios esta-belecidos no inciso I do art. 4o desta Lei.

  Art. 15o Caso a organização adquira bem imóvel com recursosprovenientes da celebração do Termo de Parceria, esteserá gravado com cláusula de inalienabilidade.

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CAPÍTULO IIIDas disposições fnais e transitórias

  Art. 16o  É vedada às entidades qualifcadas como Organizações

da Sociedade Civil de Interesse Público a participação emcampanhas de interesse político-partidário ou eleitorais,sob quaisquer meios ou ormas.

  Art. 17o O Ministério da Justiça permitirá, mediante requerimentodos interessados, livre acesso público a todas as inorma-ções pertinentes às Organizações da Sociedade Civil deInteresse Público.

  Art. 18o As pessoas jurídicas de direito privado sem fns lucrativos,qualifcadas com base em outros diplomas legais, pode-rão qualifcar-se como Organizações da Sociedade Civilde Interesse Público, desde que atendidos aos requisitospara tanto exigidos, sendo-lhes assegurada a manuten-ção simultânea dessas qualifcações, até cinco anos con-

tados da data de vigência desta Lei. (Redação dada pelaMedida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§1o Findo o prazo de cinco anos, a pessoa jurídica interes-sada em manter a qualifcação prevista nesta Lei deverápor ela optar, ato que implicará a renúncia automáticade suas qualifcações anteriores. (Redação dada pela Me-dida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

§2o Caso não seja eita a opção prevista no parágrao ante-rior, a pessoa jurídica perderá automaticamente a qualif-cação obtida nos termos desta Lei.

  Art. 19o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo detrinta dias.

  Art. 20o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Brasília, 23 de março de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSORenan Calheiros

Pedro Mallan

Ailton Barcelos FernandesPaulo Renato SouzaFrancisco Dornelles

Waldeck OrnélasJosé Serra

Paulo PaivaClovis de Barros Carvalho

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Moisés Avelino  | 3 

Reerências

BRASIL. Lei n.º 10.406, de 10 de evereiro de 2002. Disponível em:http://www.presidencia.gov.br

BRASIL. Lei n.º 9.790, de 23 de março de 1999. Disponível em:http://www.presidencia.gov.br

CICONELLO, Alexandre e LARRAUDÉ, Elisa. Por que e como constituiruma ONG. Publicado em 29/07/2002. Acesso em 15 jan. 2008. Dispo-nível em http://www.polis.org.br/artigo_interno.asp?codigo = 68

SEBRAE/MG. Como constituir uma associação. Acesso em 15 jan.2008. Disponível em http://www.sebraemg.com.br/Geral/visualiza-dorConteudo.aspx?cod_areaconteudo=646&cod_conteudo=2092&RedirectNavegacao=true&navegacao=PARA_SUA_EMPRESA/Como_Constituir_uma_Associação/Como+Constituir+uma+Associação