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CONTABILIDADE ECOLÓGICA: RECONHECIMENTO DAS EXTERNALIDADES PARA GESTÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Preparação: Prof. Dr. Nilson Dauzacker 1

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CONTABILIDADE ECOLÓGICA:CONTABILIDADE ECOLÓGICA:RECONHECIMENTO DAS EXTERNALIDADES PARA RECONHECIMENTO DAS EXTERNALIDADES PARA

GESTÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAISGESTÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Preparação: Prof. Dr. Nilson DauzackerPreparação: Prof. Dr. Nilson Dauzacker

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ENTIDADES ou ORGANIZAÇÕES

2

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

ECONOMIA

AMBIENTE EXTERNOANTES

AMBIENTE EXTERNODEPOIS

PATRIMÔNIO ECONÔMICO

ADMINISTRAÇÃO

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NECESSIDADES BÁSICAS

água (elemento vital)

habitação (bem estar)

alimentos (componente vital)

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4

CAPITAL NATURAL

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RECURSOS NATURAIS

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CAPITAL NATURAL

6

Tomando a Amazônia como exemplo, a situação é crítica, as queimadas provocam efeitos negativos em toda a América do Sul.

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7

A indústria tem conhecimento do custo de uma garrafa para água, cuja matéria-prima deriva dos recursos naturais, contudo, a indústria não procura conhecer o verdadeiro custo daquele produto, cujo processo para sua obtenção gera efeitos externos como a poluição do ar e a degradação ambiental. Thomas Prugh. Natural Capital and Human Economic Survival. New York: Lewis Publishers, 1999.

1999

A poluição no céu está vinculada ao lixo produzido no solo. Menos de um quarto das garrafas plásticas é reciclado, deixando 900 milhões de quilos por ano para os aterros.

Revista Revista ISTOÉ ISTOÉ nnoo 1973 de 22/08/2007, pg. 87. 1973 de 22/08/2007, pg. 87.

2007

CAPITAL NATURAL

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Geólogos avaliaram como o consumo médio de carne se reflete na emissão de gases de efeito estufa. Nos EUA, somente em 2003, o total de metano e óxido nítrico produzido pela pecuária emitiu o equivalente a 232 milhões de toneladas desses gases.Greenpeace. Greenpeace. Comendo a AmazôniaComendo a Amazônia. www.galileu.globo.com. www.galileu.globo.com

CAPITAL ECONÔMICO

Emitem oGÁS METANO

(CH4)

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As empresas infalivelmente afetam o meio ambiente (Pahlen Acuña, 2004)

EXTERNALIDADES EFEITOS EXTERNOS

IMPACTO AMBIENTAL

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10

Os efeitos externos são custos que deveriam estar no sistema econômico compondo a formação dos preços, que estão distorcidos pela mais simples e frustrante das razões: CONTABILIDADE OBSOLETA, o capital natural nunca foi colocado nos balanços das empresas ou países. (destaque nosso)PRUGH, Thomas et al. Natural capital and human economic survival. London: Lewis Publishers, 1999.

O ambiente social ganhou novo perfil, [...] são as perdas sociais representadas pelo impacto ambiental QUE SUPERAM AS VANTAGENS auferidas pela utilização direta dos recursos naturais. (destaque nosso)HOSOKAWA, Roberto Tuyoshi et al. Economia ambiental – uma introdução ao tema. Curitiba: FUPEF, 2000.

CONTABILIDADE AMBIENTAL

auferidas pela utilização direta

dos recursos naturais.

o capital natural nunca foi colocado nos balanços das empresas ou países.

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A IFAC (International Federation of Accountants) emitiu norma sobre o assunto, considerando os seguintes tópicos:a)a)Considerações sobre leis e regulamentações ambientais; Considerações sobre leis e regulamentações ambientais; b)b)Obtenção de informações suficientes sobre o negócio em relação aos problemas ambientais Obtenção de informações suficientes sobre o negócio em relação aos problemas ambientais relevantes; relevantes; c)c)Usar o trabalho de especialistas em meio ambiente.Usar o trabalho de especialistas em meio ambiente.

IBRACONNPA 11 - CONTABILIDADE AMBIENTALAtivos e passivos ambientais, retorno do investimento ambiental e forma de apresentação nas demonstrações financeiras.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADENBCT-15 BALANÇO SOCIALNorma que estabelece o conceito, os objetivos e os procedimentos para elaboração, conteúdo e estrutura do Balanço Social

CONTABILIDADE AMBIENTAL

EXTRITAMENTE NO CONTEXTO DO SISTEMA ECONÔMICO

NÃO CONTEMPLAM OS EFEITOS EXTERNOS (EXTERNALIDADES)

AUDITORIA AMBIENTALAUDITORIA AMBIENTALINTEGRADAINTEGRADA

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Fonte: Elaboração própria com base em Stiglitz (2003)Fonte: Elaboração própria com base em Stiglitz (2003)

POSITIVAS NEGATIVAS

Atividades do ecossistema como: regeneração das florestas, retorno da fauna e absorção dos gases de efeito estufa.

Tangíveis ou intangíveis

Elementos gerados por atividades humanas e mantidos pelo sistema econômico que propiciem benefícios à sociedade.

Tangíveis

Ex. Uma estrada, uma ponte, um parque etc.

Qualquer acidente natural no ecossistema que possa gerar problemas à sociedade.

Tangíveis ou intangíveis

Elementos conseqüentes das atividades do sistema econômico, dos quais os mais comuns são:a)Desmatamento e retirada de madeira;b)Redução/extinção por morte ou migração de elementos biológicos;c)Erosão no ambiente e/ou assoreamento das vias fluviais;d)Extinção das nascentes provocadas por desmatamento ou aterramento;e)Ocorrência ou espargimento de elementos poluentes por acidente.f)Emissão de gases de efeito estufa gerados por automotores, queimadas e outros.

Tangíveis ou intangíveis

AS EXTERNALIDADES NEGATIVASSÃO O REFLEXO DO IMPACTO AMBIENTAL

EXTERNALIDADES – SÃO BENS PÚBLICOSEXTERNALIDADES – SÃO BENS PÚBLICOS

IMPACTO AMBIENTAL

QUANTO À CONTABILIDADEAS EXTERNALIDADES NÃO ESTÃO NOS SEUS

REGISTROS

CONCEITO: quando positivas é impossível impedir que qualquer pessoa desfrute do seu uso; no mesmo sentido, quando negativas, é impossível impedir que qualquer pessoa sofra as conseqüências dos seus efeitos.

SÃO EXTERNAS QUANTO AO SISTEMA ECONÔMICO

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ENTIDADES ou ORGANIZAÇÕES

ECONOMIA

AMBIENTE EXTERNOANTES

AMBIENTE EXTERNODEPOIS

PATRIMÔNIO ECONÔMICO

ADMINISTRAÇÃO

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É um conjunto de sistemas que se interagem, formando o mundo que nos cerca.

Pode-se entendê-lo como um patrimônio diferente e composto por um conjunto de circunstâncias exteriores aos indivíduos, ou ainda, elementos que rodeiam as pessoas jurídicas ou naturais – animais, clima, ar, solo, coisas, água entre outros, agrega ainda as belezas naturais, formadas por rios, montanhas, florestas etc. Pode-se chamá-lo de patrimônio ambiental.

O patrimônio ambiental abrange todos os componentes do ecossistema, onde as pessoas jurídicas ou naturais são apenas usuários e vai além do patrimônio econômico, campo de atuação da contabilidade tradicional.

ECOSSISTEMAS

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Sob esta ótica e utilizando os mesmos recursos e conceitos, podemos estender os controles contábeis para além do patrimônio econômico (Sistema Econômico) e aplicá-los no controle do patrimônio ambiental (Ecossistemas).

O patrimônio ambiental pertence à humanidade, pertence a todos, assim, a contabilidade e a economia não podem ficar alheias às suas questões.

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Considerando os sistemas econômicos, a internalização dos custos ambientais é um passo importante para controlar o uso dos recursos e serviços naturais, tendo como conseqüência induzir os consumidores a pagar o custo real do adquirido, em vez de repassar indiscriminadamente esses custos à sociedade; o meio ambiente é considerado uma dimensão do desenvolvimento e como tal deve ser internalizado em todos os níveis de decisão. MATTOS, Katty Maria da Costa et al. Valoração econômica do meio ambiente: uma abordagem teórica e prática. São Carlos : Rima. 2004. (págs. 17-26)

É a mesma preocupação de Prugh (1999), ou seja, incorporar a deterioração do capital natural aos custos dos produtos e serviços.

CONTABILIDADE E ECONOMIA

Incorporar a deterioração do capital natural aos custos dos produtos e serviços significa registrar todas as informações que impactam o ecossistema e demonstrá-las.

O problema é como fazer isso; há dificuldades

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Problema ambientalIndicadores de desempenho

ambientalIndicadores de desempenho

financeiro

Esgotamento (diminuição) dos recursos energéticos não renováveis

Uso de energia fóssil/valor adicionado

Custos da energia/valor adicionado

Redução(diminuição) da água potável

Uso da água/valor adicionado Custo da água/valor adicionado

Aquecimento globalEmissões de gases que geram aquecimento global/valor adicionado

(*)

Empobrecimento da capa de ozônioEmissões de gases que geram diminuição da capa de ozônio/valor adicionado

(*)

Dispersão de resíduo sólido e líquido

Resíduos sólidos e líquidos/valor adicionado

Custo dos resíduos sólidos e líquidos/valor adicionado

(*) Ainda não é possível medir financeiramente o aquecimento global.

Indicadores de ecoeficiencia da UNCTAD(Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento).

Fonte: Ferreira (2003) Fonte: Ferreira (2003) 17

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NO REGISTRO CONTÁBIL

Desconhecimento, pelas empresas, da dinâmica ambiental e da finitude dos recursos naturais. A falta de consciência e a transformação do patrimônio ambiental em patrimônio particular da empresa;

1)

O desenvolvimento da contabilidade ocorreu no contexto de consolidação do capitalismo, destinando-se exclusivamente ao controle dos negócios e à proteção do patrimônio econômico. Assim, o ecossistema e demais elementos (efeitos externos) gerados pela sua utilização, e, sendo o primeiro, aparentemente “inexaurível” e sem proprietário privado, nunca foi alcançado pelas técnicas contábeis;

2)

Meio ambiente não é considerado riqueza e poluição não é considerada como perda. Os recursos naturais potencialmente utilizáveis, a qualidade de vida anterior à degradação, os custos e as perdas ambientais nunca foram objeto de cálculo;

3)

Não têm MATERIALIDADE ECONÔMICA, assim, não compõem os valores da economia ou da contabilidade.

4)

Dificuldades para valoração e inserção no campo econômico e contábil

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A teoria neoclássica define que os preços de bens e insumos resultam somente do equilíbrio entre a oferta e a procura, seja um produto final adquirido no mercado pelos consumidores, seja um insumo adquirido por agentes produtores.

Dificuldades para valoração e inserção no campo econômico e contábil

Quando se fala em ‘custo social’, se trata na verdade de um ‘custo fictício’ no sentido econômico e para o qual não existe expressão monetária mediante transações voluntárias estabelecidas entre agentes que atuam no espaço dos direitos de propriedade.

O impacto ambiental tinha que fazer parte da lógica que prevalece na psicologia do consumidor, o que aumenta mais as contradições quando se trata de fatos intangíveis como as externalidades.

NA PROJEÇÃO ECONÔMICA

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Valoração dos resultados do seqüestro de carbono pela quantidade de CO2 absorvido.

Aplicações da empresa consideradas de natureza social/ambiental, que possibilitem a geração de informações quanto à administração da mesma na gestão ecologicamente correta.

EFEITOS DA RESTAURAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

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EXTERNALIDADES POSITIVAS

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... a um crédito de igual valor... a um crédito de igual valor

Regra básica para construir os demonstrativos contábeis:

Cada débito corresponde ...Cada débito corresponde ...

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ATIVOS AMBIENTAIS: ATIVOS AMBIENTAIS: Representados por todos os bens e direitos da empresa utilizados na função de preservação ou conservação ambiental.

PASSIVOS AMBIENTAIS: PASSIVOS AMBIENTAIS: São as obrigações assumidas pela empresa em decorrência das transações ambientais da mesma.

CUSTOS AMBIENTAIS: CUSTOS AMBIENTAIS: São todos os gastos requeridos para a gestão responsável do impacto ambiental das atividades da empresa, bem como outros gastos focados nos objetivos ambientais da empresa.

Dentro da mesma estrutura considera o registro separadamente das transações relativas ao meio ambiente: custos, despesas, ativos e passivos ambientais

CONTABILIDADE

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PATRIMÔNIO ECONÔMICO E PATRIMÔNIO ECONÔMICO E PATRIMÔNIO SÓCIOAMBIENTALPATRIMÔNIO SÓCIOAMBIENTAL

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Eventos Patrimônio Econômico Patrimônio Sócioambiental

Composição social contábilCapital Social, Reservas e Lucros/Perdas Acumuladas

Capital Natural

Equação patrimonial PL = Ativo – Passivo Não se aplica

Proprietários Acionistas ou proprietários individuais A humanidade

Objetivos Lucro Sustentabilidade da vida no planeta

Valor econômico Determinado ou indeterminado Desconhecido

Valor de uso (Moura, 2003) Mensurável Mensurável e não mensurável

Valor de opção (Moura, 2003) Não se aplica Mensurável e não mensurável

Valor de existência (Moura, 2003) Não se aplica Intangível mensurável e não mensurável

Valor de não-uso (Mattos, 2004) Não se aplica Mensurável e não mensurável

Efeitos gerados Internos e internalizados Externalidades positivas e negativas

Medição dos objetivos Demonstração de Resultados do Exercício Não mensurável

Controles contábeis Contabilidade Financeira e Gerencial Não se aplica

Circulação de valores Investimentos e aplicaçõesTransferências da riqueza gerada, tem como fonte a Demonstração do Valor Adicionado ou Balanço Social.

Identificação do destino da riqueza gerada

Demonstração do Valor Adicionado ou Balanço Social

Não existe

Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

Contabilidade Ecológica

ECOBALANÇO

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Como instrumento informativo, é um dos mais competentes criado pela contabilidade

Apresenta uma estreita vinculação entre a economia e a contabilidad, pode-se inclusive afirmar que: para o critério de cálculo da distribuição da riqueza, a DVA poderá ser superior ao econômico.

Do ponto de vista das Ciências Econômicas: o valor adicionado está estreitamente ligado à apuração do produto nacional bruto (PNB).

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Como instrumento informativo, é um dos mais competentes criado pelo ambiente social

Apresenta uma estreita vinculação entre a economia, a contabilidade e as atividades que visam o bem estar da sociedade como um todo.

Contudo, tanto a DVA como o BS têm suas limitações quanto ao que ocorre no ecossistema

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Y

XX2X1 X3 X4 Xn

40

20

- 20

0

BENEFÍCIO SOCIAL DISTRIBUÍDO 25

GRÁFICO DA DVA e BS - limitaçõesGRÁFICO DA DVA e BS - limitações

Não confirmam a afirmação de Hosokawa et al. (2000) de que “[...] as perdas sociais representadas pelo impacto ambiental se sobrepõem às vantagens recebidas pela utilização direta dos recursos naturais”.

Na contabilidade, no que concerne aos efeitos externos, sem a confrontação dos custos sociais com os benefícios sociais, estes representados pela riqueza gerada, o gráfico da DVA/BS mostra uma situação INCOMPLETA;

A DVA e o BS, informativos econômico e social resultantes da extração dos números que compõem o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), se limita ma informar somente os benefícios sociais distribuídos;

Como as externalidades não têm materialidade contábil, estão fora deste contexto, ou seja, para a contabilidade simplesmente não existem e o custo social conseqüente dos efeitos da degradação ambiental não é registrado;

Mostra um gráfico que contem somente a curva dos benefícios advindos da riqueza distribuída, com números SEMPRE MAIORES QUE ZERO;

Sob a ótica do Patrimônio Sócioambiental afetado pelas externalidades, a DVA e o Balanço Social têm suas limitações.

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INSTRUMENTOS CONTÁBEIS PARA INSTRUMENTOS CONTÁBEIS PARA EVIDENCIAR O VALOR DOS EFEITOS EVIDENCIAR O VALOR DOS EFEITOS

EXTERNOSEXTERNOS

São de natureza neutra, logo não interferem na variação patrimonial, quando usadas servem para registrar os atos administrativos antes de seus efeitos.

AS CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Há um recurso muito SIMPLES

Registrando as externalidades no contexto das informações contábeis e usando a DVA ou o BS, podemos EVIDENCIAR A RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL .

Prescritas nas Normas Brasileiras de Contabilidade = NBC-T 2.5.

Usando a DVA ou o BS como base do ECOBALANÇO podemos levar a contabilidade além dos seus limites tradicionais.

Sua utilização é reconhecida por autores de renome: “para isto existem contas especiais e que se denominam Compensações”.Sá, Antonio Lopes de. Fundamentos da contabilidade geral. Belo Horizonte: UNA, 2000.

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ENTIDADES ou ORGANIZAÇÕES

ADMINISTRAÇÃO

ECONOMIA

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CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

AMBIENTE EXTERNOANTES

AMBIENTE EXTERNODEPOIS

PATRIMÔNIO ECONÔMICO

AMBIENTE EXTERNO DEPOISAMBIENTE EXTERNO ANTES

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PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADECONTABILIDADE

28Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

CONTAB. FINANCEIRA CONTAB. ECOLÓGICA

ENTIDADE RESPONSABILIDADE

Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade que não se confunde com o patrimônio dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Na condição de usuários do Capital Natural, reconhece o Patrimônio Ambiental como objeto da Contabilidade que pode mesclar-se com o patrimônio dos seus gestores, sócios ou proprietários.

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PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADECONTABILIDADE

29Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

CONTAB. FINANCEIRA CONTAB. ECOLÓGICA

CONTINUIDADE SUSTENTABILIDADE

A CONTINUIDADE ou não da ENTIDA-DE deve ser considerada quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais. É indis-pensável para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

A SUSTENTABILIDADE do Patrimônio Ambiental depende da RESPONSABILIDADE Sócioam-biental e deve ser considerada quan-do da avaliação das mutações ocor-ridas no Sistema Ecoambiental, in-dispensável para a sobrevivência das gerações futuras sem compro-meter a eficiência econômica.

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PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADECONTABILIDADE

30Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

CONTAB. FINANCEIRA CONTAB. ECOLÓGICA

OPORTUNIDADE OPORTUNIDADE

O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à inte-gridade do registro do patrimônio e das suas mutações.•Desde que tecnicamente estimável, o regis-tro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoá-vel certeza de sua ocorrência;•O registro compreende os elementos quanti-tativos e qualitativos, contemplando os aspec-tos físicos e monetários;•O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimô-nio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se à tempestividade e à integridade do registro das externalidades puras ou impuras do patri-mônio sócio-ambiental.•Desde que tecnicamente estimável, o regis-tro das variações ecoambientais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoá-vel certeza de sua ocorrência;•O registro compreende os elementos quanti-tativos e qualitativos, contemplando os aspec-tos físicos ocorridos no meio ambiente;•O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no âmbito das atividades da ENTIDADE, em um perío-do de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.

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PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADECONTABILIDADE

31Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

CONTAB. FINANCEIRA CONTAB. ECOLÓGICA

COMPETÊNCIA COMPETÊNCIA

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem e determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido.

Os ganhos e as perdas ambien-tais devem ser incluídos na apu-ração do resultado ecoambiental no período em que ocorrerem e determinam as alterações no Sistema Ecoambiental que resul-tam em aumento ou diminuição no patrimônio sócioambiental.

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32Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

ELEMENTOS GERADORESDe Efeitos Externos Positivos Supressão de Ruídos Purificação de água servida Seqüestro de CarbonoDe Efeitos Externos Negativos Passivo Contingente Multas Ambientais Automotores móveis e estacionários Queimadas de Florestas Animálias Ruminantes Extinção/Migração da Fauna Seqüestro de Carbono não ocorrido

EXTERNALIDADES

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Fonte: Elaboração própriaFonte: Elaboração própria

EMPRESA XXX

BALANÇO PATRIMONIAL

Em 31 de dezembro de

ATIVO 2002 2003 2004   PASSIVO 2002 2003 2004

CIRCULANTE 7.698,33 6.189,68 6.520,47   CIRCULANTE 2.173,03 5.139,58 5.033,36

Bens e Direitos Diversos 7.529,13 5.870,92 5.806,13   Obrigações Diversas 2.173,03 1.315,18 3.121,16

Direitos Ambientais 169,20 318,76 714,34   Obrigações Ambientais 0,00 3.824,40 1.912,20

                 

PERMANENTE 3.229,40 2.965,05 2.382,77   PATRIMONIO LÍQUIDO 8.754,70 4.015,15 3.869,88

Investimentos 6,09 3,78 3,45   Capital 3.670,00 3.670,00 3.700,00

Inst.Preserv.Ambiental (líquidos) 633,10 569,79 506,48   Lucros/(Prejuizos) Acumulados 5.084,70 345,15 169,88

Outros Imobilizados (líquidos) 2.590,21 2.391,48 1.872,84          

                 

TOTAL DO ATIVO 10.927,73 9.154,73 8.903,24   TOTAL DO PASSIVO 10.927,73 9.154,73 8.903,24

                 

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

EFEITOS SOCIO AMBIENTAIS         RESULTADOS SOCIO AMBIENTAIS    

Efeitos Sócio Ambientais 25.521,71 -5.987,85 20.698,03   Valor Adicionado Distribuido 20.312,43 11.025,81 11.259,58

          Efeitos externos líquidos 5.209,27 -17.013,66 9.438,45

          Patrimonio Sócio Ambiental 25.521,71 -5.987,85 20.698,03

Dentro da mesma estrutura considera o registro separadamente das transações relativas ao meio ambiente: custos, despesas, ativos e passivos ambientais, inclusive as externalidades.

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Fonte: Elaboração própriaFonte: Elaboração própria

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS  Em 31 de dezembro de 2002 2003 2004  Receita Operacional Líquida 17.866,24 16.659,31 9.392,44  Custo do Produto Vendido -15.585,18 -13.970,23 -8.126,41  Lucro Bruto 2.281,06 2.689,08 1.266,03  Despesas Administrativas -2.145,64 -2.798,65 -1.804,87  Despesas e Receitas Financeiras -357,24 -861,20 -158,36  Outras desp/rec/Operacionais 3,41 0,00 816,61  Resultado Operacional -218,42 -970,77 119,41  Rec./Desp.não Operacionais 266,15 851,93 59,48  Multas Ambientais 0,00 -3.824,40 0,00  Resultado Antes do Imp.Renda 47,73 -3.943,24 178,90  Provisão p/Imposto de Renda -14,73 0,00 -354,17  Resultado do Exercício 33,00 -3.943,24 -175,27           

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35Fonte: Elaboração própria

Fonte: Elaboração própria

  DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

  Em 31 de dezembro de 2002 2003 2004

  Receita Bruta de Vendas 19.301,09 17.678,91 10.243,04

  Receitas Financeiras 418,58 142,23 122,91

  Outras Receitas Operacionais 3,41 0,00 816,61

  Receitas Não Operacionais 589,35 853,47 77,03

  Soma das Receitas 20.312,43 18.674,61 11.259,58

         

  Insumos Adquiridos de Terceiros 9.044,92 8.427,41 3.804,55

  Serviços de Terceiros 4.342,00 4.287,75 2.593,77

  Depreciação, Amortização e Exaustão 304,93 272,39 255,85

  Pessoal e Encargos (excluso INSS) 3.173,29 2.848,39 2.786,45

  Financiadores 775,83 1.003,44 281,27

  Impostos Federais (inclusive INSS) 1.461,68 1.301,96 920,37

  Impostos Estaduais 856,46 650,85 773,84

  Impostos Municipais 1,28 1,27 1,22

  Multas Ambientais 0,00 -3.824,40 0,00

  Lucros Distribuídos 319,04 0,00 17,54

  Resultado do exercicio 33,00 -3.943,24 -175,27

  Valor Adicionado Distribuído 20.312,43 11.025,81 11.259,58

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36Fonte: Elaboração própriaFonte: Elaboração própria

DEMONSTRAÇÃO DO ECOBALANÇO    Períodos 2002 2003 2004Valor Adicionado Distribuído (DVA ou BS) 20.312,43 11.025,81 11.259,58 Externalidades Positivas       Supressão de Ruídos 338,67 338,67 338,67 Purificação de água servida 294,43 294,43 294,43 Sequestro de Carbono 13.216,39 13.058,22 13.058,22 Soma das externalidades positivas 13.849,49 13.691,32 13.691,32 Externalidades Negativas       Passivo Contingente 0,00 0,00 0,00 Multas Ambientais 0,00 -3.824,40 0,00 Emissão CO2 - Automotores -7,62 -8,43 -8,36 Emissão CO2 - Queimadas -7.672,43 -23.017,30 0,00 Emissão CH4 - Bovinos -249,04 -1.743,25 -4.233,62 Extinção/Migração da Fauna -700,23 -2.100,70 0,00 Sequestro de Carbono não ocorrido -10,89 -10,89 -10,89 Soma das externalidades negativas -8.640,22 -30.704,98 -4.252,87 Responsabilidade Sócioambiental 25.521,71 -5.987,85 20.698,03

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Y

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GRÁFICO DO ECOBALANÇOGRÁFICO DO ECOBALANÇO

Assim, com o reconhecimento dos efeitos externos gerados pelo impacto ambiental, a CONTABILIDADE confirma a afirmação de Hosokawa et al. (2000), segundo a qual ‘[...] as perdas sociais representadas pelo impacto ambiental se sobrepõem às vantagens recebidas pela utilização direta dos recursos naturais’.

- 40

Períodos 2002 2003 2004Valor Adicionado Distribuído (DVA ou BS) 20.312,43 11.025,81 11.259,58 Soma das externalidades positivas 13.849,49 13.691,32 13.691,32 Soma das externalidades negativas -8.640,22 -30.704,98 -4.252,87 Responsabilidade Sócioambiental 25.521,71 -5.987,85 20.698,03

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PATRIMÔNIO ECONÔMICOPATRIMÔNIO ECONÔMICO

CONCLUSÃO

1) A Contabilidade possa transpor seus limites tradicionais e até seus paradigmas;

O reconhecimento do impacto ambiental através do registro contábil das externalidades, inclusive sujeitos à Auditoria Integrada, elimina os vazios existentes nos demonstrativos financeiros no que concerne às necessidades de seus usuários para controlar a degradação ambiental e permite que:

2) O gestor empresarial possa administrar o impacto ambiental no entorno das atividades da entidade com a mesma eficiência com que administra seu capital de giro;

3) Os usuários dos relatórios financeiros (sociedade) possam avaliar a RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL da entidade;

4) Ao Estado, compor os números para apurar o PIB ECOLÓGICO ou PIB VERDE.

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CONCLUSÃO

1) A Contabilidade possa transpor seus limites tradicionais e até seus paradigmas;

O reconhecimento do impacto ambiental através do registro contábil das externalidades, inclusive sujeitos à Auditoria Integrada, elimina os vazios existentes nos demonstrativos financeiros no que concerne às necessidades de seus usuários para controlar a degradação ambiental e permite que:

2) O gestor empresarial possa administrar o impacto ambiental no entorno das atividades da entidade com a mesma eficiência com que administra seu capital de giro;

3) Os usuários dos relatórios financeiros (sociedade) possam avaliar a RESPONSABILIDADE SÓCIOAMBIENTAL da entidade;

4) Ao Estado, compor os números para apurar o PIB ECOLÓGICO ou PIB VERDE.

A Contabilidade não vai resolver os problemas ambientais, mas face a sua capacidade de fornecer informações, pode alertar os vários atores sociais para a gravidade do problema vivenciado, ajudando desta forma na procura de soluções.

Clementina Ferreira

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O AUTOR

AGRADECIMENTOS PELA ATENÇÃO

NOSSOS SINCEROS