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CRISTIANE AZEVEDO SANTANA JULIA TRINDADE FONSECA CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA LONDRINA 2012

CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA · proposta para sala de aula, ouvir histórias é muito importante para a formação de qualquer criança, é o início da aprendizagem

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CRISTIANE AZEVEDO SANTANA JULIA TRINDADE FONSECA

CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA

LONDRINA 2012

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CRISTIANE AZEVEDO SANTANA JULIA TRINDADE FONSECA

CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA

Monografia do curso de educação infantil e séries iniciais, do centro Universitário Filadélfia – UNIFIL, como requisito parcial à obtenção do título em pós-graduação de educação infantil e séries iniciais.

Orientadora:Prof. MS. Denise Martins Américo de Souza.

LONDRINA 2012

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CRISTIANE AZEVEDO SANTANA JULIA TRINDADE FONSECA

CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA

Monografia do curso de educação infantil e séries iniciais, do centro Universitário Filadélfia – UNIFIL, como requisito parcial à obtenção do título em pós-graduação de educação infantil e séries iniciais.

Aprovada em _______/__________/________

___________________________________ Orientadora: Prof. MS. Denise Martins Américo de Souza

Centro Universitário Filadélfia

____________________________________ Membro da Banca

Centro Universitário Filadélfia

____________________________________ Membro da Banca

Centro Universitário Filadélfia

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O Senhor é meu pastor. E nada me faltará Toda honra e toda glória

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por ter proporcionado

autoconfiança e sustentação para a conclusão deste curso.

Agradecemos a nossos professores do curso de pós-graduação, de

educação infantil e séries iniciais, por compartilhar conhecimentos maravilhosos

fundamentais para nosso crescimento profissional.

À nossa orientadora Denise Américo, que esteve sempre disposta a

nos atender, pela paciência e pelo tempo dedicado à orientação.

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AZEVEDO, Cristiane; FONSECA, Julia Trindade. Contar e Encantar: Uma proposta para sala de aula. 2012. 33 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-graduação) – Unifil. Centro Universitário Filadélfia, Londrina, 2012.

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo refletir e analisar sobre a importância de contar e encantar como uma proposta para sala de aula, para incentivar a criança gostar de ler. Abordam questões importantes para o dia- a- dia da criança, formas de trabalhar a leitura com a criança para desenvolver o gosto pela leitura. A importância das obras clássicas, como o professor trabalhar em sala de aula e, outras. Através das histórias podemos formar crianças com autonomia, leitoras, desenvolver a escrita e a lidar com seus próprios conflitos. As histórias tem o poder de encantamentos leva as crianças a viajarem para o mundo da imaginação, por isso, a importância de contar histórias. Traz também a importância da hora do conto, é uma forma de se trabalhar a leitura com a criança todos os dias, sendo uma prática para a sala de aula. Para fundamentar estas questões, utilizaram-se Louvison, Bamberger, Busatto, Abramovich e outros. As histórias é a melhor maneira para incentivar uma criança a gostar de ler.

Palavras-chave: Histórias, Leitura, Contar.

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AZEVEDO, Cristiane; FONSECA, Julia Trindade. Contar e Encantar: Uma proposta para sala de aula. 2012. 33 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-graduação) – Unifil. Centro Universitário Filadélfia, Londrina, 2012.

ABSTRACT

The present work aims to reflect and analyze the importance of telling and charm as a proposal to the classroom to encourage children to enjoy reading. Address issues important to the day-to-day life, ways of working with children reading to develop a taste for reading. The importance of the classics, like the teacher to work in the classroom, and others. Through stories we can form children with autonomy, readers develop writing and deal with their own conflicts. The stories have the power of incantations leads children to travel to the world of the imagination, so the importance of storytelling. It also brings the importance of storytelling is a way of working with the child to read every day, one practice to the classroom. In support of these issues, we used Louvison, Bamberger, Busatto Abramovich and others. The story is the best way to encourage a child to enjoy reading.

Key-words: Stories, Reading, Count.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

2 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 9

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................... 9

3 A HISTÓRIA DA LITERATURA ......................................................................... 10

4 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA ........................................................................ 13

5 CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA .............. 18

5.1 O PODER DE ENCATAMENTO DAS OBRAS CLÁSSICAS ............................................. 19

5.2 HORA DO CONTO: UMA PROPOSTA DE INCENTIVO A LEITURA. ................................... 21

5.3 O CONTO DE LITERATURA ORAL ............................................................................ 23

5.4 AS DIFERENÇAS ENTRE CONTAR HISTÓRIAS E REPRESENTAR HISTÓRIAS ................... 24

5.5 CONTAR COM O CORAÇÃO .................................................................................... 25

5.6 O PROFESSOR COMO UM CONTADOR DE HISTÓRIAS .............................................. 26

5.7 CONTAR, CONTAR, CONTAR. ................................................................................. 28

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 30

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 32

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo analisar

contar e encantar, uma prática para a sala de aula. Iniciamos falando sobre a história

da literatura onde a criança começa a ser percebida de forma diferente dos adultos,

apresentando necessidades próprias da idade, bem como uma educação que esteja

relacionada com a mesma. Ainda existiam duas classes de crianças que ouviam

diferentes tipos de literatura, criança da nobreza, que recebiam a literatura por

empregados que liam os livros, geralmente os grandes clássicos. E as crianças das

classes populares, que apenas lia as histórias das cavalarias, aventuras, lendas e

contos folclóricos.

No segundo capítulo comentamos sobre a importância da leitura, o

prazer quando a pessoa descobre que através de um livro ela pode viajar dar vida

aquela história, ela passa ser parte do seu cotidiano. Através das histórias contadas

na educação infantil, estimula a criança a ler, a ter um bom diálogo, a escrita, a ser

um sujeito crítico desenvolve várias habilidades.

No terceiro capítulo comentamos sobre contar e encantar: uma

proposta para sala de aula, ouvir histórias é muito importante para a formação de

qualquer criança, é o início da aprendizagem para ser um leitor e, tornar-se um leitor

e começar a compreender e interpretar o mundo. Abordamos várias formas de como

trabalhar a leitura em sala de aula.

Para entender melhor a importância de contar e encantar uma

proposta para a sala de aula utilizamos alguns autores como Louvison, Bamberger,

Busatto, Abramovich e outros. Segundo Louvison (2010, p. 44), contamos histórias

para ensinar a ler. É extremamente importante que a criança ouça histórias lidas por

adultos para que possa compreender que há uma correspondência entre a palavra

falada e a palavra escrita.

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2 OBJETIVO GERAL

Analisar a importância do ato de ler no cotidiano escolar, refletindo

sobre a necessidade de despertar o gosto pela leitura, através das histórias.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Despertar o gosto pela leitura, através das histórias, como forma

de melhorar a capacidade leitora dos alunos.

- Incentivar o hábito da leitura na Educação básica enfocando a

importância de ouvir histórias.

- Oportunizar ao processo de leitura escrita de forma lúdica,

criativa e prazerosa, usando como base a literatura infantil.

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3 A HISTÓRIA DA LITERATURA

O presente capítulo, aborda a história da literatura infantil quando a

sociedade começa a perceber a criança, diferente do adulto, quebrando o paradigma

de adulto em miniatura. Mesmo diante desta realidade, é preciso considerar que o

caminho até chegar há uma literatura voltada para as crianças foi muito longo,

inicialmente, o objetivo maior estava voltado para a sociedade de consumo, visando

outros interesses. Quando se trata da escola usava-se inicialmente a literatura

visando somente o pedagógico, deixando de lado outras formas de linguagens e

potencialidades das crianças. Com o objetivo de fazer uso da literatura infantil para

incentivar o processo de leitura e escrita, pode-se dizer que a literatura infantil tem

potencialmente credenciais para conduzir a criança de forma muito eficaz, ao mundo

da leitura e escrita, em primeiro lugar, porque se prende geralmente em conteúdos

que são de interesse das crianças. Em segundo lugar porque a criança por meio da

imaginação e mediação pode se apropriar da escrita, e, principalmente ajudar na

resolução de conflitos internos, quando se trata da Educação Infantil.

A história da literatura infantil que começa a delinear-se no inicio do

século XVIII, em meio a Revolução Industrial, onde a criança começa a ser

percebida de forma diferente dos adultos, apresentando necessidades próprias da

idade, bem como uma educação que esteja relacionada com a mesma. Ainda

existiam duas classes de crianças que ouviam diferentes tipos de literatura, criança

da nobreza, que recebiam a literatura por empregados que liam os livros, geralmente

os grandes clássicos. E as crianças das classes populares que apenas lia as

histórias das cavalarias, aventuras, lendas e contos folclóricos.

Antes da constituição deste modelo familiar burguês, inexistia uma consideração especial para a infância. Essa faixa etária não era percebida como um tempo diferente, nem o mundo da criança como um espaço separado. Pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos eventos, porém nenhum laço amoroso especial os aproximava. A nova valorização da infância gerou maior união familiar, mas igualmente os meios de controle do desenvolvimento intelectual da criança e manipulação de suas emoções. Literatura infantil e escola, inventada a primeira e reformada a segunda; são convocadas para cumprir missão. (ZILBERMAN, 1985, p.15).

Pode-se dizer que o caminho até chegar a uma literatura adequada

às crianças foi longo, observaram-se duas tendências próximas daquelas que já

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informavam a leitura dos pequenos: dos clássicos, fizeram-se adaptações; do

folclore, houve a apropriação dos contos de fadas até então quase nunca voltados

especificamente para a criança.

É relevante considerar que, no inicio a literatura infantil, assume

condição de mercadoria, ocorre ainda o aperfeiçoamento da tipografia e a expansão

da produção de livros e gêneros literários. A escola e a literatura começam a se

entrelaçar, sendo a literatura a intermediária entre a criança e a sociedade de

consumo, e cabendo a escola o papel de alfabetizar para poder promover e

estimular a alfabetização, para que os alfabetizados viabilizem a circulação das

obras impressas.

Nesse sentido, o gênero dirigido à infância está no bojo dos

processos que vem marcando a sociedade contemporânea desde os primeiros

sinais da implantação desta, permitindo-lhe indicar a modernidade do meio onde

expande. Zilberman (1985, p.18), por outro lado, depende também da escolarização

da criança e isso a coloca numa posição subsidiária em relação à educação. Por

consequência, adota posturas às vezes nitidamente pedagógicas, a fim de se

necessário, tornar patente sua utilidade.

Ouve então a transformação de uma sociedade rural para urbana e

a escola começa a exercer um papel fundamental, passando valores ideológicos,

técnicas e conhecimentos necessários. E entre os séculos XIX e XX é que no Brasil

se abre espaço para um tipo de produção didática e literária dirigida em particular às

crianças. Apesar de uma vagarosa elaboração, a literatura infantil possui todas as

qualidades para a formação humana, essa não abrange apenas aquilo que está

escrito, mas sim um mundo de imaginação, fantasias, realidade, sonhos, leitura e

transformação. Segundo Meireles (1984, p. 19) a literatura precede o alfabeto. Os

iletrados possuem a sua leitura. Os povos primitivos, ou quais querem agrupamentos

humanos alheios ainda às disciplinas de ler e escrever, nem por isso deixam de

compor seus cânticos, suas lendas, suas histórias, e exemplificam sua experiência e

sua moral com provérbios.

Inicialmente, quando a criança começa a imitar atos de leitura, as

figuras do livro constituem o seu principal referencial. Os textos criados pelas

crianças nessas ocasiões contêm apenas algumas das informações presentes nas

histórias escutadas e pouco se assemelham a um ato de leitura. A linguagem

utilizada é basicamente coloquial e o texto se apresenta sem sequencia original da

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história, impregnando de sentenças cujo referencial é a figura. (REGO, 1995, p. 29).

Da mesma forma que a criança descobre a linguagem antes mesmo

de dominar seu uso, ocorre com o livro de literatura infantil, antes mesmo de saber

lê-lo a criança já consegue, por meio da leitura de mundo, da contextualização, do

que se trata a história.

Pode-se dizer que foi Monteiro Lobato quem realmente iniciou a

verdadeira literatura infantil brasileira. Ele explorou a imaginação e o folclore e

muitos personagens. Apesar disso, é preciso considerar que a literatura infantil no

Brasil, ainda apresenta grande preocupação pedagógica.

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4 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

Este capítulo aborda a importância da literatura, diante da história da

humanidade, é preciso considerar que o ser humano sempre procurou formas e

mecanismos de gravar seus conhecimentos, sejam, por meio de pinturas das

cavernas, tábuas, argila e mais tarde o papel. É preciso considerar que de lá para cá

se desenvolveram várias formas de linguagem, que vieram a possibilitar o contato

com outros povos e a aprendizagem de novos conhecimentos, os desenhos

passaram a comunicar, transmitir fatos, ideias, e, mais para frente passam a ser

utilizados como símbolo de identificação. Diante desta perspectiva, retrata-se a

importância da literatura, para incentivo da leitura e escrita.

A leitura traz prazer quando a pessoa descobre que através de um

livro ela pode viajar dar vida aquela história, ela passa ser parte do seu cotidiano. A

primeira leitura que a criança tem é de mundo e também através das histórias.

Mesmo que não faça da contação de história seu projeto de vida, precisa de influência de leitura e para isso precisa ler ler e ler, mesmo que sejam textos curtos e de pouca complexidade. Enfim, precisa ter, principalmente, disponibilidade interna para querer saber, aprender, conhecer, experimentar. Tudo isso porque o contador de histórias precisa se implicar, se encontrar, se integrar à narrativa, mesmo que esteja sendo um texto tal qual ele se apresente nas folhas de papel. (LOUVISON, 2010, p.131).

Através das histórias contadas na educação infantil, estimula-se a

criança a ler, a ter um bom diálogo, a escrita, a ser um sujeito crítico desenvolve

várias habilidades. Muitas vezes a criança tem contato com livro é na educação

infantil, por isso, a importância da leitura para despertar a curiosidade de conhecer o

mundo mágico e fantástico.

Se, para muitas crianças, a educação infantil é a primeira fonte de

contato com o livro, é necessário então estabelecer um compromisso com a

qualidade e o aproveitamento da leitura como fonte de prazer.7

Segundo Louvison (2010, p. 189), os acontecimentos eram

transmitidos de geração para geração através das narrativas espontâneas.

As histórias eram simplesmente ouvidas ou lidas, eram escutadas e

seguidas. Antigamente as histórias eram contadas pelos avôs, contavam histórias os

que vinham de longe, sempre desenvolvendo a leitura e o interesse pelas

descobertas.

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É importante o professor ser um leitor entusiasmado para transmitir

a paixão de ler, quanto mais cedo à criança for inserida para o mundo da leitura,

maior fluidez na oralidade, interpretação textual e compreensão das mensagens.

Através da leitura a criança consegue desenvolver melhor a sua

autonomia no futuro, por isso, a importância das histórias na educação infantil. Para

(RCN, 1998, p. 119), a linguagem oral está presente no cotidiano e na prática das

instituições de educação infantil à medida que todos dela participam crianças e

adultos, falam se comunicam entre si expressando, sentimentos e ideias.

Através da leitura a criança consegue comunicar melhor suas ideias,

pensamentos e desenvolve com mais facilidade o diálogo, é importante desde cedo

à criança estar em contato como os livros, jornais, rótulos de embalagens, placas

todos estes gráficos para ajudar na leitura da criança.

Segundo Bamberger (2002, p. 9), professores, pais e pedagogos

precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para

vida individual, social e cultural, se quiserem contribuir para melhorar a situação.

Nos tempos antigos somente a elite tinha acesso à leitura, ela era

usada como um meio de receber mensagens importantes, hoje as pessoas que tem

o hábito de ler, tem um maior desenvolvimento do intelecto, levando em

consideração as pessoas que não tem o hábito de ler. Para (BAMBERGER, 2002,

p.10), por toda está razão a leitura é uma forma exemplar de aprendizagem.

Ler histórias em voz alta é uma forma de estar estimulando a leitura.

Mostrar gravuras, é importante, às crianças devem estar em contato com os livros,

todo este processo ajuda a criança a desenvolver o vocabulário e, mais importante à

motivação pela leitura, é do gostoso que somos influenciados a ler. Entretanto, é

fundamental oferecer uma quantidade de material de leitura, ou seja, os livros para

que eles comecem a se interessar pela leitura, e só aumentando a sua capacidade.

Para (BAMBERGER, 2002, p.28), os bons livros infantis, por

conseguinte, são os fundamentos do ensino da leitura. O interesse pelo enredo e

pelo destino das personagens leva a criança a terminar o livro num curto prazo de

tempo.

Na educação infantil os contos de fadas são fundamentais para o

desenvolvimento da criança com a leitura, é o momento do mundo mágico que ajuda

a viajar. Nesta fase a fantasia é importantíssima para a vida da criança, as gravuras

também ajudam a criança entrar em contato com a linguagem depois mais tarde ela

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entra na linguagem das letras.

Segundo Bamberger (2002, p.64), uma das principais tarefas da pré-

escola é incentivar na criança a expectativa de aprender a ler, o que tornará mais

fácil o ensino da leitura no primeiro ano da escola.

O desenvolvimento de interesses pelo hábito pela leitura é processo

constante, muitos casos se iniciam na pré-escola, e depois continua na escola.

Deveria iniciar em casa, como já sabemos poucos tem o hábito de ler. Para

introduzir a leitura e tornar prazeroso é começando pela educação infantil, contando

histórias e principalmente utilizando os clássicos.

Uma das primeiras coisas que a crianças devem pegar e ver são os livros de gravuras. Antes mesmo que a criança seja realmente capaz de compreender o texto, os pais devem ler em voz alta e falar-lhe sobre o livro, contemplando com ela as gravuras e nomeando as coisas que nelas se vêem. Dessa maneira, a linguagem da criança se desenvolve juntamente com seu interesse pelos livros. (BAMBERGER, 2002, p.71).

Para desenvolver a leitura é muito importante o manuseio de livros,

a maioria das crianças não tem contato com os livros em casa, o primeiro contato

será na pré-escola. É através da leitura que facilitará o começo da alfabetização,

desenvolvendo o gosto pela leitura. Os livros não devem ser inimigos das crianças e

sim os companheiros. Bamberger (2002, p.71) “quem ama os livros deseja possuí-

los; quem os possui acaba por amá-los.”.

Uma das metodologias usadas na pré-escola é à hora da história,

que ajuda a criança desenvolver o gosto pela leitura e despertar o interesse do aluno

pelos livros. A leitura em voz alta e o relato de histórias ajudam para o

desenvolvimento da leitura, despertando o gosto de tal forma que possa viajar com a

história. Mostrar os livros também é uma forma de incentivo.

O desenvolvimento da leitura é um processo constante, que se inicia

na educação infantil e continua na escola e acompanha até a morte, o professor

deve proporcionar este prazer para o seu aluno, que são fontes importantíssimas

para o seu crescimento.

A educação infantil tem um papel primordial, que é estimular na

criança a reconhecer importância da leitura, para que este processo aconteça de

forma prazerosa é preciso contar muitas histórias e principalmente utilizando os

contos que ajuda o aluno a viajar neste mundo mágico, para que no futuro não tenha

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dificuldades com a leitura.

Para Bamberger (1977, p.11), todas autoridades do Estado, da

comunidade e da escola, todos professores, todos pais e pedagogos terão

seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para vida individual da

criança.

A repetição aumenta e assegura o esforço intelectual, por todas

estas razões, a leitura é uma forma de aprendizagem, assim desenvolve a

linguagem e a personalidade da criança. Toda a criança que é uma boa leitora é um

bom aprendiz, então, a necessidade de contar histórias na educação infantil.

A leitura na infância satisfaz as necessidades e interesses na fase

desenvolvimento da criança. Segundo Bambergert (1977, p.22), quando os

interesses mais tarde se modificam (diminui o amor da aventura), muitas crianças

param completamente de ler. A motivação para a leitura é demasiado fraca.

Os professores da educação infantil têm a responsabilidade de

despertar o interesse pela leitura, mas também oferecer as crianças materiais

adequados para o desenvolvimento da leitura.

É muito difícil à criança não se interessa por histórias, a leitura é o

caminho que levará a criança para o mundo da escrita. Nessas condições Rego

(1988, p.52) a literatura infantil tem, assim, potencialmente duas credenciais básicas

para ser o caminho que poderá conduzir a criança, forma muito eficaz, ao mundo da

escrita.

Na educação infantil a leitura costuma ser um momento íntimo entre

adulto e criança, a importância das figuras que chama atenção das crianças e elas

podem fazer perguntas e comentários. É muito importante para crianças desta faixa

etária, poder visualizar os livros e principalmente as gravuras que chama atenção

das crianças. À hora da história é importante ser contada todos os dias para

estimular as crianças para a leitura.

É muito importante que esse tipo de atividade se transforme em rotina na sala de aula. A leitura diária para as crianças não significa necessariamente um livro diferente para cada dia. As crianças dessa faixa etária costumam ter livros preferidos, cujas leituras pedem frequentemente que sejam repetidas. (REGO, 1988, p. 56).

As crianças que escutam histórias desenvolvem naturalmente o

interesse pela leitura e aprendem a reproduzir estas histórias oralmente. A

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professora será o elemento de facilitar e incentivar o interesse da criança pela

leitura.

Contamos histórias para ensinar a falar, a literatura infantil faz a

criança aprender a linguagem e internalizar a estrutura linguística. Segundo

Louvison (2010, p. 44), contamos histórias para ensinar a ler. É extremamente

importante que a criança ouça histórias lidas por adultos para que possa

compreender que há uma correspondência entre a palavra falada e a palavra

escrita.

Contamos histórias para ensinar a escrever, a literatura infantil

enriquece o vocabulário da criança e satisfaz sua necessidade de ficção e fantasia,

também contamos histórias para expressar nossas angústias e inquietações.

Para Louvison (2010, p.45), a repetição é uma das condições da

elaboração mental necessária para a construção e internalizarão de representações

psíquicas e sociais.

Depois de algum tempo de contação de histórias a criança começa a

imitar atos da leitura, a brincar com seu imaginário e assim desenvolvendo seu

vocabulário. Quanto mais cedo tiverem oportunidade para escutar histórias lidas em

voz alta e reproduzi-las, o momento da criação emerge como consequência natural

de sua exposição prolongada ao mundo da literatura.

A literatura infantil pode ser um instrumento pedagógico

extremamente importante durante o período da educação básica, para que no

período de alfabetização não tenha tanta dificuldades, ler faz bem para qualquer

idade.

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5 CONTAR E ENCANTAR: UMA PROPOSTA PARA SALA DE AULA

Este capítulo aborda algumas propostas pedagógicas que visam

formar um aluno leitor no futuro. Ouvir histórias é muito importante para a formação

de qualquer criança, é o início da aprendizagem para ser um leitor.

Muitas vezes o dia-a-dia rotineiro da escola faz com que os

Educadores se esqueçam do quanto ouvir e contar histórias é importante. É

importante ouvir a criança deixa-la participar deste momento. Diante da concepção

sociointeracionista a criança aprende através da interação com o meio, por isso

tratando-se de literatura e leitura, é possível dizer que esse processo acontece por

meio das interações entre os adultos e as crianças. Por isso o ato de contar e

recontar histórias é tão importante deve haver uma relação prazerosa: contar

recontar e ouvir.

Ainda se faz necessário proporcionar ambientes para desenvolver

uma contação esse deve proporcionar prazer para as crianças. Quando se trabalha

com crianças pequenas deve-se usar todos os sentidos, todas as informações

possíveis, para que a criança possa compreender o mundo que cerca e, que a

literatura faz parte deste mundo. Sendo assim tudo que puder ser cheirado, ouvido,

tocado, visto ou saboreado terá uma grande importância.

Neste caso os livros só serão interessantes se forem tocados ou

seguirem as características. A medida que vão crescendo tornando-se falantes

plenos da língua portuguesa, as crianças passam a se interessar mais pela escrita.

Nesse momento as histórias passam a ganhar destaque e com elas, os rituais de

leitura passam a ter um sentido especial. A figura do Educador, também se faz de

grande importância, como ele usa dos recursos, como faz as vozes dos

personagens, manuseia os recurso visuais. Sendo assim a participação da criança

nesses rituais de leitura permite que ela vá construindo o seu próprio modelo,

vivencie esta experiencia e a percepção de que cada um encontra o seu jeito o

modo que mais lhe agrada para contar e aprender.

Tornar-se um leitor e começar a compreender e interpretar o mundo.

Por isso precisamos ler histórias para as crianças, sempre, sempre. (ABRAMOVICH,

1995, p.17).

As histórias formam o gosto pela leitura quando as crianças gostam

de ouvir histórias, mas tarde pode ser atraída para a leitura. As histórias tem poder

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encantamentos, por isso, as histórias tem que ser trabalhadas, sobretudo na sala de

aula, a fim de permitir ao leitor viajar no mundo da imaginação.

A cada dia está mais difícil formar leitores, por isso, a escola é o

espaço ideal para ajudar a criança a criar o hábito pela leitura. As escolas precisam

ter hábito de contar histórias e a base fundamental e mediadora são os professores,

pois, são eles os contadores de histórias nas salas de aula.

As histórias não só contribuem para formação do leito, elas auxiliam

na construção de sentimentos. É importante contar histórias na sala de aula, porque,

é um espaço ensino aprendizagem, onde o conhecimento deve ser construído, nada

melhor iniciar pelas histórias. A leitura é uma forma de prazer, de enriquecimento

cultural, por isso, nada melhor que contação de histórias para formar leitores

apaixonados.

Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo [...] (ABRAMOVICH, 1995, p. 16).

Uma hora importante é a hora do conto, porque, ele pode estimular e

despertar o gosto pela leitura como, desenvolver a imaginação atenção, além de

tudo a história ajuda enriquecer o vocabulário da criança.

As histórias infantis tem um poder extraordinário como, através dos

livros que lê, conforme atuação dos personagens, a criança começa a investigar o

mundo ao seu redor, saciando sua incontida curiosidade, dando asas a sua

imaginação, tornando-a criativa. É importante enfatizar que as histórias infantis

ajudam as crianças em questões educativas, tais como a linguagem, adquirir um

vocabulário mais amplo, tendo a maior facilidade de compreensão e expressão.

É através da história que se podem descobrir outros lugares, outros

tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética.

5.1 O PODER DE ENCANTAMENTO DAS OBRAS CLÁSSICAS

Os contos de fadas vivem até hoje, porque os contos de fadas são

tão preferidos pelas crianças, será porque é um mundo de imaginação, fantasia com

(bruxas, fadas, duendes, animais falantes etc.).

Segundo Abramovich (1995, p.121), os contos de fadas são tão ricos

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que têm sido fonte de estudo para psicanálise, sociólogos, antropólogos, psicólogos,

cada qual dando sua interpretação e se aprofundando no seu eixo de interesse.

É importante que a criança ouça um conto de fada para construir

seus próprios pensamentos, lidar com seus medos angustia e também possa viajar

no mundo da imaginação.

Os contos de fadas falam de medos um exemplo: a história da

chapeuzinho vermelho, a mãe não quer que ela atravesse uma parte da floresta ou

ande por caminhos onde poderia encontrar o lobo. Os de fadas falam também de

amor, raiva, alegria etc. O poder de encantamentos pelas obras clássicas também

ajudam a criança entrar para o mundo da imaginação.

As obras clássicas elas contribuem para este desenvolvimento da

criança, tornando uma leitora e aberta para o mundo da imaginação, ouvir histórias

também ajuda nas emoções, como a tristeza, as alegrias, medo, bem estar, a

tranquilidade e muitas outras.

Ouvir histórias também pode estimular o desenhar, o musicar, o sair,

o ficar, o pensar, o teatral, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer

ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!

(ABRAMIVICH, 1995, p. 23).

Ao contar uma história é importante deixar a criança entrar no

mundo da imaginação e não explicar a história isto destrói o encantamento da

história, que depende em grau considerável, de a criança não saber absolutamente

por que está maravilha. Ao ler uma história a criança desenvolve todo potencial

crítico.

Por que não ampliar os horizontes, indo às livrarias ou bibliotecas e deixando cada aluno manusear, folhear, buscar, achar, separar, rever, reescolher, até se decidir por aquele volume, aquele autor, aquele gênero, que, naquele determinado dia, lhe desperta a curiosidade, à vontade, a inquietação. (ABRAMOVICH, 1995, p. 140).

Os contos de fadas são encantadores as crianças adoram ouvi-los,

muitas vezes, a criança escuta muitas vezes, internaliza e se encanta pelas histórias

repetidas.

Os contos de fadas tomaram conta da Europa a partir do século XII,

que reuniu contos da tradição oral e editou um livro intitulado contos da mãe gansa,

cuja autoria atribui ao seu filho, então com 10 anos. (BUSATTO, 2003, p. 23).

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Na Alemanha os irmãos Jacob e Wilhelm Grimn, conhecidos como

os irmãos Grimn, publicaram os contos colhidos da boca do povo, principalmente de

uma camponesa chamada Katherina Wieckmann. (BUSATTO, 2003, p. 23).

Os contos de fadas sempre têm o bom e o malvado que ajuda as

crianças entrar no mundo da imaginação e resolvendo seus próprios conflitos, a

leitura oral serve para também como elemento integrador de um trabalho em sala de

aula, onde as diferenças áreas de conhecimento podem ser abordadas e

pesquisadas.

A partir de um conto narrado é possível trabalhar os conteúdos de

linguagem oral e linguagem escrita, desde a síntese até a semântica, está à

importância dos clássicos na educação infantil e por toda a vida.

Que tal estimular os alunos a contar histórias, além de ser um

exercício de socialização, a criança estará desenvolvendo domínio de espaço,

expressar perante o grupo de pessoas. Segundo Busatto (2003, p.40) coloca que ao

mesmo tempo estará entrando em contato com seus afetos, pois ao dar forma e

expressão aos sentimentos contidos no texto ela aprenderá a lidar.

É importante o educador criar um espaço para a narrativa na sala de

aula, eduque a criança a ouvir, uma contação de histórias não devem ser

interrompidas tudo isto ajuda a criança entrar para o mundo da leitura.

Assim, conto histórias para formar leitores; para fazer da diversidade cultural um fato; valorizar as etnias; manter a história viva; para se sentir vivo; para encantar e sensibilizar o ouvinte; para estimular o imaginário; articular o sensível; tocar o coração; alimentar o espírito; resgatar significados para nossa existência e reativar o sagrado (BUSATTO, 2003, p. 45).

Contar histórias é uma prática tão antiga quanto os próprios contos,

durante muito tempo foram mantidos nas comunidades através da figura do contador

de histórias, um personagem que surgia das camadas mais humildes da sociedade,

não obstante dotados de memória ímpar, cada povo com seus contadores.

5.2 HORA DO CONTO: UMA PROPOSTA DE INCENTIVO A LEITURA

A hora do conto é muito importante para ajudar a criança se

transformar em uma grande leitora, este momento leva a criança viajar no mundo da

imaginação, gosto pela leitura, atenção e observação.

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Com essa prática não só ajuda no conhecimento da linguagem como

enriquece o contato com a literatura, mas também com experiências indiretas do

mundo.

A arte de contar histórias passou a ser uma estratégia educativa

ajudando a relação leitor e livro, proporcionando momentos agradáveis de prazer e

alegria no contato com o mundo mágico da literatura oral. A hora do conto é muito

importante para o faz- de - conta da criança a entrar no mundo da imaginação.

Antigamente os avós adoravam contar lendas até mesmo histórias

do seu passado, mas, com a modernização o costume foi se perdendo, nem todas

as famílias tem costumes de contar histórias, por isso, muitos pais se perguntam

será possível que as pessoas se interessem em ouvir histórias lidas ou contadas

ainda hoje.

Bem trabalhadas em todos os seus aspectos essas narrativas podem exercer o seu fascínio tanto na mente das crianças dos adultos, concorrendo assim com os meios de comunicação mais modernos e sofisticados (CHEOLA, 2006, p. 88).

É muito prazeroso sentar para ouvir uma história é através da

história que a criança amplia o seu conhecimento, ajudando resolver os seus

próprios conflitos internos. Para formar a criança em um leitor o essencial é começar

experimentar ouvir histórias em voz alta começando pela educação infantil, ouvir

histórias é muito importante para formação de qualquer criança.

O momento da hora do conto amplia a imaginação da criança a

organizar a sua fala, o exercício de contar histórias ajuda o dia-a-dia da criança até

mesmo resolver conflitos internos, contar histórias também é uma forma de ensinar

proporcionar momentos de encantamentos para as crianças, as histórias formam o

gosto pela leitura, quando a criança aprende ouvir histórias no futuro terá uma

facilidade para ser um leitor.

Na hora do conto podemos desenvolver várias metodologias de

trabalho.

E para que isso ocorra, é bom que quem esteja contando crie todo um clima de envolvimento, de encantamento [...] Que saiba dar as pausas, criar os intervalos, respeitar o tempo para o imaginário de cada criança, construir seu cenário, visualizar seus monstros criar seus dragões, adentrar pela casa, vestir a princesa, pensar na cara do padre, sentir o galope do cavalo, imaginar o tamanho do bandido e outras coisas assim. (ABRAMOVICH, 1995, p.21).

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É fundamental que o contador de histórias no momento da hora do

conto crie várias formas para contar histórias: levantar a voz, falar de mansinho,

sussurrar, valorizar o momento em que o conflito está acontecendo, começar e

terminar a história de um jeito especial. ¨E assim acabou a história. Entrou por uma

porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra¨. (ABRAMOVICH, 1995, p. 22).

5.3 O CONTO DE LITERATURA ORAL

O conto de literatura oral se perpetuou na história da humanidade

por meio da voz dos contadores de histórias até o dia em que antropólogos,

folcloristas, historiadores literatos, linguistas e outros entusiastas do imaginário

popular resolveram coletar dados para registrar que o início de tudo foi no oriente. A

partir do momento em que foi sendo narrada a literatura oral foi se transformando e

sofrendo alterações.

“Somente no último século é que esta literatura começou a ser

estudada com mais rigor e a partir daí, inúmeros contos de fadas, mitos, fábulas e

lendas de diferentes nacionalidades foram publicadas” (BUSATTO, 2003, p. 23).

O conto literatura oral é uma das mais genuínas expressões

culturais da humanidade, sem que com isso possa ser atribuída uma paternidade

segura. O conto de literatura oral é uma fantástica criação para a mente humana.

Que tal estimular as crianças contar histórias, cria espaço na sala de

aula para Busatto (2003, p. 40), uma contação de história não deve ser interrompida.

O conto é um excelente instrumento para o treinamento auditivo ao

ouvir um texto bem narrado sentimos o entusiasmo da criança ao ouvir aquela

história.

Nós como educadores devemos estar cientes da urgência em realizar esta tarefa, ou seja, mostrar opções para a criança trilhar o seu caminho. Acredito que, alem do saber dirigido às aptidões materiais, devemos também dar atenção ao saber dirigido ao espírito, e este conhecimento nos é oferecido pelos contos (BUSATTO, 2003, p.41).

É muito importante que os educadores contem histórias para as

crianças, oferecendo tudo de maravilhoso que existe no mundo das histórias.

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5.4 AS DIFERENÇAS ENTRE CONTAR HISTÓRIAS E REPRESENTAR

HISTÓRIAS

Os primeiros passos da narrativa como surgir com os primeiros

indícios de representação: o corpo do personagem, a voz. No teatro se busca a

gestos exato de cada personagem, sua voz, seu pensamento de maneira que

represente por inteiro para quem está assistindo.

Na narrativa será concebido pelo narrador o momento todo, será

concebido pelo ouvinte através dos elementos transmitidos pelo narrador, para

Busatto (2003, p. 74), muitas vezes não é mais que meia dúzia de palavras, as quais

fornecem elementos suficientes para que o personagem crie vida na imaginação do

ouvinte.

Numa narrativa é preciso que você conte a história de maneira que a

criança possa imaginar aquele lobo mal da história, a chapeuzinho vermelho etc. É

importante dar assas para imaginação da criança, no momento que estiver contando

a história você pode mudar a voz, fazer expressões com o rosto tudo isto é uma

forma de ajudar a narrar à história chamando atenção das crianças.

O gesto de atirar o sapo na parede e a visualização por parte do narrador da transformação do sapo em príncipe já é o suficiente para criar esta imagem visual; não é preciso se jogar no chão e pular e coaxar como sapo. Visualizar os raios de sol dançando entre os galhos de árvore, as flores coloridas que margeiam o caminho é tudo o que precisa para a criança formar cenário por onde passa chapeuzinho vermelho. Não é necessário andar como uma menininha, saltitando pela sala, para demonstrar o seu despreocupado e alegre passeio pela floresta antes de encontrar o lobo. (BUSATTO, 2003, p. 76).

É importante tomar muito cuidado na hora de narrar uma história

para não ficar falso, no momento de narrar à história uma simples mudança na voz,

um pequeno tom malvadeza já o suficiente para a criança usar sua imaginação.

Narrar em pé pode ser uma maneira mais flexível, pode utilizar

gestos, fazer uma roda com as crianças e o contador ficar de pé para que possa

olhar nos olhos de cada criança, poderá até brincar com os movimentos. O uso dos

objetos também é uma forma estimulante para a criança no momento de contar a

história.

Quando me refiro aos objetos é uma forma de brincar com o

imaginário da criança, um simples pano para representar determinada parte da

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história tudo ajuda a imaginação de uma criança. Também é importante iniciar a

história e terminar com uma musica.

Para Busatto (2003, p. 78), o importante é que o uso dos objetos não

esclareçam tudo, mas sim que a imaginação se encarregue de modificar as formas.

O necessário é que a criança não perca a narrativa de vista, para permitir o seu

imaginário.

5.5 CONTAR COM O CORAÇÃO

Conto histórias para formar grandes leitores no futuro, estimular a

imaginação da criança, para melhorar o vocabulário, para sentir vivo, para tocar no

coração, contar histórias é forma de ajudar a criança a resolver conflitos internos.

Segundo Busatto (2003, p. 46), educar é também desfrutar o prazer

de estar junto numa atividade gostosa. É importante que o educador conte com

coração para ajudar o momento da história se tornar o momento mais prazeroso do

dia. Quem não gosta de ouvir determinado assunto quando a pessoa conta toda

estimulada, é a mesma coisa a história a criança sabe quando educador se entrega

para aquele momento.

Para alcançar sucesso nos momentos da narração é de estrema

importância o educador narrar com o coração, ao contar uma história entregamos

nosso corpo e alma, doamos nosso afeto, a nossa experiência de vida é importante

que haja uma identificação entre o narrador e conto narrado. Busatto (2003, p. 47),

antes de sensibilizar o ouvinte o conto precisa sensibilizar o contador.

Cada narrador tem sua forma de narrar histórias, prioriza algumas

partes da história que mais chamam atenção, alguma imagem que toca o educador

uma atividade que acontece natural ajudando chamar atenção das crianças para

aquele momento.

Educar é contar com coração a educação pode ser realizado com

amor, com carinho, transmitir respeito e principalmente afeto utilizando as histórias e

tornar estas crianças em verdadeiros ser humanos para o futuro.

A arte de contar histórias, como toda arte, não se ensina numa

relação de hierarquia na qual transmite para o outro que absorve, para o educador

não basta conhecer técnicas é preciso se entregar no mundo da imaginação e

despertar e construir em si mesmo o narrador.

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Algumas pessoas de o dom de contar histórias aqueles que não têm,

basta se entregar a narração e o mais importante alimenta a história, enriquecer a

imaginação.

Para um contador se implica no ato de contar histórias é preciso vivenciar o texto e, para tanto, é preciso ler a história muitas e muitas vezes; fazer um trabalho de desconstrução gramatical para compreender as frases e as construções dramáticas; interiorizar as imagens visuais e fortalecer as imagens sonoras. Não basta ter facilidade para falar e ser extrovertido. É preciso um preparo, um estudo prévio de cada história. (LOUVISON, 2010, p.131).

Contar histórias é muito importante para uma criança, não basta o

educador saber contar história é preciso que leia a história antes, compreender as

frases, compreender o que a história quer transmitir e principalmente contar com o

coração.

Ao expor as crianças a um tipo de narrativa rica em tramas, conflitos,

impasses, estamos oferecendo uma riqueza de experiências, sentimentos e

emoções, com qual ora se identificam, ora se estranham. As histórias também ajuda

a criança resolver seus próprios conflitos.

5.6 O PROFESSOR COMO UM CONTADOR DE HISTÓRIAS

Para que toda esta teoria de certo é preciso que o professor sege

um contador de histórias apaixonado, para poder passar toda a paixão que existe

dentro dele. O professor deve se aprofundar no assunto, fazer cursos sobre o

assunto, e fazer o melhor como professor.

As leituras em sala de aula traz um certo encantamento, por isso, a

importância do professor contar histórias em sala para incentivar estas crianças a

serem grandes leitores no futuro.

Cabe ao professor o detonar das múltiplas visões que cada criação literária sugere enfatizando as variadas interpretações, porque estas decorrem da compreensão que o leitor alcança do objeto artístico, em razão de sua percepção singular do universo representado. (ZILBERMAN, 1998, p. 38).

É partir deste momento que podemos formar alunos críticos e

leitores no futuro, o professor deve ter uma rotina todos os dias em sua sala de aula

que será o momento da história, tornar o momento mágico para criança ajudando a

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entrar no mundo da imaginação. Vale a pena o professor investir no aluno desta

maneira, estará ajudando a formar leitores conscientes no futuro.

As leituras em sala de aula traz um certo encantamento, transportam

para o mundo da fantasia se imaginando a ser o personagem, através deste

momento o professor será o agente transmissor das histórias para que a criança

entre neste mundo da imaginação.

O professor tem uma responsabilidade grande em ajudar o seu

aluno a se transformar em um grande leitor no futuro, um professor comprometido

com a educação do seu aluno procura estar sempre informado sobre o assunto.

O educador precisa ter uma leitura sobre a história que será

trabalhada, entende o que ela quer dizer, para poder contar de uma maneira que

todos se interessem, assim, tornando o momento agradável para todos seus alunos.

Formar leitores é algo que requer condições favoráveis para a

prática de leitura.

Não se restringem apenas aos recursos materiais disponíveis, pois, na verdade, o uso que se faz dos livros e demais materiais impressos é o aspecto mais determinante para o desenvolvimento da prática e do gosto pela leitura (BRASIL, 1997, p.20).

Para que o educador encontre dentro de si mesmo o narrador, não

basta conhecer técnicas é preciso se entregar ao mundo da imaginação e despertar

e construir em si mesmo o narrador.

Algumas pessoas tem o dom de contar histórias, outras têm mais

dificuldades, basta tentar e entrar para este mundo mágico junto com as crianças.

Segundo Louvison (2010, p.131), o mais importante é alimentar, enriquecer a

imaginação e excitar a sensibilidade se expondo à boa literatura, ao teatro, á

música, aos bons filmes.

É muito importante o professor vivenciar o texto que será contado

para as crianças entrar na história como você fosse um dos personagens, ajudando

a criança se transportar para este mundo mágico que as histórias.

Para Louvison (2010, p. 135), alguns educadores se revelaram bons

contadores de história, outros aprendem a ler histórias e muitos deles se

encontraram na narrativa das histórias infantis.

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5.7 CONTAR, CONTAR, CONTAR

Contamos histórias para fazer dormir, para continuar a viver, para

divagar e se deslocar da realidade cruel e insuportável, contamos histórias para

desenvolver a memória, contamos histórias para iludir e enganar, para entreter as

crianças, contamos histórias para aprender a brincarmos e contamos histórias para

aprender a ler.

É importante sempre contar histórias para as crianças, a repetição

ajuda a criança compreende a história, ajuda lidar com sentimentos e seus próprios

conflitos.

A história na educação infantil é fundamental para ajudar a criança a

falar, para ensinar a ler, para escrever, percebe a importância de contar histórias. A

repetição é muito importante para construção e internalização psíquicas e sociais da

criança.

As histórias da literatura clássica infantil são um convite maravilhoso à repetição. Mesmo vítima da subjetividade de quem canta ou conta, sujeitas a mudanças significativas e sutis na interpretação, no tom da voz ou no ritmo têm a força de preservar suas narrativas tramas e conflitos que permanecem a nossa cultura e na imaginação de crianças e adultos. (LOUVISON, 2010, p. 46).

Adultos adoram ouvir a mesma música várias vezes ou até mesmo

um filme, a criança necessita também ouvir as histórias várias vezes para poder

ajudar com seu dia a dia. A repetição nem sempre se dão com as experiências

prazerosas para as crianças, trata-se de uma repetição diferente, a serviço e não da

compulsão por repetir.

A contação de histórias para uma criança não alfabetizada necessita

de magia, de sentir-se dentro da história, pois para ela tudo que ocorre numa história

contada é real, uma criança confia no que o conto de fada diz, porque o olhar de

mundo lhe proporcionado está de acordo com a sua, assim, a história não só ajuda

aprender a ler como a resolver conflitos internos.

A história pode, além de alimentar a imaginação infantil, pode

ampliar o seu repertório linguístico, pois a criança tem grande capacidade de pensar,

lembrar e falar. A contação de histórias oportuniza as crianças a se desenvolverem

mais plenamente tanto na maturidade psicológica quanto linguístico.

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É só lembrarmos, a respeito, do prazer sempre renovado com que as crianças ouvem repetidas vezes as mesmas histórias, e como as exigem imutáveis em seus termos, reclamando contra quaisquer alterações que o contador lhes queria introduzir. Ou, ainda, o fascínio com que assistem aos intermináveis e repetidíssimo desenhos animados que a televisão lhes oferece. Embora sabendo ponto por ponto o que vai acontecer, permanecem suspensas dos acontecimentos e torcem sempre com o mesmo ardor para que os heróis vençam os vilões [...] (COELHO, 1991, p.144-145).

A história é importante na vida de uma criança, ela provoca

transformações no mundo da criança. Ajuda para seu próprio crescimento, por isso,

nunca deixe de contar, contar e contar histórias para as crianças.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a pesquisa, analisamos a importância das histórias como uma

prática para a sala de aula desde a história da literatura, que existiam duas classes

de crianças que ouviam diferentes tipos de literatura, criança da nobreza, que

recebiam a literatura por empregados que liam os livros, geralmente os grandes

clássicos. E as crianças das classes populares que apenas ou lia as histórias das

cavalarias, aventuras, lendas e contos folclóricos.

As histórias expressão muita importância para ajudar a criança a se

transformar em uma leitora no futuro, a leitura traz prazer quando a pessoa descobre

que através de um livro, ela pode viajar dar vida aquela história, ela passa ser parte

do seu cotidiano.

Os contos de fadas são um instrumento maravilhoso para ajudar a

criança entrar no mundo da imaginação e aprimorar o gosto pela leitura, ajudando

desenvolver um aluno crítico no futuro, desenvolver a fala e a lidar com seus

próprios sentimentos.

Através da pesquisa com vários autores a conclusão, segundo

Bamberger (2002, p.09), professores, pais e pedagogos precisam estar seriamente

convencidos da importância da leitura e dos livros para vida individual, social e

cultural, se quiserem contribuir para melhorar a situação.

Percebemos a importância das histórias como uma prática para a

sala de aula, para que no futuro estas crianças se transformem em grandes leitoras

e apaixonadas pelos livros. A contação de histórias oportuniza as crianças a se

desenvolverem mais plenamente tanto na maturidade psicológica quanto linguístico.

A literatura infantil ainda pode ser um instrumento pedagógico

extremamente importante, antes e durante o processo formal de alfabetização e,

nessa perspectiva, a alfabetização se transforma num processo que vai além do

desenvolvimento das habilidades de codificação e decodificação, abrangendo a

aquisição de um estilo de linguagem, ajudando na leitura e escrita. Chega de querer

estimular as formas gráficas, tornando as crianças analfabetas funcionais, que

embora alfabetizados apresentam muitas dificuldades na compreensão de textos

escritos e na formulação de redações.

As múltiplas linguagens, o trabalho lúdico, interdisciplinar, é o

caminho mais curto para se chegar a uma alfabetização completa, com pleno

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desenvolvimento do aluno, pois o interesse do aluno pelas atividades é um fato que

se deve levar em consideração para um trabalho com resultados positivos.

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REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5. ed. São Paulo: Scipione, 1995.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 1. ed. São Paulo: Cultrux, 1977.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 7. ed. São Paulo: Ática, 2002.

BRASIL. Secretaria de educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Secretaria de educação fundamental. Brasília, 1997.

BUSATTO, Cléo. Contar e Encantar: Pequenos segredos da narrativa. 4. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

CHEOLA, Maria Laura Van Boekel. Quem conta um conto. In: CARVALHO, Maria Angélica Freire de & Mendonça, Rosa Helena. (org.) Práticas de leitura e escrita. Brasília ministério da educação, 2006.

CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura infantil teoria e prática. 18. ed. Ática, 1999.

FRAHA, Virgínia Zélia de Azevedo Rebeis, PRADO, Iara Glória Areias, WAJSKOP, Gisela. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3. Ed. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

GORLA, Shirley Mijolaro. Leitura: Uma aprendizagem de prazer através dos clássicos. Disponível em <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1051-2.pdf>. Acesso em: 11 set. 2011.

LOUVISON, Eliana. Conte outra vez: histórias infantis para formação das crianças. 1. ed. Londrina: Kabila, 2010.

MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura infantil. 3. ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1984.

REGO, Lúcia Lins Browne. Literatura infantil: Uma nova perspectiva da alfabetização na pré-escola. 1. ed. São Paulo: FTD, 1988.

SCHNEID, Jucelma Terezinha Neves. Hora do conto: Uma experiência maravilhosa. Disponível em <http://www.pucrs.br/edipucrs/cillij/praticas/hora>. Acesso em 09 abr. 2012.

ZILBERMAN, R. A literatura infantil na escola. 10. ed. São Paulo: Global, 1998.