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Bens e serviços comuns, conforme definição constante do

art. 1º da Lei 10.520/02, são “aqueles cujos padrões de

desempenho e qualidade possam ser objetivamente

definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no

mercado”.

Para Marçal Justen Filho, a definição trazida pela Lei é

insuficiente, uma vez que tanto bens/serviços comuns

quanto incomuns obrigatoriamente serão descritos

objetivamente pelo edital.

Entende o autor que a expressão “bem ou serviço comum”

trata-se de um conceito jurídico indeterminado, onde se

encontra três situações distintas: a zona de certeza positiva

(onde, inquestionavelmente, o bem ou serviço será comum,

o que ocorre na com a maior parte dos bens que se

enquadram no âmbito de ‘material de consumo’), a zona de

certeza negativa (na qual inexistem dúvidas de que o bem

ou serviço não é comum, como, por exemplo, um

equipamento único a ser construído sob medida, para fins

determinados e específicos) e a zona cinzenta de

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incerteza, adotando a premissa, para esta última situação,

de em caso de dúvida, reputar-se como não comum o bem

ou serviço.

Visando diminuir a dificuldade em verificar na zona cinzenta

quais objetos são comuns, o autor formula algumas

características, afirmando que o núcleo do conceito de bem

e serviço comum residirá nas características a seguir:

a) disponibilidade no mercado próprio, isto é, que o objeto

esteja disponível para compra ou contratação a qualquer

momento;

b) padronização, que ocorrerá quando forem pré-

determinados os atributos essenciais do objeto, de forma

objetiva e uniforme, cujas características sejam invariáveis

ou então, sujeitas a diferenças mínimas;

c) desnecessidade de peculiaridade para satisfação da

Administração, ou seja, o bem será comum se apto a

satisfazer necessidades comuns, não precisando conter

características peculiares para atingir seus fins. Dessa

forma, para o autor, não é possível reconhecer se um bem

é ou não comum apenas pela análise dele próprio, devendo

verificar as características acima expostas.

Qualifica, o objeto comum por uma espécie de

fungibilidade, que possa ser substituído por outro com

qualidades similares ou equivalentes, contrapondo-se à

ideia de bem anômalo, único, produzido sob encomenda.

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Lembra, contudo, que o fato do objeto ser comum, não

significa a não necessidade de estabelecimento de padrões

mínimos de aceitabilidade:

Um bem ou serviço não deixa de ser “comum” quando a

Administração estabelece padrões mínimos de

aceitabilidade. Mesmo no mercado, existem diversos

padrões de qualidade de produtos, todos eles

reconduzíveis ao conceito de “comum”.

A adoção da modalidade pregão não significa que a

Administração seja constrangida a adquirir produtos de

qualidade inadequada, apenas porque buscará o menor

preço.

(...) No caso do pregão, o ato convocatório deverá indicar

os requisitos de qualidade mínima admissível, para o fim

específico de estabelecer critérios de aceitabilidade de

propostas. Desse modo, a Administração não ficará

constrangida a aceitar propostas cujo pequeno valor

corresponde à qualidade insuficiente.

Jesse Torres Pereira Junior possui visão que não destoa

de Marçal Justen Filho.

Para o desembargador carioca, serão comuns, para fins de

adoção do pregão, os objetos que possuam três atributos

básicos, a saber: aquisição habitual/rotineira da

Administração Pública; apresentação características que

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encontrem no mercado padrões usuais de especificação e;

possibilidade de julgamento objetivo pelo menor preço.

De outro lado, a professora Vera Monteiro possui visão

diferenciada sobre o conceito de bens e serviços

comuns. A autora concorda com Marçal Justen Filho e

Jesse Torres Pereira Junior no ponto em que, um bem ou

serviço padronizado ou rotineiramente adquirido são,

obviamente, comuns; mas não apenas isto. Isso porque a

expressão “comum”, não é sinônimo de ausência de

complexidade técnica ou mesmo, de impossibilidade em

solicitar um bem sob encomenda.

Não há incompatibilidade e problema algum em o bem ou o

serviço possuir complexidade técnica ou ser produto de

encomenda, a exemplo de “paredes divisórias fabricadas

nos tamanhos padrões escolhidos pela Administração na

reforma de um prédio público”.

Para a autora, não há razoabilidade em excluir, a priori, tais

objetos da expressão “bens e serviços comuns”, motivo

pelo qual a interpretação do parágrafo único do art. 1º da

Lei 10.520/02 não deverá ser tão restritiva como defendem

alguns autores.

Para Valéria Cordeiro:

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O termo ‘comum’ pode ser compreendido como objeto de

natureza simples, cuja descrição e detalhamento não

guardem a complexidade, ou, mesmo, dificuldade de

identificação que, via de regra, impediria a contratação na

modalidade Pregão”.

Leciona Joel de Menezes Niebuhr:

Bem e serviço comum são aqueles que possam ser

definidos no edital por meio de especificações objetivas,

que se prestam a estabelecer o padrão de qualidade

desejado pela Administração Pública, de acordo com

características usuais no mercado, sem que variações de

ordem técnica eventualmente existentes entre os bens e

serviços ofertados por diversos fornecedores que atendam

a tais especificações objetivas sejam importantes ou

decisivas para a determinação de qual proposta melhor

satisfaz o interesse público e desde que a estrutura

procedimental da modalidade pregão, menos formalista e

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mais célere, não afete a análise da qualidade do objeto

licitado ou importe prejuízos ao interesse público.

De acordo com Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, o

conceito de bem ou serviço comum diz respeito à

“linguagem do mercado que define a possibilidade de

indicar padrão de desempenho e qualidade”, tais como

material a ser utilizado, prazo de garantia, durabilidade, cor

(em se tratando de bens), experiência, desempenho

anterior, material empregado, instalações mínimas (no caso

de execução de serviços) etc, não cabendo exigir, para a

definição de bens e serviços comuns, pretensões como:

tratar-se de bem padronizado, tratar-se de bem cujas

características estejam definidas por normas técnicas como

ABNT, nem que consistam em bens prontos. Muito menos,

caberia tentar restringir o universo dos objetos comuns, a

um rol constante de regulamento.

A esse respeito, cabe lembrar que, apesar de

exemplificativo, o próprio rol do Decreto n° 3.555, que

trazia elenco de bens e serviços comuns, foi

expressamente revogado pelo Decreto n° 7.174 de 12 de

maio de 2010.

Bem ou serviço será comum quando for possível

estabelecer, para efeito de julgamento das propostas, por

intermédio de especificações utilizadas no mercado,

padrões de qualidade e desempenho peculiares ao objeto.

O estabelecimento desses padrões permite ao agente

publico analisar, medir ou comparar os produtos entre si e

decidir pelo melhor preço.

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(...)

Licitação na modalidade pregão não se configura

instrumento hábil à aquisição de bens e serviços incomuns.

É necessário que sejam padronizáveis ou de “prateleira”,

conforme se pode extrair do Acórdão 1168/2009 Plenário.

Acórdão 555/2008 Plenário (Sumário) – TCU: A licitação na

modalidade pregão não se configura instrumento hábil a

aquisição de bens e serviços incomuns.

Acórdão 2172/2008 Plenário (Sumário) – TCU: A utilização

da modalidade pregão é possível, nos termos da Lei nº

10.520/2002, sempre que o objeto da contratação for

padronizável e disponível no mercado, independentemente

de sua complexidade.

Acórdão 6349/2009 Segunda Câmara (Sumário) – TCU: De

acordo com a Lei nº 10.520/2002, bens ou serviços comuns

são aqueles cujos padrões de desempenho e de qualidade

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podem ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de

especificações usuais no mercado.

Se a entidade pretende contratar palestrantes com

experiência em determinada área e com determinada

qualificação, este item de serviço não deve ser considerado

comum, não podendo, por isso, ser incluído no bojo do

pregão.

Não e demais relembrar o conceito de bens ou serviços

comuns trazido pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002:

“aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade

possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio

de especificações usuais no mercado”.

Acórdão 6349/2009 Segunda Câmara (Proposta de

Deliberação do Ministro Relator - TCU: O pregão ora em

exame trata da contratação de empresa especializada para

a prestação de serviços de planejamento, organização,

execução e acompanhamento de eventos e, conforme

observei anteriormente, esses eventos podem abranger

uma diversidade de temas.

Parece-me inconcebível, então, que, no caso concreto, a

contratação de palestrantes possa partir de especificações

usuais praticadas no mercado, bem como de padrões

objetivos de qualidade e desempenho.

Penso que, se a entidade pretende contratar palestrantes

com experiência em determinada área e com determinada

qualificação, este item de serviço não pode ser considerado

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comum, mesmo porque a definição de palestrantes se

reveste de caráter eminentemente subjetivo, não podendo,

por isso, ser incluído no bojo do pregão.

Acórdão 188/2010 Plenário (Sumário) - TCU: Ainda que os

serviços objeto da licitação possam sugerir, a priori, certa

complexidade, não há óbices para que sejam enquadrados

como serviços comuns, eis que pautados em

especificações usuais de mercado e detentores de padrões

objetivamente definidos no edital.

Acórdão 1287/2008 Plenário (Sumário)- TCU:

Bem ou serviço comum e aquele que pode ter seus

padrões de desempenho e qualidade objetivamente

definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no

mercado.

O conceito de serviço comum não está necessariamente

ligado a sua complexidade.

Acórdão 550/2008 Plenário (Sumário)- TCU:

A utilização indevida da modalidade pregão para aquisição

de bens e serviços que não se caracterizam como

“comuns”, consoante preceitua o paragrafo único do art. 1º

da Lei no 10.520/2002, Lei do Pregão, enseja a anulação

do respectivo certame licitatório.

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A título exemplificativo, o Tribunal de Contas da União

considera helicóptero objeto comum, passível de aquisição

por pregão:

Acórdão 157/2008 – Plenário - TCU – Voto do Ministro

Relator: Considero aplicável a modalidade pregão adotada

para a aquisição em tela, uma vez que não vislumbro, no

caso concreto, infringência ao disposto no art. 1º da Lei nº

10.520/2002, e nem prejuízos ao resultado do certame

decorrentes do uso do pregão.

A aeronave licitada é um bem cujos padrões de

desempenho e qualidade foram objetivamente definidos

pelo edital mediante especificações usuais adotadas no

mercado aeronáutico, ou seja, são inteligíveis a todos os

licitantes que possuem condições de fornecer o referido

bem e estejam interessados em participar do certame.

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Assim, para os fins previstos na lei, a aeronave em tela

pode ser considerada um bem comum.

Acórdão nº 3062/2012-Plenário – TCU : É lícita a utilização

de pregão para a aquisição de helicópteros, visto tratar-se

de bem cujos padrões de desempenho e qualidade podem

ser objetivamente definidos.

Representação formulada pelo Ministério Público junto ao

TCU apontou supostas irregularidades em procedimentos

licitatórios para aquisição de helicópteros com recursos

oriundos de convênios celebrados pelo Ministério da

Justiça com dezenove estados e o Distrito Federal.

Destaque-se, entre os possíveis vícios apontados na

representação, a “utilização de pregão como modalidade

licitatória para aquisição de aeronaves”.

O relator manifestou-se favoravelmente à adoção de

pregão para a aquisição das aeronaves, “por não

vislumbrar infringência ao disposto no art. 1º da Lei nº

10.520/2002 nem prejuízos ao resultado do certame

decorrentes da opção por essa modalidade”. Valeu-se, com

o intuito de justificar tal conclusão, do pronunciamento do

relator de Representação, que norteou a prolação do

Acórdão nº 157/2008-Plenário, em que se examinou

matéria similar:

“A aeronave licitada é um bem cujos padrões de

desempenho e qualidade foram objetivamente definidos

pelo edital mediante especificações usuais adotadas no

mercado aeronáutico, ou seja, são inteligíveis a todos os

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licitantes que possuem condições de fornecer o referido

bem e estejam interessados em participar do certame.

Assim, para os fins previstos na lei, a aeronave em tela

pode ser considerada um bem comum".

O Tribunal, então, ao endossar a proposta do relator,

considerou, quanto a essa e às demais ocorrências

apontadas, improcedente a representação. Precedente

mencionado: Acórdão nº 157/2008-Plenário.

Já, para a aquisição de sala-cofre, entendeu não ser

possível a adoção de pregão:

Acórdão 555/2008 – Plenário - TCU: O objeto licitado

perfaz uma sala de segurança para a proteção de dados,

objeto incomum, tecnologicamente sofisticado, e que deve

manter preservados os dados mesmo quando o ambiente

externo esteja sujeito à rígidas condições ambientais. Não

parece razoável aferir que as especificações desse objeto

não suscitarão dúvidas durante procedimento concorrencial

e, principalmente, que esse produto justifique a inversão

das fases de habilitação e julgamento, como ocorre no

pregão, sem gerar risco excessivo de inadimplemento

contratual pelos potenciais contratados. Diante dessas

considerações, julgo inviável a licitação para aquisição de

sala-cofre por intermédio da modalidade pregão.

Coadunando-me ao entendimento esposado pelo

fragmento transcrito, julgo inadequada a escolha da

modalidade pregão para aquisição de sala-cofre, objeto

que não se enquadra, em meu entender, na definição de

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bem comum insculpida no transcrito parágrafo único do art.

1º da Lei 10.520/02.

Um grande abraço

Professora Flavia Vianna

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