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CONTROLE DE DEMANDA DE ENERGIA BASEADO EM SISTEMAS SUPERVISÓRIO E REDE DE SENSORES SEM FIO EDUARDO H. FERRONI 1 , HUGO R. VIEIRA 1 , OMAR C. BRANQUINHO 2 , VALCERES V. R. SILVA 3 1. Unidade de Gestão de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia, Centro Universitário do Sul de Minas Estrada Vicinal, SN Parque Mariela Varginha MG Brasil E-mails: [email protected]; [email protected] 2. Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia Universidade Católica de Campinas Campinas SP Brasil E-mail: [email protected] 3. Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de São João del Rei Praça Frei Orlando, 170 São João del Rei MG Brasil E-mail: [email protected] Abstract Nowadays, the reduction of losses and the quality improvement of the power consumed in an industry are under control and monitoring. Supervisory systems using wireless sensors that can work in an industrial area are proposals to carry out that task. The use of wireless sensor networks in the industry should be preceded by trustworthiness tests and analyzes for an appropriate radio system parameters choice, when the sensors are acting inside power substations, and controlling of large machines, because the industrial environment is a noisy environment. This paper proposes a technique to do an intelligent charge cut based on a genetic algorithmic supported by a wireless sensor networks and supervisor system. Even with a shortness of power consumption, the system is able to optimize the production. Keywords Sensor’s network, industrial substations monitoring, intelligent load shed schedule, supervisory system, genetic algorithm. Resumo A minimização de perdas e a melhoria da qualidade da energia elétrica consumida em uma indústria passam hoje por um controle e monitoramento. Sistemas supervisórios utilizando redes de sensores sem fio, que possam operar em um ambiente industrial são propostas para executar esta tarefa. O uso de redes de sensores sem fio na indústria deve ser precedido de testes de confiabilidade e análises que permitam a escolha adequada dos parâmetros do sistema de rádio, pois o ambiente industrial é um ambiente ruidoso, ainda mais quando os sensores estarão atuando dentro de subestações de energia e no controle de máquinas de grande porte. Este trabalho propõe uma técnica para realizar o corte inteligente de cargas definido por um algoritmo genético, auxiliado por uma rede de sensores sem fio e um sistema supervisório. Mesmo com uma limitação de consumo de energia, o sistema otimiza a produção. Palavras-chave Rede se sensores, monitoramento de subestação industrial, corte inteligente de cargas, sistema supervisório, algoritmo genético. 1 Introdução A indústria é o agente responsável por consumir aproximadamente 42% da energia total e por mais da metade da energia elétrica gerada, incluindo a cogeração. O gerenciamento de cargas combinado com sistema produtivo é fundamental para se obter uma melhor eficiência na utilização da energia, isto é, maior produtividade com menor consumo de energia. A determinação das cargas de maior importância para o momento produtivo de uma planta industrial é fundamental no processo decisório (Allen e Lee, 2005). Unidades da indústria que possuem uma geração própria, usualmente adotam planos de cortes de cargas nos horários de ponta e/ou em momentos emergenciais de falta fornecimento de energia. Tal política acontece devido às limitações dos sistemas de geração em vigência no país (Trindade, 2009). Estas limitações afetam o processo produtivo. O processo de se eliminar cargas menos prioritárias aliado ao comportamento elétrico das mesmas mantêm a estabilidade do processo industrial (IEEE, 2007). O ato de cortar inteligentemente cargas (kW) como resposta a um evento específico garante a não rejeição de cargas pelo sistema de geração de energia e também assegura uma melhor qualidade da energia. Sabe-se que o processo produtivo é dinâmico, consequentemente o consumo também passa a ser flutuante e a assim a escolha inicial de uma combinação de cargas pode, por opção momentânea, não ser a mais adequada. O transitório oscilatório é caracterizado por uma alteração repentina nas condições de regime permanente da tensão e/ou corrente e normalmente decorrentes de chaveamentos de cargas. Um sistema supervisório pode fazer a adequação das cargas quando necessário e assim reduzir essas oscilações transitórias. Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 2422

CONTROLE DE DEMANDA DE ENERGIA BASEADO EM … · controle de demanda de energia baseado em sistemas supervisÓrio e rede de sensores sem fio . e. duardo . h. f. erroni. 1, h. ugo

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CONTROLE DE DEMANDA DE ENERGIA BASEADO EM SISTEMAS SUPERVISÓRIO E REDE DE

SENSORES SEM FIO

EDUARDO H. FERRONI1, HUGO R. VIEIRA1, OMAR C. BRANQUINHO2, VALCERES V. R. SILVA3

1. Unidade de Gestão de Engenharia, Arquitetura e Tecnologia, Centro Universitário do Sul de Minas

Estrada Vicinal, SN – Parque Mariela – Varginha – MG – Brasil

E-mails: [email protected]; [email protected]

2. Departamento de Engenharia Elétrica, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Campinas – SP – Brasil

E-mail: [email protected]

3. Departamento de Engenharia Elétrica, Universidade Federal de São João del Rei

Praça Frei Orlando, 170 – São João del Rei – MG – Brasil

E-mail: [email protected]

Abstract Nowadays, the reduction of losses and the quality improvement of the power consumed in an industry are under control and monitoring. Supervisory systems using wireless sensors that can work in an industrial area are proposals to carry out

that task. The use of wireless sensor networks in the industry should be preceded by trustworthiness tests and analyzes for an

appropriate radio system parameters choice, when the sensors are acting inside power substations, and controlling of large machines, because the industrial environment is a noisy environment. This paper proposes a technique to do an intelligent charge

cut based on a genetic algorithmic supported by a wireless sensor networks and supervisor system. Even with a shortness of

power consumption, the system is able to optimize the production.

Keywords Sensor’s network, industrial substations monitoring, intelligent load shed schedule, supervisory system, genetic

algorithm.

ResumoA minimização de perdas e a melhoria da qualidade da energia elétrica consumida em uma indústria passam hoje por um controle e monitoramento. Sistemas supervisórios utilizando redes de sensores sem fio, que possam operar em um ambiente

industrial são propostas para executar esta tarefa. O uso de redes de sensores sem fio na indústria deve ser precedido de testes de

confiabilidade e análises que permitam a escolha adequada dos parâmetros do sistema de rádio, pois o ambiente industrial é um ambiente ruidoso, ainda mais quando os sensores estarão atuando dentro de subestações de energia e no controle de máquinas de

grande porte. Este trabalho propõe uma técnica para realizar o corte inteligente de cargas definido por um algoritmo genético,

auxiliado por uma rede de sensores sem fio e um sistema supervisório. Mesmo com uma limitação de consumo de energia, o sistema otimiza a produção.

Palavras-chave Rede se sensores, monitoramento de subestação industrial, corte inteligente de cargas, sistema supervisório,

algoritmo genético.

1 – Introdução

A indústria é o agente responsável por

consumir aproximadamente 42% da energia total e

por mais da metade da energia elétrica gerada,

incluindo a cogeração. O gerenciamento de cargas

combinado com sistema produtivo é fundamental

para se obter uma melhor eficiência na utilização

da energia, isto é, maior produtividade com menor

consumo de energia. A determinação das cargas de

maior importância para o momento produtivo de

uma planta industrial é fundamental no processo

decisório (Allen e Lee, 2005).

Unidades da indústria que possuem uma

geração própria, usualmente adotam planos de

cortes de cargas nos horários de ponta e/ou em

momentos emergenciais de falta fornecimento de

energia. Tal política acontece devido às limitações

dos sistemas de geração em vigência no país

(Trindade, 2009). Estas limitações afetam o

processo produtivo. O processo de se eliminar

cargas menos prioritárias aliado ao comportamento

elétrico das mesmas mantêm a estabilidade do

processo industrial (IEEE, 2007).

O ato de cortar inteligentemente cargas (kW)

como resposta a um evento específico garante a não

rejeição de cargas pelo sistema de geração de

energia e também assegura uma melhor qualidade

da energia. Sabe-se que o processo produtivo é

dinâmico, consequentemente o consumo também

passa a ser flutuante e a assim a escolha inicial de

uma combinação de cargas pode, por opção

momentânea, não ser a mais adequada. O

transitório oscilatório é caracterizado por uma

alteração repentina nas condições de regime

permanente da tensão e/ou corrente e normalmente

decorrentes de chaveamentos de cargas. Um

sistema supervisório pode fazer a adequação das

cargas quando necessário e assim reduzir essas

oscilações transitórias.

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

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Costa et al., (2012) utilizou de um algoritmo

genético para definir a melhor combinação de

cargas que devem permanecer ligadas no horário de

ponta de uma planta industrial utilizada como

modelo de carga, que consiste de um frigorífico, o

qual possui grande quantidade de máquinas para o

abate avícola. Outros métodos de busca podem ser

utilizados associados ao sistema supervisório,

entretanto uma comparação entre um algoritmo

genético e outros métodos mostrou uma

convergência muito mais rápida do algoritmo

genético. Como o tempo de atuação do sistema é

um fator importante neste trabalho, optou-se pelo

uso do algoritmo genético.

Os algoritmos genéticos têm sido amplamente

aplicados em processos de otimização em

problemas de engenharia. Esses algoritmos têm a

capacidade de procurar soluções em superfícies

complexas da função objetivo, que aliado ao

conhecimento do projetista, fornecem uma solução

otimizada ao problema.

A plataforma Radiuino é de característica

livre para criação de uma rede de sensores sem fio

(Zheng e Jamalipour, 2009). A comunidade

científica envolvida no desenvolvimento de

hardware, firmware e software tem por objetivo

criar aplicações de fácil utilização para construção

de uma rede de sensores sem fio de forma

amigável. A meta é permitir que pessoas, mesmo

sem grande experiência em programação, consigam

montar sua solução em formulação de rede de

sensores. O uso desta plataforma está em

aplicações das mais diversas possíveis, desde

controle de irrigação em jardins (Hugh e Jonathan,

2009), até treinamento de rede de sensores sem fio

(RSSF) no controle de máquinas elétricas

(Stallings, 2004), e desenvolvimento de novos

protocolos de Controle de Acesso ao Meio (MAC)

e roteamento.

Uma rede de sensores sem fio é proposta neste

trabalho para captar e modelar o sistema produtivo

em tempo real, fornecendo a melhor combinação de

cargas que devem permanecer ligadas quando a

cogeração for acionada, programada ou não, de

maneira automática. Estas informações são

avaliadas por um algoritmo genético que toma uma

decisão da melhor combinação de cargas. Os

resultados formarão um banco de dados, que um

sistema supervisório acessará num momento

programado ou quando o sistema de energia

solicitar.

2 – A Planta Industrial

A planta industrial utilizada como modelo de

carga neste trabalho para o projeto do controle de

demanda de energia por rede de sensores sem fio

consiste de um frigorífico que possui grande

quantidade de máquinas para o abate avícola.

A Figura 1 ilustra o layout da empresa com a

localização dos setores necessários ao processo

produtivo, na época do levantamento de seus dados

do sistema elétrico e produtivo. Esta empresa

possui demanda contratada e um sistema de

cogeração cuja capacidade está abaixo da demanda

de potência necessária para manter todo o processo

produtivo.

Os setores de abate de aves possuem um

grande número de motores de cargas menores.

Esses dois setores possuem uma demanda média e

constante de 1.800 kW. Os compressores são os

equipamentos de maior consumo de energia

elétrica. Possuem motores de grande porte sendo:

1 de 800 cv, 1 de 600 cv, 3 de 400 cv, 1 de 125 cv,

3 de 75 cv e 1 de 40 cv. As câmaras e os túneis

possuem forçadores de calor que são utilizados

para a refrigeração dos produtos. A usina térmica

com capacidade de geração de 2160 kVA, possui

seis unidades geradoras com capacidade de

360 kVA cada uma delas.

A indústria tem atualmente uma demanda de

energia elétrica de 3500 kW, sendo grande parte

deste montante consumida por motores de elevada

potência. O fornecimento de energia elétrica da

empresa é feito pela Companhia Energética de

Minas Gerais (CEMIG), em 13,8 kV, sendo uma

rede trifásica única de aproximadamente 30 km

vinda de uma subestação localizada na cidade de

Divinópolis, no estado de Minas Gerais.

Figura 1. Layout da empresa.

A empresa possui uma usina de cogeração,

que é utilizada no horário de ponta e/ou quando o

fornecimento de energia é interrompido. Porém, a

capacidade de geração da usina é menor que a

demanda da empresa. Sendo, assim, na interrupção

do fornecimento de energia torna-se necessária a

retirada de algumas cargas para que o sistema

continue em funcionamento.

Um sistema de desligamento de cargas não

automatizado apenas escolhe as cargas a serem

retiradas no horário de ponta, não sendo possível

adotar tais medidas em situações adversas que

provoquem a queda do fornecimento da

concessionária. Neste caso o sistema pode ser

levado ao colapso, por não ser possível uma ação

imediata.

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

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Costa et al., (2012) apresenta uma solução

para controle de demanda da empresa no período

de ponta. Nesta solução, um algoritmo genético

(AG) estabelece a melhor combinação de cargas

que devem permanecer em funcionamento, quando

o sistema tiver uma limitação de energia. Porém,

pesos foram associados aos compressores,

considerando a potência máxima de cada

compressor, o que pode não ser real, se, por

exemplo, estiver atuando com um inversor de

frequência. Então, a previsão, da combinação das

cargas, pode, em alguns casos, ficar inferior ao

valor previsto pelo AG. Outros fatores que

influenciam na tomada de decisão são: o clima, que

provoca uma atuação mais suave dos compressores

e a pressão nos túneis que está diretamente ligada

ao processo produtivo. Então, o indivíduo proposto

pelo AG pode ser ideal para o instante inicial do

corte, e depois de passado um determinado tempo,

não ser mais a melhor solução.

Surge então, a necessidade de atuar no

processo em tempo real para manter a máxima

produção, otimizando o consumo de energia, para

que a demanda não ultrapasse 1800 kVA.

Uma rede sensores e atuadores, atuando via

rádio permite atuar rapidamente sobre os

equipamentos controlados, no caso do sistema de

cogeração precisar entrar em funcionamento em

caráter emergencial.

Devido à necessidade de se manter a produção

da empresa em temperaturas próximas de zero, o

funcionamento do sistema de resfriamento, é

fundamental para o processo. Este sistema utiliza

compressores de amônia para fazer o resfriamento

dos radiadores, os quais estão localizados nos

túneis de congelamento e nas câmaras de

resfriamento. Para uma melhor eficiência no

consumo de energia é importante manter a pressão

nas tubulações dentro de uma faixa definida e as

temperaturas das câmaras o mais próximo de zero.

Como o processo produtivo pode modificar as

condições ambientais, o conjunto de cargas

escolhido inicialmente pode sofrer algumas

pequenas modificações. Desta forma um sistema

supervisório que seja capaz de realizar

modificações no conjunto de cargas é fundamental.

3 – Internet “das coisas” e a Rede de Sensores

Sem Fio - RSSF

A internet das coisas (Internet of Things, IoT)

parece ser o caminho futuro no acesso à

informação, uma vez que informações não são

importantes apenas para pessoas, mas também na

forma de acionar as coisas. Segundo estudo da

CISCO®, desde 2004 já existem mais dispositivos

conectados à rede do que pessoas. A previsão é que

em 2020, 50 bilhões de dispositivos e 7,6 bilhões

de pessoas estejam conectados à internet. Isto

mostra que uma melhoria da qualidade de vida,

maior eficiência produtiva (mais produtos de

qualidade com menor custo) está cada vez mais

dependendo de sensoriar, coletar, transmitir,

armazenar e distribuir informações em massa.

A IoT é constituída de computador, rede local,

internet, protocolos, base de dados, comunicação e

sensores (Figura 2). Geralmente uma rede de

sensores sem fio é usada para atender aplicações

específicas e para isto, vários conceitos diferentes

devem ser tratados para cada aplicação. Trata-se de

uma rede altamente customizada, e, portanto, várias

questões devem ser definidas para cada projeto:

Propagação, Cross Layer e Consumo. Na essência,

a IoT é uma rede de dados e a utilização de uma

pilha de protocolos é necessária (Karl e

Willing, 2007).

O uso de programadores específicos para cada

plataforma e a necessidade de se usar protocolos de

comunicação dificulta a modelagem de uma rede

de sensores. Atuar nas camadas das pilhas de

protocolos é um desafio.

Figura 2. Esquema de uma IoT.

Em setembro de 1999, as Redes de Sensores

sem Fio (RSSF’s) foram identificadas pela

Business Week como uma das tecnologias mais

impactantes para o século XXI. Além disso, em

janeiro de 2003 o MIT’s Technology Review

afirmou que as RSSF’s são uma das dez principais

tecnologias emergentes. As RSSF’s tiveram um

crescimento de US$ 0.45 bilhões em 2011, com

uma perspectiva de crescimento acima de

US$ 2 bilhões em 2021.

O Padrão 802.15.4 usado pelas RSSF’s obriga

o desenvolvimento de firmware para atender às

necessidades das aplicações. Várias soluções no

mercado utilizam programadores próprios. A

plataforma Radiuino tem como proposta facilitar a

atuação em algumas camadas do protocolo,

descomplicando a criação de uma rede de sensores.

Radiuino é uma plataforma livre para criação de

rede de sensores sem fio (Zheng e Jamalipour,

2009). A comunidade científica envolvida no

desenvolvimento de hardware, firmware e software

tem por objetivo criar aplicações de fácil utilização

para construção de rede de sensores sem fio de

forma amigável.

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

2424

A plataforma Arduino quebra os paradigmas

para uso de microcontroladores, devido à

simplicidade, segundo a revista IEEE Spectrum de

outubro de 2011. É uma plataforma open source

com hardware barato e software baseado na

linguagem Wiring e IDE Processing.

O sucesso do Arduino se deve ao fato de que

o mesmo apresenta em seu hardware uma pinagem

própria que abstrai a utilização da pinagem do

microcontrolador. Os pinos são definidos pela sua

função e não pelo seu número, criando uma

compatibilidade entre os diversos

microcontroladores. O firmware é limitado à placa

do microcontrolador, e a comunicação entre os

microcontroladores torna-se padrão.

Esta simplicidade permite a criação de

RSSF’s dedicadas, e sem a necessidade de um

programador exclusivo (Karl e Willing, 2007).

4 – Confiabilidade da Rede de Sensores Sem Fio

Operando em Subestação de Potência Elétrica

Industrial

4.1 Implementação da RSSF

Redes de sensores sem fio que, por opção, são

controladas via rádio, ainda são alvo de certa

insegurança no que diz respeito a sua

confiabilidade. Possíveis falhas no fluxo de

informações a ser transmitido podem inviabilizar

este tipo de sistema de controle. Transmissões de

caráter analógico, que se localizam próximas às

subestações de energia, acabam por sofrer a

influência da radiação de baixa frequência

proveniente das mesmas (Rappaport, 2009).

Em função da planta da empresa (Figura 1) e

dos equipamentos a serem monitorados e/ou

controlados, tem-se a dimensão da área de

cobertura e do ambiente de atuação da rede de

sensores sem fio. Desta forma, são necessárias

algumas informações fundamentais para a

definição da RSSF: a escolha e o dimensionamento

do sistema de comunicação (frequência de

operação, ganho das antenas, etc.); a confiabilidade

do sistema; compatibilidade do Sistema

Supervisório com a RSSF, e a plataforma de

comunicação a ser utilizada (Luqueta, Branquinho

e Bianchini, 2012).

Testes de confiabilidade foram realizados

utilizando dois rádios do tipo BE 900, uma base

para conexão ao microcomputador, um nó sensor,

uma antena direcional modelo ARC-PAC9113B0

de 12,5 dBi e uma antena fiberglass omni

direcional de 8 dBi.

Foi instalado em um computador o software

ScadaBR® com o driver de comunicação com o

Radiuino o qual se comunica com o rádio BE 900

(base) via porta USB. A base é conectada à entrada

USB do microcomputador, e o programa

ScadaBR® é preparado para registrar o indicador

de intensidade do sinal de rádio (RSSI- Received

Signal Strength Indicator). O sistema então envia

um sinal ao sensor e o mesmo retorna uma resposta

a esta requisição. As informações recebidas pelo

rádio BE 900, com a potência do sinal recebido do

sinal de subida, e o sinal de descida são

processadas, e assim esses dados ficam disponíveis

para manipulação.

Os parâmetros do sistema em análise são

definidos por:

PTX: potência de transmissão = 10 dBm;

GTX: ganho da antena setorial de base em 12 dBi;

GRX: ganho da antena do sensor omnidirecional no

valor de = 8 dBi;

Sensibilidade: a menor potência de recepção

necessária para que se obtenha uma BER

(bit error rate) = - 97 dBm;

Formato de modulação: 2-FSK;

Desvio: 177,734375 kHz;

Frequência da base: 915,999725 MHz;

Frequência da portadora: 915,999725 MHz;

Modo de qualificação de cada palavra de

sincronização igual a 30/32 bits da palavra de

sincronização detectada;

Contagem Preâmbulo: 4;

Espaçamento entre canais: 405,456543 kHz;

Taxa de dados: 4,79794 bps;

Rx filtro BW: 541,666667 kHz.

A Figura 3 mostra o local de realização dos

testes e as duas situações de relevância para

comparação. Na primeira não há subestação entre a

base e o nó sensor, e na segunda a subestação

encontra-se entre a base e o nó sensor.

Figura 3. Situação 1 em vermelho e situação 2 em azul.

4.2 Resultados da operação da RSSF

Foram coletados dois conjuntos de dados

representativos da operação nas duas situações.

Branquinho et al., (2012) apresenta a proposta

de caracterizar o ambiente tanto para a

determinação da perda de percurso (path loss), que

compõe o modelo Log-distance (Rappaport, 2009),

quanto à avaliação da variabilidade do meio. Com

base no modelo é verificado o fator beta (β) que

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

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representa o path loss e o desvio padrão (σ) que

quantifica a variabilidade do meio.

Para a situação 1 foram realizadas 424

medições e para a situação 2 foram realizadas 824

medições. A Figura 4 mostra a grande variação que

separa a situação 1 da situação 2, fato justificado

pela mudança de local da antena transmissora.

Figura 4. Tela do ScadaBR® com os resultados.

Os valores de (β) são mostrados na Tabela 1.

Tabela 1. Valor de β nas duas situações.

Down Link Up Link

Situação β ( )RXP d

[dBm]

β ( )RXP d

[dBm]

1 3,143 -73,1 3,189 -74,0

2 3,065 -75,4 3,094 -76,0

Comparando os valores de obtidos para os

dois diferentes ambientes de propagação

(Tabela 2), verifica-se que as informações

transmitidas pelo sistema de monitoramento,

utilizando a rede de sensores a 915 MHz, não

sofreram nenhum tipo de distúrbio provocado por

interferência dos equipamentos de potência

operando nas proximidades. Assim a confiabilidade

foi atingida de maneira satisfatória.

Tabela 2. O valor de em função do ambiente.

Ambiente

Área ao ar livre

Espaço livre 2

Área urbana 2,7 a 5

Área construída

Linha de visão 1,6 a 1,8

Obstruído 4 a 6

5 – Retirada Inteligente de Cargas Industriais

por Rede de Sensores em Comunicação Via

Rádio em 915 MHz

O algoritmo genético criado em Costa et al.,

(2012) avalia uma função de custo (FC), sendo os

seguintes, os requisitos do sistema:

o limite máximo de geração da usina de

cogeração de 1800 kW;

o corte mínimo de carga possível;

o equilíbrio entre compressores e

forçadores que devem permanecer ligados;

o tempo que o produto está dentro de cada

túnel de congelamento e,

as temperaturas das câmaras de

resfriamento.

A Equação 1 mostra a função de custo

utilizada pelo AG para encontrar a resposta ótima

para o problema.

nnnn

eeen

TCrPCcPCoPFr

PPPFCdemmax

(1)

Sendo:

Pen: penalidade aplicada somente no caso da

potência demandada pelas cargas ultrapassar o

limite máximo de geração;

Pemax: limite máximo de geração;

Pedem: potência elétrica demandada pela

combinação de cargas em análise;

PFtn: peso dos forçadores do n-ésimo túnel;

PCon: peso do n-ésimo compressor;

TPcn: tempo em que o produto está dentro do n-

ésimo túnel;

TCrn: temperatura da n-ésima câmara de

resfriamento.

As ponderações associadas aos compressores,

utilizadas na função custo do algoritmo de busca,

foram calculadas de acordo com a capacidade de

compressão e foram normalizadas em função do

maior compressor. Fez-se Co1=100 e a Equação 2

foi aplicada para o cálculo dos pesos restantes.

KWPCo nn

(2)

Sendo:

PCon: peso do n-ésimo equipamento;

W: capacidade de compressão (W);

K: constante de determinação dos pesos dos

compressores.

O AG fornece um indivíduo de 25 bits, sendo

que cada bit representa um equipamento do sistema

produtivo. A Tabela 3 mostra a relação de cada bit

do indivíduo com o equipamento a ser controlado e

o peso numérico de cada indivíduo. O número

decimal contendo a soma de cada peso numérico

representa o indivíduo, e este é o número que é

utilizado pelo ScadaBR® quando o mesmo for atuar

no corte de cargas.

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

2426

Tabela 3. Correspondência entre o bit do indivíduo, com o equipamento e o seu peso em decimal.

Bit Equipamento Peso numérico 24 Compressor Co1 224 = 16777216

23 Compressor Co2 223 = 8388608

22 Compressor Co3 222 = 4194304

21 Compressor Co4 221 = 2097252

20 Compressor Co5 220 = 1048576

19 Compressor Co6 219 = 524288

18 Compressor Co7 218 = 262144

17 Compressor Co8 217 = 131072

16 Compressor Co9 216 = 65536

15 Compressor Co10 215 = 32768

14 Compressor Co11 214 = 16384

13 Compressor Co12 213 = 8192

12 Forçador Túnel Ft1 212 = 4096

11 Forçador Túnel Ft2 211 = 2048

10 Forçador Túnel Ft3 210 = 1024

09 Forçador Túnel Ft4 29 = 512 08 Forçador Túnel Ft5 28 = 256 07 Forçador Túnel Ft6 27 = 128 06 Forçador Túnel Ft7 26 = 64 05 Forçador Túnel Ft8 25 = 32 04 Forçador Túnel Ft9 24 = 16 03 Forçador Túnel Ft10 23 = 8 02 Forçador Câmara Fc1 22 = 4 01 Forçador Câmara Fc2 21 = 2 00 Forçador Câmara Fc3 20 = 1

Os dados de entrada do AG são as potências

ativas das cargas, os pesos calculados para o

equilíbrio entre os compressores e os forçadores, o

tempo de permanência do produto dentro de cada

túnel e a temperatura das câmaras de resfriamento.

Os valores das temperaturas e da pressão nos túneis

variaram aleatoriamente (Tabela 4) dentro das

faixas definidas em Costa et al., 2012:

Tabela 4. Faixas das temperaturas nas câmaras e pressão de

amônia nos tubos.

Faixa de Temperatura (°C) Faixa de Pressão

(Kgf/cm2)

-10 a 10 7,0 a 8,3

Porém, este recurso isolado não resolve o

problema na ocorrência de falhas, apenas define o

indivíduo inicial para o sistema supervisório.

Uma RSSF fornece então as informações

instantâneas das temperaturas das câmaras e do

tempo de permanência do produto dentro dos

túneis. Estes dados que antes eram fornecidos

manualmente são, agora, coletados a cada 5

minutos.

O AG capta estas informações e a cada

geração, gera um indivíduo ideal para esta situação.

O software ScadaBR®, sistema supervisório

utilizado neste estudo, recebe o indivíduo definido

pelo AG. O sistema lê o indivíduo mais não atua de

imediato, ficando o número correspondente ao

indivíduo disponível no próprio sistema. Na

ocorrência de falha no fornecimento de energia ou

no período de ponta, o sistema supervisório assume

o indivíduo fornecido pelo AG e envia um sinal

binário aos controladores instalados em cada

equipamento do sistema produtivo. Este sinal

binário define qual equipamento será desligado (1

mantêm ligado e 0 desligado).

A verificação de falhas no fornecimento de

energia é realizada por um sensor de corrente

instalado na entrada de energia da empresa,

conectado, também via rádio à base instalada no

computador principal. O software supervisório é

ativado pelo sensor de corrente ou pelo

temporizador.

Durante todo o processo é possível

acompanhar o funcionamento de todos os

equipamentos na tela do sistema supervisório,

verificando quais foram desligados e quais foram

mantidos ligados. É possível ainda acompanhar os

valores medidos de temperatura e pressão de todos

os pontos da fábrica.

O indivíduo em binário selecionado pelo AG

é convertido para decimal e armazenado em

arquivo no formato TXT a cada geração. O AG

gera um novo indivíduo a cada 30 minutos, sendo

este indivíduo a melhor combinação para aquele

momento da produção da empresa. Para fins de

testes esta base de tempo foi alterada para 1

minuto. O sistema supervisório faz a leitura deste

indivíduo e um script padrão para cada

equipamento, Data point que valida o equipamento

em função do seu peso numérico. A leitura do

indivíduo, pelo ScadaBR® é feita de maneira

contínua.

Script 1: rotina simulada para cada equipamento.

Se (MatLab.value “and” peso numérico)

retorne verdadeiro;

caso contrário

retorne falso;

Sendo:

MatLab.value o valor do indivíduo decimal lido

pelo software, e “peso numérico” o valor mostrado

na Tabela 3 associado a cada equipamento a ser

controlado.

Entretanto o sistema supervisório não

processa a rotina anterior, enquanto o script 2 não

autorizar o processamento do script 1. Os

equipamentos são agrupados pelo tipo, formando

os Data Source. Os compressores formam um Data

Source, assim como os forçadores formam outro

grupo. Cada Data Source possui um label

fornecido pelo sistema supervisório.

Script 2: Status do sensor de corrente:

Se (status == verdadeiro)

DS.disableDataSource('DS_936483');

caso contrário

DS.enableDataSource('DS_936483');

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O sensor de corrente ou a programação do

temporizador ativa este bit de status, ativando então

os Data sources. Toda vez que o status for igual

a 1, as cargas desnecessárias serão desligadas

(bit 0) e as cargas fundamentais continuarão em

funcionamento (bit 1).

O AG escolhe o melhor indivíduo em função

das temperaturas das câmaras, do tempo do produto

dentro dos túneis e realiza os cálculos baseado nas

potências máximas de cada carga. Um sistema de

refrigeração é diretamente influenciado pela

temperatura ambiente e muitas vezes os

compressores não atuam com sua potência máxima.

O designer gráfico do software ScadaBR®

somado aos valores instantâneos das temperaturas,

pressão e energia consumida facilita ao operador o

acompanhamento detalhado da produção. Também

permite que o mesmo insira cargas menores no

sistema, quando verificar que o consumo de energia

está abaixo do máximo gerado pela usina própria

da empresa. As mudanças na produção passarão

por pequenos ajustes definidos pelo sistema

supervisório, evitando que cargas maiores sejam

acionadas ou desligadas com frequência.

5.1 Resultados do controle de cargas por sistema

operando via RSSF

A RSSF foi criada com 25 placas

controladoras, de fabricação própria, rádio

transmissor BE 900 homologado pela ANATEL.

Foi também utilizado um sensor de corrente e

3 sensores de pressão.

As grandezas a serem medidas são:

temperatura, tempo de fechamento dos túneis,

demanda atual e corrente de fornecimento de

energia. Tais grandezas foram geradas

aleatoriamente e suas informações inseridas via

bornes de conexão externos nas placas dos

controladores e assim transmitidas ao receptor

conectado ao computador. Um computador com

processador Intel i3 com 4 GBytes de memória

RAM foi utilizado. Os softwares utilizados foram:

ScadaBR® 1.0 Radiuino (plataforma open source

Scada BR adaptado para funcionamento direto com

Radiuino) e MatLab® 7, 64 bits.

Após vários testes, todos os indivíduos

gerados pelo AG apresentaram consumo inferior ao

máximo limitado pela geração própria, existindo,

sempre uma sobra de energia, mesmo quando os

compressores (cargas mais significativas)

apresentavam consumo máximo. As variações nas

temperaturas e pressão durante o uso da geração

própria faz com que o AG apresente indivíduos

diferentes dos escolhidos. Para evitar que cargas de

grande porte (compressores de 800 cv) sejam

ligadas ou desligadas com frequência elevada,

devido a uma mudança de indivíduo selecionado, o

sistema supervisório bloqueia a leitura do arquivo

de extensão TXT, evitando, assim que estes

motores de grande porte sejam danificados e

piorem a qualidade do fornecimento de energia.

Contudo os valores de consumo instantâneos,

fornecidos pelo sensor de corrente, permitem ao

operador modificar o status das cargas pequenas

ajustando o sistema produtivo à nova situação de

pressão e temperatura, aumentando assim a

eficiência do sistema.

A tela de controle do ScadaBR® é mostrada na

Figura 5, indicando o controle da temperatura,

status dos ventiladores e o comparativo de

demanda máxima, calculada e a medida.

Figura 5. Tela de controle quando a energia é fornecida pela

concessionária.

Nesta aplicação verifica-se que o consumo

instantâneo é superior a 1800 kVA, uma vez que o

status do fornecimento está indicado como

concessionária.

Quando ocorre uma falha, ou no horário de

ponta, o sensor de corrente indica a falha e o

sistema assume o indivíduo proposto pelo AG

(MatLab®). Neste caso, a demanda máxima passa a

ser de 1800 kVA (Figura 6).

Figura 6. Tela de controle quando a energia é fornecida pela

cogeração.

Neste caso, percebe-se que a demanda de

potência prevista, utilizando o indivíduo gerado

pelo AG (MatLab®), é de 1686 kVA e o operador

ajusta, através do ScadaBR®, para um consumo de

1735,4 kVA. O comportamento da demanda

medida na empresa é mostrado na Figura 7.

Pode-se verificar que o AG define uma

combinação de cargas com um consumo previsto

de 1686 kVA, mas a combinação proposta

consome, naquele momento, aproximadamente

1300 kVA. Esta diferença se justifica porque

muitos compressores estavam com um consumo

menor do que o valor máximo.

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Figura 7. Valores de consumo medidos e propostos pelo AG.

Então, com a rede de sensores foi possível

perceber estas variações nas potências das cargas,

atuar sobre algumas destas cargas, previamente

desligadas e maximizar a produção sem que o

consumo supere o valor de 1800 kVA.

7 - Conclusão

O sistema de cogeração demora 15 segundos

para entrar em funcionamento em caso de falhas.

Uma rede de sensores sem fio que capta e modela o

sistema produtivo em tempo real sendo capaz de

fornecer o perfil instantâneo de consumo, associada

ao sistema supervisório consegue atuar nas cargas

em um tempo médio inferior a 1 segundo,

impedindo que o sistema de proteção da usina atue,

levando o sistema ao colapso e consequente

paralisação total.

Associado a esta combinação, o AG define a

melhor combinação inicial de cargas. Porém,

mudanças na produção industrial poderão passar

por pequenos ajustes definidos pelo sistema

supervisório, evitando a mudança desnecessária da

condição de trabalho de cargas maiores.

Esta plataforma mostrou ser uma ferramenta

eficiente no corte inteligente de cargas industriais

em momentos de contingência.

Agradecimentos

Os autores agradecem à Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa no

Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), Centro

Universitário do Sul de Minas (UNIS) e à

Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)

pelo suporte financeiro dado a esta pesquisa.

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