Controle De Qualidade De Fitoterápicos - Milleno D. Mota - Fitoterapia - UNIME

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Segundo slide da disciplina: Fitoterapia (Com Milleno porém são quase os mesmos slides de Caroline Tannus com pequeníssimas alterações!).

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IntroduoMetodologia da farmacognosia

Controle de Qualidade de FitoterpicosProf. Milleno D. Mota Email: [email protected] MSN: [email protected]

mais aplicada realidade da pequena farmcia

foco nas matrias primasparticularmente nas problemticas

Pontos a avaliar1. Identidade a planta que diz ser?c o n

1. IdentidadeAspecto fundamental Gnero, espcie, autor e famliaPassiflora edulis Slim. - Passifloraceae

2. Purezaest limpa? tem sujidades?

j u n t

3. Qualidade qumicatem os ativos qumicos esperados? em qualidade e quantidade?

o

Parte usadafolha

1. IdentidadeComo se chegou a esse nome?a) trabalho botnicocoleta material florido montagem exsicatas herbrio especialista ir avaliar faz identificao emite um laudo assinado

1. IdentificaoComo se chegou a esse nome?b) controle de qualidade da parte usadabaseado em farmacopias Farmacopia faz o trabalho botnico prvio monta as especificaes permite relao total

Obs.: e se no existe nas farmacopias?buscar artigos com os dados

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Identidade

IdentidadeMonografia apresenta:dados organolpticos macroscopia microscopica testes qumicos qualitativos cromatografia em camada delgadaainda para identidade

Identidade Avaliao organolpticaCor, sabor, cheiro, textura, etc. aromticas: hortel, camomila amargas: genciana, carqueja doces: alcauz, stvia que alteram paladar: agrio do brejo, gymnema floema com fluorescncia: mulung cheiro particular: valeriana

Identidade MacroscopiaFolhas: forma, pice, bordo, base, margem, forma e insero do pecolo Cascas= forma, superfcie externa, superfcie interna, fratura, seo transversal Razes e rizomas= forma, ns/entrens, marcas externas, seo transversal. Outras partes= particularidades (ex. funcho x ervadoce)

Distino macroscpica entre Maytenus e SoroceaBordo com cordo lenhoso

Macroscopia de quinas

Bordo sem cordo lenhoso Nervuras com padro zigue-zague prximas ao bordoEstrias long. numerosas e fendas transv. esparsas Fendas profundas long e transversais

Estrias long. esparsas e onduladas, ausncia de fendas transv. e presena cicatrizes circulares

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Identidade Microscopiacortes a mo livre com gilete e suporte (isopor) clarificao com hipoclorito de sdio coloraoSafranina / Azul de Astra

Identidade Avaliao microscpica de psO que sobra aps moagemPlos, cristais, amido, pedaos de esclernquima

Tecidos mortos= esclernquima e xilema Tecidos vivos= parnquimas, colnquima e floema Plos, estmatos, cristais, amido, etc.

Estruturas que no deveriam existirFibras de esclernquima em guaran

Identidade Microscopia de folhasTipo de mesfilo:Homogneo (mesmo tipo de clulas) Heterogneo (tipos diferentes de cels.)Simtrico Assimtrico

Tipos de mesfilo

Plos glandulares ou tectores cristais, gros de amido, glndulas, etc.

Tipos de plos

Centella asiatica

3

Centella asiatica p

Identidade Microscopia de cascasConjunto de tecidos do caule localizados externamente ao cmbio ComponentesSber Crtex Periciclo Regio floemtica

Esquema de uma casca

Foto de casca

IdentidadeCromatografia em camada delgadaSeparao dos ativos por migrao diferencial em sistema de solventes Perfil cromatogrficoideal para matrias primas em p

Amostras comerciais de espinheirasanta

usar padres comparativosAmostra

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Amostras comerciais de Passiflora alata

Amostras comerciais de Pfaffia paniculata

P. alata

amostra P. edulis

Amostra 1

Amostra 2

Padro botnico de Pfaffia glomerata

Amostras de porangaba

2. PurezaIseno de sujidades diversasa) Matria orgnica estranha= partes da planta que no correspondem drogaMximo 3% ou menos

b) Sujidades em geral= terra, pedras, fios, penas, barbantes, etc.Ausncia

c) Insetos e suas partes e excretasAusncia

Mufla e teste de cinzas

3. Qualidade qumicaa) QualitativaExtraes e solues reagentes geraiscor ou precipitao

Avaliar 1-2 grupos positivos e 1-2 negativosbase prvia de literatura

Na dvidaconferir com planta padro

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Qualidade qumicaPrincipais testesa) Flavonides = reao de cianidina b) Cumarinas = visualizao em UV c) Antracnicos = teste de Borntraeger d) Taninos = reagentes cloreto frrico, acetato de chumbo, gelatina e) Saponinas = teste de espuma f) Alcalides = reagentes gerais (Dragendorff, etc.)

Qualidade qumicaDoseamentosHidrodestilao de leos essenciais Gravimetria de metil-xantinas e saponinas Volumetria de alcalides totais Espectrofotometria

Semi-quantitativosndice de espuma, inibio de espuma e de hemlise ndice de amargor e dulor ndice de intumescimento

ndice de espumaPreparar extrato aquoso por refluxo 2 g por 30 min; filtrar em balo vol. 100 ml Pipetar segundo o esquema:I Sol. Extrat. gua Vol. total 1 9 10 II 2 8 10 III 3 7 10 IV 4 6 10 V 5 5 10 VI 6 4 10 VI I 7 3 10 VI II 8 2 10 IX 9 1 10 X 10 10

Agitar vigorosamente 15 segundos Aguardar 15 min e ler tubo com 1 cm de espuma

ndice de espumaClculosSe x g de droga necessita ser diluda em 10 ml de gua destilada para produzir 1 cm de espuma, 1 g de droga necessitar ser diluda em y ml de gua destilada para produzir a mesma espuma. Exemplo: tubo IV, com 4 ml da soluo da droga a 2% formou 1 cm de espuma:2 g droga - 100ml x - 4 ml x = 0,08 g droga (quantidade de droga contida no tubo)

Qualidade qumicaTeor de extrativosContedo de substncias extraveis em condies padronizadas:2 g da droga pulverizada Extrao por refluxo com gua Tempo de 15 min de fervura Esfriar, filtrar por algodo para balo volumtrico de 100 mL Pipetar 20 mL para cpsula estabilizada Evaporar em BM e secar em estufa 2 hs Pesar e calcular % de resduo

0,08 g droga 1g y = 125 ml

- 10 ml (volume final) - y

ndice Afrosimtrico (espuma) I.A.2 = 125

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Definio do teor de extrativos para Pfaffia glomerata Teor de extrativosNo indica os constituintes ativos tem baixo custofacilidade de execuo Lote 1 57,95 57,87 53,75 53,50 52,60 50,44 50,83 50,96 45,00 Lote 2 43,31 54,77 45,09 lote3 43,31 54,77 45,09

Realizar pelo menos n=2

Mdia final: teor de extrativos de 51,5 5,1% (N= 15)

Exemplos de problemas de qualidadeMonitoramento farmacognstico bsicoValores mdios de 50-60% de reprovao

Fatores de reprovao das amostras40 35 30 25

% 2038%Amostras aprovadas Amostras reprovadas

15 10 5 0M OE ADULT INSETOS AUS.ESP. ORGAN SUJID PESO

62%

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Casos problemticos: catuabaEspcie comercial incio sex. XXrazes de Anemopaegma arvense Bignoniaceae

Casos problemticos: Catuaba Problemanome definido como nulo em 1936

Tese de graduao em medicina na BahiaA.J.SILVA. Estudo botnico, qumico e teraputico da catuaba da Bahia, 1904cascas do caule de rvoreErythroxylum catuaba AJ Silva

Estudo de Lus Carlos Marques em 1995Verificao da inexistncia da espcieObteno de material florido Envio ao Inst. Botnico SPTrichilia catigua Adr. Jus. - Meliaceae

Cascas da catuaba vermelha

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Casos problemticos: o n-de-cachorro

Exsicata da verdadeira planta

Heteropteris aphrodisiaca ?

N-de-cachorro: razes verdadeiras

Casos problemticos Pfaffia Compra para estudoliteratura cita Pfaffia paniculata aquisio de amostras do mercadolote A= P. paniculata lote B= P. iresinoides

CCD das amostras comerciais

A

B

A

B

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Coleta da planta em Porto Rico (PR)

Identificao e herborizao

Extratos secosConcentrao varia muito

Extratos secosEsquema adotado para anlise: a. Caractersticas organolpticas

No existem especificaes oficiaisRaros casos na literatura

b. Solubilidade c. Umidade d. Algum teste fitoqumico preliminar

Como se analisa?conferir laudo do fornecedor

ESQUEMA GERAL ANLISE DE FITOTERPICOSFitoterpicosCinzas totais Cinzas insolveis em cido gua Determinao de componentes ndice de espuma

DROGAS VEGETAIS1. Amostragem Os procedimentos levam em conta 3 aspectos: a) Nmero de embalagens; b) Grau de diviso da droga; c) Quantidade disponvel. a) Nmero de embalagensN de embalagens N de embalagens a serem amostradas 1a3 3a5 4a6 6a8 8 a 10 5% do total de embalagens (10, no mnimo)Marcadores

Material estranho

leos Essenciais

1 a 10 10 a 25 25 a 50 50 a 75 75 a 100 Mais de 100

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DROGAS VEGETAIS1. Amostragem b) Grau de diviso e quantidade disponvel - Fragmentos inferiores a 1 cm Recolher amostras no sentido vertical e lateralmente; 250 g at 100 kg e quarteamento para quantidades maiores. - Fragmentos superiores a 1 cm Recolher com cuidado para no aumentar o grau de fragmentao; 500 g at 100 kg e quarteamento para quantidades maiores.OBS: Quando a quantidade de droga inferior a 10 kg, permissvel amostrar quantidade menor, mas nunca inferior a 125 g.

DROGAS VEGETAIS1. Amostragem Quarteamento - Distribuir a droga sobre rea quadrada e dividir em 4 partes; - Rejeitar as pores contidas em 2 quadrados opostos; - Juntar as 2 partes restantes; - Repetir o processo, se necessrio.

DROGAS VEGETAIS2. Determinao de Material Estranho As drogas vegetais devem estar, dentro do possvel, isentas de fungos, insetos e outros materiais contaminantes. No devem apresentar indcios de deteriorao, como odor anormal e descoramento. TIPOS DE MATERIAIS ESTRANHOS A) Partes do organismo do qual a droga deriva, diferentes da especificada; B) Partes de outros organismos presentes; C) Impurezas de natureza mineral (pedra, areia).

DROGAS VEGETAIS2. Determinao de Material Estranho Procedimento - Espalhar a droga amostrada em camada fina sobre superfcie plana; - Separar os materiais estranhos inicialmente a olho nu e, em seguida, com auxlio de lente de aumento (5 a 10 vezes); - Pesar o material e determinar a porcentagem.

DROGAS VEGETAIS3. Cinzas Totais Destina-se a estabelecer a quantidade de substncia residual no-voltil no processo de incinerao. As cinzas totais so aquelas derivadas do tecido vegetal e de materiais estranhos, especialmente areia e terra aderidas droga.

DROGAS VEGETAIS3. Cinzas Totais Procedimento - Transferir para cadinho previamente calcinado e pesado,cerca de 3,0 g da droga; - Incinerar, aumentando aos poucos a T, no ultrapassando os 450 C, at que todo carvo seja eliminado. - Esfriar e pesar; - Calcular a porcentagem de cinzas em relao droga.

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DROGAS VEGETAIS4. Cinzas Insolveis em cido o resduo obtido na fervura de cinzas totais com cido clordrico diludo, aps filtragem, lavagem e incinerao. Destina-se determinao de slica e constituintes silicosos da droga. Procedimento - Ferver o resduo de cinzas totais com 25 mL de HCl SR por 5 minutos, no cadinho coberto com vidro relgio; - Lavar o vidro relgio com gua e juntar a gua ao cadinho. Filtrar em papel de filtro isento de cinzas, lavando o cadinho com gua quente. - Colocar o papel de filtro no cadinho original, secar em chapa e incinerar a cerca de 500 C. - Calcular a porcentagem de cinzas insolveis em cido em relao a droga.

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