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Conteno PerifricaManual do utilizador

Traduo e Adaptao: Top Informtica, Lda.

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Conteno Perifrica

IMPORTANTE: ESTE TEXTO REQUER A SUA ATENO E A SUA LEITURA A informao contida neste documento propriedade da CYPE Ingenieros, S.A. e nenhuma parte dela pode ser reproduzida ou transferida sob nenhum conceito, de nenhuma forma e por nenhum meio, quer seja electrnico ou mecnico, sem a prvia autorizao escrita da CYPE Ingenieros, S.A. Este documento e a informao nele contida so parte integrante da documentao que acompanha a Licena de Utilizao dos programas informticos da CYPE Ingenieros, S.A. e da qual so inseparveis. Por conseguinte, est protegida pelas mesmas condies e deveres. No esquea que dever ler, compreender e aceitar o Contrato de Licena de Utilizao do software, do qual esta documentao parte, antes de utilizar qualquer componente do produto. Se NO aceitar os termos do Contrato de Licena de Utilizao, devolva imediatamente o software e todos os elementos que o acompanham ao local onde o adquiriu, para obter um reembolso total. Este manual corresponde verso do software denominada por CYPE Ingenieros, S.A. como Conteno Perifrica. A informao contida neste documento descreve substancialmente as caractersticas e mtodos de manuseamento do programa ou programas que acompanha. A informao contida neste documento pode ter sido modificada posteriormente edio mecnica deste livro sem prvio aviso. O software que este documento acompanha pode ser submetido a modificaes sem prvio aviso. Para seu interesse, CYPE Ingenieros, S.A. dispe de outros servios, entre os quais se encontra o de Actualizaes, que lhe permitir adquirir as ltimas verses do software e a documentao que o acompanha. Se tiver dvidas relativamente a este texto ou ao Contrato de Licena de Utilizao do software, ou se quiser contactar a CYPE Ingenieros, S.A., pode dirigir-se ao seu Distribuidor Autorizado ou ao Departamento Posventa da CYPE Ingenieros, S.A. na direco: Avda. Eusebio Sempere, 5 03003 Alicante (Spain) Tel: +34 965 92 25 50 Fax: +34 965 12 49 50 http://www.cype.com CYPE Ingenieros, S.A. 1 Edio (Agosto 2006)

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ndice geralApresentao .............................................................. 5 Generalidades............................................................. 7 1. Ajudas no ecr ........................................................ 7 1.1. Tecla F1 ................................................................ 7 1.2. cone com o sinal de interrogao ...................... 7 1.3. cone em forma de livro ....................................... 7 1.4. Guia rpido........................................................... 7 2. Perguntas e respostas ............................................ 8 Conteno Perifrica.................................................. 9 1. Memria de clculo................................................. 9 1.1. Modelo de clculo ................................................ 9 1.2. Impulsos ............................................................. 10 1.2.1. Clculo ssmico............................................ 11 1.3. Verificao da armadura .................................... 11 1.4. Dimensionamento da armadura ........................ 12 1.4.1. Dimensionamento da armadura vertical .................................................................... 12 1.4.2. Dimensionamento da armadura horizontal ............................................................... 12 1.4.3. Dimensionamento dos rigidificadores......... 12 1.5. Dimensionamento de estacas-pranchas metlicas.................................................................... 13 1.5.1. Tenso com majorao por esbelteza........ 13 1.5.2. Tenso com excentricidade de carga no coroamento....................................................... 13 1.5.3. Esbelteza...................................................... 13 1.6. Dimensionamento em cortinas de microestacas ..............................................................13 2. Descrio do programa .........................................15 2.1. Assistentes ..........................................................15 2.1.1. Assistente 1. Conteno Perifrica de parede moldada em edifcios.................................16 2.1.1.1. Dados obra ............................................16 2.1.1.2. Terreno ...................................................16 2.1.1.3. Etapas intermdias de escavao.........17 2.1.1.4. Lajes (fases de construo)...................17 2.1.1.5. Fase de utilizao (obra terminada) ...........................................................17 2.1.2. Assistente 2. Conteno Perifrica de parede moldada para edifcios com uma ou duas caves..............................................................18 2.1.2.1. Edificao...............................................18 2.1.2.2. Sobrecargas contguas..........................18 2.1.2.3. Terreno ...................................................18 2.1.2.4. Informao .............................................19 2.2. Modo de trabalho ................................................19 2.3. Assistente ............................................................19 2.4. Listagens .............................................................19 2.5. Desenhos ............................................................20 3. Exemplo prtico .....................................................22 3.1. Introduo ...........................................................22 3.2. Introduo de Dados ..........................................22 3.2.1. Criao da obra ............................................22 3.2.2. Terreno..........................................................24 3.2.3. Definio da Fase construtiva ......................25

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3.3. Clculo e resultados........................................... 26 3.3.1. Clculo ......................................................... 26 3.3.2. Crculo de deslizamento desfavorvel......... 27 3.3.3. Resultados ................................................... 27 3.4. Listagens e desenhos......................................... 28 3.4.1. Listagens ...................................................... 28 3.4.2. Desenhos ..................................................... 28

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ApresentaoConteno Perifrica foi desenvolvido para o dimensionamento e verificao de conteno perifrica genrica de qualquer material, de paredes moldadas com o respectivo dimensionamento das armaduras, de cortinas de estacas de beto armado, de estacas-pranchas metlicas e de cortinas de microestacas. Dispe de um assistente que o ajudar a introduzir os dados para os casos habituais de vrias caves de construo. Tambm dispe de um simples e fcil assistente para edifcios de uma ou de duas caves.

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Generalidades1. Ajudas no ecrOs programas de CYPE Ingenieros dispem de ferramentas de ajuda no ecr, atravs das quais o utilizador pode obter directamente do programa a informao necessria sobre o funcionamento dos menus dos dilogos e das suas opes. Esta ajuda est disponvel em quatro formas diferentes: dispem de informao ficaro com o bordo azul. A seguir, prima sobre o cone do qual quer obter ajuda. Na barra de ttulo dos dilogos que se abrem ao executar algumas opes do programa existe tambm um cone com o sinal de interrogao . Depois de premir sobre este cone, as opes ou partes do dilogo que dispem de ajuda ficaro com o bordo azul. Prima sobre aquela da qual deseja obter ajuda.

1.1. Tecla F1A maneira de obter ajuda de uma opo abrir o menu, colocar-se sobre a mesma e, sem chegar a execut-la, premir a tecla F1.

1.3. cone em forma de livroNa barra de ttulo de alguns quadros de dilogo que aparece um cone em forma de livro aberto oferece informao geral do quadro de dilogo onde aparece.

1.2. cone com o sinal de interrogaoNa barra de ttulo da janela principal de cada programa existe um cone com o sinal de interrogao . Pode obter ajuda especfica de uma opo do programa da seguinte forma: faa clique sobre esse cone; abra o menu que contm a opo cuja ajuda quer consultar; prima sobre a opo. E aparecer uma janela com a informao solicitada. Esta informao a mesma que se obtm com a tecla F1. Pode desactivar a ajuda de trs maneiras diferentes: prima o boto direito do rato, premindo o cone com o sinal de interrogao, ou com a tecla Esc. Tambm pode obter ajuda dos cones da barra de ferramentas. Para isso prima sobre o cone com o sinal de interrogao . Nesse momento os cones que

Em Metal 3D, especificamente, aparece este cone na barra de ttulo da janela principal. Se o seleccionar, poder obter informao sobre o modo de funcionamento de Metal 3D.

1.4. Guia rpidoPode-se consultar e imprimir a informao da tecla F1 com a opo Ajuda > Guia rpido. Alguns programas como Cypelec ou os includos em Instalaes de Edifcios tm ecrs diferentes seleccionveis atravs de tarefas situadas na parte inferior de cada um dos programas. As opes dos dilogos no esto reflectidas neste guia.

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2. Perguntas e respostasNa pgina web (http://www.cype.pt), poder encontrar a resoluo das consultas mais frequentes, em constante actualizao, recebidas pela Assistncia Tcnica CYPE.

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Conteno Perifrica1. Memria de clculoMuito ImportanteDeve ter em conta que o programa calcula a conteno perifrica como elementos estruturais submetidos aos impulsos dos diferentes terrenos e cargas exteriores aplicadas mesma. Mas no se realizam verificaes geotcnicas, tais como a determinao da sua resistncia por ponta, resistncia por atrito, presso de percolao, etc., que devem ser objecto de um estudo complementar a partir da informao geotcnica, assim como os elementos como escoras, tipo de ancoragem, o seu tipo, dimetro, comprimento de ancoragem, etc., que exigem igualmente o seu estudo estrutural complementar. O programa no determina nenhum coeficiente de segurana da estabilidade perante o deslizamento nem ao derrube. Quando se finaliza o clculo de todas as fases da conteno perifrica, significa que existe um equilbrio entre aces e reaces, mas no sabemos a reserva de segurana que possa existir perante um incremento imprevisto das aces, uma diminuio da profundidade em obra da conteno perifrica, etc. Uma forma disponvel de verificar essa reserva de segurana repetir os clculos, modificando as condies iniciais num duplicado da obra. Por exemplo, repita um clculo diminuindo em 20% o comprimento da conteno perifrica enterrada abaixo do nvel inferior de escavao, ou reduza os parmetros do terreno dividindo o ngulo de atrito interno por 1.20 e a coeso por 2. Se tiver definido uma percentagem do ngulo de atrito terreno-tardoz e terreno-face exterior, ponha-a a 0 para que s existam impulsos horizontais. Se nesses duplicados o clculo finalizar sem problemas, sem mensagens de no cumprimento do equilbrio, significa que temos uma reserva de segurana funo dos coeficientes de ponderao introduzidos, como mnimo.

1.1. Modelo de clculoO modelo de clculo utilizado consiste numa barra vertical cujas caractersticas mecnicas se obtm por metro transversal de parede. Sobre essa parede actua o terreno, tanto no tardoz como na face exterior, as cargas sobre o terreno, os elementos de suporte lateral como escoras, ancoragens activas e ancoragens passivas, os elementos construtivos como as lajes e as cargas aplicadas no coroamento. A introduo de elementos de suporte como escoras, ancoragens activas e ancoragens passivas introduzem condies de contorno da parede que se materializam atravs de molas de rigidez igual rigidez axial do elemento. Quando se introduz um estrato de rocha, o programa considera que a parede se encontra encastrada, se esta se introduzir com um comprimento maior ou igual a duas vezes a sua espessura. Entre 20 cm e duas vezes a espessura, considera-se que a parede apoia nesse estrato, isto , permitida a rotao, mas no o deslocamento nesse ponto. A discretizao da parede realiza-se cada 25 cm, obtendo para cada ponto o diagrama de comportamento do terreno. Alm disso, acrescentamse sobre a mesma os pontos nos quais se encontram os impedimentos laterais.

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Elementos de Conteno

1.2. ImpulsosOs impulsos que o terreno realiza sobre a parede, dependem dos deslocamentos desta. Para ter em conta esta interaco, utilizam-se uns diagramas de comportamento do terreno como o representado na figura seguinte:

-

Impulso passivo: frmula de Coulomb

Para obter informao sobre o clculo destes impulsos consulte o ponto Anexo Clculo de impulsos. Os valores do mdulo de Winkler, como qualquer parmetro geotcnico, so de clculo difcil. No programa apresentam-se uns valores orientadores de alguns tipos de terrenos, mas recomenda-se recorrer a literatura especializada e a ensaios empricos para maior preciso. Normalmente, se existir um estudo geotcnico, este deve fornecer o valor exacto deste mdulo para as dimenses que a parede vai ter. Estes mdulos de Winkler representam a rigidez do terreno num ponto e pode ser diferente, segundo o sentido do deslocamento. Alm disso, dado que a rigidez do terreno aumenta com a profundidade, considera-se uma variao linear da mesma, que o utilizador introduz atravs do parmetro conhecido como gradiente do mdulo de Winkler, que no mais que o incremento desse mdulo por metro de profundidade. Nesse diagrama considera-se que o terreno se comporta plasticamente, de maneira que entre uma fase e a seguinte actualiza-se o diagrama como se mostra na figura, onde ant o deslocamento da fase anterior:

Fig. 1.1

Os pontos significativos do grfico, ea, ep e eo, so os conhecidos impulso activo, passivo e repouso, respectivamente. Os deslocamentos limite activo e passivo representam-se por a e p. Estes deslocamentos obtm-se atravs dos mdulos de Winkler activo e passivo introduzidos pelo utilizador. O programa calcula os coeficientes de impulso segundo a seguinte formulao: Impulso em repouso: frmula de Jaky Impulso activo: frmula de CoulombFig. 1.2

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Se a parede continuar a deslocar-se para a direita, obtm-se um ponto que se move pelo ramo de carga, enquanto que se mudar o sentido do seu deslocamento, o impulso mudar segundo o ramo de descarga que passa pelo ponto inicial. Nos pontos da parede onde existe terreno tanto no tardoz, como na face exterior, o diagrama de comportamento utilizado obtm-se como soma dos diagramas correspondentes profundidade num e noutro lado da parede.

Okabe. Para mais informao consulte o ponto Anexo Clculo de impulsos. Nos resultados de cada fase construtiva mostram-se dois grficos: o primeiro sem aces de sismo e o segundo com a aco de sismo. Da mesma forma, nas listagens de esforos, resultados de elementos de amarrao, etc., aparecem ambos os casos.

1.3. Verificao da armaduraA seguir, pormenorizam-se todas as verificaes que se realizam para a armadura de uma parede de beto. Em primeiro lugar, realiza-se a verificao da armadura horizontal e vertical, verificando se satisfazem tanto os critrios geomtricos como resistentes. Posteriormente verificam-se os rigidificadores. Para as verificaes resistentes, estabelecem-se seces de verificao cada 0,25 m. Em cada uma das seces obtm-se os esforos de clculo a partir dos resultados de cada uma das fases, segundo as seguintes aces: H1: Esforo axial, transverso e momento flector de cada fase multiplicados pelo coeficiente de majorao. H2: Esforo axial nulo, transverso e momento flector multiplicados pelo coeficiente de majorao.

Fig. 1.3

1.2.1. Clculo ssmicoA aco ssmica faz com que o impulso sobre os muros aumente transitoriamente. O impulso activo em condies ssmicas maior que o correspondente situao esttica. De forma similar, o impulso passivo que o muro pode transmitir contra o terreno pode reduzir-se consideravelmente durante os sismos. O impulso passivo em condies ssmicas menor que o correspondente situao esttica. Para a avaliao dos impulsos utilizou-se o mtodo pseudoesttico, com os coeficientes de impulso dinmicos baseados nas equaes de Mononobe-

-

Para as verificaes de estados limite ltimos, utiliza-se o coeficiente de majorao introduzido pelo utilizador, em funo de se tratar de uma fase definitiva ou de servio. Para as verificaes de estados limite ltimos de servio (fendilhao), os coeficientes de majorao consideram-se iguais unidade. Os esforos calculam-se sempre por painel e a verificao realiza-se considerando como rea resistente do mesmo, a indicada na seguinte figura.

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Elementos de Conteno

Verificao dos rigidificadores horizontais Verificao dos rigidificadores verticais

1.4. Dimensionamento da armaduraFig. 1.4

1.4.1. Dimensionamento da armadura verticalDe todas as entradas da tabela de armadura, selecciona-se a mais econmica de todas as que cumpram os critrios de separao, quantidade e resistncia. A armadura base, alm de cumprir os critrios de separao e quantidade mnima, deve cobrir pelo menos 50% do momento mximo. Nas zonas nas quais essa armadura base no cumpra as verificaes de flexo composta e fendilhao, dispem-se reforos. No caso dos comprimentos dos vares serem superiores ao mximo introduzido pelo utilizador, geram-se as emendas necessrias.

Pode consultar a listagem de verificaes no ecr ao utilizar as opes de dimensionamento ou verificao do programa. Junto a cada verificao indica-se o captulo correspondente da norma que se deve cumprir. Nos casos em que no exista um critrio a cumprir, utilizar-se-o os das normas de beto espanholas e bibliografia de reconhecido prestgio. por isso muito importante que reveja a listagem de verificaes, pois ela indicar todas as realizadas, os valores de clculo e os da norma. Consulte-a sempre que o considere necessrio e na dvida, liste-a para se assegurar do cumprimento de todos os pontos. Os estados a verificar so: Recobrimento Separao mnima de armaduras Separao mxima de armaduras Quantidade mnima geomtrica Quantidade mxima geomtrica Quantidade mnima mecnica Verificao de flexo composta Verificao de esforo transverso Verificao de fendilhao Verificao de comprimentos de emenda

1.4.2. Dimensionamento da armadura horizontalDe todas as entradas da tabela de armadura, selecciona-se a mais econmica das que cumpram os critrios de separao e quantidade descritos anteriormente para a armadura horizontal.

1.4.3. Dimensionamento dos rigidificadoresO dimetro do rigidificador, tanto vertical como horizontal, ser igual ao maior entre o do tardoz e da face exterior. Dispe-se um nmero tal que a separao dos rigidificadores horizontais seja como mximo de 2.5 m e a dos verticais de 1.5 m.

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1.5. Dimensionamento de estacaspranchas metlicasUma vez escolhida uma srie e um perfil dentro da srie, procede-se ao dimensionamento. No caso de no cumprir o perfil escolhido, o programa coloca o seguinte na srie e volta a calcular a cortina, uma vez que ao mudar o perfil, mudam tambm os esforos. A seguir volta-se a verificar e se tambm no cumprir, repete-se o processo. As verificaes que se fazem neste tipo de cortinas so as seguintes:

1.6. Dimensionamento em cortinas de microestacasAs cortinas de microestacas so elementos cilndricos, perfurados em situ, armados com tubagem de ao e injectado com leitada ou argamassa de cimento e cujos dimetros no superam normalmente os 30 cm. Definese o dimetro exterior ou dimetro da escavao, e o programa dimensiona o tubo cilndrico de ao definvel na biblioteca. O dimensionamento da microestaca realiza-se em flexo composta. Para o clculo da seco de beto em estados limites ltimos, utiliza-se o mtodo da parbola-rectngulo, com os diagramas tenso-deformao do beto e do ao. A partir da srie do perfil seleccionado para a obra, verificam-se de forma sequencial crescente todos os perfis da srie. Estabelece-se a compatibilidade de esforos e deformaes e verifica-se que no se superem as tenses do beto e do ao nem os seus limites de deformao. Considera-se a excentricidade mnima ou acidental, assim como a excentricidade adicional de encurvadura segundo a norma, limitando o valor da esbelteza mecnica, de acordo com o indicado na norma. O comprimento de encurvadura considerado livre em cada fase, tendo em conta que a parte totalmente enterrada se considera que no pode encurvar, ou ento a distncia entre pontos de momento nulo (quando existam lajes, escoras, etc. que produzam inflexes no diagrama de momentos flectores). O dimensionamento mximo do tubo circular estar limitado pelo dimetro da microestaca.

1.5.1. Tenso com majorao por esbeltezaTenso de Von Misses calculada a partir da tenso normal (funo do esforo axial, coeficiente de encurvadura devido esbelteza, momento flector e mdulo resistente) e a tenso tangencial (funo do esforo transverso e a rea resistente ao esforo transverso).

1.5.2. Tenso com excentricidade de carga no coroamentoNeste caso, em vez de se multiplicar o esforo axial pelo coeficiente de encurvadura como no caso anterior, tem-se em conta um momento adicional calculado com o esforo axial de coroamento pela excentricidade mxima produzida pela deformao da cortina.

1.5.3. EsbeltezaSendo um elemento comprimido, verifica-se que a esbelteza da estaca-prancha no supere o valor recomendado pela norma.

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Elementos de Conteno

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2. Descrio do programa

Fig. 2.1

2.1. AssistentesAo criar uma obra nova, abrir-se- o dilogo Seleco de assistente.

Fig. 2.2

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Elementos de Conteno

Se criar uma obra nova com um assistente, o programa gerar os dados necessrios para a descrever, segundo o tipo de assistente seleccionado, a partir de um nmero reduzido de parmetros introduzidos de forma sequencial. Inclui a gerao do processo construtivo e pr-dimensionamento da geometria de uma parede de beto armado escavada por fases com escoramentos sucessivos (temporrios ou permanentes), que suporta vrias lajes a distintas alturas e contemplando a possibilidade de construes excntricas. Gera, alm disso, uma ltima etapa de servio, na qual o edifcio pode carregar a parede no seu coroamento. Pode rever e/ou modificar qualquer dado gerado, depois de gerada a obra. O pr-dimensionamento da espessura da parede H/20 (sendo H a profundidade da escavao), com um mnimo de 45 cm e um mximo de 100 cm. Os arredondamentos produzem-se em valores de 45, 60, 80 e 100. A altura total da parede varia entre 2H e 1.4H, dependendo de se a escavao tem escoramentos ou no. Dependendo do nmero de fases a escavar, considerar-se- um valor intermdio do intervalo anterior. Se existir rocha a uma profundidade menor, levar-se- a parede at ela, aprofundando 20 cm, que o mnimo para considerar que a parede se articula nesse ponto. Para conhecer as aproximaes efectuadas, leia as Ajudas que se mostram em cada dilogo do assistente. Existem dois tipos de assistentes:

continuar, necessrio destacar que quando se fala de cota tem de indicar o sinal negativo, dado que se considera como cota 0 a da rasante superior do terreno.

2.1.1.1. Dados obraDeve indicar a profundidade total da escavao.

Fig. 2.3

2.1.1.2. TerrenoPossvel existncia de nvel fretico, rocha, e sobrecarga sobre o terreno no tardoz. Alm disso, dever configurar os diferentes estratos do terreno a conter.

2.1.1. Assistente 1. Conteno Perifrica de parede moldada em edifciosAssistente para gerar paredes de vrios nveis. Aparecem sucessivas janelas de introduo de dados cujas opes dispem de ajuda no ecr. Antes deFig. 2.4

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2.1.1.3. Etapas intermdias de escavaoDeve definir o nmero de etapas de escavao nas quais se colocam amarraes e indicar em cada etapa a sua cota e tipo de ancoragem (pontual, ancoragem activa permanente ou provisria, ancoragem passiva permanente ou provisria). A ancoragem tem a sua prpria cota. Para cada etapa de escavao, o assistente gerar 2 fases. A primeira a escavao do terreno e a segunda, a colocao da ancoragem. As cotas das etapas de escavao no podero ser maiores que a profundidade de escavao indicada na primeira janela do assistente, Dados Gerais. Se, por exemplo, a profundidade total de escavao for de 9 m e as suas etapas de escavao forem de 3 m, apenas deve definir aqui duas etapas. A primeira, cota 3 m e a segunda, a 6 m. O programa gerar automaticamente a ltima etapa de escavao sem a fase de ancoragem.

Fig. 2.6

2.1.1.5. Fase de utilizao (obra terminada)Cargas no coroamento da parede e os esforos transversos na fase de utilizao que as lajes de cave transmitem parede.

Fig. 2.5

Fig. 2.7

2.1.1.4. Lajes (fases de construo)Lista de lajes de fundao (se esta exercer um efeito de travamento) indicando a sua cota superior, altura e transverso (em KN/m) na fase de construo. Define-se como laje; por isso, tambm a fundao por laje. A cota superior da laje menos a altura deve coincidir com a cota do fundo da escavao; neste caso: -13.50 0.80 = -14.30.

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Elementos de Conteno

2.1.2. Assistente 2. Conteno Perifrica de parede moldada para edifcios com uma ou duas caves

Fig. 2.9

Fig. 2.8

2.1.2.2. Sobrecargas contguasTipo de sobrecargas (sem edifcios contguos, via com trfico ligeiro, via com trfico pesado ou edifcio contguo no qual deve definir o nmero de pisos e a profundidade do plano de fundao). Em funo da seleco, aplicar-se- uma carga superficial sobre o terreno do tardoz.

Da mesma forma que no assistente anterior, aparecem sucessivas janelas de introduo de dados.

2.1.2.1. EdificaoPor defeito, com uma cave; se activar a casa correspondente pode estabelecer duas caves. Deve indicar alturas livres entre lajes, vos transversais (vo livre das lajes entre a conteno perifrica e o apoio seguinte; com este dado o programa gera de forma aproximada as alturas das lajes e as cargas que as mesmas transmitem conteno perifrica), se o edifcio se apoia na viga de coroamento da parede, indicando o nmero de pisos que h sobre a rasante e por ltimo o tipo de fundao. Com este ltimo dado, informa-se ao assistente da tipologia de fundao do edifcio.

Fig. 2.10

2.1.2.3. TerrenoAdmitem-se como mximo dois estratos. Tambm pode definir se existe rocha e nvel fretico, indicando as suas profundidades correspondentes.

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1. Criar um ficheiro Novo com o nome da obra. 2. Seleccionar o tipo de assistente ou ento Nenhum.Neste ltimo caso, deve criar manualmente as fases ou etapas construtivas com o boto Seleco e indicar todos os dados necessrios de cada fase, ancoragens, etc.

3. Reveja os dados introduzidos, passando pelaseleco de todas as fases.

4. Clculo e reviso de esforos de cada fase,Fig. 2.11

premindo Esforos.

5. Se a conteno perifrica for de beto armado,2.1.2.4. InformaoAntes de gerar a obra, mostra-se uma listagem com os dados a gerar da qual pode retroceder para realizar modificaes. Pode-se imprimir esta listagem ou exportar para HTML, PDF, TXT e RTF. para obter as armaduras premir o boto Dimensionar.

6. Rever as listagens de verificao com o botoVerificar.

7. Editar as armaduras, com Edio armadura, epara as rever utilizar o boto Verificar.

8. Obteno de listagens e desenhos utilizando os

botes Listagens da obra e Desenhos da obra, respectivamente.

2.3. AssistenteAo criar uma obra nova dispe da possibilidade de utilizar um assistente, o qual gerar os dados necessrios para descrever o muro a partir de um nmero reduzido de parmetros introduzidos de forma sequencial. Inclui o pr-dimensionamento da geometria e a gerao de cargas. Pode rever e/ou modificar qualquer dado gerado depois da obra gerada.

Fig. 2.12

2.2. Modo de trabalhoRecomenda-se seguir os seguintes passos:

2.4. ListagensA forma de obter as listagens realiza-se com a opo Arquivo > Imprimir > Listagens da obra.

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Elementos de Conteno

As listagens podem enviar-se para impressora (com vista preliminar opcional, ajuste de pgina, etc.) ou

podem gerar-se ficheiros HTML, PDF, RTF e TXT (Fig. 2.13).

Fig. 2.13

2.5. DesenhosA forma de obter os desenhos realiza-se com a opo Arquivo > Imprimir > Desenhos da obra. Podem realizar-se as seguintes operaes para o desenho de esquemas: A janela Seleco de desenhos (Fig. 2.14) permite acrescentar um ou vrios desenhos para imprimir simultaneamente e especificar o perifrico de sada: impressora, plotter, DXF ou DWG; seleccionar uma legenda (da CYPE ou qualquer

outra definida pelo utilizador) e configurar as layers.

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Fig. 2.14

Em cada desenho configurar os elementos a imprimir, com possibilidade de incluir pormenores do utilizador previamente importados.

Fig. 2.16

Recolocar os objectos dentro do mesmo desenho ou desloc-los para outro.

Fig. 2.15

Modificar a posio dos textos.Fig. 2.17

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Elementos de Conteno

3. Exemplo prtico 3.1. IntroduoDescreve-se a seguir um exemplo prtico de iniciao para o utilizador, cujo objectivo : Como introduzir uma obra sem ajuda do assistente. Analisar os resultados.

Trata-se de uma parede moldada, contendo uma ancoragem com um determinado pr-esforo. O terreno apresenta dois estratos, existindo a uma determinada cota um nvel fretico.

Fig. 3.2

Prima o boto Sair.

3.2. Introduo de Dados3.2.1. Criao da obraSiga este processo para criar a obra: Prima sobre Arquivo > Novo. Na janela que se abre introduza o nome do ficheiro e da obra.

Fig. 3.1

O ficheiro do exemplo prtico est includo no programa. Se pretender aceder a ele, siga estes passos: Entre no programa. Prima Arquivo > Gesto arquivos. Abre-se a janela com o mesmo nome. Prima o boto Exemplos e posteriormente prima em Abrir.

Fig. 3.3

Prima Aceitar.

Posteriormente, surge a janela de Seleco de assistente, prima em Nenhum e por fim em Aceitar.

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Fig. 3.7 Fig. 3.4

Considera-se os dados da figura 3.8.

Prima no cone referente Parede moldada, fig.3.5.

Fig. 3.5

Coloque os dados referentes aos materiais, fig.3.6.

Fig. 3.8

Coloca-se uma profundidade de 8 metros de nvel fretico.

Fig. 3.6

De seguida, introduza os valores de acordo com a figura 3.7

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Elementos de Conteno

3.2.2. TerrenoNeste ponto, definem-se as caractersticas geotcnicas do terreno. Para alm disso, introduz-se um novo estrato. Prima em Terreno>Editar estrato/macio terroso e prima sobre o terreno. Coloque como Descrio: Areia semidensa. Prima sobre o cone , seleccione Areia semidensa e assume os valores referentes a este tipo de terreno.

Fig. 3.9

Aps Aceitar, surge a parede moldada de acordo com a figura 3.10.

Fig. 3.11

Fig. 3.10

Prima sobre Terreno>novo estrato. Coloque como Descrio: Argila branda. , seleccione Argila branda Prima sobre o cone e assume os valores referentes a este tipo de terreno. Como profundidade do estrato coloque 3 metros.

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Prima em Fase>Descrio e coloque uma profundidade de escavao de 4 metros.

Fig. 3.12 Fig. 3.14

3.2.3. Definio da Fase construtiva Prima no cone e escreva o nome da fase: Escavao at cota: -4.00 m, de acordo com a figura 3.13.

Prima em Fase>Cargas no coroamento e coloque uma carga de 10 KN/m de carga Vertical.

Fig. 3.15 Fig. 3.13

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Elementos de Conteno

Prima em Fase>Nova carga no tardoz e coloque uma carga uniforme superficial de 10 KN/m2.

Fig. 3.16 Fig. 3.18

3.3. Clculo e resultados3.3.1. Clculo Prima em Clculo>Dimensionar tudo e prima afirmativamente em calcular esta fase.

No final do clculo poder consultar a listagem de verificaes.

Fig. 3.17

Prima em Elementos de apoio>Nova ancoragem activa e coloque os dados de acordo com a figura 3.18.

Fig. 3.19

Conteno Perifrica

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3.3.2. Crculo de deslizamento desfavorvel Prima em Fase>Crculo de deslizamento desfavorvel, desta forma visualizar o mapa de isovalores do coeficiente de segurana sobre a posio de todos os crculos de deslizamento analisados.

Fig. 3.21

Assim poder consultar de uma forma simples os esforos e deslocamentos, premindo no cone , poder activar os valores em x e y como tambm outras opes. Fig. 3.20

Prima Clculo>Diagramas de esforos.

3.3.3. Resultados Prima em Clculo>Resultados da fase.

Poder consultar diversos diagramas de esforos, deslocamentos entre outros, relativamente a uma fase ou a vrias fases. Da mesma forma, poder configurar as opes de visualizao.

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Elementos de Conteno

3.4. Listagens e desenhos3.4.1. Listagens Prima em Arquivo>Imprimir>Listagens da obra e poder seguidamente seleccionar o que pretender imprimir, prima Aceitar para terminar.

Fig. 3.22

Prima Clculo>Grficos de comportamento do terreno.

Poder visualizar-se a relao entre os impulsos e os deslocamentos presentes na parede.Fig. 3.24

Pode-se imprimir directamente para a impressora ou exportar para ficheiro em TXT, HTML, PDF ou RTF.

3.4.2. Desenhos Prima em Arquivo>Imprimir>Desenhos da obra, de seguida prima em , preencha os dados como desejar e prima Aceitar. Fig. 3.23

Seleccione um determinado perifrico e prima Aceitar. Aps a gerao do desenho, prima em Desenhos>Pormenor de um desenho e de seguida prima sobre o desenho, dessa forma visualizar o desenho.

Posteriormente, poder imprimir o desenho..