ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO - CPI

SISTEMA DE TELEFONIA FIXA, MOVEL e CELULAR CAREIRO CASTANHO (AM) 19 de Setembro de 2013

O SR. PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DO CAREIRO CASTANHO ( João Doza) Bom dia a todos e a todas. Antes do início da audiência pública da CPI da telefonia, convido a Sra. Vereadorda Cirdelande, para proferir uma oração, para que Deus proteja todos nós e que façamos um bom trabalho e o melhor para o Careiro. A SRA. VEREADORA CIRDELANE: Bom dia a todos e a todas. Oremos nesta hora. Vamos dar as mãos porque hoje é um momento impar em que o Município do Careiro Castanho, juntamente com a várzea, Manaquiri e outros municípios que aqui se fazem presentes, para juntos tratarmos de um assunto de suma importância que tem trazido sérios problemas a todo o Estado. Oremos ao Senhor a oração universal: Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome; venha nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém! O SR. PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DO CAREIRO CASTANHO ( João Doza) Obrigado vereadora. Vamos dar inicio a audiência pública da CPI da telefonia no amazonas, em 19 de setembro de 2013. Em nome do povo do Careiro, quero dar boas-vindas aos membros da CPI da telefonia no Amazonas. Os parlamentares da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas e os Vereadores dos Municípios de Manaquiri, Careiro da Várzea e Autazes, que sejam bem-vindos. Passo a palavra ao Deputado Marcos Rotta, Presidente da CPI, para dar início aos trabalhos. Queria passar as mãos do Presidente os convites que foram feitos ao comércio local, as autoridades, a Rádio do nosso Município. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Bom dia. Neste momento declaro aberta a presente audiência pública, que tem como objetivo ouvir a população deste município e colher subsídios para a elaboração do relatório final desta CPI. Convido para compor a mesa o eminente Deputado Marcelo Ramos, líder do PSB na Assembléia Legislativa e relator das questões que envolvem a Internet; convido também o eminente Deputado Adjuto Afonso, Vice-Líder do

PP na Assembléia Legislativa, que tem a missão de relatar as questões que envolvem a telefonia móvel. Queria neste momento cumprimentar a agradecer muito a Câmara Municipal, agradecer aos Vereadores do Careiro Isaac Lira, José Martins, Junior Melo, Gleuson Mesquita, João Doza, José Renato, Conceição Moura e o Carlos Tavares. Obrigado pela presença e acolhida desta CPI no município do Careiro. Agradecer aos vereadores de Autazes que aqui estão, Presidente da Câmara Marcelo Maia, o Cleideson Oliveira, Josiney Silva; Vereador de Manaquiri João Moura. Agradecer aos Vereadores do Careiro da Várzea que aqui estão, o Vereador Ferreirinha, que é o Presidente da Câmara Municipal do Careiro da Várzea e representa neste ato também o Prefeito do Careiro da Várzea, a Vereadora Cirdelane e o Vereador Luiz Guedes. Em nome da CPI da telefonia queria agradecer aos moradores que aqui estão, representantes do comércio, agências bancarias; representantes da sociedade organizada; representantes das comunidades que sofrem muito com essa problemática que envolve a telefonia fixa, móvel e também de internet. Queria agradecer a Assembléia Legislativa, a Casa Militar, o Serviço de Taquigrafia que aqui estão. Os assessores das senhoras e senhores parlamentares. Agradecer o empenho e a dedicação de cada um, pra que juntos, a gente possa cumprir uma missão que é uma missão árdua, difícil, trabalhosa, mas que não tenho dúvida alguma de que com o apoio que temos recebido das Câmaras Municipais, das senhoras e senhores vereadores, haveremos de atingir nossos objetivos. Criamos a nossa CPI e casualmente, somos cinco integrantes da CPI da telefonia. Mas, casualmente hoje, estão os três autores da CPI da telefonia - o Deputado Adjuto Afonso, eu e o Deputado Marcelo Ramos. Nós colhemos as assinaturas, iniciamos esse movimento dentro da Assembléia para a criação de uma CPI de telefonia fixa, móvel e internet. Hoje, no Brasil, existem dezoito CPIs espalhadas pelos Estados Brasileiros. A missão desta CPI é exatamente identificar os problemas, identificar as deficiências e juntamente com técnicos que aqui já estão emprestando seu profissionalismo e seu conhecimento sobre essa problemática, haveremos de fazer o nosso relatório e nós inovamos no Estado do Amazonas. Via de regra, numa CPI, você vê apenas a figura de um único relator. Temos três relatores hoje nesta CPI. O Deputado Marcelo que vai relatar a questão da internet; o Deputado Adjuto Afonso que vai cuidar da parte da telefonia móvel e o Deputado Sidney Leite que vai cuidar da parte da telefonia fixa. Então, estamos percorrendo e vamos percorrer o maior número possível de municípios. Estivemos em Iranduba, Novo Airão e Manacapuru. Hoje, estamos aqui no Careiro, exatamente com essa missão de ouvir os representantes dos municípios. Esses Vereadores que estão diretamente interligados com a comunidade,com os comerciantes, com os problemas que esta questão da telefonia fixa, móvel e internet acabam ocasionando ao município de uma maneira geral. Porque estamos vivenciando a era da

tecnologia, a era da informática e é inadmissível que todos nós que vivenciamos esse problema não darmos nossa parcela de contribuição pra que juntos possamos tentar amenizar esse grau de sofrimento e de prejuízo. Temos a consciência de que não vamos conseguir mudar e resolver todos os problemas. Mas a nossa missão maior é identificar esses problemas, apontar isso em nossos relatórios, responsabilizar quem de direito, indiciar, se for o caso, quem de direito também. Temos percebido que existe uma grande fragilidade por parte da agência reguladora que é a Agência Nacional de Telecomunicações, que deixou ao longo dos últimos anos esse problema de deficiência se acumular e o resultado estamos percebendo hoje no dia a dia. Estamos aqui com essa missão de muito mais ouvir os reclames, de muito mais ouvir o grau de insatisfação das senhoras e senhores que aqui estão. Haveremos de ouvir primeiros os Vereadores do Castanho, depois os Vereadores de Manaquiri, Autazes, enfim, todos os que quiserem se manifestar. E vamos abrir a palavra para os representantes da sociedade que aqui estão, porque pra nós, o nosso maior objetivo é ouvir os reclames das senhoras e dos senhores aqui estão presentes. Em nome da nossa CPI,obrigado pela acolhida aqui no município do Careiro Castanho e passo a palavra neste momento ao Deputado Adjuto Afonso, que é o relator da telefonia móvel desta CPI. O SR. DEPUTADO ADJUTO AFONSO: Obrigado Deputado. Bom dia a todos. Quero cumprimentar os Srs. Vereadores do Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Aurtazes e Manaquiri. E dizer, o que disse muito bem o Deputado Marcos Rotta. A intenção da CPI é justamente que a gente possa fazer um grande relatório tanto na telefonia móvel que vou relatar, quanto na telefonia fixa e também na Internet. Que façamos um relatório robusto e que a gente possa, depois de ouvir os senhores da região metropolitana e outros municípios, a gente possa condensar um grande relatório e junto a agência reguladora, junto até a nossa bancada no Congresso Nacional, a gente exigir a melhoria dos serviços. Sabemos e todos os senhores sabem, que a telefonia é uma concessão pública e que essa concessão pública que o Governo concede a essas empresas não corresponde o que queremos, que é uma telefonia de qualidade. Não entendo a gente pensar em desenvolvimento se negamos a comunicação a essas pessoas. Não se pode pensar que a gente vai desenvolve uma área aqui como Careiro Castanho ou Careiro da Várzea, o Autazes, com um serviço de comunicação de péssima qualidade. Não se pode pensar nisso. A intenção nossa é que a gente faça, da minha parte, que vou relatar a telefonia móvel, que talvez seja a maior e a mais problemática, hoje pouco se usa a telefonia fixa, mas a telefonia móvel e internet, se a gente não tiver de qualidade, a gente não tem como crescer, não tem como desenvolver. A intenção nossa é essa, de ouvir os senhores representantes do povo, os Vereadores, representantes das comunidades, para que a gente possa fazer um grande relatório e ai sim, como disse o Deputado Marcos Rotta, vê a

agência reguladora que no meu entender é uma agência que fecha os olhos, não regula nada e deixa acontecer. Essas empresas hoje, o que a gente já tem detectado e talvez não seja diferente aqui é questão de antena. Município como o Careiro, que tem uma grande população, deve ter muitas linhas telefônicas aqui mas não tem linha suficiente para cobrir. Temos dados de que uma antena, no máximo, comporta mil linhas e a gente em municípios, só tem uma ou duas antenas e depois eles usam a seguinte desculpa: tivemos problema com o meio ambiente do município, o município não tem leis que regulamentem. Vamos tratar disso também, quando em Manaus, convidar os vereadores, pra ver qual a lei que temos que trata do meio ambiente para que as Câmaras possam fazer a lei para que amanhã eles não possam ter desculpas. Como é que eles puderam instalar uma antena e depois não podem instalar as outras porque tem problema com o meio ambiente? É uma forma, um chamariz. Olha, vamos colocar uma antena e com isso vamos vender 10, 20, 30 mil linhas e não interessa pra nós o serviço, o que interessa é que estamos lá ganhando dinheiro, faturando em cima do povo e não é isso que queremos, não é isso que os senhores querem. Portanto, vamos ouvi-los e pretendemos sair daqui com as informações de todos os municípios da região e que a gente possa, junto com nosso relatório, exigir um serviço melhor pra população não só da capital mas também do interior do Estado. Era isso, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço ao relator desta CPI, Deputado Adjuto Afonso. Passo a palavra neste momento ao Deputado Marcelo Ramos, relator da internet. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Bom dia a todos e a todas. Quero saudar toda população que acompanha essa sessão e saudar o conjunto de Vereador e Vereadoras dos municípios, pedindo licença para fazê-lo em nome do Vereador Gleisom, aqui da Câmara Municipal de Careiro Castanho e do Vereador Gledson, da Câmara Municipal de Autazes, meus companheiros de partido. Nós chegamos ao extremo da instalação de uma CPI depois de todas as tentativas de dialogo e de pressão em relação as operadoras. Fizemos uma série de audiências publicas. Fomos ao Ministério Público, ao PROCON, utilizamos todos os mecanismos possíveis para enquadrá-los e garantir a prestação de um serviço nos índices de qualidade definido pela resolução da Anatel. E precisamos aqui ter clareza e por isso nossa CPI foi dividida em três relatorias, de quais são os limites de cada um dos três modais que estamos tratando aqui de comunicação - telefonia fixa, telefonia móvel e internet, e algumas diferenciações precisam ser feitas.

A primeira delas, é ter a noção de que telefonia fixa ou móvel são serviços concedidos. Portanto, são serviços públicos executados por particulares. Portanto, passiveis de regulação por parte do poder público. Internet, infelizmente, não é serviço público concedido. É um serviço privado. Portanto, não passível de regulamentação pela Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. E esse é o primeiro questionamento que precisamos fazer de uma mudança necessária na legislação federal. Quando a lei geral de telecomunicações foi aprovada não existia ainda a internet. Portanto, a lei geral de telecomunicações não poderia normatizar o que não existia. Quando a internet surgiu, ela deveria ter sido inserida como serviço público concedido na lei geral de telecomunicações, mas não foi. Portanto, é um serviço privado. Essa é a primeira questão. Separar desses três itens o que é serviço público concedido e o que é serviço privado. Segundo aspecto e aí é importante até por conta das demandas das comunidades que se apresentam. Telefonia fixa, por força da lei geral de telecomunicações, ela tem o dever de universalização. Portanto, telefonia fixa é obrigada ter em todos os locais, em qualquer comunidade que tenha mais de cem habitantes, tem que ter telefonia fixa. Isso é obrigação da lei geral de telecomunicações. Ate 40 Km. De raio da área urbana da cidade a responsabilidade dessa telefonia fixa é da empresa OI. De 40 km. Fora da área urbana das cidades, a telefonia fixa é de responsabilidade da empresa EMBRATEL. Então, é importante todo mundo ter clareza disso. Portanto, telefonia fixa dever de universalização. Tem que ter em todo canto. Em qualquer comunidade que tenha pelo menos cem habitantes tem que ter lá pelo menos um telefone comunitário. Telefonia móvel. Não há obrigação de universalização. A obrigação de cobertura definidas pela resolução da Anatel e pela lei geral de telecomunicações é apenas para áreas urbanas das cidades. Portanto, do ponto de vista legal, as operadoras de telefonia móvel só tem obrigação de cobrir as áreas urbanas das cidades. E internet, não há obrigação nenhuma, porque é um serviço meramente privado. No entanto, tanto em relação a telefonia móvel quanto em relação a internet, os termos de concessão das operadoras, eles estabeleceram algumas obrigações. Por exemplo, o termos que autorizou a fusão da OI com a BRASIL TELECOM, ele obrigou a OI a trazer um cabo de fibra ótica, que é aquele cabo que vem pela BR 174 lá da Venezuela. Não há na legislação a obrigação da OI com a internet, mas eles aproveitaram a fusão para obrigar uma contrapartida que era trazer o cabo de fibra ótica pela Venezuela. A telefonia móvel. Existe telefonia móvel em alguns municípios em que ela é ou pode ser deficitária, porque o Estado brasileiro, através do seu poder regulatório, quando definiu que alguém ia ter direito de explorar telefonia móvel em Manaus, que é uma praça comercialmente vantajosa, ele disse – olha, você vai explorar Manaus, mas em contrapartida você vai ter que colocar telefonia em Envira. Os municípios do Amazonas foram divididos nesse pacote do 3G como contrapartida das operadoras.

Por isso que no inicio cada município só tinha uma operadora, que era aquela operadora que o termo de concessão definiu que tinha que assumir aquele município. Cobramos bastante uma obrigação que existia, contratual, que é obrigação que chamam HOME MUNICIPAL. Ou seja, ainda que em Manaquiri a operadora fosse a OI, o termo de concessão obrigava que ela tivesse um HOME MUNICIPAL. O que é isso? A antena é da OI, mas se qualquer pessoa entrar na cidade com um telefonem da VIVO, TIM ou CLARO, de qualquer outra operadora, o telefone tem que funcionar. Por que acontece isso? Vou lhe dar um exemplo. Se eu pegar meu celular da VIVO e viajar pra China, quando eu entrar na China o meu telefone da VIVO vai funcionar, num acordo comercial entre a empresa daqui e a da China. Se eu viajar com esse meu telefone pra Silves, ele não vai funcionar, porque lá não é a mesma operadora e eles não tem acordos comerciais. No entanto, a legislação obriga esses acordos comerciais e hoje tem Home em quase todos os municípios. Causou-me espécie a declaração de que a TIM aqui não pega. Ainda que não tenha antena, tem que pegar, porque ela tem que compartilhar a antena das outras e isso é uma obrigação contratual e já é uma informação que vamos levar pra tentar tomar providencias. Como eu disse, em relação a internet, a situação é um pouco mais complicada, a capacidade de pressão do poder público é um pouco menor. Bem, o que estamos discutindo. Ou as empresas, no caso aqui a EMBRATEL, que é quem passa um cabo de fibra ótica por aqui, ou ela, oferece uma contrapartida para o município, por usar o espaço do município pra botar poste, botar cabo, botar tudo, ou o município passa a cobrar pela utilização da área urbana dele. Queremos que a CPI indique um avanço nesse sentido. Ou o município cobra ou ela paga, oferecendo qualidade de serviço. Não é razoável que a EMBRATEL passe um cabo de fibra ótica dentro do município do Careiro Castanho e que não abra esse cabo de fibra ótica para utilização da sede do município como foi uma luta pra OI abrir o cabo de fibra ótica lá em Figueiredo. E quando abre, ainda abre cobrando um preço absurdo e com um péssimo serviço. Vamos atuar neste sentido e buscar a partir dessas premissas essas providencias. Era isso, obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço deputado Marcelo Ramos . E como presidente desta CPI e eu sei que existe um descrédito muito grande de CPIs pelo Brasil inteiro. Muitas CPIs acabaram longe, distante daquilo que esperava a sociedade, a população brasileira de uma maneira geral. Mas vocês podem perceber que pelos depoimentos dos nossos relatores, todos os integrantes desta CPI, estão verdadeiramente se doando a essas questões, estão estudando, estão trocando experiências, estão se

aprofundando. Estão, verdadeiramente, responsáveis com aquilo que temos pela frente. Então, isso me entusiasma muito como presidente destas CPI e eu posso assegurar a vocês que com a assessoria técnica que temos, com o empenho de cada um e de todos os parlamentares que compõem esta CPI, haveremos de apresentar à sociedade amazonense uma CPI de resultados. Porque de nada adiantarão essas oitivas, essas audiências, nossa peregrinação pelos municípios, sem que tenhamos essa consciência maior de que devemos fazer tudo que estiver ao nosso alcance pra tentar melhorar a qualidade dos serviços prestados por essas operadoras. Vamos passar agora a ouvir os representantes das Câmaras Municipais. Concedo a palavra ao Vereador João Moura de Oliveira, do PHS de Manaquiri. O SR. VEREADOR JOAO MOURA DE OLIVEIRA: Sr. Presidente da Câmara Municipal de Careiro, João Doza; Presidente da CPI, Deputado Marcos Rotta; deputado Adjuto Afonso, deputado Marcelo Ramos e os demais colegas vereadores. Sr. Presidente, esta CPI é um trabalho é de grande importância para o Estado do Amazonas e principalmente para os municípios do Estado. Vou falar do meu município, que é o Manaquiri. Temos uma deficiência muito grande em relação a telefonia celular e fixo. A primeira operadora a implantar o sistema foi a OI. Implantou o sistema e, quebrou um galho. E fizemos pressão através de documentos, ofícios; o prefeito fez muito isso, a Câmara de vereadores pra trazer outras empresas para que, com a concorrência, as coisas melhorassem. A prefeitura com a Câmara, disponibilizou um terreno pra que eles colocassem a antena e prestasse um serviço de boa qualidade para o município. Não resolveu. Doamos agora um terreno pra VIVO que instalou também uma torre que é pior do que a OI. Pra você ter uma idéia, Deputado, eu tento, por exemplo, dez, quinze vezes pra conseguir um sinal da VIVO pra dar um telefonema. Tenho telefone móvel OI e VIVO que, no município de Manaquiri, é de péssima qualidade. A internet, nem se fala. Tenho uma internet, e perco um dia inteiro pra fazer um trabalho que eu poderia fazer em uma hora eu perco o dia inteiro pra fazer. Não tem condições de funcionar dessa maneira. O que me preocupo e me admiro, é que de um modo geral, essas empresas só querem saber de ganhar. Se coloca crédito, crédito. Por exemplo, a VIVO está de uma forma que a gente coloca um crédito e nem usa, mas o crédito desaparece. Nem usa e desaparece. Aí, se quiser, tem que colocar de novo. É um absurdo. Essas empresas têm que ver que o povo está em primeiro lugar. As empresas, de um modo geral, tem que se conscientizar de que quem as mantém é população, o povo e o povo precisa ser bem assistido. Vou contar uma coisa aqui Srs. Deputados e estou até preocupado e peço que levem isso ao conhecimento, está na comissão e levem à Assembléia. Estamos correndo o risco de perder o curso da UFAM em Manaquiri por falta de internet pros alunos fazerem seus trabalhos.

Os alunos, nem todos têm internet e precisam do pólo pra fazer seu trabalho porque é uma faculdade á distancia. Mas não tem internet. Tivemos uma perda de 50% de alunos, porque foram reprovados por falta de condições de transmitir seus trabalhos. Não há condição de trabalhar dessa forma. Manaquiri tem 46 comunidades e não tem uma comunidade que tenha telefone fixo. Vou aqui bem, uma das maiores comunidades, que eu represento, do Italiano, com 1.200 habitantes e não tem um telefone fixo. Eles compram a OI e a VIVO, é um sacrifício. Quando adoece alguém lá só falta morrer pra conseguir uma ligação pra chegar na sede do município pra pedir uma ambulância pra ir buscar o paciente. Dessa forma não dá mais pra conviver. Vivemos num pais em evolução, pais que se evoluiu de forma extraordinária e essas empresas têm que acompanhar o avanço da tecnologia, porque o povo paga caro e não tem retorno do que paga. Fico agradecido à comissão por ter vindo fazer essa audiência e espero que o povo nos ajude, colaborando com suas presenças e idéias, para que essas empresas tomem providencias drásticas e resolvam a situação. Temos 61 municípios no Estado, que vivem sofrendo essa situação. Creio eu que os nossos vizinhos aqui vivem a mesma situação. Espero que com esse trabalho, esse relatório que a Assembléia vai fazer através da CPI , que chegue a uma solução pra resolver os problemas das telefonias moveis e fixas no Estado e nos municípios do Amazonas e que Manaquiri seja privilegiado, porque o prefeito trabalha muito, a Câmara trabalha muito, mas parece que os documentos que encaminhamos não tem mais efeito em canto nenhum. A gente encaminha, pede, vai pra justiça, mas nada resolve. Recentemente a VIVO foi multada em não seis quantos mil, a OI também, mas parece que é um prato de bife acebolado pra eles. Uma multa de um milhão, dois milhões, pra eles não significam nada, porque ganham demais e não prestam serviço adequado. Isso significa roubo. Aquilo que a pessoa tira da população e não presta o serviço de qualidade, então está roubando a população. Esperamos que através desse trabalho tenhamos retorno desse trabalho que estão suas excelências fazendo juntamente com os vereadores e o público presente aqui no Careiro. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Vereador João Moura. Sua participação vai colaborar bastante para o trabalho da CPI. Próximo vereador escrito, Jose Martins, do PRP do Careiro Castanho. O SR. VEREADOR JOSE MARTINS: Sr. Presidente, Srs. Deputados. É muito importante essa CPI, porque o povo do Careiro e dos demais municípios tem sofrido muito com essa OI, a VIVO. A VIVO está morta e OI não funciona. A CLARO apagou. Estamos aqui no Careiro praticamente abandonados.

Na minha comunidade não tem. Instalaram lá 400 telefones fixos, mas não funciona não. Adoece uma pessoa lá, pra ligar pro Careiro pra lancha ficar esperando, a ambulância, não pode, porque não tem telefone. É aqui no Purupuru e, no Careiro todo, não é diferente, como no Careiro da Várzea também, eu sempre ando por aquela área, tem essa dificuldade. Outra coisa, temos aqui a fibra ótica passando aqui na nossa frente e a EMBRATEL não tem coragem de fazer uma coisa boa aqui pro município, instalar a internet. Convidei os nossos amigos vereadores aqui, pra nós serrar essa torre que tem aí e jogar no chão. Porque pra estar instalada aqui, deve ter umas dez torres instaladas no município, e não serve pra nada. Não paga nenhum tributo pro município, pra nada, e está nessa situação. Quero deixar claro pra vocês da CPI que nos ajude. Tome uma atitude bacana ai, porque sei que vocês têm interesse nisso, porque o povo do Careiro não agüenta mais sofrer tanto assim com essa dificuldade, onde tem tantas facilidades hoje no país, mas o Careiro e os demais municípios todos estão com o mesmo problema. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Esse mesmo cabo que passa aqui vem lá do Pará e ele passa dentro de uma reserva indígena. A EMBRATEL fez um acordo com os indígenas, paga um valor para os indígenas. O cacique resolveu aumentar o valor, a EMBRATEL não queria aumentar eles fizeram exatamente o que o senhor falou. Eles cavaram e serraram o cabo e ficaram lá de prontidão com a flecha. Enquanto não aumentaram o valor, não liberaram o cabo. Então, no limite, se não tiver nada mais o que fazer, a gente vem aqui cortar esse cabo mesmo. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Vereador agradeço. Concedo a palavra ao Vereador do PR, Carlos Tavares. O SR. VEREADOR CARLOS TAVARES: Exmo. Presidente da Câmara de Careiro Castanho, João Doza; Exmo. Deputado Presidente da CPI, Marcos Rotta; Exmo. Deputado Marcelo Ramos; Exmo.Deputado Adjuto Afonso. Exmos. Colegas vereadores de outros municípios, nossos vereadores da Câmara do Careiro, público presente. Bom dia a todos. Sr. Presidente, Deputado Marcos Rotta, louvável a atitude de V.Exa. esta CPI de telefonia móvel que é o maior gargalo do Estado do Amazonas. Se não me falha a memória, estivemos em uma audiência pública a Câmara do Careiro em 2010, onde estava à frente daquela audiência o Deputado Sidney Leite e ali, a Câmara de Vereadores do Careiro Castanho, foi convidada pelo presidente da VIVO, em seu auditório em Manaus e entramos ali com requerimento solicitando uma melhoria no serviço de telefonia móvel da VIVO em nosso município, porque é a única operadora, acredito,que ainda pega aqui, é a VIVO.

Mas Sr. Presidente, eu sou vereador Carlos Tavares, líder do PR no município do Careiro e uma das coisas que me preocupa é que em pleno Século XXI onde a maior tecnologia no mundo inteiro avançaram. Quero falar isso aqui pelo município do Careiro Castanho, ainda estamos na época dos dinossauros, fora de qualquer comunicação através de telefonia móvel. Moro no Araçá, e ouvi ali o companheiro falando de sua comunidade, uma comunidade de mil e tantos habitantes e eu moro no distrito do Araçá, segundo maior distrito, com cinco mil habitantes e a gente pra conseguir um serviço da VIVO, é preciso que a gente vá em cima daquela ponte onde V.Exas. passaram, procurando uma área. Colocando o telefone em direção a sede do Careiro, não pega; em direção a sede do Careiro da Várzea onde tem outra torre da VIVO e não pega e colocamos em direção ao município de Iranduba, que é como da área. Mas mesmo assim, estamos colocando nossas vidas em risco, porque ali não tem sinalização de pedestre. O companheiro vereador falou que pra conseguir um serviço de internet passa uma ou duas horas. Esta de parabéns. Lá no Araçá, não consigo nada e somos cinco mil habitantes. Passa no meio da nossa comunidade a fibra ótica. Mas, quero dizer pra vocês o que estou sentindo, a minha revolta, porque moro a 40 Km. Da cidade da capital de Manaus e não tenho serviço nem sequer de duas horas de internet. Foi tão difícil uma conversa que tivemos com o presidente da VIVO, onde o presidente da Câmara do Careiro estava lá, onde me enquadraram. Me enquadraram, porque fiz várias perguntas e eles me responderam. Foi mesmo que jogar água em cima do fogo. Mas nem assim abaixei a cabeça. Tenho certeza que com a ajuda dos Srs. Deputados, dos Srs. Vereadores, de todas as Câmaras que são prejudicadas de Manaquiri, Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Autazes, vamos conseguir. Purupuru, tenho certeza, se instalar uma torre de telefonia móvel no Araçá, ela não vai beneficiar somente o Araçá. Mas vai beneficiar o Purupuru e mais quinze comunidades que hoje dependem do distrito do Araçá. Quero sugerir aqui. Hoje temos uma torre da EMBRATEL que não está servindo de nada pra nós. Porque não ver a forma de ali se colocar um aparelho que venha dar pelo menos sinal em nossas comunidades. Com certeza, não vai melhorar só o Araçá, mas a própria sede do município, Purupuru e as demais comunidades vizinhas.

Tenho certeza que vocês conhecem o Rio Juma. Aquele povo lá isolado. Nem sequer energia tem em suas residências, imagina serviço de telefonia móvel. Esse aqui é o meu pronunciamento sobre telefonia móvel. Mas quero pedir permissão pra eu falar um pouco do que me doi em nosso município. Peço ajuda de V.Exa. pra que ajudem a Câmara de Vereadores de Careiro Castanho, chegar nossas reivindicações até o Governo do Estado. No dia 7 de setembro, pegou fogo em seis casas no distrito do Araçá e acredito que V.Exas. viram a situação. Aquelas famílias perderam tudo que tinham e continuam lá desamparadas e eu não posso ficar calado vendo aqui

os representantes do Estado do Amazonas, não apenas da capital Manaus e não poder falar isso aqui. Tivemos a informação agora que pegou fogo numa escola do município aqui no ramal do 14. mais uma reivindicação que faço que nos ajudem. Nos ajudem no asfalto do nosso município, nos ajudem através do Governo do Estado a concluir o ramal do Mamuri,que o Governo vai fazer somente 4 km. E esse povo está lá, no Mamuri, sofrendo por 5 km. Conversei hoje com um morador daquela comunidade, porque são várias comunidades dentro do Mamuri, pessoas doentes não tendo condições de chegar até a sede do município porque não está passando carro. Espero que V.Exas. não façam como em 2012 aqui, hoje são três, eram cinco deputados, três estaduais e dois federais e na época, em 2012, o povo do Careiro Castanho foi no fundo e voltou sem ajuda. São essas as minhas reivindicações aos Deputados. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradecemos o Vereador Carlos Tavares,do Careiro Castanho. Concedo a palavra ao Vereador Presidente da Câmara Municipal de Autazes, Marcelino Maia do PRTB. O SR. VEREADOR MARCELO MAIA: Bom dia Sr. Presidente Dozo, do Careiro Castanho. Quero aqui saudar a mesa. Em nome do Presidente do Careiro Castanho, saúdo todos os vereadores aqui presentes, a população aqui em massa prestigiando esta audiência que, com certeza, é relevante e importante para o nosso município. A presença de vocês engrandece essa CPI. Agradecer ao Deputado Adjuto Afonso, parceiro de Autazes,que sempre tem olhado com bons olhos para o nosso município. O Presidente da CPI, Deputado Marcos Rotta, que só via pela televisão mas hoje tive o prazer de ver pessoalmente; nosso Deputado Marcelo Ramos. Vou ser breve, até porque no adiantar da hora, vamos direto aos problemas relativo a Autazes. Iniciou em nosso município em termos de telefonia foi a TIM que começou a telefonia móvel. Foi a TIM ENGANA pra nós. E depois, a OI e hoje também a VIVO. Até em relação a falta de cobertura, a gente sabe que até em Manaus é difícil. A gente releva. Aminha preocupação, é que se incluísse na CPI, que a ANATEL levasse às comunidades o direito da telefonia cobrir as comunidades. Temos em Autazes a comunidade do Sampaio praticamente com três mil habitantes; temos Urucutituba com dois mil; o Novo céu com quase cinco mil, sem falar nas comunidades circunvizinhas, a Vila do Mitinga, a Moura, a Pipica, a Mutuca, enfim, várias comunidades com população muito grande. O Novo Céu hoje, ali, Autaiz Mirim, praticamente o usuário anda no meio da rua procurando sinal. No 53 o Monte Sinai com dois mil habitantes. Então, abrir na lei a possibilidade deles cobrirem essas comunidades. Outra situação, Sr. Presidente, a Internet. A internet, dizem, a banda larga, que de larga não tem nada e até hoje você não vê nenhuma cobertura de internet em nossos municípios.

A Câmara de Autazes, tenho que pagar a internet. Pago a internet mas não tem nada. Pra informar até o dia do pagamento, os vereadores ficam chateados, porque é através da Caixa Econômica e a internet não cobre. A difícil a internet em nosso município e somos praticamente um bairro de Manaus. Em uma hora e meia estamos dentro da capital. Vejo que isso ai a internet esta faltando um desempenho de cobertura pra que possa ter um serviço de qualidade nos municípios. A OI fez uma parceria com o Estado pra cobrir as escolas através do projeto pra fazer o curso do CETAM, levar os cursos do CETAM para as escolas e hoje não tem como fazer esses cursos. Não temos como oferecer qualidade nos cursos para as comunidades porque as internet não cobre e não tem como o CETAM prestar um serviço dentro das comunidades. E assim também, dentro da própria cidade. Sabemos que a telefonia fixa, a OI e a EMBRATEL, tem vários orelhões em comunidades, mas serve só pra casa de caba. Não tem manutenção. Você vai nas comunidades e vai ver lá que não existe manutenção nenhuma. São várias deficiências que eu acho que com essa CPI vai ser dado uma solução. Espero que as respostas cheguem à população, aos nossos municípios, porque com o respeito que vocês têm pelo povo, vocês possam trazer melhorias para o povo dos municípios, a qualidade da telefonia móvel, da internet, porque somos inclusos da região metropolitana e com certeza tem quem vir todos os benefícios para melhorar. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Vereador Marcelino Maia. Concedo a palavra ao Vereador Luiz Guedes, do Careiro da Várzea, Democratas. O SR. VEREADOR LUIZ GUEDES: Saudar o Presidente da Câmara do Careiro Castanho. Sr. Presidente da CPI, Deputado Mrcos Rotta. Sou Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal do Careiro da Várzea e acompanho o seu trabalho Deputado frente a Comissão de Defesa do Consumidor. São dois ícones que temos frente o direito do consumidor,que é o Deputado Celso Russomano e V.Exa. A CPI vem com uma força. Disseram no começo que estamos acostumados, que a CPI pode não dar em nada. Mas ela em terminou, tem um prazo até novembro, pra que ela feche os relatórios. Mas tenho certeza que com sua figura presidindo a CPI, com a presença dos Deputados Adjuto Afonso com sua experiência e a garra da juventude do Marcelo Ramos, tenho certeza que essa CPI vem forte, vem com garra e estamos bem representados. No Careiro da Várzea temos um problema de internet. A questão da internet, todos tem transtornos referentes a saúde, dos bancos e ela não funciona. Aqui falaram que eram duas horas, o outro um dia, a nossa não funciona. E muito lenta. Até o Rubinho Barriquelo ganha da nossa internet lá, pela velocidade. Ela é muito lenta. Então, o nosso problema é essa questão da legislação. Careiro da Várzea tem 5% de área urbana e 95% rural. A legislação, Deputado, é

aquela questão da obrigatoriedade que as empresas não tem de levar o serviço móvel. O problema é grave, porque temos 95% da população é rural. Fica difícil. Temos trabalhado junto com a CDC do Estado pra levar, mas essa questão dos 40 Km. Nos prejudica. A primeira empresa no Careiro da Várzea foi a CLARO, mas andamos lá nas escuras. Ela ainda comprou a TIM agora, se juntou com a TIM pra dificultar, porque a TIM não existe no Careiro da Várzea. A VIVO não atende nem a sede do município. A loteria, o Bradesco, o hospital, a prefeitura, debaixo da torre e não funciona. Aquela operação que o Senhor falou Deputado, de que entra CLARO, VIVO e TIM tudo junto, isso não funciona e fica essa queda de sinal. Estamos falando isso na questão do sinal. Dizem que temos o sinal 3G e temos o 4G que no Careiro da Várzea não foi atendido. Temos dificuldade muito grande. O nosso objetivo aqui é fazer com que a EMBRATEL possa levar, não temos torre da EMBRATEL no Careiro da Várzea e isso dificulta muito, porque o nosso problema maior é esse 95% de zona rural. A OI, as linhas das comunidades só funciona de seis horas da tarde a 7 horas da noite. Só da pra falar OI e desliga. Fica difícil. São esses os nossos questionamentos, no sentido de que possamos fazer algo, porque 95% de nossa população é de zona rural. Em decorrência dessa legislação temos dificuldade. Orelhão, é a questão da praticidade do serviço. A gente queria que nosso município fosse atendido de uma forma que pudesse abranger 100% de nosso município, que é 12 Km. De Manaus. São essas nossas reivindicações,que se possa estender a telefonia móvel, e internet, para todos os 95% da população do Careiro da Várzea. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado, Vereador. Concedo a palavra ao Vereador Ferreirinha, que é presidente da Câmara Municipal do Careiro da Várzea, que neste ato representa o prefeito do município. O SR. VEREADOR FERREIRINHA: Bom dia a todos e a todas. Em primeiro lugar, agradecer a Deus por essa oportunidade. Agradecer ao Presidente da Câmara do Careiro, João Doza; agradecer ao Presidente Marcos Rotta; ao Deputado Adjuto Afonso e Deputado Marcelo Ramos. Quero agradecer na pessoa do Vereador Luiz Guedes, todos os vereadores dos demais municípios. Na pessoa da Vereadora Cirderlane, as vereadoras presentes dos demais municípios. Como falou o nosso companheiro do Careiro da Várzea, a nossa situação é realmente um pouco difícil em relação a muitos municípios aqui. Somos 95% de área rural e, com isso, vamos ficar prejudicados.

Agora, com relação a torre da VIVO e da CLARO em nosso município, na sede, ali aproximadamente 1 quilometro, 1 quilometro e meio, temos sinal mais ou menos. Quando a luz vai embora, a VIVO não funciona porque não tem sistema de bateria que funcione, só a CLARO. Agora, com relação ao nosso município, eu como Presidente da Câmara, me sinto bastante prejudicado, porque quando os órgãos, o TCE, enfim, qualquer órgão,criam as leis, diz - olha, manda via internet. Eu não sei se aqui acontece. Comigo acontece. O rapaz fica lá tentando mandar as informações que o Tribunal pede. O que acontece? Quando dá uma hora,duas horas, a gente fica no sufoco. Vai pra Manaus. Pega aquele engarrafamento da bola da Suframa ate o tribunal. É brincadeira! Gostaria que os governantes, antes de criarem suas leis, suas normas, mas pelo menos viessem ao interior saber a realidade de cada município e isso não acontece. Cria lei, cria lei, cria lei e nós somos prejudicados. Vamos responder processo? Culpa de quem? Dos doutores das leis que só sabem fazer leis. Vejam as Câmaras. Enchem as Câmaras de leis, é controle interno, é isso. É bacana, é bom, mas não aumentam os repasses. Vamos ficar cada vez mais travados. É isso que acontece. A mesma coisa com relação as informações. Tem o Diário Oficial no Careiro da Várzea, mas quando vamos colocar isso no diário, cadê a internet? É difícil. Pra criar essas coisas, tem que dar condições. O Careiro da Várzea, como falou o companheiro. Em linha reta, 5 km., mas ao mesmo tempo é como se morássemos em Tabatinga. Quero agradecer a comissão e a gente espera que se chegue a essas benfeitorias e que elas funcionem, porque através das empresas, sinceramente, a gente só tem muito a desejar, porque não tem compromisso com a sociedade, principalmente com o interior. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Vereador. Foi muito boa a sua participação e com certeza, contribuiu bastante com o relatório da CPI. Findada as inscrições dos vereadores, queria agradecer a participação dos vereadores e o grau de conhecimento dos vereadores. Não tenho dúvida alguma de que o conhecimento de V.Exas. que convivem diariamente com a problemática do município, da sede, das comunidades, essa vivencia que vocês têm, isso vai alimentar de forma substancial os nossos relatórios. Quando a gente terminar essas nossas diligencias pelo interior, queria, na condição de presidente, tê-los também nas oitivas com as operadoras e principalmente com a ANATEL, porque se hoje chegamos nesse grau de deficiência dessas operadoras, deve-se muito a irresponsabilidade das operadoras, mas principalmente pela maneira frágil com que a age a Agência Nacional de Telecomunicações. Então, se V.Exas. puderem atender o chamamento da CPI e estiverem inclusive frente a frente com os representantes das operadoras, com os representantes da ANATEL,acho que seria de grande importância pra que eles pudessem ao menos sofre o processo de constrangimento, que é o mínimo que temos que fazer que é constranger esses senhores representantes dessas

empresas pela calamidade e pela situação vergonhosa porque passam muitos municípios. O relato da ponte, quando chegamos tinham algumas pessoas em cima da ponte. No interior, descobrimos que tem uma nova operadora, a TELEARVORE. A comunidade do Ubim, 45 km. De Manacapuru, uma mãe disse que as crianças sobem nas mangueiras pra procurarem sinal. Vejam a situação vergonhosa, porque isso deveria envergonhar aqueles que prestar um serviço que é muito caro. Pagamos um minuto mais caro de telefonia do mundo e temos um dos piores serviços do mundo também. A participação dos senhores e senhoras também em nossas oitivas na Assembléia, será importante pra que a gente possa levar um pouco dessa vivencia de vocês, das sedes e do interior e principalmente das comunidades rurais. Obrigado. Vamos passar agora a ouvir os representantes da sociedade civil organizada. Com a palavra a Sra. Roseane Castro de Almeida. Ela é universitária. E queria agradecer aos alunos da UEA e não tenho dúvidas de que vocês têm a consciência de que informação também é conhecimento. A precariedade do serviço precisa ser levantada por vocês. A SRA. ROSEANE CASTRO DE ALMEIDA: Obrigada, Deputado. Bom dia ao presidente desta Casa, aos deputados, aos vereadores e toda a população aqui presente. Eu me chamo Roseane Castro. Sou aluna universitária da UEA do curso bacharelado em saúde coletiva. Estamos aqui visando a melhoria de toda a questão de informação. Como estudante e o vereador citou, estudamos por vídeo conferencia e por TV. Não somente nós, mas 18 municípios do Estado do Amazonas, também estudam dessas forma. Por várias vezes, infinitas vezes, fomos prejudicados em não conseguir apresentar um seminário pra que nossos professores titulares da UEA nos assistissem ou ouvissem. Ficava tudo mal compreendido. Quantas vezes não conseguimos enviar documentos, provas, enfim, várias situações já aconteceram. Mas quero aqui relatar a importância para o nosso município dessa informação, seja da internet, da telefonia. Alguns citaram aqui as questões rurais. Aqui temos não somente os hospitais, mas temos distritos que são UBS e quantas vezes não se pode dar um telefonema de uma emergência ou algo que está acontecendo. Sabemos que em nosso Estado a informação é imprescindível por causa da logística que é difícil. Em nosso hospital, aqui no Careiro Castanho, temos todo o parâmetro de um tele-saude. Muitas pessoas, a população desconhece até isso. Fizemos um dia uma pesquisa de campo e citamos se elas sabiam o que era um tele-saude e quase ninguém sabia.

O SUS poderia estar muito bem amparado se tivesse esse sistema de informação à saúde funcionando. Nos,como futuros gestores em saúde, precisamos de coleta de dados, do DATA SUS e tantos outros recursos disponíveis pra nós, mas falta o operacional. Não conseguimos executar ações preventivas de intervenções em saúde, seja na erradicação de doenças e seus agravos, pela falta de recursos de informação, seja pela telefonia ou internet. Sabemos, entre nós acadêmicos, temos funcionários da área de saúde que eles sabem bem que não tem como ser transmitida essa coleta de dados, de doenças, de epidemiologia para o DATA SUS de forma correta, porque quando se consegue um sinal ou quando se consegue enviar, chega de forma atrasada. Não tem um FAX pra ser enviado. Em nosso município a maioria dos agravos que acontecem são enviados pra Manaus. Poderia ter funcionando aqui mesmo a tele-medicina. As pessoas que querem utilizar ou necessitam de um exame cardíaco supervisionado por um especialista, tem que ir a Manaus. Esse recurso de tele-medicina em nosso município é importantíssimo. Nós que como acadêmicos e futuros gestores municipais em saúde, reivindicamos e salientando tudo do que foi dito, da necessidade, da importância que esse sistema de informação funcione realmente. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado e é bom a gente poder ouvir, sobretudo a nossa juventude com esse grau de conhecimento. Shirley de Freitas Almeida. A SRA. SHIRLEY DE FREITAS ALMEIDA: Bom dia a todos os presentes. Só complementando o que a colega falou. É de suma importância essa audiência pública não só para o nosso município, mas para os demais. Nossa reivindicação aqui, com certeza, é referente ao serviço de internet, de telefonia móvel, porque como atuante da área de saúde, precisamos ter esse serviço de qualidade. Como foi falado aqui, em nossas comunidades mais distantes, precisamos ter um serviço de qualidade pra eles. Temos algumas emergências que precisam ser resolvidas através de telefonemas e temos essa dificuldade de comunicação. Precisamos e necessitamos de instrumentos de informação, de sistema de informação referentes a saúde, porque precisamos passar esses dados e ter o retorno. Trabalhando na epidemiologia, sinto essa deficiência, porque envio o meu boletim mensal, no dia pela manhã e no mesmo dia a minha coordenadora me liga perguntando se enviei. Tenho essa dificuldade, assim como os demais, que necessitam de um serviço de internet, porque somos pais, mães, estudantes e nossos filhos precisam de um serviço de internet de qualidade. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço.

Ouviremos agora o João Cavalcante. O SR. JOAO CAVALCANTE: Bom dia a todos. Bom dia Srs. Deputados, Presidente da Câmara, Srs. Vereadores, demais autoridades. Parabenizo a iniciativa, como todos já falaram. Deputado Rotta, gostaria de iniciar, sugerindo que também fosse investigado, a pedido, porque tem que é federal, a ANATEL, pela falha, pela incompetência de não cumprir o dever de fiscalizar melhor as operadoras. Que seja incluído na CPI, se não estiver, com relação aos planos das operadoras,tanto de telefone celular como de internet, que na propaganda, tudo bonito. Oferecem um tipo de plano e quando você assina, você faz o plano e recebe os carnês pra ser pago, você acaba pagando várias taxas que são cobradas a mais, e muito pior do que os bancos, que também você paga mais taxa do que melhorias. Com relação ao fixo. Eu preciso no meu telefone fixo pra abrir cadastro de crédito e sendo que hoje quase ninguém tem telefone fixo residencial. Aqui, os poucos que existem, difícil funcionar. Quase não funciona. Aqui também quase não se tem orelhões, porque a empresa que e responsável não está nem ai, não dá nem a mínima. Pra resolver algum problema precisa se ligar e é necessário telefone fixo ou internet e ai as pessoas não tem a quem recorrer porque não tem esse telefone pra prestar esse serviço. Telecentro, centro de inclusão digital, UEA, tudo temos aqui, os órgãos públicos que precisam da internet. A Câmara também precisa, mas não consegue se interligar com outros entes pela má qualidade da internet. Cito esses pontos, se ainda não existem, mas tenho certeza que é importante para a CPI. Parabenizo mais uma vez. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado João Cavalcante. O J. Cavalcante foi vereador por dois mandatos. Com a palavra a Sra. Telma Correa Cunha. Agricultura e piscicultora A SRA. TELMA CORREA CUNHA: Bom dia a todos. Se é difícil aqui na cidade a comunicação, imagine nós que moramos na zona rural. É mais difícil ainda. Em 2005,com a Amazônia Celular, tínhamos comunicação. De 2005 pra cá, não temos comunicação de nada. Moro na BR 319, no Km. 157 que pertence a Manaquiri. Num lado é Manaquiri no outro é Castanho. Na zona rural temos muitos acidentes. Terça-feira, houve um acidente com um rapaz que se cortou com moto-serra. Ele Se cortou às 9 horas da manhã. Como não temos comunicação, conseguimos levá-lo para o Castanho, a cidade mais próxima, 12:30 horas. Se tivéssemos comunicação, estaríamos mais amparados. Peço muito encarecidamente que olhe a zona rural com carinho, pois necessitamos mesmo, tanto para a saúde quanto para a educação.

Como falaram, o pessoal do ensino médio, pela internet, está sendo prejudicado demais. Agradeço desde já. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigada Sra. Telma Correa. Com a palavra o Sr. Sebastião da Conceição. O SR. SEBASTIAO DA CONCEIÇAO: Sou o Sebastião da Conceição, morador aqui da BR 319, Km. 155. A minha reclamação é a respeito do telefone. O telefone não funciona e também uma denúncia. A empresa OI, ela montou ali no Tupana, um telefone fixo que funciona através da Placa solar. Esse telefone colocaram uma vez e não funcionou. Estão montando agora pela segunda vez esse telefone fixo no Tupana. Veja bem, esse telefone com a placa solar só funciona quando o tempo ta quente. Quando ta frio, não funciona. Eu moro 20 km. Longe do Tupana. Pra eu fazer uma ligação, tenho que sair correndo 20 km. Do Tupana pra fazer a ligação e chega lá o telefone não funciona. Invés de colocar esse telefone, não deveriam colocar uma torre, uma torre que funcionasse, uma torre que daria pra atender toda a população não só do Tupana mas do Céu Azul e aqui pro Castanho. Ali, está sendo aplicado, sem futuro, porque é o meu dinheiro, o teu dinheiro. É o nosso dinheiro que está colocado ali e num negócio que não funciona. Reivindicamos, pedimos ai, que fiscalizassem a respeito daquele telefone que está sendo colocado agora, que não funciona. Colocando lá e não vai funcionar, não vai resolver o nosso problema. Como uma mãe de família, um pai de família vai sair correndo 20 km pra fazer uma ligação lá no Tupana e chega lá o negócio não ta funcionando. Pedimos que fiscalizassem serio a respeito daquele telefone fixo solar que estão colocando lá no Tupana e que não está resolvendo o nosso problema. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço seu Sebastião. E importante a sua participação. Com a palavra a Sra. Vera dos Santos Tanaka, que é agricultura. A SRA. VERA DOS SANTOS TANAKA: Bom dia a todos os presentes. Estou aqui em nome da comunidade Perpetuo Socorro e comunidade Céu Azul. A gente tem celular, mas é melhor a gente não ter, porque não funciona. Numa precisão, numa necessidade de dar um telefonema, mas não consegue. Eu to com a minha filha com problema de saúde, preciso de receber um telefonema de Manaus, que ela é especial, ta na fila de espera, e até agora

não consegui esse telefonema porque tem muitos dias com o sinal ruim. É VIVO, mas tem dias que ela está mais morta do que viva. Estou aqui em nome da população da BR 319 e dos Careirenses, pedindo que vocês olhem com carinho para o nosso problema, que é falta de comunicação, porque a Escola Antonio Oliveira tem oito computadores, mas não tem internet, porque a coisa mais difícil é conseguir um dia que tenha o sistema.. Quem é prejudicado? Os professores, os alunos, os pais. Toda a comunidade é prejudicada com isso. Nem área de internet tem na escola, por falta de sistema e de internet. Peço encarecidamente a todos, as autoridades que aqui se encontram, que olhe com carinho pra nós e resolva nossos problemas. Porque não adianta a gente ter celular, ter telefone fixo , ter computador, se não funciona, se a pessoa não pode usar. Então, não adianta ter. Peço encarecidamente que olhem pra nós e resolva esse problema, porque só resolvendo, é que vamos poder agradecer ainda mais a vocês. O meu obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Débora. Com a palavra a Genir Oliveira: O SR. GENIR OLIVEIRA: Bom dia Srs. Vereadores, Sr. Presidente e os demais deputados. Faço um apelo aos deputados, a comissão, porque moro na área rural e necessitamos, porque a gente precisa falar com familiares, e eu sou presidente de uma comunidade, área indígena, e a gente não consegue se comunicar por causa da nossa área. Falamos em favor de todos os municípios, Careiro Castanho e Autazes, fica mais próxima e fazemos esse apelo aos Srs. Deputados, e inclusive ao Deputado Marcos Rotta, que conheço e os demais não conheço, ouço apenas falar nos nomes. Faço um apelo aos senhores, para que olhem pra esse povo da área rural e, se por acaso der, que a gente tenha uma torre no Janauaca, porque não temos comunicação. Digo para os senhores que já trepei numa arvore também lá na minha área, para tentar resolver um caso que aconteceu de doença e subi na seringueira. Nossa área é indígena, temos equipamento, mas não adianta, é difícil. Por isso estou aqui, a moça foi convidar e calhou de estar aqui na hora. Tentei levar um orelhão mas as casas são todas afastadas. São sete mil familiares no Janauaca. Peço aos senhores que resolvam isso, desde o ano passado eu peço. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradecemos. Obrigado. Com a palavra o Sr. Antonio Graça. Comerciante do Castanho. O SR. ANTONIO GRAÇA:

Saúdo o Presidente da Câmara, João Doza, em nome de quem saúdo seus colegas vereadores de Manaquiri, Careiro da Várzea (minha terra), Careiro e Autazes e quero parabenizar o Deputado Marcos Rotta e toda sua equipe. Os Deputados Adjuto e Marcelo Ramos. O Amazonas é o maior estado da federação. Em Minas Gerais, toda a comunicação dos mais de 600 municípios de BH todos eles mantém comunicação sem nenhum problema. Aqui, o Careiro, como tem solução, solucionando o problema do Careiro, muitas das vezes você vai solucionar o problema do Manaquiri, do Careiro da Varzea e dos demais. Como fazer? Temos hoje o GPS. É mapear toda essa área do Careiro e depois o mesmo exemplo para os outros municípios, porque sabemos que essas antenas, seja de qualquer operadora, tem um raio de abrangência.

Então, coloca-se, vamos dizer, aqui no Careiro. Com seis antenas aqui no Careiro resolve todo o problema dessa área, não fica ninguém descoberta e vai ajudar ainda Manaquri, aquele caso do Tupana, que foi levantado aqui, estive lá testando um sistema no domingo, e voces tem como resolver lá, como também do Careiro da Várzea.

Hoje a região do Janauaca, voces tem como cobrir aquela região. Estive há três domingos passados, fui testando desde a estrada do Manaquiri um sistema, o que eu vendo. Resultado, captei sinal em toda a estrada e captei imagem e falava ao vivo.

Entrei no ramal do Barro Alto, daí pegou o ramal do Italiano e quando cheguei na sede ontem tem na beira, tinha 28 motor rabeta. Eu de lá, coloquei o microfone em cima da mesa e liguei pra minha esposa. 99% uma maravilha de sinal. A região do janauaca não tem problema. Eu vendo esse sistema. Só que está boa a venda que eu não trouxe nenhum. Mas sábado tenho de novo. Aquela região vejo pouco problema desde que se use essa telefonia e digo uma coisa, mas sem colocar antena. Não coloquei antena. A antena é de 20 centimetros em cima do aparelho, liguei do Italiano e mandei até um alo pro pessoal do Italiano, porque tenho um programa aos sábados de radio, dizendo do prazer que tive de conseguir sinal do italiano. Agora, no momento que resolvermos o problema do Tupana. Agora, lá, eles não usam a energia convencional. Usam a solar. Era meio dia. Eu levei esse equipamento, o pessoal que trabalha comigo. E ali, tem que se colocar uma antena. Ora, a VIVO tem tanto dinheiro e porque não colocam antena. Que os Srs. Deputados levassem uma mensagem. Tem solução a área dos municípios, pelo menos os mais próximo, desde que se coloque antenas. Elas tem tanto dinheiro, porque não dão um bom serviço, porque são boas pra nos cobrar. Quanto a internet, essa palavra, quer dizer, não tente. A palavra internet pra nós aqui quer dizer – infelizmente não tente. Porque não adianta tentar. Fui a Manaus, Fui no macro,fiz uma compra e vi, estava lá – de três a cinco minutos para expedir a nota fiscal. Dois minutos, estava com a nota na mão. Na minha empresa eu dou nota fiscal e se for colocar o período, vou espantar o freguês. Vou colocar de 7 a 30 dias. Quer dizer, fica difícil.

Foi feliz quando foi criado a telefonia. A telefonia fixa no Brasil está mais ou menos, porem cara. Pago 87 reais só pra manutenção da linha que mantenho na empresa. Houve uma grande preocupação de se fazer tudo isso, telefones, mas está acontecendo isso por quê? Por causa da ganância, da ganância de nossas operadoras. A ganância das operadoras é que faz-nos ficar em comunicação. E,como precisamos de resolver imediatamente esses casos, porque não podemos ficar sem comunicação, digo aos senhores a minha posição. Se colocarmos aqui no Careiro, 4 ou 5 antenas, feito um estudo, através de GPS marcando os pontos, vamos resolver vários problemas. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Sr. Antonio da Graça. Ouviremos agora o presidente da Câmara, o nosso Vereador João Doza. O SR. VEREADOR JOAO DOZA: Exmo. Sr. Deputado Marcos Rotta, Presidente da CPI; deputado Adjuto Afonso, Deputado Marcelo Ramos que participamos várias vezes de outras audiências públicas la. Mas Sr. Presidente, gostaria de registrar a presença da imprensa local; da TV ALE, de todos os funcionários da Câmara que aqui estão dando esse apoio integral pra que a gente desenvolva esse trabalho. Sr. Presidente, agradeço a presença de todos os vereadores e vereadoras dos municipios. Foi falado aqui tudo. Agora, realmente, aqui, esta Casa, avançou muito com a sociedade, quando foi criado as audiências públicas pra discutir algumas leis, algumas situações. E, a principio, foi assim meio decepcionante porque a população não participava. Mas hoje, a sociedade vem se acostumando a participar das audiências públicas. E pra nos orgulha receber essa comissão, essa CPI em nosso município, porque é uma situação precária a nossa em termos de telefone fixo, internet e é bem próximo a Manaus. Como falei numa audiência pública lá na Assembléia, vivemos aqui assim: aquela máquina de assar frango, que os cachorros ficam olhando, desejando o frango e não podendo comer. Aqui é com relação a internet. A EMBRATEL hoje aqui usufrui de quase 100% da área do Castanho e não temos internet via EMBRATEL. Temos promessas. Várias promessas que nunca chegam. Estou no meu sexto mandato e aqui tem vários requerimentos, pedindo, implorando que eles nos ajudassem, porque o nosso sistema aqui é horrível e somos prejudicados no geral. É na área da saúde, comunicação, financeiro, da informação para outros órgãos. Como o Ferreirinha falou, criam-se várias leis, várias situações, mas não dão condições. Desculpe-me desviar do assunto, mas é assim. Faz-se um ginásio bonito,com tudo, mas o Governo Federal, o Governo estadual não dão condições pra ter programas para as crianças, as pessoas usarem.

A mesma forma hoje a comunicação, o sistema. A VIVO vende produtos e mais produtos e não dão condições para usufruirmos, nem o básico temos. Aqui, V.Exa. que conhece o Brasil de cabo a rabo, V.Exa. sabe que as leis são criadas pro Sul do Brasil, porque é fácil a gente dizer 100 pessoas por região. Mas não se imagina que no Sul eles tem uma concentração de 100 famílias facilmente em quase toda a região. Mas, em nossa região, só de uma casa pra outra, é muito distante. Esse critério do sistema de telefone orelhão, deveria ser feito sim com 100 habitantes, mas não como eles querem, como vila, um colado na outra. Não tem condições. Essa lei foi criada pra lá. Pra nós não funciona. A área aqui é extensa, tem os igarapés, tudo é mais distante. Agora, deveria ser por comunidade. Onde tem uma comunidade organizada, tem povo lá, e colocar um telefone lá, porque por mais que seja distante, qualquer lugar perto, é uma hora de remo nessas comunidades distantes. Hoje temos o jatinho rabeta que é mais rápido. No Tupana, tem local, só pra chegar numa comunidade, quando ta seco, são 18 voltas. Acho que de discussão não temos mais. Se eu falar aqui pros deputados que daqui pra chegar ali tem tantas horas, não tem telefone funcionando, estou perdendo tempo, porque todos sabemos dos problemas. O que eles têm que fazer é ter solução. Fazer com que a ANATEL tenha responsabilidade, que ela realmente cobre, porque se é criado e não é cumprido, é porque não está funcionando, alguma coisa ta errada. Quando fazemos essas reuniões, melhora um pouco. Com certeza melhora. Quando tivemos eu e o Carlos, isso ele não quis falar, mas lá eles deram uma sacolinha pra cada um. Disseram que iam melhorar numa reunião que tivemos lá. Tinham vários prefeitos, vereadores e deram uma sacolinha. Era uma canequinha pra agradar os vereadores. Uma canequinha da VIVO. Mas na realidade não teve nada que funcionasse e assim vão levando a gente, no papo, no agrado, e nada acontece. Essa CPI é necessária e tenho certeza que vai ter um resultado, porque não estão só vocês nessa empreitada, a Assembléia e os outros deputados vão estar juntos. E gostaria de colocar em pauta ai, que se pudesse pegar todos os vereadores,colhessem nosso depoimentos, os presidentes de todas essas áreas, pra realmente ver que nós como representantes da sociedade estamos querendo a mudança. Não precisamos pintar a cara. Precisamos é mostrar a cara e cobrar do Governo Federal que realmente nos de resultado. Quanto aos telefones fixos, que sejam pra Amazônia por comunidade e não por cem habitantes. Que sejam colocados os telefones públicos por comunidade e aqui o nosso município não ficam tão próximos. O Careiro da Várzea que e vizinho nosso é quase 80 km. Pra chegar lá, Manaquiri 55 km. Que realmente, junto com os nossos Deputados Federais, que façam essa proposta, porque o Amazonas tem que ser visto de forma diferente. As leis são criadas para todos, mas tem que ser criado uma forma para que esses serviços essenciais sejam de outra forma pra não ser comparado com outra parte de nosso pais, porque o Amazonas é grande, distante e precária.

Quero agradecer a todos vocês, aos nossos vereadores e a todos, porque aqui estamos adquirindo conhecimento e força pra lutar em prol do nosso Amazonas. Pedir aos amigos que fazem parte desse setor aqui, porque somos discriminados pela metropolitana. Porque existimos e não existimos. O representante da metropolitana não tinha certeza, numa reunião que tivemos lá, que os municípios faziam parte da metropolitana e foi preciso trazer o diretor da Assembléia, lá com a Deputada Vera, pra dizer pra ele que os municípios faziam parte dessa metropolitana. Porque tenho certeza, com o reconhecimento real desses municípios, com certeza a metropolitana vai atingir aqui e melhorar muito o nosso município. Obrigado a todos. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradecemos. Com a palavra o Sr. Deputado Adjuto Afonso O SR. DEPUTADO ADJUTO AFONSO: Agradeço a todos. Alguma coisa anotei aqui. Por exemplo, essa obrigatoriedade da zona rural. Lembro que antes de ser implantado telefonia móvel nos municípios, a obrigatoriedade era apenas de municípios com 35 mil habitantes. No Amazonas, tinham poucos municípios. Na época, o Deputado Marcelo Serafim era presidente da comissão da Amazônia e nós fizemos uma proposta, eu e o Deputado Luiz Castro e fomos até Brasília. E lá, descobrirmos que não era só o Amazonas que tinha municípios que não tinha telefonia. Todos os estados da região norte também tinham. Chamamos a ANATEL lá e quando saímos de lá,ficou definido que todos os municípios teriam sua telefonia fixa, mesmo que precária. Proponho aqui e vai fazer parte de nosso relatório, que possam também estender essa telefonia móvel para a zona rural e a gente vai sugerir em nosso relatório pra Anatel, que também possam contemplar essas áreas como Purupuru, Sampaio, Novo Céu através de uma antena que possa cobrir essas áreas. Isso vai fazer parte sim do nosso relatório. Quando tivermos discutindo com a Anatel a gente vai dizer que é uma reivindicação e é necessário e acredito que seja possível. Outra coisa que me chamou atenção é a de credito. O primeiro estado a instalar CPI foi Paraná e ai ouvimos depoimento como esses que a gente ouve. Que se coloca um crédito que não tem controle, em seguida você coloca vinte reais e quando pensa que não fala um pouquinho, o crédito sumiu. Não temos o controle disso. Vai constar no relatório. E ai,dizíamos um deputado do Paraná, que foi chamado esse depoente lá e a companhia disse - houve um engano. Era um crédito de 20 reais, mas tinham colocado só de cinco reais. Ora, quantos enganos desse tipo não acontece no Brasil inteiro? Tudo isso vai fazer parte do relatório e acredito que a gente vai ter sucesso. No mais, obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado, Deputado. Com a palavra o Sr. deputado Marcelo Ramos. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Primeiro dizer que todos os depoimentos aqui será instrumentos de analise, investigação e providencias por parte da CPI. Percebemos, pelo conjunto dos depoimentos, o quão é grave e como são danosas as conseqüências da precariedade do sistema de telecomunicações. Costumamos refletir, senso comum, o problema das comunicações só sobre a ótica doméstica. O meu telefone que não consigo ligar, quem tem TV a cabo a TV que não consegue dar sinal. Mas percebemos aqui pelo conjunto das declarações o quanto os efeitos são amplos. Ouvimos depoimentos aqui dos efeitos danosos do problema da comunicação no processo educacional, com alunos tendo que abandonar cursos porque são a distancia, com dificuldades de fazer pesquisas; vimos na área da saúde, é o cidadão doente lá na área rural que não consegue se comunicar; vimos na área do poder público, Câmaras de vereadores relatando as dificuldades que tem pra prestar informações e apresentar relatórios contábeis ao tribunal de contas, prefeituras de apresentar relatórios contábeis de convênios que são firmados. Portanto, isso está muito mais presente em nossa vida do que conseguimos imaginar. Podemos olhar também sob a ótica da economia. Hoje ninguém consegue se desenvolver economicamente sem energia e telecomunicações e temos graves problemas de telecomunicação. São comerciantes que não conseguem estabelecer suas parcerias comerciais com fornecedores de outros estados, porque tudo isso é via internet. Um problema que bate as nossas portas e vai se agravar no ano que vem, que é a obrigação da nota fiscal eletrônica para o consumidor. A SEFAZ decide a obrigação da nota fiscal eletrônica para o consumidor, mas como um comerciante aqui vai emitir nota fiscal eletrônica para o consumidor, se não tem internet. Das duas uma, ou ele não vai vender ou vai sonegar. A situação está intrincada em todos os setores da nossa vida e precisamos perceber a grandeza disso. Por isso, esse esforço da Assembléia pra oferecer respostas. Tem um depoimento aqui que é verdadeiro. A simples instalação da CPI já força que as empresas acelerem em investimentos, em cumprimento de compromissos definidos pelas agencias reguladoras e pelos termos de concessão do serviço. Esse período de funcionamento da CPI vai ser um período de avanços na prestação de serviços e tenho certeza seremos duros no sentido não só de resolver os problemas, mas de responsabilizar quem nos deixou chegar na atua situação e quem nos deixou chegar na atual situação por absoluto descompromisso com o que determina a legislação, com o que determina os termos de concessão e o que determinas as determinações contratuais ou legais que diz respeito a prestação de serviços de telefonia fixa e móvel. Algumas questões pontuais a gente vai tentar encaminhar.

Peço licença pra tratar de um outro tema. Conseguimos a quantidade de assinaturas suficientes para instalar a CPI da energia. Mas como não tinha como sobrepor e fazer dois trabalhos ao mesmo tempo, criamos um comitê de monitoramento e esse comitê se reunirá toda primeira segunda feira do mês e pedimos sua autorização Sr.Presidente, pra fazer a reunião do comitê aqui da região na próxima segunda feira, dia 7 de outubro, aqui na Câmara. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado deputado Marcelo Ramos. Agradeço e justifico as ausências dos Deputados Orlando Cidade, Sidney Leite e agradeço mais uma vez a acolhida da Câmara Municipal do Careiro Castanho,e agradece a presença de todos os vereadores do Careiro Castanho, Careiro da Várzea, de Manaquiri, de Autazes e dizer que essa CPI não tem a prerrogativa de resolver todos os problemas, não é competência resolver os problemas. Sobretudo, quando temos uma linha tênue da competência dessa CPI. Sofremos muitos questionamentos, porque a concessão de telefonia é do âmbito federal e aos olhos de muitos juristas não tínhamos sequer competência pra criar uma CPI. Mas, vencemos a batalha e vamos fazer um diagnostico da situação de telefonia nos municípios, nos munir de informações e por fim, fazer um grande relatório e juntamente com as outras assembléias, tentar mudar essa realidade cruel do Estado do Amazonas em termos de telecomunicações. Satisfeito com o resultado dessa audiência e com a coleta de dados que subsidiarão o relatório, declaro encerrada a presente audiência pública, convocando os Srs. Deputados membros dessa CPI, para a audiência pública que acontecerá no Município de Presidente Figueiredo, amanhã,dia 20 de setembro às 10 horas. Está encerrada a sessão. Muito obrigado.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO - CPI

SISTEMA DE TELEFONIA FIXA, MOVEL e CELULAR PRESIDENTE FIGUEIREDO (AM) 20 de Setembro de 2013

O SR. PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DE PRESIDENTE FIGUEIREDO (Simão Pacheco) Neste momento, vamos dar por aberta a reunião da CPI da telefonia no Município de Presidente Figueiredo e concedemos a palavra ao Sr. Prefeito, Neilson Cavalcante. O SR. NEILSON CAVALCANTE (Prefeito Municipal de Presidente Figueiredo) Bom dia deputados Marcos Rotta, Marcelo Ramos e Adjunto Afonso. Acho que hoje é um dia muito importante para o povo de Presidente Figueiredo e será uma reunião muito proveitosa e esperamos que os resultados possam vir a atender a gente aqui de Figueiredo, com aquilo que hoje é muito importante para Figueiredo, que é o meio de comunicação. A situação de telefonia aqui é muito complicado, difícil. Aqui, uma cidade turística, e como vamos oferecer qualidade de nossos serviços, sem comunicação? Telefone celular, ora pega, ora não pega. Falha demais, principalmente em nossa área rural, em nossos ramais. Telefone fixo, idem. Oferecem, mas não em quantidade suficiente para atender a demanda do município. Vamos iniciar essa audiência e em nome do povo de Figueiredo, agradeço a boa vontade, que vocês tenham vindo para ouvir e nos ajudar a resolver a situação de comunicação aqui do município. Pra voces terem idéia, a OI passa aqui e não tem nenhuma compensação pro município. Até a internet que uso na prefeitura é paga do jeito que todo mundo paga. Pagamos por 4 megas 8.800 por mês pra usar a internet. Vamos dar inicio a audiência. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Bom dia a todos e a todas. Sou o Deputado Marcos Rotta, Líder do PMDB, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa e Presidente da CPI que tem por objetivo investigar a deficiência de telefonia móvel, fixa e internet. Juntamente com o Deputado Marcelo Ramos, Líder do PSB na Assembléia, um dos deputados mais atuantes da Casa, junto com o Deputado Adjuto Afonso, ingressamos com o pedido da CPI, justamente por termos esgotado os meios possíveis e imagináveis para tentarmos mudar a realidade. Entramos com ações junto a ANATEL, pedimos multas as operadoras e as empresas foram multadas. Representamos no Ministério Publico Federal contra todas as empresas. Temos ações contra todas as operadoras de telefonia fixa e móvel tramitando na justiça do Estado. Infelizmente, nada disso surtiu efeito e a situação caótica que Presidente Figueiredo vivencia, não é diferente dos municípios que percorremos. Neste momento existem dezoito assembléias legislativas espalhadas pelos mais diversos estados brasileiros que estão também com suas CPIs. O objetivo final,será depois fazer um grande encontro com todos os representantes e presidentes destas CPIs, pra que juntos, em nome dos estados que representamos, formar um único documento e enviar ao Congresso Nacional e ao Senado da República, porque a competência legal

para regulamentar ou mudar as regras, compete aos nossos deputados federais e senadores. Essa CPI não vai ter o objetivo de mudar, por exemplo, ou criar uma nova legislação, um novo marco regulatório. Mas, vamos exigir sim, em nome dos consumidores, da população que representamos, o cumprimento da legislação. Pouca gente sabe, mas telefonia fixa, móvel e internet, passaram a ser bens essenciais e bens essenciais é o transporte coletivo, energia elétrica, água. A telefonia também está inserida nessa questão de bem essencial e a legislação diz que bens essenciais não podem sofrer interrupção e vocês mais do que nós, sabem das deficiências que tem quando vão usar um telefone celular, um telefone fixo. Muitas comunidades que já passamos, nos relatam que não tem telefonia fixa. É obrigação nas comunidades onde existem mais de 100 habitantes ter telefone fixo. Isso não estamos presenciando. Isso faz com que haja um constrangimento e uma humilhação. As pessoas por não terem na sede de suas comunidades um atendimento que é o direito deles de telefonia fixa, precisam percorrer as vezes, um, dois, três quilômetros em busca de sinal pra ter acesso a uma telefonia móvel. Outro, no Careiro, relatam de que precisam a ir a ponte. A ponte passou a ser um encontro da juventude, daqueles que querem utilizar o telefone, porque na ponte tem sinal. Em Ubim, a 45 km de Manacapuru, existe uma operadora chamada TELEARVORE, porque as crianças tem que subir nas mangueiras pra ter sinal de telefone. Então, vejam a situação e a que ponto chegamos com a telefonia no Brasil de uma maneira geral. Identificamos alguns pontos. Primeiro, a ganância das operadoras e a falta de investimentos em tecnologia. Segundo ponto, é a omissão da Agência Nacional de Telecomunicações, porque se existe uma agência que regula a prestação de serviços, é inadmissível que ela não veja o que todos estão presenciando. Então, a ANATEL vai ser chamada também à ordem e à sua responsabilidade por esta CPI. Hoje, estamos aqui em Presidente Figueiredo e queria muito agradecer a Câmara Municipal, aos Vereadores da Câmara Municipal, ao 1º Presidente, Vereador Simão Pacheco Teixeira, Patrícia Lopes Miranda, João Azevedo, Nilton Cordeiro, Madrenilson, Mailson Gomes, Manuel Pontes Ribeiro, Junior Ribeiro, Anderson Leal de Melo, ao prefeito que aqui está, que sabe das dificuldades que a precariedade dos serviços ocasionam ao município. Neste momento, vamos passar a palavra ao relator da questão de internet, o nosso deputado Marcelo Ramos. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Bom dia a todos. Prefeito municipal, Neilson; bom dia ao presidente em exercício desta Casa, vereador Simão; aos demais vereadores, Vereadora Patrícia, Deputado Marcos Rotta, companheiro,que desde o primeiro momento iniciamos juntos essa tentativa, primeiro de diálogo, depois uma tentativa de assinatura de

termos de compromisso no âmbito da comissão de defesa do consumidor e diante da inconsistência, da falta de cumprimento de compromisso por parte das operadoras, chegamos a conclusão de que era hora da instalação de uma CPI. Eu e o Deputado Marcos Rotta, procuramos ser claros e todos os membros da comissão, de que não somos vendedores de ilusões, que não vamos passar por aqui e amanhã a telefonia e a internet vão estar às mil maravilhas. Estamos num processo de pressão sobre o conjunto das companhias, estamos construindo um diagnostico da situação de telecomunicações em todo o interior do Estado, até porque em Manaus é mais fácil esse prognostico, porque estamos lá no dia a dia e vamos a partir daí cumprir uma etapa técnica da CPI, que é a oitiva de técnicos e depoimentos mais formais, a oitiva das empresas, pra que a partir daí possamos responsabilizar aqueles que descumpriram regras estabelecidas na lei geral de telecomunicações e dos termos de concessão que essas empresas receberam por parte do Governo Federal , mas só responsabilizá-las não é suficiente. O mais importante é assinatura de termo de ajustamento de conduta no sentido de estabelecer compromissos claros e com prazos urgentes para o enfrentamento e a superação dos problemas que temos hoje. Eu sempre acho importante, antes dessas audiências, tentar, mesmo que minimamente, nivelar o que a legislação determina para a telefonia fixa, para a telefonia móvel e para a internet. Primeiro, telefonia fixa. Há uma regra, um dever definido na lei geral de telecomunicações, de universalização. Portanto, telefone fixa tem que ter em todos os lugares, em todas as comunidades com pelo menos cem habitantes, tem que ter telefonia fixa, tem que ter pelo menos um orelhão e obviamente um orelhão que funcione. Isso é obrigação das operadoras por parte da lei geral de telecomunicações. Tem uma regra,que é importante nivelar também. Até 40 km. Da área urbana da cidade, a obrigação de instalação desses orelhões é da empresa OI; de 40 km. Em diante, a obrigação é da empresa EMBRATEL. Telefonia móvel. Pela lei geral de telecomunicações, a telefonia móvel a responsabilidade legal é de atendimento apenas nas áreas urbanas das cidades. Internet. Temos um problema sério de internet, porque a lei geral de telecomunicações quando foi promulga ainda não existia internet e obviamente que a lei não podia prever algo que não existia. O que isso ocasionou? Ocasionou que os serviços de telefonia fixo e móvel são serviços públicos concedidos. Portanto, público por sua natureza, mas prestado pela iniciativa privada. Portanto, passivas de regulação do Estado. O Estado estabelece metas que tem que ser cumpridas, estabelece onde a empresa tem que colocar telefonia, estabelece onde ela tem que colocar mesmo onde não tenha viabilidade econômica, como medida compensatória de uma praça que ela tenha que tenha viabilidade econômica. No entanto, internet, não é serviço público concedido. E serviço privado. Portanto, regulada exclusivamente pelas leis de mercado e as leis de mercados são claras – onde tem viabilidade econômica para eu colocar o meu serviço eu coloco; onde não tem, não coloco.

Portanto, a caracterização da essencialidade dos serviços de internet e a mudança da natureza jurídica do serviço de internet para serviço publico concedido é algo que o Brasil – na minha opinião – precisa avançar o mais urgente possível. Mas se não tem obrigação legal, porque a OI foi obrigada a colocar cabo de fibra ótica pra trazer internet da Venezuela? Como não há essa regulação definida dentro da lei, o que o governo federal, através da ANATEL fez, foi nos termos de concessão do 3G e também na autorização da fusão da OI com a BRASILTELECOM, a Anatel estabeleceu obrigações relativas à internet, que são frutos desse termos de concessão. Por exemplo, o cabo de fibra ótica que a OI instalou aqui vindo da Venezuela,ele é decorrência de uma obrigação do termo que autorizou a fusão da OI com a BRASILTELECOM. Ela não colocou de livre e espontânea vontade. Ela só colocou porque o Governo Federal disse – para fundir, tem que fazer uma outra entrada de internet aqui pro estado do Amazonas. O problema é que o Estado do Amazonas tinha apenas uma entrada de internet, que vem lá pela BR 319, que passa pelo Careiro Castanho, que é o cabo da EMBRATEL. Tem um outro, que é esse da OI. A OI cumpriu o que determina o termo pela metade, porque a OI deveria ter trazido um cabo de fibra ótica apagado, ou seja, um cabo que ela tivesse toda a capacidade e o Chaves, não aceitou vende um cabo apagado, só vendeu banda.

Então, a OI compra a banda, compra espaço neste cabo. Ela não tem controle sobre toda a capacidade da geração de internet desse cabo de fibra ótica. Então, a capacidade que ela tem é muito menor do que ela precisa. Nós precisamos pressionar para que ela compre mais banda e acima de tudo que ela vá abrindo os canais de internet. Estivemos lá, eu e o prefeito, na OI, e parece que eles fizeram o maior favor do mundo pra Figueiredo, ao abrir o cabo de fibra ótica aqui e ainda cobrar muito caro pelo péssimo serviço para a própria prefeitura. O prefeito informa que eles não abriram aqui, ele vai e volta de Manaus. Portanto, precisamos enfrentar essa questão com agilidade e com firmeza e, acima de tudo, com a clareza da importância que os sistemas de comunicação tem na nossa vida. E essas audiências públicas, têm me demonstrado aspectos da internet e da telefonia que eu não conseguiria enxergar se não fosse o diálogo com a população. Por exemplo, estou vendo aqui alunos de técnica de gestão pública do curso da UEA. Esse curso, para dele, é feito na forma de tele-aulas e a UEA não usa cabo. Ela contrata sinal de satélite. Portanto choveu, o tempo nublou, no meio da aula cai o sinal e os alunos ficam sem aula. Portanto, essa é uma conseqüência da precariedade do serviço de internet. Estou citando uma relacionada a educação. Poderia citar uma relacionada a saúde, um cidadão que se acidenta numa comunidade rural que só tem um orelhão comunitário e esse se encontrado quebrado e ele não consegue comunicar à ambulância pra ir pegá-lo. Poderia citar no ponto de vista das relações comerciais, as empresas, o comércio, que não consegue estabelece compra e venda de seus fornecedores porque não tem internet de qualidade.

Mas o que é mais grave estar por vir. O Governo do Estado obrigará a partir do ano que vem, 100% de nota fiscal eletrônica ao consumidor. Como obrigar nota fiscal eletrônica ao consumidor numa cidade que não tem internet. Ou o consumidor vai ter que esperar 20, 30, 40 minutos pra sair a nota fiscal dele e, quando a internet cair, ou o comerciante sonega ou não vende. Portanto são conseqüências na vida da cidade, na vida das pessoas, muitas vezes inimagináveis. Outra conseqüência que sofre a prefeitura, que sofre a Câmara, que sofre a administração pública. Hoje, todos os relatórios para o tribunal de contas do Estado, todos os relatórios contábeis de prestação de contas de convenio são feitos via Web. Como fazer isso se não tem internet. Presidente Figueiredo ainda tem uma solução, se chegar no último dia e não conseguir acessar a internet pra mandar o relatório, bota alguém dentro de um carro aqui e manda pra Manaus, manda levar o relatório lá. Agora, imagina uma prefeito tendo que emitir um relatório que se não chegar o município vai ficar inadimplente lá em Envira, em Itamaraty, em Ipixuna, em Japurá, em são Gabriel da Cachoeira. Portanto, as conseqüências desse descuido com o interesse do povo do Amazonas está em todos os âmbitos de nossa vida e tenho certeza que faremos um esforço muito grande, nós da comissão, mas também outros companheiros deputados que têm enfrentado essa questão da telefonia, como os companheiros que são suplentes desta comissão, deputado Luiz Castro, deputado Wanderley Dallas e o deputado Chico Preto que tem uma consistente e permanente atuação nessas questões de telefonia em nosso Estado. Portanto, tenho certeza que o depoimento de vocês é fundamental para que tenhamos um diagnostico preciso e a primeira medida para você aplicar a medicação na dose correta é ter um diagnóstico preciso e não poderíamos ter um diagnóstico preciso só sob a ótica de Manaus. Por isso estamos aqui, estivemos já em Novo Airao, em Manacapuru, em Castanho, em Iranduba e na semana que vem, estaremos em Coari, Tefé, Carauari, Eirunepé e Tabatinga. Mais na frente em Itacoatiara, Maués, Parintins. Estaremos em 19 municípios pra ter uma visão mais geral de como esses serviços chegam a cada uma das regiões do Amazonas. Tenho certeza do nosso esforço e que dias melhores virão nessa questão de comunicação em nosso Estado. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço, deputado Marcelo Ramos. Vocês estão tendo neste momento uma idéia da complexidade daquilo que vamos nos debruçar. Existe uma grade expectativa da sociedade amazonense com relação aos trabalhos desta CPI. Vejam o estudo, a dedicação dos nossos relatores. E, exatamente por conta da complexidade dos assuntos, inovamos nesta questão das relatorias. Geralmente, em uma CPI, existe a figura única do relator. Nós então, por conta da complexidade, desmembramos os três assuntos. Temos um relator especifico para a questão da internet, que é o Deputado Marcelo Ramos, temos um relator especifico pra questão da telefonia fixa, que é o deputado

Sidney Leite e temos um relator especifico para a questão da telefonia móvel, que é o deputado Adjuto Afonso. Ai, ao fina, os integrantes da CPI, juntamente com os relatores, com a assessoria técnica da CPI e gostaria muito de agradece a assessoria técnica, que são profissionais dessa área, estão assessorando com muita competência e profissionalismo os trabalhos da CPI e ao final, haveremos de confeccionar um único relatório. Vamos ouvir os vereadores escritos. Concedo a palavra ao Sr. Vereador Jerry Azevedo, dos Democratas. O SR. VEREADOR JERRY AZEVEDO: Sr. Presidente, Exmo. Prefeito, Srs. Deputados. Queria convidar o Major Mamed pra fazer parte da mesa. Queria relatar alguns casos, onde o Deputado Marcelo Ramos é conhecedor de uma situação que a gente convive com a passagem da fibra ótica em Pitinga. A OI passa com a fibra ótica bem na porta lá, fica a 60 Km. Da nossa comunidade. Taboca inclusive já assinou um contrato com a Oi, está escrito, tudinho, só que infelizmente não acontece. Não anda. Tivemos informações que a Oi disse que deixou um tronco lá pra fazer a interligação com a Vila do Pitinga, mas não aconteceu. Quer dizer, é mais um descaso que acontece com as companhias telefônicas. Isso que o Deputado Marcos Rotta falou é verdade, qualquer comunidade dessa aí que você vai e que chove, fica sem sinal. Temos aqui o 180, que de vez em quando o Presidente Zé Menezes procura a gente, pede ajuda, a gente liga para a Vânia Antonazze, pede pra ela, manda lá, mas é uma morosidade pra atender e assim as outras comunidades. São poucas comunidades que eu conheço que tem telefonia fixa. Agora, sabendo dessa informação de que a cada 100 habitantes é necessário pelo menos um orelhão e no 200 tem um único orelhão no serrado lá. A gente fica aqui acompanhando, a CLARO trouxe aquela torre ali, colocou lá, disseram que iam abrir o sinal pra estrada. Ia ser uma realização muito boa pra Figueiredo. Quem conhece a telefonia móvel de alguns estados, você anda o estado inteiro e tem telefonia móvel. Em Porto velho, você sai de Porto Velho até Ariquemes e você pega sinal. É uma comunidade menor do que o Rumo Certo tem telefonia móvel. Realmente, precisa cobrar das operadoras, porque estão vendendo muito e não estão dando a capacidade suficiente. Quer dizer, tem muitos cliente, mas deixa de atender. Esta semana fiquei tentando ligar para o meu assessor e não conseguia. Acho que a única que estava mais ou menos era a OI, porque o resto, tudo, sem funcionamento. Era isso. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Vereador Jerry. Vamos ouvir agora o vereador Jonas Castro, do PSB.

O SR. VEREADOR JONAS CASTRO: Cumprimento toda a mesa e meu bom dia às pessoas aqui presentes. Na realidade, a gente vem sofrendo e não é de hoje não. Eu me recordo que no natal, no dia 24, pela manhã o sinal sumiu, desapareceu e só retornou a noite do dia 25. praticamente 48 horas as pessoas querendo se comunicar com seus entes e não conseguiram. No final do ano, a mesma situação. No dia 31 foi embora e só retornou pela manhã do dia 1º. É um absurdo o que essas operadoras praticam com relação ao povo e sabemos que não é só em nosso município que acontece. A gente já foi, o Deputado Marcelo Ramos nos acompanhou, na Oi, e houve uma promessa de que iriam trazer, porque é o compromisso, deputado, de 40 km. Eu disse pra dona Vânia que o galo da serra não pega sinal e muito menos fixo. E é área urbana, encostado aqui. É um absurdo, vejo que o PROCON, a presidência da Assembléia através da sua comissão, deveria estar entrando com ação e mais ação em cima e pedir ressarcimento à população, para que essas empresas passassem a ter mais compromisso e respeito com as pessoas. Porque, como V.Exa. frisou, é bem de necessidade, é essencial a telefonia, a internet, tanto pra quem tem um comércio e aqui é difícil até sinal pra você compra crédito. É difícil se conseguir que a máquina libere. É um absurdo o que tem sido praticado e a assembléia tem sim de tomar uma postura mais enérgica pra tentar pelo menos amenizar com o que vem acontecendo dada a irresponsabilidade dessas operadoras. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço, vereador. E não tenha dúvida alguma de que vamos endurecer a regra do jogo com relação a essa questão. É o ponto incomum de todos os integrantes desta CPI. Haveremos de encontrar todos os mecanismos que estiverem à altura e dentro da competência legal de uma CPI pra exigir o cumprimento do que determina a legislação. Com a palavra o Sr. Deputado Marcelo Ramos. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Uma das coisas que a gente tem conversado com o prefeito e que a gente já está avançando, trabalhando com a assessoria jurídica, é no sentido de estabelecer uma legislação que teria que passar pela Câmara Municipal, no sentido de igualar a utilização do solo para a passagem do cabo de fibra ótica à utilização do solo do município para a passagem do gasoduto, por exemplo. Então, os municípios passariam a ter direito de cobrar royalties das operadoras pela utilização de seu solo pela passagem do cabo de fibra ótica. Estamos avançando pra isso e isso beneficiaria os municípios de Presidente Figueiredo e do Careiro Castanho,que é aonde passa a fibra ótica e esse valor não necessariamente seria pago em dinheiro, mas poderia ser convertido em banda de internet oferecido à prefeitura e para alguns espaços públicos da cidade. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta)

E tem outra questão, que é a questão da lei municipal de colocação de antenas. Isso é um outro problema, porque as empresas no afã de arrumarem algum tipo de desculpa, estão dizendo que estão enfrentando muita burocracia no estado do Amazonas para colocação de antenas e falta realmente, na grande maioria dos municípios do Estado uma legislação especifica com relação a isso. Isso é um problema que vamos ter que enfrentar, a CPI vai analisar isso juntamente com os técnicos que estão acompanhando os nossos trabalhos e a nossa intenção depois é fazer uma espécie de pacto das antenas no Estado do Amazonas. É claro que não se justifica essa desculpa das operadoras, porque a partir do momento que transferem essa responsabilidade para as antenas, fica claro e evidente que eles comercializaram muito mais do que a sua capacidade de estrutura. Próximo vereador a usar da palavra é o vereador Melinho, do PPS. O SR. VEREADOR MELINHO: Deputado Marcos Rotta, bom dia; bom dia nobre deputado Marcelo Ramos; bom dia Exmo. Sr.Prefeito de Figueiredo; bom dia nobres colegas vereadores; major. Bom dia aos Secretários (as) da Prefeitura; bom dia aos presidentes de comunidade; bom dia ao povo em geral, principalmente o pessoa do Rumo Certo e novo Rumo que atenderam o nosso chamado pra ser fazer presente nesta audiência. Deputado Marcos Rotta, primeiro quero lhe parabenizar, você e o Deputado Marcelo Ramos por se solidarizar com o nosso problema de Figueiredo. Sabemos que o nosso município lindo e temos diversas atrações turísticas e que podíamos ter uma quantidade bem mais superior do que temos de visitantes. Moro neste município há trinta anos, já ouvi muitas reclamações de nossos empreendedores de turismo, porque nenhum turista que se preza quer vir para um local onde ele vai se isolar, onde ele não tem nenhuma comunicação com seus familiares, onde até, se ele sofrer um acidente, é difícil até comunicar as pessoas que o protegem e isso dificulta e dificulta muito a nossa situação como município próximo de Manaus e que poderia ter um poder de turismo muito maior. Sou vereador de Figueiredo, mas me elegi em uma comunidade chamada Rumo Certo e Novo Rumo. Essas comunidades são núcleos urbanos. O Rumo Certo, por exemplo, tem uma quantidade de 480 casas na sua sede e o Novo Rumo, 150 casas. Estamos falando em torno de 700 casas, de 700 famílias. No Rumo Certo temos uma linha telefônica em um lado da comunidade. No Bairro novo, onde chamamos de Vila Nova, tem 200 casas e essa área não foi atendida ainda, não foi feita a expansão pra que possamos ter o mesmo direito às pessoas em ser atendidas ali. Ontem fiz questão de pedir a minha assessoria e fomos conferir. Tem uma caixa ali em frente ao colégio, que as pessoas do outro lado, da Vila Nova, fica pedindo a ligação. E ai passa. Tem um rolo de fio desse tamanho ( faz gesto com as mãos) dessa grossura (outro gesto com as mãos). Tem 35 cabos

saindo de uma caixa pro outro lado. Quer dizer, não tem orelhão e também não tem a expansão da rede daquele lado de lá. No Novo Rumo,tive na casa da presidente, D. Rosenilda, ela teve me informado que no Novo Rumo não tem mais nenhuma vaga pra que alguém possa pedir uma linha telefônica. Inclusive na casa da presidente. Ela disse que se eu quiser mandar algum recado, tenho que ir lá pessoalmente ou pagar um motoboy, porque não tem como se comunicar. Então, peço que V.Exa.,quero só dizer que protocolei os ofícios para que V.Exa. nos ajude nessa situação da expansão para a Vila Nova do rumo certo e também para a comunidade do Novo Rumo. Em relação a telefonia móvel, quero pedir a V.Exa. e também ao nosso prefeito, que conhece a situação do rumo certo, daquela região, que tente, viu prefeito, pra que a gente possa buscar uma parceria público privada para que a gente consiga levar para aquela região a telefonia móvel. Como estamos falando de Rumo certo, Novo rumo, núcleos urbanos e lago de balbina, que está por trás dessas duas comunidades, aí multiplicamos esse número pra aproximadamente 1.100 famílias, porque temos 400 famílias que moram no lago, mais 480 que moram na vila do rumo certo, e mais 150 que moram no novo rumo, ai nós multiplicamos e totaliza 1100 família e se levarmos essa quantidade por pessoas, vamos chegar a 4 mil pessoas aproximadamente. É uma quantidade enorme, temos demanda pra isso, temos um comércio local ativo, temos economia ativa, é a comunidade mais produtiva de Figueiredo e temos condições de dizer que não é possível você deixar de levar um serviço tão essencial, tão necessário, até porque trata-se de uma área de turismo. Ali está localizado as ilhas de balbina e que tem um potencial grande de turismo. São ações que precisam ser além de cobradas que dêem condições já existentes, cobrar também a implantação de telefonia móvel pra essas comunidades. Peço ajuda de vocês para que possamos lutar por isso. Em relação as reclamações do telefone fixo, que as vezes você paga a conta mas não tem a linha. No novo rumo às vezes já passou até de 30 dias os comunitários pagando 52 reais pela taxa sem ter o serviço. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradeço, vereador. Estamos a disposição. A CDC tem procurado estreitar os laços de parceria com os vereadores, porque, em que pese o tamanho do nosso Estado,não temos PROCONs nos municípios do interior do estado e isso é um problema serio. A Câmara Municipal tem a sua comissão técnica permanente e sabe da necessidade de ter um órgão oficial de defesa do consumidor. Estamos lutando pra tentar fazer com que os municípios do interior possam ter um órgão referencial de defesa do consumidor. Nem Manaus, na a capital tem PROCON. Temos apenas um PROCON que é o PROCON do estado do Amazonas que está sobrecarregado por conta das altíssimas demandas da capital e também do interior do Estado.

A CDC está a disposição de V.Exa. a disposição da Câmara Municipal como também dos moradores do meu querido município de Figueiredo. A Dra Michele, aquela jovem senhora de laranja, que não para, ela anda pra lá e pra cá, ela é coordenadora da CDC da Assembléia e também a coordenadora da CPI. Tanto ela quanto eu estaremos a disposição para atender aos reclames e necessidades dos consumidores de Figueiredo. Com a palavra o Sr. Vereador Mauricio Marlon do PT, que é presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara. O SR. VEREADOR MAURICIO MARLON: Bom dia a todos. Quero saudar o prefeito, os secretários, a Polícia Militar em nome do Major Mamed, saudar os meus colegas vereadores. Agradecer a presença de todos, alguns amigos meus, minha equipe de gabinete e dizer que hoje estou muito feliz de ver dois deputados aqui se preocupando com os problemas de nosso município que a gente tem com a telefonia local, que é um caos aqui na sede do município, mas que, na zona rural, é muito pior. Porque aqui a gente ainda tem o celular e na zona rural nem os orelhões funcionam. Deputado Marcos, Deputado Marcelo,quero dizer que vocês tem um histórico político invejável e fico feliz em agregar hoje este poder com esta Casa, para dar esse choque de ordem nesse problema que vem assolando o nosso povo. Sou presidente da comissão de defesa do consumidor e quero dizer que estou à disposição pra ajudar no que for possível. Temos alguns depois colhidos, temos um histórico de trabalho de poucos meses mas que dá pra agregar e com certeza dá o resultado que o povo está esperando. Deputado, quero neste trabalho que se iniciou peço a vocês que coloquem a importância e faço um requerimento verbal, da importância que precisa essa telefonia chegar na zona rural, principalmente nas grandes comunidades de Presidente Figueiredo, como Canoa, Rumo Certo, Novo Rumo, ali na Vila de Balbina, que também um caos, na estrada de Balbina, km, 50, km. 13, 17. As pessoas sempre me procuram em meu gabinete reclamando do mesmo problema que assola o município todo. Peço que vocês façam anotação do meu requerimento verbal pra que chegue a telefonia também nessas comunidades, porque se aqui na sede está difícil, está nos assombrando algum tempo, imagine essas pessoas que vivem no mato, nos ramais, com crianças, idoso, pessoas doentes e etc. Fica o meu requerimento e o meu apoio. Se é pra trabalhar em prol de Figueiredo, estamos juntos. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado vereador e estamos também a disposição de V.Exa. vereador Mauricio, sobretudo na questão de ser V.Exa. presidente de uma comissão importante, inclusive não apenas quanto a questão de relação de consumo, como também a questão da cidadania. Muitas vezes as pessoas mais simples, mais humildes, compram um produto, adquirem um determinado produto e esse produto apresenta algum tipo de problemas e as pessoas, muitas vezes, pela sua inocência, pela pouca informação que tem, não sabe nem a quem recorrer.

Vejo que a Câmara Municipal de Presidente Figueiredo tem também nesta linha de defesa do consumidor uma comissão técnica permanente que e extremamente atuante e vamos cada vez mais tentar estreitar os laços de parceria entre a Assembléia e as Câmaras Municipais, para que possamos fortalecer essa questão importante, que é a questão de defesa do consumidor. Passaremos agora a ouvir as senhores e os senhores representantes da sociedade. Concedo a palavra ao Sr. Raimundo Sobrinho. O SR. RAIMUNDO SOBRINHO: Bom dia a todos os presentes. Cumprimento o nosso chefe do executivo, o nosso prefeito; todos os vereadores e a presença do deputado Marcos Rotta, Marcelo Ramos, o major e quero ser bem breve. Recentemente tivemos uma audiência publica sobre energia e são fatos tão graves que a gente registra na sociedade de Presidente Figueiredo e eu até dizia na audiência passada, que estou escrevendo a história desse município e toda vez que chega acima de 50% eu paro, porque são fatos novos que acontecem nesse município e temos que registrar. Vejam só o que aconteceu nessa última eleição. Poucos minutos pra encerrar a eleição faltou energia, ai foi internet, telefone e o povo ficou na tensão. Ai graças a deus, em pouco tempo, a energia voltou. Estava lembrando que esses meios de comunicação, quando eles avançaram na tecnologia, começaram com a Cantel e ai a Telamazon, com um grande desenvolvimento tecnológico, as linhas de comunicação começavam a se expandir no estado do Amazonas. Até hoje sabemos que sofremos muito. Agora, deputado Marcelo e Marcos Rotta, que estão fazendo essas visitas. Temos 62 municípios no estado do Amazonas e serão visitados dezoito. Será que vai ser resultado esses 62 municípios concluindo essas audiências publicas e o que vai realmente vingar após essas situações, porque daqui até lá a situação cada vez mais agrava e se agrava até porque o nosso estado tem um clima muito misto e agora no estado do Amazonas a gente ver todos esses registros e enfrentamos alem das chuvas, agora forte ventania. Agora, o que vejo, cortou aqui a fibra ótica vindo de Venezuela uma media mais ou menos de 220 a 240 Km. No sentido norte/sul, chegando até Manaus. A facilidade do acordo é grande. Eu acharia, Deputado, neste momento, quando esta se fazendo essa transição de avançar nessa tecnologia, neste momento que essa fibra ótica tivesse cortando aqui os raios do norte pra chegar ate o sul, fosse amarrado um compromisso. Aí é fácil, eu cortar o quintal do vizinho, entro no limite dos outros e resolvo meus problemas econômicos. Então, tinha que bloquear, que fechar. Essas empresas,com os prejuízos que sofremos, por exemplo, estava conversando com a D. Vânia, ela tem um filho especial que é atendido na APAE, nós tivemos aqui um problema, ficamos três dias sem comunicação, e o filho dela perdeu a consulta, teve gravidade de saúde e ficou por isso mesmo. Haveria então de ter uma cobrança mais severa principalmente por parte dos srs. Deputados. Se não resolver no estado, vamos levar pra Brasília.

Chama pra nova licitação e substitui esse contrato, esse convenio, esse acordo. No Estado do Amazonas o negócio é fácil de se avançar. Queria neste momento, que tem aqui vários associados, estou aqui representando os produtores rurais de São Cristóvao, que a mesa me desse dois minutos , pra eu relatar a situação gravíssima que está ocorrendo dentro do Estado, na BR 174, que foge do tema. Agora, desejo que hoje tivesse vindo aqui o Deputado Sinésio, o Dr. Vicente. Quero registrar a todos os que estão aqui, em especial aos associados da comunidade de São Cristóvão. Deputado Marcos Rotta e deputado Marcelo Ramos, eu gostaria que o senhor que tem lá o seu programa Exija seus Direitos, o que ocorre? A Suframa ela desencadeia um processo chamado projeto de desenvolvimento agropecuário da zona franca de Manaus. O que ocorreu? Um projeto falido, sucateado e surrupiado. O que está ocorrendo? Estamos com medo de que de repente venha acontecer a ser vitimado, alguém vir a óbito a qualquer momento. Estamos com um processo que está na quinta vara cível e já foi encaminhado pra desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, ela cassou a liminar, onde somos mais de duzentos famílias e tivemos na Suframa com uma comissão de mais de vinte pessoas e eu falei pro Dr. Gustavo: Dr. Gustavo, você sabe porque está chegando a dez reais? Porque os grandes empreiteiros estão arrendando a nossa flora, fauna. Obrigado, desculpe, mas que isso seja levado ao Governo do Estado, a Assembléia Legislativa, porque temos recebido visita de policia militar sem autorização judicial e com ameaça. Quero até deixar o meu nome aqui pra pedir segurança, porque já foram duas viaturas procurando pelo seu Sobrinho. E minha família está assustada com isso. Ou larga ou continua. Agora, eu não vou colocar minha cabeça na bandeja sozinha. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Sr. sobrinho. A Assembléia está à disposição da Associação dos produtores de São Cristóvao. Como temos muitos escritos e pra que a gente possa oportunizar a palavra ao maior numero de pessoas possíveis, vamos tentar limitar o tempo de três minutos a cada orador. Com a palavra o Sr. José John Lira Gonçalves. Líder de laboratório. O SR. JOSE JOHN LIRA GONÇALVES: Bom dia a todas as autoridades. O que deveríamos ter aqui hoje é pelo menos a presença das operadoras. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Deixe-me falar, que a CPI tem um roteiro e estamos seguindo esse roteiro. Achamos por bem, não neste momento, convidar as operadoras, porque as operadoras viriam até aqui mostrar os gráficos, os números, os investimentos, aquela coisa, aquela realidade que todos conhecemos. As operadoras não serão convidadas, serão convocadas a prestar esclarecimento

no seio da CPI e é interesse que a gente inclusive possa levar representantes dos municípios para essa audiências com as operadoras. Neste primeiro momento, nos estamos coletando as informações, os problemas, ouvindo os relatos, as necessidades. Tudo que vocês estão dizendo aqui hoje, farão parte de nosso relatório e tudo que está sendo dito aqui, está sendo gravado pra que a gente possa depois confrontar os investimentos que eles inclusive haverão de querer mostrar na CPI, mas haveremos de confrontar com o depoimento das pessoas que participarem dessa audiência pública. Todas as pessoas que participaram e participam dessa audiência, figurarão no rol das testemunhas da CPI. Sei que muitas vezes no afã de querer a resolução do problema, pensa-se : ah! Deveria ter trazido as operadoras. Mas aí a gente ia ficar nessa questão que conhecemos, já tivemos várias audiências publicas com as operadoras e nada do que foi acertado nas audiências foram resolvidos. Por isso que optamos em um primeiro momento ouvir as pessoas pra depois ouvirmos as operadoras. O SR. JOSE JOHN LIRA GONÇALVES: Ok. Obrigado pela informação. Na verdade é uma vergonha o serviço disponibilizado por todas as operadoras que aqui prestam seu serviço, porque na verdade, quando o prazo acaba, você compra 12 reais, 13 reais, 20 reais, 25 reais, quando o prazo acaba você não tem uma descrição de tempo de serviço. Na verdade ele vai inspirar e adeus. Você tem que comprar outra pra poder fazer a utilização do mesmo. Aproveitando, através da Dra. Cristiane, Promotora de Justiça do Município, a gente está com uma ação pública contra VIVO pelos péssimos serviços oferecidos à nós como usuário. A gente pede que as pessoas possam ir até o fórum e se manifestar também, se declarando que está sendo lesado de alguma forma, pra que ela entre com essa ação e seria mais uma força, na verdade. Quanto a Oi, a Oi é outro gigantesco problema, porque a internet que utilizamos em casa é proveniente da mesma e ela tem vendido, vendeu algumas linhas telefônicas com a promessa de que instalariam algumas internets e na verdade não aconteceu até hoje. Devo ter quase um ano aguardando uma linha pra internet e não consegui ainda, sem falar que toda semana você liga e nada de resposta em relação a disponibilizar linhas pra o município. Temos apenas 300. A falta de comunicação só atrapalha o município a crescer e também ao Estado. Somente isso, obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado por sua participação e parabéns pela sua iniciativa de estimular as pessoas a realmente procurar seus direitos. Se as pessoas tivessem esse grau de iniciativa, de realmente procurar o judiciário num caso como esse, talvez o judiciário fizesse inclusive às vezes da própria Anatel que deixou a situação nesse limite que estamos presenciando.

Nós da Comissão de defesa do consumidor, temos um ação contra todas as operadoras. Pedimos multas às operadoras de 500 mil reais e o PROCON multou; pedimos ao Ministério Público Federal que suspendesse a comercialização de novas linhas e novos produtos por parte das operadoras. Em 2006, o TCU chamou a Anatel e disse - olha, vocês precisam suspender a comercialização de novas linhas, porque o sistema não está agüentando. Em 2006 e a Anatel fez ouvido de mercado e a realidade estamos vivendo neste momento. Com a palavra ao Willamis da Silva Vigira. Servidor publico federal. O SR. WILLAMIS DA SILVA VIGIRA: Obrigado pelo espaço. Williamis Vieira, aluno do curso de tecnologia em gestão publico. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Desculpe-me, porque vou pedir inclusive às pessoas que estão escrevendo que voltem um pouco no tempo e façam um curso de caligrafia. O SR. WILLAMIS DA SILVA VIEIRA: .

Williamis Vieira, aluno do curso de tecnologia em gestão publica e também servidor público do IPHAN. Gostaríamos de trazer algumas questões creio da população e a gente discutiu muito com essa turma, essa juventude, juventude autônoma que tem discutido e levantado muitas questões do Município de Presidente Figueiredo relacionado a telefonia. Ontem estávamos sem sinal e ontem todo mundo fazer suas ligações e a gente conseguia fazer o paralelo - ontem sem sinal, amanhã CPI da telefonia. Todos os dias temos convivido, presenciado a questão que é bem evidente. O descaso devido as precariedades tanto na zona urbana quanto na zona rural. Uma internet limitada, precária. Hoje quem quiser ter acesso á internet, hoje quem quiser contratar um serviço de internet não consegue. As pousadas, ou seja, o turismo. Como vamos ter desenvolvimento se não existe hoje um sistema eficiente. Diante do exposto, gostaria de fazer quatro considerações. Primeiro – como aliar o desenvolvimento econômico com tais precariedades? Como esta cidade vai se desenvolver com tamanha precariedade? Segundo – omissão do Governo federal, através do órgão fiscalizador – ANATEL, frente ao controle dos serviços prestados, no sentido macro, a submissão ao livre mercado quando adotou as políticas das privatizações. Terceiro – qual o cronograma das ações da CPI e qual a perspectiva de tempo que vamos começar a ter as respostas que tanto queremos. Quarto – o diagnóstico. Esta CPI, como o deputado falou, precisa ter um diagnóstico. Pois bem, o diagnóstico aqui de Presidente Figueiredo – humilhação, constrangimento e descaso de todos os serviços prestados envolvendo telefonia, internet e etc. Cansaço e paciência quase esgotada. Pagamos os mais altos impostos e temos que conviver com toda a humilhação das operadoras,que cada vez

mais aumentam, triplicam seu capital e ainda por cima oferecendo serviço de péssima qualidade. Senhores, a juventude, a classe trabalhadora pede respeito. O que ela quer é serviço de qualidade e que a sua dignidade seja assegurada. Essa é a palavra da juventude aqui de Figueiredo. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Parabéns por suas colocações, por suas palavras. Tenha a certeza de que não apenas eu, mas o Deputado Marcelo e esta CPI endossa suas palavras e, como eu disse ainda há pouco, o cronograma da CPI primeiramente é de ouvir os reclames, medir a insatisfação, ouvir o grau dos problemas que são tanto quanto semelhantes nos municípios que já percorremos. Nossa intenção é percorrer pelo menos um terço dos municípios do Estado do Amazonas e logo após, percorrermos os municípios, haveremos, ai sim, de começar as oitivas na Assembléia Legislativa, convocando o Ministério Público Federal, o PROCON, a Defensoria Pública, a OAB, representantes das câmaras Municipais, das prefeituras, Ministério Público do Estado, enfim, todos os órgãos da sociedade civil e depois, por último, vamos ouvir as operadoras de telefonia fixa, as operadoras de telefonia móvel e também as empresas que trabalham com Internet e, ao final, vamos convocar a Anatel. Sei que existe um certo descrédito com relação a CPIs pelo Brasil afora. Temos tristes exemplos de CPIs, que viraram inclusive sinônimo de pizza pelo Brasil afora. Mas, eu falo na condição de Presidente desta Comissão e eu vejo o trabalho, a dedicação, o estudo, o afinco de nosso relator deputado Marcelo Ramos; vejo o estudo, o afinco, a determinação do nosso relator de telefonia fixa que é o deputado Sidney; da mesma forma o Deputado Adjuto Afonso. Enfim, vamos, tenho certeza e convicção de que vamos fazer tudo o que estiver ao alcance de uma CPI para exigir o cumprimento da legislação. Não vamos pedir nada além disso. Só queremos que a legislação seja cumprida, porque quando nós deixamos de fazer a nossa parte nesta relação que é contratar e pagar, imediatamente o nosso serviço é suspendo e nosso nome incluído no serviço de proteção ao crédito. Então,qual é a punição dessas operadoras? Por que essas operadoras continuam vendendo acima de suas capacidades? Por que não consigo falar mais de quarenta ou cinqüenta segundos ao telefone sem que a minha linha caia? Por que eu preciso continuar tendo uma relação de confiança muito grande com relação aos créditos? Não temos como monitorar e acompanhar os nossos créditos. Se a empresa falar acabou, acabou. Todos esses reclames estamos ouvindo e no final haveremos de fazer sugestões aos nossos representantes federais, aos nossos senadores, porque esta questão deveria ter partido dos deputados federais e dos senadores. Mas vamos fazer a nossa parte e tenha certeza que esta CPI será uma CPI de resultados. Obrigado. Concedo a palavra ao Sr. Egidio Shuaze. O SR. EGIDIO SHUAZE:

Bom dia a todos e a todas. Inicialmente queria exatamente agradecer a acolhida e o atendimento, porque tenho sempre ido à CDC da Assembléia Legislativa. A minha intervenção se dirige a questão da oferta que o pessoal das operadoras faz constantemente e os planos. Pra mim esses planos são verdadeiros cavalos de tróia. O nome novo do cavalo de tróia é plano OI, plano VIVO etc. Esses planos se organizam especialmente em vista do que já foi dito aqui, as empresas assumiram excessivos serviços que não estão dando conta nem os seus equipamentos e nem suas operadoras, para conseguirem faturar mais fazem esses planos. A gente acaba pagando, como tem acontecido com relação a OI, paga dez a quinze dias por mês sem o serviço, porque é plano total ; depois paga serviço que ela forneceu nesse período a outras empresas, então, é um serviço duplamente pago, paga multas, paga juros de mora que vem em conta separada inclusive mostrando que elas sabem o endereço da gente, mas a conta total não é enviada,que é outra estratégia. O plano é não mandar a conta pra gente ser obrigado a pagar multa por não ter pago em tempo a conta e finalmente o serviço que cobram é ainda serviços extras. É muito triste essa situação hoje. Mas graças exatamente a comissão de defesa do consumidor da Assembléia, comecei a entender essa situação e eu creio que essa é uma das coisas e queria alertar que ninguém entre nesse plano ou seja, caia na armadilha desse plano, desse cavalo de tróia. Que a gente receba as contas com especificações e serviços que também não constam mais. Não constam mais especificações de serviços. Só serviços extras, serviços daquilo e tal. Era isso ai, obrigado. Estou com saudades de uma operadora pública, como tivemos até 1999, por aí, o plano oficial do estado. Eu creio que era muito melhor nesse período, porque não temos mais comunicação correta hoje. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado Sr. Egidio, obrigado por suas presenças e obrigado por sua confianças nas ações da CDC. Com a palavra o Sr. Carlos Cardoso, funcionário publico. O SR. CARLOS CARDOSO: Sr. Prefeito, Srs. Deputados, Srs. Vereadores. Gostaria de pedir aos Senhores vereadores, fugindo um pouquinho do que está sendo falado, mas à pedido de vinte e cinco pessoas, inclusive estudantes, que também aqui nesta Casa fosse feito uma audiência pública para que a população de Presidente Figueiredo, conhece a lei orgânica que está sendo aprovado e nem todo mundo, do município, não sabe que ela está sendo aprovada. Desculpe por sair do tema. Sobre a energia. Em nosso município foi falado muito sobre isso, mas vou repetir só um pouquinho. Sofremos aqui na sede, mas nas comunidades é

muito mais ruim, muito pior, porque quando a chega nas comunidade só tem a OI e a OI atende muito mal e muitas vezes semana não atende. Obrigado Srs. Deputados. Deputado Marcelo sei que o senhor pode nos ajudar nessa convocação para que a população conheça a nossa lei orgânica que está sendo aprovada. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ramos) Obrigado Sr. Carlos Cardoso. Com a palavra o Sr. Paulo Rennes Ferreira da Silva, assistente administrativo. O SR. PAULO RENNES FERREIRA DA SILVA: Queria agradecer a Deus por essa oportunidade e cumprimentar a todos, a mesa e autoridades presentes. A questão da telefonia que estamos debatendo. Tenho certeza que tem uma legislação a se seguir com todos esses quesitos que estamos debatendo, tanto telefonia quanto energia. Na minha opinião, as operadoras deveriam seguir a legislação que existe. Muitas delas não estão seguindo o padrão da legislação. Outra questão,como citou o Deputado Marcelo Ramos - A questão da internet cair. Não se tem uma excelente qualidade no serviço quando vamos acessar, por exemplo, um portal, por exemplo do STF. Não temos um ótimo acessamento a esses portais. O município tem que ter um excelente avanço nesta questão. Quanto as comunidades. Elas precisam ter acesso à telefonia, em um número excelente, tanto na educação quanto na questão de saúde. A OI deveria ter um excelente atendimento para a população de Figueiredo, tanto da sede quanto da zona rural. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (marcos Rotta) Obrigado Paulo por sua participação. E você está coberto de razão. Veja, deputado Marcelo, o esforço que o governador do Estado do Amazonas faz para manter a UEA. Isso é um patrimônio do povo amazonense. Existe agora um grande projeto de expansão da UEA, um centro que está feito ali em Iranduba. Mas vejam, por mais investimentos que o governo faça, por mais defendida que seja essa política educacional importante da valorização e da solidificação da UEA, por mais que o governo faça a sua parte, ainda assim não conseguiremos ter aquela qualidade necessária para os alunos da UEA exatamente pela precariedade do serviço. Hoje vivemos num mundo globalizado, na era da informação e penso que informação também é educação, informação é acesso à cidadania, informação é acesso á pesquisa, desenvolvimento da cultura. Enfim, é a formatação do Cidadão. Por isso vamos percorrer todos os caminhos pra chamar atenção das empresas com relação a precariedade dos serviços que afeta de forma muito brutal a educação no estado do Amazonas.

Aqui está o comandante Mamed. Pra vocês terem uma idéia da fragilidade da comunicação no Amazonas, o programa Ronda no Bairro,que é um programa fantástico do Governador Omar Aziz e Serve já de modelo pra outros Estados brasileiros, o programa sofreu atraso na sua concepção de três a quatro meses por conta da falha na internet. É um programa que necessita muito da tecnologia e as operadoras não conseguiam dotar - a capital – dessa tecnologia. Vejam o atraso que estamos vivenciando por conta da falta de compromisso dessas empresas. Próximo orador Sr. Anifram Pinheiro. Pedagogo/professor. O SR. ANIFRAM PINHEIRO: Bom dia a todos. Esta Casa nos últimos tempos tem renovado nossas esperanças. Ouvimos aqui os anseios da juventude, das comunidades e cada um expôs sua necessidade. No mês de maio, em conversa com o Sr. Prefeito, ele dizia – é muito difícil investirmos no turismo em Figueiredo, porque temos um problema muito grave que é a comunicação. Ninguém, nenhum turista sai de sua casa pra vir ao interior pra ficar isolado, tendo tantos investimentos, tantos negócios fora do município que ele precisa, mesmo estando aqui com sua família se divertindo, ter conhecimento. Nós, sou do sindicato de professores de educação, nós também tivemos no início do ano um problema muito grave na questão de lotarmos professores na zona rural e aí os vereadores, o Secretário, o prefeito, sabem dessa dificuldade, exatamente porque alguns profissionais da educação não querem ir para a zona rural, porque ficam simplesmente isolados, sem comunicação com as famílias, com o parentesco em geral. Nós, volto a dizer, nos últimos dias, temos renovado a esperança, porque esta Casa tem feito audiências públicas na questão da energia, agora com telefone celular. Sabemos que vivemos num mundo capitalista e sempre alguém ganha. O interessante é que neste mundo capitalista aqui, nós, os contribuintes, quase sempre perdemos. Lá na comunidade Nova Jerusalém temos o paraíso pesca que gera emprego e renda na comunidade e temos outros investimentos no rumo certo que também geram emprego e renda e que por falta de comunicação deixam de gerar mais recursos para o município e por falta de comunicação, e dizia o deputado, informação é conhecimento. É imprescindível que tenhamos informação porque ela produz conhecimento e os nossos alunos tanto da sede quanto da zona rural, os nossos educadores tanto da sede quanto da zona rural, ficam muitas vezes impossibilitados de realizar cursos ofertados pelo MEC, no caso os educadores, porque não tem como acessar a internet nas comunidades e aí, são impossibilitados de terem informações necessárias e muito úteis à questão da aprendizagem e do conhecimento. Nós como um todo, Figueiredo como um todo, o Amazonas como um todo, sabemos que isso é um processo, estamos na primeira etapa e que não vai surtir efeito da noite pro dia, mas estamos começando e cada vez que

começamos, renovamos nossas esperanças de acreditar que podemos ter um Figueiredo melhor, um Estado melhor, um país melhor. Renova as nossas esperanças, porque agora as Casas tanto a Assembléia quanto a Câmara estão vindo até nós que somos os geradores de toda a riqueza, que produzimos toda a riqueza, somos agora reconhecidos como elementos importantes na resolução dos problemas e aí nós que depositamos em vocês uma procuração de quatro anos de mandato, acreditamos que agora vocês possam nos ajudar e intervir junto a telefonia para que sejamos tratados verdadeiramente como cidadãos. O que queremos, nada mais é, do que nossos direitos respeitados e com essa informação possamos ter conhecimento e conhecimento gera riqueza, gera saúde, educação e prosperidade de vida. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado professor. Parabéns por suas colocações. E, mais importante do que eu falar sobre do conhecimento para a educação, é ouvir um professor defendendo essa importância. Com a palavra o Sr. Marco Alfredo (Goiano) O SR. MARCO ALFREDO (Goiano) Vou dar apenas um depoimento. Na vila tem um orelhão que está balançando. A gente tem que falar, mas se tirar o telefone com força ele cai. Ta todo podre. Ta amarrado com arame. Isso é uma vergonha. Tão esperando cair pra depois arrumar. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Qual a vila? O SR. MARCO ALFREDO (goiano) Vila Nova Jerusalém. E isso tem anos, foi pedido pra trocar, pra trocar e nunca foi trocado. Eu uso esse telefone praticamente direto. Carrego carrada de turista pra ir falar nesse telefone público quase todo dia. É muita gente que o usa. É o único que funciona. São três, mas só esse funciona e quando funciona. Tem época que o telefone dá defeito,fica meses sem consertar. Não é um dia, dois não. São meses e ficamos nós sem telefone lá. Cheguei uma vez ao telefone publico da Nova Jerusalém, com um cliente dentro do carro, não estava funcionando. Fui no km. 200, não estava funcionando; fui no Rumo Certo, não estava funcionando. Aí, peguei o cliente e vim aqui em Presidente Figueiredo telefonar. Simplesmente 200 km que eu andei pra dar um simples telefone. Ontem, com muito custo, consegui ligar internet lá no meu estabelecimento. Me custou 3.800 reais, uma conta de mil reais por mês. Quando acabei de ligar a internet, entrei na globo, Globo SAT, Globo não sei o que pra testar se estava legal, entrei no Google, no meu Site, acabei de entrar, acabou a luz. Não sei se ta legal, tem gente até que me explicou qual é o meu e-mail, mas eu não sei que ainda nem escrevi. Acabei de instalar a internet, acaba a luz. Fica difícil pra gente trabalhar nesse município.

Faço minha as palavras do professor. Tem que ter comunicação pra funcionar o turismo e gerar emprego e renda e ai nesse lado da Balbina, pode comportar ainda cinco, seis, dez pousadas iguais a minha e vai dar renda e gerar emprego no município e não é pouco não. O turismo é o futuro do Amazonas. Obrigado. O SR. DEPUTADO MARCELO RAMOS: Obrigado Goiano. O deputado Marcos Rotta está dando uma entrevista. Só quero dizer a todos que não só o serviço de taquigrafia da Assembléia, como a assessoria técnica da comissão, como eu mesmo pessoalmente anotei o principal argumento de cada um dos depoimentos, cada caminhada dessa que a gente faz a gente entende o efeito da precariedade da comunicação. O depoimento do professor, da dificuldade de colocar professor nas comunidades rurais porque ficam incomunicáveis e não conseguem dialogar com suas famílias. Isso é mais um impacto na questão educacional. Posso relatar um exemplo, porque estou aqui desde o início da sessão usando o hifi da Câmara e não consigo acessar. É um exemplo objetivo. Já tentei pelo telefone, entra internet, cai; consigo postar uma foto, não consegue mais ler o que comentaram. A internet da Câmara é uma precariedade também. Quero encerrar minha participação, agradecendo a participação de todos e repetir que nós, eu o Deputado Marcos Rotta nos damos muito bem porque pensamos coisas parecidas na política. E, eu e ele não somos vendedores de ilusão. Não estamos vindo aqui dizer que a partir de amanhã tudo estará às mil maravilhas. Estamos vindo colher informações, buscar subsídios para uma caminhada que é longa, mas tenho certeza que voltaremos aqui para colher depoimentos de que problemas importantes foram enfrentados e soluções surgiram e, comunicar por fim, que desde já, consegui falar com minha assessoria jurídica, tivemos conversa com alguns vereadores e com o prefeito, e estamos trabalhando pra agilizar a apresentação de um projeto para cobrança pela utilização da Oi do espaço territorial do município e que essa cobrança seja paga em dinheiro ou seja convertida em banda de internet de qualidade para a prefeitura, para a Câmara e para alguns espaços público onde a população poderia utilizar. Essa é a lógica que estamos trabalhando e tentando transformar numa legislação municipal que em breve será fruto de apreciação do conjunto de vereadores desta Casa, que tem demonstrado compromisso no enfrentamento desta questão, tanto que se esforçaram-se pra realização desta audiência, pra mobilização da população para esse dialogo. Dias melhores virão. Não será amanhã, mas passos estão sendo dados. Só existe uma coisa que não muda nada - é não fazer nada. Não fazer nada, com certeza, não muda nada. Lutar pode ate não resolver, mas vale a pena. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado, Deputado Marcelo Ramos.

O Deputado Belarmino Lins, que é um espirituoso na Assembléia, sempre diz, quando preside a sessão, que o deputado Marcelo Ramos é um filho que ele gostaria de ter tido, pela atuação sempre proveitosa em favor da sociedade. Eu tenho muita satisfação de estar no meu quarto mandato consecutivo e nesta legislatura está ao lado do Deputado Marcelo Ramos. Temos, como ele disse, muitas opiniões convergentes, muitas ações que compartilhamos, muitos projetos de leis que confeccionamos conjuntamente e é uma honra pra essa CPI e para o trabalhos dessa CPI ter a participação do deputado Marcelo Ramos. Concedo a palavra ao Sr.Presidente da Câmara em exercício, vereador Simão. O SR. VEREADOR SIMAO (Presidente da Câmara em exercício) Mais uma vez bom dia a todos. Gostaríamos de agradecer às pessoas que aqui estiveram. Gostaria que os presidentes de comunidade que aqui se encontram, tivesse como exemplo o Edmilson, lá do galiléia, que ele trouxe o abaixo-assinado dos seus comunitários. Aqueles que não trouxeram, façam, que a gente envia pra CPI da assembléia. E dizer ao Deputado Marcos Rotta e deputado Marcelo Ramos, que esta Casa continua à disposição de vocês. Façam desta Casa a cozinha de vocês, a cozinha da Assembléia Legislativa e este poder legislativo em nome dos vereadores agradece a vocês por nos ajudarem a legislar. Estamos tendo um aprendizado com vocês. Espero que vocês voltem mais vezes, porque o povo clama por uma telefonia melhor, por uma energia melhor e por todas aquelas causas que o povo levantou nesta casa. Quanto a lei orgânica. Quero dizer que esta sendo acompanhada direta, propaganda volante, radio. Todo aquele jovem e qualquer cidadão que queira vir participação conosco, será um prazer. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Obrigado, vereador Simão. Com a palavra o Sr. Prefeito Municipal de Presidente Figueiredo, Neilson Cavalcante. O SR. NEILSON CAVALCANTE: Deputado Marcos Rotta, relator deputado Marcelo Ramos. Em nome do povo de Presidente Figueiredo, quero agradecer a iniciativa que tiveram de vir aqui ouvir e saber os problemas que Figueiredo tem de comunicação. Quero me colocar ao lado do povo de Figueiredo. A nossa busca é por dias e condições melhores pra nossa população. E como o senhor viu, ficamos isolados diversas vezes sem dia e nem hora e com muita dificuldade pra fazer nosso dia a dia no que diz respeito a comunicação de Figueiredo. Tivemos na OI quatro vezes, quatro vezes, numa tentativa de conversando tentar chegar a uma solução e vimos que não adianta. Eles não querem conversa.

Pedi ao deputado que nos ajudasse com a legislação, o que poderia ser feito e vamos fazer sim. As empresas de telefonia podem ter certeza de que em busca de uma solução, em busca de soluções melhores pra Figueiredo, não vou medir esforços e nem distancia para alcançar e ter condições melhores para o dia a dia da gente aqui. A minha casa também ta sem internet , porque eu não quis usar a internet da prefeitura na minha casa. A minha casa ta sem internet. To tentando uma alternativa, que durante a campanha peguei uma linha da internet do partido e essa linha to tentando transferir para ter internet na minha casa, a internet da Oi. Estou tentando conseguir uma concessão que foi dada na época, a OI VELOX, que a gente tinha que fazer a comunicação dos dados da eleição todas as informações para o TSE via on line, tinha essa linha e estou tentando levar pra minha casa. Mas estou até hoje na minha casa sem internet. A promessa é ser ligada de ontem pra hoje. Também to junto com a população querendo que essa situação mude, que a gente possa ter aqui uma condição de igualdade com os grandes centros. Ninguém ta pedindo deles nada de graça. Estamos pedindo apenas que nos atendam. Eles disponibilizam somente 300 canais de OI VELOX em Figueiredo. Foi dito pra mim pelo Sr. Nivaldo, da OI, numa das reuniões, que a demanda naquele momento, abril ou maio, quando estivemos lá, que tinham 1.400 solicitações e que só podiam atender 300 e que iriam fazer um estudo, que iriam fazer o que fossem necessário para que essa necessidade fosse atendida. Se o senhor ligar hoje, neste momento pro telefone comercial da Oi e pedir uma linha telefônica e uma internet, eles vão lhe vender uma linha telefônica, com a promessa de que vão colocar a internet pro senhor. Fiz isso em minha casa, fiz por telefone a solicitação. Colocaram a linha telefônica, está ligada há 90 dias, mas a internet não chegou lá até hoje. Então, é uma fraude, um desrespeito que eles tem conosco e que eu entendo que precisamos sim de solução. Vou repetir, ninguém quer de graça, a gente quer que eles dêem condições pra que a gente possa ter o que todo mundo tem no mundo inteiro – condições de se comunicar. Quando se fala em turismo e você chega aqui e não pode se comunicar com seus amigos, com sua família, como é que vai fazer? Quero agradecer e pedir que não aceitem, não deixem que essas pessoas continuem enganando a população, o povo, que não quer nada de graça. Só quer seu direito reconhecido. Obirgado. O SR. PRESIDENTE (Marcos Rotta) Agradecemos as palavras do prefeito e vejam que a situação, o tamanho do problema envolve a todos. Envolve desde o prefeito até a mais simples e humilde representante de uma comunidade do município. O problema é comum a todos .

E, sabemos do tamanho de nossa responsabilidade e exatamente sabedores disso,que vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que esta CPI possa chamar essas empresas às suas responsabilidades. Queria agradecer a associação comunitária nova galileia pelo abaixo-assinado que remeteu a mesa, dizer ao Goiano, que vamos exigir. Essas questões que são menores, como a colocação de um orelhão, vamos exigir, vamos chamar as empresas e eu creio que todos aqui conhecem a Dra. Vânia,que é uma pessoa amável, que é aberta ao diálogo. Ela é receptiva e tudo que está ao alcance dela ela tem atendido a Assembléia, a CPI. Mas é bom que vocês saibam que independentemente dos trabalhos da CPI, existem leis que essas empresas tem que seguir. Alem da lei geral de telecomunicações, existe uma lei importante que nos protege, que é o código nacional do consumidor e vamos exigir paralelamente à questão dos trabalhos da CPI, exigir que o código seja cumprido. Quando alguém adquire um produto, um telefone e a empresa diz – você vai adquirir o telefone e, juntamente com a sua linha telefônica, vai ter acesso á internet e você não tem acesso a internet , a empresa que é o caso do prefeito, a empresa, segundo o código de defesa do consumidor , faz uma afirmação falsa e enganosa. Quem faz afirmação falsa e enganosa, não sou eu quem diz, mas é uma lei federal, está praticando crime contra o código nacional de defesa do consumidor, crime contra as relações de consumo. Fazer afirmação falsa e enganosa, dá cadeia de dois meses a um ano e dá multa. Então, vamos sugerir às nossas autoridades que comecem a prender esse pessoal e comece a multar esse pessoal em nome da ineficiência que eles vem percorrendo e isso é latente e visível. Vamos paralelamente aos trabalhos da CPI tentar resolver esses casos.

A CDC está a disposição dos senhores e senhoras que tiverem problemas nas suas comunidades.

Somos cinco membros desta CPI e estamos abertos a recebê-los pra que juntos possamos formatar o nosso relatório que eu espero, acredito e defendo será um relatório muito próximo da triste realidade que estamos constatando nos mais diversos municípios por onde estamos passando. Satisfeito com o resultado dessa audiência e com a coleta de dados que subsidiarão o relatório, declaro encerrada a presente audiência pública, convocando os Srs. Deputados membros dessa CPI, para a 6ª audiência pública que acontecerá no Município de Coari, no dia 26 de setembro às 17B horas. Está encerrada a sessão. Muito obrigado.