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5/9/2018 Crimes Tributarios Contra a Receita Federal - slidepdf.com
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CRIMES TRIBUTÁRIOS CONTRA A RECEITA FEDERAL
Adneryson M. do Nascimento1
Francisco Brito de Souza
2
RESUMO
O intuito deste é mostrar o quanto a lei tributária é muito perfeita no papel, mais arealidade é totalmente diferente, a lei é bastante rigorosa, mais ainda há muitaspessoas que conseguem fraudar o fisco, o Imposto de Renda é um Imposto Federale o seu princípio fundamental é de que deve incidir sobre o acréscimo patrimonial,para que dessa forma não se tribute o próprio patrimônio, assim até o acréscimopatrimonial decorrente de um ilícito pode ser considerado como fato gerador doimposto de renda, no Brasil tributa-se a renda quando ela é adquirida, fixando, dessaforma, o critério temporal como momento de aquisição da renda, o que pressupõe asua disponibilidade, essa disponibilidade pode ser econômica no caso de valoresrecebidos ou financeira no caso de dinheiro em caixa, em outros países a regra é atributação da renda quando usufruída, pelo princípio da universalidade o acréscimo
patrimonial deve ser considerado como um fato gerador, pelo motivo que ocontribuinte acresceu seu patrimônio, por esta razão, a competência é da união defiscalizar toda e qualquer fonte de renda advinda de onde vier, para controlar toda equalquer distribuição de riquezas dentro do país, mesmo quando se esta fora doBrasil no caso de pessoas que possuem bens e riquezas móveis e imóveis queestão em nome do contribuinte tanto a pessoa física que é o contribuinte individualno caso da própria pessoa e a pessoa jurídica que são as empresas.
Palavra-chave: Crime. Tributário. Renda. Contribuinte. Fiscalizar.
ABSTRACT
The purpose of this is to show how the tax law is very perfect in the role, plusthereality is quite different, the law is very strict, but still there are many peoplewho candefraud the IRS, the IRS is a Federal Tax and its fundamental principleis that it mustfocus on the equity increase, that thereby not taxing the propertyitself, so until theequity increase resulting from an unlawful act can be considered asgenerating theincome tax in Brazil to income taxes when it is acquired, securing
1Acadêmico de Pós Graduação de direito tributário pela Faculdade Metropolitana de Manaus.
2 Bacharel em Direito formado pela Universidade Nilton Lins - Acadêmico de Pós Graduação de direitotributário pela Faculdade Metropolitana de Manaus.
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thereby the time criterion as the moment of acquisition of income, which means theiravailability, theavailability can be economical in the case of amountsreceived financial or in the case of cash in other countries rule is subject to incometax when they enjoyed, the principle of universal asset increases should be
considered a taxable event for the reason that the taxpayer adds to his heritage,therefore, the jurisdiction of the union isto monitor each and every source of incomearising from which it comes, to controlany distribution of wealth within the country,even when it is out of Brazil in the case of people who have wealth and richesfurniture and buildings that are on behalf of both the individual taxpayerwho is the taxpayer individual in one's own case and the legal entity that is business.
Keyword: Crime. Tax. Income. Taxpayer. Inspect.
INTRODUÇÃO
Os crimes tributários contra a receita federal no Brasil, não é um privilégio dos
grandes empresários ou contribuintes de alta riqueza. A análise de diversos tipos de
crimes tributários cometidos contra a Receita Federal como atestam os Tribunais, à
existência do entre pequenos e médios empresários, o que não se constitui em
excepcionalidade, tendo em vista o peso da altíssima carga tributária sobre as
pessoas físicas ou jurídicas.
Ao identificar esses tipos de crimes tributários mais comuns cometidos contra
o Imposto de Renda, o fisco tem dado início a uma política arrecadatória contra as
condutas de criminalização que não passam de ilícito tributário, e o objetivo de coibir
as práticas de sonegação. Chama a atenção o rigor formal do legislador, quanto à lei
em defesa do fisco, e em detrimento de um aspecto relevante a natureza de um
ilícito que se transforma em crime pela vontade do Estado como lei. (COELHO,
2008)
Segundo a Lei 8.137/90 em seu art. 1º, o contribuinte, tanto a pessoa física
como pessoa jurídica que sonega ou reduz o tributo, ele comete crime de mera
conduta ou crime de resultado.
Por conveniência administrativa e sempre por meio de lei, visando à
praticabilidade da arrecadado, a fonte pagadora pode ficar no pólo passivo da
relação jurídica a situação de responsável pelo recolhimento do tributo. No caso de
omissão de retenção do IRRF a fonte pagadora irá arcar com a multa pelo não-
cumprimento da obrigação, enquanto, da pessoa física, contribuinte do imposto,
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deve ser cobrado o imposto não recolhido, vale ressaltar que as pessoas jurídicas
estrangeiras, também serão igualmente consideradas como contribuintes dentro do
país. (SABBAG, 2004)
DIREITO TRIBUTÁRIO
Se ao longo da história, a receita pública que se vem sobressaindo, sob todos
os aspectos, é a provinda da arrecadação dos tributos, ocorre também naturalmente
a evolução do Direito Tributário, como ramo originário do direito financeiro, este
regulando a atividade financeira do Estado em todos os seus momentos, já aquele
disciplinando as relações que se estabelecem entre o fisco e os particulares,atinentes ao pagamento, arrecadação e fiscalização dos tributos, que é uma das
modalidades de receita pública. Assim, que o Direito Tributário derivou do Direito
Financeiro é a mesma coisa que acontece com o Direito Civil e o Direito Comercial é
um assunto que hoje pouco se discute. (OLIVEIRA, 2003)
IMPOSTO DE RENDA (IR)
O denominado Imposto de Renda é tributo com finalidade marcantemente
fiscal, constituindo-se no maior arrecadador entre os impostos federais. Como a
incidência do imposto é mais gravosa sobre os maiores rendimentos progressividade
detalhada adiante, obtém-se o efeito de redistribuição de renda, pois aqueles que
menos ou nada contribuem são, em regra, os que mais utilizam alguns serviços
públicos saúde e educação. O conceito de renda compreende o produto do capital
como os rendimentos obtidos com uma aplicação financeira, do trabalho como o
salário recebido pelo empregado. Já o conceito de proventos é definido por
exclusão, compreendendo todos os acréscimos patrimoniais não enquadráveis no
conceito legal de renda. A título de exemplo, podem-se citar os acréscimos
patrimoniais decorrentes de atividade criminosa. (ALEXANDRE, 2010)
Conforme o art. 153 e inciso III da Constituição Federal (C.F., 2003), o
imposto de renda é federal por isso, é competência da união instituir impostos, sobre
renda e proventos de qualquer natureza, as regras relativas ao Imposto de Rendadas Pessoas Físicas (IRPF), são muito diferentes das relativas ao Imposto de Renda
das Pessoas Jurídicas (IRPJ). Para complicar, existe ainda uma quantidade enorme
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de regras próprias aplicáveis ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Essas
regras legais do Imposto de Renda (IR), e o seu Regulamento têm legislação própria
no que diz respeito aos ilícitos criminais tributários.
O imposto de renda é de enorme importância no orçamento da União Federal,
onde hoje figura como a principal fonte de receita tributária. Tem, portanto, função
nitidamente fiscal. É inegável também a importância do imposto de renda como
instrumento de intervenção de Poder Público no domínio econômico.
(ALEXANDRINO & PAULO, 2005)
Com efeito, o imposto de renda é um instrumento fundamental na
redistribuição das riquezas, não apenas em razão de pessoas, como também delugares. Assim, pode-se afirmar que o imposto de renda, embora tenha função
predominante fiscal, e também função extrafiscal altamente relevante para o país, a
redistribuição bem definida tende a alcançar os programas sociais do governo,
dessa forma beneficiando a todas as classe sociais.
CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
Os crimes tributários e a sanção penal embora no âmbito da Filosofia do
Direito, e até no âmbito da Teoria Geral do Direito, existam controvérsias em torno
do que seja o, prevalece entre os juristas à idéia de que no universo jurídico os
comportamentos podem ser qualificados como lícitos ou ilícitos. Os primeiros são
aqueles que estão de acordo, e os últimos aqueles contrários à ordem jurídica, ao
direito objetivo.
O preceito questionado no que diz respeito ao art. 136 do CTN, que, a
responsabilidade não depende da intenção, o que torna em princípio irrelevante a
presença de dolo vontade consciente de adotar conduta ilícita, mas não afasta a
discussão de culpa em sentido estrito. Pelo já visto, parece-nos crer que uma
interpretação sistemática do Código Tributário Nacional, nos levará a concluir que a
responsabilidade prevista no art. 136 não é plenamente objetiva, admitindo-se a
defesa do acusado com base na ausência de culpa, não cabendo isto sim, é a
alegação de ausência dolo para eximir-se da sanção por infração que não requer
intencionalidade. (Amaro, 2009)
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Como a lei não descreve todos os comportamentos, até porque isto é
impraticável, faz-se então uma distinção entre a licitude e a legalidade. O campo da
licitude é mais amplo. Abrange todas as situações, todos os comportamentos,
estejam ou não previstos em lei. Licito ou ilícito dizem respeito á ordem jurídica, ao
direito objetivo em geral. O campo da legalidade diz respeito apenas ao que está
prescrito nas leis.
O bem jurídico dos delitos aludidos deve ser visto sob diversos ângulos, ai
residindo às dificuldades principais deste setor do Direito Penal, que convive,
sobretudo, como bem alerta Francisco Munõz Conde, com a imprecisão e a
indeterminação de seu objeto jurídico, que alguns reconduzem a um vago interesse
no equilíbrio do sistema econômico a uma genérica ordem pública econômica.
Assim, o objeto de proteção é uma determinada forma de intervenção do Estado na
Economia, bem recolhendo seus impostos, não para concorrer com a iniciativa
privada, mas para assegurar uma redistribuição de riquezas por meio de uma
política fiscal que possa obter recursos para o atendimento das necessidades
sociais. Essa intervenção busca, então, regular a iniciativa privada, corrigindo seus
excessos, e permitir que se atinjam aqueles objetivos."(SANCTIS, 2005).
No Direito Tributário, como conjunto de normas que regulam a instituição e a
cobrança dos tributos, prevalece o principio da legalidade. Por isto aquela distinção
não tem maior relevância, embora eventualmente possa ser útil no equacionamento
de certas questões. É importante, observar que o princípio da legalidade diz respeito
à relação de tributação. Não há tributo sem que a lei o estabeleça. Se o fato não
está previsto na lei tributária, sua ocorrência e irrelevante para o Direito Tributário.
Se não esta previsto na lei tributária não há incidência de tributos.
Sanção é o meio de que se vale a ordem jurídica para desestimular o
comportamento ilícito. Pode limitar-se a compelir o responsável pela inobservância
da norma ao cumprimento de seu dever, e pode consistir num castigo, numa
penalidade a este cominada. (AMARO, 2009)
A penalidade pode ser pessoal e patrimonial. No âmbito da tributação as
penalidades pessoais podem ser consideradas obsoletas e inadequadas. São as
restrições de direitos, as interdições de atividades. As penalidades patrimoniais sãoas multas. É a ação de execução é sanção destinada a obter do responsável pela
inobservância da norma o adimplemento de seu dever.
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O ilícito administrativo tributário é o comportamento que implica na
inobservância de norma tributária implica inadimplemento de obrigação tributária,
seja principal ou acessória. O ilícito tributário é quando não ocorre o pagamento,
total ou parcial, do tributo. Sem conteúdo patrimonial o ilícito consistente no
inadimplemento de simples obrigação acessória.
A definição dos ilícitos tributários constante da legislação brasileira, seja
federal, estadual ou municipal, é casuística, e por isto mesmo extremamente
complexa e inadequada. Como o descumprimento de certas obrigações acessórias
induz a presunção de descumprimento, também, da obrigação principal, em muitas
situações o valor de penalidades cominadas para o descumprimento de obrigações
acessórias é estabelecido em função da operação a que diz respeito à obrigação
acessória descumprida ou do valor do imposto cujo pagamento supostamente não
foi feito. (MACHADO, 2003)
A aplicação de penalidades pecuniárias, portanto, há de ser feita com
cuidado, para que não sejam cometidas graves injustiças. As leis tributárias
geralmente estabelecem penalidades específicas para o descumprimento de
obrigações acessórias, com valores fixos ou com indicações de limitação mínima e
máxima, mas sem vinculação com o imposto ou com o valor de qualquer operação
tributável. São as chamadas multas por infrações jornais. Se o contribuinte pode
demonstrar que o imposto foi pago, afastando, portanto, aquela presunção de
inadimplemento da obrigação principal, é esta a multa cabível, e não aquela fixada
em função do valor do imposto ou de sua base de cálculo. (CARVALHO, 2005)
As multas proporcionais ao valor do tributo somente se justificam nos casos
em que também o dever de pagar o tributo não foi cumprido, e por isto o mesmo écobrado juntamente com a penalidade. Se a penalidade é cobrada de forma
autônoma, porque há razão para aplicação de penalidade proporcional ao valor do
tributo.
O ilícito penal tributário é sinônimo de fraude, o que significa ato contrário à lei
relacionado com a obrigação tributária principal ou acessória. É espécie do gênero
infração, que outra coisa não é senão a violação de uma norma jurídica, o
descumprimento de um preceito legal.
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A Lei n. 4.729, de 14.7.1965, definiu como crime de sonegação fiscal
comportamentos, que descreveu de forma casuística, relacionados com o dever
tributário. Com isto as autoridades pretenderam intimidar os contribuintes que
sonegavam tributos. Do ponto de vista jurídico, porém, os autores dos
comportamentos na referida lei definidos foram favorecidos, em face do princípio da
especialidade (MACHADO, 2003)
Realmente, todos aqueles comportamentos podiam ser capitulados no art.
171, que define o estelionato, ou nos arts. 297, 298 ou 299 do Código Penal, que
definem os crimes de falsidade material ou ideológica de documentos. A pena
mínima cominada seria de 1 ano, e a máxima de 6 anos de reclusão. (NUCCI, 2003)
A Lei n. 4.729/65 cominou pena de detenção de 6 meses a 2 anos. Além
disto, admitiu a extinção da punibilidade pelo pagamento do tributo devido, e para os
réus primários cominou pena exclusivamente de multa, com o quê fez extinguir-se a
punibilidade em apenas 2 anos, pela prescrição.
Os dispositivos do Código Penal não eram aplicados, pois as autoridades da
Administração Tributária, por desconhecimento ou por razões políticas, não
acionavam o Ministério Público para esse fim. Com o advento da Lei n. 4.729/65,algumas ações penais foram promovidas, e em alguns casos o Ministério Público
promoveu ação invocando o Código Penal, sem êxito, porém, em face do princípio
da especialidade.
Com a criação da Lei n. 8.137, de 27.12.1990, definiu-se os crimes contra a
ordem tributária. Não utilizando-se o nome sonegação fiscal, mas definiu os mesmos
fatos antes sob aquela designação, de sorte que se pode considerar revogada a Lei
n. 4.729/65.
Os tipos crimes e as penas nos termos do art. 1º da Lei n. 8.137/90, constitui
crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (MACHADO, 2003)
a) omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
b) fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo
operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal:
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c) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer
outro documento relativo à operação tributável;
d) elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva
saber falso ou inexato;
e) negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento
equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
O crime de supressão ou redução de tributo distingue-se do antigo crime de
sonegação fiscal, essencialmente, por ser um crime material, ou de resultado. Só
estará consumado se houver a supressão ou a redução do tributo.
Para esse crime a pena cominada é de reclusão de 2 a 5 anos, e multa, que
se calcula de acordo com as normas do Código Penal. (Machado, 2003)
Nos termos do art. 2º da Lei n. 8.137/90, constitui crime da mesma natureza,
isto é, crime contra a ordem tributária:
a) fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou
empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento detributo;
b) deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social,
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria
recolher aos cofres públicos;
c) exigir, pagar, ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário,
qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de
contribuição como incentivo fiscal;
d) deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal
ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
e) utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao
sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela
que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Os crimes definidos no art. 2º da Lei n. 8.137/90, descrita são formais, ou demera conduta, vale dizer, estão consumados independentemente do resultado. Isto,
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porém, não quer dizer que o elemento subjetivo seja irrelevante. Os crimes de que
se cuida somente se configuram com a presença do dolo específico. Em outras
palavras, o dolo específico é elementar do tipo.
Para esses crimes a pena cominada é de detenção de 6 (seis) meses a 2
anos, e multa, que se calcula nos termos do Código Penal.(MACHADO, 2003)
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
No âmbito penal a questão da extinção da punibilidade pelo pagamento do
tributo tem sido objeto de sérias divergências. De um lado os que pretendem um
direito penal desprovido de militarismo, sustentando que admitir a extinção da
punibilidade pelo pagamento implica favorecer os mais abastados, que poderão
livrar-se da sanção pagando o tributo cobrado. De outro, os que sustentam que a
criminalização do ilícito tributário é na verdade, desprovida de conteúdo ético,
prestando-se mesmo como instrumento para compelir o contribuinte ao pagamento
do tributo e que, por isto, deve ser premiado o que paga porque permite seja
alcançado o objetivo a final buscado com a cominação da sanção penal. (HARADA,
2002)
No âmbito administrativo as penalidades administrativas se resolvem nos
termos do art. 138 do Código Tributário Nacional. Se o pagamento é feito com a
denúncia espontânea da infração, nenhuma penalidade pode ser aplicada. Se,
todavia, é feito em face de exigência formalizada em ação fiscal, o pagamento do
crédito tributário feito no prazo estabelecido para a impugnação do auto de infração,
ou no prazo para o recurso administrativo, implica redução do valor da multa, que
geralmente vem estabelecido na lei específica de cada tributo. (MACHADO, 2003)
Interessante hipótese de exclusão da punibilidade, pois quando o Poder
Público deixa de cumprir seu dever o contribuinte fica isento de qualquer sansão
penal, segundo o art. 212 do Código Tributário Nacional, os poderes executivos
federal, estaduais e municipais têm o dever de expedir, anualmente, por decreto, até
o dia 31 de janeiro de cada ano a consolidação, em texto único, da legislação
vigente, relativa a cada um dos seus tributos. Ocorre que esse dever vem sendo
descumprido com absoluto desrespeito ao direito do contribuinte à informação.
(SABBAG, 2004)
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É certo que ninguém esta livre do cumprimento da lei alegando que a
desconhece. Por isso mesmo, a não expedição da consolidação em texto único das
leis de cada tributo não desobriga o contribuinte do respectivo pagamento. É
razoável, porém, entender que se tratando de tributo cuja legislação vem sendo
alterada freqüentemente, o contribuinte tem a sua punibilidade excluída pelo
inadimplemento pelo Poder Público, do seu dever de facilitar o conhecimento da lei
vigente.
CONCLUSÃO
Os crimes tributários são os reflexos da fúria legislativa desde os anos 90, omovimento da lei e da ordem. Toda a problemática apontada mostra quanta
dificuldade na aplicação de uma tipificação penal, ocorrer que se o trabalho
legislativo não for feito de uma forma coerente e equilibrada, ainda mais quando está
envolvida a problematização de dois ramos jurídicos o Direito Penal e o Direito
Tributário.
Por fim, pode-se concluir que a complexidade na aplicação dos crimes
tributários, pode residir justamente na forma encontrada pelo legislador, para apunição dos mesmos na via penal sendo que, conforme visto, isso resulta de mera
decisão política. A via administrativa é mais aconselhável para a responsabilização
de certas condutas hoje tipificadas como ilícitos penais tributários. Em busca de se
evitar um Direito Penal simbólico, apenas as condutas mais graves deveriam ser
penalizadas severamente e ainda com pagamentos de multas altíssimas.
REFERÊNCIA
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MACHADO, Hugo de Brito - Curso de Direito Tributário. 22. Ed. São Paulo.-Malheiros Editores Ltda.-2003.
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OLIVEIRA, José Jaime de Macedo - Código Tributário Nacional: Comentários,doutrinas e jurisprudência – 2. Ed. – São Paulo, SP: Saraiva, 2003.
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SANCTIS, Fausto Marin de Direito Penal Tributário. Aspectos Relevantes.
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