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Dinossauros portugueses na exposição “Jurassic Deuil” 07 Dinossauros da Lourinhã em Deuil-la-Barre Mairie de Deuil-la-Barre GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 302 | Série II, du 22 mars 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais Cristina Antunes Mendes A Galerie de Thorigny, em Paris, dirigida por Cristina Antunes Mendes acolhe uma exposição de Duarte Vitória 13 Delegação de Pontault-Combault reuniu com Secretário de Estado José Luís Carneiro recebeu a Maire e Dirigentes associativos 06 PUB Política. A Cívica - Associação dos autarcas de origem portuguesa em França – organizou o seu Congresso e anunciou a publicação de uma Banda Desenhada 03 Pintura. Exposição de Camille Pissarro foi inaugurada no Musée du Luxembourg e filme de Cristophe Fonseca teve anteestreia esta segunda-feira 11 Cinema. O jovem Realizador Philippe Machado procura financia- mento para a realização de uma curta metragem sobre o último dia de férias em Portugal 15 18 Futebol. Os Lusitanos de Saint Maur empataram em casa com a reserva do Losc, mas conti- nuam em primeiro lugar do Campeonato CFA de futebol PUB

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Dinossauros portugueses na exposição “Jurassic Deuil”

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Dinossauros da Lourinhãem Deuil-la-BarreM

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O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 302 | Série II, du 22 mars 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

Cristina AntunesMendes

A Galerie de Thorigny, em Paris, dirigidapor Cristina Antunes Mendes acolheuma exposição de Duarte Vitória 13

Delegação de Pontault-Combault reuniu com Secretário de EstadoJosé Luís Carneiro recebeu a Maire e Dirigentes associativos 06

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Política. A Cívica - Associação dos autarcas de origem portuguesaem França – organizou o seuCongresso e anunciou a publicação de uma Banda Desenhada

03

Pintura.Exposição de Camille Pissarrofoi inaugurada no Musée du Luxembourg e filme de Cristophe Fonseca teve anteestreia esta segunda-feira

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Cinema. O jovem Realizador PhilippeMachado procura financia-mento para a realização deuma curta metragem sobreo último dia de férias emPortugal

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18 Futebol.Os Lusitanos de Saint Maurempataram em casa com areserva do Losc, mas conti-nuam em primeiro lugar doCampeonato CFA de futebol

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02 OPINIÃO Le 22 mars 2017

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O Núcleo Europa do Bloco de Esquerdaparticipou na Marcha por uma 6ª Re-pública organizada no sábado 18 demarço, em Paris, a partir das 14h00,pelo movimento La France Insoumiseliderado pelo candidato à presidênciafrancesa Jean-Luc Mélenchon e apeloua Comunidade portuguesa a juntar-se aesta marcha.Da Praça da Bastilha, símbolo da Re-volução Francesa e do fim da Monar-quia, à Praça da República, os“insubmissos” marcharam por uma re-volução cidadã, pela renovação da de-mocracia e da política francesas.Por uma 6ª República, mais parlamen-tar, mas também mais participativa, nofundo mais democrática e cidadã! Con-tra a “monarquia presidencial” que per-mite a um só homem governar um país

ignorando a vontade popular, como foio caso durante o imenso movimento so-cial contra a reforma do Código do Tra-balho (Lei El-Khomri).Por uma Assembleia Constituinte paraque os cidadãos possam reformar o sis-tema político francês renovando o pactosocial e o laço político que os une. Con-tra o esvaziamento da democracia queleva à descrença dos cidadãos na polí-tica.Pelo direito de revogação do mandatodos políticos pelo povo. Para que os po-líticos sejam dignos de confiança e le-gítimos perante os cidadãos, para varreros escândalos de corrupção, como osde François Fillon e de Marine Le Pene seus respetivos partidos, e a impuni-dade da classe política. Porque é o povoque os políticos devem representar, e

não a si mesmos ou os interesses finan-ceiros de um qualquer grupo.“Os insubmissos” apelam à luta poruma forma de fazer política digna etransparente, pela participação efetivados cidadãos nas tomadas de decisão epor uma democracia social, a única de-mocracia verdadeira, com dignidadehumana e uma sociedade mais igual esem pobreza, com direito ao trabalho, àhabitação digna, à saúde e à educação.Porque é esta a França com que os in-submissos querem acabar: a Françados mais de 6 milhões de desemprega-dos, a que vota para cima de 1/4 dosseus jovens ao desemprego e obriga agrande massa dos que emprega a andarde estágio em estágio, de trabalho pre-cário em trabalho precário; a França dos4 milhões de mal alojados, dos 9 mi-

lhões de pobres, dos 150.000 semabrigo, das centenas que morrem narua; a França cuja escola pública emvez de contribuir para reduzir as desi-gualdades, as acentua despuradora-mente; a França cujo sistema de saúdeé cada vez menos universal e gratuito;a França que persegue sindicalistasmas onde a concentração da riqueza fazlembrar o Antigo Regime.A pouco mais de um mês da primeiravolta das presidenciais (23 de abril),marchemos em apoio à France Insou-mise e ao seu programa humanista, so-lidário e ecológico. Esta candidatura é a alternativa ao ra-cismo, à xenofobia e às falsas preocu-pações sociais da Frente Nacional, àdireita cada vez menos republicana deFillon e Les Républicains mas cada vez

mais conservadora e anti-social e aocentrão dos negócios de EmmanuelMacron, o alto funcionário-banqueiro eministro, auto-proclamado indepen-dente e que sob coberto de moder-nismo nos apresenta um programaulta-liberal, de retrocesso ao passado eque pouco tem a invejar ao de Fillon.O Núcleo Europa do Bloco de Es-querda revê-se nas reivindicações daFrance Insoumise e esteve presente nosábado apelando à mobilização da Co-munidade portuguesa, que todas asestas políticas impactam, por umaFrança que faça jus à divisa republi-cana Liberté, Égalité et Fraternité eque lute pela justiça e pelo progressosocial na Europa.

Bloco de Esquerda / Núcleo Europa

Marcha por uma 6ª RepúblicaComunicado do Bloco de Esquerda / Núcleo Europa

Deux petits mots aujourd’hui, politiquepour l’un et politique pour l’autre…moi qui ai horreur de ça… Cela tombebien, sensations pour les uns, défispour les autres et au final quoi qu’il ensoit, quoi qu’il en coûte, engueuladespour tous…En aparté, je sais bien que tout est po-litique, même le pain que l’on achètejournellement, c’est de la politique etvous, comme moi, savons très bienque l’échéance est proche… Que vousayez la double ou pas, que vous votiezou pas, vous subirez quand même aujour le jour, au quotidien, toutes cesdécisions prises à l’emporte pièces pardes personnes bien pensantes… oupas!?Même ça, on arrive à oublier? Doncpour mémoire «je cherche toujours unemploi fictif à un peu plus de 5.000euros». Je pose la question, on ne saitjamais… Juste une petite précision,mais qui a son importance: «Je ne saisrien faire, bien sûr».Ce n’est plus une mémoire politique,mais un atrium avec des milliers, voiredes millions de personnes avec unepensée unique et très peu de neuro-nes, moi le premier. Alors partager!?

J’ai fait mes comptes, il m’en resteplus deux. Bref! Comment peut-onplébisciter un certain M. Macron quinous a pondu une belle loi, loi sur lessyndicats, portes ouvertes à tous lesabus, en effet il suffit que certains deces derniers votent n’importe quoi etque la majorité signe. Exemple: “Votreemploi et votre société sont menacés,on vous propose de faire plus d’heures,mais payées pareille”… “Ha! Nous nefermerons pas alors”… Et puis…Des exemples: regardez les journaux,la télé, tous les jours il y a des ferme-tures d’usines, quoi que retardé à latélé! Cela devient d’un déprimant et cen’est plus du journalisme, c’est du“partenariat politique” et orienté…Donner du moue dans les charges auxentreprises, oui bien sûr, pour que lepatron et les actionnaires se fassentplus d’argent. Il ne faut vraiment pasconfondre les petites sociétés et lesgrandes firmes… On n’est pas contrele faite mais pour peu que nous soyonsrétribués aussi - au prorata des résul-tats par exemple. Pas toujours lesmêmes…Autres exemples: Il voulait absolumentfaire passer une loi “spéciale”: si une

entreprise d’un même groupe n’avaitpas d’activité, même si les autres fai-saient des bénéfices, on pouvait pré-tendre à la fermer… En gros, si parexemple une grosse société du style etpour pas les nommer Alstom, Renault,PSA ou Airbus, a une usine en France,si elle n’a pas de projet et ne rapporterien, on la ferme et tout le monde de-hors. Aussi simple que ça. Pendantque celles qui font du profit même àl’étranger, restent ouvertes. Ceci-ci dit,ces dernières exporteraient en France,par exemple… Taxer les importationsest impossible, soyons raisonnables etles autres, ils feraient quoi? La mêmechose. On appelle cela le profit à courtterme. “Et c’est un gars de gauche”.Il a mis le doigt où même la droiten’avait pas imaginé le faire, mainte-nant si la droite passe, ils vont fairequoi? D’après vous, le poing, certaine-ment… N’oubliez pas que chacun devos votes représente de l’argent pourun parti. A quand le vote blanc? Pas sifous que ça ces “z’hommes politi-ques”. Et notre ami Bayrou, il cherchequoi d’après vous? On est bon pouraller voter, mais on est aussi bon poursubir. Moi Président, ont les enchaine,

les bons théoriciens de la politique. Jevous souhaite à tous, bien du courageet des convictions surtout.L’autre partie c’est la loi dite “Mo-lière”, qui veut empêcher les Euro-péens qui ne parlent pas français, detravailler en France. Le problème pourmoi est tout autre… Cela reste tou-jours un problème de coût de la maind’œuvre et des charges payées àl’étranger, bien entendu. Vous pensezque c’est le travail qui manque, et qu’ilfaut donner du travail à tout le monde.La libre circulation, Oui!!! Mais… Lepeut-on réellement pour l’instant? Enfait et pour faire court, les Polonais parexemple, ils viennent en masse travail-ler en France pour presque rien, plusque chez eux en contre partie, ils fontvenir des Nord-Coréen qui viennenttravailler en nombre, dans les condi-tions des années 70 que nous avonsbien connus et ce, pendant des pério-des de trois ans… Ce n’est pas drôleça? Comme quoi, on est toujours l’es-clave de quelqu’un!Les petites sociétés de constructionsportugaises qui vivotent en Francen’ont même pas accès à ces travaux,trop chers et je ne prends que la cons-

truction. Il y a bien d’autres domaines,même chez nous au Portugal, en Slo-vénie, en Slovaquie, des infermières etdes docteurs espagnols. Pour le reste,c’est identique, combien de Portugaissont au chômage? Vous le savez ça?Portugais et autres d’ailleurs, il est vraique la morue est un poisson adapta-ble. N’empêche que… Pas la mêmelégislation dans tous ces pays d’Eu-rope, vous pensez bien que c’est leprofit à tout va.Non, je n’oublie pas mes origines et jesais d’où nous venons et que nousavons eu notre chance aussi. On estquand même en 2017, enfin je crois!Par contre, si tous ces pays étaientalignés, taxes, impôts, paye, charges,etc.… Simple utopie bien sûr! Ma-lheureusement, je dirais, “ce n’est paspour demain”. On est tous sur le tourde l’Europe à Vélo, mais nous n’avonspas tous les mêmes vélos, on ne peutdonc pas arriver tous le même jourmalheureusement. Les prochaines an-nées vont avoir une sigue bien amèrepour nous et toute notre descendance,“celle-là” à ne pas oublier surtout.Le maître mot, reste “le profit” et toutde suite…

Ah! Les “z’hommes politiques”comme disait “Coluche” en ce temps-là déjà….

Opinion de José Marreiro, Artiste peintre

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, CindyPeixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenuede la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mars 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

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POLÍTICA 03

Comemoraçõesdo 10 de Junhorealizam-se noPorto e noBrasil

As comemorações do Dia de Portu-gal, de Camões e das ComunidadesPortuguesas celebram-se este anono Porto e no Brasil, nas cidades doRio de Janeiro e de São Paulo.De acordo com o Despacho publi-cado em Diário da República, é de-signado “o Porto como sede dascomemorações, em 2017, do Diade Portugal, de Camões e das Co-munidades Portuguesas, esten-dendo-se as celebrações às Comu-nidades portuguesas no Rio de Ja-neiro e em São Paulo”.Fonte da Presidência da Repúblicaadiantou à Lusa que em 9 e 10 dejunho as comemorações decorremno Porto, devendo Marcelo Rebelode Sousa viajar ainda no dia 10para o Brasil, regressando a Lisboano dia 12 de junho. O Primeiro-Pi-nistro, António Costa, também es-tará presente nas comemoraçõesno Porto e no Brasil, como aliásaconteceu no ano passado, comParis.O mesmo despacho publicado emDiário da República estabeleceque a organização das comemora-ções é presidida pelo professor einvestigador Manuel Sobrinho Si-mões. Integra também “o Chefedo Estado-Maior General das For-ças Armadas, General Artur NevesPina Monteiro, o Chefe do Proto-colo do Estado, Embaixador Antó-nio Almeida Lima, e o Secretário-Geralda Presidência da República, Dr. Ar-naldo Pereira Coutinho”.

Cívica anuncia a edição de uma Banda Desenhada para formação cívica das crianças

Teve lugar no Hôtel des Invalides, nodomingo passado, o Congresso da Cí-vica, a associação dos autarcas deorigem portuguesa. A cerca de umacentana de autarcas participantesquer que sejam tomadas em consi-deração, “junto dos sucessivos Go-vernos” franceses e em “váriospontos do país”, as suas “propostase iniciativas”, disse o Presidente daCívica.Paulo Marques, o líder da associaçãoCívica, criada há 17 anos, explicouque os Portugueses e franco-portu-gueses começaram a implicar-semais na participação cívica a partirde 2008 e que, em 2014 houve uma“participação muito maior com pertode 4.000 autarcas de origem portu-guesa em França”.“Com esta população de autarcasconseguimos chegar a vários pontosdo país, pela base, pelos autarcas,que são muitos hoje, o que nos per-mite aceder aos sucessivos governos.Para nós é essencial que se tome emconsideração as propostas, iniciativasda associação de autarcas Cívica”,afirmou o também conselheiro muni-cipal em Aulnay-sous-Bois.Antes de começar o Congresso pro-priamente dito, foi realizada a As-sembleia Geral estatutária daassociação, que reconduziu pratica-

mente toda a Direção. O ano de2016 foi intenso porque a Cívica pas-sou a ser considerada “Associationd’intérêt général”. “Foi muito traba-lho, foram 6 meses de preparação,nomeadamente com o Ministério daAdministração Interna” disse PauloMarques ao LusoJornal. “Depoishouve várias ações no terreno, cadaum na sua municipalidade, a Cívicaorganizou uma viagem de estudo aPortugal e instituíu relações com vá-rias autarquias que nos visitam ouque nos recebem. O objetivo é pôrem relação autarquias portuguesascom as francesas”.Paulo Marques anunciou tambémque a Cívica vai publicar ainda esteano, uma Banda Desenhada parasensibilizar as crianças para a parti-cipação cívica e política. “O objetivoé que as crianças sejam os futurosConselheiros municipais, autarcas deorigem portuguesa em França, mas oprimeiro objetivo é a participação, aeducação para a cidadania e darapoio aos autarcas para poderemfazer esse trabalho no terreno”, expli-cou Paulo Marques.A banda desenhada vai ser lançada,em setembro, com uma tiragem de50.000 exemplares, 5.000 dos quaisem português, e vai contar as peripé-cias de Hugo e Léa, dois irmãos quevão participar em campanhas eleito-rais para serem eleitos nos ConselhosMunicipais das Crianças e Jovens. “A

ideia é criar um instrumento pedagó-gico para os professores, as famílias,os autarcas para incitar os jovens aparticipar nos chamados ConselhosMunicipais das Crianças, para se for-mar um espírito de cidadania. Fazsentido ser editada em portuguêsporque há uma forte Comunidade deportugueses em França e é umaforma para os pais e avós de desco-brirem também a banda desenhada”,explicou à Lusa o seu criador, Mat-hieu Soliveres.“Ouvi com etenção uma colega falardo Conselho de jovens em Aulnay-sous-Bois. Nós em Nogent-sur-Marne,no nosso Conselho participam crian-ças a partir dos 11 anos, mas eles im-plicam mais pequeninos, logo a partirda Primária. Talvez possamos fazer omesmo que ela, começar com crian-ças ainda mais pequenas para que asua educação cívica seja ainda maisrelevante” explicou ao LusoJornalAnnie Ferreira, Maire Adjointe emNogent-sur-Marne.Rui Barata, Conselheiro das Comuni-dades Portuguesas e representanteda delegação cívica na região da Al-sácia, sublinhou à Lusa que “umadas principais ações da associaçãosão as campanhas de sensibilizaçãopara a participação cívica dos Portu-gueses” e considerou que “os Portu-gueses, muitos deles, não têm essehábito de se interessarem nos atoseleitorais, mas isso está a mudar”.

“Há trabalho a fazer. Eu não possodizer que os Portugueses estão envol-vidos. Os Portugueses deveriam estarmais envolvidos e é nisso que a Cí-vica também tem um trabalho impor-tante que é de sensibilizar”, explicouRui Barata.A reunião contou também com aparticipação dos Deputados eleitospelo círculo da emigração da Eu-ropa, Carlos Gonçalves (PSD) ePaulo Pisco (PS), Francisco Martins,membro da Comissão Nacional dasEleições, e Armando Vieira, vice-Presidente da Associação Nacionalde Freguesias. Estavam ainda pre-sentes varios Deputados franceses,representantes das candidaturas deFrançois Fillon e Jean-Luc Mélan-chon, assim como candidatos jáanunciados às próximas eleições le-gislativas francesas. A Embaixadade Portugal em França estaba repre-sentada por Carlos Pires, acompa-nhado pelo Conselheiro CulturalJoão Pinharanda, e o Cônsul Geralde Portugal em Paris estaba repre-sentado por Jorge Portugal Branco.Os membros da Associação Cívicavão fazer uma visita de estudo a Lis-boa, Alentejo e Albufeira de 29 deoutubro a 01 de novembro no âmbitodo alargamento da cooperaçãoFrança-Portugal.Paulo Marques disse ao LusoJornalque a Cívica atinge atualmente 1967autarcas em toda a França.

Congresso da associação dos autarcas de origem portuguesa

Por Carlos Pereira,Com Carina Branco, Lusa

Le 22 mars 2017

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LusoJornal / Mário Cantarinha LusoJornal / Mário Cantarinha

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GNR deteveem Vilar Formosohomem porfurto de veículoem FrançaO Comando Territorial da GNR daGuarda anunciou a detenção, nasemana passada, na fronteira deVilar Formoso, no concelho de Al-meida, de um homem de naciona-lidade portuguesa, com 51 anos,residente em França, por furto deveículo.A GNR refere em comunicado en-viado à Lusa que o homem foi de-tido através do Centro de Coope-ração Policial e Aduaneira (CCPA)de Vilar Formoso. “Os militares du-rante um controlo móvel aborda-ram um condutor portuguêsresidente em França, com um veí-culo de matrícula francesa.Quando solicitados os documentosda viatura, o indivíduo informouque estavam numa oficina emFrança”, refere a fonte.A GNR contactou o Gabinete SI-RENE, criando no âmbito do es-paço Schengen, e os militaresapuraram que o veículo constavapara apreensão, pois tinha sidofurtado “com as chaves na igni-ção” e que o furto havia sido per-petrado pelo suspeito. Os militaresdetiveram o homem de imediato eprocederam à apreensão do veí-culo.O detido, já com antecedentes cri-minais por furtos e fraudes bancá-rias com emissão de cheques, foipresente ao Tribunal Judicial deAlmeida para primeiro interrogató-rio e aplicação de eventual medidade coação.

Passageirosda TAP afetados pelos voos canceladospara Orly viajam nomesmo diaOs cerca de 200 passageiros afe-tados pelo cancelamento dos voosTAP com destino ao aeroporto deParis-Orly, onde no sábado pas-sado foi abatido um homem pelasforças de segurança, puderam via-jar nesse mesmo dia, disse à Lusafonte da transportadora.Dois voos da TAP com destino aParis-Orly tiveram de ser divergi-dos para a pista de Roissy Charlesde Gaulle, tendo sido canceladosdois posteriormente. “Houve doisvoos divergidos, dois cancelados,o das 08h00 e o das 11h00, queafetaram cerca de 200 pessoasque ainda hoje vão poder viajar, jáque estão a englobados nos cincovoos seguintes”, explicou a fonteda TAP à Lusa.

04 COMUNIDADE

“Cláusula Molière” divide políticos portugueses

Representantes políticos da Comuni-dade portuguesa em França estão di-vididos sobre a “cláusula Molière”,uma medida que obriga os trabalha-dores destacados a falarem francêsnas obras.As regiões de Île-de-France, Norman-dia, Hauts-de-France, Auvergne-Rhône-Alpes e alguns municípiosadotaram uma cláusula nos contratosde atribuição de obras públicas queimpõe a utilização da língua francesanos estaleiros ou a contratação de umtradutor.A cláusula é apresentada como umamedida de segurança para que os tra-balhadores conheçam e percebam asregras de higiene e segurança, mas aComissária europeia para o Emprego,Marianne Thyssen, afirmou que setrata de uma “descriminação contrá-ria à legislação europeia”, na ediçãode domingo do jornal Le Parisien.Baseado em dados da Comissão Eu-ropeia de 2015, o jornal revelou quePortugal é o segundo país com maistrabalhadores destacados em França(16,1%) a seguir à Polónia (16,9%).Rui Ribeiro Barata, Conselheiro dasComunidades, lamenta a proposta edisse à Lusa que “a Comunidade por-tuguesa deveria mobilizar-se para de-nunciar este tipo de práticas”.“Quer dizer, a França promove a igual-dade, liberdade e fraternidade e essalei se calhar não está a ser justa, estáa descriminar as pessoas pelo facto desaberem falar ou não francês. É umalei discriminatória, nós os Portuguesesdevemos estar sempre contra todos ostipos de leis que descriminam”, con-siderou.Paulo Marques, Presidente da Asso-ciação Cívica, que junta autarcas de

origem portuguesa em França, afir-mou à Lusa que a associação aindavai analisar a “cláusula Molière” antesde se pronunciar, mas lembrou que“nunca houve problemas com os Por-tugueses a trabalhar”.“Para nós não faz sentido porque osnossos pais não sabiam falar francês,alguns, e trabalharam nos anos 1960e 1970 nas obras e não houve proble-mas de segurança. Mas a Cívica faráum comunicado específico”, indicouo também Conselheiro municipal emAulnay-sous-Bois.Roméo Amorim, Conselheiro munici-pal em Saint Maur-des-Fossés, nos ar-

redores de Paris, mostrou-se “mais afavor desta proposta” para evitar a“concorrência desleal” de empresasestrangeiras com mão-de-obra maisbarata, defendendo que a medida atépode proteger os Portugueses já ins-talados em França.“As primeiras vítimas das empresasque vêm trabalhar de fora são as em-presas onde há os Portugueses queestão já integrados aqui em França.Os empresários portugueses emFrança, quando há esta mão-de-obramuito mais barata, são as primeirasvítimas disso”, afirmou à Lusa, consi-derando que a solução é “ter pessoas

para traduzir ou então que as pessoasestejam já integradas em França hámais tempo”.Ana Maria de Almeida, Maire-Adjointena cidade de La Queue-en-Brie, nosarredores de Paris, afirmou que a pro-posta tem “do bom e do mau”.“Para mim é bom porque estamos emFrança e há que saber também falarum pouco francês. Noutro aspeto não,porque pode limitar os acessos a em-presas que podiam ser interessantespara nós em França. Nem sou a favornem sou contra porque hoje em dia écomplicado, mas é preciso saber omínimo. Já não estamos na situaçãodos nossos pais quando chegaram cá,onde não se falava nada francês masa situação é diferente, é mais fácil,acho eu”, afirmou.Cláudia Gonçalo, Conselheira munici-pal em Le Blanc-Mesnil, nos subúr-bios de Paris, é contra a “cláusulaMolière” e defende a manutenção dalíngua portuguesa, tanto em casa,quanto nos locais de trabalho. “Traba-lhamos com Portugueses, estamosnum trabalho português, temos cole-gas que estão a falar com a gente emportuguês e acho que é normal poder-mos falar a nossa língua portuguesa.Eu em casa falo em português para osfilhos por exemplo. Sou contra a ideiade sermos obrigados a falar francés”,declarou.José Guerreiro, vereador em Montry, acerca de 50 quilómetros de Paris, de-fende que os trabalhadores devem co-nhecer, pelo menos, os termostécnicos para “responderem às or-dens” sem que haja qualquer perigo.“Não penso que é obrigatório saberfalar corretamente francês, mas pelomenos a nível de termos técnicos,acho que deve ser obrigatório”, argu-mentou.

Trabalhadores das obras públicas são obrigados a falar francês

Por Carina Branco, Lusa

Paulo Pisco na Fundação Jean-Jaurès paradebater “pontes” entre lusofonia e francofonia

A Fundação Jean-Jaurès, em Paris,organizou, na segunda-feira desta se-mana, um debate sobre a lusofonia ea francofonia, com o objetivo de saber“se há pontes” entre os dois univer-sos, disse à Lusa um responsável daFundação. “Além da história e dosobjetivos, o que gostaria de saber é sehá pontes entre os dois universos emprojetos comuns, em termos de ajudaao desenvolvimento ou do ensino dalíngua”, explicou Jean-Jacques Kour-

liandsky, Diretor do Observatório daAmérica Latina da Fundação Jean-Jaurès.O debate, intitulado “Lusophonie-Francophonie: Regards Croisés”, queterminou já depois do fecho desta edi-ção do LusoJornal, foi moderado porJean-Jacques Kourliandsky e contoucom a participação de Paulo Pisco,Deputado socialista eleito pelo Círculoeleitoral da Europa e coordenador naComissão de Negócios Estrangeiros eComunidades Portuguesas, e BachirNdiaye, Conselheiro na Assembleia

Parlamentar da Francofonia.Jean-Jacques Kourliandsky precisouque “a francofonia é conhecida dosFranceses, mas a lusofonia é algoque os deixa curiosos”, daí a organi-zação de um evento para dar conhe-cer “a história e a identidade dalusofonia”.“A segunda questão é saber se háparalelos que podem ser feitos entrea francofonia e a lusofonia na me-dida em que a França e Portugal sãoantigas potências coloniais que es-palharam as suas línguas em vários

continentes, o que gera solidarieda-des e amizades fundadas em passa-dos, por vezes, difíceis”, continuouo responsável.O Diretor do Observatório da AméricaLatina acrescentou que “a outra in-terrogação é saber se há cooperaçãoentre a Comunidade dos Países deLíngua Portuguesa (CPLP) e a Orga-nização Internacional da Francofo-nia”.O debate aconteceu no Dia Interna-cional da Francofonia, na sede daFundação Jean-Jaurès.

Por Carina Branco, Lusa

Albufeira e Setúbal à procura de mais turistasfranceses no Salão Mundial de TurismoOs municípios de Setúbal e Albufeiramarcaram presença, pela primeiravez, no Salão Mundial do Turismo,entre quinta-feira e domingo da se-mana passada, no parque de exposi-ções de Paris Porte de Versailles.Fernanda Correia, responsável dapromoção do Gabinete de Turismo deSetúbal, disse à Lusa que “há bas-tantes expectativas” nesta primeira

participação no Salão de Paris, de-pois de três anos a participar em fei-ras internacionais em Espanha e naAlemanha. “É bastante importanteporque nós temos, em termos de tu-ristas recebidos em Setúbal, muitosturistas franceses. Depois do espa-nhol, o mais importante é o turistafrancês e também temos muitos ci-dadãos franceses a adquirir residên-

cia em Setúbal. Por isso, é um mer-cado apetecível”, resumiu a respon-sável.Já a Agência de Promoção de Albu-feira (APAL) participou com oito em-presas locais, além de apresentar ocatálogo com as cerca de 140 em-presas associadas, pretendendo tirarpartido do aumento de turistas fran-ceses em Portugal, explicou à Lusa

Joana Machado, responsável de‘marketing’ e promoção da APAL. Deacordo com a Associação de Hotéis eEmpreendimentos Turísticos do Al-garve, a França é o 5º maior mercadoemissor para o Algarve, tendo cres-cido 28,1% em 2016, e ultrapas-sado - com 4,2% das dormidas - omercado espanhol, que atualmentesó representa 3,7% das dormidas.

Le 22 mars 2017

Rui Barata é contra a “cláusula Molière”LusoJornal / Mário Cantarinha

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06 COMUNIDADE

Delegação de Pontault-Combault reuniu com o Secretário de Estado das Comunidades

Uma delegação da cidade de Pontault-Combault, com elementos da autarquiae da Direção da Associação PortuguesaCultural e Social (APCS) estiveram nasemana passada em Lisboa para pre-parar a assinatura de um Protocolo deAção com o Ministério dos NegóciosEstrangeiros.A visita aconteceu no seguimento deum “Protocolo de Intenções” que foiassinado em maio do ano passado, porocasião da Festa Franco-Portuguesa.Deslocou-se a Lisboa a Maire MoniqueDelessard - que agora também é can-didata às próximas eleições legislativasfrancesas - o Primeiro Maire-AdjointGilles Bord e a Conselheira MunicipalJosselyne Lasage, com o pelouro dasRelações internacionais e das Gemina-ções. Em representação da APCS es-teve o novo Presidente, CiprianoRodrigues, assim como o cofundadorda associação, Mário Castilho.“Hoje fechámos o conteúdo do planode ação, que será assinado no dia 4 dejunho, tendo em vista reforçar as con-dições de apoio aos Portugueses que seencontram na região de Pontault-Com-bault e em França de uma formageral”, disse à Lusa José Luís Carneiro.O Secretário de Estado das Comunida-des referiu que há três pontos a desta-car neste acordo de cooperaçãoinstitucional entre o Ministério dos Ne-gócios Estrangeiros, a Associação Por-tuguesa Cultural e Social dePontault-Combault (APCS) e o municí-pio de Pontault-Combault nos domíniosconsular, social, cultural e empresarial.“A primeira tem a ver com a disponibi-lização diária de um funcionário, queintegrado na associação e com o apoioda Câmara municipal, desenvolverá oapoio social aos Portugueses. Sãoapoios de cariz social, habitacional, fi-nanceiro em alguns casos, ou de acessoa alguns apoios do Governo francês e ocontacto e diálogo com instituiçõesfrancesas”.O documento agora assinado, a que oLusoJornal teve acesso, diz exatamente

que “a APCS coloca à disposição ins-talações adequadas para nelas se rea-lizarem permanências sociais, noperíodo da manhã, às terças-feiras,quintas-feiras, sextas-feiras e sábadose à quarta-feira durante todo o dia” eacrescenta que “a APCS disponibiliza,para o apoio social a prestar à Comuni-dade portuguesa residente em Pon-tault-Combault um funcionário denacionalidade portuguesa”.Segundo a Maire de Pontault-Com-bault, a cidade tem cerca de 38.000habitants, 15% dos quais representamfamílias portuguesas. “Desde 1977que tentamos dar à Comunidade por-tuguesa os mesmos direitos que a po-pulação francesa e instaurámos umacolaboração que existe desde há muitosanos” explica Monique Delessard.“Este Protocolo que vai ser assinado nodia 4 de junho, vai permitir de reforçaras nossas ações em direção dos nossosamigos Portugueses, para que tenhamas mesmas possibilidades que as fami-lias francesas”.Cipriano Rodrigues considera que agora“vamos dar ainda mais apoio à Comu-nidade, e com este Acordo podemosentrar mais facilmente nas outras ins-tituições”. O novo Presidente da APCS- associação onde milita há cerca de 40anos - explica que “há 4 anos que pres-tamos assistência social estruturadaaos Portugueses. Apoiámos mais de

1.000 pessoas durante este período.Este ano já ultrapassámos as 80 pes-soas até meados de março” explica. “Oapoio consiste em geral em ajudar a es-crever cartas às instituições francesas,contacto com a Segurança social, pri-meiro emprego, encontrar uma casa,acompanhar as pessoas ao primeiro tra-balho. Nós ajudamos as pessoas a en-trar num novo mundo para eles”.Cipriano Rodrigues afirma que “a pri-meira porta para quem chega a Françacontinua a ser a do movimento associa-tivo. Nós fizemos aquilo que os nossossucessivos Governos, de Direita ou deEsquerda, não fizeram. Tentamos aju-dar o máximo possível, porque a nossavocação sempre foi esta: o social e ocultural”. Explica também que “nósprimeiro chegávamos sós e depois fa-ziamos vir as mulheres e os filhos.Agora chegam cá em família”.A segunda vertente do futuro acordo deação tem a ver com a agilização doscontactos com o Consulado Geral dePortugal em Paris. “O funcionário dis-ponibilizado pela APCS e o ConsuladoGeral de Portugal mantêm contacto nosentido de assegurar a resolução dequaisquer questões submetidas pelaComunidade portuguesa e que care-çam de intervenção do ConsuladoGeral” diz o documento agora assinado.“Na prática passam a ter uma espéciede Via Verde para acederem aos servi-

ços consulares, quer em relação aoagendamento, quer ao atendimento e àpreparação prévia do atendimento quedepois deverá ser feito no Consulado”explica o Secretário de Estado José LuísCarneiro. “A APCS assegura uma linhade telefone para tratamento dos assun-tos urgentes de caráter social relativosà Comunidade portuguesa residenteem Pontault-Combault”.“Vamos trabalhar conjuntamente naidentificação de iniciativas de informa-ção e esclarecimento sobre o Espaço doCidadão que temos em Paris. Muitosmilhares de Portugueses não têm co-nhecimento desta resposta e vamos di-vulgar, juntos, este serviço, asvantagens do Espaço do Cidadão que,como sabe, disponibiliza 60 serviços noConsulado de Paris, 50 dos quais gra-tuitos” explica José Luís Carneiro.“Será ainda desenvolvido um trabalhoconjunto para o recenseamento e mo-bilização dos Portugueses para os atoseleitorais portugueses, bem como amobilização para os atos eleitorais emFrança”.José Luís Carneiro disse que o Governode Portugal assumiu também o com-promisso de, para além das aulas deportuguês que já são ministradas naAPCS com o apoio do Instituto Camões,haverá aulas de francês para crianças,jovens e adultos Portugueses interessa-dos em aprender o idioma.

“Isto não podia ser um Protocolo entreo Ministério português e a Mairie fran-cesa. Tinha sempre de passar por umaassociação, porque senão a Mairie tinhade justificar porque razão abre um Ga-binete para os Portugueses e não abrepara as outras Comunidades” explicaMário Castilho, considerado pelo Secre-tário de Estado como “um dos maisdestacados dirigentes do movimentoassociativo”.Mário Castilho prometeu “esforçar-mepara que este projeto seja um sucesso.Vou participar porque é um reconheci-mento do Governo português em rela-ção às nossas atividades”.Cipriano Rodrigues assumiu a Presi-dência na última Assembleia Geral esubstitui Mário Castilho que presidiu aAPCS desde a sua fundação em julhode 1975. “O meu objetivo era transmi-tir esta associação aos jovens. Ao fimde 42 anos tinha de passar a mão. Ojovem que estava previsto não quis as-sumir esta responsabilidade e o Ci-priano foi eleito. Eu continuo naDireção porque todos queremos queestes 42 anos em que trabalhámospelo bem da Comunidade portuguesa,tenham uma continuidade”. MárioCastilho continua aliás a ser o Presi-dente do Instituto Lusófono, que fun-dou com Joaquim Pires, que faleceu nomês passado. O Instituto tem atual-mente 170 alunos.Aliás, o documento assinado em Lisboaaborda também as questões culturais eprevê “a colaboração com vista à orga-nização de eventos culturais, designa-damente exposições de pintura,escultura, arquitetura e realização deconcertos com artistas portugueses, noquadro ou fora do quadro da FestaAnual Franco-Portuguesa de Pontault-Combault”.A delegação deslocou-se a Lisboa ape-nas para esta reunião de trabalho como Secretário de Estado das Comunida-des, mas aproveitou para visitar tam-bém a Assembleia da República.Monique Delessard afirma adorar Lis-boa e o Fado e prevê passar as próximasférias de verão em Portugal.

Protocolo com o MNE vai ser assinado no dia 4 de junho

Com Paula Machado, RDPi

Valdemar Francisco continua a agradecer aos Mecenas do monumento de Champigny

Valdemar Francisco, o Presidente daassociação Les Amis du Plateau, temcontinuado a ronda de agradecimentoaos mecenas que ajudaram a cons-truir o Monumento ao antigo Maire deChampigny-sur-Marne, Louis Tala-moni, inaugurado pelo Presidente daRepública portuguesa e pelo PrimeiroMinistro no passado dia 11 de junho.Com a presença da delegação oficialportuguesa, representada ao mais altonível do Estado, a cerimónia de inau-guração teve de sofrer algumas alte-rações, pelo que só depois o principalorganizador do monumento, tem agra-decido àqueles que deram o seu con-tributo para a construção da obra.Apesar de ter organizado uma cerimó-nia de agradecimento na Mairie deChampigny, na presença do Maire da

cidade, Valdemar Francisco continua“a dar a volta” aos Mecenas que aindanão tinham sido agradecidos publica-mente, como foi o caso esta segunda-feira de Vitalino de Ascenção, DiretorGeral da Império, que também se as-sociou à construção do monumentoque hoje é uma realidade.“Quero agradecer a todas estas pes-soas, sem as quais o monumento nãoteria sido construído. É importanteagradecer a cada uma delas” disse aoLusoJornal. Valdemar Francisco en-trega uma medalha a cada um dosMecenas, “para que fiquem com umarecordação do monumento que ajuda-ram a construir”.De salientar ainda que o monumentofoi constuído também graças a cente-nas de Portugueses que assinaram ostijolos que formam as oito colunas domonumento.

Por Carlos Pereira

Delegação de França com José Luís CarneiroDR

Le 22 mars 2017

Vitalino de Ascenção, DG da Império

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Uma exposição sobre dinossauros doMuseu da Lourinhã foi inaugurada nosábado passado, em Deuil-la-Barre(95), a norte de Paris, e está patenteao público até dia 8 de abril, no âm-bito da iniciativa “Jurassic Deuil”.A exposição de paleontologia, intitu-lada “Os Dinossauros da Lourinhã emDeuil-la-Barre”, apresenta vários fós-seis extraídos da Lourinhã, datados doperíodo do Jurássico Superior, “hámais ou menos 150 milhões deanos”, e réplicas de algumas das es-pécies mais emblemáticas da região,como o “Lourinhanosaurus antunesi”,explicou à Lusa Alexandre Audigane,Coordenador do Museu da Lourinhã.Lourinhã e Deuil-la-Barre assinaramum Protocolo de geminação em ja-neiro do ano passado, pelo Presidenteda CM da Lourinhã Duarte de Carva-lho, e pela Maire de Deuil-la-BarreMuriel Scolan, mas o “namoro” entreas duas cidades já dura há váriosanos, por iniciativa de Alberto Pereira,cofundador da associação Cordas eTradições e agora Conselheiro Muni-cipal.“O concelho da Lourinhã está gemi-nado também com a Ilha do Sal, emCabo Verde, e com outra cidade fran-cesa, Ecully, nos arredores de Lyon”explica ao LusoJornal Fernando Oli-veira, Vice-Presidente da Câmara daLourinhã. Nós temos neste momentouma capacidade de atração paras osFranceses que preferem ir para a zonaoeste e para a Lourinhã para se fixa-rem como segunda residência comoformas calmas de passar a reforma etambém com o nosso clima muitoameno”. Aliás, o próprio Coordenadordo Museu da Lourinhã, Alexandre Au-digane, é francês e está radicado emPortugal.Na exposição, também são apresen-tadas réplicas de crânios de Ceratos-sauro e Brachiosauro e, também,fósseis originais de “ossos fossilizadosde dinossauros”, sendo “a peça maisvaliosa uma parte de um ninho comovos de dinossauro que é um dosmaiores e mais antigos ninhos de di-nossauro a nível mundial”.“Lourinhã é conhecida como a capital

dos dinossauros. Temos a maior cole-ção de dinossauros de Portugal, amaior coleção ibérica a nível dos di-nossauros do jurássico e é uma dasmaiores coleções a nível europeu emundial porque temos vários holóti-pos, tipos que vão servir de base decomparação”, continuou AlexandreAudigane.A mostra está na Sala René Cassin,anexa à Mairie de Deuil-la-Barre,sendo “a primeira vez que o Museuexpõe em França” com uma mostra“de grande dimensão, com 30 a 40peças”.Na Lourinhã e no oeste de Portugaltemos as condições ideais para a pre-servação dos fósseis de dinossaurosdo Jurássico Superior, há 150 milhõesde anos. E isso dá-se porque era umsítio bom para os animais viverem,havia muita vegetação e água fresca etambém havia as condições ideaispara que os esqueletos, os ovos e aspegadas, se preservassem para todo osempre. Mas também temos as con-dições geoquímicas das rochas paranão se desfazerem. E essas rochasestão atualmente à superfície” expli-cou ao LusoJornal Octávio Mateus,

Professor da Universidade Nova deLisboa e colaborador Museu da Lou-rinhã, para além de ser um dos espe-cialistas mundiais nesta área dapaleontologia. “Temos uma diversi-dade incrível, é um dos melhores sí-tios do mundo para estudardinossauros desta idade. Alguns sãoconhecidos noutros locais, como o Ce-ratosaurus e o Torvossaurus, que co-nhecemos dos filmes, e outros sãoespécies únicas como o Lourinhanos-saurus-antunesi, cujo nome é dedi-cado à Lourinhã. São espécies que seencontram apenas aqui nesta região.Temos carnívoros, ou herbívoros depescoço longo, temos animais relati-vamente pequenos, dinossauros pe-quenos também herbívoros, temosmais de uma vintena de espécies.Além de dinossauros, temos heptoros-sauros voadores, crocodilos ou seme-lhante a crocodilos, havia toda umapanóplia de fauna, temos toda uma ri-queza de fósseis extraordinária. Temosaté pegadas, algumas com pele, o queé incrível porque é como termos umaimpressão digital com mais de 150milhões de anos”.Depois da inauguração no sábado

passado, Octávio Mateus - “que pra-ticamente nasceu num ninho de di-nossauros” - proferiu uma conferênciaonde explicou que na região da Louri-nhã “temos os mais antigos ovos decrocodilo de todo o mundo. Estamosaté a organizar o Congresso mundialsobre esta temática de ovos de croco-dilo e de dinossauro, em Portugal, emoutubro. Isto mostra a importância dopatrimónio que temos, em termos pa-leontológicos. A Lourinhã dá cartasem termos de paleontologia a nívelmundial e isso está bem patente aquinesta exposição mas podemos fazeresta exposição em qualquer sítio domundo dada a sua qualidade”.Lubélia Gonçalves, Presidente da as-sociação Geal, que gere o Museu daLourinhã, que também se deslocou aFrança, explicou ao LusoJornal que“esta exposição tem 3 áreas: uma salacom o material paleontológico ex-posto, quer fósseis, quer réplicas. Temoutro espaço que está concebido deuma forma mais interativa, para crian-ças, em que podem brincar, podemsimular escavações com areia, pin-céis, podem tocar num fóssil verda-deiro para ter as sensações. E depois,

na sala de festas, há um espaço ondepassam filmes alusivos à temática. Hátodo o envolvimento da comunidadee para que não fique aqui estatica-mente, quisemos dar vida a estesossos, a estas peças, para que as pes-soas percebam melhor o que está emcausa e que de alguma maneira sefaça uma divulgação da ciência, tor-nando-a acessível a todos”.“Há efetivamente um investimentodas nossas equipas”, explica por suavez Dominique Petitpas, Maire-Ad-jointe com o pelouro da Cultura e dasGeminações. “Temos um concurso or-ganizado com a colaboração dos co-mércios de Deuil. As crianças podemir procurar pistas nesses comérciospara encontrar o nome de um dinos-sauro. E depois ganham prémios”.Deuil-la-Barre tem cerca de 25.000habitantes, e cerca de 10% são Por-tugueses. Mas a cidade tem mais trêsgeminações. “Este é o primeiro passonesta ‘pista’ dos dinossauros, masqueremos implicar as outras cidadesque estão geminadas connosco” ex-plica a Maire Muriel Scolan. “Cienti-ficamente é uma exposição muitointeressante e com a qual aprende-mos muito. Acontece que as localida-des na Alemanha e na Hungria comas quais temos Protocolos de Gemi-nação, também têm museus relacio-nados com os dinossauros. Nóspodemos então funcionar como plata-forma de encontro científico nestaárea. Temos de montar um projeto eu-ropeu para isso” explica ao LusoJor-nal.“Eu sonhei com este evento durantemuito tempo” confessa Alberto Pe-reira. “E percebi bem que um eventodeste tamanho só seria possível coma implicação das duas Câmaras mu-nicipais e do Museu. Só com a cola-boração de todos é que isto foipossível”.Nos próximos meses, uma delegaçãode empresários de Deuil-la-Barre devedeslocar-se a Lourinhã para participarnuma feira económica local e emjulho, uma delegação da Lourinhãvolta a Deuil para a “Festa da Sardi-nha”, organizada pela associação por-tuguesa.

COMUNIDADE 07

lusojornal.com

Dinossauros da Lourinhã brilham em Deuil-la-BarrePor Carlos Pereira

Exposição no quadro de uma geminação entre as duas localidades

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Mairie de Deuil-la-Barre Mairie de Deuil-la-Barre

Le 22 mars 2017

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Rencontreavec le CommissaireCarlos MoedasLe jeudi 23 mars, à 17h00, aura lieuune Rencontre à la Maison du Portu-gal André de Gouveia - Cité universi-taire internationale de Paris - avec leCommissaire européen Carlos Moe-das sur l’impact de la recherche etl’innovation pour l’avenir des jeunes.Cet évènement aura lieu en partena-riat avec la chaîne de télévision por-tugaise SIC et l’émission «Oseuropeus», le CRILUS et le départe-ment de portugais de l’UniversitéParis Nanterre et le Lectorat de por-tugais de l’Université Paris 8.A 18h45, le Commissaire participe àl’Université de la Paix de la Cité inter-nationale.

Remessas dos emigrantes subiram 44,4%em janeiroAs remessas dos emigrantes subiram44,4% em janeiro, para 333,4 milhõesde euros. De acordo com o BoletimEstatístico do Banco de Portugal, asverbas enviadas pelos Portugueses atrabalhar no estrangeiro passaram de230,9 milhões de euros, em janeiro de2016, para 333,4 milhões de euros,no primeiro mês deste ano.Como tradicionalmente, os Portugue-ses em França e na Suíça enviaramos valores mais altos (112,7 e 79,2milhões), representando aumentosde 52,8% e 33,2%, respetivamente.

ILCP recrutaprofessoresO Instituto de Língua e Cultura Portu-guesa (ILCP) de Lyon aceita candida-turas para a docência das disciplinasde Língua Portuguesa, para o pró-ximo ano letivo 2017/2018.Os interessados devem enviar a res-petiva carta de candidatura acompa-nhada do Curriculum Vitae e demaiscomprovativos (Diplomas, etc.) parao ILCP, até finais do mês de abril dopresente ano: ILCP, 40 quai Clémen-ceau, 69300 Caluire.

Section InternationalePortugaise àFontainebleauLe collège Lucien Cézard à Fontaine-bleau (77) propose, à compter de larentrée 2017, une Section Internatio-nale Portugaise.Les parents des élèves de CM2 inté-ressés par une inscription en 6èmeinternationale portugaise doiventadresser leur inscription au Principaldu collège Lucian Cézard, au plustard le vendredi 31 mars.

08 COMUNIDADE

Viroflay lembrou presença portuguesa na I Guerra Mundial

A cidade de Viroflay (92), presta ho-menagem aos Soldados portuguesesque participaram na Primeira GuerraMundial até 26 de março.A Associação Memória das Migraçõese a Associação “Amicale culturellefranco-portugaise intercommunale deViroflay” inauguraram, no sábado pas-sado, a exposição de fotografia intitu-lada “Honra aos soldados portuguesescaídos na Batalha de La Lys durantea guerra de 1914-18”, com imagensda coleção de Felícia Glória da Assun-ção Pailleux, filha de um soldado queesteve na frente de batalha.Também este sábado, na Sala Ca-mões, have uma Conferência sobre aparticipação do Corpo ExpedicionárioPortuguês na Grande Guerra, com Fe-lícia Glória da Assunção Pailleux e oshistoriadores Victor Pereira e Manueldo Nascimento.“Eu penso que a história da emigra-ção está mal contada. Agora está amelhorar, mas ainda há muito porfazer. Como ninguém fala sobre a par-ticipação portuguesa na I Guerra,cabe-nos a nós, portugueses, falar eagir”, disse à Lusa Parcídio Peixoto,Presidente da Associação Memóriadas Migrações e membro da Direçãoda Amicale culturelle franco-portu-gaise intercommunale de Viroflay.Esta quarta-feira, dia 22 de março, vaihaver uma conferência intitulada“Memória fotográfica da Comunidadeportuguesa”, moderada por Carlos Pe-

reira, Diretor do LusoJornal, tendosido convidados Luísa Semedo, Con-selheira das Comunidades Portugue-sas, e Valdemar Francisco, Presidenteda associação Les Amis du Plateauque construiu um monumento de ho-menagem a um antigo autarca francêspela ajuda prestada aos imigrantesportugueses no antigo bairro de latade Champigny-sur-Marne.A semana cultural vai, ainda, contarcom a projeção de um filme sobre aGrande Guerra, a 25 de março, e umalmoço com fado, a 26 de março.

A 22 de abril, as associações Memóriadas Migrações e Amicale culturellefranco-portugaise intercommunale deViroflay vão organizar a quarta viagemao Cemitério militar português de Ri-chebourg L’Avoué e ao Monumento aoSoldado Português de La Couture paraas comemorações da Batalha de LaLys, onde o contingente português so-freu uma pesada derrota em abril de1918.O Cemitério português, no norte deFrança, com 1.831 campas de solda-dos portugueses da I Guerra Mundial,

é candidato a Património Mundial daUNESCO, numa candidatura con-junta franco-belga apresentada esteano e que integra mais de uma cen-tena de “locais funerários e memoriaisda I Guerra Mundial (Frente Ociden-tal)”.A 02 de fevereiro deste ano celebrou-se o centenário do desembarque daprimeira brigada do Corpo Expedicio-nário Português no porto francês deBrest para participar na I Guerra Mun-dial, na Frente Ocidental, ao lado dosaliados.

No quadro da Semana Cultural da ACFPI

Por Carina Branco, Lusa

Marly-le-Roi vai recordar soldados portuguesesna I Guerra Mundial

A cidade de Marly-le-Roi (78), vai serpalco, a 23 de março, de uma Confe-rência sobre a participação portu-guesa na I Guerra Mundial, animadapelo historiador Manuel do Nasci-mento.“Em fevereiro foi o centenário da che-gada dos Portugueses a Brest, masesta história da participação portu-guesa na guerra ainda é muito margi-nal. Em geral, os Franceses nãoconhecem, mas noto que quando falo

nisso, ficam interessados porque des-conheciam”, disse à Lusa Manuel doNascimento.O historiador autodidata afirmou,ainda, que vai “explicar porque Por-tugal entrou na Guerra, o que aconte-ceu nas trincheiras, o difícil regressoa Portugal de alguns soldados e o queresultou da participação de Portugalna Guerra”.O evento, que vai decorrer na Salle del’Horloge, é organizado pela Mairie deMarly-le-Roi e pela associação LesAmis du Jumelage que é responsável

pelo intercâmbio cultural com Viseu,a cidade geminada com Marly-le-Roie de onde é oriundo Manuel do Nas-cimento.“A participação portuguesa na GrandeGuerra é algo pouco conhecido. EmFrança, estamos em plena comemo-ração do Centenário da I Guerra etudo o que tem a ver com este temainteressa-nos muito. Além disso, esteano é o Centenário da entrada emguerra de Portugal na Frente Ociden-tal”, justificou à Lusa Jean-Didier Cle-mençon, Vice-Presidente da

associação Les Amis du Jumelage.O responsável acrescentou que emMarly-le-Roi há uma “forte presençaportuguesa” oriunda das regiões deViseu e de Braga.Manuel do Nascimento é um historia-dor autodidata que publicou, em Por-tugal e em França, oito obras sobre aHistória de Portugal, incluindo sobrea Grande Guerra, como “A Batalha deLa Lys” e “Primeira Guerra Mundial:Os soldados portugueses das trinchei-ras da Flandres e a mão-de-obra por-tuguesa a pedido do Estado francês”.

Por Carina Branco, Lusa

Mais de 30 restaurantes em Portugal celebraram a cozinha francesaMais de 30 restaurantes portugue-ses, incluindo três distinguidos comduas estrelas Michelin, participamna próxima terça-feira na iniciativamundial “Goût de France”, que pre-tende celebrar a excelência da gas-tronomia francesa.O evento mundial decorre pelo ter-ceiro ano consecutivo e envolve maisde dois mil chefes de cozinha, noscinco continentes, que na terça-feirapreparam um jantar nos seus restau-rantes, anunciou a embaixada fran-cesa em Lisboa.

O “Goût/Good de France” pretendeprestar “homenagem à excelência dacozinha francesa, à sua capacidadede inovação e aos valores que elatransmite: partilha, prazer, respeitopelo ‘comer bem’, pelos seus con-temporâneos e pelo planeta”.Aderiram à iniciativa 32 restaurantesde Portugal continental, Madeira eAçores, incluindo o Belcanto (Lis-boa), Vila Joya (Albufeira) e Il Gallod’Oro (Funchal), todos com duas es-trelas do guia Michelin, e o Antiqvvm(Porto), com uma estrela.

Todos os anos, a iniciativa apoia umaorganização não-governamental e,nesta edição, cinco por cento dos lu-cros dos restaurantes revertem afavor da Fruta Feia, que tem comoobjetivo recolher toneladas de ali-mentos que seriam destruídos pornão corresponderem aos critérios dosdistribuidores.A organização procura vender estesprodutos hortofrutícolas a preços in-feriores aos consumidores e visa, nofuturo, alargar a comercialização atodas as frutas e legumes de quali-

dade, independentemente do tama-nho, cor e formato.A Fruta Feia receberá ainda, do Mi-nistério do Ambiente francês, umprémio de 15 mil euros. Segundo os franceses, uma refeiçãotípica do país “representa uma ver-dadeira cerimónia, que começa porum aperitivo e termina com um di-gestivo, com pelo menos quatro pra-tos: uma entrada, um prato de peixee/ou carne, queijo e sobremesa, tudoacompanhado de pão e vinhos com-binados com cada prato”.

Le 22 mars 2017

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Nouvel LesSaveurs duPortugal àAchèresLes Saveurs du Portugal de RamiroAlves et Silvino Alves, va inaugurer sonnouvel établissement le lundi 3 avril, àpartir de 18h00, au 4 avenue Wolf-gang Amadeus Mozart, à Achères(78).

Nata Lisboaabriu em BordeauxAbriu, no final do passado dia de 23de fevereiro, mais uma loja do franchi-sing Nata Lisboa, em Bordeaux, maispropriamente no 242 rue Sainte Cat-herine, na zona nobre da cidade, comgerência de Isabelle Guillemois.Em Paris, a Nata Lisboa fechou a lojaque tinha no 21 rue Rochechouart eafirma estar à procura de outro espaçopara reabrir a loja.Pasteis de Nata, bolos de bacalhau,galão, e muitas coisas mais, chegaramagora à conquista da capital da Aqui-taine.

Un nouveauconcept deprogrammeTAP Corporatepour les entreprisesLe programme de TAP conçu pour leshommes d’affaires, TAP Corporate fly,a été remodelé, permettant aux entre-prises d’accumuler des euros pour bé-néficier de remises sur l’achat de billetsou de services avec TAP.Dorénavant, une partie du montantdes billets achetés pour les voyagesdes salariés d’entreprises peut êtreconvertie en crédit permettant l’achatde nouveaux billets ou de prestationsadditionnelles, comme le Fast Track àl’aéroport, le transport de bagages sup-plémentaires ou la réservation de siè-ges à bord. Tous les avantages de ceprogramme sont disponibles dès queles entreprises ayant adhéré au Pro-gramme ont constitué un crédit TAPCorporate d’un minimum de 10 €.La gestion de ce crédit est assurée viale nouveau site web tapcorporate.com,lequel offre une nouvelle technologieet un nouveau design avec davantagede fonctions.Outre ces avantages, le nouveau Pro-gramme TAP Corporate permet l’accèsaux offres exclusives, simultanément àun accroissement de miles aux sala-riés qui détiennent déjà un compteVictoria.Déjà disponible dans les marchés por-tugais et espagnols, le nouveau Pro-gramme TAP Corporate est désormaisproposé en France et aux États-Unis,marchés stratégiques pour la compag-nie aérienne. L’enregistrement au pro-gramme est rapide et gratuit sur le sitetapcorporate.com

EMPRESAS 09

lusojornal.com

Café-restaurante O Minhoto fez “relooking”

O Bar restaurante “O Minhoto” situa-se na avenida Jean Jaurès, em Oullins(69), nos arredores de Lyon. O proprie-tário, Vítor Tinouco, diz-se “muito con-tente” com o resultado do “relooking”feito a este estabelecimento comercialonde os espaços de restaurante e barsão acolhedores.“A minha ambição é de propor à nossaComunidade portuguesa as várias pos-sibilidades de restauração tipicamenteportuguesa. O nome Minhoto tem a vercom as minhas origens de Portugal etambém porque as especialidades namaioria são dessa região” explica VítorTinouco. “Acolhemos os nossos clien-tes tanto na nossa sala como no ter-raço, mas também posso servirrefeições para fora e preparar o nossoLeitão à Bairrada por encomenda”.Aliás o Leitão à Bairrada é um dos pra-tos servidos no restaurante, na quinta-feira mais próxima do dia 15 de cadamês.“O Minhoto” também tem uma cave

com vinhos de várias regiões de Portu-gal e “o nosso serviço bar vai desde a6h00 da manhã às 19h00 da noite,

todos os dias da semana”, concluiupara o LusoJornal o proprietário do es-tabelecimento.

Desde as carnes grelhadas, frango, en-trecosto, bifanas e também peixe, noMinhoto a escolha é variada e tambémo prato do dia tem o seu sabor a Portu-gal. Aos sábados à noite e aos domin-gos pelo meio-dia pode acolherbatizados e aniversários ou outros en-contros, até cinquenta convivas, emexclusividade. De salientar que o res-taurante também propõe a todas as re-feições, as “Sopas à Portuguesa”,como por exemplo o Caldo Verde e asCanjas.A equipa que hoje acolhe os clientesdo Minhoto são: os cozinheiros MariaEmília e Paulo, Ana no serviço de mesae Sérgio no bar. E para ajudar nos gran-des momentos, o “patrão” Vítor Ti-nouco, claro. O ambiente não deixa delembrar um espaço bem português,com as cores e também o cheiro daboa cozinha tradicional e regional.

“O Minhoto”119 avenue Jean Jaurès69600 OullinsInfos: 09.52.80.32.07

Por Jorge Campos

Biarritz: A Casa Lusitania participe à laSemaine des Restaurants

La Semaine des Restaurants © ver-sion Printemps 2017, se dérouleracette année sur Biarritz et en PaysBasque, du 20 au 26 mars, dont lebut est de faire apprécier les sa-veurs locales pratiquées par desrestaurateurs, alliées à un accueildélicieux.

A Casa Lusitania, ordre alphabé-tique oblige, caracole en tête de laliste de tous les participants propo-sant comme tous les autres, sur 6jours ouvrables, un menu à prixfixe, le même chez tous les parti-cipants. Déjeuner à 19 euros etdîner à 29 euros. Ils comprennentune entrée, un plat et un dessert,hors boissons.

A Casa Lusitania suggère: Bola decarne, Feijoada à Transmontana ouBacalhau Espiritual et 3 Saborespour midi et Saladinha de Bacal-hau, Vitela estufada ou Polvo à la-gareiro et Molotoff pour le soir.De Bayonne à Saint Jean-de-Luz,60 restaurateurs participent àcette manifestation histoire debien démarrer la saison touristique

après travaux, rénovations dessalles pour certains et repos hiver-nal du personnel pour beaucoup.Les réservations se font directe-ment auprès des restaurateurs.

A Casa Lusitania24 rue d’Espagne64200 BiarritzInfos: 05.59.22.56.99

Du 20 au 26 mars

Par Gracianne Bancon

Mudança da Transavia para aeroporto do Montijodependente de ligações ao centro de LisboaO Vice-Presidente da companhia aéreafrancesa Transavia, Hervé Kozar, argu-mentou na semana passada que“quanto mais depressa” o aeroportocomplementar ao de Lisboa estiverpronto “melhor”, mas que uma even-tual mudança estará dependente dasligações ao centro da capital.Em declarações à Lusa, o responsávelindicou que os tempos de um aero-porto não são iguais aos das compa-nhias e notou os custos elevados dasestruturas aeroportuárias, por isso per-cebe que leve tempo. “Mas quantomais depressa estiver pronto, melhor”,defendeu.Kozar enumerou como possíveis atra-ções para mudar para o aeroportocomplementar do Montijo as taxas,mas também as infraestruturas de li-gação ao centro da cidade, uma vezque apostam no segmento das viagensde negócios. “Queremo-nos dirigir atodos os segmentos, especificamenteao segmento das viagens de negóciose não o poderemos fazer se as infraes-truturas não forem boas o suficiente”,explicou.“Em Lisboa queremos expandir e irmais além, mas estamos constrangi-

dos pelos ‘slots’ [ndr: autorizaçõesde movimentos aéreos], que não sãotantos como gostaríamos”, afirmou oresponsável, referindo já ter sidotransmitida essa posição às autori-dades. “Agora compete-lhes respon-der ao pedido”, disse.Quanto aos resultados da companhiaaérea, o responsável informou que em2016 se registaram 2,1 milhões de

passageiros nas rotas em Portugal, en-quanto no total foram transportadas30 milhões de pessoas.“Estamos muito orgulhosos dos resul-tados em Portugal. Temos no total 23rotas entre Porto, Lisboa, Faro e Fun-chal”, referiu Hervé Kozar, que previunovo crescimento para 2017, ao seracrescentada uma “capacidade de26% para alcançar 2,8 milhões de lu-

gares disponíveis”.Segundo o dirigente, o crescimentoeste ano será ao nível de “novas fre-quências e não de novas rotas, espe-cialmente desde o Porto paraParis-Orly, com cinco voos diários”.“O que é importante para nós, porquevimos de um segmento de lazer, mastentamos dirigirmo-nos também aosegmento de viagens de negócios”, ex-plicou o responsável à Lusa.Para captar estes viajantes, além demaior frequência de voos, a compa-nhia de baixo custo também apostaem duas bagagens na cabine ou maisflexibilidades nos bilhetes.Hervé Kozar destacou ainda a quartaposição da Transavia no ‘ranking’ decompanhias a operar em Portugal elembrou que em quatro anos, se pas-sou de “um milhão de passageirospara quase três milhões”.“Quase triplicámos o número de pas-sageiros e mostra que este é um mer-cado muito importante para nós”,indicou o dirigente, referindo a satis-fação por estar a ser aceite a estratégiada empresa de ter preços baixos, mas“ser diferente no serviço e concentrar-se na experiência do cliente”.

Em Oullins, nos arredores de Lyon

LusoJornal / Jorge Campos

Le 22 mars 2017

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“El-Rei Junot”,de Raul Brandão,editado pelaGuerra e Paznos 150 anosdo autor

O romance “El-Rei Junot”, de RaulBrandão, com textos da edição de1919, é agora publicado pela editoraGuerra e Paz, para assinalar os 150anos do nascimento do escritor por-tuguês.A edição, que vai para as livrariashoje, dia 22 de março, inclui extratex-tos da edição de 1919, a cronologiada primeira invasão francesa eapontamentos biográficos das prin-cipais personagens.Publicado pela primeira vez em1912, “El-Rei Junot” é consideradoum dos romances mais convulsivose cruéis da literatura portuguesa,pondo a nu a invasão francesa co-mandada por Junot, militar de Na-poleão Bonaparte. “Este é um relatotrágico e opressivo da primeira in-vasão francesa, comandada porJunot - aqui há homens que de-balde se agitam, desesperam emorrem. Uma história de dor, umahistória de gritos”, descreve a edi-tora.Este romance de Raul Brandão,que é também uma investigaçãohistórica, ocorre no ano de 1807,quando Portugal é invadido pelosexércitos francês e espanhol. ACorte portuguesa, com medo, fogepara o Brasil, e o país vê-se ocu-pado durante quase um ano. Àvolta de Junot agrupa-se uma novacorte, chega-se a planear a suaaclamação como rei.Aos relatos das atrocidades dos in-vasores, sucedem-se os de viola-ções, mortes e roubos, mas o povorevolta-se e, juntamente com forçasinglesas, derrota Junot.“Esta é a história de um dos episó-dios mais dramáticos de Portugal,narrado por um dos seus melhoresescritores”, destaca a editora, con-siderando que “El-Rei Junot” “é umclássico quase esquecido que im-porta recuperar”.Revelando um Portugal a ferro efogo, que deixa um rasto de sanguee morticínios, a obra “impressionapela marca pessoalíssima que RaulBrandão imprime à obra, colocandolado a lado o pessimismo e a finaironia”, acrescenta.Raul Brandão nasceu no Porto a 12de março de 1867, foi um jornalistae escritor que ficou conhecido porobras como “Húmus”, consideradoum dos maiores clássicos da línguaportuguesa, “A Morte do Palhaço eo Mistério da Árvore” ou “Os Pesca-dores”.

10 CULTURA

Lúcia de Carvalho apresentou “Kuzola”em Saint-Germain e em Saint-Cloud

No passado dia 3 de março, demanhã, a cantora-compositora de ori-gem angolana, Lúcia de Carvalho, oguitarrista Edouard Heilbronn,oriundo da região de Strasbourg e orealizador Hugo Bachelet da produ-tora Kouac e residente em Le Pecq,foram ao Lycée International de SaintGermain-en-Laye (78) apresentar aosalunos de Première da Secção Inter-nacional Portuguesa o seu bi-projeto“Kuzola”.Lúcia de Carvalho explicou que, en-quanto gravavam as músicas doálbum, os três viajaram por três con-tinentes, mais concretamente porquatro países: França, Brasil, Angolae Portugal, rodando simultaneamenteo filme-documentário de carácter au-tobiográfico. Depois de propor aos 28alunos e três professores presentes abusca da identidade individual decada um, a cantora narrou, em fran-cês e português, a sua história de vidaatribulada. Houve também lugar paraum debate bilingue e dinâmico comos alunos, manifestamente cativadospela autenticidade e pela abertura deespírito de Lúcia de Carvalho. Mas omelhor foi deixado para o fim, poisLúcia e Edouard brindaram-nos comtrês músicas em formato acústico, ga-

nhando imediatamente a adesão doseu jovem público, que não pôde re-sistir a tirar fotografias junto desta ve-deta tão acessível.No dia seguinte, à tarde, mostrandouma enorme disponibilidade, os trêscompareceram também no Lycée Ale-xandre Dumas de Saint-Cloud (92),

para desenvolver a mesma atividadejunto de 29 alunos que compõem asturmas de Première, Seconde e Ter-minale da Secção Internacional Por-tuguesa de Chaville e Saint-Cloud.Além dos quatro professores de Por-tuguês e História presentes, estavatambém a Coordenadora do Ensino do

Português em França, Adelaide Cris-tóvão, e todos puderam ver na íntegrao filme-documentário “Kuzola, lechant des racines” de Hugo Bachelet.Depois de uma troca de impressõescom Lúcia de Carvalho e EdouardHeilbronn em português, também ti-veram direito a um mini-concerto inti-mista e este inesquecível e comoventeevento cultural concluiu-se com asinevitáveis fotografias.Ficámos a saber que o álbum con-tém 13 faixas de influência mestiça,envolveu cerca de 30 músicos locaise foi gravado à medida que Lúcia deCarvalho fazia a sua peregrinaçãoem busca da sua identidade. Nofilme, de uma beleza incrível, o re-trato pessoal desta artista tão caris-mática é revelado através das letrasdas suas canções e das referênciasà sua família biológica e à sua famí-lia adoptiva, evocando temas atuais,como as migrações, a adopção, omulticulturalismo, etc. “Kuzola”significa “amar” em Kimbundu, odialeto angolano falado pela mãe deLúcia de Carvalho e a artista deu aconhecer aos alunos uma músicaque os fez viajar, misturando comaudácia músicas do mundo e ritmosmais atuais.Aqui fica uma sugestão: quer oálbum, quer o filme são a não perder!

Aos alunos das Secções Internacionais de St Germain e Chaville/St-Cloud

Por Carla Lourenço

Livres: «Capitou, mémoires posthumes»de Domício Proença Filho présenté à ParisLe roman «Capitou, mémoires pos-thumes» de Domício Proença Filho,traduit par Anne Marie Quint (Paris,ed. Envolume, collection «Brésil»)a eu lieu ce lundi 20 mars, à17h00, après bouclage de cetteédition de LusoJornal, à l’Ambas-sade du Brésil, à Paris, lors d’unetable ronde, séance de dédicaces etcocktail, en présence de DomícioProença Filho, Anne-Marie Quint,Saulo Neiva et Izabella Borges.Le vendredi 24 mars, à 14h00, le

livre sera présenté au Salon duLivre de Paris, au stand Brésil(G76) lors d’un dialogue entre Do-mício Proença Filho et IzabellaBorges.Le samedi 25 mars, à 12h45, égale-ment au Salon du Livre, Stand CNL(F68) aura lieu un dialogue entre Do-mício Proença Filho, Dany Laferrière(Académie française) et Saulo NeivaPlus.Accusée de dissimulation et d’adul-tère par son mari, Capitou, femme

du XIXème siècle, nous confie enfinsa propre version des faits: «Il a tropduré le temps où j’ai été jugée sansaucun droit de défense!». Contrainteau mutisme depuis des décennies, cepersonnage mythique est remis en lu-mière grâce au talent romanesque deDomício Proença Filho. Elle peutenfin répondre au réquisitoire acca-blant de son mari, Me Bento Santiago.Ce roman fait ainsi résonner une voixaudacieuse, nouvelle, aux timbresà la fois classiques et contempo-

rains, ouvrant la voie à tant de per-sonnages féminins murées jusqu’ànos jours dans le silence de nospréjugés.Né à Rio de Janeiro en 1936, Domí-cio Proença Filho a publié une soixan-taine d’ouvrages de fiction, de poésieet d’essais. Professeur émérite de lit-térature de l’Universidade FederalFluminense, à Rio de Janeiro, Domí-cio Proença Filho est également l’ac-tuel Président de l’AcadémieBrésilienne des Lettres.

Capuchinho Vermelho e a história do encenadorfrancês Jöel Pommerat em cena em AlmadaO primeiro espetáculo criado pelo en-cenador francês Joël Pommerat paracrianças, “O Capuchinho vermelho”,sobiu ao palco do Teatro MunicipalJoaquim Benite, em Almada, para trêsrepresentações, no fim de semanapassado.Com texto e encenação do autor e en-cenador francês, “O Capuchinho Ver-melho” teve estreia em 2004 e,desde então, mantém-se em cena,sempre em digressão.No percurso da menina que deixa acasa da mãe e atravessa a florestapara visitar a avó doente, Joël Pom-merat descobre “uma forma simplesde falar do medo, da solidão e da re-lação com a natureza e o animal”.Para o autor e encenador, esta históriatem paralelo na que a mãe lhe con-

tava, sobre o modo como tinha de tri-lhar sozinha, todos os dias, o caminhoque a separava da escola. “A históriaimpressiona-me ainda mais hoje.Imagino uma criança pequena com asua mochila, debaixo de chuva e neve,a percorrer um bosque de abetos, aafrontar cães vadios ou ventos glacia-res a caminho da escola. Que pais dehoje deixariam as suas crianças faze-rem um trajeto assim, sozinhas?”,disse o autor e encenador, numa en-trevista a uma publicação francesa,quando da estreia da peça.Pommerat não se limita assim a re-criar em palco a versão literária popu-larizada por Charles Perrault nem, tãopouco reduz o esforço a uma tentativade “modernizar o conto que todos sa-bemos de cor”, acrescenta o texto de

apresentação da peça. A escolha daobra e a sua conceção são indissociá-veis da experiência que sua mãe viveuem pequena e que a marcaria aolongo da vida, e que marcaria a vidado encenador. “Com este espetáculopretendo encontrar as emoções destacriança, sozinha no seu caminho. Seique esta história faz parte da minhahistória. Sei que este longo caminhoque a minha mãe empreendeu, emcada dia da sua infância, marcou eorientou a sua vida, e se inscreveu nomais profundo das atitudes da suaexistência, definiu o seu caráter e in-fluenciou bastante as suas escolhas”,afirmou.Para Jöel Pommerat, a história do Ca-puchinho Vermelho é também umaforma de abordar o tema do medo e o

do desejo, junto das crianças.Joël Pommerat, nascido em 1963,em Roanne, começou a carreiracomo ator aos 19 anos, abando-nando-a quatro anos depois para sededicar à direção e dramaturgia. Em1990, fundou uma companhia pró-pria em 1990, a companhia LouisBrouillard.Em Almada, o autor e encenador apre-sentou “Cercles/Fictions” (2011), “Areunificação das duas Coreias” (2014)e “Pinóquio” (2016), todos em edi-ções do Festival de Almada.Falada em francês e legendada emportuguês, “O Capuchinho Vermelho”é interpretada por Rodolphe Martin,Isabelle Rivoal e Valérie Vinci. A ce-nografia é de Éric Soyer e MargueriteBordat, que assina também o figurino.

Le 22 mars 2017

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Moda: Portorecebe estreiamundial de Olivier Saillard

O Diretor do Museu da Moda deParis, Olivier Saillard, apresentou nasemana passada, no Porto, a ‘per-formance’ “Couture Essentielle”,uma estreia mundial que descrevecomo um alerta ao “império damoda” que “não precisa de maisroupas”.“A ideia é mostrar que qualquerpessoa pode fazer qualquer coisasozinha. Sinto nostalgia por quandoas pessoas costuravam as suas pró-prias roupas. Não acredito na ideiade novidade na moda. Esta conce-ção é errada. A moda já não podetrazer nada de novo, esse é um fa-lhanço da indústria. Não precisa-mos de roupas novas. Precisamosde fazer roupas. Isso é diferente defazer moda”, explicou, em entre-vista à Lusa, o autor.Nesta primeira coprodução interna-cional do Teatro Municipal do Porto,o Palácio da Bolsa recebeu um des-file “das mais efémeras roupas quepodem existir” porque, no palco,quatro ex-modelos internacionaiscelebrizadas nos anos 1980 trans-formaram em roupa pedaços de te-cido, sem botões ou costuras, eassim passar em revista a históriada moda.“Pedi à minha assistente para con-tar todos os desfiles de moda emParis, Milão, Roma, Nova Iorque eMilão. Em cada coleção, ou seja,duas vezes num ano, existem 400desfiles de moda. Isto correspondea mais de 14 mil peças de roupa.Não acredito que precisemos destenúmero de roupas em cada esta-ção”, notou Olivier Saillard.O convite partiu de Tiago Guedes,Diretor do Teatro Municipal doPorto, e Olivier Saillard fez questãode preparar um trabalho novo, por-que a sua não é uma “companhiade teatro normal”. Na ‘perfor-mance’, as intérpretes ChristineBergstrom, Axelle Doué, ClaudiaHuidobro e Anne Rohart encheram-se de cor, ao contrário do que acon-tecia em “Models Never Talk”, emque estavam vestidas de preto.A ‘performance’ é, também, um“manifesto pela beleza natural”. Aidade das modelos não interessa,“não é uma questão”, porque elassão “bonitas independentementeda idade”, explica o autor. “São na-turais”, destaca.“Couture Essentielle” foi apresen-tado no salão árabe do Palácio daBolsa. A sessão incluiu uma con-versa pós-espetáculo entre Saillarde a Diretora do Museu do Design eda Moda, Bárbara Coutinho.

CULTURA 11

lusojornal.com

Christophe Fonseca realizou um filme sobre o pintor Impressionista Camille Pissaro

O realizador Christophe Fonseca apre-sentou esta segunda-feira, em antees-treia, o filme “Camille Pissarro - surles traces du père des Impressionnis-tes”.Com 52 minutos, o filme foi escritopor Christophe Fonseca e StéphaneRodriguez, realizado por ChristopheFonseca e coproduzido pela “LesFilms de l’Odyssee” e pela RMN -Grand Palais para o canal francês detelevisão France 5.A anteestreia teve lugar no novo Ci-néma Les 3 Luxembourg, em Paris,não muito longe do Musée du Luxem-bourg, onde está patente ao público,até 9 de julho, a exposição “Pissarroà Eragny: la nature retrouvée”.Christophe Fonseca já tinha realizadoo filme sobre Amadeo de Sousa Car-dozo, aquando da exposição do pintorde Amarante no Grand Palais, no anopassado. Mas agora queixou-se de tertido “pouco tempo”. No uso da pala-vra antes da projeção, o realizadordisse que o filme foi feito “numtempo record”.Camille Pissarro nasceu numa ilhadas Caraíbas, mas era descendente deJudeus Portugueses que foram expul-sos do país durante a Inquisição. Es-tava predestinado a retomar aempresa de transportes marítimos dopai, mas acabou por decidir dedicar-se à pintura. Christophe Fonseca in-terrogou alguns dos historiadores dearte que confirmam que Camille Pis-sarro foi o “pai” dos Impressionistas.A exposição patente ao público no

Musée du Luxembourg, apenasaborda os últimos 20 anos de vida doartista, em Éragny-sur-Epte, na quintapara onde se mudou, não muito longede um outro grande Impressionista,Claude Monnet. Há cerca de 30 anosque não foi feita nenhuma exposiçãode Pissarro em França, enquanto con-tinuava a ser exposto em vários outrospaíses.Desta vez, para além da exposição doMusée du Luxembourg, uma outra é-lhe dedicada no Musée MarmottanMonet.Tal como para o filme sobre Amadeo,Christophe Fonseca encontrou histo-riadores e peritos da obra de Camille

Pissarro, falou com dois netos, voltouà quinta onde o artista morou emEragny e contou-nos a história dohomem, para além da história do ar-tista. Aliás, Joachim Pissarro, neto doartista, a morar em Nova Iorque, é oComissário da exposição no Musée duLuxembourg, e é também um ele-mento importante no filme de Chris-tophe Fonseca.A particularidade desta exposição éprecisamente de abordar apenas o pe-ríodo em que Camille Pissarro se ins-talou em Éragny, até à sua morte.Nesta altura o artista pintou paisagensa partir da sua própria quinta e até apartir da janela do atelier onde pintava

horas a fio. Pintava não apenas paisa-gens, mas também os camponesesque trabalhavam nos campos.Christophe Fonseca pôs em evidênciaa amizade do artista pelos demais ar-tistas da sua geração e mais novos,assim como o respeito que todos lhetinham, a começar por Claude Mon-net, que morava ali perto, em Giverny.Aliás, foi Claude Monnet quem em-prestou dinheiro a Camille Pissarropara comprar a quinta.Foi em Eragny que Camille Pissaro seassociou ao filho Lucien para criar aEragny Press, uma editora que aindaexiste. Mas esta fase do artista não éabordada no filme de ChristopheFonseca. “Foi difícil meter tantacoisa em 52 minutos”. O realizadorpreferiu concentrar-se no artista plás-tico, que gostava de trabalhar em co-letivo, evocando os pintores do grupodos Impressionistas que o rodeava,tentando encontrar soluções paravender os quadros, porque eram sis-tematicamente recusados no Salãode Paris, a feira da Academia dasArtes.As dificuldades financeiras do artistatambém foram tratadas no filme deChristophe Fonseca. Passou breve-mente pelas ideias anarquistas dopintor, chegando a ilustrar algumaspublicações anarquistas existentesna época. Mas esta é uma fase quetem lugar de destaque na coleçãodas 80 obras expostas no Musée duLuxembourg.

Au Musée du Luxembourg19 rue de Vaugirard 75006 Paris

Por Carlos Pereira

Alunos da Escola Anthoard de Grenoble visitaram Portugal

No passado dia 9 de março, no âm-bito de um projeto “Correspondência/ Intercâmbio Escolar”, visitaram a Es-cola Básica da Agrela e Vale do Leçavinte e dois alunos franceses prove-nientes da escola Anthoard, localizadana cidade francesa de Grenoble.Ao longo do dia, desenvolveu-se umalegre convívio com atividades musi-cais, desportivas e recreativas que en-volveram os alunos de várias turmasdo terceiro ciclo.Depois de se terem efetuado as devi-das apresentações e os respetivos re-gistos fotográficos, os nossos amigosparticiparam numa divertida e des-contraída aula de Zumba. Seguiu-seo almoço reconfortante e uma visitaaos espaços escolares.À tarde, professores e alunos assisti-ram à peça de teatro intitulada “Inêsde Castro” e participaram numa aulade campo enquadrada na disciplinade Educação Visual. “Temos a certezade que os nossos convidados levaramde Portugal experiências únicas, me-mórias inesquecíveis e um coraçãocheio de afetos. Obrigada a todos!”O texto acima transcrito foi publicadono facebook do Agrupamento de Es-colas D. Dinis, do qual faz parte a Es-cola Básica da Agrela e Vale do Leça.

A visita a esta instituição decorreunum só dia, poderiam ter sido dois,não fosse o mau tempo, em Lyon, ter-nos imposto um dia de atraso. Masvaleu a pena, até porque o essencialdo programa foi cumprido na escola,graças ao empenho e à agilidade naadaptação do programa dos colegasportugueses, Ângela Costa, Amélia delRio, Cláudia Soares, Diretora do agru-

pamento e Pedro Horta, a quemdeixo, desde já, um muito obrigado.Igualmente gratos pelo acolhimentoexemplar e pelas atividades de quali-dade, preparadas especialmente paranós. Dirigimos também uma palavri-nha de apreço aos correspondenteslusos pela forma singular como inte-ragiram com os nossos alunos!O restante tempo disponível para

este intercâmbio foi passado na ci-dade do Porto e aplicado em oficinase a visitas guiadas na Fundação deSerralves, no Museu do Carro Elétricoe nas caves Calém. Houve aindatempo para visitar os ex-libris da ci-dade do Porto, o Majestic, a Sé, aIgreja e Torre dos Clérigos, a LivrariaLello, a Estação de São Bento e pas-sear pela Ribeira até à Foz para ver omar, numa semana onde o bomtempo e o sol decidiram marcar pre-sença, quem sabe se especialmentepara nós!A viagem terminou em beleza com osnossos alunos a entoarem cânticoscom uma Tuna Feminina da Univer-sidade do Porto, junto à Ribeira, como rio Douro e o pôr do sol como panode fundo, enquanto aguardavam cal-mamente pela hora de jantar no res-taurante Ribeiras.Foi cansativo? Foi, mas a alegria dosnossos alunos, o agradecimento dosencarregados de educação, que con-tribuíram também para que este pro-jeto fosse possível e inesquecível,fazem-nos crer que vale a pena divul-garmos aquilo que temos de melhor:a nossa cultura, a nossa arquitetura,o nosso clima, a nossa gastronomia eclaro a arte de bem receber!

(*) Lucinda Costa é Professora

Por Lucinda Costa

Camille Pissaro tem atualmente duas exposições em Paris

Le 22 mars 2017

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Artistas portuguesesBordalo II eMaria Imaginárioparticipam emfestival emLyonOs artistas portugueses Bordalo II eMaria Imaginário participam emmaio no festival Nuits Sonores, emLyon, numa edição que tem trêsdias dedicados à música portu-guesa, anunciou a organização dainiciativa.Os nomes de Bordalo II e MariaImaginário fazem parte da secção“Mini Sonore” do festival, dedicadaàs crianças, que decorre de 25 a 28de maio. De acordo com a organi-zação do festival, num comunicadodivulgado na semana passada, osartistas portugueses vão ser respon-sáveis por dois dos quatro ateliês daprogramação da “Mini Sonore”.Esta secção do festival inclui tam-bém concertos e festas, que serãoda responsabilidade de artistas,bandas e DJ portugueses. A músicaportuguesa estará representada no“Nuits Sonores” nos dias 25, 26 e27 de maio na iniciativa “CarteBlanche à Lisbonne”.No primeiro dia de “Carta Branca aLisboa” atuam Bispo, Jibóia, RockyMarsiano & Meu Kamba Sound eMarfox (DJ set). Para o segundo diaestão marcadas as atuações de TheMighty Sands, Keep Razors Sharp,Niagara e Rastronaut (DJ Set). Noúltimo dia atuam Lovers & Lollypops(DJ Set), Pega Monstro, The Legen-dary Tigerman, De los Miedos (DJSet) e Black (DJ Set).Já na “Mini Sonore”, de entradagratuita, atuam, no dia 25, Jibóia eDJ Marfox, no dia 26, Keep RazorsSharp e De Los Miedos, e, no dia27, Mighty Sands e Lovers & Lolly-pops. “A cena musical de Lisboa éum símbolo de abertura e a gene-rosidade dos músicos uma belalição de esperança”, lê-se no site dofestival, na página dedicada à inicia-tiva “Carta Branca a Lisboa”.A organização do festival consideraque, “ao investir na juventude,apoiando o empreendedorismo cul-tural, facilitando o cruzamento decompetências e de saberes dos ato-res no seu território, a capital portu-guesa impõe um modelo dedesenvolvimento territorial modernoe dinâmico”.O festival Nuits Sonores decorre de24 a 28 de maio em Lyon.

Festa da FrancofoniaA Escola Superior de Artes e Designde Caldas da Rainha, do Politécnicode Leiria, recebe nos dias 21, 22 e23, a Festa da Francofonia, numa ini-ciativa da Alliance Française.Das atividades destacam-se, no âm-bito do ciclo de cinema francês, os fil-mes “Le Nouveau” (2015) e “Je nesuis pas un salaud” (2016).

12 CULTURA

Leiloeira FauveParis expõe pintura de Armando Alves na capital francesa

A leiloeira parisiense FauveParis, fun-dada pelo lusodescendente CédricMelado, tem patente “uma antológicabreve” do pintor português ArmandoAlves até 25 de março, na capitalfrancesa.A exposição, inaugurada na quarta-feira da semana passada, conta com14 obras do pintor realizadas entre1955 e 2016, percorridas pelo “es-pírito das paisagens do Alentejo”,disse o artista à Lusa, evocando a“linha do horizonte e o céu imenso”,assim como “o compartimento dasterras”, “as várias cores que têm a vercom as estações do ano e as horas dodia” e até “o barulho dos pássaros”.“Um dia resolvi que o Alentejo era aminha fonte de inspiração e tem sidoaté aqui e há-de ser até ao fim domundo, porque isto é inesgotável. Aspaisagens que eu faço não são pro-priamente paisagens que existam,são, se quiser, o espírito das paisagensdo Alentejo (...). Não é uma pintura fi-gurativa, é uma pintura transformada,mas que tem essa essência”, descre-veu.Com a exposição “Uma AntológicaBreve”, Armando Alves regressa à ca-pital francesa onde tinha exposto naII Bienal de Paris - Jovem Pintura, em1961, na exposição “Os Quatro Vin-tes”, na Galeria Jacques Desbrières,em 1970, e na FIAC (Foire Internatio-nal d’Art Contemporain), onde teveuma exposição individual no stand daGaleria Nasoni, em 1988. “É sempreimportante expor em Paris porque, nofundo, Paris é uma referência em re-lação às artes. Esta exposição resultoude um encontro com o Cédric Melado

e um amigo nosso comum do Porto.Fizeram-me o desafio e eu obvia-mente que aceitei esse desafio comtodo o interesse e entusiasmo”, con-tou Armando Alves.Para escolher as peças que dessemuma ideia do seu percurso artístico,“desde que era aluno da Escola Su-perior de Belas Artes do Porto atéhoje”, Armando Alves foi à sua cole-ção pessoal. “Ao longo dos anos, emtodas as exposições que fui fazendo,guardei sempre algumas coisas paramim. De maneira que estas coisasque estão aqui são as coisas que eusempre guardei para mim. Era eu, ar-tista, a funcionar como colecionador.É poder mostrar uma evolução paraque as pessoas que não conheçam fi-quem a conhecer melhor”, continuou.Cédric Melado, Diretor da leiloeiraFauveParis, “sempre trabalhou com o

Porto” e quis “dar mais um passopara ligar a França e Portugal”, atra-vés desta exposição antológica que vaiestar aberta entre as 13h00 e as21h00.“Vê-se o percurso de um pintor quecomeçou nos anos 50 como aluno daEscola de Belas Artes do Porto e vê-se a evolução. Nas peças mais recen-tes, há uma luz, a luz do Alentejo, queé muito forte. Entre a luz do Alentejoe o mar de Matosinhos, há sempreeste conjunto que resume o nossopaís”, descreveu Cédric Melado que,em 2010, ao serviço da leiloeiraTajan, vendeu o quadro “Saint Far-geau”, de Maria Helena Vieira da Silvapor mais de um milhão e 300 mileuros, o valor mais alto pago por umaobra de um artista português.Com o mesmo “espírito de antologia”da exposição na FauveParis, Armando

Alves quer “encher” a Baganha Gale-ria, no Porto, em novembro, com“uma exposição de grande referên-cia”, para a qual está a realizar “trêspeças, a partir dos objetos que fazianos anos 60, que nunca tinha execu-tado”.Armando Alves nasceu em Estremoz,em 1935, fez o curso de pintura naEscola Superior de Belas Artes doPorto, onde foi professor assistenteentre 1962 e 1973, e formou, em1968, o grupo “Os Quatro Vintes”,com Jorge Pinheiro, José Rodrigues eÂngelo de Sousa, estando a obradeste último atualmente em exposi-ção na delegação francesa da Funda-ção Calouste Gulbenkian em Paris.O artista tem exposto frequentementeem Portugal e no estrangeiro e está re-presentado em diversas coleções par-ticulares e organismos públicos.

FauveParis foi criada pelo lusodescendente Cédric Melado

Por Carina Branco, Lusa

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Le 22 mars 2017

Carina Branco

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CULTURA 13

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Duarte Vitória na Galerie de Thorigny

A Galerie de Thorigny inaugurou nasemana passada a exposição “Snaps-hots” do artista plástico portuguêsDuarte Vitória. As obras estão patentesao público até ao dia 29 de abril.“Adquiri uma obra do artista há 7anos atrás numa feira em Lisboa eapaixonei-me pelas suas obras. Sem-pre tive a vontade de ter aqui este ar-tista” explica ao LusoJornal a Diretoraartística da Galeria, Cristina AntunesMendes. “O tempo foi passando, eunão tinha o contacto dele e talveztambém não fosse o momento. Eagora o momento surgiu. Entrei emcontacto, mostrou-me o seu trabalhoe soube que não tinha galeria emParis, portanto foi uma boa oportuni-dade para nós”“Foi um convite de forma inesperada.Surgiu há um mês e meio, tinha aca-bado de expor em Londres e tive quereunir alguns trabalhos de forma a quepudesse fazer esta exposição ‘Snaps-hot’ aqui em Paris” disse Duarte Vitóriaao LusoJornal no dia da inauguraçãoda exposição. Esta é a primeira vez queo artista de Penafiel, mas a residir noPorto, veio expor em Paris.Duarte Vitória pinta rostos e corpos.“Mas procuro não retratar as pessoas,mas sim retratar a essência e as emo-ções. Basicamente o meu foco é emtodas as pessoas, mais conhecidas oumenos conhecidas, e captar a força ea emoção que transmitem”.“É um artista novo, que expõe há 10anos em vários países europeus e fazsentido que a minha galeria lhe abra asportas, já que tenho vindo a seguir oseu percurso profisisonal. O meu obje-tivo é também partilhar a minha paixãopelas suas obras com os amadores dearte e dar-lhes a conhecer este artistaportuguês” explica Cristina AntunesMendes. “Penso que há clientes emFrança para este tipo de trabalho”.

A Diretora artística da Galeria diz queo artista se inscreve na Escola de Lon-dres como o Francis Bacon e agoramais recentemente o francês PhilippePasqua, que tem uma forma de pintarmuito expressiva, os rostos, os cor-pos,… é quase figurativo, mas de umaforma mais crua, quase violenta. ODuarte Vitória inspira-se destes artis-tas, mas com as suas característicaspróprias e com o talento próprio. Afas-tou-se dessa Escola de Londres paracriar algo um pouco diferente. A suaprópria textura, os vermelhos que uti-liza, gosta de marcar as caras e os cor-pos de forma crua, agressiva, violentacom o branco por cima do vermelho”.“O vermelho que tanto utilizo, não é osangue, como muita gente pensa,mas sim a vida, a força que nos dá aemoção das personagens aqui repre-sentadas. A força pode-se ir buscar nomomento em que estamos e o quesentimos” acrescenta o artista. “Osmeus trabalhos não são propriamente

para serem vistos, mas para seremsentidos. Gosto que os espetadoressintam bem ou mal, mas é esse o in-teresse do meu trabalho. Trabalhomais com a figura feminina mas tam-bém com figuras masculinas fortes”.Duarte Vitória já teve oportunidade deexpor em Londres, em New York ouainda em Miami, e claro em Portugalonde está representado em várias ga-lerias. “Espero que esta exposiçãoseja uma porta de entrada tanto paraParis como para França”. Em setem-bro vai expôr em Madrid, sempre comquadros de grandes dimensões, “por-que é assim que tenho mais gozo, queo artista tem maior expressividade”confessa.Cristina Antunes Mendes é advogadae há cerca de 30 anos que colecionaarte contemporânea. “Começámos acolecionar artistas mais abstratos, ede vez em quando fazemos exceçõespara artistas de que gostamos, mas agaleria está mais vocacionada para a

arte abstrata” diz ao LusoJornal. Abriua Galerie de Thorigny, junto ao MuseuPicasso, há cerca de 5 anos. “Abriruma galeria é uma aventura. Como eunão conheço o mundo da arte, é umaprofissão que estou a aprender. Émais complicado do que a advocacia”diz a sorrir.A Galerie de Thorigny está num bairroconhecido pelas suas galerias. “Co-meçámos a ser conhecidos e fomosagora convidados a propor um artistapara a Bienal de Veneza. RodolpheBouquillard foi seleccionado pelo júri”diz a galerista referindo-se ao filho quevai levar a Veneza uma interpretaçãodas máscaras africanas. “Foi uma ale-gria enorme para nós, e vamos expôraqui na galeria algumas obras damesma série”.

Galerie de ThorignyPlace de Thorigny75003 ParisInfos: 01.42.76.95.61

Uma galeria dirigida por Christina Antunes Mendes

Por Carlos Pereira

Presidente da República Portuguesa condecorou Manuel CargaleiroO Presidente da República, MarceloRebelo de Sousa, condecorou na se-mana passada, no Palácio de Belém,o “artista completo” Manuel Carga-leiro, no dia do seu 90º aniversário,com a Grã-Cruz da Ordem do InfanteDom Henrique.A condecoração foi “uma surpresa”para o Mestre Cargaleiro, que não es-perava, pois foi guardada em segredopela Presidência da República até aomomento da entrega, no exato dia doaniversário, e o artista mostrou-se“muito feliz” com a homenagem.“Foi um artista completo em tudo, eaté no acesso da democracia às artesplásticas, com a aposta na gravura”,declarou Marcelo Rebelo de Sousa, nasessão solene, sobre as múltiplas fa-cetas artísticas de Cargaleiro, que setem dedicado não só à pintura, mastambém à cerâmica, gravura, dese-nho, azulejo e tapeçaria.Nascido em Vila Velha de Ródão, nodistrito de Castelo Branco, ManuelCargaleiro tem uma vasta obra em co-

leções públicas e privadas em Portu-gal e outros países, como França e Itá-lia.Executou vários trabalhos de arte pú-blica, nomeadamente painéis cerâmi-cos para o Jardim Municipal deAlmada, a fachada da Igreja de Mos-cavide, estação do Metro de ChampsElysées-Clémenceau, em Paris, o pai-nel para a escola com o seu nome noSeixal, a fonte no Parque da Cidadede Castelo Branco, e a estação ColégioMilitar do Metro de Lisboa.Na sessão, no Palácio de Belém, Mar-celo Rebelo de Sousa sublinhou queas cidades do país “têm a marca deCargaleiro, uma marca portuguesa,desta arte, da qual se tornou um dosexpoentes”, comentando que era in-justo, no entanto, que fosse conhe-cido sobretudo como ceramista, “tãovasta é a sua obra noutras disciplinasartísticas”.O Presidente da República considerouCargaleiro “um grande artista portu-guês”, e disse que celebrar o seu 90º

aniversário “é também revisitar umaparte importante das nossas memó-rias visuais e afetivas”.Confessando-se “um grande admira-dor, de longas décadas”, do artista,Marcelo Rebelo de Sousa agradeceuainda a Cargaleiro ter deixado “amarca da portugalidade” em Paris,onde Cargaleiro tem residência, alémde Lisboa.“Tornou-se, e é, um dos nossos artis-tas fundamentais, por isso o Estadoportuguês o homenageia e conde-cora”, justificou o Presidente da Re-pública, abraçando o artista no finaldo discurso, dizendo-lhe ainda: “Estáótimo. A inveja que eu tenho da suaforma”.Em declarações aos jornalistas nofinal da sessão, Manuel Cargaleirodisse que continua a trabalhar “todosos dias” e a “dar uns passeios”.“Gosto muito de vir a Portugal e deviajar pelas cidades”, disse o artista,acrescentando que a luz do país e ou-tros motivos que encontra nas suas

viagens são fonte de inspiração contí-nua nos seus trabalhos. “Não estavanada à espera. Estou muito feliz por oPresidente da República me ter con-cedido esta homenagem”, comentouainda Manuel Cargaleiro, que iniciouos estudos em 1946, na Faculdadede Ciências da Universidade de Lis-boa, mas que abandonou para se de-dicar às artes plásticas, iniciando-secomo ceramista na FábricaSant’Anna, em Lisboa.Em 1952 fez a primeira exposição in-dividual, na Sala de Exposições doSecretariado Nacional da InformaçãoCultura Popular e Turismo (SNI). Nadécada de 1950, foi bolseiro do Ins-tituto de Alta Cultura, em Itália, ondeestudou cerâmica, e da Fundação Ca-louste Gulbenkian, em Paris, ondepassou a residir desde 1958.Parte da sua obra encontra-se em ex-posição permanente no Museu Carga-leiro, em Castelo Branco, onde seconcentra a coleção da Fundação Ma-nuel Cargaleiro.

Artista mora e trabalha em Paris

Le 22 mars 2017

“Poetas naDiáspora” - Antologia

A Oxalá Editora, com sede em Dort-mund (Alemanha) publicou em outu-bro de 2016 esta antologia intitulada“Poetas na Diáspora”, com a coorde-nação de Maria do Rosário Loures ecom um prefácio de Ana Paula Labo-rinho, Presidente do Instituto Camões.21 poetas da emigração, a viverem emdiferentes países (Alemanha, Ingla-terra, França, Suiça, Espanha, Angola,Brasil, Macau, e outros) se juntamnesta antologia.No prefácio, Ana Paula Laborinhoafirma: “A deslocação do lugar de ori-gem e a deambulação geram a soli-dão, a saudade, a recordação, aperda, a distância, a angústia das par-tidas e chegadas. Não se trata apenasde uma nostalgia dessas origens, masquantas vezes de uma nostalgia dopróprio lugar de acolhimento, numsincretismo de espaços, tempos, his-tórias, quando não paisagens e sabo-res. Também o amor serve estanostalgia e ele próprio se compara auma geografia ora encontrada, oraperdida. [...] A diáspora intensifica estesentir, mas inscreve-se de pleno direitona linhagem da poesia portuguesa”.A ideia de “sincretismo de espaços ede tempos”, é perfeitamente ilustradaatravés destes versos de António Bar-bosa Topa, poeta emigrado em Françae que faz parte da presente antologia:“Quando / numa só lágrima / o Atlân-tico inunda / o boulevard Saint Michel/ e a Ribeira”. Também encontramosneste livro poemas de Naria Radatos(pseudónimo de Ana Fernandes), re-sidente em França, como por exemplo“Decadência”, do qual extraimos osprimeiros versos: “Sinto-me leda, lerda/ Verde e já madura / Sinto-me cheia evazia / Às vezes viva, às vezes morta, /Sinto o silêncio que perdura / E a sau-dade que bate à porta”.O universo poético destes poetas, tes-temunhas diretas de uma verdadeiraodisseia dos tempos modernos, estáintimamente ligado aos seus itineráriosbiográficos. Ler os “Poetas na Diás-pora” é sumultaneamente ler umaépoca, uma geração, e revisitar roteirosmúltiplos que traduzem a vivênciaentre duas margens, entre duas me-mórias, assumindo assim aspectosparadigmáticos significativos.

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Duarte Vitória em ParisLusoJornal / Carlos Pereira

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14 CULTURA

Lyon: 11 films sur les liens historiquesentre le Portugal et l’Afrique

Du Portugal à l’Afrique, les cinémasLumière à Lyon vont exhiber 11 filmssur les liens historiques qui unissentle Portugal à ses anciennes colonies,du 24 au 26 mars.C’est au Lumière Terreaux que la pre-mière projection aura lieu, à 20h30.«Un jeune médecin portugais, soldatpendant la guerre en Angola envoie àsa femme des lettres d’amour poé-tiques. Ce jeune homme c’est AntónioLobo Antunes dont 280 lettres ont étépubliées en 2005». Le film portugais«Lettres de la Guerre» d’Ivo M. Fer-reira sera présenté par Sylvie daRocha, Directrice des cinémas Lu-mières.Le lendemain c’est au Lumière Belle-court dès 14h00 que trois films deRuy Duarte de Carvalho seront proje-tés: «Como foi, Como não foi» où leréalisateur décrit la condition des tra-vailleurs ruraux en Angola sous l’auto-rité coloniale. «Festa do boi sagrado»dans lequel est évoqué le rituel dupeuple Nyaneka- Humbi, vivant ausud de l’Angola, qui honore les an-ciens à travers une procession solen-nelle et pour qui les vaches incarnentl’esprit des rois disparus». Puis «Ba-lanço do tempo na cena de Angola»

qui illustre la réalité angolaise.Un peu plus tard vers 16h30 deuxfilms d’António Ole, un réalisateur quia participé au mouvement qualifié de«cinématographie de l’urgence» dansla période post-74 en Angola. «Carna-val da vitória» où le cinéaste ouvre lespores de la pellicule à la vitalité desformes et des couleurs d’un premiercarnaval indépendant, et «No ca-minho das estrelas», réponse à la mortde Agostinho Neto, en 1979, premierPrésident angolais, leader du MPLAdurant la guerre civile.Enfin à 18h30 sera projeté «Guerredu peuple en Angola» de Bruno Muelet Antoine Bonfanti qui parle de 3 en-fants de la 2ème Guerre Mondiale, té-moins engagés de la Guerre d’Algérie,des révoltes ouvrières françaises de lafin des années 60 ou de la chute en-core récente d’Allende. Suivi du filmd’António-Pedro Vasconcelos, «Adeusaté ao meu regresso», au lendemaindu 25 avril 1974, les soldats portu-gais engagés dans les guerres colo-niales regagnent le métropole.Ce sera à 21h00 au Lumière Terreauxqu’on pourra regarder «Un adieu por-tugais» de João Botelho. «Durant unepatrouille un soldat est tué par unemine. Au Portugal les parents du sol-dat disparu rendent visite à sa veuve».

De nouveau au Bellecour, le di-manche 26 mars, à 14h00, «Mueda,Memória e Massacre» de Ruy Guerra,où l’on assiste à une reconstitutionthéâtrale du massacre de Mueda. En-suite, à 16h00, «Chante mon frère,aide moi à chanter» de José Cardoso,le réalisateur se sert de la musique duMozambique qui permet au peuple dese réapproprier son identité nationale.Le festival compte sur le partenariatdu Festival des 3 Continents deNantes, de la Cinémathèque Portu-gaise, de l’Institut National de l’Au-

diovisuel et Cinéma d’Angola et del’Institut Camões.Sylvie da Rocha explique qu’il s’agitd’une première aux cinémas Lu-mières. «C’est un focus sur le cinémaportugais et les pays africains luso-phones. Ce sont des films d’auteur etinédits qui sont exhibés par le Festival3 Continents de Nantes et ici à Lyon».D’après la Directrice le cinéma luso-phone est plutôt bien perçu enFrance, car «ici on aime bien le ci-néma d’auteur et la France est trèsouverte dans ce domaine».

Très attachée au cinéma portugais,Sylvie da Rocha se souvient de sonmémoire sur le cinéma portugais.«Grâce à une bourse, je suis allée unmois à l’Universidade Nova de Lisboaet j’ai découvert le cinéma de TeresaVillaverde et de Pedro Costa. Cela m’abeaucoup plu et c’est ainsi que le Por-tugal m’a conduit au cinéma et où jesuis aujourd’hui». Après s’être intéres-sée de près aux anciennes coloniesportugaises Sylvie da Rocha aconscience que malgré une théma-tique un peu difficile, voire traumati-sante pour beaucoup de Portugais,«beaucoup de lusophones et desFrançais devraient être attirés par cesfilms qui sont à mon avis très intéres-sants». Un cinéma qu’elle définitcomme personnel. «Le Portugal estun petit pays, mais qui a souvent uneréflexion sur l’identité culturelle et quitraite souvent dans ses films, ses re-lations et les problématiques avec lesanciennes colonies, reconnus un peupartout».Très fière de ce focus lusophone, Syl-vie da Rocha aimerait bien répétercette manifestation ou tout du moinspouvoir projeter régulièrement dansses salles des films portugais.

www.cinemas-lumiere.com

Organisé par Sylvie da Rocha, Directrice des Cinémas Lumière

Par Clara Teixeira

“Pessoas de Fernando”, de Miguel FernandesOpinião de José Barros, Dirigente associativo

Fernando Pessoa nunca deixará de serum contemporâneo para ficar nas nos-sas vidas e continuar a inspirar civili-zações.À parte um ou outro texto que possater ficado “perdido”, a grande maio-ria da sua obra foi publicada e a par-tir daqueles textos, pelo valor quedespertaram, muitos estudiosos sedebruçaram sobre aquela tão diver-sificada literatura.Quase 100 anos depois, as suas pu-blicações continuam a interrogar e ainspirar nos mais variados setores daliteratura, do teatro, do cinema, dapintura e da canção…O meu amigo Manuel dos SantosJorge, aqui em Paris, intitulou a suatese de Doutoramento de Psicanalista:“Fernando Pessoa - Etre Pluriel” (SerPlural), e agora é Miguel Fernandes,Músico Arcuense, que intitula umadas suas últimas obras musicais “Pes-soas de Fernando”.Um e outro tiveram de compenetrarem Pessoa e nos seus heterónimospara poderem resumir em tão poucoespaço uma pessoa assim complexa:“Um Ser plural” para um; e “Pessoasde Fernando” para outro o que encerramuitas pluralidades de Pessoas nummesmo Fernando…“‘Pessoas de Fernado’ que aqui apre-sentamos”, diz-nos Miguel Fernandes,“é o nosso caminho, consubstanciadonas emoções que a leitura do poetasuscitou em nós. Dado que a poesia ea música se abraçam numa simbioseartistica inalienável, quisemos, ao unirestas duas expressões, prestar o nossotributo ao poeta”.

Miguel Fernandes não consagra só osseus tempos livres à música; o Miguelvive para a música e tem já um valiosoreportório original e diversificado.Atento a todas as formas de música,interessou-se também pela qualidadedas músicas de intervenção do ZecaAfonso, do Sérgio Godinho, do JoséMário Branco… mas nunca se fechouem capelas. O Miguel é um artistacompleto.Já ouvimos afirmar repetidas vezesque, para vingar na Arte, ou na Mú-sica, seria preciso ao criador aproxi-mar-se dos grandes centros, onde aCultura tem maiores espaços de ex-pressão. É verdade que, algumas ex-cessões à parte, os países concentrammais o que é Cultura nas suas capitaise o resto é paisagem.

É também assim em Portugal. Emesmo se de há uns anos a esta parteas Câmaras têm feito um esforçomuito louvável para investir na Cultura,tendo mesmo considerado a Artecomo uma alavanca para o progressodas suas vilas, a criação cultural e asua expressão continuam a precisar demais espaços.Tanto assim é em Paris como em Lis-boa e não é injúria dizê-lo. Não é injú-ria dizer que grandes figuras da Arte edo espetáculo, se não as maiores, nãoteriam adquirido a áurea que conse-guiram se não se tivessem aproximadofisicamente daquele movimento cul-tural. Porque não basta só saberfazer; é também necessário podermostrar o que se faz, e mostrar repe-tidas vezes em espaços com audiên-

cia para ter visibilidade.Quando isso não é possivel, as obrascorrem o risco de ficar no silêncio enão vão poder ganhar o apreço me-recido. Passa-se assim tantas vezescom obras de grande valor que ficamno esquecimento só pela simples fa-tualidade de não poderem ser apre-sentadas com a devida pertinência.Mas que seria também das regiõesse todos os valores desertassem paraprocurar mais «conforto» onde os ho-lofotes já estão acessos?Com a edição deste seu CD, MiguelFernandes vem vincular a sua orienta-ção musical no universo da músicamoderna. Os textos são musicados porMiguel e as vozes são de Gil Milheiro,Manuela Melo e Margarida Dias.Miguel Fernandes e estes músicos ar-

cuenses mostram como se pode ser«urbano» mesmo estando longe dosholofotes e mostram quanta riqueza evitalidade artistica também se podeexprimir ali onde “…a música, anossa, aquela que foi ‘batendo’ dentrode nós, como um manancial quenasce das entranhas da terra e se fazseiva para alimentar a palavra poética,fazendo de ambas um organismovivo”.Nem se trata de exprimir aqui nestetexto um orgulho arcuense; trata-se,isso sim, de afirmar que a música éuniversal e que ela pode eclodir de umpeito que transborda seja qual for oseu centro geográfico.Quando ouvimos “Pessoas de Fer-nando”, o centro do mundo culturalestá ali, suave, a ouvir-se.

Le 22 mars 2017

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19ème éditiondu Festival ducinéma brésiliende Paris

La 19èmeédition duFestival duc i n é m abrés i l i ende Paris,o r gan i sépar l’asso-c i a t i o njangada ,se dérou-

lera cette année du 20 au 27 juin.“Cette ouverture plus tardive estliée à la difficulté de boucler unbudget nous permettant d’organi-ser un événement à la hauteur decelui que nous souhaitons vous of-frir. Nous nous sommes donc oc-troyé ce délai supplémentaire afind’avoir le temps de remuer ciel etterre avec le soutien de l’Ambas-sade du Brésil et d’Air France” ex-plique Katia Adler, la Fondatrice etDirectrice du Festival.Katia Adler annonce la célébrationen images des 50 ans du Tropica-lisme, mouvement culturel dontles principales figures sont Cae-tano Veloso, Gal Costa, Tom Zé,Gilberto Gil ou encore Os Mutan-tes.

Le cinémaportugais s’invite à la39ème éditionde Cinéma du RéelLa 39ème édition de Cinéma duRéel, Festival international de filmsdocumentaires organisé par la Bi-bliothèque Publique d’Informationdu Centre Pompidou, a lieu à Parisdu 24 mars au 2 avril. Cetteannée, une grande place sera ac-cordée au cinéma portugais.Un film portugais est en concoursen compétition internationale:“Luz Obscura”, de Susana deSousa Dias (76 min, 2017, Portu-gal). Mêlant les photos d’identitéprises par la police politique portu-gaise pendant la dictature de Sa-lazar et les témoignages desenfants d’un militant communisteassassiné, “Luz obscura” inventeune forme qui restitue au plusjuste le sentiment d’une identitéfamiliale fracturée.Il y a également un film portugaisen compétition internationalecourts-métrages: “Nyo VwetaNafta”, d’Ico Costa (21 min, 2017,Portugal, Mozambique). “Plus unpays est riche, moins il y a decure-dents”.Un film portugais est projeté enséance spéciale: “Cinema, Manoelde Oliveira e eu”, de João Botelho(81 min, 2016, Portugal). Unvoyage au cœur de l’œuvre de Ma-noel de Oliveira.

CULTURA 15

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Philippe Machado veut filmer les dernières24 heures de vacances au Portugal

Philippe Machado vient de lancer sacampagne crowdfunding afin de fi-nancer son moyen-métrage qui devraitvoir le jour en début de l’an prochain.«A l’année prochaine» sera ainsi l’in-titulé de son film qui devrait faire unpeu plus de 40 minutes et qui racon-tera les dernières 24 heures de va-cances d’été, avant de revenir enFrance.À tout juste 22 ans, Philippe Ma-chado souhaite réaliser ici son premierprojet cinématographique profession-nel en s’inspirant de sa vie en parti-culier mais aussi celle de beaucoupde lusodescendants qui connaissentce «moment terrible, de devoir quitterle Portugal, de devoir mettre une fin àleurs vacances et de revenir à la dureréalité française». A cela se rajouteaussi l’adieu douloureux qu’il a connuauprès d’un oncle mourant. «Il y adeux ans, on préparait les valises pourpartir et en même temps on devait luidire adieu car on savait qu’on ne leverrait plus».Un film émouvant donc, très ancrédans sa vie personnelle mais quis’élargit aussi aux traditions portu-

gaises, à travers le dialogue, la nourri-ture ou encore la musique. Mais lejeune réalisateur ne souhaite pas enfaire un film triste, il veut lui donnerun ton joyeux, et montrer que finale-ment «même s’il ne reste plus qu’unejournée, on peut encore très biens’amuser, profiter de la famille et des

amis».Après un casting, pour former sonéquipe technique et ses «14 acteurs»,Philippe Machado met en avant uneéquipe professionnelle et espère pou-voir tourner au Portugal, autrement ildevra choisir une région française quipuisse ressembler à son Minho natal.

Originaire de Cambeses, Monção, il atoujours connu le Portugal pendantses vacances d’été, pays avec lequelil a une grande attache et où il a passédes moments très heureux. «Je suisd’une famille modeste et depuis trèstôt j’ai su que je voulais travailler dansle cinéma. Mes parents me soutien-nent depuis le début et surtout avecce projet lié au Portugal».Après le lycée il s’oriente immédiate-ment vers la voie cinématographique.Actuellement en Master à l’universitéParis 8 - Saint-Denis, il avoue être trèsporté sur l’écriture et il s’inspire beau-coup du Portugal. «Je souhaite faireun hommage aux émigrés portugais,et faire connaître un peu notre culture.Je suis très fier de pouvoir réaliser cerêve, je me sens prêt pour le faire», dit-il avec beaucoup de maturité. D’autresprojets sont déjà en cours d’écritureégalement, avec un autre court-mé-trage lié encore au Portugal.Mais bien évidemment, avec plus demoyens, le film pourrait bénéficier demeilleures conditions. Et Philippe Ma-chado est conscient qu’il lui faut plusd’argent pour apporter plus de qualité,alors n’hésitez pas à contribuer unpeu.

Jeune réalisateur lusodescendant cherche du financement

Par Clara Teixeira

Toulouse: Forte présence du cinéma brésiliendans la programmation de Cinélatino

Le Cinélatino - 29èmes rencontres deToulouse - est en cours actuellement,entre le 17 et le 26 mars, riche enprogrammation. Le Brésil est large-ment représenté dans différentescompétitions.Ces dernières années, la productionet la réalisation de films en Amériquelatine se portent bien. Un voyage auMexique, en Colombie, au Brésil, enUruguay, en Argentine, au Chili, àCuba, au Guatemala, au Costa Rica.Mais la distribution de ces œuvresreste largement insuffisante en Eu-rope et aussi dans les pays latino-américains, hors festivals.Ainsi le Brésil joue sur toutes lescases, à savoir: Long-métrage de fic-tion avec «Era o Hotel Cambridge»,d’Eliane Caffé (2016). Un hôtel dés-affecté du centre de São Paulo, leCambridge, est occupé par un grandnombre de sans-toit et par quelquesréfugiés africains, palestiniens….Comme un documentaire bienconstruit, mais c’est en fait une fic-tion militante écrite avec beaucoupde sensibilité, actuel et universel, unfilm vivifiant.«Não devore meu coração», de FelipeBragança (Brésil-France-Pays-Bas,2017). La frontière naturelle entre leBrésil et le Paraguay, le Rio Apa esttémoin depuis des siècles de vivestensions entre ses riverains. Alors quel’armée brésilienne y perpétra un vé-ritable génocide indigène, au-jourd’hui, fermiers et Guaranis s’ydisputent encore les terres avoisi-nantes. Felipe Bragança réalise icison premier long-métrage en solo, quia été soutenu par «Cinéma en

Construction».Deux documentaires dans la Compé-tition, avec «Histórias que nosso ci-nema não contava» de FernandaPessoa, Brésil (2017). À la fin desannées 1970, en pleine dictature mi-litaire, un genre cinématographiquepopulaire prend des orientations inat-tendues: le «pornochanchada» de-vient un canal critique de la sociétéde terreur politique et économiquequi s’installe au Brésil. Puis «Sexo,pregações e política», réalisé parAude Chevalier- Beaumel et MichaelGimenez (Brésil-France, 2016). Quia tué Jandira, morte dans une cli-nique lors d’un avortement? Dans unBrésil actuel, très loin des imagesclassiques de liberté et de frivolitésexuelles, le film est une immersiondans les accointances écrasantes etomniprésentes qu’entretiennent mi-lieux politiques et religieux.

Les courts métrages eux aussi ontleur place dans la compétition avec«O delírio é a redenção dos aflitos»,de Fellipe Fernandes (Brésil, 2016)et «Rosinha» de Gui Campos (Brésil,2016).Dans les Découvertes Fiction partici-pent «A cidade do futuro» de CláudioMarques et Marília Hughes (Brésil,2016); «Mate-me por favor» de AnitaRocha da Silveira (Brésil-Argentine,2015) et «Pela janela» réalisé par Ca-roline Leone (Brésil-Argentine,2017).Le Portugal est lui aussi représentédans les Découvertes Documentaireavec «El Dorado XXI», de SaloméLamas (Portugal-France, 2015). Unséjour halluciné à la plus haute alti-tude habitée (5.500 m): La Rinco-nada et Cerro Lunar, dans les Andespéruviennes. Grands paysages, che-mins étroits, voix qui racontent des

déceptions abyssales et l’espoir foude cette invraisemblable ruée vers unor évanescent dessinent peu à peu lasociété qui, envers et contre tout, vitlà, fragile, cruelle, exploitée, géné-reuse et barbare… Film profond et ra-dical sur un monde abrupt.Côté Découvertes Court-métrage:«Luz» de César Nery et André Saito(Brésil, 2016), ainsi que «Demônia -Melodrama em 3 atos», réalisé parFernanda Chicolet et Cainan Baladez(Brésil, 2016).Sans oublier les Reprises avec«Aquarius» de Kleber MendonçaFilho (Brésil-France, 2016) projetéau Festival de Cannes l’an dernier.Ainsi que «Rodéo, boi neon» de Ga-briel Mascaro (Brésil-Uruguay-Pays-Bas, 2015).Le Cinélatino propose également auxplus jeunes un programme composéde six courts-métrages, dont 4 brési-liens: «Ba grand-mère» de LeandroTadashi (Brésil, 2015), «Caminhodos gigantes» de Alois Di Leo (Brésil,2016), «La matinta perera» de Hum-berto Avelar (Brésil, 2006) et «Bomdia pé de coco», Coletivo Cinema eSal (Brésil, 2015).Depuis 28 ans, Cinélatino est un fes-tival de portée internationale à Tou-louse. C’est le plus ancien festivalconsacré à l’Amérique latine en Eu-rope et le plus important en terme desurface de programmation (environ150 titres par édition), d’invités (prèsde 90), de présence de profession-nels (plus de 300) et de fréquenta-tion, avec 50.500 participants en2016. Il est un véritable pont entrel’Amérique latine et l’Europe.

www.cinelatino.fr

Par Clara Teixeira

Le 22 mars 2017

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Conférencesur l’apport del’immigrationportugaise en Aquitaine depuis cinqsiècles à Oloron SainteMarieEn raison des vacances scolaires,l’association France Portugal d’Olo-ron Sainte Marie (64), près de Pau,va commémorer le 25 avril 1974 -la Révolution des Œillets - avecquelques jours d’avance.Une exposition sur “L’apport del’immigration portugaise en Aqui-taine depuis cinq siècles”, serainaugurée le samedi 1er avril, à17h00 et sera suivie d’une confé-rence de Manuel Dias Vaz sur cemême sujet. Les organisateurs an-noncent la présence de la ConsulGénéral du Portugal à Bordeaux,Ana Rocha.L’exposition a été réalisée par le Co-mité national français en hommageà Aristides de Sousa Mendes et leRahmi - Réseau Aquitain pour l’his-toire et la mémoire de l’immigration,avec l’apport des associations O Solde Portugal et Musiques de Nuits.Manuel Dias parlera des apports del’immigration Portugaise à Bayonne,Bordeaux et le sud des Landes etcela depuis le XVème, XVIIème etXVIIème siècle, avec l’arrivée desjuifs expulsés par la sinistre Inquisi-tion en Espagne et au Portugal. Cetexode forcé va créer à Bayonne etBordeaux une riche et dynamiqueCommunauté juive. Ils vont mar-quer l’histoire économique et lecommerce des ports de Bordeauxet Bayonne, mais pas seulement.Des grands noms comme Antoi-nette de Lopes, mère de Michel deMontaigne, Abraham Furtado, pre-mier Président du consistoire, DiegoGradis de la Compagnie des trans-ports maritimes, port de Bordeaux,André Gouveia, universitaire, Abra-ham Gradis, financier bordelais ar-mateur du roi, Henri Gradis,Président du Consistoire israélite deBordeaux, Luisa Maria HenriquesRaba, banquière, Louis MendesFrance armateur, Émile Pereire dela Compagnie des chemins de fers,Jacob Rodrigues Pereira, premierinstituteur des sourds et muets enFrance, et bien d’autres noms quevous découvrirez au travers des 21panneaux de l’exposition.La représentation diplomatique duPortugal en Aquitaine, date du 9septembre 1802. Le premier Con-sul du Portugal à Bordeaux est uncitoyen français d’origine portu-gaise, Gabriel Salomão HenriqueRaba, issu d’une grande famille debanquiers juifs bordelais. JoãoPedro Afonso Balguerie, Luis Cor-reira da Silva et Aristides de SousaMendes, ont également été Consulsdu Portugal à Bordeaux respective-ment en 1834, 1910 et 1938.

16 ASSOCIAÇÕES

1° aniversário da Associação Cultural Portuguesa

A Associação Cultural Portuguesa deLansargues, no departamento francêsdo Hérault, organizou, no passado dia11 de março, uma festa para come-morar o seu primeiro ano de existên-cia. Os voluntários da associaçãopreparavam o evento há já váriosmeses, e tudo se concretizou agora.Logo na abertura das portas, por voltadas 18h30, já havia fila em frente dasala, para aqueles que não queriamperder os melhores lugares. Uma salaaliás que quase foi pequena de maispara tanta gente.Na cozinha improvizada eram as “co-zinheiras” da associação que faziamos últimos preparativos para serviruma sala cheia.Durante o discurso de boas-vindas, oPresidente da coletividade, Diaman-tino Coelho, sublinhou a importânciada associação nesta aldeia ondemoram e trabalham muitos Portugue-

ses. Diamantino Coelho apelou todosos pais que estavam presentes nessafim de tarde, para assinarem uma Pe-tição que fez circular pela sala, para

solicitar à Inspeção da Academia deMontpellier, a abertura de cursos deportuguês na região. O pedido foi for-mulado ao Presidente da Associação

pela nova Cônsul Honorária de Portu-gal em Montpellier, Nathalie Pinheiro.Depois da refeição acompanhada commúsica portuguesa, servida às 20h30- e que visivelmente agradou aos con-vivas -, entrou na sala o Bolo de ani-versário, acompanhado por um coroque cantou os “Parabéns a você” àassociação criada no ano passado.A festa foi animada pelo teclista por-tuguês Hugo de Andrade, sobeja-mente conhecido, sobretudo pelotema “O Imigrante” e mais tardesubiu ao palco o grupo As Latinas,que veio diretamente de Portugal paraesta ocasião, para agrado dos presen-tes. Hugo de Andrade regressou paraterminar a noite... pelo menos en-quanto houve “resistentes” na sala.O espetáculo foi transmitido em diretopela RGT, Rádio Geração Tuga, deNîmes e a Associação Cultural Portu-guesa de Lansargues prometeu orga-nizar mais eventos deste tipo. Até lá,ficamos à espera.

Em Lansargues, Hérault

Por Tony Inácio

Clermont-Ferrand vai eleger a Miss PortugalRégions de France 2017

A Associação Os Camponeses Minho-tos de Clermont-Ferrand vai organizarmais uma edição da Eleição de MissPortugal Régions de France. O eventovai ter lugar no dia 8 de abril, sábado,na sede da associação, Casa de Por-tugal, 15 rue Emilienne Goumy, emClermont-Ferrand (63), aquando de

um jantar espetáculo que deve come-çar às 20h30.O espetáculo vai ser animado pelo ar-tista Gérard Addat, acompanhado porbailarinas brasileiras.A eleição propriamente dita da MissPortugal Régions de France vai levar10 jovens participantes a desfilar nopalco. A associação há tem umagrande experiência na eleição de con-

cursos de Miss, já que organiza hámuitos anos a eleição de Miss Portu-gal Auvergne. Aliás, Magalie de Amo-rim, que atualmente organiza oconcurso, já foi ela própria Miss Por-tugal Auvergne.Desta vez as 10 participantes, comidades compreendidas entre os 17 eos 27 anos, todas com origens portu-guesas, vêm de várias regiões de

França: Auvergne, Rhônes-Alpes,Midi-Pyrénéens, Languedoc Roussil-lon e Île-de-France.O júri é presidido pelo Jornalista Car-los Pereira, Diretor do LusoJornal, eintegra várias outras personalidadeslocais. A vencedora vai participar, nopróximo dia 23 de setembro, no Porto,à eleição de Miss Queen Portugal.

Por Manuel Martins

Le Portugal à l’honneur dans la région de ToursLe vendredi 17 mars dernier, uneconférence a eu lieu à l’Hôtel del’Univers, à Tours, organisée par la So-ciété Géographique de Touraine. LuisPalheta, Consul Honoraire du Portugalà Tours, a été invité pour exposer lethème: «Histoire du Portugal: les in-fluences françaises».Cette soirée a permis au public pré-sent, de mieux connaître l’histoire denotre pays, mais également les liensparticuliers qui ont existé depuis lagenèse du Portugal, jusqu’à son en-trée dans l’Union Européenne.Le vendredi 18 mars, le Portugal étaitde nouveau à l’honneur, puisque laVille-aux-Dames, commune de l’ag-

glomération tourangelle, à l’initiativede son Maire, organisait une soirée cé-lébrant l’amitié entre nos deux pays,à travers l’importante Communautélusophone qui réside dans cette ville.Le public venu en nombre, a puapprécier la performance duGroupe Folklorique Mocidade, deSaint Pierre-des-Corps, ainsi quedu groupe Virabanda, qui a terminécette soirée où le Maire de la Ville-aux-Dames avait invité le ConsulHonoraire du Portugal à Tours, LuisPalheta. Tous deux ayant insisté sur laqualité des relations qui ont permis«une intégration particulièrementréussie».

LusoJornal / Tony Inácio

Le 22 mars 2017

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ASSOCIAÇÕES 17

lusojornal.com

Deputado e Cônsul Honorário na reunião da Ronda TípicaA Associação Portuguesa Ronda Tí-pica de Chalette-sur-Loing (45) levoua efeito no passado dia 18 de marçomais uma reunião festiva de apresen-tação do seu grupo folclórico, um dosgrupos mais ativos e representativosdo folclore nacional em França, queeste ano celebra 37 anos de ativi-dade. Contou com a presença de maisde 300 pessoas reunidas na Maisondes Associations. A confraternizaçãofoi animada pelas atuações dos gru-pos júnior e sénior da Ronda Típica e,na parte musical, por Dj Djmajistik.O acontecimento teve a presença dePaulo Pisco, Deputado português pelocírculo da Europa, e de José de Paiva,Cônsul honorário de Portugal em Or-léans. O Maire, Franck Demaumont,muito próximo da Comunidade portu-guesa, retido por outras atividades,fez-se representar pela sua responsá-vel de gabinete, Sylvie Massé, e pelosConselheiros municipais Eulalie Lamae Mário Tavares.Em breves alocuções, os representan-tes camarários salientaram a excelên-cia das relações com a Comunidadeportuguesa local, de que a Associaçãodos Portugueses do Gâtinais, sob aatual presidência de Armindo da

Silva, a Associação Ronda Típica,cujo presidente é Gregory David, e oGrupo Associativo de Futebol SportingClub de Chalette-sur-Loing, que temcomo Presidente Filipe Rodrigues, sãojustos representantes, numa comunaque contempla originários de mais de70 nacionalidades.O Cônsul honorário José de Paiva con-gratulou-se, uma vez mais, pela dina-mismo impulsionado pela RondaTípica que “graças ao vosso trabalho,perpetuam as tradições, o folclore, amúsica tradicional e costumes ances-trais de Portugal e dignificam o nossoPaís”, enquanto que Paulo Pisco, nasua intervenção, salientou que “co-nheço, no exercício da minha ativi-dade parlamentar, muitas associaçõesde portugueses em França e na Eu-ropa, mas não posso deixar passar emclaro e manifestar a minha franca sur-presa pelo ambiente, a alegria, a dis-ponibilidade de todos quantos aquicolaboram e dignificam Portugal esuas origens, qualquer coisa de fan-tástico se passa e fico igualmente ad-mirativo pelo trabalho de GrégoryDavid, um Francês que integrou ogrupo há cerca de 20 anos e quevocês elegeram como Presidente, não

esquecendo a estimada MargaridaPereira, vossa coreógrafa de há muitosanos e todos quantos constituem ogrupo, as pessoas que na cozinha nosprepararam este magnífico banquetebem português e só tenho pena queo Grégory nos deixe brevemente, porrazões de ordem profissional e esco-lar”.Com efeito, o atual Presidente daRonda Típica, Gregory David, 26anos, com um mestrado em Direitopela Universidade de Orléans, vaiprosseguir os seus estudos em Bor-

deaux para o prosseguimento da suacarreira na magistratura. Filho de paisfranceses, integrou a Ronda Típicacom a idade de 6 anos, dança nogrupo principal e ensina também osmais jovens. Utiliza as redes sociaiscomo forma de divulgação do grupoe, consequentemente, de Portugal.Parafraseando Vinicius de Moraes, éo mais português dos franceses. Bemintegrado na vida cívica, é tambémreservista na Gendarmerie NationaleFrançaise e animador na rádio Cam-pus da Universidade de Orléans.

Naquela que terá sido, porventura, asua última realização como Presi-dente, Grégory David agradeceu todosos apoios e manifestações de apreçoe simpatia que lhe foram dadas, sa-lientando o papel inequívoco doMaire Franck Demaumont e dos au-tarcas locais, a presença constantedos convidados e de todos os partici-pantes e associados que nunca sepouparam a esforços, as cozinheirasque trabalham na sombra durantedias, todos os membros do grupo,membros da Direção, o Cônsul hono-rário, e congratulou-se com a pre-sença do Deputado Paulo Pisco.A comuna de Chalete-sur-Loing, comcerca de 14.000 habitantes pertenceà “agglomération montargoise”, es-trutura intercomunal situada no de-partamento do Loiret e regiãoCentre-Val de Loire que conta cercade 55.000 habitantes e tem Montar-gis como sede da aglomeração, com15.000 habitantes. Outra localidadeimportante é Amilly, com cerca de12.000 habitantes.A população de origem portuguesa naaglomeração é estimada em mais de10%, com forte incidência nestastrês localidades.

Chalette-sur-Loing

Soirée fado au restaurant Le Bayard à Pau

A l’initiative de l’association Lusopho-nie de Pau, le samedi 18 mars, à21h00, était organisé, par et au res-taurant «Le Bayard», à Pau, un repastypiquement portugais accompagnéde Fado.La musique proposée par trois artistesvenus directement du Portugal, a per-mis aux convives d’apprécier les ta-lents d’Isa Cardoso, chanteuse deFado, de Sílvio Girão à la guitare por-tugaise et de Gabriel Carlos à la gui-tare classique.Temps musical par intermittence,

pour assurer le service en salle qui af-fichait complet ce soir là, et uneécoute en silence des musiciens et dela voix magnifique d’Isa Cardoso.Maria Isabel Marques Cardoso est néeen 1991 à Figueria da Foz au Portu-gal. En 2004, elle participait à laGrande Nuit du Fado à Lisboa et figu-rait déjà dans les 8 premières au clas-sement général.Belle et jeune femme, brune à la peaulaiteuse, sa voix prendra encore plusde rondeur avec les années à venir.Grande artiste entourée des deux gui-taristes qui l’accompagnait sans la do-miner.

Par Gracianne Bancon

Jantar da nova Direção da Academia do BacalhauA 16 de março, a Academia do Baca-lhau de Paris realizou o seu primeirojantar sob o mandato da nova Direção,presidida por Fernando Lopes. Oevento decorreu na Sala Vasco daGama, em Valenton, enquadrado na15ª Semana da Gastronomia Portu-guesa.À porta da sala, a acolher os convivas,estavam o Presidente da ABP, Fer-nando Lopes, e a Vice-Presidente Jo-sefina Rodrigues, que ofereceram umcocktail de boas-vindas a todos osCompadres e Comadres. 238 pessoasencheram a sala, num caloroso am-biente de convívio e boa disposição.As iguarias da noite foram servidaspelos dois restaurantes presentes naSemana da Gastronomia, o Torres e oTentações da Montanha.Fernando Lopes começou por agrade-cer aos antigos Presidentes da Acade-mia do Bacalhau de Paris porque“sem eles, não estaria ali”. Maistarde, toda a Direção seria chamada a

pôr-se de pé, com o Presidente a de-clarar aos Compadres que “estas pes-soas estão aqui para vos servir”.A noite serviu para o lançamento deuma nova versão do Livrete que acom-panha todos os jantares da ABP. Inti-tulado “Tertúlias”, conta agora comuma dimensão maior, mais conteúdoe uma agenda de todos os eventos doano, cumprindo assim uma das pro-messas da nova Direção.Nesta noite de festa foram apadrinha-dos cinco novos Compadres e Coma-dres, que se sentaram na mesa doPresidente - algo que Fernando Lopesdeclarou ser seu objetivo que acon-teça em todos os jantares em que hajaapadrinhamentos: Kelly de Sousa foiapadrinhada por Alexandre Lopes,Nathalie Vinhas Pereira por JosefinaRodrigues, Leonel Rebelo por AntónioAlbuquerque Moniz, Daniel de SousaFerreira por José Gonçalves e GeorgesNeves por Fernando Lopes. Foramainda apresentados dez novos Com-padres para apadrinhamento nos pró-ximos eventos.

A recém-formada Academia do Baca-lhau de Paris Júnior começou já amostrar o seu carácter dinâmico, ven-dendo doces feitos pelos jovens, demaneira a angariar fundos. Com aajuda do supermercado “Saveurs duPortugal” e de alguns Compadres queofereceram frascos e tecidos, foramfeitas dezenas de doces, vendidos

com sucesso durante a noite.Cinco caricaturistas circularam pelasmesas, desenhando retratos dos con-vivas, que arrancaram sorrisos a todos.Os caricaturados podiam depois fazeruma contribuição financeira queachassem justa pelo retrato.Manuel Moreira, o Carrasco da noite,circulou pelas mesas a multar as pes-

soas que não cumpriram as regras dosjantares das Academias. Inclusiva-mente, multou o Presidente FernandoLopes que, apesar de ter relembradoas regras aos presentes, esqueceu-sede dizer aos seus ‘Afilhados’ que é ob-rigatório usar gravata nos jantares.As receitas conseguidas através dosdoces e das caricaturas, juntamentecom o valor das multas e doações dospresentes perfizeram um total decerca de 3.500 euros.A noite terminou com os Compadresa entoar o hino das Academias doBacalhau acompanhados pela novaversão do mesmo, gravada peloCompadre e cantor Luís Filipe Reis.O próximo jantar da Academia doBacalhau de Paris realiza-se a 7 deabril, no restaurante Le Lisbonne,em Paris. Foi ainda anunciado umevento de verão, um programa dedescoberta do Douro, em Portugal,a decorrer a 8 e 9 de agosto, comum custo de 195 euros para Com-padres e Comadres com a quota adia.

Por Diana Bernardo

Dirigentes da Associação com Paulo Pisco e José de PaivaDR

LusoJornal / Gracianne Bancon LusoJornal / Gracianne Bancon

Le 22 mars 2017

Portugal Magazine

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Futebol: ParisSaint-Germainderrotou oLyon

O PSG recebeu e venceu o Lyon por2-1 no Parque dos Príncipes comgolos de Adrien Rabiot e de JulianDraxler para os Parisienses, e deAlexandre Lacazette do lado doLyon.De notar que no duelo entre o avan-çado português Gonçalo Guedes doParis, e o guarda-redes lusodescen-dente Anthony Lopes do Lyon, oguarda-redes acabou por sair ven-cedor visto que jogou os 90 minutosenquanto o avançado não saltou dobanco de suplentes.No entanto, de notar que AnthonyLopes terminou o jogo com muitasdores nas costas, que podem tirá-lodos compromissos da Seleção Na-cional Portuguesa.Com esta vitória o Paris Saint Ger-main mantém o segundo lugar atrês pontos do líder, o Monaco, masconta agora com quatro pontos devantagem sobre o Nice.O Nice, onde atua o lateral-direitoportuguês Ricardo Pereira, empa-tou a uma bola frente ao Nantes,clube treinado pelo luso Sérgio Con-ceição.Recorde-se que o Bastia, clube trei-nado pelo português Rui Almeida,perdeu por 1-0 frente ao Metz.

18 DESPORTO

Lille frustre les Lusitanos de Saint Maur

En concédant un nouveau match nulà domicile (1-1), les Lusitanos deSaint Maur voient la concurrence re-venir mais conservent encore toutesles cartes en mains pour s’offrir unefin de saison palpitante.Il y a des résultats qui laissent for-cément un goût d’inachevé. Et aumoment de regagner les vestiaires,les Lusitanos savaient qu’ils ve-naient filer l’occasion de creuserl’écart avec la concurrence. Au mo-ment de recevoir la réserve duLOSC, les Saint-Mauriens affron-taient une équipe en quête depoint et surtout de confiance. Pourcela, les Lillois n’avaient pas hésitéà faire redescendre des joueursprofessionnels comme Maignan,Koné, Terrier ou encore Zeka. Une

mauvaise surprise qui ne remettaitpas en cause la motivation deshommes de Carlos Secretario.Après leur victoire face à Croix (1-2),une semaine auparavant, les Lusita-nos comptaient bien confirmer le bonrésultat acquis à l’extérieur devantleur public. Et dès les premières mi-nutes, les visages tendus prouvent lavolonté des deux formations d’en dé-coudre. Pour autant, ce sont lesLillois qui frapperont les premiers.Bien servi dans la surface, le jeuneattaquant, Imad Faraj, ne laisse paspasser l’occasion de tromper Reve-lino Anastase à la 17ème minute (0-1). De quoi refroidir l’ambiance duStade Louison Bobet.Mais il ne faudra pas attendre long-temps pour revoir revenir les Lusita-nos dans le coup. Sur l’une de sespremières occasions, Jony Ramos se

lève plus haut que tout le mondepour adresser une tête imparablepour le portier lillois qui ne peut queconstater les dégâts (1-1, 23 min).Le buteur portugais signant de lameilleure des manières son retour àla compétition après 4 matchs desuspension avec son 11ème but dela saison. Surtout que les occasionsne manqueront pas pour les Lusita-nos de prendre l’avantage tout aulong de la première période. Que cesoit Pedro Nova, Kevin Farade ou en-core Joël Saki, tous tenteront de fairebasculer la rencontre et sans un ex-cellent Mike Maignan, dans les buts,Saint Maur aurait pu regagner lesvestiaires avec une avance plus im-portante.En deuxième période, Lille conten-tera de maintenir les offensives saint-mauriennes et cherchait d’abord à

préserver ce point si précieux. Ducôté des Lusitanos, les occasions se-ront bien trop nombreuses. La fa-tigue et le terrain gras n’aidant pasles hommes de Carlos Secretáriodans leurs tentatives. Et même siJoël Saki aurait pu bénéficier d’unpénalty à l’entame du dernier quartd’heure, c’est surtout Brett Mbalandaqui manquera une dernière tête quiaurait pu offrir une victoire méritée.Au final, le match nul (1-1) avait ungoût de défaite aux yeux des Lusita-nos qui voient revenir dans son sil-lage, l’Entente Sannois SaintGratien, qui ne compte que 2 pointsde retard sur Saint Maur (45 points).Mais le prochain déplacement àFleury-Mérogis ne devrait pas être detout repos pour les Lusitanos qui serendent bien compte que les cadeauxn’existeront plus cette saison.

Football / CFA

Par Eric Mendes

L’US Créteil/Lusitanos stoppépar Lyon-Duchère

Victorieux lors de leurs deux der-nières sorties, les Cristoliens ont étépeu inspirés le week-end dernier,sur la pelouse du stade de Balmontet se sont inclinés face à Lyon-Du-chère. Cette défaite ne fait pas les

affaires de l’US Créteil/Lusitanosqui perd une place au classement(13ème) et voit son avance sur lazone rouge réduite à un tout petitpoint. Ils tenteront de se relancervendredi prochain face aux Her-biers.Dominés lors du premier quartd’heure de jeu, les Cristoliens onttenu grâce à une sortie dans lespieds de Romain Lejeune dans lespieds (15 min) avant de relever latête à partir de la 20ème minute dejeu. Pourtant c’est sur un temps fortde l’US Créteil/Lusitanos que lesLyonnais ont ouvert la marque grâceau plat du pied de Sofiane Atik (1-0, 27 min). Les Béliers ont tenté derépliquer dans la foulée mais la ten-tative cristolienne a été détournéeen corner (29 min). Juste avant lapause, la défense cristolienne évi-tera un second but en renvoyantune bonne tentative des Lyonnais.Après la pause, les Val-de-Marnaisont augmenté leur possession duballon mais ils ne se sont pas pro-curé beaucoup plus d’occasions. Endehors d’un coup de tête cristolien

qui passera au dessus de cadre (60min), c’est Romain Lejeune quiaura dû s’activer le plus, d’abord endétournant un tir en corner (53min) puis en allant au devant de So-fiane Atik pour lui faire manquerson lob (69 min). Le portier devrafinalement s’avouer vaincu une se-conde fois sur une tête qui le las-sera sur ses appuis (2-0, 90+1min). Dans le temps additionnel decompensation, Youssouf Touré auraune occasion de réduire l’écart maisla sortie du gardien dans ses piedsl’annihilera (90+3 min).Après deux victoires contre desconcurrents directs, la série des Bé-liers s’interrompt donc à Lyon-Du-chère. Les Val-de-Marnais perdentune place au classement et leuravance sur le premier relégable estréduite à un point. Ils tenteront dese redonner de l’air vendredi pro-chain à Duvauchelle face à un autreclub concerné par le maintien: LesHerbiers.Avec une longueur d’avance sur lesCiel et Bleu, les Vendéens occupentla 11ème place du classement.

National

Par Joël Gomes

Lusitanos de Saint Maur / EM

Le 22 mars 2017

Lyon-Duchère 2-0US Créteil/Lusitanos

Stade de Balmont, à Lyon

Spectateurs: 30 US Créteil/Lusitanos: Lejeune; Fur-tado, Puygrenier, Boyer, Fofana; Paul(Sainte Luce, 62 min); Kamara,Mandouki, Mimoun, Zeoula; Kanga(Touré, 81 min).Entraîneur: Stéphane Le MignanAvertissements: Lyon-Duchère: Se-guin (21 min), Ayari (42 min); USCréteil/Lusitanos: Zeoula (42 min),Furtado (52 min).Buts: Atik (27 min), Tuta (90+1 min)

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Portugal participa notorneio de preparaçãopara Mundialsub-20 emFrançaO Selecionador português de sub-20,Emílio Peixe, convocou 20 jogadorespara o Torneio Quatro Nações em fu-tebol, que se realiza em França de 23a 28 de março, com vista à prepara-ção do Mundial.No Torneio Quatro Nações, Portugalvai enfrentar a anfitriã França e aindaa Inglaterra e o Senegal.A competição é a última prova dispu-tada antes do Campeonato doMundo de sub-20, marcado para aCoreia do Sul, de 20 de maio e 11 dejunho, sendo que a Seleção lusa estáinserida no Grupo C, juntamente comCosta Rica, Zâmbia e Irão.Os jogadores concentraram-se a 20de março antes de virem paraFrança, onde disputam a 23 o pri-meiro jogo da prova, com a Inglaterra,em Saint-Brieuc, antes do Portugal-Senegal, de 25 de março, em Bé-gard, e do jogo com a Seleção anfitriã,a 28.Lista de 20 convocados:Guarda-redes: João Virgínia (Arsenal,Inglaterra) e Pedro Silva (Sporting).Defesas: Francisco Ferreira (Benfica),Jorge Fernandes (FC Porto), PedroEmpis (Sporting), Pedro Pacheco(Basileia/Sui), Pedro Amaral (Ben-fica), Rúben Dias (Benfica) e Yuri Ri-beiro (Benfica).Médios: Mimito (Vitória de Guima-rães), Bruno Almeida (Sporting deBraga), Heriberto Tavares (Benfica),Pedro Rodrigues (Benfica) e PedroDelgado (Sporting).Avançados: Xande Silva (Vitória deGuimarães), André Ribeiro (Zurique,Suiça), Aurélio Buta (Benfica), BrunoCosta (FC Porto), Diogo Gonçalves(Benfica) e Hélder Ferreira (Vitória deGuimarães).

AS Pontoisecontinua em 3° lugar naLiga Francesade Ténis demesaNa quarta-feira da semana passada,dia 14 de março, a Liga Francesacontinuou, com a equipa do AS Pon-toise a disputar o encontro relativo à11ª jornada da competição.Neste encontro, o atleta portuguêsMarcos Freitas foi decisivo no desfe-cho da vitória por 3-1 sobre o IstresTT. O internacional madeirense ob-teve dois dos três pontos da equipado Pontoise, começando por derrotaro brasileiro Thiago Monteiro por 3-2.Na conclusão do encontro bateu oegípcio Omar Assar, desta feita por 3-1.O AS Pontoise-Cergy mantém a ter-ceira posição, com 25 pontos.

20 DESPORTO

Leonardo Jardim: “Ainda não ganhámos nada”

O Monaco venceu no passado fim desemana o Caen por 3-0 com doisgolos do jovem avançado francês Ky-lian Mbappé, e um do médio brasi-leiro Fabinho, de grande penalidade.Com esta conquista, os monegascoscontinuam na liderança da Ligue 1com 71 pontos, mais três do que oParis Saint Germain e sete de vanta-gem sobre o Nice.No fim do encontro, o LusoJornalfalou com o Treinador português doMonaco, Leonardo Jardim.

A vitória frente ao Caen permite aoMonaco ficar no primeiro lugar…Esta vitória permite, no mínimo, con-tinuar com a mesma vantagem sobreo segundo classificado. Acho que fi-zemos um jogo sério, entrámos bem,fomos competitivos e acho que, aosair da primeira parte, merecíamosum melhor resultado. A equipa mos-trou caráter, entreajuda, bem como osjogadores que entraram, que mostra-ram uma grande abnegação, umagrande qualidade e empenho em aju-dar. Acho que é assim que temos decontinuar a trabalhar, sempre no li-mite.

A temporada do Monaco tem sido ex-cecional…Tem sido uma excelente temporadaem termos de qualidade. Vamos en-trar no mês de abril ainda presentesnas quatro competições. Era umacoisa quase impensável no início daépoca, mas estamos lá neste mo-mento. Mas sinceramente ainda nãoganhámos nada. Só ganhámos o pres-tígio de termos jogado bem, termosfeito muitos golos, somente isso. Emtermos de resultados e de títulos,temos de continuar a trabalhar paraconquistá-los.

Há objetivos que se destacam dos ou-tros?O objetivo é sempre ganhar o próximojogo, porque ainda estamos em quatrocompetições. Só podemos olhar parao próximo jogo. Vamos continuar a tra-balhar porque esta equipa tem quali-dade e tem que o demonstrar todos osdias dentro das quatro linhas para al-cançar esses objetivos.

O próximo jogo do Monaco, após a pa-ragem para os jogos das Selecções na-cionais, vai ser frente ao Paris SaintGermain, no dia 1 de abril, um jogoque será a final da Taça da Liga fran-cesa e que vai decorrer em Lyon.

Entretanto, o LusoJornal também tevea oportunidade de falar com KylianMbappé, nova estrela do futebol fran-cês, que foi convocado pela primeiravez, aos 18 anos, para a Selecção na-cional francesa.

Como foi o jogo frente ao Caen?O Caen é uma equipa muito forte emcasa e temíamos esta equipa no Es-tádio deles. Penso que fizemos umbom jogo. Apesar do cansaço ligado àLiga dos Campeões, e à acumulaçãode jogos, mostrámos que sabíamosjogar com a nossa cabeça. Soubemosmatar o jogo nos momentos chave.

Tem realizado jogos extraordinários…Neste momento, consigo fazer o quesei fazer, mas não vou dizer que é ex-traordinário. Extraordinários são os jo-gadores que marcam 60 golos, e nãohá muitos que fazem isso. Se hou-vesse muitos, já não seria extraordiná-rio. Vamos dizer que estou numa boafase.

Sente alguma pressão por ter sidoconvocado pela primeira vez pelaFrança?Não sinto pressão nenhuma. Vou vercomo as coisas correm. Vou ter osolhos bem abertos para não falharnada. Igual com os meus ouvidos, vououvir e aprender. Com todos os gran-des jogadores que estarão à minhavolta, só vou poder aprender coisasnovas. Vou chegar tranquilo, e voutentar ganhar o máximo de experiên-cia.

Recorde-se que a França joga frenteao Luxemburgo no sábado 25 demarço, num jogo a contar para o apu-ramento para o Mundial de 2018. OsFranceses defrontam ainda no dia 28de março, a Espanha num jogo ami-gável que vai decorrer no Stade deFrance.

Futebol

Por Marco Martins

Rony Lopes convocado para a Seleção Sub-21

O Selecionador português dos Sub-21,Rui Jorge, divulgou a lista dos convo-cados para os encontros de preparaçãopara o Campeonato da Europa Polónia2017 frente à Noruega e à Alemanha.A Seleção das Quinas, que garantiu apresença na fase final do Campeonatoda Europa com oito vitórias e dois em-pates, vai jogar frente à Noruega, noEstádio António Coimbra da Mota, noEstoril, no dia 24 de março, pelas18h15, hora local, e vai defrontar aAlemanha, no dia 28 de março, pelas18h00, hora local, em Estugarda, em

território germânico.Para essas duas partidas, o avançadoluso, Rony Lopes, que atua emFrança, foi convocado. O LusoJornalabordou esse tema com o jogador.

Como vê o seu regresso aos Sub-21?Já fazia algum tempo que não ia à Se-leção de Sub-21. Estou muito con-tente por ter sido convocado para aSeleção. Espero contribuir ao máximonos dois jogos amigáveis que temos.São dois jogos importantes para pre-parar bem o Europeu e estou muito sa-tisfeito por poder participar nessesencontros.

Como podemos ver esses dois jogosamigáveis? São realmente interessan-tes?Servem para preparar o Europeu por-que são dois bons jogos. Não são jogosinúteis como algumas pessoas podempensar.

Eis a lista completa dos convocados:Guarda-redes: Bruno Varela (VitóriaFC), Rui Silva (Granada, Espanha) eMiguel Silva (Vitória SC).Defesas: Fernando Fonseca (FCPorto), Rebocho (Moreirense), KevinRodrigues (Real Sociedad, Espanha),

Domingos Duarte (Belenenses), EdgarIé (Belenenses), Rúben Semedo(Sporting) e Tobias Figueiredo (Nacio-nal).Médios: Rúben Neves (FC Porto),Francisco Ramos (FC Porto), Fran-cisco Geraldes (Sporting), João Car-valho (Vitória FC), Bruno Fernandes(Sampdoria, Itália), Rony Lopes(Lille).Avançados: Daniel Podence (Spor-ting), Diogo Jota (FC Porto), CarlosMané (Estugarda, Alemanha), IuriMedeiros (Boavista), Bruma (Galata-saray, Turquia), Ricardo Horta (SCBraga) e Gonçalo Paciência (Rio Ave).

Por Marco Martins

Futebol: Quatro “franceses” convocadospara a Seleção Nacional Portuguesa

O Selecionador de Portugal, FernandoSantos, divulgou na Cidade do Futebol,os eleitos para os dois próximos jogosda Seleção Nacional. Um encontro acontar para a qualificação para o Cam-peonato do Mundo Rússia 2018,frente à Hungria, no dia 25 de março,pelas 19h45, hora local, no Estádio daLuz, e um encontro amigável frente àSuécia no dia 28 de março, pelas19h45, hora local, no Estádio dos Bar-reiros.Na lista dos convocados, podemoscontar com quatro jogadores a atuarem França: Anthony Lopes (Lyon), JoãoMoutinho e Bernardo Silva (Monaco) eÉder (Lille). Sem esquecer o lusodes-cendente Raphaël Guerreiro que joga

agora na Alemanha, no Borussia Dort-mund.Eis a lista completa dos convocados:Guarda-redes: Anthony Lopes (Lyon,França), Marafona (SC Braga) e RuiPatrício (Sporting).Defesas: Bruno Alves (Cagliari, Itália),Cédric Soares (Southampton, Ingla-terra), Eliseu e Nélson Semedo (Ben-fica), João Cancelo (Valência,Espanha), José Fonte (West Ham, In-glaterra), Luís Neto (Zenit, Rússia),Pepe (Real Madrid, Espanha) e Rap-haël Guerreiro (Dortmund, Alemanha).Médios: André Gomes (Barcelona, Es-panha), Danilo Pereira (FC Porto), JoãoMário (Inter, Itália), João Moutinho(Monaco), Pizzi (Benfica), Renato San-ches (Bayern, Alemanha) e WilliamCarvalho (Sporting).

Avançados: André Silva (FC Porto),Bernardo Silva (Monaco), Cristiano Ro-naldo (Real Madrid, Espanha), Éder(Lille), Gelson Martins (Sporting) e Ri-cardo Quaresma (Besiktas, Turquia).Em declarações ao LusoJornal, RonyLopes, avançado do Lille, falou do jogofrente à Hungria e do momento deforma de Eder, colega de equipa noLille.

O grupo de Portugal vai resumir-se aum duelo entre a Seleção das Quinase a Suíça?Podemos dizer que são as duas Sele-ções mais fortes do grupo, mas toda agente sabe que todos os jogos sãocomplicados mesmo frente a Seleçõesconsideradas mais pequenas. Frente àHungria, vai ser de qualquer modo um

jogo complicado para Portugal e esperoque a Seleção ganhe.

O que podemos dizer sobre a forma fí-sica do Eder?O Eder sente-se bem, está confiante evai marcar mais golos, quer seja com oLille, quer seja com a Seleção Portu-guesa.

O Eder continua a ter problemas comos adeptos franceses?O Eder é muito forte psicologicamente,mas sabemos que é complicado jogarnum estádio em que todas as pessoasassobiam. Ele, de qualquer modo, temum psicológico muito forte e nós esta-mos aqui para o ajudar. Eu tambémtento ajudá-lo ao máximo que posso esinto que ele lida bem com isso.

Por Marco Martins

Le 22 mars 2017

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lusojornal.com

Le Sporting presque parfait à Montpellier

Le Sporting Club de Paris a réalisé ungrand match sur le parquet du leaderMontpellier lors de la 19ème journéedu Championnat. Les Parisiens ontramené un point de l’Hérault à l’issued’un match très intense, avec deuxgardiens exceptionnels.La réaction était obligatoire pour leSporting Club de Paris qui sortaitd’une décevante défaite à domicilecontre le KB Futsal. Le match nul deNantes obligeait les Parisiens à viserun exploit sur le parquet du leader duChampionnat pour faire un pas deplus dans la course au maintien. Ledur travail à l’entraînement la se-maine dernière avait pour objectif depermettre aux Parisiens de réaliserune grande performance dans l’Hé-rault avec un bloc très solide requispour avoir un bon résultat.Dès les premières minutes, le blocparisien est resté solide. Le leader afait le jeu et s’est procuré des bellessituations mais, Djamel Haroun étaitlà avec des arrêts de grande classepour permettre au Sporting Club deParis de rester dans le match. Harouna réalisé l’un de ses meilleurs matchsde la saison.

La tactique du Sporting a fini parpayer avec une ouverture du score surune action réalisée par Madou etTeixeira qui a amené un “une-deux”conclu par Teixeira (0-1, 10 min). Leretour de Madou Kah a fait du bien àl’équipe dans le jeu et dans la com-bativité. Les Parisiens se sont procu-rés après l’ouverture du scorequelques occasions pour faire lebreak dont un coup franc non conclu.Montpellier n’a pas trouvé la failledans le bloc défense. Les Parisiensmènent 1-0 à la mi-temps.Le Sporting Club de Paris savait quepour ramener un résultat il fallait réa-

liser une deuxième mi-temps avecencore plus de travail et de souf-france. Les Parisiens sont restés ap-pliqués avec une défense encore plusdure dès la reprise. Le Sporting amarqué un deuxième but qui sera re-fusé pour une touche jouée en plusde quatre secondes. Les montpellié-rains sont parvenus à trouver la seulefaille parisienne du match sur unefrappe au deuxième poteau où lejeune Ndukuta a malheureusementmarqué contre son camp (1-1, 28min).Les Parisiens ont continué à aller del’avant après l’égalisation. Kha et Au-

gusto ont chacun eu un face à face.Montpellier a eu ses chances égale-ment avec une plus grande maîtrisedu jeu à domicile. Dans les dernièresminutes, le Sporting Club de Paris adû défendre en bloc, patienter etsouffrir face au leader qui faisait lejeu à la maison. Une ou deux occa-sions en fin de match de part et d’au-tre n’ont pas changé l’issue dumatch. Le Sporting et Montpellier sesont quittés sur un match nul 1-1.Le match a été très agréable, très en-gagé, avec beaucoup de respect entreles deux équipes. La belle équipe deMontpellier mérite son classementcar c’est une équipe talentueuse,bien en jambe et bien équilibré.Le Sporting Club de Paris a réalisé unmatch quasiment parfait où il auraitpu ramener les trois points. Les Pari-siens sont revenus dans la capitalesatisfaits de ce score face au leaderdu Championnat, personne à part leSporting ne croyait à ce résultat posi-tif dans l’Hérault et le travail a payé.L’objectif des Parisiens est de prépa-rer le match contre Toulon diffusé surCanal +. Le Sporting invite tous lessupporters et tous les gens de la ré-gion à venir encourager le club pen-dant ce match. Le Sporting a besoind’un maximum de soutien pour lemaintien et pour ce match historique.Lors de cette première diffusion d'unmatch de futsal à la télé, les Parisiensont besoin d’un maximum de suppor-ter pour les encourager à réaliser unegrande performance.

Sporting Club de Paris Futsal

Par Vivien Boyibanga

DESPORTO 21

Leonardo Jardim admite menor experiência,mas semmedo do Dortmund

O Treinador português do Monaco,Leonardo Jardim, admitiu que a suaequipa, a par do Leicester, tem menorexperiência na Liga dos Campeões,prova em que defrontará o BorussiaDortmund nos quartos de final.“Restavam dois grupos de equipas:os habituais, desde há cinco anos, eos não habituais, como o Leicester enós, que estaremos pela segunda veznos quartos de final”, assinalou Leo-nardo Jardim, em relação ao sorteioda ‘Champions’.O Técnico português entende que ojogo entre Monaco, de Bernardo Silvae João Moutinho, e Borussia Dort-mund, de Raphaël Guerreiro, irá co-locar frente a frente “duas equipas dequalidade” e que os monegascos nãose irão amedrontar. “A diferença éque o Dortmund está habituado ajogar a este nível. Mas, como énorma, vamos fazer o nosso jogo, ten-tar colocá-lo em prática”, acrescentouo Técnico.Leonardo Jardim, que comandou oMonaco a afastar o Manchester Citynos oitavos de final, com uma derrotapor 5-3 fora e um triunfo por 3-1 emcasa, sublinhou a “solidez” e quali-dade nesta fase da prova e que, porisso, não se pode falar em bom oumau sorteio. “O Dortmund tem mui-tas qualidades. Desde há três ou qua-tro anos que tem feito um bomtrabalho na Liga dos Campeões”,disse ainda.Da parte do clube alemão, que der-rotou o Benfica nos ‘oitavos’ da prova(derrota por 1-0 na Luz e vitória por4-0 em Dortmud), o seu Diretor-geral,Hans-Joachim Watzke, salientou aboa impressão na prestação dos fran-ceses frente ao City. “Foi um bom sor-teio para nós. Sabemos que é umclube muito bom. Vimos o jogo contrao Manchester City, foi impressio-nante”, começou por dizer o respon-sável germânico, lembrando que oMonaco lidera a Liga francesa.Watzke espera um jogo difícil, entreduas equipas com “muitos jovens jo-gadores” e que “adoram o bom fute-bol”.A primeira mão está agendada para11 de abril, em Dortmund, e a se-gunda para 19 de abril, em MonteCarlo.

O Lille empatou durante o fim de se-mana sem golos frente ao Marseille noestádio Pierre Mauroy no Norte daFrança. Três Portugueses estiveramdentro das quatro linhas do lado doLille - Xeka, Eder e Rony Lopes - en-

quanto um luso esteve a atuar do ladodos Marselheses: Rolando.No fim do encontro, o LusoJornalfalou com o avançado de 21 anos,Marcos «Rony» Lopes.

Como podemos analisar o jogo frenteao Marseille?

Acho que podíamos ter ganho o jogo.Foi um jogo mais ou menos equili-brado, acho que na primeira parte nãohouve muitas oportunidades, equando houve, foram a nosso favor,bem como na segunda parte. Sabía-mos que a equipa do Marseille era boaofensivamente, mas sabíamos queeles tinham algumas dificuldadesatrás. Tentámos explorar isso, mas naprimeira parte não conseguimos, e nasegunda também não. O Eder teveuma oportunidade de marcar, mas oguarda-redes fez uma excelente de-fesa. Um ponto não é mau neste jogo.

O Lille está com dificuldades na clas-sificação?Toda a gente vê que a classificaçãoestá complicada para a nossa equipa,mas a equipa está a melhorar. Esta-mos a ganhar mais confiança e achoque nesta reta final do Campeonato,vamos subir na classificação.

Como os jogadores geriram a mu-dança de treinadores e de proprietá-rio?Claro que é sempre complicadoquando há mudanças nos treinadores,mas não podemos dar responsabili-dade a isso. Somos jogadores profis-sionais, temos de estar habituados aisso e adaptar-nos.

O Rony Lopes está bem fisicamente?Sinto-me bem fisicamente. Os prepa-radores físicos fizeram e continuam afazer um excelente trabalho comigo.Sinto-me bem para jogar todos osjogos.

Como pode analisar a época do Mo-naco, clube ao qual pertence…Claro que impressiona o que estão afazer. Eles estão a fazer uma excelenteépoca, até conseguiram eliminar oManchester City na Champions. Elestêm jogadores de excelente qualidade.Fico contente pelo clube, pela equipatécnica, pelos jogadores, porque me-recem tudo o que estão a conquistaresta época. Espero que continuemassim até ao final da temporada.

Agora o Monaco vai jogar frente ao Bo-russia Dortmund nos quartos-de-finalda Liga dos Campeões, o que pensadesses dois encontros?Vão ser dois jogos interessantes por-que são duas equipas que têm umpoder ofensivo muito grande.

Na próxima jornada, no dia 1 de abril,o Lille desloca-se ao terreno do Bastia,clube treinador pelo português Rui Al-meida. Recorde-se que o Lille ocupao 14° lugar com 34 pontos, enquantoo Bastia está no 19° lugar com ape-nas 25.

Rony Lopes: “Um ponto não é mau frente ao Marseille”

Futebol

Por Marco Martins

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Sporting Club de Paris 1-1 Montpellier

Buteur: TeixeiraPasseur: Kha

Le 22 mars 2017

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22 TEMPO LIVRE

Boa notícia

Super-heróis esuper-vilõesNa indústria da banda desenhada,um super-herói “vende bem” quandoos autores conseguem criar umsuper-vilão que seja antagónico aoprotagonista; que seja o seu exatocontrário. Batman teria tido o mesmoêxito sem o Joker? Ou o Super-homem sem Lex Luthor? Este tipo decontraste seduz a maioria dos leitores,pois simplifica a trama da aventura etransforma cada episódio, por muitobanal que seja o seu argumento,numa nova batalha da eterna guerraentre o Bem e o Mal.Devemos ter cuidado para não aplicareste tipo de interpretação ao Evange-lho do próximo domingo, que des-creve uma discussão entre Jesus e osfariseus: se Jesus é o Messias (osumo Bem!) então os seus adversá-rios são o Mal incarnado e tudo o quefazem e dizem é guiado pela puramaldade? Não. Com estes paradig-mas reduzimos os fariseus a carica-turas e o sentido do Evangelhopermanece fora do nosso alcance.Na verdade, os fariseus eram ho-mens (como nós) que procuravamconhecer a realidade divina e inter-pretar os textos sagrados. Qual éentão o grande pecado dos fariseus?A resposta é simples: terem absoluti-zado (idolatrado) a própria concepçãode Deus. Eles estão seguros de já tercompreendido tudo! E por isso, sãoincapazes de reconhecer em Jesus apresença de Deus, pois Ele não cor-responde à imagem messiânica quea teologia farisaica tinha elaborado.«Como agora dizeis: “Nós vemos”, ovosso pecado permanece». A últimafrase do Evangelho de domingo in-dica o obstáculo que impede aos fa-riseus de entrar na lógica do Reino deDeus: a arrogância. «Nós vemos; nósjá sabemos; nós já conhecemos!» Éesta atitude que não os deixa sair dospróprios esquemas mentais e abraçara novidade que é Jesus Cristo.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:Centre paroissial Jean XXIII9 rue Rabelais94430 Chennevières-sur-MarneDomingo às 9h00

lusojornal.com

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Jusqu’au 26 mars Exposition «Honneur aux soldats portugais tom-bés dans la Bataille de La Lys pendant la Guerrede 1914/1918», organisée par l’Amicale cul-turelle franco-portugaise intercommunale de Vi-roflay dans le cadre de la Semaine culturelleportugaise. Salle Camões, 73 avenue du Gé-néral Leclerc, à Viroflay (78). Tous les jours,de 15h00 à 18h30. Infos: 01.30.24.75.76.

Jusqu’au 31 mars Exposition «Chiado et Carmo» Arts dans lasphère publique. Plusieurs institutions d’ensei-gnement artistique de Lisbonne, Paris, Grenadeet Auckland sont associées à ce projet de 27artistes, avec des conférences, des expositions,des projections vidéo et un livre d’essais. Com-missaire : José Quaresma. Maison du PortugalAndré de Gouveia, 7-P boulevard Jourdan, àParis 14.

Jusqu’au 1er avril Exposition du Centre d’art et de résidences ar-tistiques Carpe Diem de Lisboa. Commissaire:Lourenço Egreja. Kogan Gallery, 96 bis rueBeaubourg, à Paris 03. Du mardi au vendredi,de 11h00 à 19h00 et le samedi, de 14h00 à19h00.

Jusqu’au 8 avril Exposition sur “Les Dinosaures de Lourinhã àDeuil-la-Barre”. Salon René Cassin, Annexe dela Mairie, à Deuil-la-Barre (95).

Jusqu’au 16 avril Ângelo de Sousa «La couleur et le grain noirdes choses». Commissaire: Jacinto Lageira.Fondation Calouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de La Tour Maubourg, àParis 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Jusqu’au 29 avril Exposition «Snapshots» de l’artiste peintre por-tugais Duarte Vitória. Galerie de Thorigny, 1place de Thorigny, à Paris 03. Infos: 01.42.76.95.61.

Jusqu’au 9 juillet Exposition «Pissarro à Eragny - La nature re-trouvée» du peintre impressionniste d’origineportugaise Camille Pissarro, au Musée duLuxembourg, 19 rue Vaugirard, à Paris 6. Dulundi au jeudi, de 10h30 à 18h00 et du ven-dredi au dimanche, de 10h30 à 19h00.

Du 31 mai au 27 août“La violence et la grâce” de Graça Morais. Fon-dation Calouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de La Tour Maubourg, àParis 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le mercredi 22 mars, 20h30 Table Ronde sur «Photo-mémoire de la com-munauté portugaise à aujourd’hui», modéréepar le journaliste Carlos Pereira, Directeur deLusoJornal et plusieurs autres invités, organiséepar l’Amicale culturelle franco-portugaise inter-communale de Viroflay dans le cadre de la Se-maine culturelle portugaise. Salle Camões, 73avenue du Général Leclerc, à Viroflay (78).Infos: 01.30.24.75.76.

Le jeudi 23 mars, 17h45 Rencontre avec le Commissaire européen Car-los Moedas sur l'impact de la recherche et l'in-novation pour l'avenir des jeunes. Maison duPortugal André de Gouveia, 7-P boulevard Jour-dan, à Paris 14.

Le jeudi 23 mars, 19h00 Dîner de clôture de la VI réunion annuelle desCCI portugaises à l’étranger en présence du Mi-nistre de l’Économie Portugaise, Manuel Cal-deira Cabral. Hôtel Westin, 3 rue de Castiglione,à Paris 01.

Le jeudi 23 mars, 20h30 Conférence sur «Les soldats portugais en1917» animée par Manuel do Nascimento,historien et auteur de nombreux ouvrages surle Portugal, en présence d’António Albu-querque Moniz, Consul Général du Portugal àParis. Salle de l’Horloge, rue Champflour, àMarly-le-Roi (78).

Le jeudi 23 mars, 18h30 Rencontre littéraire luso-brésilienne, en pré-sence des auteurs Rui Zink, Marcia Tiburi etRodrigo Ciríaco, modérée par Leonardo Tonus.Fondation Calouste Gulbenkian, Délégation enFrance, 39 boulevard de La Tour Maubourg, àParis 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le mardi 28 mars, 19h00 Conférence de Rui Chafes sur “L’ombre duvide” dans le cadre du cycle “Artistes invi-tés”. Fondation Calouste Gulbenkian, Dé-légation en France, 39 boulevard de LaTour Maubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le samedi 30 mars, 18h30 Présentation du livre «D. Zézinha - La vie peuordinaire d’une institutrice» d’Altina Ribeiro (éd.Chiado), présenté par Dominique Stoenesco etsuivi d’un showcase de Dan Inger dos Santos.Consulat Général du Portugal à Paris, 6 rueGeorges Berger, à Paris 17.

Le jeudi 30 mars, 19h00 Conférence de Ann Laura Stoler sur “Concept-work: durabilités coloniales au présent” dans lecadre du cycle “Atlas des mots et des imagesdes (dé)colonisations”. Fondation Calouste Gul-benkian, Délégation en France, 39 boulevardde La Tour Maubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Le samedi 1er avril, 17h00 Conférence sur “L’apport de l’immigration por-tugaise en Aquitaine depuis cinq siècles” parManuel Dias Vaz, en présence d’Ana Rocha,Consul Général du Portugal à Bordeaux, orga-nisée par l’association France Portugal Europe.Médiathèque du Piemont Oloronais, à OloronSainte Marie (64).

Le samedi 25 mars, 9h00 Conto Contigo sur “Vida - Há música entrenós”. Paroisse Portugaise de Gentilly, 111 ave-nue Paul Vaillant Couturier, à Gentilly (94).Entrée libre.

Jusqu’au 25 mars Spectacle musical «On Henri encore!», avecStéphane Lébé et Dan Inger, en hommage àHenri Salvador. Tous les samedis à 16h30, etpendant les vacances scolaires de la zone C, dulundi au vendredi à 10h00. Théâtre Clavel, 3rue Clavel, à Paris 19. Infos: 09.75.45.60.56.

Jusqu’au 26 mars “Un amour impossible” d’après le roman deChristine Angot adapté par l’auteur, mise enscène Célie Pauthe, avec Maria de Medeiros etBulle Ogier. Odéon Théâtre de l’Europe, AteliersBerthier, 1 rue André Suares (angle du boule-vard Berthier), à Paris 17.

Jusqu’au 7 avril, 21h30 «La Dernière corrida» de Xan Reinosa, specta-cle sur les «forcados» portugais et le Cante alen-tejano, par la compagnie des Rêves Lucides.Mise en scène de Carlos Balbino, avec CarlosBalbino, Aline Boucraut et Clémentine Savine.Tous les jeudis et vendredis, au Théâtre La Croi-sée des Chemins, 43 rue Mathurin Régnier, àParis 15. Infos: 01.42.19.93.63.

Jusqu’au 29 avril «Voyage dans les Mémoires d’un Fou» écrit etinterprétée par Lionel Cecílio. Théâtre de l’Ar-chipel, 17 boulevard de Strasbourg, à Paris10. Infos: 01.73.54.79.79.

Le mercredi 22 mars, 14h30 Projection du documentaire «Le Portugal deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Méga CGR, allée duGlain, à Bayonne (64).

Le jeudi 23 mars, 17h00 et 20h30 Projection du documentaire «Le Portugal deTerre et d’Océan», en présence de la réalisatriceMarie-Dominique Massol. Monciné Anglet, ruedes Barthes, RN 810, le Busquet, à Anglet(64).

Le vendredi 24 mars, 20h30 Projection de «Lettres de la Guerre» d’Ivo M.

EXPOSITIONS

CONFÉRENCES

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SORTEZ DE CHEZ VOUS

THÉÂTRE

CINEMA

Le 22 mars 2017

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TEMPO LIVRE 23

Ferreira, séance présentée par Sylvie da Rocha.Carte blanche au Festival des 3 Continents. AuCinéma Lumière Terreaux, 40 rue du PrésidentEdouard Herriot, à Lyon 01.

Le samedi 25 mars, 14h00 Projection de «Como foi, como não foi» (17min), «Festa do boi sagrado» (44 min) et «Ba-lanço do tempo na cena de Angola» (45 min)de Ruy Duarte de Carvalho. Carte blanche auFestival des 3 Continents. Au Cinéma LumièreBellecour, 12 rue de la Barre, à Lyon 02.

Le samedi 25 mars, 16h30 Projection de «Carnaval da vitória» (39 min) et«No caminho das estrelas» (44 min) d’AntónioOle. Carte blanche au Festival des 3 Continents.Au Cinéma Lumière Bellecour, 12 rue de laBarre, à Lyon 02.

Le samedi 25 mars, 18h30 Projection de «Guerre du peuple en Angola» deBruno Muel et Antoine Bonfanti (50 min) et«Adeus, até ao meu regresso» (70 min) d’An-tónio Pedro Vasconcelos. Carte blanche au Fes-tival des 3 Continents. Au Cinéma LumièreBellecour, 12 rue de la Barre, à Lyon 02.

Le samedi 25 mars, 21h00 Projection de «Un adieu portugais» de João Bo-telho (82 min). Carte blanche au Festival des3 Continents. Au Cinéma Lumière Terreaux, 40rue du Président Edouard Herriot, à Lyon 01.

Le dimanche 26 mars, 10h15 Avant-première du dernier épisode de la série«Love Asia» qui retrace les aventures de Brunoet Ludivine en Asie, de l’Inde, au Timor Orientalavec leur tandem mixte «Happy». Cet évène-ment marquera la sortie officielle du DVD «Goto Asia» qui comprend 5 épisodes et plus de2h30 de vidéos retraçant toutes leurs aven-tures. Cinéma Utopia, Place Pierre Mendès-France, Place de la Mairie, à St Ouenl’Aumône (95).

Le dimanche 26 mars, 17h00 «Aquarius» de Kléber Mendonça Filho, en col-laboration avec l’Association Culturelle Portu-gaise de Les Uis et Orsay. Cinéma JacquesPrévert, Les Ulis (91). Pot convivial à partir de16h00. Infos: 01.69.29.34.52.

Jusqu’au 26 mars Cinélatino - 29èmes Rencontres de Toulouse,avec la participation de deux films brésiliens:«Histórias que nosso cinema (não) contava» deFernanda Pessoa et «Sexo, pregações e polí-tica» d’Aude Chevalier-Beaumet et Michael Gi-lenez. A Toulouse (31).

Jusqu’au 27 mars 19ème Semaine du Cinéma Lusophone avecplusieurs films, organisée par l’Espace de com-munication lusophone. Cinéma Mercury, 16place Garibaldi, à Nice (06); Cinéma LaStrada route de Cannes, à Mouans-Sartoux(06); Cinéma Le Studio, 15 boulevard du Jeude ballon, à Grasse (06); MJC Picaud, avenuedu docteur Picaud, à Cannes (06).

Le mercredi 5 avril Ciné Conférences sur le Documentaire “Le Por-tugal de Terre et d’Océan” réalisé par Marie-Do-minique Massol. Tous publics. Salle Espace,place St. Exupéry, à Thiers (63).

Du 6 au 9 avril Ciné Conférences sur le Documentaire “Le Por-tugal de Terre et d’Océan” réalisé par Marie-Do-minique Massol. Tous publics. Cinéma Le ParisCGR, rue Barrière de Jaude, à Clermont-Fer-rand (63).

Le dimanche 9 avril Ciné Conférences sur le Documentaire “Le Por-tugal de Terre et d’Océan” réalisé par Marie-Do-minique Massol. Tous publics. La Muscade, rueVigne de Madame, à Blanzat (63).

Le jeudi 13 avril Ciné Conférences sur le Documentaire “Le Por-tugal de Terre et d’Océan” réalisé par Marie-Do-minique Massol. Tous publics. La 2deuche, rueAlexandre Vialatte, à Lempdes (63).

Le vendredi 14 avril Ciné Conférences sur le Documentaire “Le Por-tugal de Terre et d’Océan” réalisé par Marie-Do-minique Massol. Tous publics. Cinéma CGR leGergovie, avenue des Dômes, à Cournon d’Au-vergne (63).

Le mercredi 22 mars, 19h30 Jenyfer Rainho accompagnée par Filipe deSousa (guitarra) et Nuno Estevens (viola). AuPortologia, 42 rue Chapon, à Paris 03. Infos: 09.52.59.22.29.

Le vendredi 24 mars, 20h30 «2017, le fado en (luso)folies, encore!»avec Conceição Guadalupe, João Rufino,Eugénia Maria et Tânia Caetano, accompa-gnés par Filipe de Sousa (guitarra), NunoEstevens (viola), Nella Selvagia (percus-sions) et Philippe Leiba (contrebasse). Pré-senté par Jean-Luc Gonneau. Les Affiches,7 place Saint Michel, à Paris 05. Infos: 06.22.98.60.41.

Le samedi 25 mars, 20h30 Fado avec Conceição Guadalupe, JenyferRainho et Jean-Luc Gonneau, accompagnéspar Filipe de Sousa et Nuno Estevens. CollectifMusiques et Danses, à Saint Aubin Château-Neuf (89).

Le dimanche 26 mars, 13h00 Déjeuner Fado «Os Pregões de Lisboa» avecJoaquim Campos et Jenyfer Rainho, organisépar l’Amicale culturelle franco-portugaise inter-communale de Viroflay dans le cadre de la Se-maine culturelle portugaise. Salle Dunoyer deSegonzac, 14 avenue des Combattants, à Vi-roflay (78). Infos: 01.30.24.75.76.

Le mercredi 05 avril, 19h30 Daniela Costa accompagnée par Filipe deSousa (guitarra) et Nuno Estevens (viola). AuPortologia, 42 rue Chapon, à Paris 03. Infos: 09.52.59.22.29.

Le jeudi 6 avrilConcert de Carminho. Le Rocher de Palmer, àCenon (33).

Le samedi 8 avril, 19h00 Soirée-dîner Fado avec le groupe Les Amis duFado. Centre Portugais de Colmar, 54 routeNeuf Brisach, à Colmar (68). Infos: 03.89.24.41.46.

Le samedi 29 avril Concert de Mariza au Palais des Congrès deParis, 2 place de la Porte Maillot, à Paris 17.

Le jeudi 23 mars Concert de Aurélie & Verioca dans le carde duFestival JM France, à Le Neubourg (27).

Le vendredi 24 mars, 20h30 Concert de l’artiste brésilienne Flávia Coelhodans le cadre du Printemps des Bretelles à L’Il-liade, 11 allée François Mitterrand, à Illkirch-Graffenstaden (67).

Le samedi 25 mars, 15h00 Concert de Nina Papa Bossa Joia Quartet dansle cadre de la 19ème Semaine du Cinéma Lu-sophone. Auditorium de la médiathèque LaureÉcard, Place Saint-Roch, à Nice (06).

Le dimanche 26 mars, 17h00 Concert d’hommage à Manoel d’Oliveira avecBruno Belthoise, piano. A partir du premier filmde Oliveira, Douro Faina Fluvial (1931). Maisondu Portugal André de Gouveia, 7-P boulevardJourdan, à Paris 14.

Le samedi 1er avril Concert de Aurélie & Verioca dans le carde duFestival Vignoble en chanson, Festival Les P’titsBouchons, à Gaillac (45).

Les 1 et 2 avril Festival international d’accordéon avec 25concerts. Plusieurs participants dont le portu-gais Daniel Marques. Salle de fêtes, à Deuil-la-Barre (95).

Le samedi 8 avril Concert de Aurélie & Verioca, Bibliothèque Ro-bert Sabatier, à Paris 18.

Le samedi 25 mars, 22h00 Soirée animée par Dj AlexR, organisée par l’As-sociation Folklorique Jeunesse Portugaise deParis 7. Salle C3B, 54 rue Emeriau, à Paris15. Entrée libre. Infos: 06.08.68.52.32.

Le samedi 25 mars, 20h00 Dîner dansant avec Orchestre Carlos Pires. Sallede La Fontaine, 2 rue Cassin, à Saint Brice-sous-Forêt (95). Entrée sous réservation. Infos: 06.14.33.96.68.

Le samedi 1er avril Dîner dansant organisé par l’association Conver-gence. Salle du Petit Hall du Parc Montreau, 4rue Labeuf, à Montreuil (93). Infos: 01.48.58.98.33.

Le samedi 8 avril, 19h30 Dîner Fado avec Vozes do Tempo, Fado aDois et bal animé par Saudade Lusa, orga-nisé par l’association Cordas et Tradições.Salle des Fêtes, derrière la Mairie, à Deuil-la-Barre (95). Infos: 06.09.43.52.87.

Le samedi 8 avril, 20h00 Dîner dansant animé par José Cunha, organiséepar le Centre pastoral portugais. Salle Jean Vilarn°2, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 06.72.26.23.44.

Le samedi 8 avril, 11h00 Spectacle avec Tony do Porto, Paula Soares etDaniel Marques au Le Panier du Portugal, ruede l’industrie, à Vernouillet (78). Infos: 01.34.90.17.18.

Le dimanche 16 avril, 22h00 Fête de Pâques avec Mike da Gaita, Dia-passão et Trio Hexagone, organisée parl’association Agora. Salle Jean Vilar, 9boulevard Héloïse, à Argenteuil (95).Infos: 06.24.25.79.27.

Le samedi 29 avril, 21h00 Fête portugaise avec Johnny, Rosinha etle groupe Kapa, organisée par l’associa-tion Os Transmontanos. Salle Roger Don-net, rue Ferdinand Berthoud, à Groslay(95). Infos: 07.64.08.87.15.

Le samedi 29 avril, 21h00 Soirée dansante pour les 42 ans del’APCS, avec Gipsy Fusion, Tino Martins,Nelson Costa et Ruben Ferreira. Salle desfêtes Jacques Brel, à Pontault-Combault(77). Infos: 01.70.10.41.26.

Le samedi 8 avril, 21h00 Spectacle de folklore organisé par laCasa do Concelho dos Arcos de Valde-vez à Paris, avec les groupes Aldeias doMinho de Draveil, Aventureiros deThiais, Flores do Norte de Ballancourt,Amigos Unidos de Bois d’Arcy, Casados Arcos de Paris. Animation de JoséBaltazar. Espace René Fallet, 25 ave-nue Jean Jaurès, à Crosne (91). Infos: 06.08.18.81.80.

Le dimanche 9 avril, 14h30 Spectacle de folklore organisé par laCasa do Concelho dos Arcos de Valde-vez à Paris, avec les groupes Academiade Champigny, Estrelas Douradas deVersailles, Minhotos de Noisy-le-Sec,Aldeias do Minho de Malakoff, terras doMinho de Kremlin Bicêtre, Povo da Nó-brega de Créteil, Ronda Minhota de Or-léans et Casa dos Arcos de Paris.Animation de Claudia Martins, DanielSousa et Walter São Martinho. EspaceRené Fallet, 25 avenue Jean Jaurès, àCrosne (91). Infos: 06.08.18.81.80.

Le dimanche 30 avril 5ème Festival de folklorique portugais,avec les groupes de Pierrelaye, Argenteuil,Buchelay, Mantes-la-Jolie et Rugles, or-ganisée par l’Association Danças et Tradi-tions Portugaises. Salle des Fêtes deRugles (27). Entrée libre.

Le samedi 8 avril, 19h00 Election de Miss Portugal Régions deFrance 2017, avec dîner-spectacle, orga-nisé par Os Camponeses Minhotos. Casade Portugal, 15 rue Emilienne Goumy, àClermont-Ferrand (63). Infos: 06.98.46.27.32.

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